fevereiro de 2014

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Nesta edição: www.paroquiadapompeia.org.br/ [email protected] TIRAGEM: 3000 - DISTRIBUIçãO GRATUITA Periodicidade: mensal - Circulação: Zona Leste - Ano: XVII - Edição de fevereiro de 2014 Quaresma e tráfico humano CARNAVAL: tempo de alegria e arte Volta às aulas Página 4 Página 7 Página 3 Frei Antônio Honorato, recém-ingresso no time dos cinquentões, é um predestinado. Deixou o bucolismo e a temperatura civilizada das altu- ras da Serra da Mantiqueira para pastorear não os ovinos, bovinos e caprinos, mas os cordeiros de Deus. Sorridente, humilde, amigo como bom mi- neiro, dono de boa prosa e confortador. São tan- tos adjetivos que inibem o substantivo: Antônio Honorato, pároco que nos deixa, para assumir as novas missões que o Senhor lhe reservou. Mas o certo é que ele nos deixa realizações que vão do coro espiritual aos desafios da administra- ção material. O espaço é pequeno para enumerar seus feitos nesses anos de convívio conosco. Fixe- mo-nos em um, a título de exemplo, que é a RE- FORMA não apenas da estrutura predial de nossa igreja, mas nos ensinamentos que nos transmitiu. Frei Honorato vai deixar saudade. Vai nos pedir, como Papa Francisco, que oremos por ele. Que te- nha as bênçãos da mãe Maria e de seu filho queri- do Jesus, acolha-o também São Francisco de Assis e Santa Clara de Assis, pois “como peregrino levo em meu coração agradecido a Paz e o Bem”, como escreveu em sua “Palavra do Pároco”, de janeiro. Na sucessão dos dias, em nossas atividades temos sucessões. Na linguagem esportiva, sai Ho- norato e entra Romero, o novo titular. Frei Rome- ro deverá ampliar as obras de seu antecessor. Frei Romero José da Silva, jovem, mas suficientemen- te experiente para coordenar a nossa Paróquia; estava em Governador Valadares e vem para nos orientar nos caminhos de Deus. Até breve Frei Honorato, bem-vindo Frei Ro- mero. Que o Senhor e Maria os protejam. Paz e bem! Hudson Brandão Página 5 ATÉ BREVE, PASTOR EDITORIAL

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Page 1: Fevereiro de 2014

Nesta edição:

www.paroquiadapompeia.org.br/ [email protected]

Tiragem: 3000 - disTribuição graTuiTaPeriodicidade: mensal - Circulação: Zona Leste - ano: XVii - edição de fevereiro de 2014

Quaresma e tráfico humano

CARNAVAL: tempo de alegria e arte

Volta às aulas

Página 4 Página 7Página 3

Frei antônio Honorato, recém-ingresso no time dos cinquentões, é um predestinado. deixou o bucolismo e a temperatura civilizada das altu-ras da serra da mantiqueira para pastorear não os ovinos, bovinos e caprinos, mas os cordeiros de deus. sorridente, humilde, amigo como bom mi-neiro, dono de boa prosa e confortador. são tan-tos adjetivos que inibem o substantivo: antônio Honorato, pároco que nos deixa, para assumir as novas missões que o senhor lhe reservou.

mas o certo é que ele nos deixa realizações que vão do coro espiritual aos desafios da administra-ção material. o espaço é pequeno para enumerar seus feitos nesses anos de convívio conosco. Fixe-mo-nos em um, a título de exemplo, que é a re-Forma não apenas da estrutura predial de nossa igreja, mas nos ensinamentos que nos transmitiu.

Frei Honorato vai deixar saudade. Vai nos pedir, como Papa Francisco, que oremos por ele. Que te-nha as bênçãos da mãe maria e de seu filho queri-do Jesus, acolha-o também são Francisco de assis e santa Clara de assis, pois “como peregrino levo em meu coração agradecido a Paz e o bem”, como escreveu em sua “Palavra do Pároco”, de janeiro.

Na sucessão dos dias, em nossas atividades temos sucessões. Na linguagem esportiva, sai Ho-norato e entra romero, o novo titular. Frei rome-ro deverá ampliar as obras de seu antecessor. Frei romero José da silva, jovem, mas suficientemen-te experiente para coordenar a nossa Paróquia; estava em governador Valadares e vem para nos orientar nos caminhos de deus.

até breve Frei Honorato, bem-vindo Frei ro-mero. Que o senhor e maria os protejam.

