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PROPRIEDADE DA FUNDAÇÃO EDUARDO DOS SANTOS

Director: João de DeusConselho de Redacção: João de Deus, António Miguel, António Magalhães e Avelino Chico

Fotografia: José MariaDesign e paginação: Imagem, ViP

Impressão e acabamento: Plátano EditoraTiragem: 5000 Caixa Postal: 545 E-mail: [email protected]

Telefones: 44 98 07 / 44 97 42 Fax: 44 68 66

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FESA MAGAZINE4

ALFABETIZAÇÃO

“A Agricultura no actual contexto de desenvolvimento deAngola”, dominaram as XVI Jornadas Técnico-Científicasda FESA que decorreram de 03 a 26 de Outubro de 2012.

Município do Bailundo na Província do Huambo ganhacentro Materno Infantil. Completamente apetrechado ecom capacidade de atender mais de trinta parturientes, foiinaugurado pelo Ministro da Saúde Dr. José Van-Dúnemno dia 25 de Setembro de 2012.

Três Instituições receberam Prémio Nacional de Alfabe-tização. Os prémios foram outorgados durante uma Galarealizada no Cine Tropical em Luanda.

A Fundação Eduardo dos Santos enviou pela primeira vez12 bolseiros à República Federativa da Venezuela paraformarem-se em petróleo e gás. Os jovens mostraram-seentusiasmados por serem os primeiros a serem selec-cionados pela Escola de Petróleo do Sumbe.

Págs. 06 a 13SEMANA DA FESA

INAUGURAÇÃO

FORMAÇÃO DE QUADROS

PALESTRA

CAPA

DESPORTO

Págs. 14 e 15

Págs. 17 a 21

Págs. 22 e 23

Págs. 27 a 29

Págs. 42 a 45

SUMÁRIO

Historiadora Ana Maria de Oliveira enalteceu na provínciado Cunene, a Figura do Rei Mandume. Na luta travadacontra várias forças invasoras o Rei Mandube disse: SEOS SOLDADOS ME PROCURAM EU ESTOU AQUI,PODEM VIR CAPTURAR-ME, NÃO FAREI O PRIMEIRODISPARO, MAS SOU O AMO E NÃO UM ANTÍLOPENOS BOSQUES, LUTAREI ATÉ À MINHA ÚLTIMA BALA.

Selecção da Namíbia vence torneio internacional “TaçaPatrono”. Instituído em homenagem ao Patrono da FESAEng. José Eduardo dos Santos, a competição teve lugar nacidade do Namibe nos dias 13 e 14 de Outubro de 2012.

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SEMANA DA FESA

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Para assinalar a tradicional SEMANA daFESA, elaborou-se um vasto programacontendo um leque de actividades quecompreenderam as XVI Jornadas Técnico --Científicas, sob o lema “A Agricultura noActual Contexto de Desenvolvimento deAngola”, Workshop sobre Gestão Hospi-talar, bem como actividades de carácterdesportivo e cultural. Este programa paraalém de ser realizado na província deLuanda, foi também extensivo a outrasprovíncias do nosso país, nomeadamenteBenguela, Bié, Cunene, Huambo, Huíla eZaire.

Com vista a dar maior consistência àsacções programadas, a FESA escolheupara as Jornadas Técnico-Científicas,um tema de actualidade e de extremaimportância para o desenvolvimento sus-tentável da economia do país, numcontributo da FESA aos esforços doExecutivo Angolano.O tema dominante na semana da

FESA foram as XVI Jornadas Técnico --Científicas, que decorreram sob o Lema“A Agricultura no Actual Contexto deDesenvolvimento de Angola”. As jorna-das contaram com a presença de mais de

SÍNTESE DAS JORNADAS TÉCNICO-CIENTÍFICAS DA FESA 2012

A Semana da FESA decorreu de 03 a 26de Outubro de 2012, e visou saudar o16.º aniversário da Fundação Eduardodos Santos – FESA e os 70 do aniver-sário do seu Patrono, o EngenheiroJosé Eduardo dos Santos

1500 participantes e convidados, entregovernantes, deputados, cientistas, pro-fessores e estudantes tanto das Universi-tários como do ensino médio, directoresnacionais, administradores de empresas,especialistas e profissionais de váriosramos de actividades, fundações, associa-

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Durante as intervenções foi exaustiva-mente ressaltada a necessidade de seaumentar a produção agrícola, comogarantia da segurança alimentar e parafornecimento de matérias-primas para aagro-indústria.Por outro lado, foi manifestada a pre-

ocupação da correcta formulação de polí-ticas adequadas para os sectores trans-versais que se encontram a montantee a jusante das actividades inerentes aagricultura sustentável do país.

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ções, organizações não governamentais eoutras entidades ligadas ao tema.A escolha do tema, reconhecido como

oportuno, actual e de vital importância, noquadro do programa de aceleração para odesenvolvimento sustentável da econo-mia do país, proporcionou reflexões pro-fundas de elevado nível científico e técni-co, que permitiram demonstrar a urgênciana sua dinamização tanto para a har-monia social, como para o reforço da inde-pendência económica.

A par dos trabalhos das Jornadas, foirealizada uma exposição de produtos,insumos e equipamentos ligados a activi-dade agrícola e rural, envolvendo váriasempresas nacionais com qualidade reco-nhecida.A sessão de abertura das XVI Jor -

nadas Técnico-Científicas foi presididapor sua Excelência Afonso Pedro CangaMinistro da Agricultura e do Desenvol-vimento Rural, que ressaltou a impor-tância e as prioridades que o sector daagricultura tem para o Executivo dirigidopor Sua Excelência Eng.° José Eduardodos Santos, tendo em conta o seu papelpara garantir a segurança alimentar enutricional, a criação de empregos egeração de renda, a estabilização daspopulações no meio rural e proporcionarmelhores condições de vida no campo.Afonso Pedro Canga refere que a agri-

cultura familiar, pelas suas característicase natureza ocupa um lugar especial,devendo ser apoiada, estruturada, etransformada progressivamente de umaprodução de subsistência para umaprodução orientada para o mercado.O titular da Pasta da agricultura encorajouo surgimento de um sector empresarialagro-pecuário ou o agro-negócio depequena, média e grande dimensão,incentivado e motivado a produzir para omercado interno, para a dinamização daindústria e de outros sectores e com umhorizonte de médio prazo, podendo assimcompetir no mercado regional e interna-cional com produtos agrícolas.

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2 - A Lei de terras – n.º 9/04 de 9 deNovembro, bem como os mecanismos deacesso a terra são considerados elemen-tos impulsionadores para o desenvolvi-mento do sector agrícola pelo que devemser aprimoradas a elaboração das políti-cas e aplicações da legislação relativa aoacesso a terra.3 - Um dos factores indispensáveis

para o adequado planeamento dasacções de desenvolvimento agrário e ruralé sem dúvidas a realização do Censopopulacional que será realizado em 2013,tendo em vista o seu contributo signifi-cativo para o conhecimento da distri-buição real da população em Angola,factor indispensável para o adequadoplaneamento das acções do desenvolvi-mento agrário e rural.

empresarial, segurança alimentar versosalterações climáticas, a agroindústria,comercialização e financiamento dosector agrário. No Final dos trabalhosforam produzidas as recomendações quese seguem:

RECOMENDAÇÕES

1 - A Agricultura é o sector através doqual se dará o rápido desenvolvimento deAngola, tendo em conta a sua con-tribuição decisiva para a diversificação daeconomia nacional, geração de empregoe renda, para a estabilização das popu-lações no meio rural e o combate a fomee a pobreza.

Durante a sessão de abertura foramlidas mensagens da FAO – Organizaçãodas Nações Unidas para Agricultura eAlimentação e da Faculdade de CiênciasAgrárias da Universidade José Eduardodos Santos, onde destacam os esforçosempreendidos pelo Executivo na reduçãode 60 para 27% da população angolanaque ainda se debate com problemas deinsegurança alimentar.Durante três dias foram apresentadas

e discutidas políticas públicas para o sec-tor agrário, desafios e oportunidades, acooperação Internacional, a investigaçãoe o desenvolvimento tecnológico comofactores impulsionadores do desenvolvi-mento do Sector Agrário, agricultura

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4 - As Jornadas consideram que osbenefícios fiscais e os incentivos finan-ceiros têm propiciado o aumento da pro-dução e do bem-estar social e económicodas comunidades rurais, tendo no meiorural os créditos de campanha permitido aredução sustentável da fome e da po -breza.5 - Os participantes concluíram a

necessidade imperiosa de se educar aspopulações que vivem da agriculturafamiliar as melhores práticas de uso dosolo, por forma a mitigar-se os efeitos queum mau uso possa causar em face dasalterações climáticas vigentes, visandosempre uma gestão sustentável dosrecursos disponíveis.6 - O paradigma de desenvolvimento

dos países mais desenvolvidos devemudar para permitir uma redução dasemissões de CO2. Esta mudança deparadigma deverá levar ao estabeleci-mento de modelos agrícolas e de gestãode recursos naturais mais produtivos esustentáveis.7 - Uma das questões que mereceram

a atenção dos participantes foram asParcerias – Público-privadas “PPP”, quan-do são adequadamente planificadas eexecutadas, podem exercer um papel fun-damental para o desenvolvimento agro-industrial e bem-estar social em Angola.

CONCLUSÕES

1 - As Jornadas concluíram que énecessário o incremento dos investimen-tos públicos e privados na agricultura, nasinfra-estruturas, armazenamento, conser-vação e transformação de produtos paragarantir o mais rápido e maior cresci-mento do sector face aos desafios que lhesão colocados.

2 - Os participantes consideram serimperativo priorizar a agricultura familiarde subsistência para promover a sua

transformação gradual para uma agricul-tura comercial orientada para o mercado,visando alcançar a segurança alimentar, adinamização do agro-industrial nacional ea geração de renda para o combate afome e a pobreza.3 - Continuar a divulgar a lei de terras

para maior conhecimento para a popu-lação, sobre os procedimentos do seuacesso e uso, também mereceu tónicaassente dos participantes.4 - Os participantes encorajam o

Executivo Angolano a continuarem a ter a

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agricultura como uma dassuas principais priori-dades e apostar forte-mente no capital humano,na satisfação das necessi-dades básicas da população e nodesenvolvimento equilibrado e equi-tativo do país, promovendo acçõesem todo território nacional de acordocom as potencialidades regionais.5 - Considera-se ainda a neces-

sidade da adopção de uma estratégianacional para fortalecer a investi-gação científica, que assenta na intro-dução de inovações tecnológicas, ageração de conhecimentos, a identifi-cação de melhores práticas e tecnolo-gias sustentáveis para a agricultura.6 - A sexta recomendação enco-

raja o Executivo Angolano a pros-seguir com os programas de financia-mento aos pequenos e médiosagricultores como forma da criaçãode um sector empresarial agrícola forte ecapaz de contribuir para a satisfação dasnecessidades alimentares do país. 7 - A produção de biocombustíveis em

Angola, desde que envolva os pequenosprodutores familiares pode ser uma fontealternativa de renda e combate a pobrezano meio rural.8 - A implementação de programas de

gestão sustentáveis de terras e o desen-volvimento de políticas adequadas, formar

quadros e garantir a sua transferência paraa indústria e acrescentar valor aos produ-tos e serviços. 9 - Planear e executar a manutenção de

infraestruturas já que são factores impor-tantes da sustentação da carga logística ede distribuição bem como o uso adequadode tecnologias da cadeia logística. 10 - Divulgar e garantir o acesso aos

serviços financeiros por parte dos pe -quenos empresários e micro-empresas

bem como os pequenos produtores agrí-colas de modo a apoiar e fortalecer aeconomia rural.No final dos trabalhos, a organização

reconheceu a excelente qualidade daspalestras e moderação dos temas apre-sentados, assim como a contribuição dosparticipantes, que enalteceram o nível dasjornadas e agradece a participação detodos quantos de uma forma directa ouindirecta contribuíram para o seu êxito.

