guilherme cardoso cerâmicas de imitação de sigillata

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EX OFFICINA HISPANA – CUADERNOS DE LA SECAH, 1, 2013 / ISSN: 2255 - 5560 / Páginas 191 – 204 GUILHERME CARDOSO [email protected] Cerâmicas de imitação de sigillata tardia das villae de Freiria e de Sub-Serra de Castanheira do Ribatejo EX OFFICINA HISPANA, 1 191 Recibido: 1/03/2012 - Aceptado: 30/06/2012 Resumo: Apresenta-se dois conjuntos de cerâmicas de imitação de sigillata tardia, das villae de Freiria e Sub-Serra da Castanheira, as suas semelhanças e diferenças entre si. Palavras-chave: círculos, palmetas, tardo-romana, Tejo, Olisipo. Abstract: The author presents two sets of decorated Roman ceramics (imitation of late terra sigillata) pointing out the similarities and differences between them. These sets were found at the Roman villae of Freiria and Sub-Serra da Castanheira. Key Words: circles, palmettes, late roman, Tejo, Olisipo. Entre as cerâmicas tardo romanas a cerâmica de imitação de sigillata estampada é uma das mais raras e por isso mesmo tem merecido pouca divulgação ao nível da investigação arqueológica portuguesa. São excepção os trabalhos publicados por Jorge Alarcão e Manuela Delgado sobre Conímbriga e ultimamente o estudo apresentado por Eurico Sepúlveda e Inês Ribeiro (2009), sobre as cerâmicas finas exumadas durante a escavação de emergência realizada na área da villa de Sub-Serra de Castanheira do Ribatejo, onde publicam um conjunto de materiais que agora voltamos a incluir no presente estudo conjuntamente com outros provenientes da villa de Freiria, Cascais. A villa de Sub-Serra de Castanheira do Ribatejo, localiza-se numa encosta virada a nascente, a 34,5 km da antiga cidade de Olisipo e a 36 km do centro de Scallabis antiga sede de um dos conventos em que estava dividida a província da Lusitânia. Para sul ficava a antiga estrada Olisipo - Scallabis e para nascente, a cerca de 2000 metros, o rio Tejo. A sua posição geográfica permitia-lhe, assim, ter acesso fácil tanto por terra como por rio até aquelas cidades. Os materiais apresentados são provenientes de uma escavação arqueológica realizada sob a responsabilidade de Mário Monteiro e Luísa Batalha, em 2007, na sondagem seis, de uma vala com cerca de cinquenta metros de comprimento. Por sua vez a villa de Freiria situa-se na freguesia de S. Domingos de Rana, concelho de Cascais, a cerca de 16,5 km do centro da antiga cidade de Olisipo, a 5 km da foz do rio Tejo e do mar, numa encosta suave virada a sul, num vale sem grande visibilidade paisagística mas abundante em água, razões que levaram à sua escolha para habitat desde o período Campaniforme, com um significativo incremento na Idade do Ferro e no período Romano, seguindo-se a sua queda com o consequente abandono já no período Islâmico.

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Page 1: GUILHERME CARDOSO Cerâmicas de imitação de sigillata

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GUI L HER ME C ARD O SO

[email protected]

Cerâmicas de imitação de sigillata tardia das villae de Freiria e de Sub-Serra de Castanheira do Ribatejo

E X O F F I C I N A H I S P A N A , 1 191

Recibido: 1/03/2012 - Aceptado: 30/06/2012

Resumo: Apresenta-se dois conjuntos de cerâmicas de imitação de sigillata tardia, das villae de Freiria e Sub-Serra da Castanheira, as suas semelhanças e diferenças entre si.

Palavras-chave: círculos, palmetas, tardo-romana, Tejo, Olisipo.

Abstract: The author presents two sets of decorated Roman ceramics (imitation of late terra sigillata) pointing out the similarities and differences between them. These sets were found at the Roman villae of Freiria and Sub-Serra da Castanheira.

Key Words: circles, palmettes, late roman, Tejo, Olisipo.

Entre as cerâmicas tardo romanas a cerâmica de imitação de sigillata estampada é uma das mais raras e por isso mesmo tem merecido pouca divulgação ao nível da investigação arqueológica portuguesa. São excepção os trabalhos publicados por Jorge Alarcão e Manuela Delgado sobre Conímbriga e ultimamente o estudo apresentado por Eurico Sepúlveda e Inês Ribeiro (2009), sobre as cerâmicas finas exumadas durante a escavação de emergência realizada na área da villa de Sub-Serra de Castanheira do Ribatejo, onde publicam um conjunto de materiais que agora voltamos a incluir no presente estudo conjuntamente com outros provenientes da villa de Freiria, Cascais.