Paz e bem!

Hudson Brandão

Página 5

ATÉ BREVE, PASTOR

EdiTORiAL

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informativo da Paróquia Nossa sra. do rosário de Pompeia - Frades Capuchinhos - Fevereiro de 20142

ExPEdiENTE

PASCOM Pastoral da Comunicação

Componentes:Frei antônio HonoratoFrei Fabrício Ferreira rosaFrei márcio José da silvaanderson Penaandréa matosCristiano Júlio de assis davidson Henrique Costa silvaguilherme augusto santos oliveiraHudson brandão

1 - Para refletir: existem certas normas para as vestes. deve haver harmo-nia nas cores, bom gosto no feitio, atualidade quanto à moda e conveniência com relação ao ambiente. Ninguém põe qualquer gravata com qualquer cami-sa, nem qualquer calça com qualquer paletó, ou mesmo uma rosa no vestido só porque ela é bonita. Precisa ver se vai combinar. Há também uma roupa para o clube, outra para o velório, outra para a praia e outra para a missa.

o que dissemos para as vestes serve também para o canto litúrgico. Há um tipo de canto que é próprio para a liturgia. o Concílio Vaticano ii vê, na liturgia, o próprio Cristo, sumo e eterno sacerdote, exercendo no meio de nós a sua ação salvadora.

Liturgia: culto público da igreja, que assume oficialmente as palavras e os gestos de Jesus, bem como a fé e os sentimentos do Povo de deus (dois ele-mentos: o divino/divindade e o humano/humanidade).

Missa: mais do que um conjunto de orações. ela é a grande oração do pró-prio Jesus, que assume todas as nossas orações individuais e coletivas para nos oferecer ao Pai, juntamente com ele.

2 – Para comparar: Cantar “a missa” e não “na missa”: o canto está a serviço do louvor de deus e de nossa santificação. deve nos ajudar a rezar, por isso deve estar em sintonia com o momento litúrgico que se celebra. Por isso, um canto penitencial deve nos ajudar a pedir perdão de coração arrependido; um canto de ofertório deve nos ajudar a fazer a nossa entrega a deus; um canto de comunhão deve nos colocar em maior intimidade com deus e expressar nossa adoração e ação de graças.

o Concílio Vaticano ii diz que “a música sacra será tanto mais santa quanto mais intimamente estiver ligada à ação litúrgica”

deve estar isento de vaidade e exibição, pois não é canto teatral. Convém que se ouça o conjunto todo das vozes, e não apenas algumas. a equipe de liturgia não é para substituir o povo cantando, mas para animá-lo a cantar. (sl 89 ou 88, 16)

Cantar faz bem. um santo disse: “quem canta, reza duas vezes”. santo agos-tinho disse que “cantar é próprio de quem ama”. Cantemos não porque deus precisa de nosso louvor, mas porque nos sentimos felizes louvando a deus. Para cantar na igreja não é preciso ter uma bela voz: basta ter fé. (sl 147 ou 146, 1,7,12)

3 – Reflexão em família: Que é liturgia? Que disse o Concílio sobre o canto na missa? Que tem a ver o canto com as partes da missa? Como os instrumen-tos se relacionam com o canto? Você canta na celebração? Por quê?

o que está certo ou errado na Paróquia? o que você pode fazer para melhorar?

4 – Leitura em família: Sl 148

Por Andréa Matos, PASCOM

Sacramento do Batismo

isabella batista Jardimmaria madalena Loredo Netarua iara, 171 – Pompeia, belo Horizonte – mg( 31) 3889 4980Site: www.paroquiadapompeia.org.brE-mail: [email protected] e impressão: FumarC gráficaos artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal.

o Jornal o rosário reserva-se o direito de editar as matérias recebidas.

Procure o GRUPO FAMÍLiA POMPEiA dE N. A.Local: rua iara, nº 202 - Horário: de 20h às 22h

REUNiÕES ABERTAS ÀS FAMÍLiAS.Venha nos visitar! Talvez possamos ajudar.

Problemas com drogas? Deseja parar?

Paróquia N. Senhora do Rosário de PompeiaBanco itaú: conta 15088-9 cc - Agência 0587

Que a Virgem do Rosário o proteja!

Com fé, restaurandoa casa da mãe:

Faça sua doação!

