fez-se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza (2 cor ... · À imitação do nosso mestre,...

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PANTOKRATOR Informativo da Comunidade Católica Pantokrator Ano III - Março/2014 - nº 26 Queridos irmãos e irmãs! [...] Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os meios da fragilidade e da pobreza: « sendo rico, Se fez pobre por vós ». Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-Se pobre. Em que consiste então esta pobre- za com a qual Jesus nos liberta e tor- na ricos? A pobreza de Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando-nos a miseri- córdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momen- to, procurando sempre e apenas a sua vontade e a sua glória. [...]Foi dito que a única verdadeira tristeza é não ser santos (Léon Bloy); poder-se-ia dizer também que só há uma verdadeira mi- séria: é não viver como filhos de Deus e irmãos de Cristo. À imitação do nosso Mestre, nós, cristãos, somos chamados a ver as mi- sérias dos irmãos, a tocá-las, a ocupar- -nos delas e a trabalhar concretamente para as aliviar. Podemos distinguir três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual. [...] Não menos preocupante é a miséria moral, que consiste em tornar-se escra- vo do vício e do pecado. [...]Quantas pessoas perderam o sentido da vida; sem perspectivas de futuro, perderam a esperança! E quantas pessoas se vêem constrangidas a tal miséria por condi- ções sociais injustas, por falta de tra- balho que as priva da dignidade de po- derem trazer o pão para casa, por falta de igualdade nos direitos à educação e à saúde. [...]O Evangelho é o verdadei- ro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericórdia e esperança. Queridos irmãos e irmãs, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta e solícita para testemu- nhar, a quantos vivem na miséria ma- terial, moral e espiritual, a mensagem O patrono da igreja e a Missa p. 2 - A devoção a São José e a inclusão de seu nome nas Orações Eucarísticas Utilidade Pública p. 3 - Prefeitura Municipal de Campinas re- conhece serviço à população Quinta da Providência p. 4 - Conheça e participe da nova cam- panha da Comunidade o evangélica, que se resume no anúncio do amor do Pai misericordioso, pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa. E poderemos fazê-lo na medida em que estivermos configurados com Cris- to, que Se fez pobre e nos enriqueceu com a sua pobreza. A Quaresma é um tempo propício para o despojamento; e far-nos-á bem questionar-nos acerca do que nos podemos privar a fim de ajudar e enriquecer a outros com a nos- sa pobreza. Não esqueçamos que a ver- dadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento sem esta dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói. Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2014 Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a Sua pobreza (2 Cor 8,9)

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PANTOKRATORInformativo da Comunidade Católica Pantokrator Ano III - Março/2014 - nº 26

Queridos irmãos e irmãs!

[...] Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os meios da fragilidade e da pobreza: « sendo rico, Se fez pobre por vós ». Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-Se pobre.

Em que consiste então esta pobre-za com a qual Jesus nos liberta e tor-na ricos? A pobreza de Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando-nos a miseri-córdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momen-to, procurando sempre e apenas a sua vontade e a sua glória. [...]Foi dito que a única verdadeira tristeza é não ser santos (Léon Bloy); poder-se-ia dizer também que só há uma verdadeira mi-séria: é não viver como filhos de Deus e irmãos de Cristo.

À imitação do nosso Mestre, nós, cristãos, somos chamados a ver as mi-sérias dos irmãos, a tocá-las, a ocupar--nos delas e a trabalhar concretamente para as aliviar. Podemos distinguir três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual. [...]Não menos preocupante é a miséria moral, que consiste em tornar-se escra-vo do vício e do pecado. [...]Quantas pessoas perderam o sentido da vida; sem perspectivas de futuro, perderam a esperança! E quantas pessoas se vêem constrangidas a tal miséria por condi-

ções sociais injustas, por falta de tra-balho que as priva da dignidade de po-derem trazer o pão para casa, por falta de igualdade nos direitos à educação e à saúde. [...]O Evangelho é o verdadei-ro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericórdia e esperança.

