ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

248
gestão empresarial

Upload: ricardo-bdn

Post on 25-Jul-2015

312 views

Category:

Engineering


16 download

TRANSCRIPT

Page 1: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

gestão empresarialgestão empresarial

FERRAMENTAS PARA A MODERNA GESTÃO EMPRESARIAL - CAPA.indd 1 11/2/2011 15:45:28

Page 2: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial
Page 3: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

Ferramentas para a moderna

teoria, implementação e prática

gestão empresarial

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 4: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

Conselho editorial

Dr. Ivo José Both (presidente) Drª. Elena GodoyDr. Nelson Luís DiasDr. Ulf Gregor Baranow

Editor-chefe ˘ Lindsay Azambuja

Editor-assistente ˘ Ariadne Nunes

Editor de arte/projeto gráfico ˘ Raphael Bernadelli

Análise de informação ˘ Adriane Beirauti

Revisão de texto ˘ Keila Nunes Moreira

Diagramação/capa ˘ Bruna Jorge

Iconografia ˘ Jassany O. Gonçalves

Ilustrações ˘ André Figueiredo Muller

Informamos que é de inteira responsabilidade

da autora a emissão de conceitos.

Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qual-

quer meio ou forma sem a prévia autorização da

Editora Ibpex.

A violação dos direitos autorais é crime estabele-cido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do

Código Penal.

Foi feito o depósito legal.

Av. Vicente Machado, 317 14º andar – Centro,

Curitiba, Paraná, BrasilCEP 80420-010(41) 2103-7306

[email protected]

Scatena, Maria Inês CasertaFerramentas para a moderna gestão empresa-

rial: teoria, implementação e prática [livro ele-trônico] / Maria Inês Scatena . – 2. ed. – Curitiba: Ibpex, 2012. – (Série Administração estratégica)

2 MB ; PDF

BibliografiaISBN 978-85-7838-974-1

1. Administração - Teoria. 2. Administração de empresas. 3. Desenvolvimento organizacional. 4. Gestão empresarial. I. Título. II. Série.

12-08280 CDD 658.8

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índice para catálogo sistemático:1. Gestão empresarial: Administração de empresa 658.8

Este livro é utilizado como material didático nos cursos oferecidos pelo Grupo Uninter.

1ª edição, 2010 (3.425 exemplares).

2ª edição rev., ampl. e atual., 2011.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 5: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

SérieAdministraçãoestratégica

O selo DIALÓGICA da Editora Ibpex faz

referência às publicações que privilegiam uma

linguagem na qual o autor dialoga com o leitor

por meio de recursos textuais e visuais, o que

torna o conteúdo muito mais dinâmico. São livros

que criam um ambiente de interação com o leitor

– seu universo cultural, social e de elaboração de

conhecimentos –, possibilitando um real processo

de interlocução para que a comunicação se efetive. Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 6: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

F e r r a m e n t a s p

ar

a a

m

o d e r na

ge

st

ão

empresarial: teoria, im

pl e

me

nt a ç ã o e p r á t i c

a

M a r i a I n ê s C a s e r t a S c a t e n a

2ª edição revista,

atualizada e ampliada.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 7: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

S u m á r i o

Apresentação ˘ 9

Como aproveitar ao máximo este livro ˘ 11

1 Administração empresarial: conceito e teorias ˘ 15

1.1 Gestão empresarial ˘ 20

1.2 Abordagem histórica ˘ 21

1.3 A administração concebida como ciência ˘ 24

1.4 A teoria clássica de Henri Fayol ˘ 43

1.5 Teoria das relações humanas nas organizações ˘ 51

1.6 Teoria da burocracia de Weber ˘ 62

1.7 Teoria comportamental ˘ 64

1.8 Teoria estruturalista ˘ 75

1.9 Teoria dos sistemas ˘ 79

1.10 Teoria neoclássica ˘ 81

1.11 Administração por objetivos (APO) ˘ 89

1.12 Teoria do desenvolvimento organizacional ˘ 92

1.13 Teoria da contingência ˘ 103

1.14 Administração estratégica ˘ 115

1.15 Administração participativa ˘ 123

1.16 Administração japonesa ˘ 125

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 8: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

2 Gestão empresarial na prática ˘ 137

2.1 Passos e ferramentas para a construção de um modelo de

gestão ˘ 141

3 Organização, sistemas e métodos (OSM) ˘ 157

3.1 Processo de análise organizacional ˘ 162

3.2 Elaboração do manual de procedimentos, processos e

sistemas (MPPS) ˘ 168

3.3 Sistemas de informação gerencial ˘ 170

4 Gestão de pessoas ˘ 181

4.1 Método para gestão de pessoas ˘ 186

4.2 Motivação ˘ 188

4.3 Liderança ˘ 193

4.4 Comunicação empresarial ˘ 200

4.5 Ética ˘ 202

5 Sustentabilidade: progresso econômico, preservação do

meio ambiente e responsabilidade social ˘ 211

5.1 Preservação ambiental ˘ 216

Para concluir ˘ 225

Referências ˘ 229

Respostas ˘ 233

Nota sobre a autora ˘ 241

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 9: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

O desenvolvimento humano é a chave-mestra que abre as portas para qualquer evolução

empresarial que se queira implantar. As teorias administrativas mostram como fazer. A vontade, a sabedoria e o amor de quem conduz o processo de mudança e de todos os envolvidos completam

a receita de sucesso.

A autora

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 10: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 11: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

A p r e s e nt a ç

ão

Os pequenos empresários brasileiros apresentam uma ca-

racterística de personalidade bastante marcante: a coragem.

Normalmente, aventuram-se a empreender a partir de um so-

nho, com o intuito de tornarem-se independentes, não depen-

derem de empregos ou, mesmo, por não haver oportunidades

de trabalho na região onde vivem.

Sem um plano de negócios e, muitas vezes, com escassas fontes

de recursos financeiros, abrem suas portas sem experiência ou

conhecimento sobre gestão empresarial e encontram, antes da

conquista do sonho, um sem-número de dificuldades oferecidas

pelo dia a dia empresarial, o que transforma o empreendimento

em um grande pesadelo. As estatísticas brasileiras mostram o

significativo número de empresas que morrem logo após “do-

lorosos” dois anos de vida.

Almejando oferecer uma obra sobre gestão empresarial de fá-

cil leitura, que facilite a compreensão desse vasto campo de

conhecimento, apresentamos, de forma didática, um livro para

empreendedores iniciantes e alunos de áreas afins que preten-

dam trabalhar como analistas, gestores, consultores, gerentes

ou empresários.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 12: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

Nesse âmbito, este livro aborda as principais teorias da admi-

nistração geral e sugere um caminho para a implantação de

modelo de gestão organizacional. Tópicos como missão, visão,

estratégias, análise organizacional, sistemas de informação,

gestão de pessoas, liderança, motivação, comunicação, susten-

tabilidade e ética empresarial são enfocados com o intuito de

incentivar a aplicação prática do conhecimento como fonte pro-

dutora de aprendizado. A prática sedimenta o conhecimento e

transforma-o em competência. O estudante e/ou empreende-

dor de administração de empresas dessa vasta área do conhe-

cimento necessita, além de assimilar conceitos, compreender a

aplicação destes.

A gestão empresarial é uma área abrangente que abarca mui-

tos temas além desses que foram abordados. Entretanto, a ideia

central, a qual alicerçou a construção da linha de raciocínio

desta obra, é a de embasar o leitor para a compreensão do que é

básico e minimamente necessário na elaboração de um modelo

de gestão empresarial de fácil aplicação. Dessa forma, esta obra

é resultado de conhecimento e prática vivenciados no exercício

profissional em grandes empresas e aplicados em diversas pe-

quenas empresas com sucesso em suas implantações.Ne

nhum

a par

te de

sta pu

blica

ção p

oder

á ser

repr

oduz

ida po

r qua

lquer

meio

ou fo

rma s

em a

prév

ia au

toriza

ção d

a Edit

ora I

bpex

. A vi

olaçã

o dos

dire

itos a

utora

is é c

rime e

stabe

lecido

na Le

i nº 9

.610/1

998 e

punid

o pelo

art. 1

84 do

Cód

igo P

enal.

Page 13: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

C o m o a p r o v e i t ar

ao

xi m

o e

st

e l

ivr

o

Este livro traz alguns recursos que visam enriquecer o seu

aprendizado, facilitar a compreensão dos conteúdos e tornar a

leitura mais dinâmica. São ferramentas projetadas de acordo

com a natureza dos temas que vamos examinar. Veja a seguir

como esses recursos se encontram distribuídos no projeto grá-

fico da obra.

Conteúdos do capítulo

Logo na abertura do capítulo,

você fica conhecendo os conteúdos

que serão nele abordados.

15

Conteúdos do capítuloConceito de administração

Conceito de gestão •

Aspectos históricos •

Administração como ciência

Taylor e seus seguidores

Teoria clássica •

Fayol e seus seguidores

Teoria das relações humanas

Burocracia de Weber

Teoria comportamental

Estruturalismo •

Teoria dos sistemas •

Teoria neoclássica •

Desenvolvimento organizacional

Clima e cultura organizacional

Teoria da contingência

Administração estratégica

Administração participativa

Administração japonesa

Após o estudo deste capítulo, você será capaz de:descrever como surgiu a administração como ciência;

entender quais são as teorias da administração e como elas

evoluíram;compreender o contexto histórico que propiciou a evolução

das teorias administrativas;utilizar as ferramentas de gestão empresarial propostas pe-

las teorias da administração;identificar quais a funções de um administrador.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 14: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

Após o estudo deste capítulo, você será capaz de:

Aqui você é informado a res-

peito das competências que irá

desenvolver e dos conhecimen-

tos que irá adquirir com o es-

tudo do capítulo.

Estudos de caso

Esta seção traz ao seu

conhecimento situações que

vão aproximar os conteúdos

estudados de sua

prática profissional.

Síntese

Você dispõe, ao final do

capítulo, de uma síntese que

traz os principais conceitos

nele abordados.

153

Estudaremos, a seguir, sobre a questão de organização, siste-

mas e métodos, que nos fornecerá ferramentas para a elabora-

ção de fluxos e processos.

Estudo de caso

Atente para o caso que apresentamos a seguir.

A empresa XYZ contratou um consultor, João Ferreira, para

fazer um diagnóstico da situação financeira e da forma de ges-

tão adotado por ela.

Ao fazer os levantamentos iniciais, João descobre que a em-

presa está enfrentando um momento financeiro delicado, ne-

cessitando buscar dinheiro no mercado.

A empresa compra matéria-prima antecipada e tem a intenção

de aumentar o volume de vendas. As vendas estão ocorrendo

conforme planejado, mas, para atingir os volumes almejados,

os vendedores ampliaram os prazos de pagamento.

A empresa também está enfrentando algumas dificuldades em

relação aos atrasos no prazo de entrega de seus produtos de-

vido à falta de alguns insumos que não foram comprados por

escassez de caixa.

O gerente de produção, ao ser entrevistado, contou ao João que

não faz planejamento de produção e produz conforme os pedi-

dos chegam. Disse também que a fábrica não tem capacidade

produtiva para atender a todos os pedidos e, por essa razão, a

entrega está atrasando.

136

4. Qual das alternativas a seguir explica o que é o principio de

produtividade de Henry Ford:a. O aumento da produção em relação a um período estipula-

do de tempo, fazendo com que o trabalhador sinta-se útil.

b. O aumento da produção em relação a um período estipu-

lado de tempo, fazendo com que o trabalhador atinja uma

velocidade maior de trabalho através da linha de montagem

e da especialização da mão de obra.c. O aumento da produção em relação a um período estipula-

do de tempo, fazendo com que o trabalhador receba descan-

so remunerado dobrado.5. A teoria de motivação de Maslow classifica as necessidades

humanas de acordo com uma escala, a saber:a. Necessidades fisiológicas, segurança, sociais, estima e au-

torrealização.b. Necessidades primárias, secundárias e terciárias.

c. Necessidades do ego, da sociedade e de promoção.Questões para reflexão1. Qual a influência da administração científica de Taylor nas

empresas de hoje?2. Explique como a teoria das relações humanas influenciou o

surgimento da teoria comportamental.3. A administração estratégica é um desdobramento da teoria

neoclássica? Explique a relação entre as duas.

15

Conteúdos do capítuloConceito de administração

Conceito de gestão •

Aspectos históricos •

Administração como ciência

Taylor e seus seguidores

Teoria clássica •

Fayol e seus seguidores

Teoria das relações humanas

Burocracia de Weber

Teoria comportamental

Estruturalismo •

Teoria dos sistemas •

Teoria neoclássica •

Desenvolvimento organizacional

Clima e cultura organizacional

Teoria da contingência

Administração estratégica

Administração participativa

Administração japonesa

Após o estudo deste capítulo, você será capaz de:descrever como surgiu a administração como ciência;

entender quais são as teorias da administração e como elas

evoluíram;compreender o contexto histórico que propiciou a evolução

das teorias administrativas;utilizar as ferramentas de gestão empresarial propostas pe-

las teorias da administração;identificar quais a funções de um administrador.

178

por ironia do destino, sem a informatização não conseguem oti-mizar seus negócios para crescer e investir.Síntese

Neste capítulo estudamos como utilizar os conceitos de organi-zação, sistemas e métodos. Entendemos que essa área do conhe-cimento estuda a forma pela qual uma instituição se organiza, por meio de um sistema coordenado para controlar processos através de normas, procedimentos, métodos e rotinas.Compreendemos também que a análise organizacional é fer-

ramenta fundamental para a localização de problemas e iden-tificação de soluções. Estudamos a composição de um manual de procedimentos que contém todas as normas, procedimen-tos, métodos e rotinas da empresa, com o objetivo de registrá-

-las e divulgá-las aos colaboradores. Aprendemos ainda que os sistemas de informação gerencial são ferramentas básicas para padronização e análise da informação destinadas a viabilizar a compreensão dos resultados de uma empresa.

Questões para revisão1. Quais são os símbolos utilizados para a elaboração de um fluxograma e qual o significado de cada um deles?2. Quais os passos que um gestor deve seguir para realizar com sucesso a implantação de um sistema?3. POP significa:

a. Problemas operacionais padrão.b. Procedimentos operacionais e problemas.c. Procedimentos operacionais padrão.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 15: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

Questões para reflexão

Nesta seção a proposta é

levá-lo a refletir criticamente

sobre alguns assuntos e

trocar ideias e experiências

com seus pares.

Questões para revisão

Com estas atividades você tem

a possibilidade de rever

os principais conceitos

analisados. Ao final do livro

o autor disponibiliza as respos-

tas às questões, a fim de que

você possa verificar como está

sua aprendizagem.

Para saber mais

Você pode consultar as obras

indicadas nessa seção para

aprofundar sua aprendizagem.

135

administração científica de Taylor, são: a teoria do desenvolvi-

mento organizacional, a teoria da contingência e a administra-

ção estratégica.

Questões para revisão

1. Quais são as seis variáveis que a teoria geral da administra-

ção tem estudado ao longo de sua jornada histórica? Como

elas interagem entre si?

2. Do ponto de vista da gestão empresarial, qual a importân-

cia do surgimento da teoria da burocracia de Weber?

3. Coloque verdadeiro (V) ou falso (F) para as seguintes afir-

mações e, em seguida, marque a alternativa que mostra a

sequência correta:

( ) A formalidade pressupõe que as organizações burocrá-

ticas seguem normas e regulamentos baseados em leis

internas, que estabelecem como elas devem funcionar e

quais os direitos e deveres de seus funcionários e pro-

prietários.

( ) A impessoalidade reflete uma organização não burocrá-

tica formada por pessoas, e não por cargos.

( ) O profissionalismo é uma forma burocrática de manter

o profissional fixo em um determinado setor.

a. V, F, F.

b. V, F, V.

c. F, F, V.

136

4. Qual das alternativas a seguir explica o que é o principio de

produtividade de Henry Ford:a. O aumento da produção em relação a um período estipula-

do de tempo, fazendo com que o trabalhador sinta-se útil.

b. O aumento da produção em relação a um período estipu-

lado de tempo, fazendo com que o trabalhador atinja uma

velocidade maior de trabalho através da linha de montagem

e da especialização da mão de obra.c. O aumento da produção em relação a um período estipula-

do de tempo, fazendo com que o trabalhador receba descan-

so remunerado dobrado.5. A teoria de motivação de Maslow classifica as necessidades

humanas de acordo com uma escala, a saber:a. Necessidades fisiológicas, segurança, sociais, estima e au-

torrealização.b. Necessidades primárias, secundárias e terciárias.

c. Necessidades do ego, da sociedade e de promoção.Questões para reflexão1. Qual a influência da administração científica de Taylor nas

empresas de hoje?2. Explique como a teoria das relações humanas influenciou o

surgimento da teoria comportamental.3. A administração estratégica é um desdobramento da teoria

neoclássica? Explique a relação entre as duas.

220

grupos ambientalistas ativistas; acesso assegurado aos mercados

externos; e maior facilidade para cumprir os padrões ambientais.

(Barbieri, 2007)

Precisamos entender que os modelos de gestão ambiental são im-

portantes para deixar claro para todos os colaboradores, da di-

retoria ao operacional de fábrica, o que a organização almeja em

relação à gestão ambiental. O modelo demonstra o caminho que

a empresa vai seguir para atingir seus objetivos estratégicos em

relação ao meio ambiente.

O modelo pode ser criado pela própria empresa, com base em

suas experiências e necessidades, entretanto, existem modelos

eficazes desenvolvidos por empresas que podem servir de parâ-

metro para a adaptação em outras empresas que estejam procu-

rando se engajar nesse processo.

Para saber mais

BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos,

modelos e instrumentos. São Paulo: Saraiva, 2007.

Se você quiser saber mais sobre modelos de gestão ambien-

tal, o autor fala sobre um modelo bastante conhecido, que é

o implantado no Brasil pela Abiquim (Associação Brasileira

da Indústria Química) em 1992, com o nome de Atuação

Responsável.

Em 1990, surgiu o Total Quality Environmental Management

(TQEM), uma adaptação para o meio ambiente da adminis-

tração total da qualidade (TQM – Total Quality Management).

Esse modelo foi criado pela ONG Global Environmental

Management Initiative (Gemi), formada pela iniciativa de 21

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 16: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 17: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

Ad

mi n

i st

ra

çã

o e

mp

re

sa

ri a

l : co

n

c e i t o e t e o r i a s

capítulo 1

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 18: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 19: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

17

Conteúdos do capítulo

• Conceito de administração

• Conceito de gestão

• Aspectos históricos

• Administração como ciência

• Taylor e seus seguidores

• Teoria clássica

• Fayol e seus seguidores

• Teoria das relações humanas

• Burocracia de Weber

• Teoria comportamental

• Estruturalismo

• Teoria dos sistemas

• Teoria neoclássica

• Desenvolvimento organizacional

• Clima e cultura organizacional

• Teoria da contingência

• Administração estratégica

• Administração participativa

• Administração japonesa

Após o estudo deste capítulo, você será capaz de:

• descrever como surgiu a administração como ciência;

• entender quais são as teorias da administração e como elas

evoluíram;

• compreender o contexto histórico que propiciou a evolução

das teorias administrativas;

• utilizar as ferramentas de gestão empresarial propostas pe-

las teorias da administração;

• identificar quais a funções de um administrador.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 20: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

18

Primeiramente, antes de tudo, vamos entender a expressão

administração de empresas. Se você consultar o Novo Dicionário

Aurélio Eletrônico (Ferreira, 2004), verá que a palavra

administração significa “ação de administrar” ou “conjunto de

princípios, normas e funções que têm por fim ordenar a es-

trutura e funcionamento de uma organização.” Já a palavra

empresa significa “empreendimento, aquilo que se empreende.”