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SEMANA DA FESA

A Fundação Eduardo dos Santos agra -dece, a todos quantos tornaram possível arealização das XVI Jornadas Técnico --Cientificas que decorreram de 23 a 26 deOutubro de 2012, no Palácio dosCongressos, sob o lema “Agricultura noActual Contexto de Desenvolvimento deAngola” em especial ao Conselho deCuradores da FESA, aos patrocinadores,aos ilustres convidados estrangeiros quevieram da Alemanha, Brasil, Coreia doSul, Espanha, Holanda, Israel, Portugal,Venezuela. De representantesdas Organizações Interna-cionais como o Fundo dasNações Unidas para Agriculturae Alimentação FAO, BancoMundial-BM e o Banco Afri-cano de Desenvolvimento-BAD,sobre a questão da Agricultura,um assunto tão pertinente nostempos presentes e no futuro;Aos nossos palestrantes e

Moderadores Nacionais, pelasexcelentes apresentações, con-tribuições, empenho e disponibilidademanifestada;A equipa Técnica de Coordenação das

Jornadas a quem não poderíamos deixarde fazer uma menção especial, pela dedi-cação demonstrada;A todo o pessoal das áreas de apoio

tais como o Secretariado, o Protocolo, ostradutores, os Motoristas e os Voluntários.À Administração do Palácio dos Con -

gressos, aos Serviços de Segurança e ao

MOÇÃO DE AGRADECIMENTO

pessoal de apoio, os nossos agradeci-mentos pelas condições postas à nossadisposição;Aos grupos corais e culturais que nos

proporcionaram momentos de alegria,emoção e animação.Aos representantes dos Organismos

Públicos e da sociedade civil que nosbrindaram com palavras encorajadoras ede reconhecimento, nas mensagens diri -gidas à FESA;

Aos Órgãos da Comunicação Socialpela cobertura feita, pelo acompanha-mento das sessões e pela divulgação pro-porcionada que permitiu levar a infor-mação ao País e ao Mundo sobre maisesta realização da nossa Fundação;A todos os participantes que durante

estes dias, estiveram connosco, disponibi-lizando o seu tempo para, em conjunto,debatermos e reflectirmos sobre a temáti-ca proposta, de reconhecida importânciapara o nosso país.A todos, uma vez mais, o reconheci-

mento e os agradecimentos da FundaçãoEduardo dos Santos.

PELA PAZ E SOLIDARIEDADE,A CONTRIBUIÇÃO DA FESA

LUANDA, 26 DE OUTUBRO DE 2012

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A sessão de encerramento das XVI Jor -nadas Técnico-Científicas da FESA, foiorientada pelo Ministro da Agricultura eDesenvolvimento Rural, Pedro Canga,que na sua intervenção destacou o con-tributo que a FESA vem prestando aoGoverno na abordagem de temas can-dentes e de actualidade para o país.O Titular da Pasta da Agricultura felicitou aFESA, pelo trabalho que tem vindo adesenvolver, desde a sua criação, embenefício das populações, principalmenteas mais desfavorecidas nos mais variadosdomínios, nomeadamente da Educação,Saúde, segurança alimentar e assistênciasocial.

RESSALTA A CONTRIBUIÇÃO QUE A FESA TEM

PRESTADO AO GOVERNO E À SOCIEDADE

Pedro Canga disse que a Agriculturaassenta sobre três pilares fundamentais, asaber: A função económica, a FunçãoSocial e a Função Ambiental. O Ministro da Agricultura e Desen-

volvimento Rural, assegura que no pro-grama de governação do Presidente daRepública, José Eduardo dos Santos, osector da Agricultura desempenha umafunção prioritária com vista a, garantir asegurança alimentar e nutricional da po-pulação, a criação de empregos e gera-ção de renda, a estabilização das popu-lações no meio rural, proporcionam mel-hores condições de vida no campo diz oMinistro da agricultura.

O Titular da Pasta da Agriculturacaracteriza ainda que é fundamental aelevação dos níveis de rendimento nasexplorações agrícolas, pecuárias e fami-liares, pela utilização de técnicas etecnologias mais eficientes e eficazes.De acordo com o mesmo, a correção desolos concerne tambem sementes eespécies melhoradas (irrigação e equipa-mentos adequados). Pedro Canga subli-nha ainda que a Agricultura deve contarcom uma classe empresarial agro-pe-cuária e agroindustrial forte, incentivada emotivada, capaz de aproveitar as poten-cialidades agroecologicas. Assim, o paísdispõe a produzir em média e em grandeescala, para o abastecimento interno,com vista a dinamização da indústria, ediversificação das exportações.O Ministro da agricultura enfatiza que

foram criados instrumentos de acção,através dos quais os produtores e outrosagentes poderão ter acesso aos meiosnecessários para a realização dos seusprojetos. O saber: a linha de créditobonificado, o fundo público de garan-tia, a consultoria de gestão e de for-mação. Segundo Pedro Canga, os pe-quenos agricultores familiares, suas asso-ciações e cooperativas Agrícolas benefi-ciam também de créditos, no âmbito doprograma de crédito agrícola de campa-nha e de investimentos. O Titular da Pasta da Agricultura enal-

tece que no relatório da ONU, publicadopor intermédio da FAO (Organização dasNações Unidas para Alimentação eAgricultura), cerca de 870 milhões de pes-soas no Mundo sofreram de subnutrição,no período 2010-2012. O Governanteassegura que esta realidade atenta contraa nossa consciência, quando sabemosque é possível reverter o quadro. De acor-do com o titular da pasta da agricultura, aFAO diz que Angola registou progressosnotáveis no combate à fome e reduziuo número de pessoas subnutridas de63,9%, no período 1990-1992 para 27,4%no período 2010-2012. Sendo assim,Angola está entre os treze países da

MINISTRO DA AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO RURAL

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África subsariana que conheceram avan-ços no que diz respeito à segurançaalimentar. Tudo isso, graças a estratégiasdo Executivo em matéria da agricultura esegurança alimentar.Pedro Canga sustentou que as políti-

cas e os instrumentos de acção para oalcance desses objectivos estão plasma-dos no programa de desenvolvimento demédio prazo 2013-2017, no plano plu-rianual de investimentos públicos 2013 --2017. Para se atingir as metas preconi-zadas é imprescindível a geração de

conhecimentos, através da investigaçãocientífica e a sua disseminação e transfe-rência, por via de formação formal, ou infor-mal. O Ministro da Agricultura sustenta queé expectável, que os investimentos queestão a ser feitos no domínio do sistema deinvestigação agrária sejam direcionadospara a formação dos investigadoresconstrução das infraestruturas nas esta-ções experimentais. As acções de forma-ção de técnicos a todos os níveis e a profis-sionalização dos produtores deve se tra-duzir em ganhos económicos e sociais.

Aquele responsá-vel diz que todos osquadros do ramodevem colocar a dis-posição da sociedadeas suas capacidades,habilidades e conhecimentos, para cres-cermos mais e distribuir melhor.O titular da pasta é de opinião que a

Agricultura deve ser um sector familiar,tecnicamente assistido, protegido, finan-ceiramente apoiado, e orientado para omercado e que ao mesmo tempo consigamaximizar a segurança alimentar no seioda família. Num outro horizonte, PedroCanga, encoraja o surgimento de umsector empresarial agropecuário ou oagro-negócio de pequena, média egrande dimensão, incentivado e motivadoa produzir para o mercado interno.A Dinamização da Industria e de outrossectores com uma visão de a médio prazopoder competir no mercado regional inter-nacional com produtos agrícolas. O titular da Pasta da Agricultura lem-

brou que estamos num mundo em que aprocura de alimentos é grande e o preçosobe vertiginosamente e ciclicamente, eas vezes não basta só ter dinheiro, épreciso ter mercado.

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INAUGURAÇÃO

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Ministro da Saúde José Van-Dúneminaugurou o Centro Materno Infantil

O Ministro da Saúde, José Van-Dúneminaugurou no dia 25 de Setembro de2012, o Centro Materno Infantil do Bai-lundo, completamente remodelado e ape-trechado pela Fundação Eduardo dosSantos. Cerca de um milhão e setecentosmil dólares é o montante que a FundaçãoEduardo dos Santos gastou para a reabi-litação e apetrechamento do Centro quecomporta tecnologia de ponta. Com todasessas condições criadas, proporcionar-se-á melhor atendimento à mulher grávida eaos recém-nascidos. O Hospital inaugura-do compreende dois blocos operatórios,uma sala pré-operatória, uma sala de par-tos, um berçário, um laboratório, váriassalas de internamento, e tem uma capaci-dade estimada de trinta camas.No acto de inauguração do Centro, o

Ministro da Saúde José Van-Dúnem asse-gurou que o Centro Materno Infantil doBailundo, vem dar resposta, a mais umdesafio do executivo angolano. Pois comodisse, este Hospital tem as condições cri-

BAILUNDO GANHA CENTRO MATERNOINFANTIL COM CAPACIDADE DE ATENDERMAIS DE TRINTA PARTURIENTES POR DIAUm investimento da FESA avaliado em um milhão e setecentos mil dólares

adas para prestar com qualidade osserviços que a nossa população merece,em cumprimento às orientações doPresidente da República e Chefe doExecutivo, Presidente José Eduardo dosSantos, em levar os serviços de saúde omais próximo da população. A populaçãodo Bailundo, também mostrou-se satis-feita porque vai deixar de percorrerlongas distâncias, à procura de cuidadosmédicos.

O Rei do Bailundo Armindo Kalupe-teca que também presenciou a inaugu-ração do Centro Materno Infantil, disseque este acto representa um grandeganho para a população e é uma dádivade Deus. O Rei acrescentou que “tivemosmuitos problemas no passado, umasenhora grávida tinha de percorrer umalonga distância numa estrada em péssimacondições, até ao Hospital do Chilumepara ter o bebê.”

Entretanto, o Director do Hos -pital Municipal do Bailundo, Eva -risto Paulino Chissengue, e médi-co de Clínica Geral falou à FESAMAGAZINE dos ganhos que oCentro Materno Infantil trouxepara a população do Bailundo.

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INAUGURAÇÃO

FESA MAGAZINE: Que benefícios oCentro Materno Infantil do Bailundotrouxe para as população desta locali-dade? Director do Hospital, Evaristo PaulinoChissengue: A princípio manifesto aqui aminha grande satisfação em nome daDirecção do Hospital Municipal do Bai-lundo, pelo facto de termos ganho maisuma Unidade Sanitária, que num períodode aproximadamente 4 à 5 anos, esteveparalisada e hoje conhece a sua efectivareabilitação com os esforços do GovernoCentral e em particular da FundaçãoEduardo dos Santos. É evidente que oMunicípio do Bailundo ganha com esteCentro Materno Infantil, uma mais-valia naprestação dos serviços de saúde, particu-larmente no domínio dos Serviços mater-no Infantil. Quando o Hospital esteveparalisado, os partos distócicos eramtransferidos para a maternidade Centraldo Huambo. Agora com esta Unidadevamos deixar de evacuar todos os casosdistócicos.

F. M: qual é a capacidade de atendi-mento do centro?E.P.C.: O atendimento deste centro nãofoge aquilo que são as regras pelas quaisse denomina como Centro MaternoInfantil. A capacidade será, portanto, detrinta camas.

F:M: Quais serão as especialidadesque o Centro vai atender?E.P.C.: Em relação as especialidades nóssó teremos atendimento para maternoInfantil acoplado o bloco cirúrgico, isto é,

uma maternidade com ser-viços especializados de blococirúrgico.

F.M. Os serviços de obs-tetrícia e ginecologia tam-bém serão atendidos nestecentro?

E.P.C.: Será um serviço integrado, isto é,os casos de Ginecologia e obstetríciaserão atendidos em simultâneo com asconsultas pré-natais.

F.M. Qual o número de trabalhadoresnecessários para o funcionamento doCentro?E.P.C.: Em relação aos recursos huma-nos, “enfermeiras, parteiras “permitam-medizer que já existem, faremos apenastransferência dos Serviços de maternidadeque estão a funcionar no Hospital doChilume para este Centro. Não teremosproblemas de recursos humanos. O quefaremos é apenas transferi-los e seremcolocados em tempo integral neste centro.

F. M. Qual será o número de médicosnecessários?E.P.C.: Para além da equipe médico cirúr-gica que precisamos, neste momento játemos no Município do Bailundo, dois

gineco-obstetras, e a equipe de apoio aobloco cirúrgico. Precisamos também umanestesiologista. Certamente no concursopúblico que for feito, serão necessáriosmais médicos de especialidade paraatender e fazer o seguimento de casosque cursam com casos patológicos e coma gravidez.