És água Viva Padre Zezinho, sCJeu te peço desta água que tu tensÉs água viva meu senhorTenho sede, tenho fome de amore acredito desta fonte de onde vensVens de deus, estás em deus, também és deus e deus contigo faz um só.eu, porém, que vim da Terra e volto ao pó, quero viver eternamente ao lado Teu.És água viva, És vida nova e todo dia me batizas outras vezme fazes renascer, me fazes reviver e quero água desta fonte de

onde vens, eu quero água desta fonte de onde vens.

FiQUE POR dENTRO O CANTO LiTÚRGiCO

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3informativo da Paróquia Nossa sra. do rosário de Pompeia - Frades Capuchinhos - Fevereiro de 2014

PAGAMENTODE CONTAS

No próximo dia 5 de março, Quarta-Feira de Cinzas, a igreja inicia o tempo da Quaresma, um tempo especial que nos faz pensar nos quarenta anos em que o Povo de deus perambulou pelo deserto em busca da Terra Prometida. as quatro décadas de provações serviram para amadure-cer o povo para entrar na Terra da Libertação sem os vícios e os ídolos do cativeiro egípcio. somente um povo novo, libertado, é capaz de fazer a travessia do cativeiro para a liberdade.

durante esta Quaresma, a igreja nos chama a viver a Campanha da Fraternidade (CF), cujo tema, nesse ano, é “Fraternidade e tráfico humano”, e o lema, tirado da carta de são Paulo aos gálatas (5,1), é: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”.

o objetivo da CF-2014 é identificar as práti-cas de tráfico humano em suas várias formas e denunciá-las como violação da dignidade e da li-

berdade humana, mobilizando cristãos e a socie-dade brasileira para erradicar esse mal, com vista ao resgate da vida dos filhos e filhas de deus.

sabemos que o tráfico humano é tão anti-go quanto a guerra na história da humanidade. o povo da bíblia, por exemplo, foi escravizado por assírios, babilônios, egípcios etc. Quantas mutilações culturais e religiosas aconteceram? inúmeras! os europeus, nos últimos séculos do milênio passado, retiraram de terras africanas, durante vários séculos, milhões de homens e mulheres e os transformaram em peças de tra-balho e de luxúria.

o tema da CF é atualíssimo, pois ultima-mente os meios de comunicação nos falam de homens e mulheres – brasileiros e estrangeiros – que são submetidos a trabalhos degradantes em nosso território; sabemos também de inú-

meros outros seres humanos que são levados para fora do País para serem explorados sexu-almente por grupos que só visam o ganho de dinheiro a qualquer custo alheio. Não seria isso uma espécie de tráfico?

se realmente acreditamos que “é para a li-berdade que Cristo nos libertou”, vivamos esta Quaresma atentos à vida e à dignidade huma-na. É inconcebível a nossa tolerância a atitudes tão desumanas como essas tratadas pela CF. em se tratando de tecnologia somos tão evoluídos, mas quando o assunto é gente e dignidade hu-mana, ainda somos tão antigos quanto os ho-mens da pedra lascada, infelizmente.

Ismar Dias de Matos, professor de Filosofia e Cultura Religiosa na PUC Minas.

E-mail: [email protected]

Quaresma e tráfico humano

TEMPO dE QUARESMA: REFLExãO, CONVERSãO E PENiTêNCiA

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informativo da Paróquia Nossa sra. do rosário de Pompeia - Frades Capuchinhos - Fevereiro de 20144

Certamente, o Carnaval é uma das festas populares de grande manifestação folclórica que temos no brasil. e o Carnaval brasileiro, devido à mistura de costumes e tradições das mais variadas, é um dos mais famosos do mundo. Como seria oportuno um debru-çar na história para percebermos os desdo-bramentos e mutações que essa festa sofreu no decorrer dos séculos. mas não será possí-vel nesta ocasião. Vamos nos ater apenas, de modo sintético, ao posicionamento atual do cristão em relação ao Carnaval, ou seja: o cris-tão participa ou não do Carnaval?

infelizmente, nos acostumamos e preferimos respostas certeiras. sim ou não. Não temos mui-ta paciência para refletir. Neste texto, confesso, não há pretensão de dar uma resposta defini-tiva, mas uma pequena e simples contribuição para percebermos nossas atitudes e posiciona-mentos, de modo específico devido ao mês em que estamos, acerca do Carnaval.