Do ponto de vista econômico, segundo esse mesmo dicionário,

“empresa é uma organização econômica destinada à produção

ou venda de mercadorias ou serviços, tendo em geral como ob-

jetivo o lucro”.

Logo, depreendemos que a expressão administração de empresas

é a ação de dar direção, de administrar através de um conjunto

de princípios, normas e funções, os quais propiciam a ordem do

funcionamento de organizações, em geral, com fins lucrativos,

destinadas à produção e comercialização de mercadorias, bens

ou serviços, certo?

É importante destacarmos que, em decorrência da complexi-

dade do mundo atual e das incertezas inerentes a ele, o co-

nhecimento sobre administração passou a ser extremamente

importante para as atividades humanas relacionadas com as

funções administrativas.

As relações humanas atuais acontecem, amiúde, por meio das

organizações existentes em nossa civilização, pois é nelas onde

nos encontramos a maior parte do tempo e onde nos depa-

ramos com um fluxo de pessoas mais concentrado. A partir

daí podemos afirmar que, para que as organizações sejam efi-

cientes, é preciso que as pessoas que nela trabalham sejam

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 21: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

19

coordenadas para atingir objetivos comuns. Essa coordenação

é função da administração.

Se observarmos o funcionamento do mundo a nossa volta, vere-

mos que ele está fundamentado em bases administrativas. As or-

ganizações – sejam elas comerciais, industriais, grandes, micro,

médias ou pequenas, com ou sem fins lucrativos, hospitais públi-

cos, serviços públicos em geral, escolas, universidades – todas,

sem exceção, necessitam de um grupo de pessoas que estejam

dispostas a executar tarefas sob o comando de alguém, para que

o empreendimento possa cumprir seus objetivos de existência.

A administração é uma atividade eminentemente humana e de-

pende do conhecimento e das funções vitais dos seres humanos

para que possa se realizar.

Segundo Chiavenato (2003), a teoria geral da administração

tem estudado, em sua jornada histórica, seis variáveis princi-

pais dentro de uma organização: tarefa, estrutura, pessoas, tec-

nologia, ambiente e mercado, as quais se apresentaram como

tal, ao longo da história da administração, desde 1895, época

do surgimento da administração científica, formada pelas

ideias de Frederick Winslow Taylor (1586-1915). Observe que

essas variáveis interagem entre si, pois a modificação em uma

variável acarreta variações em todas as outras, por isso o desa-

fio central do administrador de empresas é integrar essas va-

riáveis em uma composição harmônica. A partir dessa integra-

ção, surgem os modelos de gestão. Você conhece a sigla TGA?

Pois bem, ela vem justamente para estudá-los: é a teoria geral

da administração.

Veremos a seguir, resumidamente, os principais mode-

los que sobressaíram desde o surgimento dos estudos sobre

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 22: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

20

administração de empresas, os quais serão de fundamental

importância para os capítulos seguintes, nos quais estudare-

mos a prática da gestão empresarial.

Gestão empresarial

Qual é a diferença entre gestão empresarial e administração

empresarial?

A partir do final da década de 1990, os estudiosos do campo

da administração introduziram uma nova terminologia a ela,

buscando tornar ainda mais abrangente a denominação dessa

atividade humana. Assim como a palavra administração, a pala-

vra gestão significa “gerir”, “administrar”, entretanto, é enten-

dida pelos meios acadêmico e empresarial como mais ampla

que o primeiro termo. Segundo Aktouf (1989), gerir é maior e

abrange administrar. Administrar é, dessa forma, uma aplica-

ção da ação de gerir. As ações de planejamento, organização,

direção e controle são competências da gestão empresarial. Por

competência, entendemos a capacidade de conhecer determi-

nado assunto e saber aplicá-lo à prática. Portanto, a atividade

do gestor empresarial é colocar em prática o conhecimento ad-

quirido sobre planejamento, organização, direção e controle.

Assim como um administrador, a atividade básica de um gestor

é fazer com que um conjunto de pessoas, em comum acordo e

de forma harmônica, execute uma atividade com qualidade, de

maneira adequada ao que foi proposto pela organização. Isso

vale para todos os níveis de funções administrativas, sejam elas

de diretor, gerente, supervisor ou consultor.

1.1

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 23: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

21

Em função disso, um gestor, além de conhecer tecnicamente o

trabalho que precisa ser realizado, necessita entender de relacio-

namento humano, precisando, para isso, ter autoconhecimento,

ou seja, conhecer a si mesmo. Veja, portanto, que o bom admi-

nistrador é aquele que administra bem seus conflitos pesso-

ais, inerentes a todo ser humano e, a partir disso, consegue

compreender as necessidades das pessoas com as quais con-

vive. Porém, salientamos que esse foco da gestão em pessoas

é recente, embora as primeiras teorias das relações humanas

tenham surgido a partir de 1929, como veremos mais adiante.

Concluimos então que, para o gestor conseguir dar direciona-

mento ao empreendimento, é necessário também que ele enxer-

gue a organização em sua totalidade, incluindo o mercado onde

ela está inserida. Assim, ele deve ter uma visão global, mas tam-

bém a capacidade de perceber os detalhes para que possa anali-

sar com clareza as possibilidades da empresa dentro do mercado

em que esta atua.

Abordagem histórica

Analisaremos aqui como se deu o surgimento das primeiras

organizações empresariais e qual a sua evolução histórica até o

atual estado das coisas no mundo empresarial.

Nossa viagem pela linha do tempo inicia-se com o surgimento

das primeiras e rudimentares organizações com fins de produ-

ção e lucro.

A história mundial presenciou duas grandes e importantes

revoluções industriais ocorridas a partir da Grã-Bretanha:

1.2

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 24: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

22

a primeira compreendeu o período de 1780 a 1840 e a segunda,

de 1840 a 1895.

Segundo o que relata o historiador Eric Hobsbawn (1995), deve-

mos observar que, na década de 1780, o mundo tinha dimensões

muito menores que as apresentadas hoje, era essencialmente

agrícola e as suas maiores cidades eram Londres, com cerca de

1 milhão de habitantes, e Paris, com cerca de 500 mil habitantes.

Nessa época, já existiam vias para deslocamento e comunicação

por meio das estradas que facilitavam as entregas postais, porém,

o transporte de pessoas e mercadorias ainda era precário. Antes

da revolução das ferrovias, o meio de transporte humano e de

cargas mais acessível e rápido era o hidroviário. Era mais fácil,

por exemplo, chegar a outro continente via transporte marítimo

do que se deslocar por terra de uma cidade a outra dentro de um

mesmo país.

Para entendermos melhor essa questão, devemos voltar um

pouco no tempo, quando os camponeses trabalhavam para

os grandes proprietários de terras, os quais acumulavam ri-

queza por meio destas. A partir de 1760, na Inglaterra, a agri-

cultura já se mostrava mais desenvolvida. A propriedade de

terras era concentrada nas mãos de poucos, porém o agri-

cultor trabalhava em sistema de arrendamento de terras e

mão de obra contratada. Já se esboçava, assim, os primeiros

empreendimentos comerciais agrícolas. Entre os anos 1760 e

1830, os agricultores tornaram-se empresários agrícolas e os

trabalhadores do campo formaram um imenso proletariado

rural. O século XVIII, então, foi marcado pela evolução da

produção agrícola e pelo crescimento da população do campo

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 25: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

23

e também a urbana. O crescimento populacional e o avanço

econômico proporcionado pelos empreendimentos agrícolas

alavancaram os investimentos em melhoria da produção. As

implementações de máquinas para a agricultura fizeram com

que boa parte dos trabalhadores agrícolas migrasse para as

cidades em busca de trabalho, o qual havia ficado escasso no

campo.

A primeira Revolução Industrial foi fruto da evasão do homem

do campo e da mão de obra dos artesãos, os quais passaram a

vender a sua força de trabalho para os proprietários das indús-

trias, que eram, a partir desse instante histórico, os detento-

res dos meios de produção. Através da contratação de mão de

obra para a operação das máquinas, os capitalistas começaram

a acumular lucros pelo aumento de volume de produção. É o

início da sistematização, da padronização do trabalho, que au-

menta a velocidade de produção por dividir as tarefas em pe-

quenas subtarefas. Em consequência, há o crescimento das ta-

xas de produtividade nas empresas, conforme descreveu Adam

Smith (1723-1790) em A riqueza das nações, de 1776, sobre a

divisão do trabalho.

Continuando nossa caminhada histórica, chegamos ao período

de 1840 a 1895, chamado de segunda Revolução Industrial, no

qual o capital gerado pelas indústrias ultrapassou as fronteiras

da Grã-Bretanha, levando crescimento a diversos países próxi-

mos. Meios de transportes mais modernos e a construção de

ferrovias permitiram essa expansão.

O capital abundante proporcionava também novas invenções,

fazendo com que a mecanização das organizações fabris resul-

tasse em maior aumento de produção e redução de custos.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 26: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

24

Como consequência da Revolução Industrial, as empresas

cresceram de modo desorganizado. O despreparo dos empre-

sários diante dessa nova ordem econômica foi o mote para o

surgimento da Escola Clássica da Administração. Esta foi for-

mada por duas correntes: a da administração científica, cujo

precursor, que já citamos, foi Taylor, e a da teoria clássica, ela-

borada por Henri Fayol (1841-1925).

A administração concebida como ciência

O surgimento da administração científica foi um marco que

definiu a administração como ciência, fazendo com que o empi-

rismo fosse abandonado em função de estudos científicos com

base em experimentos.

Nascido na Filadélfia, Pensilvânia (EUA), Frederick Winslow

Taylor, o fundador da administração científica, iniciou sua

carreira em chão de fábrica, como simples trabalhador manual.

Apesar de ser filho de uma família abastada e de ter iniciado os

estudos na Escola de Direito de Harvard, preferiu abandoná-

-los e não seguir a carreira de seu pai, buscando o seu próprio

caminho profissional como trabalhador fabril. Ao longo de sua

vida profissional, obteve diversas experiências em diferentes fá-

bricas. Aprendeu o ofício de torneiro em uma fábrica de bom-

bas hidráulicas, na qual trabalhou de 1874 a 1878.

De 1878 até 1890 trabalhou em uma usina siderúrgica cha-

mada Midvale Steel, onde iniciou como operário até chegar a

engenheiro chefe. Enquanto trabalhou na Midvale, estudou en-

genharia até obter o título de mestre nessa área.

1.3

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 27: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

25

Destacamos que, ao longo desse período trabalhando em fá-

bricas, Taylor iniciou suas primeiras observações em relação à

forma de administrar as operações fabris.

Na Midvale, Taylor pôde observar que a empresa enfrentava

inúmeras dificuldades administrativas: as funções de cada tra-

balhador não eram claras e, por esse motivo, eles não conhe-

ciam suas responsabilidades completamente; não havia inte-

gração entre os diferentes setores; inexistia planejamento por

parte dos administradores; nem todos os trabalhadores cum-

priam suas obrigações diárias; nem sempre os trabalhadores

tinham aptidão para a tarefa que desempenhavam; não havia

recompensas por desempenho para incentivar a produtividade

entre outras deficiências.

De 1890 a 1893, Taylor foi gerente geral de uma fábrica de

papel, logo passando a trabalhar independentemente, como

consultor, com o objetivo de sistematizar a administração do

chão de fábrica. Em 1893, Joseph Wharton – fundador da pri-

meira escola de administração dos Estados Unidos, em 1881,

e grande acionista da empresa siderúrgica Bethlehem Steel –

contratou Taylor para trabalhar exclusivamente para essa em-

presa. Na Bethlehem, onde trabalhou até 1901, Taylor desen-

volveu suas ideias sobre a administração científica com base em

sua ex periência prática. A partir de 1901 passou a divulgá-las.

A Escola da Administração Científica provocou uma grande

mudança na forma de administrar do mundo industrial daquela

época, início do século XX. A Sociedade para a Promoção da

Administração Científica foi criada em 1910 e, em 1915, passou

a chamar-se Sociedade Taylor – ano da morte do fundador da

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 28: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

26

administração científica. O desenvolvimento da teoria da ad-

ministração científica passou por três etapas, as quais detalha-

remos a seguir

Na primeira etapa, Taylor estudou e propôs um sistema para

eliminar o problema dos salários através do estudo sistemá-

tico do tempo. Na época, o sistema de pagamento consistia em

remunerar por peça produzida ou por dia trabalhado, o que

gerava nos trabalhadores a crença de que somente os proprie-

tários levavam vantagens sobre o esforço do operário. O traba-

lhador que recebia salário fixo pelo dia de serviço não se esfor-

çava por produzir mais do que ele achasse justo ou adequado

pelo valor que recebia. Mas veja, no caso do pagamento por

peças, os donos diminuíam o valor da peça quando a produ-

ção subia muito, fazendo com que os operários também não se

esforçassem muito a ponto de ter seus rendimentos diminuídos

caso produzissem uma quantidade maior.

Em 1895, apresentou à Sociedade Americana dos Engenheiros

Mecânicos, fundada em 1880 e da qual foi presidente, o pri-

meiro trabalho da administração científica: A Piece-Rate System,

Being a Step toward Partial Solution of the Labor Problem*. Esse

trabalho propunha um método de pagamento por peça sem

a diminuição do valor das peças a cada aumento importante

de produção. A ideia de Taylor consistia em atrelar o paga-

mento por peça a um padrão preestabelecido de tempo que um

* Uma possível tradução em português

para esse título seria: “Sistema de paga-

mento por peça, um passo para a solu-

ção parcial dos problemas de produção”.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 29: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

27

trabalhador com bom desempenho levaria para finalizar uma

determinada tarefa. Para isso, seria necessário medir o tempo

de todas as tarefas envolvidas num processo produtivo.

A medição com cronômetro e anotação do tempo de cada tarefa,

subdividida em quantas partes menores fosse possível, Taylor

chamou de estudo sistemático e científico do tempo.

Segundo Taylor, esta seria a solução para a questão dos salá-

rios: descobrir qual a velocidade máxima na qual uma tarefa

pode ser completada.

Perceba que, primeiramente, o estudo dos tempos tinha o ob-

jetivo de estabelecer um método para a definição dos salários,

porém, posteriormente, percebeu-se que a medição do tempo

seria útil também, juntamente com a medição dos movimentos,

para a melhoria da produção como um todo.

Indo para a segunda etapa, chegamos no ponto em que Taylor

ampliou o escopo da administração científica – que na primeira

fase enfocou a tarefa, lembra? – e passou a englobar a adminis-

tração do trabalho e seus objetivos. Nessa fase, Taylor desenvol-

veu sua teoria com o intuito de aprimorar os métodos de tra-

balho. Em 1903, surgiu seu segundo trabalho, intitulado Shop

management*, que, essencialmente, diz que as empresas, para

melhorar seu desempenho, devem: pagar salários melhores e re-

duzir custos de produção, selecionar e treinar trabalhadores, pa-

dronizar processos para propiciar controle da produção e esti-

mular a cooperação entre trabalhadores e administradores.

* Uma possível tradução em português

seria: “Administração de oficinas”.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 30: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

28

As ideias de Taylor, desde o seu primeiro trabalho, preconi-

zavam a divisão do trabalho, já defendida por Adam Smith, e

o estudo dos tempos e movimentos, que permitiam a melho-

ria da forma de execução de tarefas e consequente aumento de

produtividade.

Em 1911, Taylor lançou sua terceira obra, chamada Princípios

de administração científica, na qual propôs a aplicação de um

modelo de administração a partir da organização científica do

trabalho, com enfoque fundamental na subdivisão de tarefas.

Os objetivos da administração, já pincelados por Taylor em

Shop Management, são definidos e aprimorados nessa sua nova

obra. Os objetivos são: substituição do método empírico de

produção por um método científico de execução de tarefas; se-

leção científica do trabalhador e treinamento; cooperação ver-

dadeira entre administradores e trabalhadores com a divisão

do trabalho e das responsabilidades.

Veja que Taylor buscou, em sua experiência prática do trabalho

em fábricas, subsídios para sua teoria organizacional científica.

Associou seus conhecimentos práticos como operário com os

conhecimentos da engenharia e, com isso, trouxe para a admi-

nistração a sua maneira de pensar sistemática sobre o desen-

volvimento dos processos de trabalho fabril. Ele acreditava que,

para uma empresa atingir seus objetivos de produção maximi-

zando lucros, com aumento de produtividade e redução de cus-

tos, seria necessário que a organização seguisse uma metodolo-

gia científica aplicada à sua administração. Essa obra reafirma

as ideias expostas nas anteriores e ainda propõe alterações nas

responsabilidades das pessoas da empresa, ampliando o escopo

da administração científica. Nela, Taylor propôs a criação de

um departamento de planejamento, onde seriam centralizadas

todas as atividades pensantes da empresa, permanecendo no

chão de fábrica somente as atividades operacionais, orientadas

por supervisores funcionais.

Visando à implantação de métodos científicos de trabalho na

administração, Taylor estabeleceu os princípios da administra-

ção científica para atingir objetivos de maximizar produção e

minimizar custos, dos quais trataremos na sequência.

A seleção científica do trabalhador pressupõe que um

trabalhador deve ser escolhido para determinada tarefa de

acordo com suas aptidões para o desempenho daquela função.

Habilidades e vocação devem ser levadas em consideração no

momento da seleção, uma vez que o treino – repetição persis-

tente de um mesmo movimento –, aliado à aptidão, fará com

que a tarefa seja sempre melhor cumprida, gerando aumento

de produtividade para a empresa.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 31: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

29

responsabilidades das pessoas da empresa, ampliando o escopo

da administração científica. Nela, Taylor propôs a criação de

um departamento de planejamento, onde seriam centralizadas

todas as atividades pensantes da empresa, permanecendo no

chão de fábrica somente as atividades operacionais, orientadas

por supervisores funcionais.

Visando à implantação de métodos científicos de trabalho na

administração, Taylor estabeleceu os princípios da administra-

ção científica para atingir objetivos de maximizar produção e

minimizar custos, dos quais trataremos na sequência.

A seleção científica do trabalhador pressupõe que um

trabalhador deve ser escolhido para determinada tarefa de

acordo com suas aptidões para o desempenho daquela função.

Habilidades e vocação devem ser levadas em consideração no

momento da seleção, uma vez que o treino – repetição persis-

tente de um mesmo movimento –, aliado à aptidão, fará com

que a tarefa seja sempre melhor cumprida, gerando aumento

de produtividade para a empresa.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 32: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

30

Dessa forma, a empresa precisa estipular metas de produtividade

e acompanhar a evolução da produção e o tempo que o trabalha-

dor gasta para desempenhar o seu papel. A esse princípio, Taylor

deu o nome de tempo-padrão, no qual o tempo efetivamente gasto

pelo empregado para a execução de uma tarefa deve ser constante-

mente monitorado e comparado com o tempo-padrão estipulado.