F.M: Quais os casos mais frequentesno Hospital Municipal do Bailundo?E.P.C.: Os casos mais frequentes noHospital Municipal do Bailundo são: asdoenças diarréicas agudas, doenças res-piratórias agudas, as intoxicações eacidentes. A malária já está em quartolugar na escala das patologias mais fre-quentes. Para ter uma noção, a Materni-dade do Bailundo, atende cinco comunas,incluído o Município sede. Nunca tivemosexcessos doentes face à capacidadedesta Unidade sanitária. Todas as comu-nas do Município têm centros de saúdeem condições de dar cobertura aos casosque aparecem diariamente. Bom, a his-tória nosológica das patologias mais fre-quentes contrariamente a um tempo atrásestamos mais livres, porque o programasmalária e outros programas ligados a estapatologia, deram um grande subsídio àredução de casos à nível do país.

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WORKSHOP

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Dirigindo-se aos presentes, o Vice-Go ver -nador para área Social, Carlos Ulombe,destacou o importante papel que osserviços de saúde desempenham para oser humano e mensurou os avanços téc-

WORKSHOP SOBRE GESTÃOHOSPITALARNo Brasil a Saúde é considerada um direito do cidadão e dever do estado.

nico-científicos que o ramo da saúde vemconhecendo nos nossos dias. Aqueleresponsável enumerou ainda a complexi-dade do ramo da saúde, que exigehomens qualificados e bem preparadospara dar resposta aos inúmeros proble-mas que o sector enfrenta.Já o Professor João Luís Romitelli, de

nacionalidade Brasileira, prelector doWorkshop, dividiu o tema em duas partes:a primeira serviu para fazer o historialsobre a Constituição Brasileira que datade 1988, onde a Saúde é considerada umdireito do cidadão e dever do Estado.Também falou do Conselho Municipal,Estadual e Nacional que tem a missão defiscalizar as acções aplicadas permanen-temente, a reorganização com a hierar-quização do sistema e controlo da portade entrada e formação de recursoshumanos.

Enquadrado nas festividades dasemana da Fesa, a província do Biéalbergou no dia 19 de Outubro de2012,” o Workskop, sobre GestãoHospitalar” que decorreu sob olema” “Gestão Hospitalar e Serviçosde Municipalização da Saúde”, emcerimónia orientada pelo Vice -Go -ver nador para área política e Social,Carlos Ulombe, em representaçãodo Governador Provincial, ÁlvaroManuel da Boa Vida Neto.

Na segunda parte o Professor JoãoLuís falou da gestão Hospitalar e acrescen-tou que a Saúde não tem preço, mas porémtem custos, análise de resultados e decisãode investimentos. A gestão precisa derecursos humanos, materiais e infraestru-turas, na qual atende-se o paciente. JoãoLuís, é de opinião que o gestor tem de ana-lisar a diferença entre o orçamento disponi-bilizado e o custo global “total”.Noutros itens são sublinhados os con-

ceitos de Centros de Saúde, isto é “Centrosde custos Produtivos, (enfermaria, Labo-ratórios), centros de Custos auxiliares eadministrativos e estatísticos. Ao finalizar, oProfessor João Luís, assegurou que nosindicadores hospitalares deve-se produzirvários relatórios para mensurar o seu exer-cício, com vista a facilitar a gestão e pro-gramação dos recursos para as unidadesSanitárias.

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o analfabetismo, para se candidataremao prémio.A Secretária de Estado alertou a

sociedade, e os órgãos de ComunicaçãoSocial, da necessidade de tornar efectivaa contribuição para o alcance dos objec-tivos do Plano Estratégico de Revitali-zação da Alfabetização, que visa reduziros níveis actuais de analfabetismopara menos de 15 por cento até 2017.

“O compromisso de erradicar o analfa-betismo deve ser de todo o angolano,porque constitui uma das principais preo-cupações do Chefe de Estado Angolano,para que os passos que têm sido dadosem prol do desenvolvimento de Angolasejam sustentáveis, contando com umapopulação educada, formada, qualificadae alfabetizada”, sublinhou aquela gover-nante.O Prémio Nacional de Albabetização

denominado 22 de Novembro, está con-tido num vasto conjunto de medidasassumidas pelo Ministério da Educaçãona altura em parceria com a FundaçãoEduardo dos Santos (FESA), e a Comis-são Nacional para a UNESCO, no domí-nio da mobilização social tendo em vista aintensificação, aglutinação de esforços ea pluralização coordenada de procedi-mentos na luta contra o analfabetismoem todo o país.Para a Vice-Presidente da FESA,

Antónia Nelumba, urge a necessidade derelançar o Prémio Nacional de Alfabetiza-ção com vista a estimular todos aquelesque se dedicam a transmitir os seusconhecimentos as populações que aindanão aprenderam a ler nem a escrever.Antónia Nelunda acrescentou que estacerimónia surge na sequência da activi-dade realizada a 13 de Junho de 2013 naProvíncia do Bengo e que culminou com adistribuição de material escolar às ONGse outras Instituições ligadas ao processo.

A Fundação Eduardo dos Santos realizouno passado dia 25 de Julho de 2013, nasua sede no Miramar a cerimómia derelançamento do Prémio Nacional deAlfabetização, avaliado em 22 mil dólaresamericanos.Ao falar na cerimónia, a Secretária de

Estado da Educação, Ana Paula Inêsrecordou que desde a proclamação daindependência, o Executivo Angolanoassumiu a erradicação do analfabetismocomo prioridade para a elevação do nívelde vida do povo angolano.Ana Paula Inês enfatizou que por

várias razões, durante algum tempohouve uma interrupção no prémio 22 deNovembro, instituído em 2000. Com aaprovação do Decreto Presidencial queestabelece o Plano Estrátegico de Revi-talização da Alfabetização e a publicaçãodo despacho que regulamenta esteprémio, criaram-se as condições para oseu relançamento. Aquela responsávellançou um apelo às Igrejas , as Organi-zações Não-Governamentais, empresasprivadas e públicas e todos aqueles quecontribuem, individualmente na luta contra

FUNDAÇÃO EDUARDO DOS SANTOS RELANÇAPRÉMIO NACIONAL DE ALFABETIZAÇÃO

O Prémio está avaliado em vinte e dois mil dólares.

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No Bengo, a entrega simbólica do mate -rial, foi feita pela vice presidente da Fesa,Maria Antónia Nelumba, à organizaçãonão-governamental ``Ajuda de Desen-volvimento de Povo para Povo´´ (ADPP)ante a presença da Vice-Governadora daProvíncia do Bengo, Dr.ª Etelvira Van --Dúnem em representação do senhorGovernador, João Bernardo de Miranda.O material entregue é constituído porlápis, borrachas, mochilas, cadernos,entre outros.Falando aos presentes, Antónia

Nelumba adiantou que as mutaçõesdesenvolvidas no mundo não permitemque o estado fique sozinho no comandodas Nações, por esta razão, o seu traba-lho deve ser complementado com asociedade civil. E é Dentro desse espiritoque a FESA tem actuado como parceirado governo, nas diferentes vertentes dodesenvolvimento. Aquela responsável frisou ainda que a

Fundação, segundo o seu patrono,”inspirou-se nos valores culturais das

FESA ENTREGA MATERIAL DE ALFABETIZAÇÃO ÀORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL “AJUDADE DESENVOLVIMENTO DE POVO PARA POVO”A cerimónia decorreu na cidade de Caxito, província do Bengo.

comunidades e fez da sua fraternidade,assegurar a assistência social, educação,saúde, formação profissional e desporto.”.Por isso a FESA está a trabalhar no senti-do de poder apoiar os poderes públicos na

construção de um país próspero edesenvolvido. A Vice-presidente da FESA

referiu também que o ProgramaNacional de Alfabetização lançadopela FESA tem como finalidadecontribuir no cumprimento dasmetas definidas pelo país que secircunscrevem na redução do anal-fabetismo até 10 por cento.Aquela responsável da FESA,

salientou que o programa serálevado a cabo em 13 províncias dopaís, consistirá na atribuição doPrémio Nacional de Alfabetizaçãoavaliado em 22.000.00 dólaresamericanos, pagamento de subsí-dios a alfabetizadores contratadospela FESA e distribuição de kits dealfabetização.Por outro lado, o Director

Nacional para Educação de adul-tos, Maculo Valentim Afonso, quefalou em representação da viceministra da Educação para o ensi-no geral, Ana Paula Inês, lembrou

que após a independência nacional, 85por cento da população não sabia ler eescrever, e hoje o país dispõe de quadrosqualificados que actuam nas váriasesferas da economia nacional.

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Por este facto, apelou as outras orga-nizações a juntarem-se aos esforços dogoverno, no sentido de darem o seu con-tributo na erradicação do analfabetismo.Já a vice governadora provincial do

Bengo para o sector político e social,Elvira Van-Dúnem, agradeceu o gesto daFESA, sublinhando que urge a neces-sidade dos membros da sociedade civil eoutras organizações juntarem-se à estes

programas para que os mesmos tenhamêxitos.Á governante salientou ainda que o

analfabetismo interfere negativamente navida dos cidadãos e impede que setornem autónomos, para isso, a alfabeti-zação desenvolve as habilidades deleitura aos alfabetizando e promove a suasocialização. Elvira Van-Dúnem garanteque o programa estratégico para o

relançamento da alfabetização e recupe-ração do atraso escolar em todo país, queteve início em 2007, constituiu um passofundamental para o alcance de um grandedesiderato que é o da eliminação do anal-fabetismo em que a FESA tem sido umgrande parceiro.A Vice-Governadora para o sector

político e Social, salientou que sua Exce-lência Eng.º José Eduardo dos Santos,afirmou por ocasião da tomada de possedos responsáveis da FESA, em 2010, queo combate ao analfabetismo era umagrande prioridade da Fundação e que amesma deveria apoiar os esforços doGoverno para que nos próximos 5 a 10anos a UNESCO declarasse Angola comoum país livre do analfabetismo.A Governante enfatizou que a Pro-

víncia do Bengo apresenta indicadoreselevados no domínio do analfabetismo,tendo a sua maioria a viver em zonasrurais, pelo que o governo local temprocurado criar condições no sentido dereduzir o número de analfabetos e impediro aumento de crianças em idade escolar,fora do sistema escolar.

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TRINTA E UM MIL CIDADÃOS APRENDERAMA LER E ESCREVER NA PROVÍNCIA DO HUAMBO

Entretanto, a Província do Huambo aco -lheu no dia 10 de Maio de 2013 a ceri-mónia de encerramento da 1.ª campanhaespecial de alfabetização, aberta emJulho de 2012 na Província do Bengo.A campanha que decorreu sob o lema“Angola alfabetizada, Angola em Marcha”foi aberta em Junho de 2012, e até ao dia10 de Maio de 2013 foram alfabetizados31 mil cidadãos que frequentaram omódulo I. As aulas foram asseguradas pormil e 198 alfabetizadores voluntários quecircunscreveram a sua actividade nosmódulos constantes do programa de alfa-betização e aceleração escolar em cursono país. O Governador em exercício da

Província, Francisco Fato, considera quea primeira fase da campanha especial dealfabetização na província, serviu parapotenciar os cidadãos de conhecimentosque os ajudarão a ter noção das assime-trias existente nas zonas rurais, além depermitir o alcance do melhoramento dascondições de vida das comunidades.Francisco Fato pontualizou que o analfa-betismo é um grande obstâculo para aparticipação activa e consciente doscidadãos no processo de desenvolvi-mento do país. Por seu lado, o coordenador da cam-

panha especial de alfabetização naprovíncia do Huambo, o vice-governador,Guilherme Tuluca, ao balancear aprimeira fase da campanha disse que o

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governo da província está a desenvolverum amplo trabalho no combate ao analfa-betismo nas comunidades, para que todosaprendam a ler e escrever. Assegurouainda que o governo do Huambo tem comoaposta o combate ao analfabetismo emtodas as localidades da província, cujasrepercussões políticas e económicas destemal podem traduzir-se na exclusão doscidadãos no exercício dos seus direitos.Segundo Guilherme Tuluca, o Governo

do Huambo, manifestou o firme engaja-mento do Executivo local na continuidadedo processo de alfabetização, contandocom todas as formas vivas da sociedadecivil no sentido de tornar possível a “alfa-betização familiar”. Destacou também oengajamento das Forças Armadas Ango-lanas, da Polícia Nacional, das IgrejasEvangélicas Congregacionais em Angola,Católica, Metodista, Fé Apostólica, Adven-tista do 7.º dia, das Brigadas DeolindaRodrigues e Hoji-ya-Henda e do Movi-mento Nacional Espontâneo durante areferida campanha. Entretanto, a FundaçãoEduardo dos Santos esteve representadanesta cerimónia pelo Director Geral daFESA, Dr. João de Deus Gomes Pereira,em cumprimento as orientações do Patronodesta Instituição para que a FESA, abraceo projecto da Alfabetização, auxiliar oGoverno nesta ingente tarefa. Para o êxitodesta primeira fase da campanha especialda alfabetização que decorreu em todopaís, a FESA foi o suporte principal documprimento desta etapa, fornecendo omodulo-I, cadernos, mochilas, lápis de core outros materiais. Nesta cerimónia deencerramento da primeira fase, FESA fez aentrega ao Governo do Huambo, 10 bici-cletas, 5 fogões, 5 aparelhos de Som,5 televisores e 10 ventoinhas, para agraciaros alfabetizadores pelo empenho e sacrifí-cio que dedicam à campanha.