Calcula-se que o Carnaval ultrapassa os dois milênios contados a partir do Cristianismo. re-cebeu, no decorrer dos séculos, diversas influ-ências. sempre uma adequação nos âmbitos social, político e, principalmente, religioso. No brasil, ao chegar através dos portugueses, ain-

da recebeu o contributo de outros países euro-peus, como no caso das famosas máscaras de Veneza, além de elementos africanos.

atualmente, quando tratamos do Carnaval no meio cristão, tornam-se inevitáveis denomi-nações do tipo: fútil, profano, erótico etc. a lista é interminável. a ideia de algo artístico e cultural passa longe de ser contemplado. em vez disso, prefere-se olhar o Carnaval como algo que deva ser expurgado do meio cristão. mas será que con-vém tal concepção? Por que os cristãos, revestidos de puritanismo, ao invés de uma adesão partici-pativa a essa festa popular, se retiram para rincões, encontros, rebanhões, retiros etc. no intuito de fu-gir, de não se contaminar com o Carnaval?

É evidente pontuarmos aqui a diferença en-tre Carnaval artístico-cultural de carnaval eróti-co-hedonista. infelizmente, para a maioria dos cristãos, não há diferença nenhuma. mas há diferença, sim, e não podemos desmerecer um evento popular que favoreça a nossa cultura.

Certa vez, o bispo de olinda (Pe), dom Hél-der Câmara (1909-1999), durante sua crônica radiofônica “um olhar sobre a cidade”, da rádio olinda am, declarou:

“Carnaval é a alegria popular. direi mesmo, uma das raras alegrias que ainda sobram para

a minha gente querida. Peca-se muito no carna-val? Não sei o que pesa mais diante de deus: se excessos, aqui e ali, cometidos por foliões, ou fa-risaísmo e falta de caridade por parte de quem se julga melhor e mais santo por não brincar o carnaval. estive recordando sambas e frevos, do disco do baile da saudade: ‘ô jardineira por que estás tão triste? mas o que foi que aconteceu....Tu és muito mais bonita que a camélia que mor-reu...’ brinque, meu povo querido! minha gente queridíssima. É verdade que quarta-feira a luta recomeça. mas, ao menos, se pôs um pouco de sonho na realidade dura da vida!”

o Carnaval termina com a Quaresma; período propício para a abstinência, o jejum, as renún-cias e os sacrifícios conforme prescreve a igreja a nós, os seus fiéis. somos pessoas cada vez mais do culto e não conseguimos associar isso à festa, à alegria, ao belo. Corremos o risco, ao despre-zarmos o mundo e os seus bens - que está per-meado do que é próprio nosso, com nossos va-lores, nosso jeito, nossa arte, onde tudo pode ser convertido em festa popular - de ofendermos ao próprio deus. Portanto, “alegrai-vos sempre no senhor; eu repito: alegrai-vos” (Fl 4, 4-5).

Frei Márcio, OFMCap

CARNAVAL: tempo de alegria e arte

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5informativo da Paróquia Nossa sra. do rosário de Pompeia - Frades Capuchinhos - Fevereiro de 2014

VidAS TRAFiCAdASCampanha da Fraternidade 2014

a Campanha da Fraternidade deste ano vai tocar em uma questão social extremamente de-licada e perigosa: o tráfico de pessoas humanas. são milhares de pessoas que são utilizadas para o trabalho escravo, para a exploração sexual e comércio de órgãos e de drogas. Tornou-se um negócio altamente rentável e que se desen-volve sub-repticiamente e que engana, ilude e coopta crianças, adolescentes e adultos com promessas de ganho fácil e vida melhor. É um procedimento que fere a dignidade humana e os mais básicos direitos da pessoa humana.

Como cristãos e cidadãos não podemos per-

manecer insensíveis a esta questão, que vai destruindo e ceifando a vida de pessoas e fa-mílias e que, para nossa surpresa, talvez esteja bem próxima de nós. os meios de comunicação social têm abordado este problema em filmes, novelas, reportagens, mas o enfrentamento da questão não tem sido feito adequadamente pelo governo na área da prevenção (educação), como na área da investigação e devida punição, para coibir esta prática criminosa.

a Campanha da Fraternidade, portanto, con-voca não somente os cristãos católicos, mas to-dos os cristãos e cidadãos para que, num gran-

de mutirão nos unamos, em vista de denunciar o problema e procurar meios de salvar milhares de vidas humanas e de extirpar este negócio execrável do meio de nós.

É uma questão de fé e cidadania.