Queridos irmãos e irmãs, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta e solícita para testemu-nhar, a quantos vivem na miséria ma-terial, moral e espiritual, a mensagem

O patrono da igreja e a Missa p. 2- A devoção a São José e a inclusão de seu nome nas Orações Eucarísticas

Utilidade Pública p. 3- Prefeitura Municipal de Campinas re-conhece serviço à população

Quinta da Providência p. 4- Conheça e participe da nova cam-panha da Comunidade

o

evangélica, que se resume no anúncio do amor do Pai misericordioso, pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa. E poderemos fazê-lo na medida em que estivermos configurados com Cris-to, que Se fez pobre e nos enriqueceu com a sua pobreza. A Quaresma é um tempo propício para o despojamento; e far-nos-á bem questionar-nos acerca do que nos podemos privar a fim de ajudar e enriquecer a outros com a nos-sa pobreza. Não esqueçamos que a ver-dadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento sem esta dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói.

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2014

Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a Sua pobreza (2 Cor 8,9)

O Pantokrator . 2

Uma olhada rápida em qualquer lis-ta telefônica demonstra que no Brasil e nos países lusófonos o nome masculino mais recorrente é José, seguido por João e Antônio. Sem dúvida alguma, a profu-são de “Josés” se deve em grande parte à devoção que os pais católicos possuem no pai adotivo de Jesus e esposo castíssi-mo de Maria, buscando nele a inspiração para nomear seus filhos, entregando os mesmos, mesmo que inconscientemente à proteção do patrono da Igreja.

Na Igreja primitiva e na antiguidade cristã o nome e a devoção a S. João Ba-tista e aos Santos Apóstolos se sobrepu-nha a outras devoções, talvez por conta da própria fala de Jesus em Mt. 11, 11, onde o Salvador afirma que “entre os nascidos de mulher, não apareceu nin-guém maior do que João Batista; e, no entanto, o mais pequeno no Reino do Céu é maior do que ele”.

Desde os primórdios São José sem-pre foi alvo de grande veneração, mas não tão grande como atualmente; fato este que foi crescendo e aumentando no senso dos fieis com o passar dos sécu-los. Esta compreensão talvez se deva à uma interpretação mais aprofundada do próprio texto de Mt. 11, 11 em que Jesus deixa claro que o “mais pequeno no Rei-no dos Céus é maior que João”, e entre esses pequenos se coloca São José, ho-mem do silêncio, de quem os evangelhos não relatam uma fala sequer, mas apenas suas impressões e pensamentos, conhe-cidos muito provavelmente só por Maria Santíssima, sua esposa, a qual pode ter relatado isso aos evangelistas, que por sua vez reportaram esse conteúdo à toda a Igreja. E isto é tudo! Atitudes concre-tas de fé, resignação, impressões pes-soais sublimadas, avisos divinos e uma obediência perfeita constituem a história do pai adotivo de Jesus.

A Igreja, considerando o lugar que São José teve na história da salvação, desde cedo o honrou e no século XIX, durante o pontificado de S.S. Leão XIII o reconheceu como Patrono Universal

da Igreja Católica, pois tal como Deus o escolheu para cuidar de sua família e ser o pai adotivo de seu Divino Filho, assim também a Igreja que é hoje a família de Deus se confia aos seus cuidados e inter-cessão. Essa estima por S. José já havia sido demonstrada por diversos papas, mas foi o Beato João XXIII que incluiu definitivamente o nome de S. José no Cânon da missa ( Oração Eucarística I), fato este que foi ampliado em 1º de maio de 2013 por ordem do papa Francisco que através de um decreto fez com que o nome de S. José fosse também incluí-do nas Orações Eucarísticas II, III e IV,

sucedendo ao nome da Virgem Maria e antecedendo o nome dos Santos Após-tolos, o que indica uma clara compreen-são teológica do papel singularíssimo de José na história da salvação.