O trabalho em conjunto da empresa com o trabalhador resulta

em benefícios tanto para este como para a empresa. Quando o

funcionário é produtivo, a empresa tende a reconhecê-lo com

maiores salários, o que faz com que o trabalhador sempre de-

seje aumentar sua produtividade em busca de maiores ganhos.

Aumento de produtividade implica em redução relativa de cus-

tos, que é o objetivo das empresas.

Destacamos que um plano de incentivo salarial é o melhor

motivador para o trabalhador, que vê o seu esforço recompen-

sado quando a remuneração é atrelada ao volume produzido.

Nessa linha de raciocínio perguntamos: Qual é a tarefa de

um gerente?

Como resposta poderíamos dizer que os gerentes não devem se

envolver com a atividade operacional, sua tarefa é “pensar”, pla-

nejar o processo produtivo – gerentes planejam –, enquanto

os operários são responsáveis por realizar a produção – operá-

rios executam.

Isso porque a divisão do trabalho aumenta a produtividade

proporcionalmente à velocidade com que o trabalhador con-

segue desempenhar sua tarefa. A velocidade é maior quanto

mais simples for o trabalho a ser executado. A subdivisão do

trabalho em diversas subtarefas, cada vez menores e mais sim-

ples, viabiliza o aumento da velocidade de execução por parte

do trabalhador.

O supervisor, por sua vez, tem como função controlar o trabalho

do funcionário, verificando se sua produtividade está compatível

com as metas estipuladas. Observe que a supervisão é a forma

que o empresário tem de constatar o desempenho de seus co-

laboradores, sem ter que verificar isso pessoalmente. Para isso,

delega o ato de supervisionar a um funcionário capaz de fazê-lo,

o qual, como supervisor, precisa conhecer a tarefa que supervi-

siona e ser especializado nela.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 33: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

31

Isso porque a divisão do trabalho aumenta a produtividade

proporcionalmente à velocidade com que o trabalhador con-

segue desempenhar sua tarefa. A velocidade é maior quanto

mais simples for o trabalho a ser executado. A subdivisão do

trabalho em diversas subtarefas, cada vez menores e mais sim-

ples, viabiliza o aumento da velocidade de execução por parte

do trabalhador.

O supervisor, por sua vez, tem como função controlar o trabalho

do funcionário, verificando se sua produtividade está compatível

com as metas estipuladas. Observe que a supervisão é a forma

que o empresário tem de constatar o desempenho de seus co-

laboradores, sem ter que verificar isso pessoalmente. Para isso,

delega o ato de supervisionar a um funcionário capaz de fazê-lo,

o qual, como supervisor, precisa conhecer a tarefa que supervi-

siona e ser especializado nela.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 34: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

32

A ênfase na eficiência pressupõe que, para descobrir a ma-

neira mais eficiente de se desempenhar uma tarefa, é necessá-

rio fazer um estudo de tempos através da decomposição dos

movimentos efetuados pelo trabalhador na execução de sua

função. A eficiência será medida de acordo com os parâmetros

revelados pelo estudo de tempos e movimentos.

Para a gerência, Taylor estabeleceu quatro princípios, que ex-

pomos a seguir. Atente para eles:

1. Planejamento: o gerente deve substituir a improvisação por

um método científico através do planejamento do trabalho.

2. Preparo: manter trabalhadores treinados, máquinas e

equipamentos prontos, em arranjo físico e disposição ra-

cional de acordo com o método de trabalho planejado.

3. Controle: verificar se o trabalho está sendo realizado da

forma que foi planejado.

4. Execução: distribuir responsabilidades a fim de assegurar

que o trabalho será realizado de acordo com o planejado e

de forma disciplinada.

O movimento da administração científica de Taylor teve diver-

sos integrantes que o seguiram e contribuíram para o seu de-

senvolvimento. Entre eles destacamos:

Frank Gilbreth (1868-1924) e Lilian Gilbreth (1876-1961)

Depois de abandonar seus estudos no Massachusetts Institute

of Technology, Frank Bunker Gilbreth tornou-se aprendiz de

pedreiro em uma empresa de construção, da qual se tornou

superintendente. Fazendo observações sobre movimentos de

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 35: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

33

execução de tarefas nessa empresa, inventou o andaime móvel

para facilitar o trabalho de colocação dos tijolos.

Ele criou sua própria empresa de fabricação de concreto em

1895 e nela desenvolveu diversos mecanismos como mistura-

dores de concreto e correias de transporte. Sua empresa cons-

truía tanto casas como fábricas e usinas. Dessa experiência, ob-

teve material para publicar, em 1909, o livro Bricklaying system

ou “Sistema de construção”, que relatava suas observações so-

bre os movimentos. Em 1911, publicou Motion study (Estudo do

movimento), livro no qual expõe a necessidade do estudo sis-

temático e da racionalização dos movimentos necessários para

execução de tarefas.

Segundo Gilbreth, o estudo dos movimentos tem o objetivo de

cortar custos, aumentar salários e a eficiência.

Em 1904, Frank B. Gilbreth casa-se com Lilian Moller, douto-

randa em inglês, que, a partir de então, dedica-se aos estudos

da psicologia com o intuito de contribuir com o trabalho do

marido. Em 1912, publicaram, de autoria conjunta, Primer of

scientific management*, livro no qual é enfatizado o estudo dos

movimentos.

Além do estudo dos movimentos, o casal publicou o Fatigue

study**, enfocando o estudo da fadiga que pode ocorrer a par-

tir de movimentos necessários e desnecessários. O estudo dos

movimentos seria indicado para eliminar os desnecessários.

Assim, a fadiga necessária, poderia ser reduzida através de téc-

nicas mais eficientes para a realização das tarefas e de períodos

de descanso.

* Sem tradução adequada para o portu-

guês.

** “Estudo da fadiga”.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 36: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

34

Frank Gilbreth desenvolveu seu trabalho independente de

Taylor, mas, a partir de 1907, quando se encontraram, passou

a ser um grande defensor das ideias do fundador da adminis-

tração científica.

Henry Lawrence Gantt (1861-1919)

Nessa menção de integrantes que seguiram as ideias de Taylor,

temos ainda Henry Lawrence Gantt. Gantt conheceu Taylor

quando foi seu assistente na empresa Midvale Steel, em 1888.

Era engenheiro mecânico e também inventor. Você já ouviu

falar sobre o gráfico ou diagrama de Gantt? Conhece-o?

Esse conhecido e muito utilizado Gráfico ou Diagrama de

Gantt surgiu em 1903, quando Gantt apresentou seu traba-

lho A graphical daily balance in manufacturing (Controle gráfico

diário da produ ção), que se constitui em um método de acom-

panhar graficamente o fluxo diário de produção.

O exemplo que colocamos a seguir ilustra o Diagrama de

Gantt utilizado para controlar um projeto de criação de um

livro didático:

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 37: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

35

Fig

ura

1.1

– E

xem

plo

de u

m D

iagr

ama

de G

antt

Perí

odo

1ª q

uinz

ena

junh

o2ª

qui

nzen

a ju

nho

1ª q

uinz

ena

julh

o2ª

qui

nzen

a ju

lho

1ª q

uinz

ena

agos

toA

tivi

dade

s

Aná

lise

da e

men

ta d

a di

scip

lina

Pla

neja

men

to d

o co

nteú

do d

e ac

ordo

co

m a

em

enta

Pesq

uisa

de

bibl

iogr

afia

adeq

uada

Pla

neja

men

to d

o co

nteú

do a

ser

es

crito

Esc

reve

r o

text

o

Rev

isar

o t

exto

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 38: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

36

Atualmente, o Gráfico de Gantt é uma importante ferramenta

para planejamento e controle utilizada com o objetivo de con-

trolar ocorrências ao longo do tempo. Por seu formato simples,

permite uma visão clara e ampla dos acontecimentos. É conhe-

cido também por Diagrama ou Tabela de Gantt.

A ideia básica do Gráfico ou Diagrama de Gantt é demonstrar,

de forma sucinta e de fácil visualização, a sequência de ativi-

dades e o tempo de um projeto. Na figura anterior, pudemos

observar que as atividades foram relacionadas de acordo com

a série de tarefas necessárias para a produção de texto de um

livro didático. As setas que aparecem à frente de cada tarefa

mostram o período de tempo que se utilizará para a execu-

ção da atividade. Nesse exemplo específico, o diagrama foi ela-

borado pela autora do livro didático para planejar o período

de tempo necessário e disponível para a elaboração da obra.

A Editora determinou um prazo de três meses para a entrega

do texto para revisão, assim, a autora colocou em sequência

as fases da elaboração do texto e determinou um período de

tempo para cada fase. Veja que na primeira quinzena de junho

o tempo deveria ser utilizado para a análise da ementa da disci-

plina para a qual o texto seria elaborado (primeira seta, coluna

primeira quinzena de junho) e também para o planejamento do

conteúdo do livro de acordo com a ementa (segunda seta, na

mesma coluna), e assim sucessivamente para as demais ativida-

des. A partir desse planejamento de tempo, a autora direcionou

seus esforços para o trabalho de elaboração do material dentro

do tempo planejado.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 39: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

37

Na sequência, não podemos deixar de mencionar Harrington

Emerson, Carl Barth e Morris Cooke. Vamos a eles.

Harrington Emerson (1853-1931)

Engenheiro e autor do livro Os doze princípios da eficiência, foi

auxiliar de Taylor e contribuiu para divulgar e popularizar a ad-

ministração científica. Idealizou 12 princípios da eficiência. Veja

quais são:

1. Traçar um plano objetivo e bem definido, de acordo com os

ideais. 2. Estabelecer o predomínio do bom senso. 3. Manter

orientação e supervisão competentes. 4. Manter disciplina.

5. Manter honestidade nos acordos. 6. Manter registros preci-

sos, imediatos e adequados. 7. Fixar remuneração proporcional

ao trabalho. 8. Fixar normas padronizadas para as condições

do trabalho. 9. Fixar normas padronizadas para o trabalho.

10. Fixar normas padronizadas para as operações. 11. Estabele-

cer instruções precisas. 12. Fixar incentivos eficientes ao maior

rendimento e à eficiência. (Chiavenato, 2003)

Carl Barth (1860-1939)

Matemático, era conhecido como o discípulo ortodoxo de Taylor.

Foi assíduo divulgador da administração científica, tanto que

convenceu, em 1908, a Nova Harvard Business Scholl a ado-

tar as ideias de Taylor como base para a moderna administra-

ção. Foi professor de Administração Científica de Harvard e da

Universidade de Chicago.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 40: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

38

Morris Cooke (1872-1960)

Foi importante para o movimento por ter levado para a admi-

nistração pública e a educação os conceitos da administração

científica, o que provou que a teoria se aplicava a qualquer tipo

de organização.

Fechando nossa lista, temos:

Henry Ford (1863-1947)

Americano, nascido no Estado de Michigan, filho de imigrante

irlandês, iniciou sua vida profissional como mecânico e, poste-

riormente, tornou-se empresário. Em 1899, abriu sua primeira

fábrica de automóveis – a Detroit Automobile Company –,

que fechou em dois anos. Em 1903, fundou, junto com um

grupo de investidores, a Ford Motor Company. Homem de vi-

são prática, ficou conhecido como o inventor do carro popular

e, veja você, por ter idealizado as linhas de montagem das em-

presas automobilísticas. Também revelou ideias inovadoras em

relação aos trabalhadores:

Em primeiro lugar, um empregador deve compreender as pessoas

que trabalham para ele. Ele não deve cometer o erro de pensar

neles como unidades ou ganhadores de salários ou como sendo

diferentes dele mesmo. Em qualquer aspecto, se ele for obter seu

melhor trabalho e esforço, seu interesse e, consequentemente, os

melhores resultados em seu negócio, ele deve perceber que os seres

humanos que trabalham para ele têm as mesmas ambições e de-

sejos que ele. (Ferreira; Reis; Pereira, 2006)

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 41: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

39

Salientamos que a linha de montagem adotada por Henry Ford

tinha o intuito de agilizar o trabalho para possibilitar o au-

mento da produção.

É importante também você saber que o modelo de produção

em massa, idealizado por ele, pressupunha que os produtos fos-

sem padronizados e que os trabalhadores e as máquinas fossem

especializados, com o objetivo de produzir grandes quantida-

des de um mesmo produto.

A linha de montagem móvel consistia em distribuir várias eta-

pas de fabricação ao longo de uma esteira rolante, onde cada

empregado, posicionado em um ponto específico e fixo ao lado

da esteira, deveria adicionar um componente ao produto padro-

nizado em fabricação. Esse conceito determinava que peças e

máquinas estivessem disponíveis ao trabalhador em seu posto,

fazendo com que o trabalho fosse até o trabalhador através da

esteira, economizando, assim, tempo de deslocamento. Você já

deve ter visto isso em algum filme, não é mesmo ? A exemplo

podemos citar Tempos modernos, de Charlie Chaplin.

O conceito de linha de montagem móvel (1914) foi implantado

como uma evolução da primeira linha de montagem (1912), que

não era móvel e provocava perda de tempo pelo fato de haver

trabalhadores mais rápidos e outros mais lentos.

Na primeira linha de montagem, os trabalhadores deslocavam-

-se de um carro para o outro para fazer a sua tarefa. Observe

que, com a introdução da linha móvel, o tempo de trabalho dos

operários teve que ser uniformizado obrigatoriamente.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 42: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

40

No processo de produção em massa, o produto final é a com-

posição de diversas peças padronizadas que se encaixam. Com

o intuito de tornar as peças padronizadas, Ford utilizou o con-

ceito de calibragem para uniformizá-las, dando, assim, origem

ao controle de qualidade. Além de padronização, ele utilizava

também a simplificação das peças com o objetivo de diminuir o

número destas que comporiam o produto final.

Interessante destacarmos que, assim como o produto, o tra-

balho também foi dividido em partes, só que em tarefas, uti-

lizando-se, dessa forma, a divisão do trabalho para tornar os

trabalhadores cada vez mais especializados. Isso porque o tra-

balho dividido em tarefas as menores possíveis simplificam o

processo produtivo.

A linha de montagem e a padronização do equipamento utili-

zados na produção deram origem aos produtos uniformes, di-

ferentes dos produtos artesanais que dificilmente poderiam ser

reproduzidos igualmente.

Ciente da necessidade de agilizar a produção, diminuindo seus

custos para atender a números crescentes de consumidores,

Ford lançou quatro princípios básicos. Veja quais são:

• Princípio da economicidade: redução de estoques de ma-

téria-prima ao mínimo e recebimento das vendas em datas

anteriores ao pagamento de despesas e matérias-primas.

• Princípio da intensificação: redução do tempo gasto para

disponibilizar o produto pronto ao mercado, reduzindo ao

máximo o tempo de utilização das máquinas e manuseio de

matérias-primas.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 43: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

41

• Princípio de produtividade: aumentar a produção em re-

lação a um período de tempo estipulado, fazendo com que o

trabalhador atinja uma velocidade maior de trabalho através

da linha de montagem e da especialização da mão de obra.

• Integração vertical e horizontal: a relação produtiva que

transforma a matéria-prima em produto final foi chamada

por ele de integração vertical, na qual ocorre a transformação

de um estado mais primitivo da matéria original para um

estágio mais elaborado, quando esta é transformada em pro-

duto. Para a rede de distribuição dos produtos deu o nome de

integração horizontal, em que não há nenhuma transforma-

ção de material ou do produto até seu destino final, apenas o

deslocamento do produto pronto até o seu destino.

Sabia que foi Henry Ford quem instituiu a jornada de trabalho

de oito horas ? Sim, foi ele mesmo, e há muito tempo, em 1914.

Mas ele também duplicou o valor dos salários para que seus

operários tivessem a capacidade de comprar o produto que pro-

duziam, ou seja, um carro.

Ford era um inventor conectado com as necessidades do mer-

cado, por isso, em 1908, identificou a necessidade e lançou um

manual do proprietário do Ford modelo T, com perguntas e

respostas, cujo objetivo era sanar possíveis problemas que o

veículo pudesse ter.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 44: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

42

Algumas considerações a respeito da administração científica

Salientamos que a administração científica proporcionou uma

expressiva e importante redução dos custos dos bens manufa-

turados, refletindo em preços acessíveis para a população em

geral. A redução do custo total de produção, mas com aumento

dos salários, viabilizou a popularização dos bens produzidos

segundo esses conceitos administrativos.

Mas... veja você... enquanto as ideias de Taylor eram recebidas

com entusiasmo pela indústria e pelo governo, imprensa, polí-

ticos e trabalhadores tiveram reações muito adversas, acredi-

tando que o aumento da produtividade ocasionaria desemprego

e que as técnicas utilizadas pelos administradores científicos

fariam com que os trabalhadores trabalhassem mais e ganhas-

sem menos.

Além dessas, havia muitas críticas à aceitação da administração

científica. Entre elas, enfatizamos:

• Mecanicismo: os trabalhadores eram considerados parte de

uma engrenagem, o que significava desrespeito aos seus as-

pectos humanos.

• Homo economicus: a administração científica baseava-se no

conceito de que o homem é influenciado essencialmente por

recompensas salariais, econômicas e materiais. Essas crí-

ticas ressaltavam que nem sempre isso era verdade, pois a

satisfação humana não está vinculada somente aos ganhos

monetários.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 45: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

43

• Abordagem fechada: a empresa não foi observada como

parte de um contexto. Era vista de dentro e as implicações

do mercado onde estava inserida não eram consideradas.

• Superespecialização do operário: a divisão do trabalho em

tarefas cada vez mais simples, com o intuito de agilizar a

produção, provocava a alienação do trabalhador, que se tor-

nava desarticulado do processo produtivo como um todo.

• Inexistência de comprovação científica: por ser uma ciên-

cia baseada em método empírico, a administração científi-

ca não utilizava experimentação científica para comprovar

suas afirmações.

• Campo de aplicação limitado: a administração científica

limitava-se à produção, não dando enfoque aos outros seto-

res da empresa, como o financeiro, o comercial, os recursos

humanos etc.

• Normatização e prescrição: uma das características da

administração científica é redigir normas para o adminis-

trador conduzir o seu trabalho. Determina como a empresa

deve funcionar, restringindo a atuação para situações ape-

nas previsíveis.

A teoria clássica de Henri Fayol

Atente para o fato de que, no contexto histórico, o mundo expe-

rimentava a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), passando

por grandes transformações. Mas a guerra, além de destrui-

ção e mortes, trouxe desenvolvimentos industriais e o início da

1.4

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 46: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

44

aviação militar e comercial. Propiciou ainda a ampliação das

ferrovias, o crescimento da indústria automobilística o forta-

lecimento dos meios de comunicação como o rádio e o jornal.

Se considerarmos a evolução das empresas, perceberemos que

evoluíram também as teorias sobre administração, mediante ne-

cessidades que foram aparecendo em termos de organização. Foi

exatamente nesse contexto que nasceu na França e difundiu-se

pela Europa a teoria clássica da administração.

Idealizador dessa teoria, Henri Fayol (1841-1925), um francês

também integrante da Escola Clássica de Administração, ba-

seou-se em sua experiência prática de alta gerência de empresa

para criá-la. Engenheiro de minas, Fayoul iniciou sua carreira

profissional em 1860, em uma empresa metalúrgica e de produ-

ção de carvão – a Société Anonyme Commentry-Fourchambault.

