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Superestrutura Ferroviária Com colaboração das notas de aula Profa. Jisela Greco

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  • Superestrutura Ferroviria

    Com colaborao das

    notas de aula Profa. Jisela Greco

  • 2Histria da Ferrovia

    O transporte ferrovirio nasceu no sculo XIX 1 Locomotiva - 1814 - Inglaterra

    z construda pelo ingls George Stephenson

    z movida a vapor dgua

    z essa locomotiva era capaz de puxar 30 t de carga a uma velocidade de 6 Km/h

    z inovao tecnolgica: rodas unidas por correntes, para que todos os eixos participassem da trao

    1 Viagem - 27/09/1825 (Inglaterra)z linha frrea ligando Stockton a Darlington

    z velocidade prxima dos 25 Km/h

  • 3Histria da Ferrovia

    Meados do sculo XIX:z rodas motrizes passaram a ficar atrs da caldeira

    uso de rodas de grande dimetro

    sensvel aumento da velocidade

    locomotiva a vapor se tornou o meio dominante de trao nas ferrovias, o que perdurou por mais de um sculo

    Expanso das ferrovias Reino Unido (1840): 2000 Km de estrada de ferro Frana (1840): 550 Km Entre 1835 e 1839: ferrovia chegou Alemanha,

    Blgica e Itlia

  • 4 Expanso das ferrovias (continuao)

    Estados Unidos: expanso atingiu nveis espetaculares

    1840: 4.500 Km de trilhos

    1850: 30.000 Km de trilhos

    1914: mais de 415.000 Km de trilhos

    Rssia: construo de vias frreas iniciou-se em 1836

    z importncia para a unio de territrios

    z caracterstica: linhas com grande extenso (cerca de 10.000 Km)

    ndia (1910): 51.000 Km

  • 5Ferrovias no Brasil

    1 Estrada de ferro

    z construda pelo baro de Mau (Irineu Evangelista de Souza)

    z inaugurada em 30 de abril de 1854

    z percurso: Porto de Mau (Baa de Guanabara) a Petrpolis

    z velocidade: 38 km/h

    Em 1858 inaugurou-se o primeiro trecho da ento Estrada deFerro D.Pedro II (depois Central do Brasil e hoje incorporada Rede Ferroviria Federal)

  • 6Ferrovias no Brasil (Cont.)

    A Baronesa

  • 7Ferrovias no Brasil (Cont.)

    1930: j existiam 30.000 Km de linhas

    Apesar da adeso imediata s ferrovias, o Brasil deu preferncia maistarde ao transporte rodovirio

    z Na dcada de 1950 foi implantada a indstria automobilstica e multiplicaram-se as estradas de rodagem pelo pas

    Vrias tentativas foram feitas para reanimar o trem, terminando com aprivatizao das estradas de ferro, na dcada de 1990

    O mximo que se conseguiu foi manter em funcionamento as redesde carga

    Restaram apenas duas linhas regulares de passageiro, mantidas pelaVale do Rio Doce: a Estrada de Ferro Vitria-Minas (ligando Vitria eBelo Horizonte ) e a estrada de Ferro Carajs (ligando o sul do Parao Porto de So Lus) e umas dez linhas tursticas

  • 8Elementos Principais da Via Permanente

    Sublastro; Lastro; Dormentes; Trilhos

    Constituio das Estradas de Ferro Infra-estrutura - terraplenagem e todas as obras situadas abaixo de

    seu greide

    Plataforma ou leito - superfcie final de terraplanagem Superestrutura ou via permanente - constituda pelas partes sujeitas

    ao desgaste imposto pelas rodas dos veculos e pelas intempries

  • 9Funes da Superestrutura

    Permitir o rolamento dos trens Distribuir os esforos provenientes de movimentos

    z verticais: peso dos trensz horizontais: longitudinal via

    transversal via

    Caractersticas bsicas da linha Preparada para receber grandes cargas por eixo (20 a 30t so

    comuns!!!!)

    Componentes ligados com a rigidez adequada construda prevendo operaes para manuteno (ou

    conservao)

    Tem geometria compatvel com o trem, sua segurana e controle

  • 10

    Lastro e sublastro Distribuem as cargas plataforma Podem ser: solo, areia, escrias, pedras, cascalhos, pedregulhos,

    pedra britada (o mais comum)

    Especificaes do lastro:z massa especfica 2,7 g/cm3z coeficiente de desgaste Los Angeles 35%

    z amostra: 5Kg (limpa e seca); 12 esferas de ao; 30 a 33 rpm; 500 revolues

    z aps, passa-se o material na peneira #12 (1,68 mm) e pesa-se a quantidade retida

    z sendo P = peso da amostra (5Kg)