A villa de Sub-Serra de Castanheira do Ribatejo, localiza-se numa encosta virada a nascente, a 34,5 km da antiga cidade de Olisipo e a 36 km do centro de Scallabis antiga sede de um dos conventos em que estava dividida a província da Lusitânia. Para sul ficava a antiga estrada Olisipo - Scallabis e para

nascente, a cerca de 2000 metros, o rio Tejo. A sua posição geográfica permitia-lhe, assim, ter acesso fácil tanto por terra como por rio até aquelas cidades.

Os materiais apresentados são provenientes de uma escavação arqueológica realizada sob a responsabilidade de Mário Monteiro e Luísa Batalha, em 2007, na sondagem seis, de uma vala com cerca de cinquenta metros de comprimento.

Por sua vez a villa de Freiria situa-se na freguesia de S. Domingos de Rana, concelho de Cascais, a cerca de 16,5 km do centro da antiga cidade de Olisipo, a 5 km da foz do rio Tejo e do mar, numa encosta suave virada a sul, num vale sem grande visibilidade paisagística mas abundante em água, razões que levaram à sua escolha para habitat desde o período Campaniforme, com um significativo incremento na Idade do Ferro e no período Romano, seguindo-se a sua queda com o consequente abandono já no período Islâmico.

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Entre 1985 e 2003 procedeu-se a escavações arqueológicas sob a direcção de José d’Encarnação e do autor. Os materiais que apresentamos desta villa foram recolhidos na pars rústica e na pars fructuaria. AS PEÇAS Este tipo de cerâmica caracteriza-se por apresentar pastas pouco depuradas e sem qualquer engobe e nalguns casos apenas com um polimento das suas paredes ou um ligeiro brunimento (brunido), com paredes decoradas por impressão de matrizes na pasta verde antes da cozedura.

Contrariamente a outras cerâmicas do mesmo tipo recolhidas na área espanhola (Cerrillho, 1976: 456; Juan Tovar e Blanco Garcia, 1997), que são em parte de pastas cinzentas. As que apresentamos são constituídas inteiramente por pastas de tons laranja ou castanho-avermelhado (Munsell 2.5YR5/6 a 2.5YR7/8) de cozedura oxidante ou semi-redutora pontualmente manchadas de cinzento. Nota-se que a maior diferença entre os elementos não plásticos existentes nas cerâmicas estudadas, das duas villae, está na presença de minúsculos máficos, observáveis à lupa de 22x, nas peças de Freiria enquanto na Sub-Serra só aparece na peça n.º 5, o que pode evidenciar uma origem diferente das peças que é corroborada pelas diferentes formas das peças existentes em cada um dos sítios arqueológicos estudados.

Por sua vez as taças da villa da Sub-Serra, fig 3-4, apresentam a superfície polida, lascada devido ao uso, verificando-se idêntico fenómeno em algumas peças que apareceram em Espanha (Juan Tovar e Blanco Garcia, 1997: 175). Quanto a nós isso deve-se à característica do barro utilizado que apresenta um aspecto foliáceo que com o tempo leva à escamação das suas pastas.

Assim podemos dizer, através das características das pastas, que ambos os grupos se encaixam nas argilas das produções das bacias hidrográficas do baixo Tejo e Sado sem no entanto conseguir definir os centros oleiros de que são provenientes.

Quanto à decoração também é nítida a separação temática entre os dois grupos. O da Castanheira é constituído praticamente por palmas enquanto o de Freiria utilizou os círculos concêntricos, excepto nos dois fundos de prato que apresentam um conjunto de quadrados decorados com palmas cruzadas.