Aposentou-se na mesma empresa em 1918, como diretor geral,

cargo que assumiu em 1888. Nessa época, a empresa encon-

trava-se em situação financeira precária: os acionistas não rece-

biam seus dividendos há três anos; as minas de carvão estavam

no final de suas capacidades e as fábricas dando seguidos pre-

juízos. Para reverter essa situação, Fayol lançou produtos no-

vos, fechou as unidades que apresentavam resultados negativos

e comprou novas minas de carvão. Ao sair da empresa, em 1918,

com 77 anos de idade, a organização já era bem-sucedida. Em

1916, publicou o livro Administração geral e industrial. Veja: so-

mente a partir dessa época é que começou a divulgar os princí-

pios de administração criados por ele. A obra de Fayol só ficou

conhecida nos Estados Unidos em 1949, embora tenha sido tra-

duzida para o inglês em 1929. No final de sua vida, comparou

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 47: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

45

suas ideias com a de Taylor e concluiu que elas deveriam ser en-

caradas como complementares.

Funções da administração clássica e o papel dos gerentes

Salientamos que a ênfase da teoria clássica de Fayol é na estru-

tura da empresa, a qual deve ter seis funções básicas, que des-

crevemos a seguir:

1. Função técnica: relativa à produção da empresa.

2. Função comercial: responsável pela venda dos bens ou ser-

viços produzidos pela empresa e pela compra da matéria-

-prima necessária ao fator produtivo.

3. Função financeira: relativa à administração dos recursos

financeiros, captação e utilização de capital.

4. Função de segurança: para a proteção de bens e pessoas.

5. Função contábil: responsável pelo registro e controle das

informações patrimoniais da empresa.

6. Função administrativa: com a tarefa primordial de coor-

denar as funções anteriores, esta é, para Fayol, a função

mais importante entre as seis.

Entenda que o planejamento e as ações de cada uma das fun-

ções dependem do comando da função de administração. O

administrador deve, assim, prever (ter visão do futuro e proje-

tar as ações), organizar (estruturar a empresa com materiais

e homens suficientes para a realização do empreendimento),

comandar (direcionar as pessoas para o trabalho), coorde-

nar (conduzir de forma harmônica todos os esforços e ativi-

dades) e controlar (verificar se tudo ocorre de acordo com o

planejamento).

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 48: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

46

O papel dos gerentes é de fundamental importância para Fayol e,

por esse motivo, ele estabeleceu 16 deveres para assegurar que

o desempenho desse papel seja satisfatório. Veja quais são eles:

1. Assegurar a cuidadosa preparação dos planos e sua rigoro-

sa execução.

2. Cuidar para que a organização humana e material seja coe-

rente com o objetivo, os recursos e os requisitos da empresa.

3. Estabelecer uma autoridade construtiva, competente, enér-

gica e única.

4. Harmonizar atividades e coordenar esforços.

5. Formular decisões de forma simples, nítida e precisa.

6. Organizar a seleção eficiente do pessoal.

7. Definir claramente as obrigações.

8. Encorajar a iniciativa e o senso de responsabilidade.

9. Recompensar justa e adequadamente os serviços prestados.

10. Usar sanções contra faltas e erros.

11. Manter a disciplina.

12. Subordinar os interesses individuais ao interesse geral.

13. Manter a unidade de comando.

14. Supervisionar a ordem material e humana.

15. Ter tudo sob controle.

16. Combater o excesso de regulamentos, burocracia e papelada.

Além desses 16 deveres que acabamos de ver, Fayol esta-

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 49: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

47

beleceu 14 princípios gerais, nos quais a administração,

como ciência, deveria se basear. Vamos a eles:

1. A divisão do trabalho: deve ser aplicada não somente para

tarefas operacionais, mas também aos cargos administrati-

vos e técnicos. A especialização dos funcionários se reflete

em eficiência e aumento de produtividade.

2. Autoridade e responsabilidade: o administrador tem o di-

reito de dar ordens e de cobrar que elas sejam obedecidas,

exercendo a sua autoridade. Cabe ao subordinado responder

e prestar contas, exercendo a sua responsabilidade.

3. Unidade de comando: cada empregado tem apenas um su-

perior e deve obedecer apenas ao comando deste.

4. Unidade de direção: apenas um único plano dá direção à

empresa.

5. Disciplina: é a obediência aos comandos estabelecidos pela

direção.

6. Prevalência dos interesses gerais: os interesses pessoais

são sobrepostos pelos interesses gerais da organização.

7. Remuneração: empregados devem sentir-se satisfeitos em

relação à sua remuneração e a empresa sentir-se justa em

relação ao que remunera.

8. Centralização: é a concentração do comando no topo da

hierarquia.

9. Cadeia escalar (Hierarquia): é a sequência de autoridades

que vai do menor poder ao máximo poder dentro da escala

de autoridades da empresa.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 50: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

48

10. Ordem: todas as atividades da empresa devem ser desem-

penhadas de forma ordenada. Cada coisa ou pessoa em seu

lugar e um lugar para cada coisa ou pessoa.

11. Equidade: conquista da lealdade dos funcionários através

da justiça e da gentileza no ambiente de trabalho.

12. Estabilidade dos funcionários: a empresa deve se esfor-

çar para manter os funcionários, uma vez que a alta rotati-

vidade de mão de obra é prejudicial para o bom desenvolvi-

mento das funções.

13. Iniciativa: ser proativo, trabalhar no sentido de realizar

algo que foi planejado.

14. Espírito de corpo: o trabalho em equipe promove aumento

de produtividade, pois a união entre as pessoas facilita a

execução das tarefas e a conquista de objetivos comuns.

Podemos citar dois dos seguidores de Fayol:

Lyndall Fownes Urwick (1891-1970)

Inglês, foi coronel e presidente da empresa de consultoria em

administração Urwick Orr and Partners Ltd. Estabeleceu que

as funções do administrador são sete: investigação, previsão,

planejamento, organização, coordenação, comando e controle.

Luther Halsey Gulick (1865-1918)

Também inglês, era considerado o mais erudito dos autores da

teoria clássica. Propôs sete elementos da administração: planeja-

mento (planning), organização (organizing), assessoria (staffing),

direção (directing), coordenação (coordinating), informação

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 51: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

49

(reporting) e orçamento (budgeting). Assim, POSDCORB é o

acróstico* usado por Gulick para memorizar os elementos da

administração, formado pelas iniciais das palavras em inglês

descritas anteriormente. Recurso interessante, não acha?

Considerações à teoria clássica

A teoria clássica recebeu muitas críticas de outras abordagens

que surgiram posteriormente. Algumas dizem que ela simpli-

fica em demasia a organização formal, é rígida, racionalista e

incompleta por abordar apenas os aspectos formais da organi-

zação e desconsiderar os aspectos informais e, ainda, não levar

em consideração os aspectos humanos psicológicos e sociais.

Nela também o administrador deve seguir normas e princípios

de como agir, partindo do princípio de que todos os eventos

pudessem ser sempre previstos, como se não houvesse impre-

vistos nos processos administrativos.

Se compararmos com a administração científica, veremos que

a teoria clássica é baseada em método empírico e concreto, pre-

valecendo a prática em detrimento de experimentos científi-

cos, que seriam mais apropriados, pelo rigor da ciência, quando

se enuncia uma lei ou um princípio. Foi chamada de teoria da

máquina por considerar a organização sob a ótica do funciona-

mento mecânico de uma máquina. A teoria analisa a organiza-

ção como um sistema fechado, composto de variáveis previstas

e conhecidas.

* Acróstico: “Composição poética na

qual o conjunto das letras iniciais (e

por vezes as mediais ou finais) dos ver-

sos compõe verticalmente uma palavra

ou frase” (Ferreira, 2004).

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 52: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

50

Apesar de todas as críticas, a teoria clássica, por sua visão simples

e organizada, é a mais utilizada com os iniciantes em administra-

ção, pois permite uma fácil assimilação do processo administra-

tivo. É uma teoria que deve ser considerada como fundamental

para a compreensão da gestão empresarial em nossos dias.

Teoria clássica versus administração científica

Se compararmos as duas abordagens, podemos observar que a

administração científica valorizava a tarefa como ponto funda-

mental para a evolução da organização, ao passo que a teoria

clássica enfocava a estrutura da organização como chave para

a eficiência do empreendimento. Entretanto, notamos também

que esta última engloba o que a administração científica valoriza –

a subdivisão de tarefas –, o que nos leva a concluir que as duas

teorias são, até certo ponto, complementares, uma vez que uma

enfoca a produção e a outra, a gerência. Cada qual com sua ên-

fase, tarefas e estrutura, abrange um espectro maior da orga-

nização. A administração científica organizou o chão de fábrica,

enquanto a teoria clássica veio para estruturar o comando.

Ambas representam, assim, o primeiro degrau evolutivo de

uma série de teorias que ora convergem e ora divergem, e que

surgem sucessivamente até os dias de hoje, sempre com o in-

tuito de aprimorar e acompanhar os rumos do crescimento das

organizações no mundo. Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 53: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

51

Teoria das relações humanas nas organizações

Como o próprio nome sugere, agora estamos diante de uma

teoria que representa uma revolução de conceitos para as

teorias administrativas. A teoria das relações humanas surgiu

com o intuito de evidenciar a importância das pessoas no pro-

cesso produtivo, visando corrigir a desumanização do trabalho

provocada pelos métodos científicos.

Após a grande crise de 1929, houve uma sensível mudança na

forma como os estudiosos das organizações enxergavam o fa-

tor humano no trabalho. Foi um período de grande recessão,

com a quebra da bolsa de Nova Iorque, a inflação e o desem-

prego que se elevaram, o que provocou insatisfação e reivindi-

cações por parte da força de trabalho, que já se organizava em

sindicatos. Simultaneamente, na década de 1930, o desenvolvi-

mento da psicologia do trabalho já era notório, o que trouxe a

valorização do homem em suas relações trabalhistas.

Nessa época, após a quebra da Bolsa de Nova Iorque, o Estado

passou a exercer uma postura intervencionista na economia, fi-

xando preços, criando salários mínimos, regulando produção

e tempo máximo de trabalho diário. As características demo-

cráticas do Estado americano deram força para o surgimento

de uma abordagem mais voltada à humanização, em contrapo-

sição aos aspectos científicos da escola clássica.

1.5

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 54: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

52

Temos, então, que a abordagem humanística muda a ênfase da

tarefa e da estrutura, dada pela administração científica e pela

teoria clássica, respectivamente, para uma ênfase em pessoas.

A atenção aos aspectos técnicos e científicos volta-se para os

aspectos psicológicos e sociológicos.

Antes do surgimento da teoria das relações humanas, alguns

autores que defendiam a escola clássica fizeram um trabalho

de revisão de conceitos dessa escola, dando ênfase aos aspectos

humanos das organizações. Hugo Münsterberg (1863-1916),

Mary Parker Follet (1868-1933), Chester Irving Barnard

(1866-1961), Ordway Tead (1860-1933), Elton Mayo (1880-

1949) e Kurt Lewin (1890-1947), são considerados autores da

teoria de transição entre o classicismo e o humanismo. Saiba

um pouco sobre eles.

Hugo Münsterberg (1863-1916)

Doutor em psicologia e medicina, é considerado “o pai da psi-

cologia industrial”. Foi assistente de Wilhelm Wundt, funda-

dor da psicologia experimental, e publicou, em 1913, o livro

Psychology and Industrial Efficiency*, no qual defende as ideias

de Taylor e estabelece o papel dos psicólogos na indústria.

Para ele, um psicólogo industrial deve buscar os profissionais

mais capacitados para o trabalho, definir condições psicológi-

cas que sejam favoráveis ao aumento da produtividade e influen-

ciar as pessoas para favorecer aos interesses da administração.

* Para esse título não foi encontrado ver-

são em português, mas uma possível

tradução seria: “Psicologia e eficiência

industrial”.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 55: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

53

Mary Parker Follet (1868-1933)

De acordo com Graham (1996), o pensamento de Mary Parker

Follet começou a entrar em evidência ao longo do período

de 1925 a 1933, através das conferências anuais do Bureau of

Personnel Administration, em Nova Iorque, onde apresentou

diversas palestras, as quais foram compiladas e publicadas em

1941, com o título de Dynamic administration, o que, possivel-

mente, em português, seria “Administração dinâmica”.

São temas centrais dessas palestras as situações do dia a dia no

ambiente de trabalho, o poder, os conflitos, o controle, a res-

ponsabilidade, o consenso e a participação.

Mary Follet nasceu em 1868, na cidade de Quincy,

Massachusetts, nos EUA, e foi uma mulher muito à frente de

seu tempo. Seu pensamento é inovador e contemporâneo, ape-

sar de ter sido defendido na década de 1920 do século passado.

Frequentou a Thayer Academy, em Braintree, e a Society for

the Collegiate Instruction of Women, em Cambridge, uma de-

pendência filiada à Harvard University que dava às mulheres a

oportunidade de serem instruídas por professores de Harvard

(incorporada como Radcliffe College em 1894 e agora reco-

nhecida como parte de Harvard). Após um ano no exterior, no

Newnham College, em Cambridge, Inglaterra, Follet graduou-

-se pelo Radcliffe College, em 1898 – primeiro lugar com louvor

em Economia, Administração Pública, Direito e Filosofia. Sua

formação acadêmica deveria ser concluída com a pós-gradua-

ção em Paris, mas o aprendizado, tanto formal quanto informal,

permaneceu uma constante em toda a vida de Follet.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 56: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

54

Interessava-se pelo indivíduo em relação à sociedade como

campo de estudo. Acreditava que o homem era capaz, além de

alcançar objetivos individuais, também de auxiliar a sociedade

a ser mais justa, mais organizada, criativa e produtiva. Estudou

as relações do homem em seu meio social, nas relações com o

governo e nas relações industriais. Do ponto de vista político,

era democrata e afirmava que esta era a forma pela qual o in-

divíduo conseguiria alcançar sua realização: pela liberdade de

ação que a democracia permite.

O interesse pelo indivíduo levou-a a estudá-lo analisando suas

relações individuais no contexto organizacional, utilizando co-

nhecimentos de psicologia para avaliar a motivação dos traba-

lhadores e suas reações diante de estímulos, fossem eles positi-

vos ou negativos.

Follet acreditava, ainda, que os conflitos não deviam ser escon-

didos, mas sim reconhecidos a fim de poderem ser solucionados

para a evolução do grupo, uma vez que conflito significa “dife-

rença de interesses”, sem a qual não há como evoluir. Segundo

ela, o atrito gera energia que pode ser utilizada para criar e

evoluir. A solução integrativa é para ela um método eficiente

para gerenciar conflitos. Consiste em fazer com que todos ex-

ponham seus pensamentos, mesmo que dissonantes, até que

encontrem uma solução, um ponto em comum entre eles. Mas,

para que isso possa ocorrer com sucesso, as pessoas que se en-

contram reunidas em discussão precisam estar abertas a ouvir

e ser receptivas.

De acordo com Graham (1996), em relação ao poder, Follet

afirma que o individual não deve prevalecer, pois cada indivíduo

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 57: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

55

deve contribuir com o seu poder pessoal para que haja uma

união de poderes que beneficie o grupo como um todo.

Follet concordava com Taylor em relação à necessidade de oti-

mização da produção, mas não aceitava a divisão do trabalho

como método eficaz para atingir objetivos, uma vez que a subdi-

visão de tarefas tornava-as monótonas, o que acabava, depois de

certo tempo, prejudicando a produtividade ao invés de aumentá-

-la. Observe que Follet entendia que o homem não é mecânico,

embora existam meios de treiná-lo para repetir uma tarefa in-

finitas vezes, porém isso o afasta da satisfação e da motivação

e, portanto, da excelência da produtividade. Por essa razão, ela

afirmava que os gerentes deveriam ter como função fazer com

que os trabalhadores desenvolvessem sua capacidade e poder

em si mesmos.

Destacamos que já em 1940 ela defendia que o trabalho em

equipe – liderado por alguém que detenha o conhecimento de

como a tarefa deve ser executada e que tenha habilidades para

mostrar o caminho para outros que o sigam – é a melhor so-

lução para se atingir um objetivo. Isso não lhe parece bas-

tante atual? Mas esse é o conceito de liderança de Mary Follet

em 1940, e esse é também um dos motivos pelo qual Peter

Drucker, considerado o pai da administração moderna, a chama

de profeta do gerenciamento. Coerente, não?

Chester Irving Barnard (1866-1961)

Americano, estudou economia em Harvard sem completar seu

curso e foi executivo da empresa Bell Telephone Company du-

rante 40 anos. Da sua experiência prática obteve subsídios

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 58: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

56

para escrever sobre a função do executivo e também anali-

sar as estruturas e as aplicações sociológicas na administra-

ção. Observou a existência de uma comunicação informal nas

organizações e propôs a teoria da cooperação na organização.

Enfatizou que o trabalho conjunto é a forma que as pessoas

têm de superar suas limitações individuais, as quais podem ser

de ordem psicológica, física ou biológica. Ressaltamos que, se-

gundo ele, o trabalho em equipe, necessário para superar limi-

tes das ações individuais, acarreta a formação de grupos sociais,

consolidando as relações entre as pessoas através da interação

interpessoal, da cooperação e dos objetivos comuns entre elas.

Ordway Tead (1860-1933)

Entre os clássicos, foi o primeiro a tratar a liderança sob o

prisma da democracia e como agente moral dentro das orga-

nizações. Veja que, dessa forma, ele influenciou o pensamento

humanista emergente na década de 1930.

Elton Mayo (1880-1949)

Você já ouviu falar sobre a experiência de Hawthorne?

Veremos sobre ela nesse ponto. Mayo, Australiano, professor

em Harvard, formado em Filosofia e Medicina, desenvolveu

um experimento pioneiro com os trabalhadores da fábrica de

Hawthorne, da Western Eletric Company, em Chicago, fabri-

cante de componentes telefônicos.

Ele já se interessava pela queda de produtividade e pela rotativi-

dade de pessoal desde 1923, quando já havia nas empresas uma

percepção de que os trabalhadores sentiam fadiga, desinteresse

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 59: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

57

pelo trabalho e constante apatia diante de atividades rotineiras.

É interessante destacar que a teoria das relações humanas pro-

priamente dita surgiu apenas a partir das conclusões da experi-

ência de Hawthorne, nos Estados Unidos, elaborada por Mayo

e seus colaboradores.

Essa experiência foi realizada em quatro etapas durante o pe-

ríodo de 1927 a 1932. A investigação buscava encontrar a re-

lação existente entre a alteração de uma variável da condição

de trabalho com a eficiência dos operários. Diversas variáveis

foram testadas: iluminação, pausas, jornadas de trabalho, local

de trabalho, sistema de pagamento, lanche, entre outros.