MINISTRO DA EDUCAÇÃO DIZ QUEMUITOS CIDADÃOS ANGOLANOSDESCONHECEM AS CONSEQUÊNCIASNEFASTAS DO ANALFABETISMOA encerrar a Campanha Especial da

Alfabetização na escola Comandante Bula,o Ministro da Educação, Pinda Simão,admitiu que, a província do Huambo estáno rumo certo para a erradicação do anal-fabetismo até ao ano de 2013. Pinda Simãofelicitou o governo desta província pela ini-ciativa, tendo desafiado os governos de

outras províncias do país aseguirem o mesmo exemplo.O Ministro da Educação disse

que muitos cidadãos angolanosdesconhecem as consequênciasnefastas do analfabetismo quejulga representar um mal queimpede todas as tentativas dedesenvolvimento pessoal e deuma Nação. Segundo Pinda Si -mão, um país rico em recursosminerais requere homens e mu-lheres formados, para transfor-má-los em factores de desen-volvimento. Por formas a reduziro elevado índice de analfabe-tismo que o país ainda dispõe, oPresidente da República exarouo decreto presidencial 86/12, de16 de Maio, que aprova o Plano Estra-tégico de Revitalização da Alfabetização,sendo este o instrumento orientador dasacções relativas à política do Executivopara a erradicação do analfabetismo.O Titular da Pasta da Educação sub-

linhou que a campanha nacional de alfa-betização aberta a 12 de Junho de 2012,pelo Ministério da Educação, visa a con-cretização dos objectivos do plano estra-tégico e de revitalização da alfabetização.Pindá Simão disse ainda que, desde asprimeiras horas da independência nacio-nal, o Governo Angolano esteve ciente dofardo pesado que o analfabetismo cons-titui para o desenvolvimento do país eassumiu, sempre, que a sua erradicaçãodependia de uma conjugação de esforçosentre o Estado e a sociedade civil, comoum todo.Assegurou também que a campanha

especial de alfabetização que hoje teste-

munhamos, demonstra uma visão estra-tégica do governo local. Acrescentou quegostaria que este exemplo fosse seguidopelas demais províncias do país. O planoestratégico de revitalização da alfabetiza-ção visa “reduzir os níveis actuais de anal-fabetismo para menos de 15 por cento,até 2017”. Pinda Simão salientou que “aProvíncia do Huambo está no bom cami -nho para o alcance deste objectivo”.Agradeceu os esforços dos alfabeti-

zadores e espera contar com a prontidãodos mesmos na 2.ª campanha. Aqueleresponsável máximo da educação garan-tiu que o Ministério que dirige desenvolveesforços para resolver as dificuldades queos alfabetizadores enfrentam no cumpri-mento das suas actividades. Ao finalizar asua intervenção, Pinda Simão agradeceuo contributo que a Fundação Eduardo dosSantos, está a desenvolver para a erradi-cação do analfabetismo em Angola.

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FORMAÇÃO DE QUADROS

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Um grupo constituído por 12 bolseirosdeixou Luanda no dia 27 de Setembro de2012 com destino à República Federativada Venezuela para dar continuidade a suaformação na área dos petróleos. Este actoenquadra-se na implementação do acordorubricado no dia 22 de Março de 2012,entre a Fundação Eduardo dos Santos e aUniversidade Bolivariana da Venezuela,no domínio da formação no EnsinoSuperior. O primeiro grupo de estudantes que

seguiu para Venezuela foi seleccionadopelo Instituto Nacional de Petróleos. Ementrevista ao FESA Magazine, António deJesus Américo Pompílio, de 19 anos deidade mostrou-se satisfeito a oportu-nidade proporcionada para dar sequenciaa sua formação. De acordo com o entre-vistado, só com quadros capazes e bemformados nas diversas áreas, Angolapoderá atingir a excelência em termos dedesenvolvimento sustentável.Já o seu colega de viagem Edmilson

Jaime da Fonseca de 20 anos refereigualmente que depois de terminar o seu

curso espera regressar para contribuircom os conhecimentos adquiridos e aju-dar na reconstrução do país. EntretantoEva Claudete, a terceira integrante dogrupo, revelou que vai se engajar comdeterminação nos estudos para em tempoprogramado retornar à Angola.

E o Director do Instituto Nacionalde Petróleos (INP), DomingosFrancisco mostrou-se satisfeito comas bolsas atribuídas aos técnicosmédios do Instituto de Petróleos quecom a oportunidade oferecida pelaFundação Eduardo dos Santos,poderão concluir a sua formaçãosuperior naquele país da América doSul.Domingos Francisco sublinhou

também que esta é uma oportu-nidade ímpar para os 12 bolseirosassim como para o Instituto dePetróleos, que há muito esperavampor este momento. Muitos finalistasdo curso médio que terminavam osseus estudos paravam sem ambiçãode alcançar o nível superior. Muitosdeles ou eram encaminhados paraas companhias petrolíferas para tra-balhar ou para outras Universidades,mudando de curso a fim de prosse -guirem os seus estudos, a nívelsuperior.

FORMAÇÃO DE QUADROS

Entretanto, Cerca de 280 técnicos supe -riores foram formados em várias especiali-dades na República Federativa do Brasil,fruto de acordos de cooperação existentesentre a Fundação Eduardo dos Santos(FESA) e instituições universitárias daque-le país, revelou em Luanda, o director-geralda instituição, João de Deus. O director daFESA avançou esta informação duranteuma entrevista no aeroporto internacional 4de Fevereiro, quando se despedia doprimeiro grupo de bolseiros da FESA.

João de Deus Gomes Pereira asse-gurou que actualmente estão a estudar noBrasil quadros angolanos que irão poten-cializar outras áreas com carências deespecialistas.A fundação está igualmente a renovar

os convénios com a Universidade Estadualde São Paulo, Universidade Federal doParaná e com o Centro Universitário deMaringá, três instituições que recebem bol-seiros da FESA naquele país da Américado Sul para formação superior.Um dos principais pilares de inter-

venção social da FESA é a aposta na edu-cação e formação universitária, daí a assi-natura de acordos que tem efectuado comdiversas instituições de ensino superior euniversitárias de vários países.

JOVENS ANGOLANOS FORMAM-SE EMPETRÓLEOS E GÁS NA VENEZUELAA FESA já formou mais de 300 Quadros Superiores no Brasil

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FORMAÇÃO DE QUADROS

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O Director Geral da FESA, Dr. João deDeus Gomes Pereira, acompanhou osquatro candidatos ao estágio em Portugal,nomeadamente Nelito Barros, que está aefectuar estágio no Instituto de Patologiae Imunologia Molecular da Universidadedo Porto, Eugénia Ngambir, estagia noInstituto de Higiene e Medicina Tropical daUniversidade Nova de Lisboa, CelestinoMassanga, no Instituto de Saúde Públicada Universidade do Porto e OurethAmaral que efectua estágio no InstitutoGulbenkian de Ciências.A cerimónia de abertura do estágio

realizou-se no dia 2 de Abril do correnteano, na Fundação Calouste Gulbenkianante na presença de responsáveis destaInstituição e investigadores convidados.No acto, usaram da palavra a Directora doPrograma de Ajuda ao Desenvolvimentoda Calouste Gulbenkian, Maria HermíniaCabral e o Director Geral da FESA, Joãode Deus Gomes Pereira, que nas suasalocuções ressaltaram a importância dainvestigação biomédica para a melhoriado desempenho dos sistemas de saúde edo desenvolvimento dos países. Nas suasintervenções os responsáveis da CalousteGulbenkian e da FESA, fizeram mençãodo défice de Laboratórios e de investi-gadores orientadores de estágio emAngola. As duas partes ressaltaram anecessidade das parcerias entre Funda-ções, baseadas no entendimento eimportância estratégica, a criação de vín-culos e na clareza dos resultados para asociedade.A reunião foi aproveitada pelo Pro -

fessor Doutor Miguel Brito, adjunto daEscola Superior de Tecnologia de Saúdede Lisboa, para apresentar uma comuni-cação sobre metodologia de elaboração

FESA ENVIA FUTUROS INVESTIGADORES A PORTUGAL,

NO CAMPO DA INVESTIGAÇÃO BIOMÉDICAQUADRO PORTUGUÊS ACONSELHA ANGOLA A INVESTIR SERIAMENTE NO CAMPO DAINVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

No quadro da implementação do protocolo de parceriaassinado a 13 de Outubro de 2011, entre a Fundação Eduardodos Santos e a Fundação Calouste Gulbenkian, na área deinvestigação científica, 4 jovens estão a efectuar estágio noscentros de Investigação Científica em Portugal.

dos projectos de investigação. MiguelBrito falou sobre a prevalência das hemo-globinopatias realizadas na Província doBengo e escassez de informações deAngola sobre os problemas de SaúdePública ainda existentes. O interlocutorfez referência ainda sobre o que a investi-gação científica pode ajudar a resolver.

A terminar, o Prof. Doutor aconselhouos estagiários a elaborarem projectosrealistas.Já o Professor Dr. António Jacinto

apresentou um projecto de investigaçãosobre medicina regenerativa que no futuropoderá vir a ser uma autêntica revolução,no campo da medicina. António Jacintoaconselhou Angola a investir seriamentena formação de investigadores.No final dos trabalhos os participantes

concluíram que o protocolo de parceriarubricado entre a FESA e a FCG está aser cumprido de acordo com o progra-mado, e que periodicamente a FundaçãoCalouste Gulbenkian enviará a FESAinformações sobre o desempenho científi-co dos estagiários, bem como enviará oresultado final dos projectos de investi-gação. Uma outra cláusula contida nasconclusões, sublinha que o Estudo sobreHTA, na província do Bengo, foi publicadona revista científica BMC Public Health, eque o mesmo deverá ser publicado tam-bém em Angola. A Fundação CalousteGulbenkian dará ainda continuidade asegunda fase ao estudo da prevalência daHTA, com comparticipação financeira daFESA, à semelhança da primeira fase.Por último, concluiu-se que face ao déficede investigadores em Angola, os próximosestágios deverão ser integrados por umnúmero maior de candidatos.

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WORKSHOP

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Para a concretização deste objectivo, aFESA convida todos os anos, pales-trantes de nacionalidade Brasileira, quecom o seu saber transmitem conhecimen-tos e experiências.Esses Workshops, têm contribuído no

melhoramento do comportamento dosprofessores das várias regiões do país,que em alguns casos carecem de troca deexperiência com professores de outrospaíses e níveis mais avançados. Estesencontros têm contado com a participaçãode responsáveis das Províncias, particu-larmente do sector da Educação egestores do sector da Educação. Um dospontos constatados foi de que a Escoladeve trabalhem com os encarregados de

WORKSHOPSOBRE EDUCAÇÃOA Escola deve ter gestão democrática e participativa.