Que S. José, único homem a quem o Verbo Divino quis chamar de pai exer-ça também sobre nós, irmãos de Cristo na ordem da graça a mesma paternidade que nos forme e nos gere na vida da gra-ça! São José, rogai por nós!

Luiz Raphael TononConsagrado da Comunidade Católica Pantokrator

EXPEDIENTE O Pantokrator é uma publicação mensal dirigida aos sócios, membros, engajados e amigos da Comunidade Católica PantokratorDireção Geral: Edgard Gonçalves | Grupo de Comunicação: Eliana Alcântara, Jildevânio Souza, Juliana Campos, Vanessa Cícera, Vanessa Ozelin, Vanusa Silva e Renata Andrade | Jornalista Responsável: Renata Andrade MTB 56 525 | Planejamento, Criação, Edição e Revisão: Comuni-dade Católica Pantokrator - www.pantokrator.org.br

O patrono da Igreja e a Santa Missa

O Pantokrator .3

cada vez mais reverter nossas arreca-dações para a missão a que Deus nos confiou.

Estendemos este reconhecimento a todos que participam e contribuem com nossa comunidade, aos quais so-mos imensamente gratos, e mediante isso, convidamos a todos a cada vez mais dedicarem esforços para o cresci-mento desta obra missionária.

Contribua conosco e convide ou-tros a contribuir!

Temos inúmeras necessidades e projetos que ainda não estão em ativi-dade por falta de recursos, bem como outros que poderiam ter uma atuação maior, porém estão limitados a condi-ções estruturais e financeiras atuais.

Rogério CardosoConsagrado da Comunidade Católica Pantokrator

Comunidade Católica Pantokrator recebe o título de Utilidade Pública

Nossa comunidade é muito atuan-te em suas missões, visando sempre o bem comum e o desenvolvimento do homem em sua totalidade. Libertar o homem, iluminar a cultura e transfor-mar a sociedade, está presente em tudo o que fazemos devidamente unidos a Igreja e aos ensinamentos de Cristo.

Em cada localidade em que estamos se reforça nosso compromisso com a verdade de Cristo e seu evangelho. A Boa Nova, que torna o homem feliz e realizado, é espalhada de forma ativa e atuante conforme a realidade de cada missão.

Em Campinas, temos algo novo a comemorar face nossa atuação nesta cidade. Nossa comunidade recebeu o reconhecimento de Órgão de Utilida-de Pública concedido pela Prefeitura Municipal e isso representa algo muito

significativo para nós, pois somente a partir de um processo longo e burocrá-tico, que exige transparência e efetiva atuação de nossa parte no município a favor da população, é que este título é concedido.

Este título, que foi concedido atra-vés da Lei municipal nº 14.725 de 02/12/2013, sancionada pelo Prefeito Jonas Donizete e de autoria do Vere-ador Jorge Schneider, além do reco-nhecimento do município, nos traz também um comprometimento com as ações que fazemos e alguns benefícios.

Buscamos isso, como forma de mos-trar a credibilidade da comunidade e também conseguirmos minimizar algu-mas despesas, isto, porque a Declaração de Utilidade Pública nos beneficia com a isenção de alguns impostos e taxas.

Com esta economia, conseguimos

COMUNIDADE CATÓLICA PANTOKRATOR - (19) 3232.4400 - www.pantokrator.org.brRua Culto à Ciência, 238 - Botafogo - Campinas/SP

Missas Dominicais às 11h00 - Grupos de Oração (para todas as idades) às quintas-feiras 20h00 Grupo Sempre Fiel (dependentes químicos) segundas-feiras às 20h00

Atendimento de Oração (com agendamento) - Cursos e Formações - Visita a casas (com agendamento)

O Pantokrator .4

Quinta da Providência é o dia do mês em que a Comunidade Católica Pantokrator e todos os seus amigos, os que fazem parte desta família, se unem para alavancar doações para a Obra de Evangelização da Comunidade.