Salientamos que as principais conclusões do experimento de

Mayo foram com relação à integração social do trabalha-

dor com o grupo, que é fator determinante para a eficiência da

execução das tarefas em tempo determinado. Os trabalhado-

res agem de acordo com o comportamento do grupo, não in-

dividualmente. Foi possível perceber também que, em relação

às recompensas e sanções sociais, os funcionários preferiam

produzir menos e ganhar menos para não serem desconsidera-

dos como membro do grupo pelos colegas. Veja, então, como

os grupos informais dentro da organização têm importância

relevante na eficiência e eficácia da empresa. Eles são a forma

humana da organização e podem, inclusive, sobrepujar a or-

dem formal. Existe, portanto, uma organização informal den-

tro da organização formal que pode contribuir ou prejudicar

o desempenho da empresa. Observe que a consciência dessas

relações informais é imprescindível para o bom funcionamento

da organização.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 60: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

58

Também descamos que é característico das relações humanas

que o comportamento individual seja influenciado pelo grupo

ao qual pertence. Perceba que o administrador que com-

preender essas relações pode conseguir melhor desempenho de

seus subordinados. A subdivisão das tarefas em microtarefas

mais simples tornava o trabalho repetitivo, monótono e impac-

tava negativamente a motivação do grupo, pois o conteúdo da

função é fator importante para elevar a moral do trabalhador.

Não podemos deixar de mencionar que os aspectos emocionais

também devem ser avaliados pelos administradores, uma vez

que influenciam diretamente na execução das tarefas.

Conclusão: baixa motivação resulta em baixa produtividade.

Mayo afirma que nós, seres humanos, somos motivados também

por reconhecimento, por nos sentirmos incluídos em um grupo, e

não somente por salários, como afirmava Taylor, lembra? Observe

que os aspectos psicológicos das organizações, na teoria das re-

lações humanas, fazem um contraponto com o pragmatismo da

civilização industrializada, a qual está focada na eficiência para a

produção de lucros crescentes.

Atente para o fato de que, com as conclusões de Mayo, surge

o pensamento de que as organizações industriais têm, além de

sua função econômica, também uma função social, que implica

em satisfazer as necessidades psicológicas e sociais de seus

colaboradores. Entretanto, as conclusões do experimento de

Hawthorne influenciaram definitivamente as teorias das orga-

nizações apenas a partir dos anos 1950, com o surgimento da

teoria comportamental.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 61: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

59

Kurt Lewin (1890-1947)

Judeu-alemão, estudou em Berlim com Max Wertheimer,

um dos fundadores da Gestalt*. Nos anos 1930, foi para os

Estados Unidos onde desenvolveu importantes conceitos so-

bre o comportamento de grupos sociais. É considerado o “pai

da dinâmica de grupo”. Acreditava que a força do grupo é ca-

paz de influenciar e mudar o comportamento não somente do

grupo, mas também do indivíduo. Inspirou autores da Escola

das Relações Humanas com a elaboração de uma equação para

explicar o comportamento humano: C= f (P, M). Entenda, por-

tanto, a partir dela, que o comportamento C é função f da in-

teração entre as pessoas P e o meio ambiente M onde estão

inseridas.

Influências da teoria das relações humanas nas organizações

A teoria das relações humanas mudou o foco do conceito de

homo economicus para homem social. A ênfase nas tarefas e

nas estruturas foi substituída pela ênfase em pessoas. Isso le-

vou os pensadores da administração a avaliarem o compor-

tamento humano e a perceberem que a existência de muitas

* Gestaltismo: “Doutrina relativa a

fenômenos psicológicos e biológicos,

que veio a alcançar domínio filosófico

[...] consiste em considerar esses fenô-

menos [...] como conjuntos que consti-

tuem unidades autônomas [...] donde

resulta que o modo de ser de cada ele-

mento depende da estrutura do con-

junto e das leis que o regem” (Ferreira,

2004).

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 62: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

60

características humanas influencia o funcionamento da orga-

nização. Destacamos que foi a partir desse ponto que aspectos

como a motivação, a liderança, a comunicação, a organização

informal, entre outros, passaram a fazer parte do vocabulário

do administrador.

Você poderia, nesse momento de nosso estudo, identifi-

car a diferença entre a administração científica e a das

relações humanas? Vejamos: enquanto a base da adminis-

tração científica estava em o homem ser motivado pelas re-

compensas materiais que o trabalho bem remunerado propor-

ciona, a teoria das relações humanas baseia-se no pressuposto

de que o homem tem necessidades próprias de sua natureza

que são a causa ou o motivo de seus comportamentos. Esses

motivos, que podem ser conscientes ou inconscientes, le-

vam o indivíduo a uma ação ou a um comportamento e são

os fatores propulsores em direção à satisfação de uma necessi-

dade – a motivação ou motivo da ação.

Os autores humanistas ressaltavam que a liderança tem forte

influência sobre o comportamento das pessoas e sobre a orga-

nização como um todo. O líder tem a capacidade de influenciar

as pessoas para que elas atuem no sentido de alcançar um obje-

tivo em comum e reduzir a insegurança do grupo em relação à

tomada de decisão. Observe, entretando, que, para que o líder

possa influenciar as pessoas, é necessário que ele conheça a na-

tureza humana. Repare ainda que, embora os autores clássicos

tenham evidenciado a necessidade de uma direção para a orien-

tação da organização, não ressaltaram a importância da lide-

rança como forma de influência do comportamento humano.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 63: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

61

Ao se descobrir que este pode ser influenciado, conquista-se a

possibilidade de um comando mais flexível do que o que se co-

nhecia com a escola clássica, rígida e insensível às necessidades

humanas não materiais.

Não podemos deixar de mencionar que, em relação à

comunicação, as organizações eram deficientes, fato observado

pelos humanistas que chamaram a atenção dos administrado-

res no sentido de propiciar a troca de informações entre os gru-

pos dos diferentes escalões das empresas a fim de aprimorar a

execução dos trabalhos.

Concluímos mencionando que a experiência de Hawthorne

constatou a existência da organização informal, que foi uma

importante contribuição dos humanistas para a compreensão

de que o comportamento dos trabalhadores é influenciado pe-

las relações informais que se estabelecem nas organizações.

Críticas à teoria das relações humanas

Anteriormente demos destaque aos pontos positivos da teoria

das relações humanas, mas ela sofreu diversas críticas e, no

final da década de 1950, estava em declínio. Isso se justifica a

partir da observação dos pontos negativos, até então não men-

cionados aqui. Ressaltamos, portanto, que os pontos negativos

dessa teoria eram: ela negava o conflito existente entre empre-

gados e empresas; tinha uma visão romântica de que os traba-

lhadores eram totalmente integrados ao ambiente de trabalho;

fazia uma sobrevalorização do grupo informal, esquecendo-se

de que este era apenas um dos fatores de influência da produ-

tividade; a comunicação de baixo para cima era uma forma de

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 64: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

62

espionar as ideias dos trabalhadores; não fornecia novos crité-

rios efetivos de gestão.

Teoria da burocracia de Weber

No início do século XX, surgiu a teoria da burocracia, a qual

deu ênfase à estrutura nas organizações. O alemão Max Weber

(1864-1920), seu fundador, foi sociólogo, advogado, filósofo e

economista. Também estudou história e línguas e, aos 13 anos

de idade, já escrevia ensaios históricos. Pertencia a uma famí-

lia erudita que o estimulava aos estudos. Era filho de pai ad-

vogado e sua mãe era uma mulher culta, liberal e dedicada à

fé protestante. Foi um dos expoentes da sociologia moderna

e um dos autores mais influentes no estudo da burocracia, do

surgimento do capitalismo e também da sociologia da religião.

Em A ética protestante e o espírito do capitalismo, Weber traça um

paralelo entre a religião protestante e o surgimento do capi-

talismo. Afirma que, diferente da ética católica, a ética protes-

tante prega a poupança e não condena o acúmulo material. Em

seu ponto de vista, o trabalho é um dom de Deus e o resultado

dele, os ganhos materiais, são bem vistos, o que impulsionou o

crescimento rápido do capital e o surgimento do capitalismo. A

poupança é um instrumento de combate à vaidade, reduzindo

a ostentação. Weber finalizou A ética protestante e o espírito do

capitalismo em 1904, mas esse material só ficou conhecido in-

ternacionalmente a partir de 1930, quando foi traduzido para

o inglês por um sociólogo americano chamado Talcott Edgar

Frederick Parsons. Os escritos sobre a burocracia de Weber

foram traduzidos para o inglês, de forma maciça, na década de

1940.

1.6

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 65: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

63

Weber defende que a burocracia é uma organização formal, ba-

seada em leis, normas e regulamentos preestabelecidos, com o

objetivo de definir como a organização deve funcionar.

A burocracia, ou organização burocrática, apresenta três caracte-

rísticas principais: formalidade, impessoalidade e profissiona-

lismo. Observe que são essas três características que diferenciam

as organizações informais da organização burocrática, formando

o que Weber chamou de tipo ideal de burocracia – um modelo que

tem o intuito de demonstrar, de forma abstrata, os elementos que

compõem as organizações formais existentes na sociedade.

Vejamos alguns detalhes dessas três características:

A formalidade pressupõe que as organizações burocráticas

seguem normas e regulamentos baseados em leis internas, as

quais estabelecem a forma de funcionamento da organização e

os direitos e deveres de seus funcionários.

A impessoalidade reflete uma organização burocrática formada

por cargos e não por pessoas. O cargo formal sobrepõe-se à iden-

tidade de seu ocupante, fazendo com que ele possa ser substituí-

do por outro sem prejuízo para o funcionamento da burocracia.

Com o profissionalismo, a burocracia propicia aos seus funcio-

nários a possibilidade de construírem uma carreira profissio-

nal na organização, através de treinamentos e especializações.

Os funcionários são remunerados pelo desempenho de sua pro-

fissão. Veja que a organização burocrática profissionaliza seus

colaboradores.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 66: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

64

É importante lembrarmos que a burocracia de Weber é um tipo

ideal de organização formal, pois se constitui, na identidade,

em uma organização que funciona baseada em leis, normas e

regulamentos. Habituamo-nos a associar a palavra burocracia a

um sistema repleto de normas que emperram o funcionamento

da organização. Essa conotação é uma deturpação do conceito

criado por Max Weber.

Teoria comportamental

A teoria comportamental, ou behaviorismo, como também é

conhecida, surgiu em 1974 com a publicação do livro de Herbert

Alexander Simon (1916-2001), O comportamento administrativo.

Ela surgiu como um desdobramento da teoria das relações hu-

manas, porém utilizando apenas alguns pontos fundamentais

desta e desprezando seus aspectos ingênuos e idealistas. Criticou

a teoria clássica, no que diz respeito à sua posição rígida e me-

canicista. Veja que, desse modo, a teoria comportamental con-

serva o enfoque nas pessoas, mas busca conciliá-lo a um con-

texto mais amplo de organização.

Essa teoria trata de uma nova concepção em relação à motivação

humana. Destacamos três contribuidores: Douglas McGregor,

com a teoria X e Y, em 1960, Abraham Maslow, com a teoria

da pirâmide das necessidades humanas, e Frederick Herzberg,

com a teoria dos dois fatores, datada de 1959.

Os autores comportamentalistas acreditavam que os gesto-

res têm de conhecer o que motiva as pessoas para poder co-

mandá-las adequadamente, de forma a atingirem um objetivo

almejado.

1.7

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 67: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

65

Vamos às teorias ?

Teoria X e Y

Quando Douglas McGregor (1906-1964) criou a teoria X e

Y, baseou-se no conceito de que a empresa bem-sucedida é a

aquela que consegue prever e controlar o comportamento do

ser humano. Para provar isso, elaborou duas teorias, a X e a

Y, as quais refletem características divergentes do comporta-

mento humano.

A teoria X considera que o homem não gosta naturalmente

de trabalhar: a maioria das pessoas necessita de direção para

isso, preferindo ser dirigida a dirigir. Elas gostam de pouca

responsabilidade e de ter a segurança de que continuarão em

seus empregos, são pouco ambiciosas, ingênuas e não têm ini-

ciativa. Perceba que, se isso é verdadeiro, a possibilidade de

motivação de pessoas com essas características é bem limitada.

McGregor redigiu a teoria X levando em consideração as con-

clusões tiradas pelas teorias clássica e científica acerca do com-

portamento humano. Entretanto, acreditando que a natureza

humana diverge da teoria X, ele criou a teoria Y, baseada em

observações. A teoria Y apresenta um homem com caracterís-

ticas humanas mais evoluídas: possui capacidade de enxergar

suas falhas e de as corrigir; tem disposição para o trabalho;

aceita as responsabilidades e, até mesmo, procura por elas; é

criativo e tem inteligência para solucionar problemas; assume

compromissos, porém espera recompensa por isso. A teoria Y

vê o homem com a qualidades e a capacidade de se dedicar ao

trabalho sem que necessite ser vigiado, ao contrário da teoria

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 68: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

66

X, a qual mostra um homem dependente de comando para rea-

lizar qualquer tarefa, por mais simples que esta seja. Observe as

características das duas teorias lado a lado, no quadro a seguir.

Quadro 1.1 – Teoria X versus teoria Y

Teoria X Teoria Y

É natural ao homem não gostar de trabalhar.

O homem tem disposição para o trabalho.

As pessoas necessitam e preferem ser dirigidas.

As pessoas têm capacidade de se automotivar, de enxergar falhas e de corrigi-las.

Não gostam de responsabilidade.

Aceitam a responsabilidade e até procuram por ela.

Não são ambiciosas.As pessoas querem ser recompensadas pelos desafios que assumem.

São ingênuas e não têm iniciativa.

São criativas e inteligentes.

Fonte: Adaptado de Ferreira; Reis; Pereira, 2006.

Repare que a teoria X representa a forma de administrar da

teoria clássica de Fayol, da administração científica de Taylor e

da burocracia de Weber. Ela pressupõe que se possa forçar as

pessoas a fazerem como a organização determina para alcançar

seus objetivos, independente da vontade do indivíduo.

Já a teoria Y pressupõe que o sucesso do empreendimento está

em valorizar os aspectos humanos e sociais dos colaboradores

através de uma administração participativa.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 69: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

67

Teoria da pirâmide das necessidades humanas

Abraham Harold Maslow (1908-1970), americano, doutor em

Psicologia pela Universidade de Wisconsin, propôs uma teoria

sobre motivação humana, na qual as necessidades obedecem a

uma hierarquia conforme a sua importância para os indivíduos.

Demonstramos essa hierarquia na Figura 1.2, a seguir.

Figura 1.2 – Pirâmide de hierarquia de necessidades de Maslow

Estima

Autor-realização

Sociais

Segurança

Fisiológicas

Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2003.

A teoria da motivação de Maslow classifica as necessidades hu-

manas de acordo com uma escala que varia de necessidades

primárias até necessidades secundárias. Observe que as pri-

márias são as necessidades fisiológicas e as de segurança e as

secundárias são as necessidades sociais, as de estima e as de

autorrealização. Dai você pode inferir que o homem passa a ter

necessidades secundárias somente depois que as primárias es-

tiverem saciadas.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 70: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

68

Quadro 1.2 – Necessidades humanas

Fisiológicas Necessidade primária

Alimentação, descanso, moradia, sexo.

Segurança Necessidade primária

Proteção, saúde, emprego.

Sociais Necessidade secundária

Relacionamento, amizade, aceitação, compreensão, consideração, integração.

Estima Necessidade secundária

Orgulho, status, prestígio, satisfação, reconhecimento, confiança, progresso.

Autorrealização Necessidade secundária

Sentir-se realizado com as conquistas pessoais, profissionais, sociais.

Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2003.

Destacamos que essa escala de valores é útil para o gestor

compreender em que grau de necessidades está o seu colabora-

dor. Para isso, porém, é preciso que ele conheça as pessoas com

as quais trabalha. Não adianta atender uma necessidade de es-

tima, como reconhecimento e premiações pelo trabalho, se a

pessoa não estiver com suas necessidades fisiológicas saciadas.

Todos somos diferentes, logo, a manifestação e a intensidade de

nossas necessidades também o são.

Salientamos que a teoria de Maslow oferece uma ferramenta

útil para orientar o gestor em relação às motivações de seus

colaboradores.

Teoria dos dois fatores

O americano Frederick Herzberg (1923-1981) foi consultor, psi-

cólogo e professor da Universidade de Utah, nos Estados Unidos.

Com o intuito de explicar o comportamento das pessoas no tra-

balho, criou a teoria dos dois fatores, que são: fatores higiênicos

e fatores satisfacientes. Vamos a eles.

Os fatores higiênicos, ou fatores extrínsecos referem-se às

condições que estão fora do controle dos trabalhadores. São

fatores como salários, benefícios, chefia, ambiente de trabalho,

estrutura física do local de trabalho, normas da empresa, re-

lacionamento entre patrão e empregados, entre outros fatores

que independem da vontade do trabalhador.

Relembramos que, para a escola clássica, o trabalho era algo

considerado desagradável pelo trabalhador e somente os fa-

tores higiênicos eram suficientes para motivá-lo, como o au-

mento de salários, prêmios, boas condições físicas do ambiente

de trabalho, entre outros.

Para Herzberg, os fatores higiênicos, quando são ótimos, ape-

nas fazem com que os trabalhadores não se sintam insatisfeitos.

Quando os fatores extrínsecos deixam a desejar, ou seja, são

deficientes, os empregados tornam-se insatisfeitos. Veja que os

fatores higiênicos, ainda segundo a pesquisa de Herzberg, não

são capazes de gerar satisfação nos trabalhadores.

Os fatores satisfacientes ou motivacionais são fatores in-

trínsecos e estão sob o controle do indivíduo. Eles estão liga-

dos diretamente ao conteúdo do cargo desempenhado pelo tra-

balhador, o que pode gerar sentimentos de autorrealização e

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 71: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

69

Teoria dos dois fatores

O americano Frederick Herzberg (1923-1981) foi consultor, psi-

cólogo e professor da Universidade de Utah, nos Estados Unidos.

Com o intuito de explicar o comportamento das pessoas no tra-

balho, criou a teoria dos dois fatores, que são: fatores higiênicos

e fatores satisfacientes. Vamos a eles.

Os fatores higiênicos, ou fatores extrínsecos referem-se às

condições que estão fora do controle dos trabalhadores. São

fatores como salários, benefícios, chefia, ambiente de trabalho,

estrutura física do local de trabalho, normas da empresa, re-

lacionamento entre patrão e empregados, entre outros fatores

que independem da vontade do trabalhador.

Relembramos que, para a escola clássica, o trabalho era algo

considerado desagradável pelo trabalhador e somente os fa-

tores higiênicos eram suficientes para motivá-lo, como o au-

mento de salários, prêmios, boas condições físicas do ambiente

de trabalho, entre outros.

Para Herzberg, os fatores higiênicos, quando são ótimos, ape-

nas fazem com que os trabalhadores não se sintam insatisfeitos.

Quando os fatores extrínsecos deixam a desejar, ou seja, são

deficientes, os empregados tornam-se insatisfeitos. Veja que os

fatores higiênicos, ainda segundo a pesquisa de Herzberg, não

são capazes de gerar satisfação nos trabalhadores.

Os fatores satisfacientes ou motivacionais são fatores in-

trínsecos e estão sob o controle do indivíduo. Eles estão liga-

dos diretamente ao conteúdo do cargo desempenhado pelo tra-

balhador, o que pode gerar sentimentos de autorrealização e

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 72: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

70

merecimento, dependendo da satisfação que a pessoa sente ao

executar a tarefa. Lembre-se de que a divisão do trabalho – pre-

gada pela administração científica e pela teoria clássica – elimi-

nava a criatividade que o trabalhador antes sentia ou o desafio

com o qual ele se deparava, o que gerou apatia e desmotivação.