As Províncias do Cunene, Namibe e Zaire, albergaram a 3 deOutubro de 2012, os Workshops sobre Gestão Escolar. Comestes encontros, a FESA tem vindo a proporcionar uma amplaabordagem e reflexão em torno da temática da formação dedocentes dotados de conhecimentos, factor intrinsecamenteligado à qualidade de ensino.

Educação, para que a mesma esteja aoserviço da Comunidade.As conclusões aprovadas indicam que

de acordo com as prioridades de cadaestabelecimento escolar, a participaçãode todos na solução dos problemas comona tomada de decisões influenciam direta-mente no trabalho da escola. A gestão democrática e participativa

deve fazer com que a escola seja comu-nitária, por ser parte integrante da vidasocial, política e económica de todos. Os participantes aos Workshop, con-

cluíram que: Deve-se conceber a escolacomo espaço de aprendizagem, cabendoao gestor promover diálogo permanenteentre diferentes actores no processo deensino e aprendizagem.

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PARCERIA

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As Fundações existentes em Angolareuniram-se no dia 28 de Março de 2013,no Centro de Convenções de Talatona, noprimeiro encontro de Fundações, parapartilhar experiências, e trocar pontos devista sobre formas e mecanismos decooperação. A reunião que contou com aparticipação da Fundação SagradaEsperança, Fundação Eduardo dos San -tos, Fundação Lwini, Fundação Dr. An -tónio Agostinho Neto – FAAN, FundaçãoBrilhante, Fundação Escon, FundaçãoSindika Dokolo, Fundação Madre Teresade Calcutá, Fundação Sol, FundaçãoKissama, Fundação Mulher com Cancroda Mama, decorreu numa iniciativa daFundação Sagrada Esperança.

O Presidente da Fundação SagradaEsperança Dr. Afonso Van-Dúnem “M’Bin-da” que presidiu a sessão de abertura doencontro, fez uma breve alusão ao per-curso histórico das Fundações em Angola,no período pós independência, até aoreconhecimento oficial do estatuto jurídicodas Fundações, pela Lei 14/91, a chama-da lei das associações. M’Binda referiuque embora as Fundações detenhamestatutos diferentes em relação as asso-ciações e as ONG’s, elas podem ser con-sideradas parceiras económicas e sociaisdesenvolvendo actividades complemen-tares aos esforços do executivo em proldo desenvolvimento.O Presidente da Fundação Sagrada

Esperança, realçou também a importânciade se encontrarem mecanismos de coo-peração entre as fundações no contextodo desenvolvimento das comunidadeslocais e regionais.Já o representante da Fundação

Sagrada Esperança, Dr. Pedro Petersonresumiu o primeiro encontro em quatropontos fundamentais que são: A neces-sidade de conhecimento e aproximaçãoentre as Fundações angolanas, Criaçãoconjunta de concertação e construção deuma visão estratégica. Reflexão e análisedos mecanismos de cooperação Interna-cional e a Possibilidade de criação de umórgão representativo das Fundações.Posteriormente as Fundações Eduar-

do dos Santos e a Kissama apresentaramSlides, demostrando parte do trabalho

que vem realizando desde a criaçãodessas Instituições. O momento foiaproveitado pela FESA e Fundação Agos-tinho Neto para informar sobre o compro-misso que têm de organizar no próximoencontro das Fundações da CPLP, emAngola. O Comunicado final sugere que aFundação Eduardo dos Santos organizetambém o IIº encontro das FundaçõesAngolanas a realizar-se em 2014.Durante os debates Afonso Van-

Dúnem “M´Binda” sugeriu a constituiçãode um grupo de trabalho composto porquatro Fundações, nomeadamente aFundação Eduardo dos Santos “FESA”,Fundação Lwini, Fundação AgostinhoNeto e a Fundação Sagrada Esperança,que terão como responsabilidade a elabo-ração do Programa de Acção e o ProjectoGeral das Fundações. Já a Presidente doConselho de Administração da FundaçãoLwini, Joana Lina, teceu algumas consi-derações tendentes a determinação dosTimings da Organização e a instituição darede das Fundações angolanas e partilhade compromissos internacionais.No final dos trabalhos os participantes

concluíram que o encontro foi uma opor-tunidade ímpar para a troca de infor-mações e conjugação de esforços napersecução dos interesses comuns.Doravante os encontros das Funda-

ções serão anuais, liderança rotativa e,deverá ser organizado pela FESA, cujolocal e o objecto a discutir de comumacordo. Decidiu-se também que deveráser criado um grupo técnico de trabalho,constituído pela FESA, LWINI, FAAN,coordenada pela Fundação SagradaEsperança. Uma reflexão sobre as formasde autofinanciamento das Fundaçõestambém foi passada em revista pelospaticipantes.

Encerrou o encontro das Fundaçõesa Vice-presidente da FESA, Dr.ª AntóniaNelumba que fez uma abordagem sintéti-ca sobre o objectivo da criação daprimeira Fundação no país cujo objectivose consubstancia em auxiliar os poderespúblicos.

FUNDAÇÕES ANGOLANAS PARTILHARAMEXPERIÊNCIAS E TROCAM PONTOS DE VISTA

No encontro refletiu-se sobre as formas de autofinanciamento das Fundações

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apoio aos projectos de desenvolvimentolocal, bem como a troca de expe-riência entre Fundações dos respec-tivos países.Os participantes asseguraram que

uma vez que os desafios do desen-volvimento são globais, constitui cam-pos de intervenção, as áreas da saúde eEducação. O relatório elaborado pelaFundação para o Desenvolvimento daComunidade de Moçambique, com apoioda Fundação Calouste Gulbenkian, indicaque o progresso das Metas de Desen-

O encontro analisou o relatório sobre oprogresso das metas de desenvolvimentodo Milénio no espaço da CPLP, expe-riências de Desenvolvimento da Socie-dade Civil, a Intervenção de actores nãoestatais, a Educação para a Paz Social,Saúde e a Promoção dos Direitos Hu-manos. No final dos trabalhos, as Funda-ções concluíram que não obstante a criseeconómica Mundial devem prestar o seu

EDUCAÇÃO E SAÚDE CONSTITUEMOS SECTORES PRIVILEGIADOSDAS FUNDAÇÕES DA CPLP

Trinta e duas Fundações representadaspor oitenta e duas Organizações de An -gola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau,Moçambique, Portugal e S. Tomé e Prín ci -pe, participaram de 7 a 8 de Novembro de2012, no nono encontro das Fundaçõesdos Países da Comunidade de Países deLíngua Portuguesa “CPLP”, que decorreunas Ilhas de Santo Antão e de São Vi -cente, em Cabo Verde.A FESA, esteve representada pelo seu

Director Geral, João de Deus Gomes Pe-reira, enquanto que, a Fundação Agosti-nho Neto também esteve representadaneste fórum pela sua Presidente daFundação, Maria Eugénia Neto.O Ministro da Habitação e Ordena-

mento do Território de Cabo Verde,Dr. Antero Veiga, participou na sessão daabertura da reunião que foi orientada peloComandante Pedro Pires, na qualidadede laureado com o prémio 2011 daFundação Moibrahin para a Excelência naLiderança Africana a par do seu contri-buto o fortalecimento da democracia e dodesenvolvimento e da acção social,Educação, e Saúde.

“Relatório da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade deMoçambique, indica que muitos países não vão alcançar as Metas deDesenvolvimento do Milénio da CPLP até 2015.”

Escrito por António Miguel

volvimento do Milénio da CPLP, grandeparte dos países que integram está orga-nização não vão alcançar os objectivosaté 2015. Os encontros entre fundações da

CPLP, assumem um espaço privilegiadode contacto, e permitem que as ONGsLusofonas trabalhem em redes e em arti-culações com os doadores para maioreficácia dos seus programas.O Secretário Executivo da CPLP,

Embaixador Murade Issac Miguigy Mu-rarguy, encorajou numa mensagem ospresentes ao encontro e reafirmou anecessidade da sociedade civil e das fun-dações a prosseguirem os objectivosda comunidade através do dinamismo

evidenciado com as iniciativas por elasrealizadas no espaço da CPLP.Os participantes ao congratulam-se

com o anúncio da criação da Rede dasFundações de Cabo Verde, que muitocontribuirá, para o trabalho em rede dasfundações e outras organizações do ter-ceiro sector, bem como para a dissemi-nação do saber-fazer e para a coorde-nação dos programas e acções.Note-se que a próxima reunião das

Fundações da CPLP terá lugar em Angolaem 2014.

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Este tema foi apresentado no workshoprealizado na província do Cunene, em quefoi prelectora a Dr.ª Ana Maria de Oliveira.Falando perante governantes, respon-

sáveis e estudantes, Ana Maria de Oli-veira começou por fazer uma abordagemsobre a ocupação do território angolano,pelos Portugueses, que não foi uma obrafácil, fruto da resistência feroz e tenaz dealguns líderes que pela sua forma deorganização e pela sua determinação acausa nacional e soberania do seu ter-ritório, gravaram páginas gloriosas nahistória da resistência Africana e em par-ticular em Angola. Para a generalidadedos países, é muito importante o papeldesempenhado pelas figuras que repre-sentaram a sua ancestralidade e essemesmo valor se pode aplicar aos países

Africanos que na sua maioria ascen-deram a independência a partir dasegunda metade do século XX.Angola é um país que se caracterizapor uma longa história de luta eresistência ao processo colonial enão podia ficar indiferente a muitasdessas figuras.

As obras iniciadas por esseslíderes serviram de alicerce ao nacio-nalismo moderno africano e impulsio-naram outros líderes, a prosse-guirem com a luta até as independên-cias dos seus respectivos países.Falando concretamente do Rei

Man-dume, a Dr.ª Ana Maria deOliveira, afirmou que Ohamba Man-dume Ya Nde-mufayo, seu verdadeironome ou mais conhecido por “REIMANDUME” nasceu na povoação deElianganga – Cunene, por volta doano de 1890, filho de Ya Ndemufayo

Por: António Miguel

Historiadora Ana Maria de Oliveira

OHAMBA MANDUME YA NDEMUFAYO É O VERDADEIRO NOME DO “REI MANDUME OU REI DOS KWANHAMA”

DISSERTA NO CUNENE SOBREA VIDA DE REI MANDUME

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e de Ndapona Yachikede. Rei Mandumenasceu no seio de uma família oprimidacujo pensamento estava ligado a sua terra.Rei Mandume ascende ao trono do ReinoKwanhama após a morte do seu Tio Nandeem 1911, aos 21 anos de idade, tornan-do-se no mais novo e famoso rei dosCuanhamas. Não apenas pela sua juven-tude e progresso político social que intro-duziu durante a sua governação, mas tam-bém pela firmeza, e caracter que tão habil-mente demostrou ao enfrentar momentosde dificuldades que caracterizaram o seubreve e turbulento Reinado. Os eventos traumáticos que ocorreram

durante o reinado de Ohamba MandumeYa Ndemufayo devem ser entendidos nocontexto de outros desenvolvimentos nomundo, incluindo a primeira guerra mun-dial e a cobiça por territórios , pelos impe-rialistas Europeus, que avançavam paraÁfrica para assumirem a administração deterritórios, nomeadamente França, Grã --Bretanha e Portugal. Com a ocupação dosterritórios por estas potências, realiza-seem 1854 em Berlim, uma conferência queresultou na divisão de África e Angola,é atribuída à Portugal. Nesta altura aambição da ocupação de Angola não eraapenas de Portugal, mas também daAlemanha, Holanda, Finlândia e paísesNórdicos também tinha interesses por estepaís.A segunda guerra mundial não surgiu

por acaso, mas sim, é preciso ter presenteas motivações que originaram este acon-tecimento, e porquê essas motivações setransportaram para África. A crise que sevivia na Europa, parecida com esta que oplaneta terra vive nos nossos dias isto é noséculo XXI, trouxe reflexos completamentenegativos para as economias dos países

do Mundo naquela altura, facto queobrigou muitos países à procurade novas temáticas para suplantar asituação.Segundo a antropóloga, o Rei Man-

dume ao saber que Angola tinha sidoatribuída aos Portugueses, terra que nãolhes pertencia, ele interrogava-se e nãoentendia porque é que sendo rei, respeita-dor das suas tradições, detentor de sím-bolos da cultura e da tradição, tinha deabrir mão do seu território à favor de genteestranha. Perante a resistência do ReiMandume, essa decisão forçou as tropasPortuguesas a planear ataques ao ter-ritório Kwanhama, Como consequênciatrava-se a decisiva batalha de Mongwa,que durou mais de três semanas. Nessabatalha em 1915, o Jovem Rei Mandumedemonstrou as suas aptidões de luta e acapacidade dos Malangas de Mandume“soldados do Rei Mandume”. Ana Mariade Oliveira, assegurou durante a palestraque existem documentos que não seencontram em Angola, onde os Portu-gueses reportam para Portugal, desco-nhecer a táctica adoptada pelo rei Man-dume que provocou tantos desaires aoexército Português que era fortementearmado. Ainda neste mesmo ano, oexército Britânico envia emissários paraaconselharem o Rei Mandume, a recuaras suas forças para o Sul, em direcção aOndjiva, para permitir negociações entreas Forças Portuguesas e Britânicas, namargem direita do Rio Cunene, face asderrotas infligidas ao exército Português. Segundo a antropóloga, o Rei sendo

homem de bom senso, aceita o conselhoe orienta os Malangas a recuarem dasposições que ocupavam para Ondjiva. Naaltura em que as forças do Rei Mandume,

se retiravam as colunas Portuguesas rea-grupam-se em convivência das tropasBritânicas, Portuguesas e Sul-africanas aavançarem para Ondjiva, ocupando osespaços deixados pelos Malangas.O recuo do Rei para OIHOLE, via