No caso dos círculos encontramos paralelos no quadro tipológico de Juan Tovar e Blanco Garcia, sobre a cerâmica comum tardo-romana. Segundo aqueles autores são o segundo grupo mais frequente entre as cerâmicas decoradas, constituindo 16,07%

das peças que estudaram, considerando-as muito semelhantes às decorações encontradas nas TSHT decoradas a molde (1997: 194). CRONOLOGIAS As taças de Castanheira do Ribatejo foram recolhidas em estratos datáveis do século IV a inícios do século VI, conjuntamente com TSAf cl D dos tipos Hayes 91 e 104; vidros dos tipos AR 59.1, AR 98.2, AR 171, Isings 116/117=AR 59.2, Isings 82 B2; ânforas tipo Almagro 50, 51a/b, 51c, 51c.D e 51c.E (Cardoso, Batalha e Monteiro, 2009:17).

Para os materiais de Freiria podemos dizer que todos os fragmentos deste tipo de cerâmica foram recolhidos também em estratos de abandono e entulhamento de ocupação tardia.

A peça nº 8, com uma aparência rústica, foi recolhida num estrato de entulhos com materiais TSAf cl D Hayes 67, TSAf de Cozinha, Hayes 109, ânforas Almagro 50 e 51c, sobre uma ocupação do século VII.

Por sua vez o fragmento de parede decorada com círculos, n.º 10, foi recolhido numa camada de abandono que continha TSAf cl D dos tipos Hayes 61 e 67, ânforas lusitanas Almagro 51c e variante 51c.C, que se podem situar entre a segunda metade do século IV e finais do V. CONCLUSÕES Conclui-se que as cerâmicas de imitação de sigillata estampadas estudadas são possivelmente produções peninsulares tardias com cronologia que se estende entre o final do século IV e os inícios do VI que tentam suprimir à mesa a raridade da TSAf e a ausência da TSHT, levando a supor da existência de um fornecimento diferenciado entre estas duas villae do ager olisiponense. BIBLIOGRAFÍA Alarcão, J. 1975: "La céramique commune locale et

régionale". Alarcão, J., e Étienne, R. (dir.) Fouilles de Conimbriga. V. Diff. E. Boccard, Paris.

Batalha, L., Cardoso, G. e Monteiro, M. 2009: “A Villa Romana da Sub-Serra de Castanheira do Ribatejo: do Romano ao Medieval Islâmico”. Batalha, L., Caninas, J. C., Cardoso, G. e Monteiro, M. (Coord.), A Villa Romana da Sub-Serra de Castanheira do Ribatejo (Vila Franca de

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Xira) trabalhos Arqueológicos efectuados no âmbito

de uma obra da EPAL, edição de EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres SA, Lisboa, 11-26.

Cerrillo Martín de Cáceres, E. 1976: “Cerámicas estampilladas de Salvatierra de Tormes (Salamanca). Contribuición al Estudio de las Cerámicas tardorromanas del Valle del Duero”. Zephyrus, 26-27, Salamanca, p. 455-471.

Cerrillo Martín de Cáceres, J. y Cerrillo Martín de Cáceres, E. 1984-85: “Acerca del origen de la producción local de cerámicas estampilladas del siglo IV/V”. Zephyrus, 37-38, Salamanca, p. 361-369.

Delgado, M. 1975: "Les sigillés claires". In Alarcão, J., e Etienne, R. (dir.) Fouilles de Conimbriga. IV. Les sigillés. Diff. E. Boccard, París, p. 249-313.

Juan Tovar, L. C. 2000: “La terra sigillata de Quintanilla de la Cueza”, en M. García Guinea, eds., La villa romana de Quintanilla de la Cueza

(Palencia). Memoria de las excavaciones, 1970-1981, Palencia, 45-122.

Juan Tovar, L. C., e Blanco Garcia, F. 1997: “Cerámica común tardorromana, imitación de sigillata, en la provincia de Segovia. Aproximación al estudio de las producciones cerámicas del siglo V en la Meseta Norte y su transición al mundo hispano-visigodo”. Archivo Español de Arqueología, 70, Madrid, p. 171-219.

Munsell Soil Color Chart, 1992. Sepúlveda, E. de, Ribeiro, I. Alves 2009: «O espólio

de cerâmicas finas de mesa, vidros e lucernas», in Batalha, L., Caninas, J. C., Cardoso, G. e Monteiro, M. (Coord.), A Villa Romana da Sub-Serra de Castanheira do Ribatejo (Vila Franca de Xira) trabalhos Arqueológicos efectuados no âmbito

de uma obra da EPAL, edição de EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres SA, Lisboa, p. 29-54.

FIGURA 1. Localização das villae de Sub-Serra de Castanheira do Ribatejo e Freiria, nas proximidades de Olisipo (Lisboa).