Herzberg defendia que, para que houvesse satisfação no traba-

lho, os trabalhadores necessitavam desempenhar tarefas mais

elaboradas, que representassem algum desafio e que os estimu-

lassem a pensar.

Salientamos então que os fatores motivacionais, quando con-

siderados ótimos, acarretam satisfação nos colaboradores; po-

rém, quando são deficientes, impedem a satisfação.

Destacamos ainda que, para Herzberg, os fatores motivacio-

nais e os fatores higiênicos são totalmente desvinculados. Isso

quer dizer que os que provocam satisfação (motivacionais) não

estão relacionados com os que causam insatisfação (higiênicos)

ao trabalhador.

Comparação entre as teorias de Herzberg e de Maslow

Ao se comparar as teorias de Herzberg e de Maslow, percebe-

mos que elas são concordantes em alguns aspectos. Você apon-

taria alguns ?

Vejamos... Maslow classificou as necessidades de segurança e

fisiológicas como necessidades primárias. Para Herzberg, as ne-

cessidades de segurança, as fisiológicas e as sociais são classi-

ficadas como fatores higiênicos. Para Maslow, as necessida-

des sociais são necessidades secundárias, juntamente com as

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 73: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

71

necessidades de estima e de autorrealização, que, para Herzberg,

são fatores motivacionais.

Para que você possa visualizar e entender melhor a compara-

ção entre as duas teorias, elaboramos o Quadro 1.3, a seguir.

Observe-o.

Quadro 1.3 – Teorias motivacionais: Maslow versus Herzberg

Maslow Herzberg

Necessidades secundárias.

Autorrealização.Fatores motivacionais.

Necessidades secundárias.

Necessidades de estima.

Fatores motivacionais.

Necessidades secundárias.

Necessidades sociais.

Fatores higiênicos.

Necessidades primárias.

Necessidades de segurança.

Fatores higiênicos.

Necessidades primárias.

Necessidades fisiológicas.

Fatores higiênicos.

Esse quadro fecha essa fase e propicia que continuemos o

nosso estudo. Veremos agora quatro diferentes estilos de

administração.

Os quatro sistemas de administração

Segundo Chiavenato (2003), Rensis Likert defende que a ad-

ministração é mutável e difere de organização para organiza-

ção. Por essa razão, ele propõe um sistema com quatro esti-

los de administração, caracterizados a partir do processo de

tomada de decisão, do sistema de comunicação, do relaciona-

mento interpessoal e do sistema de recompensa. Observe os

detalhes de cada um.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 74: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

72

O sistema 1 é um estilo de administração autoritário

coercitivo e assemelha-se à teoria X de McGregor. É inte-

ressante conhecermos que as empresas que utilizam mão de

obra intensiva pouco qualificada tendem a se adaptar a esse tipo

de administração.

O sistema 2 é autoritário benevolente e mantém a coerção

para controlar pessoas, em especial nas áreas de produção, em

que a qualificação da mão de obra é deficitária. É aplicado em

organizações com tecnologia mais apurada que as empresas do

sistema 1.

O sistema 3, chamado de consultivo, é mais encontrado nas

organizações de prestação de serviços. Aqui temos um estilo

mais participativo de gestão, no qual a opinião dos participan-

tes de todos os níveis é levada em consideração.

O sistema 4, chamado de participativo, é o mais democrático

dos quatro. Destacamos que ele é apropriado para empresas

com alta tecnologia e funcionários qualificados.

Você pode verificar como os quatro estilos estão relacionados

aos quatro sistemas no seguinte quadro:

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 75: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

73

Qua

dro

1.4

– Si

stem

a de

adm

inis

traç

ão L

iker

t

Var

iáve

is

prin

cipa

is

Sist

ema

1Si

stem

a 2

Sist

ema

3Si

stem

a 4

Aut

orit

ário

coer

citi

vo.

Aut

orit

ário

–be

nevo

lent

e.C

onsu

ltiv

o.P

arti

cipa

tivo

.

Pro

cess

o de

ciso

rial

.T

otal

men

te c

entr

a-liz

ado

na c

úpul

a da

or

gani

zaçã

o.

Cen

tral

izad

o na

pula

, mas

per

mit

e al

gum

a de

lega

ção

de

cará

ter

roti

neir

o.

Con

sult

a ao

s ní

veis

infe

rior

es,

perm

itin

do

part

icip

ação

e

dele

gaçã

o.

Tot

alm

ente

de

scen

tral

izad

o.A

cúp

ula

defin

e po

lític

as e

con

trol

a os

res

ulta

dos.

Sist

ema

de

com

unic

ação

.M

uito

pre

cári

o.So

men

te c

omun

i-ca

ções

ver

tica

is e

de

scen

dent

es c

arre

-ga

ndo

orde

ns.

Rel

ativ

amen

te

prec

ário

, pr

eval

ecen

do a

s co

mun

icaç

ões

desc

ende

ntes

sob

re

as a

scen

dent

es.

A c

úpul

a pr

ocur

a fa

cilit

ar o

flux

o no

se

ntid

o ve

rtic

al

(des

cend

ente

e

asce

nden

te) e

ho

rizo

ntal

.

Sist

emas

de

com

unic

ação

efi

cien

tes

são

fund

amen

tais

par

a o

suce

sso

da e

mpr

esa.

(con

tinua

)

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 76: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

74

Rel

açõe

s in

terp

esso

ais.

Pro

voca

m

desc

onfia

nça.

Org

aniz

ação

info

r-m

al é

ved

ada

e co

nsi-

dera

da p

reju

dici

al.

Car

gos

confi

nam

as

pess

oas.

São

tole

rada

s, c

om

cond

esce

ndên

cia.

A o

rgan

izaç

ão

info

rmal

é in

cipi

ente

e

cons

ider

ada

uma

amea

ça à

em

pres

a.

Cer

ta c

onfia

nça

nas

pess

oas

e na

s re

laçõ

es. A

cúp

ula

faci

lita

a or

gani

zaçã

o in

form

al s

adia

.

Tra

balh

o em

equ

ipes

.Fo

rmaç

ão d

e gr

upos

é

impo

rtan

te.

Con

fianç

a m

útua

, pa

rtic

ipaç

ão e

en

volv

imen

to g

rupa

l in

tens

os.

Sist

emas

de

reco

mpe

nsas

e

puni

ções

.

Uti

lizaç

ão d

e

puni

ções

e m

edid

as

disc

iplin

ares

.O

bedi

ênci

a es

trit

a ao

s re

gula

men

tos

in

tern

os. R

aras

re

com

pens

as (e

stri

ta-

men

te s

alar

iais

).

Uti

lizaç

ão d

e re

com

pens

as

mat

eria

is

(pri

ncip

alm

ente

sa

lári

os).

Rec

ompe

nsas

soc

iais

oc

asio

nais

.R

aras

pun

içõe

s ou

ca

stig

os.

Uti

lizaç

ão d

e re

com

pens

as

mat

eria

is

(pri

ncip

alm

ente

sa

lári

os).

Rec

ompe

nsas

soc

iais

oc

asio

nais

.R

aras

pun

içõe

s ou

ca

stig

os.

Uti

lizaç

ão d

e re

com

pens

as s

ocia

is

e ta

mbé

m m

ater

iais

e

sala

riai

s.P

uniç

ões

são

rara

s e,

qua

ndo

ocor

rem

, sã

o de

finid

as p

elas

eq

uipe

s.

Fon

te: A

dapt

ado

de C

hiav

enat

o, 2

003.

(Qua

dro

1.4

– co

nclu

são)

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 77: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

75

Processo decisório

De acordo com Chiavenato (2003), Herbert Simon inaugurou

a teoria das decisões. Para que fique claro para você, é impor-

tante destacarmos que é a teoria das decisões que pressupõe que

o processo decisório exige que os gestores observem a situação

problemática, façam o diagnóstico e a definição do problema,

identifiquem os objetivos para o alcance da situação desejada,

procurem as possibilidades de solução, comparem as alternati-

vas, identifiquem a alternativa mais adequada para a solução do

problema e implantem a alternativa escolhida.

Teoria estruturalista

O estruturalismo surgiu como decorrência da burocracia e

tinha como objetivo preencher lacunas deixadas pelas teorias

clássica, das relações humanas e da burocracia de Weber na

busca pela resolução das necessidades administrativas das or-

ganizações. É importante salientarmos que a teoria estrutura-

lista enfoca as organizações formais e informais, as recompen-

sas salariais, materiais, sociais e simbólicas, os diferentes níveis

hierárquicos da organização e a análise interna e externa das

organizações.

O estruturalismo, nos anos 1950, construiu uma visão inte-

grada da organização ao incluir todas as suas partes em um

único contexto, proporcionando ao gestor uma visão mais am-

pla desta. Integram-se, a partir de então, as atividades opera-

cionais e as atividades administrativas e decisórias da empresa.

1.8

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 78: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

76

Destacamos como principais autores dessa teoria: James D.

Thompson, Victor A. Thompson, Amitai Etzioni, Peter M.

Blau, David Sills, Burton Clarke e Jean Viet.

É preciso que você entenda, nesse ponto, que o estrutura-

lismo procura sintetizar a teoria clássica, da organização for-

mal, com a teoria das relações humanas, da organização infor-

mal, com o intuito de analisar e criar soluções para as relações

complexas entre esse dois tipos de organização. Em relação às

recompensas, o estruturalismo dá importância tanto às recom-

pensas materiais e salariais (clássicos) quanto às sociais e sim-

bólicas (humanismo).

Podemos enfocar a concepção da organização, do ponto de

vista estruturalista, segundo dois modelos: o sistema racional

e o sistema natural (Chiavenato, 2003).

• O modelo racional de organização enfoca planejamento e

controle, objetivos e metas. Busca eficiência para atingir re-

sultados planejados em um plano diretor. Funciona como um

sistema fechado, voltado para o ambiente interno da organiza-

ção, onde inexistem as incertezas e a imprevisibilidade. É ba-

seado nas abordagens das administrações científica e clássica

e na teoria da burocracia.

• O modelo natural visualiza a organização como um siste-

ma aberto. As partes da organização são integradas entre

si, compondo um todo que se intercomunica com o meio

externo, ultrapassando o ambiente organizacional. Consi-

dera a incerteza e a imprevisibilidade do meio e baseia-se

em abordagens mais modernas da administração, como a

teoria de sistemas, que veremos mais à frente.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 79: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

77

Podemos perceber, então, que a teoria estruturalista prevê uma

hierarquia de autoridade nas organizações, composta por nível

institucional, ou estratégico (decisão), nível gerencial (plane-

jamento) e nível técnico (operacional).

A visão estruturalista incluiu, em seu campo de estudo, outros

tipos de organização além das fábricas, englobando organiza-

ções públicas e privadas, militares, hospitalares, instituições re-

ligiosas, filantrópicas, entre outras. Enfatizamos que a análise

interorganizacional foi uma inovação na forma de enxergar as

organizações, pois as teorias que antecederam ao estruturalismo

não abordaram esse ponto de vista. Existe uma relação significa-

tiva entre as organizações, uma vez que a transação entre elas é

expressiva e promotora de interação interorganizacional. Os fe-

nômenos externos afetam as organizações e a consciência desse

fato torna mais fácil a compreensão dos fenômenos internos, que

se modificam em função de acontecimentos externos.

Sendo assim, temos que a teoria estruturalista, conforme

Chiavenato (2003), introduziu o conceito de homem organiza-

cional em contraposição ao homo economicus, da teoria clássica,

e ao homem social, da teoria das relações humanas. O homem

organizacional deve ter uma personalidade que englobe carac-

terísticas de cooperação, flexibilidade diante das diferentes

mudanças a que todas as organizações estão sujeitas, tolerân-

cia às frustrações, capacidade de aguardar recompensas e

desejo constante de realização.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 80: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

78

Tipologia das organizações

Os estruturalistas, conscientes de que as organizações são dife-

rentes entre si, buscaram uma forma de reduzir a variedade destas

com o objetivo de facilitar as análises comparativas. Reconhecendo

que as organizações, mesmo distintas entre si, possuem caracte-

rísticas que permitem uma classificação, eles desenvolveram tipo-

logias das organizações, que passamos a apresentar:

A tipologia de Amitai Etzioni estabelece que as organiza-

ções podem ser classificadas a partir do tipo de obediência ins-

tituída pela forma administrativa adotada. Como você pode ver,

é uma tipologia simples e unidimensional. Utilizando-se desse

raciocínio, Etzioni classificou as organizações a partir dos três

tipos que apresentaremos na sequência:

• Organização coercitiva: impõe o poder pela força física ou

por meio de prêmios e punições. Esse tipo de poder redun-

da em colaboradores alienados e desconectados do contexto

e dos objetivos organizacionais, que somente obedecem por

terem medo da punição. (Ex.: presídios).

• Organizações utilitárias: são aquelas nas quais a recom-

pensa salarial é a forma de controle. Os colaboradores de-

dicam-se às suas tarefas com o objetivo de obter benefícios

econômicos. (Ex.: empresas).

• Organizações normativas: são aquelas em que o poder é

imposto através do controle moral. (Ex.: igrejas).

A tipologia de Blau e Scott também é simples e unidimen-

sional como a de Etzioni e classifica as organizações em quatro

tipos básicos, conforme os beneficiários principais, como vere-

mos a seguir, segundo Chiavenato (2003):

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 81: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

79

• Associações de benefícios mútuos: têm como beneficiário

principal os próprios membros da associação.

• Organizações de interesses comerciais: aquelas nas quais

os proprietários e acionistas são os principais beneficiários.

• Organizações de serviços: os clientes são os beneficiários

principais.

• Organizações estatais: têm como beneficiário o público

em geral.

Observou que tanto a tipologia de Etzioni quanto a de Blau e

Scott não consideram os aspectos estruturais nem os adminis-

trativos das organizações?

Teoria dos sistemas

É uma ramificação da teoria geral dos sistemas – lançada em

1937 pelo biólogo alemão Ludwig von Bertalanffy. Essa teo-

ria acreditava que as várias ciências tendem a se integrar natu-

ralmente em direção a uma teoria dos sistemas, que seria uma

forma ampla e abrangente de estudar as ciências não físicas

como as sociais. A teoria geral dos sistemas propunha a integra-

ção da educação científica, unificando as diversas ciências como

a física, a química, a biologia etc. Para Bertalanffy, a divisão da

natureza em diferentes áreas de estudo implicava lacunas de in-

compreensão do todo, assim, sua teoria era baseada em três con-

ceitos básicos. Observe-os: primeiro, que os sistemas são com-

postos de subsistemas; segundo, que eles são abertos; e terceiro,

que cada sistema tem uma função dentro de um todo formado

de sistemas.

1.9

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 82: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

80

A teoria dos sistemas na administração

A abordagem sistêmica surgiu a partir da década de 1960,

apoiada nas ideias da teoria geral dos sistemas, e focalizou a

organização como um sistema de elementos interdependentes

que se comunicam através de seus parâmetros. Perceba que a

teoria dos sistemas na administração originou-se de uma ne-

cessidade de integração entre todas as teorias já existentes.

Os parâmetros dos sistemas são:

• Entrada: é a porta por onde entram informações, mate-

riais ou energia para o sistema começar a sua função, pois

esta é que determina o que vai entrar para o sistema. Por

exemplo, se se tratar um sistema de produção de um bem,

entrará pela porta a matéria-prima ou insumos necessários

para a produção deste; se for um sistema de informação, a

porta será utilizada para a entrada de dados.

• Saída: é a porta por onde se obtém o resultado do sistema.

Os bens produzidos no interior do sistema são a saída do

sistema.

• Processamento: é o elemento do sistema que processará ou

produzirá o seu resultado.

• Retroalimentação: é o parâmetro do sistema que analisa

os resultados fazendo comparações com padrões pré-esti-

pulados. Em síntese, a retroalimentação controla o desem-

penho do sistema. Ambiente é o local onde o sistema está

inserido. Por exemplo, uma organização é um sistema e o

seu ambiente é o mercado no qual ela está inserida.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 83: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

81

Observamos que os sistemas podem ser compostos de elemen-

tos concretos ou abstratos. Os elementos concretos podem

ser os equipamentos, prédios, instalações, máquinas e mate-

riais; os abstratos os conceitos, as regras, os procedimentos, as

ideias ou as emoções.

A teoria dos sistemas defende que as organizações devem ser

analisadas como sistemas abertos, pois elas estão em constante

intercâmbio com o meio em que estão inseridas. Dessa forma,

podemos perceber que fenômenos internos e externos influen-

ciam-se mutuamente.

O pensamento sistêmico definiu o homem funcional, cujas ca-

racterísticas pessoais são suprimidas em função da ênfase nos

papéis do trabalhador em sua função. Se focarmos nesse con-

texto, veremos, então, que o homem funcional desempenha

seu papel e assim se relaciona com as pessoas no ambiente de

trabalho.

Teoria neoclássica

Até esse momento, nossa análise cobriu o período histórico

de 1760 até final dos anos 1960. O mundo já presenciou a

Primeira e a Segunda Guerra Mundial e está vivendo um

período de rápido crescimento industrial e econômico, alavan-

cado pelo capitalismo cada vez mais intenso. Conhecida como

anos dourados, a década de 1950 foi de prosperidade a despeito

de tudo o que possa ter acontecido de catastrófico ao longo dos

períodos de guerra. Citamos como exemplo o conhecimento

1.10

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 84: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

82

científico que expande-se a reboque, os novos conceitos sobre

a administração que nascem e o mundo, de modo geral, que

vive a maior explosão demográfica de que temos conhecimento.

Segundo Hobsbawn (1995),

a estrutura do Breve Século XX parece uma espécie de tríptico

ou sanduíche histórico. A uma Era de Catástrofe, que se estendeu

de 1914 até depois da Segunda Guerra Mundial, seguiram-se

cerca de vinte e cinco ou trinta anos de extraordinário cresci-

mento econômico e transformação social, anos que provavelmen-

te mudaram de maneira mais profunda a sociedade humana que

qualquer outro período de brevidade comparável.

É nesse contexto que se esboça a teoria neoclássica, a qual, se

analisarmos por uma visão atual, veremos que surge como

uma releitura da teoria clássica. A abordagem neoclássica revi-

sita os modelos clássicos e os adapta aos novos modelos de or-

ganização. Destacamos que as corporações já haviam nascido

nessa época, como uma evolução das pequenas e rudimentares

organizações do final do século XIX. As modernas corpora-

ções, no entanto, demandavam ferramentas mais robustas de

gerenciamento. No bojo desse contexto histórico, os autores

neoclássicos geraram novos moldes de gestão.

Podemos citar Peter Drucker, Willian Newman, Louis Allen,

Harrold Koontz, Cyril O’Donnell, Morris Hurley como alguns

nomes de teóricos neoclássicos, os quais defendem uma teoria

de administração de organizações vinculada a sua prática. Eles

também são enfáticos em salientar que de nada adianta uma

teoria sem a sua prática, pois organização alguma vive de teo-

rias se estas não forem aplicadas ao seu cotidiano. Vemos que,

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 85: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

83

segundo os neoclássicos, é para isso que serve a administração:

para suprir de ferramentas úteis os gestores das organizações.

