festa do rosário 2007 13 e 14/10/07. quando cheguei ao distrito, no sábado as 18 horas e 40...
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Festa do Rosário
2007
13 e 14/10/07
Quando cheguei ao distrito, no sábado as 18 horas e 40 minutos,
Seu Dola conversava na porta de sua casa com um rapaz que
aparentava ter por volta de 25 anos. Ao passar pela rua
cumprimentei Seu Dola que convidou-me para que chegar à sua
casa; daí pude ouvir um pouco do que os dois conversavam.
O rapaz, morador do Bairro Estrela em Viçosa, explicava ao Seu Dola
que gostaria de estar na banda durante a Festa, apesar de não
possuir o casquete; ele explicava também que a razão de seu não
comparecimento aos ensaios se deu por sua grande carga de
trabalho nos últimos tempos. Seu Dola disse ao rapaz que ele já
estava numa lista dos que não fazem parte do grupo por
infreqüência, mas o motivo principal que faria com que ele não
pudesse participar da banda durante a Festa é que ele não possuía o
casquete. Seu Dola prometeu que tentaria conseguir um para ele,
mas não deu muita atenção, o rapaz se despediu dizendo que iria
até em casa tomar um banho e voltaria para os festejos.
Ao vir conversar comigo, Seu Dola disse que lamentou
muito que eu não estivesse presente no domingo (dia 7) na
novena, pois neste dia o irmão de João e Eliana, filha de Seu
Dola, organizaram uma surpresa para os congadeiros em
função da passagem do dia de N. S. do Rosário. Neste dia,
durante a novena, houve a coroação da Santa e se abriu
espaço para que Seu Dola fizesse uma embaixada. Seu
Dola disse ter lamentado por não ter conseguido avisar-me
a tempo para que eu pudesse estar presente para
fotografar o evento.
Os eventos da Festa se iniciaram em frente a Casa de Seu Zeca pouco
depois das dezenove horas com a reza de um Pai Nosso puxado por
Rogério, Rei do Meio. Havia na banda a presença de um cavaquinho, o
que não é comum durante os ensaios.
As primeiras músicas entoadas, como já observado em outros
momentos da Festa e nos ensaios, tinham dizeres relativos à tomada
do espaço da rua: “Dá licença, dá licença...”; “Virgem do Rosário, essa
banda é sua. Oh me dá licença pra eu sair na rua...”.
Da casa de Seu Zeca saímos rumo a Avenida Silva Araújo.
Quando chegamos à Avenida, caminhamos sentido
Cachoeirinha. Nesse momento era cantado: “Hoje é dia, hoje é
dia, hoje é dia do Rosário de Maria”. Fizemos um deslocamento
até a casa da Princesa que repassou a Coroa no dia seguinte.
Nesta casa se apanhou a bandeira que foi colocada no mastro
levantado em frente a Igreja. Ao se realizar tal ação foi
cantado: “Eu vou levar, eu vou levar, a bandeira do mastro eu
vou levar.”
Em seguida retornamos para a Rua São Lourenço, onde foi
feita uma parada por alguns instantes em frente a Casa de Seu
Dola. Aí se cantava: “Eu vou, eu vou, é debaixo da capa que eu
vou.”
Da Rua São Lourenço fomos para a Rua José Soares da Rocha.
Nesta rua se fez uma parada breve em frente a casa de
Manoel Fonseca, como se faz todos os anos, não consegui
ninguém que pudesse me explicar o sentido desta parada. Aí
se cantou: “Porta bandeira que dança é essa? É virgem do
Rosário para cumprir promessa.”