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FIGURA 2. Villa de Sub-Serra. Sondagem 6.

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FIGURA 3. Villa de Sub-Serra. Sondagem 5.

FIGURA 4. Villa de Sub-Serra. Corte e planta da vala entre a sondagem 7 e 5.

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FIGURA 5. Planta da Villa romana de Freiria, S. Domingos de Rana.

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FIGURA 6. Villa de Freiria. Estratigrafia IU’ 85.

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FIGURA 7. Villa de Sub-Serra. 03.6.(5); fragmento de bordo com decoração estampilhada na parede exterior.

FIGURA 8. Villa de Sub-Serra. 14.6(6); pequeno fragmento de parede com decoração estampilhada na parede exterior.

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FIGURA 9. Villa de Sub-Serra. 28.6(6); taça tipo 37t. Bordo e parede com decoração estampilhada na parede exterior.

FIGURA 10. Villa de Sub-Serra. 203 e 205.6(6); taça tipo 37t. Bordo e parede sem ser estampilhada.

FIGURA 11. S/nº-JZ’(1); bordo e parede com decoração no lado externo com círculo denteados concêntricos.

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FIGURA 12. Freiria. 91-C/4; Fragmento de taça decorada com círculos concêntricos.

FIGURA 13. Freiria. 211-IU’(4); Fragmento de taça decorada com círculos concêntricos.

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FIGURA 14. Freiria. 93-IX’(3); Fragmento de fundo de prato decorada com palmetas.

FIGURA 15. 20-IX’(2); fragmento de fundo e parede, decorada com duas estampilhas circulares na base.

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FIGURA 16. 1-5, Sub-Serra de Castanheira do Ribatejo; 6-15, Freiria.

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CATÁLOGO Figura 16.1 – Sub-Serra de Castanheira do Ribatejo. Inv. n.º 03.6.(5). Bordo de pequenas dimensões e parede; decoração estampilhada na parede exterior. Pasta de grão fino, dura, de cor laranja (Munsell 2.5YR6/8), foliácea, polida externamente e brunida internamente. Cozedura oxidante. Apresenta elementos não plásticos constituídos por moscovite, óxido de ferro vermelho e quartzo leitoso. Figura 16.2 – Sub-Serra de Castanheira do Ribatejo. Inv. n.º 14.6(6). Pequeno fragmento de parede; decoração estampilhada na parede exterior. Pasta de grão fino, dura, de cor laranja (Munsell 2.5YR6/6), foliácea, polida externamente. Cozedura oxidante. Apresenta elementos não plásticos constituídos por moscovite, óxido de ferro vermelho, quartzo leitoso. Figura 16.3 – Sub-Serra de Castanheira do Ribatejo. Inv. n.º 28.6(6). Taça tipo 37t. Bordo e parede; decoração estampilhada na parede exterior. Pasta de grão fino, dura, de cor laranja (Munsell 2.5YR6/8), foliácea, polida externamente e brunida internamente. Cozedura oxidante. Apresenta elementos não plásticos constituídos por moscovite, óxido de ferro vermelho, quartzo leitoso. Figura 16.4 – Sub-Serra de Castanheira do Ribatejo. Inv. n.º 217.6(6). Taça tipo 37t. Bordo e parede; decoração estampilhada na parede exterior. Pasta de grão fino, dura, de cor laranja (Munsell 2.5YR6/6), foliácea, polida externamente e brunida internamente. Cozedura oxidante. Apresenta elementos não plásticos constituídos por biotite, óxido de ferro vermelho, quartzo leitoso e defumado. Figura 16.5 – Sub-Serra de Castanheira do Ribatejo. Inv. n.º 203 e 205.6(6). Taça tipo 37t. Bordo e parede; sem ser estampilhada. Pasta de grão fino, dura, de cor castanho avermelhado (Munsell 2.5YR5/6), foliácea, polida externamente e brunida internamente. Cozedura semi-oxidante. Apresenta elementos não plásticos constituídos por moscovite, máficos (possivelmente turmalina), óxido de ferro vermelho, quartzo leitoso e rosa. Figura 16.6 – Freiria. Inv. S/nº JZ’(1). Taça 37t? Bordo e parede com decoração no lado externo com círculo denteados concêntricos. Pasta de grão fino, pouco dura, de cor laranja (Munsell 2.5YR6/6) com manchas cinzentas, foliácea