Temos, portanto, que a abordagem neoclássica estabelece

princípios que possam dar direção à função dos administra-

dores, os quais precisam planejar, organizar, dirigir e con-

trolar no exercício de sua função. Os seus princípios básicos

são: a divisão do trabalho, a especialização, a hierarquia

e a amplitude da função administrativa, que exploramos a

seguir:

• A divisão do trabalho, como já vimos anteriormente, tem

a função de aumentar a produtividade e a eficiência do em-

preendimento e de reduzir custos.

• A especialização é resultante da divisão do trabalho: quan-

to mais simples a tarefa, mais específica e especializada fica

a execução dela.

• A hierarquia é outro desdobramento da divisão do traba-

lho, pois, uma vez que as tarefas foram subdivididas, faz-se

necessário um comando para que as partes formem o todo

de maneira eficiente e eficaz. A autoridade, a responsabili-

dade e a delegação são ferramentas para o gestor controlar

a produção ou serviços. Para os neoclássicos, a autoridade

é o direito que o gestor ou líder tem de tomar decisões, dar

ordens, fazer usos de recursos para tornar possível o cum-

primento dos objetivos da empresa e a responsabilidade é o

comprometimento do subordinado em executar a tarefa que

lhe foi delegada. Delegação, como sabemos, é a transferên-

cia de uma responsabilidade para alguém que possa realizar

a tarefa da mesma forma ou melhor do que quem a delegou.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 86: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

84

• A amplitude administrativa está relacionada com o nú-

mero de pessoas que estão subordinadas ao administra-

dor. Temos dois tipos de amplitude: a extensa, quando o

administrador tem muitos subordinados sob seu comando,

o que caracteriza uma organização larga ou achatada, com

poucos níveis hierárquicos; e a amplitude estreita, quando

há mais níveis hierárquicos, com um número menor de su-

bordinados para um administrador, cuja organização tem

característica alongada ou alta.

A teoria neoclássica aborda a questão do nível hierárquico da

organização, que deve ser responsável pela tomada de decisão.

Lembre-se de que, para os clássicos, a organização linear, com

autoridade centralizada no topo, seria mais eficiente. Já para

Taylor, a descentralização da autoridade caracterizaria a orga-

nização funcional. Desse modo, os neoclássicos investigaram a

centralização versus a descentralização, que expomos no quadro

a seguir:

Quadro 1.5 – Centralização versus descentralização

Centralização Descentralização

Os tomadores de decisão estão no topo da hierarquia e têm visão global da empresa.

As decisões podem ser tomadas em níveis hierárquicos menores, que estão mais próximos das situações que demandam decisão.

Reduz custos e esforços duplicados.

Aumenta a agilidade, a eficiência e a motivação, o que reflete em redução de custos.

(continua)

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 87: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

85

Decisões são alinhadas com os objetivos da empresa.

Reduz a complexidade das decisões, assim, a cúpula terá que decidir assuntos mais relevantes.

O nível hierárquico mais alto é mais preparado por ser mais treinado para tomar decisão.

Os níveis hierárquicos mais baixos tornam-se mais motivados por se tornarem tomadores de decisão.

Não podemos julgar se a centralização é melhor ou pior que a

descentralização ou vice-versa. O que vai definir qual das duas

será melhor para a organização será a complexidade, o tama-

nho e as características em geral desta.

Tipos de organização

Podemos subdividir as organizações de acordo com sua forma

de administração, ou seja, de acordo com a maneira que se dão

as relações dentro de sua hierarquia. Temos três subdivisões: a

linear, a funcional e a linha-staff. Vamos a elas:

A organização de estrutura linear é o tipo mais simples e

citamos como suas características principais:

• Autoridade linear: o subordinado reporta-se ao seu supe-

rior direto, de forma única e direta.

• Linhas formais de comunicação: são lineares e formais e

limitadas entre chefes e subordinados.

• Centralização das decisões: a autoridade máxima é res-

ponsável por todas as decisões.

• Aspecto piramidal: na base encontra-se o maior número

de pessoas, com alto grau de subordinação; à medida que se

(Quadro 1.5 – conclusão)

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 88: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

86

aproxima do topo, esse número e esse grau vão diminuindo.

No topo é que se encontra a autoridade máxima.

A organização de estrutura funcional tem como caracterís-

ticas principais:

• Autoridade funcional: baseada na especialização ou na

função. Não é linear, pois um subordinado pode se reportar

a vários superiores de acordo com a sua especialidade no

assunto. A autoridade do superior é relativa à sua especiali-

dade, o que contradiz a unidade de comando defendida por

Fayol.

• Linhas diretas de comunicação: ocorrem sem intermedia-

ção e livremente entre os cargos, e não somente entre supe-

rior e subordinado como na organização linear.

• Descentralização das decisões: com a delegação das de-

cisões para os órgãos ou cargos especializados no assunto

a ser decidido.

• Ênfase na especialização: dos cargos e órgãos e em todos

os níveis hierárquicos. A especialidade define o nível de res-

ponsabilidade.

A organização de estrutura linha-staff é também denomi-

nada de hierárquico-consultiva. Como suas principais caracterís-

ticas citamos: fusão da estrutura linear e da estrutura funcional,

sendo que a estrutura linear é predominante, existe autoridade

única, pois cada setor reporta-se a um único setor, entretanto,

cada setor receberá assessoria do staff; existe também autori-

dade funcional dos órgãos de staff em relação a outros setores da

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 89: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

87

organização, mas essa autoridade é relativa à especialidade do

órgão de staff.

Para Chiavenato (2003), as características principais que dis-

tinguem linha de staff são:

• Autoridade principal: na linha é quem decide, no staff, é

quem assessora.

• Atuação: na linha é quem cuida da execução, no staff, é

quem dá consultoria.

• Atividade: na linha é o comando, no staff, a recomendação.

• Responsabilidade: na linha, trata-se de operação e de resul-

tados, no staff, de planejamento e de sugestões de soluções.

Departamentalização

Os departamentos são áreas ou divisões dentro da organi-

zação, os quais possuem um gestor com autoridade para co-

mandar as atividades específicas daquele segmento. Os depar-

tamentos podem ser classificados por tipos, que são:

• Departamentalização funcional: os departamentos são

definidos de acordo com as principais funções desempenha-

das pela organização. Ex.: Departamento de vendas, De-

partamento de finanças.

• Departamentalização por produtos ou serviços: os depar-

tamentos são definidos conforme os diferentes produtos ou

serviços produzidos na empresa. Ex.: Departamento de livros,

Departamento de papelaria.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 90: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

88

• Departamentalização geográfica: também conhecida como

territorial ou regional, acontece quando há diferenciação de

departamentos de acordo com a localização da realização da

atividade. Ex.: Região Sudeste, na qual se realiza atividade de

cunho administrativo de uma empresa; região Norte, na qual

são realizadas atividades operacionais dessa mesma empresa.

• Departamentalização por clientela: quando o departa-

mento é definido de acordo com o tipo de cliente para quem

é realizado o serviço. Ex.: Departamento infantil, Depar-

tamento adulto.

• Departamentalização por processo: ocorre, em geral, nas

áreas produtivas das empresas, nas quais o departamento

é definido conforme os estágios dos processos produtivos.

Ex.: Departamento de pintura, Departamento de elétrica.

• Departamentalização por projetos: é aquele definido em

função dos produtos a serem tratados pela empresa como

um projeto. Normalmente são produtos de grande porte e

de elaboração demorada. Ex.: Construção de um condomí-

nio de edifícios, construção de um navio destinado ao tu-

rismo.

Observe que os tipos de departamentos podem ser utilizados

de forma combinada dentro de uma mesma empresa. Uma or-

ganização pode ser estruturada com departamentos funcionais:

divisão financeira, divisão de produção, divisão comercial – a

divisão de produção, dentro da mesma organização, pode ser

departamentalizada por produtos ou processos. Você deve en-

tender que a melhor escolha de departamentalização é a aquela

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 91: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

89

que traz a maior eficiência possível e nos auxilia na conquista

de resultados.

Administração por objetivos (APO)

As funções do administrador que englobam as ações de planeja-

mento, organização, direção e controle resultam em produção de

resultados almejados pela organização. É nesse viés que os au-

tores da abordagem neoclássica enfatizam os resultados e objeti-

vos, que deram origem à APO.

Drucker (2002) resgata o que escreveu em 1954, em seu livro

The practice of management:

Qualquer empreendimento empresarial tem de montar uma ver-

dadeira equipe e unir esforços individuais em esforço conjunto.

Cada participante da empresa contribui com algo diferente, mas

todos devem contribuir para um objetivo comum. Todos os seus

esforços devem ser feitos na mesma direção, e suas contribuições

devem ser ajustadas para produzir um todo harmonioso – sem

lacunas, sem atritos, sem duplicação desnecessária de esforços. O

desempenho da empresa, por conseguinte, exige que cada tarefa

seja direcionada aos objetivos da empresa inteira. E, em particu-

lar, o trabalho de cada administrador deve ser focado no sucesso

do conjunto.

O desempenho que se espera do administrador deve derivar das

metas de desempenho da empresa, e seus resultados devem ser

aferidos pela contribuição que deram ao sucesso do empreendi-

mento.

1.11

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 92: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

90

Veja que, apesar de escrito em 1954, esse pensamento é con-

temporâneo. Salientamos, inclusive, que a abordagem neoclás-

sica ainda hoje influencia a administração das corporações de

todo o mundo, dando forma às organizações por meio dos ti-

pos de organização e da departamentalização. A APO enfoca

os resultados e segue alguns passos para atingi-los. Vejamos

que passos são esses:

• a cúpula estabelece os objetivos gerais para a empresa, atra-

vés de reuniões da presidência e diretorias;

• os objetivos da empresa são divulgados para as gerências;

• cada gerência de departamento, junto com seus subordina-

dos, estabelece seus objetivos de acordo com os objetivos

gerais da empresa;

• os objetivos de cada departamento devem ser coerentes

com os dos demais departamentos;

• a empresa acompanha continuamente os resultados em re-

lação aos objetivos;

• análise dos resultados e revisões de planos são feitas fre-

quentemente;

• todos os colaboradores em todos os níveis hierárquicos de-

vem atuar e estar comprometidos com os objetivos e resul-

tados;

• o staff atua fortemente e contribui para que haja a integra-

ção dos esforços para o alcance dos resultados planejados.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 93: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

91

Planejamento estratégico

Foi com a teoria neoclássica que se evidenciou a importância

do planejamento estratégico para o sucesso das organizações.

Para você entender melhor esse conceito, analisaremos pri-

meiro o significado de estratégia e tática:

• Estratégia: depois que foram estabelecidos os objetivos

da empresa, é necessário determinar as estratégias para

estabelecer como serão alcançados esses objetivos. Obser-

ve que, nesse sentido, a estratégia refere-se à organização

como um todo e é o meio que esta define para alcançar seus

objetivos a longo prazo.

• Tática: as táticas são os meios que a organização escolhe

para que os departamentos alcancem seus objetivos a curto

e médio prazo. São definidas pelos departamentos.

Repare que uma está dentro da outra, pois a estratégia é for-

mada por diversas táticas que se encadeiam ao longo do período

de tempo definido para o alcance do objetivo.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 94: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

92

Assim, planejamento estratégico é a forma pela qual uma

organização planeja a implantação de uma estratégia para al-

cançar resultados ou objetivos almejados. Veremos a seguir as

cinco etapas que a teoria neoclássica propôs como modelo de

planejamento estratégico, conforme Maximiano (2007):

1. Estabelecer objetivos globais.

2. Analisar o ambiente externo à organização.

3. Analisar o ambiente interno à organização.

4. Elencar alternativas estratégicas e escolher qual delas será

operacionalizada.

5. Desenvolver planos táticos e planos operacionais*.

Para saber mais

OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia, práticas. 26. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

Neste livro você vai encontrar, de forma mais aprofundada, as

etapas que descrevemos anteriormente e também questões so-

bre planejamento estratégico, conceitos e práticas, com exem-

plos muito elucidativos.

Teoria do desenvolvimento organizacional

Na década de 1960, surgiu a abordagem do desenvolvimento

organizacional (DO), o qual tinha como objetivo gerenciar

os processos de mudança aos quais todas as organizações estão

* Planos operacionais: são planos detalhados para o alcance dos ob-jetivos departamentais.

1.12

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 95: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

93

sujeitas. Sabemos que tudo está em constante mudança no uni-

verso, não sabemos? Nós, seres humanos, como todo ser vivo,

passamos por transformações diárias em nosso organismo, desde

o nascimento até a morte, e tudo que está a nossa volta segue o

mesmo fluxo: o planeta, os animais, as plantas, tudo se trans-

forma. Percebendo isso, podemos entender que as organizações

também evoluem e sofrem mudanças derivadas das alterações do

meio ambiente. A teoria do DO tem o objetivo de prover as em-

presas de ferramentas que conduzam da melhor forma as mudan-

ças nas empresas.

Nesse contexto, as organizações necessitam acompanhar os ci-

clos evolutivos do ambiente em que estão inseridas. Quando

são estruturadas de forma rígida, terão dificuldades em se

adaptar ao que ocorre em seu entorno, o que pode gerar ina-

dequações administrativas operacionais que resultem em pre-

juízos ocasionados por baixa produtividade, má qualidade de

produtos ou mesmo descomprometimento das equipes, desin-

teresse pelo trabalho ou falta de definição de objetivos e metas

a serem seguidos.

Podemos identificar as bases para essa abordagem na teoria

comportamental e também em aspectos da teoria dos sistemas.

A abordagem do desenvolvimento organizacional rea firma

essas ideias e propõe uma linha de trabalho que evidencia o

relacionamento interpessoal dos grupos dentro das organiza-

ções e também o estabelecimento de uma cultura organizacio-

nal adequada. Enfatizamos que esta é uma tentativa de vários

autores, em sua maioria, consultores, colocar em prática as ci-

ências do comportamento nas organizações.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 96: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

94

As diversas teorias preexistentes, por serem diferentes entre si

e por abordarem aspectos diferentes das organizações, torna-

vam difícil a operacionalização de seus conceitos por parte dos

gestores. O DO surgiu como uma tentativa de integrar con-

ceitos complementares e facilitar a implantação de mudanças

organizacionais.

Em 1964 foi publicado o livro T-Group theory and laboratory

methods*, coordenado por Leland Bradford, considerado o “pai

do movimento de desenvolvimento organizacional”, o qual

trata dos resultados de uma pesquisa realizada pelo National

Training Laboratory sobre comportamento humano em grupo.

Saiba que o primeiro treinamento elaborado pelo laboratório, o

qual tinha o intuito de melhorar o comportamento em grupo,

foi o treinamento da sensitividade. Essa publicação deu impulso

ao DO, que respondeu às mudanças pelas quais

passava o mundo na época: as

organizações tornaram-

-se maiores e comple-

xas; a tecnologia sofreu

uma grande expansão;

o homem deixou de ter

uma conotação mecânica

e passou a ser visto como

ser humano dotado de com-

plexas e diferentes necessida-

des; as inovações passaram a

* Uma possível tradução em português

seria: “Teoria T-Group e métodos de

laboratório”.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 97: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

95

ter papel de destaque no mundo organizacional. Destacamos

como autores dessa teoria, além de Bradford, seu fundador,

Warren G. Bennis, Edgard H. Schein, Paul R. Laurence, Jay

W. Lorsch, Chris Argyris, entre outros.

Clima e cultura organizacional

O DO tem como tarefa básica promover mudanças organizacio-

nais planejadas, por meio de mudança da cultura da organização,

que é a ênfase dessa teoria, e do clima organizacional. Atitudes

inovadoras são pré-requisitos para a transformação do clima e da

cultura da organização.

Sabemos que toda organização tem crenças, hábitos, valores,

formas de se relacionar e tradições que, em conjunto, formam

a cultura organizacional. Observe que tratamos aqui de pa-

râmetros de comportamento que não estão registrados, não fa-

zem parte de nenhum documento normativo da empresa, pois

são regras não escritas, mas que direcionam a conduta corpo-

rativa. Precisamos, então, entender que culturas conservado-

ras e inflexíveis são prejudiciais às organizações, pois, numa

situação de mudança, podem engessar os comportamentos e

impedir o processo de mudança necessário àquela situação.

Concluímos, assim, que empresas eficientes tendem a ter cultu-

ras mais flexíveis e receptivas a mudanças.

Você não pode deixar de notar que o clima organizacional é es-

pelhado nos aspectos psicológicos da organização, os quais, por

sua vez, são influenciados pelo comportamento dos funcioná-

rios com relação à organização, e tem relação com o tipo desta,

suas metas, suas políticas, seus regulamentos e a tecnologia

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 98: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

96

utilizada por ela. Assim como a cultura, influi diretamente na

produtividade da empresa.

A teoria do DO baseou-se no modelo de Kurt Lewin para pro-

mover mudanças nas organizações. Lewin desenvolveu a teoria

do campo de força, que enfoca o processo de obtenção de trans-

formação no comportamento humano. Posteriormente, Edgard

Schein também contribuiu para o desenvolvimento dessa teo-

ria, ampliando-a para ser aplicada a pessoas, grupos e orga-

nizações. Destacamos que esse modelo é composto de três fa-

ses sequenciais: descongelamento, mudança e recongelamento.

Observe como elas funcionam: na fase de descongelamento, as

ideias e práticas antigas precisam ser descongeladas, abando-

nadas e esquecidas para que a novas ideias e práticas possam

ser aprendidas e treinadas na fase de mudança. A fase de recon-

gelamento é quando as pessoas incorporam o novo padrão de

comportamento a partir da prática de novas ideias.

Enfatizamos que, segundo Lewin, um processo de mudança

ocorre quando forças positivas favoráveis à mudança entram

em confronto com as forças negativas, resistentes a ela. Nessa

linha, se as forças positivas forem mais fortes, darão início ao

processo de mudança; mas, se as forças negativas forem mais

fortes, impedirão a transformação. A organização funciona

dentro de um estado de equilíbrio que Lewin chamou de estado

de equilíbrio quase-estacionário. A organização sai desse estado

toda vez que ocorrem forças positivas e negativas no sentido

de mudança.

Para que ocorram tais mudanças, é objetivo do DO aumentar o

comprometimento e a lealdade dos colaboradores por meio da

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 99: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

97

sensibilização das pessoas em relação a sua identificação com

a organização, partilhando objetivos comuns. Entenda, porém,

que o processo de DO leva tempo para efetivar a mudança na

organização, não acontecendo da noite para o dia, pois trata-

-se de um processo de conscientização para mudança de uma

cultura, sendo que a modificação das pessoas é que promo-

verá a mudança desta e, em consequência, a transformação

organizacional. É um processo profundo e complexo que ne-

cessita do apoio e da participação da alta administração. É in-

dicado que seja coordenado por um consultor externo que te-

nha isenção para entender e questionar o contexto da cultura

organizacional.

Compreenda, no entanto, que o sucesso do programa depende

de um diagnóstico preciso da situação organizacional e da cul-

tura na qual a empresa está inserida. Este é feito através da co-

leta de informações e entrevistas com os participantes da or-

ganização. Após o levantamento de dados, equipes de trabalho,

formadas pelo consultor, analisarão as informações com o ob-

jetivo de identificar as necessidades de mudança. A partir daí,

um plano de ação pode ser feito para resolver os problemas en-

contrados. As equipes de trabalho funcionarão como agentes

que promoverão a conscientização e estimularão a mudança de

comportamento dos participantes da organização.