Namacunde, permitiu a destruição do seuPalácio “OMBALA”, para impedir que astropas coligadas recuperassem todas asinformações guardadas, que eram objec-tos importantes da tradição Kwanhama eda sua cultura. O Rei Mandume estabe-lece a sede do seu “Palácio do Rei Kua-nhama”, na residência de um dos seuscredíveis conselheiros, Yokuma Oshilon-

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gifua, tornando-se a zona da acção, ondeordenava os combates que desferiamrudes golpes as forças combinadas.Face a situação, as tropas coligadasestendem os seus soldados nas regiõesde Namacunde, Ondjiva e OIHOLE. Como consequência de perdas de mi-

litares e equipamentos por parte dasforças Portuguesas, Britânicas e Sul --africanas, em Dezembro de 1016, o Reidos Kwanhama, recebe um ultimato deum oficial Britânico de inteligência, ondelhe propunha rendição ou destituição dotrono, ou a divisão do seu povo. Nestaaltura, o Reino Kwanhama começavaaproximadamente na Huíla e estendia-seaté cerca de 80 quilómetros dentro do ter-ritório Namibiano. O Rei Mandume foiintransigente na região de Oihole e segun-do relatos da conversa registada e trans-critos por Britânicos, o Rei Mandumedisse “SE OS SOLDADOS ME PROCU-RAM EU ESTOU AQUI, PODEM VIRCAPTURAR-ME, NÃO FAREI O PRI-MEIRO DISPARO, MAS SOU O AMO ENÃO UM ANTÍLOPE NOS BOSQUES,LUTAREI ATÉ À MINHA ÚLTIMA BALA”palavras de um homem valente.Falhadas as tentativas de suborno ao

Rei, as forças Portuguesas e Britânicasdesencadeiam mais uma grande ofensivamilitar, onde sairam derrotados e captura-do todo material de guerra, incluindo ca-valos. Nestas batalhas destacam-se oscomandantes Shikololo Shahanula, Ha-mukoto Wakapa, Maholo Bahavinga,Hangula Yakangade e Alkashiko Hmuko-to, todos conselheiros do Rei Mandume.Essas derrotas obrigaram o comandantedas forças Britânicas, Major Melin a soli-citar ao chefe das tropas do seu país parao envio de carros blindados e outro mate-rial bélico para derrubar o Rei Mandume.Importa aqui referir que nesta altura o

rei Mandume tinha óptimas relações comAlemanha, que proporcionava a comprade material de guerra, vestuários e outrosmeios. Nessa mesma época, os Alemãese Bowers representavam interesses com-pletamente diferentes dos Portugueses.Ana Maria de Oliveira ressalta que

nessa altura em que decorriam os con-frontos, a região Kwanyama registavauma seca de grandes proporções queoriginou uma fome que se prolongou pormuitos anos, e perante a situação, algunsaliados directos, comandantes e popu-lares aliados ao Rei Mandume, desmem-braram-se e começaram a prestar infor-mações aos Portugueses. Mesmo com afuga de populares e fome que se faziasentir na região, o Jovem Rei manteve-se

intransigente e firme a lutar pela suasoberania.Com a recepção de tanques e outros e

mais homens, as forças portuguesas eBritânicas aliadas aos alemães desen-cadeiam uma forte ofensiva rumo aoPalácio, do Rei para forçar o rei Mandumea subjugar-se e ou capturá-lo vivo. O ReiMandume manteve-se inegociável e firmea sua convicção. Ele nunca seria captura-do vivo e nem submeter-se-ia a servidão.

Fazendo contrário aos soldados, o ReiMandume reafirmou o seu propósito denão ser capturado ou morte pelasforças inimigas. Ele próprio tirou a suavida, em Oyole ao 6 de Fevereiro de1917.De salientar que de 1913 a 1916 o Sul

de Angola e Norte da Namíbia viveram amais severa estiagem, jamais vivida nesta

área no século XX. A prolongada e catas-trófica estiagem originou a seca do pasto ena calamitosa fome na região, agravadapelo bombardeamento dos carros blinda-dos que devoraram todas essas plantas epastos.Capturado o seu corpo, as tropas

Portuguesas submeteram-no a sevícias,cortaram a cabeça e levaram-na a Namíbiae o resto do corpo enterrado em Angola.Em reconhecimento à coragem e

intransigência do Rei Mandume, o Gover-no Angolano, ergueu um memorial, que foiinaugurado em 2002 pelo Presidente deAngola, eng.° José Eduardo dos Santos epelo então Presidente da Namíbia, SaNujoma. Importa aqui referir que o ReiMandume foi escolarizado por missioná-rios protestantes alemães, no entãoSudoeste Africano Alemão, actualmenteNamíbia.

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A Província doKuando-Kubango está,situada no sudeste do país.É limitada a norte pelas provín-cias do Bié e Moxico, a leste pelaRepública da Zâmbia, a sul pela Repú-blica da Namíbia e a oeste pelas provínciasdo Cunene e Huíla. A capital da província é acidade de Menongue e dista de Luanda por1051 km. Tem cerca de 140.000 habitantes e é asegunda maior província de Angola com umasuperfície de 199.049 km².A Província do Kuando Kubango é constituída pelosmunicípios de Calai, Cuangar, Cuchi, Cuito Cuana-vale, Dirico, Mavinga, Menongue, Nancova e Rivungo.é conhecida actualmente como «Terras do Progresso»,devido ao seu potencial económico virgem.A população desta província é a que menos estudou emAngola. Com vista a elevação do nível desta popu-lação a província conta com um Instituto SuperiorPolitécnico. As suas características incluem as de terum peso demográfico muito fraco e de consistir degrupos relativamente pequenos e dispersos, comuma notável mobilidade geográfica (que inclui aNamíbia, o Botsuana e a Zâmbia), e a frequentejunção ou divisão destes grupos. Estas carac-terísticas mantiveram-se desde antes da ocu-pação colonial e continuam depois do aces-so de Angola à independência.

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O Director Provincial da Agriculturano Kuando Kubango, Manuel MateusAlexandre revelou que o ramo que dirigefunciona de forma incipiente e contaactualmente com 21 técnicos superiores e10 técnicos médios, que garantem toda aactividade agrícola na província. De acor-do com o responsável da agricultura,neste momento a população da provínciapratica agricultura familiar que garante asustentabilidade das famílias. No seuentender, a província espera por diasmelhores a julgar pelas solicitações deempresários que pretendem investir naregião do Sudoeste de Angola. O Kuando Kubango possui terras

aráveis para a prática da agricultura epara a criação de animais. Pela originali-dade e fertilidade dos seus solos pode serconsiderado virgem, sustenta o respon-sável da agricultura naquela região dosudoeste de Angola. Segundo o directorProvincial da agricultura no seu solo pro-duz-se milho, arroz, massango, massam-bala, soja e também é fertíl para a criaçãodo gado bovino, caprino e suíno.

PROVÍNCIA DO KUANDO KUBANGOREGISTOU O ANO PASSADOA PRIMEIRA COLHEITA DE ARROZ

Província do Kuando Kubango registou a primeira colheita de arroz, no Município do Longa

Agricultura no Kuando Kubango

A AGRICULTURA PRATICADA NA PROVÍNCIADO KUANDO KUBANGO ESTÁ LONGEDE ATINGIR OS NÍVEIS DESEJADOS

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A província do Kuando Kubango regis-tou o ano de 2012, a primeira colheita dearroz totalizando 1.500 toneladas produzi-das na localidade do Longa. O projectoLonga-Industrial contempla o cultivo, safrae empacotamento deste produto. O pro-jecto é garantido pelo Governo Angolano,sob gestão da GESTERRA, segundo fezsaber o delegado da Agricultura ManuelMateus Alexandre. A segunda fase dacolheita do arroz realizou-se em Setembrode 2013. O Projecto tem como mão deobra, a população das aldeias circunvi-zinhas da localidade do Longa.Esté é o primeiro passo que se dá no

sector da agricultura na província, emboratodo o trabalho que se realiza seja aindaincipiente. Nos últimos tempos a provín-cia tem vindo a registar muitas solici-tações de empresários que pretendeminvestir no cultivo da soja, da cana-de --açúcar, da criação do gado bovino e ca-prino. Manuel Alexandre acrescentou queexistem ainda solicitações para a práticada apicultura (criação de abelhas), daaquicultura (criação de peixe) e a explo-ração da madeira nas localidades deMenongue, Dirico, Kuangar, Kuxi, Mavin-ga e Rivungo. Neste momento algunsempresários já exploram madeira nos

munícipios do Dirico, Kuangar, KuitoKuanavale e Kuxi.Quanto às dificuldades do sector,

Manuel Alexandre diz tratar-se de ordeminstitucional, como os recursos humanos,infraestruturas de apoio à produção,matadouros, cilos, assim como câmarasde conservação de produtos. A falta deinstalações nos municípios para albergar

técnicos é outro assunto que mereceua atenção do director da Agricultura,durante a entrevista. Para além dosesforços que se desenvolvem para arenovação do potencial genético dassementes na província, Manuel MateusAlexandre apelou aos empresários e cria-dores de animais a investirem no KuandoKubango.

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SECTOR DA INDÚSTRIA NO KUANDO KUBANGOESTÁ A CONHECER DIAS MELHORES

O Director Provincial do Ministério daIndústria e Geologia, Minas na Provínciado Kuando Kubango, Miguel Dala, afir-mou que o Sector que dirige tem vindo aconhecer dias melhores, comparativa-mente com os anos passados. Falando emexclusivo a Revista FESA Magazine,Miguel Dala assegurou que face ao desen-volvimento sustentável que se regista emtodo o país, a Província do Kuando Ku-bango não pode ficar indiferente. Nestemomento a província conhece acçõesdiferentes no ramo da Indústria.Falando concretamente da Indústria

transformadora, Miguel Dala frisou que

face ao actual contexto económico, aprovíncia conta com 40 padarias, quegarantem o alimento indispensável para avida da população de todos os Municípiosdo Kuando Kubango e moagens cujonúmero não foi determinado.Aquele responsável frisou ainda que

no campo da Indústria Extrativa ocorremmelhorias significativas resultantes doempenho do Executivo Angolano. A pro-víncia possui também pequenas indús-trias que se dedicam a extração de meiosque servem de apoio a construção deinfraestruturas sociais, rodoviárias, por-tuárias, assim como o aeroporto. Miguel

Desenvolvem-se esforços para a implementação da indústriana província do Kuando Kubango

Falando sobre o sector que dirige,o Director Miguel Dala disse queo Conselho Consultivo dos Minis-térios da Indústria e Geologia eMinas realizado no Kuando Ku-bango, determinou a realização deestudos para o levantamento geo-lógico e pesquisa do diamante nosMunicípios de Mavinga e Kalai.