Dom Frei Antônio Roberto CavutoBispo Diocesano de Itapipoca/CE

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7informativo da Paróquia Nossa sra. do rosário de Pompeia - Frades Capuchinhos - Fevereiro de 2014

Nesta época do ano é corriqueiro a utilização da expressão volta às aulas, pois na maioria das escolas o ano letivo começa no início do mês de fevereiro. Neste momento milhares de estu-dantes voltam às escolas, pois é hora de se en-contrar com os colegas veteranos ou fazer no-vas amizades, e também rever os professores e professoras. ah, e também assistir, e porque não dizer, participar de aulas de diversas matérias.

este fenômeno, portanto, é o início de uma ca-deia de acontecimentos na vida de todas as pes-soas, mesmo que não sejam elas que estejam vol-tando às aulas. É um fenômeno que suscita, incita, possibilita, fomenta, enfim, desencadeia vários outros eventos. Como exemplo podemos citar: traduz-se no final de uma época em que muitas famílias viajam juntas; é o momento de os mestres voltarem às salas de aula para mais uma oportu-nidade de transmitirem conhecimento e fomenta-rem o gosto pelo estudo, ou pelo menos deveria ser assim, mais do que mais uma jornada anual de uma tarefa muito árdua e, mais recentemente, assaz perigosa; uma época de gastos homéricos, em que o consumo é altamente fomentado e, por conseguinte, muitos comerciantes vêm seu caixa mais bem abastecidos. Com relação ao consumo, cabe salientar a infinidade de ofertas de materiais escolares, de diversas cores e modelos, estampa-dos de personagens também diversos, com um corte de gênero muito bem definido, em que im-peram o rosa e o lilás para as meninas, de todas

as idades. a mobilidade é também afetada, pois o trânsito é diretamente influenciado pela volta às aulas. os carros são sobejamente encontrados em filas duplas ou triplas nas ruas da cidade; os veículos do transporte público, nos horários que antecedem a entrada e a saída de alunos das es-colas, recebem um número maior de passageiros. Também em função da volta às aulas, o mercado alimentício é também contemplado com a neces-sidade que os alunos e alunas têm da merenda es-colar, pois passam, em média, cinco horas diárias no ambiente escolar. assim, se os pais não provi-denciarem os alimentos em casa (de preferência preocupados com alimentos saudáveis), esses se-rão adquiridos nas respectivas cantinas (hoje em dia, muitas delas terceirizadas, já que é certo e ren-tável o investimento).

enfim, poderíamos trazer aqui várias nuanças do fenômeno volta às aulas. mas, acabei escreven-do demais e deixando de lado a reflexão que pre-tendia fazer: a volta às aulas não só como um fe-nômeno importante, de volta a um lugar ímpar na socialização do ser humano, principalmente das crianças, mas também sob a perspectiva do lugar que a instituição escola ocupa na formação de uma sociedade e na vida de cada um de nós. mais do que isso, queria refletir um pouco sobre qual é a importância que damos (estudantes, professo-res, profissionais que atuam nas e para as escolas, o poder público, enfim, toda a sociedade) para a educação promovida nas aulas (não só nas aulas

que acabaram de voltar ao cotidiano de todos), mas a todas e a cada uma das aulas que aconte-cem nas escolas? a serviço de qual e de quanta educação as aulas são ministradas? são instru-mentos de formação do ser humano, ou apenas de informação; são palcos da realização de uma profissão gratificante (ser professor/a) ou cenário de uma árdua missão de educar; ou, em que me-dida as aulas servem para transmissão de conhe-cimento, de habilidades e de valores, ou será que almejam somente o cumprimento dos currículos elaborados para as respectivas séries/anos, dividi-dos em dias letivos determinados pelas secreta-rias de educação; ou será ainda que na matriz do sistema capitalista elas (as aulas) servirão apenas para que as escolas que as oferecem estejam em lugares privilegiados do ranking das escolas que mais aprovam nos vestibulares, nos exames Na-cionais do ensino médio, ou qualquer outro meio de seleção para as universidades; ou escolas que se apresentem como faculdades ou universidades que possuam notas satisfatórias nos órgãos de fo-mento como CaPes ou CNPQ, por exemplo?

Não darei nenhum tipo de resposta, mas lan-ço aqui uma semente de reflexão para todos nós: quais aulas queremos para os alunos que estão voltando às escolas? o que queremos que de fato eles aprendam nessa volta ao ambiente escolar? Pensemos...