e brunida externamente. Cozedura semi-oxidante. Apresenta elementos não plásticos constituídos: por moscovite, óxido de ferro vermelho escuro, máficos (possivelmente turmalina), quartzo leitoso e rosa. Figura 16.7 – Freiria. Inv. S/nº JN’(2). Pequeno fragmento de parede decorado, no lado externo, com círculos concêntricos. Pasta de grão fino, pouco dura, de cor castanho avermelhado (Munsell 2.5YR5/6), foliácea. Cozedura semi-oxidante. Apresenta elementos não plásticos constituídos: por moscovite, óxido de ferro vermelho, máficos (possivelmente turmalina), quartzo leitoso e rosa. Figura 16.8 – Freiria. Inv. n.º 211-IU’(4). Taça 37t? Parede externa decorada com círculos concêntricos ponteados. Pasta de grão médio, dura, de cor castanha (Munsell 2.5YR5/6) o cerne apresenta manchas cinzentas escuras, foliácea. Cozedura semi-redutora. Apresenta elementos não plásticos constituídos: por moscovite, óxido de ferro vermelho escuro, quartzo leitoso e defumado. Figura 16.9 – Freiria. Inv. n.º 91-C/4. Bordo de pequenas dimensões de taça decorada com círculos concêntricos Pasta de grão fino, pouco dura, de cor laranja (Munsell 2.5YR6/6), foliácea. Cozedura oxidante. Apresenta elementos não plásticos constituídos: por moscovite, óxido de ferro vermelho escuro, chamota, máficos (possivelmente turmalina), quartzo leitoso e rosa. Figura 16.10 – Freiria. Inv. n.º 168-IX’ (4). Pequeno fragmento de parede e taça decorado, na parede externa, com círculos concêntricos. Pasta de grão fino, pouco dura, de cor castanho avermelhado (Munsell 5YR5/6), foliácea, polida externamente e brunida internamente. Cozedura semi-oxidante. Apresenta elementos não plásticos constituídos por: moscovite, óxido de ferro vermelho, máficos (possivelmente turmalina), quartzo leitoso. Figura 16.11 – Freiria. Inv. S/nº IX’ (2-3). Pequeno fragmento de parede decorado na parede externa com círculos concêntricos. Pasta de grão fino, macia, de cor laranja (Munsell 2.5YR6/6), foliácea. Cozedura oxidante. Apresenta elementos não plásticos constituídos por: moscovite, óxido de ferro vermelho, quartzo leitoso e defumado.

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Figura 16.12 – Freiria. Inv. S/nº JN’(2). Pequeno fragmento de parede decorado no exterior com um círculo e vestígios de raiado. Pasta de grão fino, pouco dura, de cor rosada (Munsell 2.5YR7/8), foliácea, polida externamente. Cozedura oxidante. Apresenta elementos não plásticos constituídos por: moscovite, óxido de ferro vermelho escuro, máficos (possivelmente turmalina), quartzo leitoso e defumado. Figura 16.13 – Freiria. Inv. n.º 93 IX’(3). Pequeno fragmento de fundo de prato decorada com palmetas. Pasta de grão fino, macia, de cor castanho avermelhado (Munsell 2.5YR5/8), foliácea. Cozedura semi-oxidante. Apresenta elementos não plásticos constituídos por: moscovite, óxido de ferro vermelho, máficos abundante (possivelmente turmalina), quartzo leitoso e defumado. Figura 16.14 – Freiria. Inv. S/nº IV’ sepultura. Pequeno fragmento de fundo de prato decorado com palmetas. Pasta de grão fino, macia, de cor laranja (Munsell 2.5YR5/8), foliácea. Cozedura oxidante. Apresenta elementos não plásticos constituídos por: moscovite, óxido de ferro vermelho, máficos abundante (possivelmente turmalina), quartzo leitoso e defumado. Figura 16.15 – Freiria. Inv. n.º 20-IX’(2). Bilha? Fragmento de fundo e parede, decorada com duas estampilhas circulares na base, formada por uma roda de seis raios intercalados por besantes e inserida num círculo denteado. Pasta de grão fino, pouco dura, de cor laranja clara (Munsell 2.5YR6/8), foliácea. Cozedura oxidante. Apresenta elementos não plásticos constituídos por: moscovite, óxido de ferro castanho, máficos (possivelmente turmalina), quartzo leitoso e defumado.

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