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Dala sustentou que as Britadeiras exis-tentes na província estão a apoiar nestafase a construção civil. Em termos deexploração de recursos minerais, MiguelDala enfatizou que decorrem trabalhos deprospecção do cobre, do ferro e outrosminerais em toda a dimensão da pro-víncia.No entanto, no Conselho Consultivo

do Ministério da Geologia e Minas que de -correu no Kuando Kubango, determinou --se a realização de estudos para o levan-tamento geológico e pesquisa do dia-

mante nos Municípios de Mavinga e Calai.O director salientou que uma represen-tação da Endiama e da Ferrangol realizamestudos para determinar os recursos exis-tentes em Mavinga. Aquele responsáveldeixou claro que o Governador ProvincialHigino Carneiro tem estado a imprimiruma nova dinâmica para que os investi-dores interessados em obter licenças deexploração de recursos minerais possamobtê-las na província. Relativamente aoouro, garantiu que aguardam pelos resul-tados laboratoriais que vão determinar

quais as potencialidades que a provínciapossui. Quanto a exploração da Madeira

dá-se os primeiros passos, tendo emconta que o Kuando Kubango é umapotência neste campo. Já existem empre-sas que exploram madeira, no Dirico, eKuangar, e os resultados são bons, sus-tenta o Director da Industria. Segundo fezcrer Miguel Dala, toda a prioridade vaipara os angolanos interessados em explo-rar madeira e outros recursos no KuandoKubango. Caso não tenham recursos, osangolanos devem constituir parceria comempresas estrangeiras detentoras detecnologias.Falando da concessão de créditos

na província, Miguel Dala enfatizou quetodos os interessados em invistir naprovíncia devem recorrer aos créditosbancários, com projectos devidamenteelaborados para levar avante esta acti-vidade.A concluir a entrevista, apelou aos em -

presários e a todos os interessados a in -vestirem na província do Kuando Kuban -go, virgem e rica em recursos naturais.

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CONSELHO DE MINISTROS APROVA PLANO ESTRATÉGICO PARAA ACTIVIDADE COMERCIAL NO KUANDO KUBANGO

Luís Francisco acrescentou que actual-mente, a actividade Comercial está a serdesenvolvida em 9 municípios, sendo unscom maior relevância em relação aos ou -tros. Os Municípios de Menongue, Kuchi,Kuito Kuanavale e Nankova, e Kuangarpor exemplo, estão mais avançados emtermos de actividades comerciais emrelação aos municípios de Mavinga,Nancova, e Kuito Kuanavale... Já osmunicípios fronteiriços do Rivungo, Dirico,e Kalai e Kuangar dão passos lentos emvirtude da degradação das vias deacesso. Estes condicionalismos impedema deslocação dos comerciantes que pre-tendem desenvolver a actividade comer-cial nestas localidades. O pouco que sefaz é graças as picadas que haviam sidoabertas em tempo de guerra. As estradasque dão acesso a essas localidades jáforam adjudicadas a empresas que vãotrabalhar na sua recuperação, para facili-tar a transportação de pessoas e bens.

De acordo com Luís Francisco, a dele-gação do Comércio no Kuando Kubangocontrola actualmente 1.320 estabeleci-mentos comerciais, divididos em 68 esta-belecimentos grossistas, 729 estabeleci-mentos de comércio precário, 306 comér-cio geral e 55 estabelecimento de pres-tação de serviço. Quanto a proveniênciade produtos para a província, o respon-sável do Comércio disse que grande partedesses meios são provenientes dosPortos do Lobito, Namibe, Luanda eNamíbia.

DIRECTOR PROVINCIAL DO COMÉRCIO FALAEM ENTREVISTA À FESA MAGAZINE DAACTIVIDADE COMERCIAL NA PROVÍNCIA

O Sector do Comércio no Kuando Kubango tem vindo a registar diasmelhores, em relação aos anos anteriores. Segundo fez saber o Directordo Comércio, Luís Francisco que falava em entrevista à FESA Magazine.Neste momento estão a trabalhar num programa estratégico aprovadopelo Conselho de Ministros que contempla todos os sectores da vidaeconómica da província e em particular o Sector do Comércio, com vistaà sua extensão a toda a dimensão da província

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O Director do Comércio no KuandoKubango disse ainda que de acordo comas directrizes do Conselho de Ministros, oGoverno da Província está a trabalharpara inverter o quadro de abastecimentode produtos à Província, uma vez queesta parcela do país possui terrenosférteis para a prática da agricultura.Segundo ele, com o incremento da agri-cultura nesta região irá reduzir signifi-cativamente a importação de produtosalimentícios. Luís Francisco frisou quecom o comboio em funcionamento, aprovíncia ganhou muito na transportaçãode produtos, motivo que já originou abaixa de preços no mercado. Frisou tam-bém que o poder aquisitivo das popu-lações ainda é baixo porque não existemlugares onde possam comercializar osprodutos produzidos localmente. LuísFrancisco acrescenta que a entrada deempresários na província, vai permitirmaior transação de produtos do campopara a cidade e o poder de compra doscamponeses poderá ser maior.

MENONGUE, A CAPITAL, SÓ POSSUITRÊS HOTÉIS, E APENAS UM ENCON-TRA-SE EM FUNCIONAMENTO

Debruçando-se sobre o Sector daHotelaria, Luís Francisco frisou que oSector do Comércio controla actualmente3 Hotéis dos quais apenas um está emfuncionamento. A província possui ainda,

um complexo Turístico, 8 pensões e 19restaurantes. No total, a província possui194 quartos com 279 camas. Nestemomento, a província tem capacidadepara atender 844 lugares em restau-

rantes. Aquele responsável acres-centa que o sector controla tambémparques turísticos no Município doCuchi, Matrungungo, Matoto, Kakinae no Sector do Turismo existem asaréas da caça de Mavinga eMucusso.Quanto aos preços que se prati-

cam nos restaurantes, o directorProvincial do comércio acrescentouque estes variam em função dosserviços prestados em cada unidadehoteleira. É isso que permite amutação de preços nas unidadeshoteleiras. Segundo Luís Francisco,muitos investidores estão a solicitarautorização para a construção deHotéis e outras unidades.Para o responsável do Comér-

cio, neste momento a provínciaconta com o projecto Transfron-teiriço “Okavango-Zambeze”, queestá a conhecer os seus avanços.Nos últimos tempos a província temsido a sede de reuniões dos Minis-tros ligados ao Projecto Casa --Okavango que traçou importanteslinhas de acção para a concretiza-ção do projecto. O mesmo vai con-templar a construção de UnidadesHoteleiras de 3, 4 e 5 estrelas, bem

como a construção de lodges para alber-gar turistas e outros interessados.Os países que integram o projecto

Casa Okavango-Zambeze são: Angola,Namíbia, Zimbabwe, Botswana e Zâmbia.

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FESA MAGAZINE. Fale-nos do funcio-namento deste estabelecimento deensino.Doris Nafilo. Começo por agradecer asiniciativas do Governo e do Ministério doEnsino Superior pela abertura desta insti-tuição académica, porque até ao ano de2009, esta era a única Província que nãopossuía um estabelecimento de EnsinoSuperior. Muitos jovens que terminavam oensino médio não tinham possibilidade deprosseguir os seus estudos. Os alunoscujos pais tinham possibilidades pros-seguiam os seus estudos noutras pro-víncias e quando terminavam os cursos jánão regressavam.

A abertura do ensino superior nestaparcela do país foi uma iniciativa bemtomada para motivar os jovens a fazeraqui o ensino superior e facilitar aquelesque acabaram o ensino há décadas

a prosseguirem com os seus estudos.Quando o Instituto foi implantado, o

universo estudantil tinha uma idade médiade 40 anos, mas nesta fase a idade, rondaentre os 18 e 20 anos. E também já con-tamos com alunos provenientes dasprovíncias de Luanda, do Bié, da Huíla edo Huambo.

F. M. Quantos estudantes estão inscri-tos neste estabelecimento de ensino?D.N. Este estabelecimento de ensinoconta com um universo de 1.260 estu-dantes. Isto nos três períodos, manhã,tarde e noite. No período da manhã, fun-ciona o 1.º e 3.º ano. No período da tardefunciona o 2.º e 4.º ano e no período danoite funciona o 1.º ao 3.º ano.Quando abriu o Instituto em 2009 a

escola contava com uma comissão degestão e tinha apenas um curso, o debiologia com 60 estudantes que hoje sãofinalistas com apenas 20 estudantes.

F. M. Quais os aspectos que estiveramna origem da desistência de muitosestudantes?D. N. A razão da desistência dos estu-dantes pode ser pessoal, falta de moti-

vação ou por questões profissionais ou desaúde. Quando digo profissional, há quemnão tenha tempo para estudar de manhãou noutro período porque o serviço apertae acabam por desistir. Outros ainda portransferências para outras províncias.

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICODO KUANDO KUBANGO DEBATE-SECOM FALTA DE ESPAÇO

F. M. Como caracteriza o EnsinoSuperior no Kuando Kubango, acreditaque a tendência é aumentar o númerode estudantes?D. N. A província está a renascer, oEnsino Superior é uma nova realidade,por isso, gostaria que houvesse outrasUniversidades, para que haja concorrên-cia. Neste preciso momento o InstitutoSuperior Politécnico é a única na provín-cia, filiada a terceira região académica daUniversidade da Huíla.

Neste momento temos apenas trêsaéras que estão a ser exploradas, nomea-damente a área de Educação, Saúde eárea das engenharias. Na área de Edu-cação deveriam estar mais abertos oscursos atinentes a este ramo, que sãopedagogia, psicologia, etc., mas nestemomento temos dois cursos, o de Biologiae Matemática.E na área de enfermagem segundo o

nosso programa estão previstos 5 cursos,enfermagem geral, análises clínicas, psi-cologia clínica, saúde pública e RX.Actualmente está apenas a funcionar umcurso que é enfermagem geral. Teve iní -cio em 2013 o curso de informática egestão de empresa, ligadas as engenha -rias. A Direcção deste Instituto Superior

Politécnico está preocupada com a faltade espaço para albergar a direcção daEscola e recursos humanos. Quando falo

Director do Instituto Superior Politécnico do Kuando Kubango, Doris Nafilo élicenciado em Pedagogia pela Universidade do Huíla, e doutorado em didáctica delínguas pela Universidade de Besançon de França. Doris Nafilo é um homem comlonga experiência no campo do Educação e Ensino.

DORIS NAFILOINSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO KUANDO KUBANGO

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de recursos humanos qualificados naprovíncia este é um grande “Handicap”.Nós não podemos cruzar os braços,esperando que o Governo faça tudo. OInstituto tem um pequeno orçamento queestá sendo gerido e com ele faz-se aquiloque o governo não está a realizar. Porexemplo, apetrechamos o anfiteatro que ogoverno construiu, adquirimos os mate-riais completos para os laboratórios deinformática e enfermagem. Os materiaisque compramos para o laboratório deenfermagem, não existe em nenhumHospital Municipal, inclusive o HospitalCentral da Província. Os enfermeirosreconhecem esta vantagem. Tambémcompramos os materiais de laboratório deBiologia que ainda não estão montadospor falta de espaço. Durante os quatroanos lectivos, os alunos nunca tiveramuma aula prática de laboratório. A escolatinha apenas 12 salas de aulas das quaissacrificamos cinco e ficamos com sete. Háuma sala que serve de Biblioteca, duassalas para informática e uma sala paralaboratório.

F.M. Noutros países os alunos come-çam o estágio a partir do segundo anoda Faculdade é possivel fazer-se istonesta província?D. N. Depende dos cursos que nós temos,isto implica assinar acordos e memoran-dos com algumas empresas, por causa docurso de informática e gestão de empre-sa. A partir do terceiro ano, o nosso regu-lamento prevê que todos os estudantesdefendam uma monografia para transitarpara o quarto ano.Por exemplo os estudantes que

seguem pedagogia começam o estágio a

partir do segundo ano, com professoresque os acompanham. A outra vantagem éque muitos destes alunos já são docentes,apenas estão a colmatar as dificuldadesda parte teórica. Na enfermagem tambémacontece o mesmo e para aqueles quenão são enfermeiros as aulas práticascomeçam no primeiro ano.