Andréa Matos R. M. Castro

Volta às aulas

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informativo da Paróquia Nossa sra. do rosário de Pompeia - Frades Capuchinhos - Fevereiro de 20148

Fevereiro sem Carnaval

Fonte: PASCOM- Pompeia

O galo músico - Fernando Sabinoa obra reúne criações literárias concebidas em diferentes fases da vida do escritor mineiro, “da juventude à maturidade,

do desejo ao amor”. a primeira, escrita ainda muito jovem, conquistou um prêmio de âmbito nacional no Concurso Per-manente de Contos da revista Carioca, que assim se manifestou: “este conto é engenhoso. revela qualidades de invenção e humorismo. Com trouvailles assim, muita gente tem escrito histórias que andam por aí, em livros e traduções. Convém acentuar, porém, que seu autor é quase um guri: um rapazinho de 14 anos.”

diCA dE LEiTURA

Escondidinho de carne seca

iNGREdiENTES

• 1 kg de mandioca

• 1 lata de creme de leite com soro

• 2 colheres (sopa) de margarina

• ½ kg de carne seca dessalgada e cozida

• 1 cebola média picadinha

• 4 dentes de alho esmagados

• 2 tomates sem casca picados

• Sal e pimenta a gosto

MOdO dE PREPAROesprema a mandioca ainda quente e leve em

uma panela com a margarina e o sal; depois que es-tiverem bem misturados, acrescente o creme de lei-te e reserve; refogue a cebola e o alho em um pouco de azeite, acrescente a carne seca desfiada e deixe fritar um pouco, acrescente os tomates só para dar uma murchada; acerte o sal se achar necessário; em um refratário untado com azeite coloque uma ca-mada de purê de mandioca, a carne seva e termine com o restante do purê; polvilhe com queijo parme-são ralado e leve ao forno para gratinar.

Fevereiro chega e não tem Carnaval, contrariando, mais uma vez, a composição de Jorege ben Jor. só tem folia em março, quando se inicia, ao término dos festejos, a Quaresma. o menor mês do calendário gregoriano não é pobre nas datas comemorativas LaiCas e reLigiosas. destaque-mos duas: no dia 11 rendemos graças a Nossa senhora de Lourdes e no dia 27 honremos os ido-sos. afinal, poderemos, com as bênçãos de maria, comemorar tal condição.

o Carnaval vem em março. Como sempre, a Páscoa ocorre nos sete domingos que sucedem a folia momesca. Findo o período de carnaval, começa para nós CaTÓLiCos, um tempo penitencial que terá seu fechamento jubilioso no domingo de PÁSCOA. a Quaresma é o tempo litúrgico de CoNVersão estabe-lecido pela igreja para a Páscoa.

ensina-nos dom Pedro Carlos CiPoLiNi, bispo de amparo (sP), que a “Quaresma, quarenta dias que precedem a Páscoa: vitória de Jesus o Filho de deus, sobre a morte [...]. a Quaresma recorda este período convidando a imitar Jesus na oração, no JeJum, na penitência que ajudam a reorganizar nossa vilda interior, reorientando-a para deus, num processo que a bíblia chama de conversão”

L O U R d E S E K F W B U A i S A C i A LR B N K V U M A N J E R C P M M T Z Z O MK B W i P x Y U Q R H A J S L V H P M A ML A F A M Q H S K J Z Ç P M U G V P V U PA N R E L i G i O S A S Y R H d R Y N T Ri P Ç i A i S R U i V Z M O A O M d C O OC N F T A W R O A Ç A R O d M S O i R L MN Ç A i E T N G M x M Y E E A P P A N O ME K C B B M B E Q O V M T R A O E M V S TT Q O C U i C S N R F i A K L A B S M A ii i E J W A F A M O M S A i M O S T E N M

N R E G O G i O T E M i N E S x S Y C R iE J W U B R B N N d i i d E R E i S x O dP G J S O V E T K C A T O L i C O S O N OL A d G H J O G O B A G T i x K C M L i SL V E Q U A R E S M A A O P i Z Ç B A Ç Oi R W N U A E E J J M U B M A C M N V A S

G W S T S U O J L S A A M P i Z E O E O EV W L A O U P M O B x Z N Ç B M J H Q C NE d F E O A S R E V N O C T R F N O C S GR x P M d V O A A U R C C O Ç B O L Ç A iZ U W R E L A V V A N R A C T R i N J P M

diCA dE LEiTURA

PANELA dE BARRO CAÇA PALAVRAS