Venda de produtos caseiros doados por pessoas que frequentam nossos grupos de oração, cursos e projetos, além da venda de produtos produzidos pela Comunidade, como CD’s, cami-setas, palestras, compõem parte desta ação, onde todo o lucro obtido é desti-nado para a Obra da Comunidade.

Além da venda desses produtos, há um ponto muito importante: a união de todos os que amam a Comunidade numa mesma intenção, todos unidos num só coração. Queremos com essa ação fazer com que todos que bebem da graça de Deus através da Comuni-dade tenham a oportunidade de fazer sua parte nesta obra, seja doando algum produto para ser vendido, seja adquirin-do algum produto, seja tornando-se um benfeitor ou aumentando sua doação.

Estas “Quintas” também serão espe-ciais para nossa evangelização. Pregado-res, atletas, personalidades católicas de ex-

pressão nacional estarão presentes nestas “Quintas” e reforçarão este momento de celebração da unidade dos corações.

Prepare-se! Neste mês, no dia 20, te-remos a primeira “Quinta da Providên-cia”. Traga um bolo ou um doce, inteiro ou em pedaços, que possa ser vendido na Comunidade e seu lucro reverti-do para nossa obra; ou compre nos-sos CD’s de palestras ou de músicas; e também torne-se nosso benfeitor, com o compromisso de nos ajudar mensal-mente. E se você já é nosso benfeitor, você pode aumentar sua doação mensal!

Esperamos você em nossa Sede na

No dia 08 de março comemora-se o “Dia da Mulher”, data criada para ho-menagear 130 tecelãs que morreram carbonizadas em uma fábrica de tecidos na cidade de Nova Iorque nos Estados Unidos no ano de 1857.

Atualmente as mulheres seguem lu-tando para conquistar seu lugar na socie-dade, correndo, porém, o risco de serem instrumentalizadas por ideologias que as levam a perder sua dignidade. Nesse contexto, a história das Santas Perpetua e Felicidade, cuja a festa comemoramos no dia 07 de Março pode iluminar nossa reflexão sobre a dignidade da mulher.

Perpétua, uma jovem de 22 anos ti-nha um bebê de poucos meses, era de família muito nobre e seu pai era pagão. Felicidade era escrava de Perpétua, esta-va grávida de oito meses. Ambas se con-verteram ao cristianismo e foram presas pelo imperador Severo no ano de 203,

na África do Norte. Como ainda não ti-nham sido batizadas fizeram questão de receber o batismo na prisão, para reafir-mar suas posições de cristãs e, em ne-nhum momento sequer, pensaram em salvar as vidas negando o cristianismo.

Felicidade pedia a Deus diariamente para que o filho nascesse antes da sua execução para não morrer com ela e al-cançou essa graça num parto de muito sofrido, dois dias antes de serem leva-das à arena, para serem engolidas pelas feras. Ria diante dela um carcereiro di-zendo: “Agora se queixa pelas dores do parto. E quando chegarem das dores do martírio o que fará? Eis que ela disse: “Agora sou fraca porque sofre a minha pobre natureza. Mas quando chegar o martírio a graça de Deus me acompa-nhará, e me encherá de força”.

Ambas derramaram seu sangue para testemunhar a fé cristã. Que a partir da

vida dessas duas santas, nosso coração reencontre em Deus o seu real valor como mulher.

Kátia Maria Bouez AzziConsagrada da Comunidade Católica Pantokrator

Rua Culto à Ciência, 238, Botafogo, Cam-pinas, neste próximo dia 20 de março, às 20h00, para celebrar junto conosco esse momento de unidade, de louvor, de gra-tidão a Deus por tudo o que Ele, em Sua Divina Providência, nos dá! E que a Vir-gem Maria interceda por todos nós!

Deus provê, Deus proverá! Sua Mise-ricórdia não faltará! Mãe da Divina Provi-dência, providenciai!

Edgard GonçalvesConsagrado da Comunidade Católica Pantokrator

Quinta da Providência:

Santas Perpétua e Felicidade, rogai por nós!

união de todos os que amam a Comunidade Pantokrator