F.M. Quantos professores tem a insti-tuição?D. N. O Instituto Superior Politécnico doKuando Kubango tem um universo de 48professores, dos quais apenas três ango-lanos e os restantes são Cubanos.

F. M. Fale-nos do apoio que recebe doGoverno da Província.D. N. Quando a escola abriu eu ainda nãoestava na Província. O Instituto chegou areceber três viaturas ligeiras, dentre eles,dois Toyotas Hiluxs dupla cabine, um miniautocarro com capacidade de 15 lugarespara apoiar os professores. Encontreiapenas dois, o mini autocarro, o ToyotaHilux e uma carrinha de marca ZZ Nissan,mas esta já era velha. Neste momento a

carrinha está avariada, o mini autocarroacidentou e encontra-se na oficina semsolução.Nós adquirimos recentemente um

mini autocarro com capacidade para 30lugares, mais 3 toyotas Hilux cabine duplae um turismo para apoiar os membrosde direcção e os directores.O Governo tem muitas preocupações,

mas nunca nos abandonou, e fruto desteempenho do Governo à província está arenascer e não pode prestar atenção a100% à nossa Instituição. Por falta deinstalações adquirimos contentores ondefunciona o gabinete do Director.Tambématribuiram-nos 15 residências onde vivemos professores e ainda faltam casas paraos restantes professores. Estas casasnão ofereciam condições de segurança.Sempre que se deslocavam de férias, asresidências eram assaltadas, razão pelaqual gradeámos as janelas e construímosquintais. Também ampliámos as casascom anexos, suites, salas e cozinhasonde residem parte dos professores.Entregaram-nos mais 5 residências efalta receber sete.

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O Director Provincial da Cultura no KuandoKubango, Luís Paulo Vissunjo afirmou quea actividade Cultural á nível da provínciaestá no bom caminho e já com bons indi-cadores. Antigamente contava-se com doisa três músicos, actualmente a provínciaconta com 62 músicos e 10 artesãos, con-trariamente aos dois que existiam anterior-mente.«Nesta fase, debatemo-nos com falta

de formação de artistas e músicos”.Os que vão trabalhando, fazem-no deforma empírica, a exemplo das artes plásti-cas, dos músicos e as dançarinas. A faltade uma escola de formação de arte é ocalcanhar d’Aquilles. Mas, acredito quecom o estudo de viabilidade em curso paraa construção do Centro Cultural e Recrea-tivo de Menongue, o problema estaráresolvido»No que diz respeito a grupos de dança,

a província controla um grande númerode dançarinas. No passado contávamosapenas com o grupo de dançarinas dosNganguelas, mas hoje sem receio de errar,controlamos as dançarinas dos gruposKoissan, os vassekele “capampa”, osKuangares, os Champios e outros gruposetnolinguísticos – concluiu o Director Pro -vincial da Cultura.Falando de infraestruturas, Luís Paulo

Vissungo diz que a província conta com umnúmero limitado de infraestruturas cultu-rais, porque grande parte delas encontram --se destruídas pela guerra que assolou opaís. Estamos a falar do Forte Mbongue yaCanjema, no Kuxi, o campo de Concen-tração do Missombo e outras infraestru-turas, como as Igrejas. Falando sobre ocampo de concentração de Missombo oDirector da Cultura no Kuando Kubangoacrescentou que as infraestruturas estão adegradar-se por falta de intervenção.Antigamente o campo do Missombo estavasob controlo das Forças Armadas Ango-lanas “FAA”, nessa altura estava minima-mente conservado, mas hoje, caminhapara a sua degradação completa.

CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DO MISSOMBO,NO KUANDO KUBANGO, CAMINHA PARADEGRADAÇÃO COMPLETA

Existem esperanças de reabilitação,face à promessa do Governador daProvíncia, Higino Carneiro. Por estarazão, nós estamos esperançados deque a qualquer momento poderá reali-zar-se esse sonho. O Campo de Concen-tração do Missombo é uma referência,para o país, porque muitos patriotaspassaram por esta prisão e outrosperderam as suas vidas.O Director Provincial da Cultura subli-

nhou por outro lado que neste momentoestá em construção na cidade de Me-nongue, a estátua do soberano Mwana --Vunongue, homem que se bateu contra a

ocupação colonial Portuguesa. Este me-morial está quase na fase derradeira ouconclusiva e espera-se pela chegada daestátua. Falando dos Reis que lutaram contra o

colonialismo português no Kuando Ku-bango, Luís Paulo, afirmou que ao níveldesta parcela do país, não podemosdestacar o contributo prestado por apenasum rei, porque são muitos os que se en -gajaram neste processo da libertação deAngola. Exemplo, o Rei {Mukuva} MuanaMukuva travou grandes batalhas contraos colonialistas Portugueses, no Muni-cípio do Kuchi, o Rei Bingo Bingo,lutou no

Actividade Cultural no Kuando Kubango vai dando bons indicadores

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Município do Kuito Kuanavale, a RainhaLucinga, lutou na Comuna do Caiundo ena comuna de Chinguange e outros quecontinuam no anonimato. E é com basenesta reflexão que se construiu o memo-rial dos Heróis do Kuito Kuanavale, ondejazem filhos que perderam as suas vidasem defesa da libertação completa do país.O director da cultura rendeu uma home-nagem ao bairro de Sá Maria. na provín-cia do Kuando Kubango, que durantetodas as guerras de libertação nacionalnunca foi ocupado por qualquer forçainvasora. Sobre a recolha da tradição oral, o

Director da Cultura assegurou que alguns

escritores (filhos do K.K.) estão a realizarmuitos trabalhos e também há muito inte-resse, por parte da juventude em recolheros valores culturais daquela região. ODirector da Cultura diz que ele já tem umtrabalho escrito denominado “cultivo desentimento Nganguela” que retrata ossentimentos culturais da região. Esta obraaguarda por patrocínio para a sua divul-gação. Luís Paulo diz que fez-se umapesquisa dos reinados Bucussos, dosRomanos, dos Tchikuakuando e os van-galis, cuja matéria será divulgada a seutempo.Interrogado sobre a tradição van-

ganguela, assegurou que na tradiçãoVangaguela, quando um Rei ou Soba estádoente ou em estado crítico, a sua mulhernão pode ser cobiçada (conquistada) poralguém. Quando isto acontece, os maisvelhos ao aperceberem-se de que alguémentrou na vida do REI, significa que esta

pessoa que conquistou a esposa do Reiou Soba contribuiu ou influenciou na suamorte. E quando o rei morre, esta pessoa,é enterrada viva, na mesma sepulturacom o soberano. Segundo, Luís PauloVissungo, nos nossos dias esta tradição

está erradicada, fruto da guerra e dastransformações que o país vive.O responsável da Cultura nas terras

do progresso, acrescentou que nas comu-nidades rurais existe uma tradição chama-da “Kuianga ou Kuianguissa”, que con-siste em determinar as circunstâncias queprovocam a morte a um soberano ou outromembro da sociedade. Quando isto acon-tece, a família lesada ao considerar que amorte foi provocada por alguém, os velhosreúnem-se e criam uma Tipoia “cordasamarradas sobre um pau”, onde colocamo caixão para ser transportada atécemitério. As pessoas colocam a tipoiasobre os ombros, sendo uma pessoa afrente e outro atrás. E caso alguém estejaimplicado na morte, o caixão ao ser trans-portada para o cemitério, toma a direcçãoe conduz os homens até a casa da pes-soa em causa. Assim, toda a comunidadetoma conhecimento do facto e fica des -vendado segredo, passando a ser conhe -cida a pessoa malfeitora na comunidade.O director da cultura afirma que já teste-munhou esta prática numa das localida -des da província do Kuando Kubango.Caso a morte não tenha sido provocadapor alguém, o caixão segue directamentepara o ce mi tério e o defunto é sepultadoem paz.

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DESPORTOSEMANA DA

O Torneio Internacional “Taça Patrono”, instituído em homenagem ao Patrono da FESA,Eng.º José Eduardo dos Santos.

Província do Namibe albergou o Torneio Internacional“TAÇA PATRONO DA FESA”.

Dentro da estrutura da Fundação Eduardo dosSantos, o desporto joga um papel preponderante,tendo em conta os benefícios que proporciona àsaúde humana. Segundo os homens ligados àmedicina desportiva, à prática do desporto não sócontribui para um ambiente de lazer, ou de negó-cio, mas também na prevenção de váriasdoenças como cardíacas, diabetes, obesidade eoutras doenças.Todos os anos, a FESA, realiza um torneio

Internacional de Futebol de Onze, denominado“TAÇA PATRONO DA FESA”, em que participam3 selecções em Sub-20 de países estrangeiros ea selecção em Sub-20 de Angola “os Palanqui-nhas”, como forma de permitir o seu entrosa-mento e adquirir maior rodagem, competitiva eaferir a qualidade do nosso futebol no espaçoregional da SADC. Também, é uma forma de dara conhecer o nosso país à juventude dos paísesque nos visitam. A iniciativa da FESA em levar odesporto Internacional a todas as províncias dopaís é um acto sublime de dar oportunidade apopulação das províncias de entrar em contactocom o futebol de outros países.No ano de 2012, a FESA convidou as seleções

em Sub-20 de Angola, Zâmbia, Swazilândia e aseleção em Sub-17 de Angola. A selecção emSub-17 de Angola participou no torneio, em vir-tude da selecção em Sub-20 da Namíbia teranunciado a última da hora que não iria participarpor estar engajado em competições internacio -nais. O torneio realizou-se nos dias 13 e 14 deOutubro de 2012 a partir das 14 horas, no EstádioJoaquim Morais, na província do Namibe.A cerimónia de abertura dos jogos contou

com um festival de ginástica rítmica e dançatradicional daquela região que teve a duração de40 minutos.

DESPORTO

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DESPORTOSEMANA DA FESA

O torneio foi vencido pela selecção da Suazilândia, em2.º lugar ficou a selecção de Angola em Sub-20, tendo ocu-pado o 3.º lugar a selecção de angola em Sub-17 e aselecção da Zâmbia ficou na última posição. Durante acompetição foram marcados 8 golos.Por se tratar de um Torneio de confraternização, cujas

equipas atendem aos convites, não só para melhorarem asua preparação desportiva mas também por respeito aprincípios de solidariedade e de camaradagem, foramatribuídas, a todos os jogadores, corpo técnico bem comoa equipas de arbitragem, medalhas de participação.Quanto à participação da população no Estádio

Joaquim Morais, podemos descrever de positiva, se tiver-mos em conta que os espectadores encheram por comple-to a bancada central do estádio, fruto do esforço de mobi-lização do governo local.

MELHOR MARCADORTerminaram o torneio, 24 atletas com 1 golo cada. Porém,por decisão da Organização, foi atribuído a FernandoLopes Feliciano da selecção de Angola Sub-17, o mais

jovem do torneio, o respectivo troféu.

Guarda-redes menos batidoNdumiso Dlamini, da Selecção Swazilândia

Equipa Fair PlayZâmbia

Ressalta-se a presença física da Governadoracessante, a Deputada Cândida Celeste, dos Vice --Governadores e demais membros do governo daprovíncia.

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A província de Benguela acolheu de 6 a8 de Outubro de 2012, a 6.ª edição doTorneio de Basquetebol masculino nacidade das acácias rubras. O torneiorealizado num sistema quadrangularcontou com a participação das selec-ções de várias províncias.

DESPORTOSEMANA DA FESA

Torneio de Basquetebol“Taça Presidente”Misto de Basquetebol de Luanda sagra-se vencedordo Torneio de Basquetebol da FESA, em Benguela

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Melhor Cestinha - Gerson da Silva, doMisto de Luanda, com 57 pontos

O Nível de assistência foi razoável.A fraca mobilização não permitiu amoldura humana que se esperavadurante os três dias de competição, masos que compareceram não deixaram demanifestar o apreço e gratidão à FESApela realização deste evento desportivode tamanha envergadura naquela pro -vín cia. De referir que a Rádio 5 se dig-nou a relatar partes dos jogos emcadeia nacional

• Misto de Benguela• Misto de Luanda• Misto da Huíla• Misto do Kwanza Sul

De acordo com o programa, os jogosque decorreram no Campo do Sportingde Benguela, forneceram os seguintesresultados:

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O olhar atento dos convidados à cerimónia

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