    Pn = peso do material retido

    %35%100 =PPnPCLA

  • 11

    Equipamento de abraso

    tampa carga abrasiva

    embreagem

    Mquina de abraso Los Angeles

  • 12

    Granulometria

    Abertura da mallhapol mm

    % quepassa

    % retida eacumulada

    2 1/2 63,5 100 02 50,8 90 - 100 0 - 10

    1 1/2 38,0 35 - 70 30 - 651 25,4 0 - 15 85 - 100

    3/4 19,0 0 - 10 90 - 1001/2 12,7 0 - 5 95 - 100

  • 13

    Altura do Lastro Estudos de Talbot - bulbo de presses Sejam

    p0 = presso mdia na face inferior dodormente

    p = presso a uma profundidade qualquer

    100%0ppK =

    Segundo Talbot 025,187,53 p

    hph =

    ph = presso a uma profundidade h (Kg/cm2)

    p0 = presso mdia na face inferior do dormente (Kg/cm2)

    h = altura do lastro (cm) h 25 cm

  • 14

    Determinao de p0

    Sendop = carga a ser considerada sobre o dormenteb = largura do dormente (cm)c = faixa de socaria (cm) - varia de 70 a 80 cm para bitola mtrica e de 80 a

    90 cm, para bitola larga

    perfil transversal perfil longitudinal

    cbpp =0 Qual o valor de p?

  • 15

    A AREA (American Railway Engineering Association) recomenda

    pesadamaisrodadaacapdoCnpp ndn argsen,=

    dormentesdoscentrosentredistveculodoeixosentredistncia

    adn

    .==

    )/100(000.30

    12

    hKmVVCd

  • 16

    Dormentes Viga transversal que transmite ao lastro os esforos aplicados Podem ser de madeira, ao, concreto, mistos Tm como uma de suas funes manter a bitola da via correta Dimenses:

    Bitola de 1,00 m Bitola de 1,60 m

    madeira concreto madeira concreto

    Comp. (m) 2,00 1,75 2,80 2,40Alt. (m) 0,16 0,19 0,17 0,20

    Largura (m) 0,22 0,20 0,24 0,29Peso (Kg) 70 140 110 190

    Dormentes de madeira:z renem todas as qualidades exigidas para o dormente: durabilidade, resistncia,

    elasticidade e permitem boa fixaoz agentes biolgicos causadores da destruio da madeira: fungos e insetosz tratamento qumico dos dormentes

  • Dormente de concreto

    Dormente de ao

    Dormente misto(Roger

    Soneville)

  • Trilhos Ser a superfcie de trfego e guia dos trens Suportar os esforos transmitidos pelo trem Distribuir e transmitir tais esforos Contribuir para a rigidez longitudinal da linha Suportar e transmitir os esforos atribudos

    temperatura nos trilhos e no ambiente

    Principais funes

    De fabricao Originados em servio:

    z deformao das pontasz autotmpera superficialz escoamento na superfcie do boletoz desgaste da alma e patim por ao qumicaz desgaste do trilho por atritoz fraturas dos trilhos

    Defeitos nos Trilhos

  • Caractersticas e dimenses dos trilhos

    COMPRIMENTO DE TRILHOS DA SIDERRGICA: 12, 18, 24m

    MAS A FERROVIA SOLDA OS TRILHOS EM OFICINA, OU NA LINHA

    FEPASA - RIO CLARO: 300m

  • 20

    Pr-dimensionamento de trilhosDeterminao da Carga de Clculo

    Pclculo = P . Cd

    )/100(30000

    12

    hKmVVCd

  • Bitola distncia entre os boletos de trilhos

    Bitolas mais usuais Mtrica: 1,00m (estreita) Larga: 1,60m (bitola padro) Internacional: 1,435m

    A bitola define as relaes geomtricas trem-via

  • 22

    Fixaes Ligam os trilhos ao dormente Transmitem cargas entre o trilho e o dormente

    Fixao GEO -origem nas

    ferrovias alems

    Outro tipo de fixao elstica

    (grampo elstico duplo)

  • 23

    Juntas entre trilhos So os espaos entre trilhos O tamanho das juntas denominado folga de junta Quando a folga de junta zero, a junta denominada topada A folga de junta varia ao longo do tempo A mxima folga de junta entre trilhos estimada em 2cm

    Talas de juno Ligam trilhos nas juntas Transmitem trao ou compresso entre os

    trilhos

  • 24

    Socadora

    Soca: efetuada abaixo dos dormentes, regio de soca

    a operao para compactar o lastro e fornecer a resistnciapara suportar as cargas

    Manual (com a soca, um tipo especial de picareta), ouMecnica

  • 25

    Socadora niveladoraAcabadora

    Mquina para limpeza de

    lastro

  • 26

    Mecnica da Locomoo

    Tipos de veculos:z veculos que tracionam: material de trao

    z locomotivas

    z veculos tracionados: material rodantez carros

    veculos que transportam, exclusivamente, passageiros

    z vages veculos destinados ao transporte de cargas

  • 27

    Locomotivas a vapor

    Sua energia fornecida pela expanso do vapor que produz trabalho nos cilindros

    Locomotiva Baldwin, para bitola mtrica, fabricada em 1895

  • 28

    Locomotiva diesel - eltrica

    Utiliza como fonte de energia um motor diesel transportado pela prpria locomotiva

    Locomotiva eltrica

    Trao eltrica

    Primeiro trem eltrico

  • 29

    Tipos de vagesz Vago fechadoz Vago gaiolaz Vago gndola (abertos na parte superior)z Vago plataforma (simples estrados para transporte de veculos,

    mquinas, trilhos etc.)

    z Vago tanquez Vago frigorficoz Vago tremonha (o fundo formado por planos inclinados, com

    portas para descarga de fundo)

    Vago Fechado