Técnicas aplicadas no DO

Resumindo, podemos dizer que a teoria do DO desenvolveu

um processo de aplicação das teorias das ciências do com-

portamento direcionado para as organizações como um todo.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 100: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

98

Para a aplicação desse processo existem várias técnicas de de-

senvolvimento organizacional, sendo o treinamento de sen-

sitividade a principal técnica de DO para pessoas, pois utiliza

a dinâmica de grupo para modificar o comportamento humano

e melhorar as relações sociais.

Enfatizamos que essa técnica tem o objetivo de fazer com que

as pessoas percebam e se sensibilizem em relação às suas habi-

lidades de relacionamento interpessoal. É um processo de au-

toconhecimento, em que o individuo terá condições de compre-

ender qual o impacto do seu comportamento sobre as pessoas

com as quais se relaciona. Precisa ficar claro, portanto, que,

para ter sucesso, o treinamento de sensitividade deve começar

a ser aplicado desde a cúpula da organização e, posteriormente,

ir descendo até os níveis hierárquicos mais baixos.

Outra técnica que podemos mencionar é a análise transacional,

a qual tem o objetivo de ensinar as pessoas a tornarem as men-

sagens mais compreensíveis e efetivas, ou seja, por meio dela são

desenvolvidas as competências para interpretar o que as pessoas

querem dizer e, assim, melhorar a comunicação interpessoal.

Para isso, essa técnica estuda os “estados do eu” para que a pessoa

possa identificar como se comporta em relação às pessoas com

quem se comunica. Devemos ter consciência de que todos temos,

dentro de nós, diversos “estados do eu”, ou diversos estágios de

maturidade, dos quais lançamos mão dependendo da situação em

que nos encontramos ou da pessoa com quem nos comunicamos.

A análise transacional acredita que existem três formas de ma-

nifestação do “eu” em relações interpessoais: pai (dominador),

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 101: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

99

criança (submisso) e adulto (maturidade). A técnica dessa aná-

lise faz com que possamos reconhecer qual o “eu” manifestado

em cada situação e aprender, através dessa identificação, a fazer

o “eu” adulto predominar em nossas relações interpessoais.

Salientamos que há ainda um outro aspecto estudado pela aná-

lise transacional, que é a transação, ou seja, as formas de co-

municação interpessoal, que podem ser cruzadas ou paralelas.

Podemos diferenciá-las da seguinte maneira: as cruzadas são

comunicações truncadas que acontecem quando as pessoas não

conseguem estabelecer contato que produza um bom relacio-

namento, sem interferências do ego pai ou criança, que prejudi-

cam a relação; por sua vez, as transações paralelas são as que

produzem um contato efetivo.

Destacamos também outras duas técnicas: a de consultoria

de procedimento e a de desenvolvimento de equipes, que

consistem em intervenção em grupos. A técnica de consultoria

de procedimentos utiliza-se de um consultor para coordenar o

grupo e auxiliar os participantes a entender como se compor-

tam em situação de trabalho em relação ao grupo. A técnica

de desenvolvimento de equipe tem o objetivo de modificar o

comportamento e é coordenada por um consultor que auxilia

na quebra de barreiras interpessoais.

Finalmente, objetivando a melhor comunicação, de forma mais

eficiente, mencionamos as técnicas de intervenção intergrupal,

que são aplicadas entre grupos distintos e empregadas na orga-

nização como um todo. Elas têm a característica de colocar os

grupos em situação de espelho, em que um grupo enxerga o seu

comportamento através do comportamento do outro.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 102: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

100

Modelos de DO

Os modelos de DO surgiram como mais uma ferramenta para

o auxílio da implementação das mudanças em uma organiza-

ção e para otimizar processos de melhoria.

O modelo tipo grade gerencial foi idealizado pelos estudiosos

Robert Blake e Jane Mouton – os quais acreditavam que a mu-

dança individual era o ponto de partida para haver transforma-

ções em grupos e organizações – e é baseado na hipótese de que

os gestores se preocupam com a produção e com as pessoas. O

modelo propõe uma grade com eixos horizontal (produção) e

vertical (pessoas) para medir o grau de preocupação dos gesto-

res com essas duas variáveis. Observe:

Gráfico 1.1 – Eixo horizontal versus eixo vertical

Eix

o ve

rtic

al: p

reoc

upaç

ão c

om p

esso

as 9

8

7

6

5

4

3

2

1

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Eixo horizontal: preocupação com a produção

Fonte: Adaptado de Maximiano, 2007.

Nível 9: preocupação alta

Nível 1: preocupação baixa

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 103: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

101

No próximo gráfico, você poderá observar como são colocados

os cinco estilos de atuação na grade. Veja:

Gráfico 1.2 – Modelo de grade gerencial

9 1x9 9x9

8

7

6

5 5x5

4

3

2

1 1x1 9x1

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Fonte: Adaptado de Maximiano, 2007.

Vejamos agora os significados dos estilos de gestão presentes

na grade anterior:

• 1x1: Baixa preocupação com produção e pessoas.

• 1x9: Alta preocupação com pessoas, baixa com produção.

• 9x1: Preocupação com resultados, não com pessoas.

• 9x9: Alta preocupação com pessoas e com produção, equipe

comprometida com resultados, sinergia.

• 5x5: Ponto médio entre os estilos anteriores.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 104: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

102

Ainda segundo o modelo de grade, as fases ou etapas para atin-

gir a mudança dentro de um modelo de desenvolvimento orga-

nizacional são seis, destacados a seguir:

1. Seminários para envolver toda a organização, analisar a

cultura organizacional e todas as funções desta, classifican-

do o desempenho de cada função em excelente, regular ou

inaceitável.

2. O desenvolvimento de equipes inicia-se no topo e expande-

-se para todas as áreas e todos os níveis hierárquicos, sendo

analisado juntamente com o comportamento da organiza-

ção. Nessa fase, utiliza-se a grade para avaliar.

3. Reuniões de confrontação intergrupal ocorrem para dissol-

ver barreiras e aumentar a cooperação interdepartamental.

4. Estabelecer objetivos da organização.

5. Implementação através de equipes. Cada área desenvolve o

seu plano operacional independente.

6. Avaliação de resultados versus planejamento.

Enfatizamos que o objetivo dessas fases é fazer com que a em-

presa evolua, quebrando barreiras que possam ocorrer en-

tre equipes, melhorando o desempenho dos departamentos

e possibilitando, dessa forma, o almejado desenvolvimento

organizacional.

Na sequência, apresentamos o modelo de Lawrence e Lorsch,

para quem as fases do processo de desenvolvimento organiza-

cional são quatro:

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 105: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

103

1. Diagnóstico que compreende o levantamento do defronta-

mento entre organização e ambiente e, posteriormente, entre

grupos, para avaliar as necessidades de alterações estruturais

e de comportamentos. Defrontamentos são contratos psico-

lógicos que ocorrem quando há intercâmbios de recursos e

informações entre as pessoas, os grupos e as organizações. A

fase de diagnóstico tem o objetivo de avaliar a situação real

para, após isso, identificar a situação almejada.

2. Planejamento da ação é a fase em que os métodos de mu-

dança são escolhidos para se alcançar a situação desejada.

3. Implementação e monitoramento é a fase em que se con-

quista o comprometimento dos participantes para realizar

as mudanças necessárias. Para se obter sucesso com a im-

plementação do plano, esse processo deve ser monitorado.

4. Avaliação é a última fase do processo, na qual os resultados

obtidos são analisados e confrontados com os resultados

planejados. Nessa fase, é possível fazer novo diagnóstico

verificando novas necessidades de planejamentos.

Passemos agora a uma nova teoria.

Teoria da contingência

Você saberia dizer o significado da palavra contingente ? Saiba que

essa teoria surgiu em decorrência da necessidade de se explicar

por que algumas ferramentas de gestão empresarial eram efi-

cientes em algumas situações e, em outras, não. Baseados nessas

diferenças, autores encontraram evidências de que situações

1.13Ne

nhum

a par

te de

sta pu

blica

ção p

oder

á ser

repr

oduz

ida po

r qua

lquer

meio

ou fo

rma s

em a

prév

ia au

toriza

ção d

a Edit

ora I

bpex

. A vi

olaçã

o dos

dire

itos a

utora

is é c

rime e

stabe

lecido

na Le

i nº 9

.610/1

998 e

punid

o pelo

art. 1

84 do

Cód

igo P

enal.

Page 106: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

104

eventuais (contingenciais) requerem métodos diferentes para

solucioná-las. Respondendo à pergunta anterior, podemos dizer

que contingente significa “algo que pode ou não ocorrer, even-

tual”. Observamos, dessa forma, que aquelas situações eventuais,

que demandam ações também eventuais, devem ser tratadas de

acordo com os princípios dessa abordagem. Citamos como pre-

cursores dessa teoria Joan Woodward, Alfred Chandler, G. M.

Stalker e Tom Burns.

Esses autores enfatizam que os acontecimentos das atividades

organizacionais são relativos e dependem não só da organização

em si, mas também das contingências ocorridas em seu ambiente.

Veja que essas ocorrências não são previsíveis nem fixas, logo as

formas de organização deverão comportar-se como tal, sendo ca-

pazes de se adaptar às contingências. A situação configurada é

que determinará a ação a ser tomada, mas, para isso, os gestores

precisam ter visão ampla e postura desenvolta e maleável, a fim

de se adequarem às novas situações e diagnosticarem que tipo de

ação contingencial deverá ser tomada.

Podemos encontrar importantes contribuições para a teoria da

contingência em Alfred Chandler, que pesquisou sobre inova-

ção organizacional dentro de quatro grandes empresas america-

nas – Du Pont, General Motors, Standard Oil Company de New

Jersey e Sears Roebuck and Company. Ele queria entender como

essas empresas adequaram suas estruturas às estratégias, pois a

estrutura é o desenho da organização. O crescimento das insti-

tuições, em virtude da vertiginosa expansão econômica obser-

vada a partir da década de 1950, fez com que elas tivessem de

redesenhar suas estruturas para se adequar às novas estratégias,

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 107: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

105

a fim de abranger novos mercados e novas linhas de produto.

Observamos que a estrutura organizacional é influenciada pelo

meio em função do surgimento de novas tecnologias, mercado,

matérias-primas, entre outros. Portando, para se adequar às no-

vas situações, a organização deve mudar sua estratégia e, con-

sequentemente, sua estrutura, fazendo surgir um novo desenho

organizacional.

Destacamos, nessa linha, dois tipos de desenho de organi-

zação: o mecanístico e o orgânico, enconrados por Burns e

Stalker, ambos sociólogos que desenvolveram sua pesquisas

em indústrias inglesas. Veja os diferenças entre os dois tipos

de organização:

• Mecanística: adota os princípios básicos da teoria clássica:

sua estrutura é burocrática, as decisões são centralizadas,

existe divisão do trabalho, os funcionários são especializa-

dos, o comando é único, a hierarquia e o controle são rígidos,

possui forte ênfase nos procedimentos formais, os gestores

têm pouca autonomia administrativa e a comunicação é ver-

tical, do tipo chefia-subordinado. Se colocarmos isso em de-

senho teremos:

Figura 1.3 – Desenho mecanístico

Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2003.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 108: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

106

• Orgânica: tem estrutura flexível, pouca divisão de traba-

lho, os cargos são redefinidos conforme a necessidade para

melhorar a execução de tarefas, a decisão é descentraliza-

da, a hierarquia é flexível, a comunicação é do tipo lateral e

vertical e os gestores têm maior autonomia administrativa.

Dessa forma, dá maior ênfase à teoria das relações humanas.

Quando colocamos isso em desenho, temos:

Figura 1.4 – Desenho orgânico

Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2003.

A pesquisa de Lawrence de Lorsch, que deu o nome à teoria

da contingência, enfatiza três aspectos básicos: a organização

é um sistema aberto; as características organizacionais intera-

gem entre si e com o meio ambiente; as características do am-

biente agem independentemente, enquanto as características

da organização são dependentes. Além disso, a pesquisa cons-

tatou que as organizações estão sujeitas a características de di-

ferenciação e de integração e dependem da quantidade dessas

características que o ambiente exige delas. Entenda que, den-

tro disso, a organização que mais se aproximar das exigências

ambientais, mais chance de sucesso terá.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 109: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

107

Passemos agora à outra estudiosa: Joan Woodward. Ela foi

uma socióloga industrial que, por volta de 1950, pesquisou sobre

tecnologia em cem empresas inglesas que tinham entre 100 e 8

mil funcionários. As empresas classificavam-se em três grupos

de tecnologia de produção: produção unitária, ou oficina, que

produz pequenas quantidades sob encomenda, com processo pro-

dutivo menos automatizado; produção em massa ou mecanizada,

que produz grandes volumes em linha de produção; produção em

processo ou automatizada, com pequena participação humana,

processo contínuo e automatizado.

Joan observou que, nos três tipos de produção, a tecnologia in-

fluencia toda a organização empresarial. Veja que, sendo assim,

o desenho organizacional também é determinado pela tecno-

logia. A estrutura organizacional e a previsibilidade das téc-

nicas produtivas têm forte correlação. O processo contínuo de

produção tem alta previsibilidade de resultado e conduz a es-

truturas com maior nível hierárquico. O processo unitário tem

baixa previsibilidade de resultados e demanda estrutura com

menor nível hierárquico.

Quando tratamos de operações mais estáveis, as estruturas bu-

rocráticas e os sistemas mecanísticos são mais adequados. As

operações com tecnologia mutável requerem um sistema mais

flexível, que se adapte melhor às variações tecnológicas.

Ambiente e organização

As pesquisas enfatizam que as características organizacionais

têm correlação com o ambiente e a tecnologia utilizada. Em de-

corrência disso, a teoria da contingência ressalta a importância

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 110: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

108

do ambiente, constatando que as organizações estão inseridas

em um contexto (meio ambiente) e são um sistema aberto que

mantém intercâmbio com este. O que ocorre fora do sistema

influencia o que ocorre dentro e vice-versa. A teoria da contin-

gência também revela a dependência da organização em rela-

ção à sua tecnologia.

Veja que o ambiente no qual a organização está inserida, sendo

vasto, precisa ser mapeado para que o entendamos. Entretanto,

para que o processo de mapeamento organizacional tenha su-

cesso, é necessário que as organizações escolham algumas va-

riáveis dentro desse complexo ambiente para observar e anali-

sar. É o que chamamos de seleção ambiental.

A percepção ambiental é um processo subjetivo, isto é, é feito

pelas pessoas que administram a organização e, por isso, ex-

pectativas, experiências, crenças e motivações podem influen-

ciá-la. Por esse motivo, as organizações precisam encontrar a

consonância e afastar a dissonância. O que faz a organização

confirmar se a percepção do ambiente é consonante com a rea-

lidade são as situações reais que vão ocorrendo no dia a dia. Se

as situações reais são dissonantes, então a organização precisa

rever suas percepções em direção a um equilíbrio consonante.

Nesse processo de percepção ambiental, temos o que chama-

mos de ambiente geral – o macroambiente –, que é o mundo

onde as organizações ou sistemas estão estabelecidos. É com-

posto por condições variáveis e complexas: tecnologia, leis, po-

lítica, economia, população, ecologia, cultura etc. Encontramos,

também, nesse processo, o que chamamos de ambiente de tarefa,

que é o ambiente de ação da organização, onde ela busca suas

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 111: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

109

entradas e coloca suas saídas. Fazem parte do ambiente de ta-

refa os clientes, os fornecedores, os concorrentes, o governo, os

sindicatos, as associações de classe etc. Esse ambiente pode ser

homogêneo, o que requer uma estrutura organizacional sim-

ples e centralizada, ou heterogêneo, o que demanda uma estru-

tura mais complexa e descentralizada.

Em se tratando da variável tecnologia, esta é independente

e influencia as características das organizações, como já pu-

demos observar anteriormente. Podemos associá-la a bens fí-

sicos, como máquinas e equipamentos, ou ao conhecimento

contido nas pessoas que compõem a organização, bem como

a documentos, registros, manuais de procedimentos, proje-

tos, desenhos, relatórios, entre outros. A tecnologia pode ser

uma variável ambiental ou organizacional. Iremos considerá-

-la ambiental quando for desenvolvida fora da organização, por

outras instituições, e organizacional quando desenvolvida in-

ternamente. Para essa variável também encontramos uma clas-

sificação, que descrevemos adiante.

Tipologia de tecnologias de James D. Thompson

Essa tipologia explica os tipos de tecnologias e como elas se or-

ganizam dentro da empresa, ou seja, está relacionada ao arranjo

tecnológico dentro da organização. A seguir, apresentamos a

classificação dos tipos de arranjo tecnológico, o que evidencia e

explica o significado desse tópico:

• Tecnologia em elos sequenciais: o processo produtivo é

repetitivo, as tarefas são encadeadas e interdependentes, a

tecnologia é fixa e é dada ênfase à administração científica.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 112: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

110

Figura 1.5 – Elos em sequência

Produto

Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2003.

• Tecnologia mediadora: as tarefas são padronizadas, a tec-

nologia é fixa e, geralmente, o produto é abstrato. Citamos

como exemplo as operadoras de telefonia, que são empresas

que intermediam a ligação entre clientes. O produto abstra-

to é a comunicação via telefone.

• Tecnologia intensiva: as organizações de tecnologia in-

tensiva oferecem diversas tarefas focalizadas no cliente. São

tecnologias flexíveis, com processos de produção variáveis

e determinados pelas exigências ou feedback dos clientes.

Exemplo: construção civil.

• Tecnologia flexível e tecnologia fixa: são dois tipos bá-

sicos de tecnologia identificados por Thompson e Frederick

Bates. A tecnologia flexível é utilizável para diversas aplica-

ções: a mesma máquina produz diferentes bens, por exemplo.

Já a tecnologia fixa não permite a utilização da mesma tecno-

logia em diferentes produtos ou serviços e só é utilizada para

um fim específico.

Podemos perceber, assim, que o impacto da tecnologia nas

organizações é grande, pois define a estrutura e o compor-

tamento organizacional. É fator determinante de eficiência e

exige aprimoramento constante por parte dos gestores.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 113: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

111

Níveis organizacionais

Dentro das organizações, encontramos uma hierarquia cujos

níveis podem variar de acordo com o tamanho da empresa, po-

rém, os níveis que descrevemos a seguir são de caráter basilar a

qualquer empresa que suporta tal estrutura. Veja quais são eles:

• Nível institucional ou estratégico: representado pela

cúpula administrativa, composta pelos altos executivos, dire-

tores, proprietários ou acionistas. Esse nível toma decisões,

define objetivos e estratégias. Em suma, diz qual o caminho

a organização deve seguir. Relaciona-se com o meio externo,

enfrentando as adversidades ambientais em primeiro lugar.

• Nível intermediário: é o gerencial, o qual se localiza entre

o nível estratégico e o operacional fazendo a intermediação

entre os dois níveis. É responsável pela distribuição da pro-

dução no mercado.

• Nível operacional: é onde as tarefas são realizadas para

produzir os bens ou serviços.

Estrutura das organizações

Estrutura é uma palavra bastante comum, não é ? Você saberia

defini-la ? E “estrutura de uma empresa”, o que é ?

Estrutura de uma organização é a forma como suas partes ou

departamentos estão dispostos e relacionados entre si. O di-

cionário Aurélio (Ferreira, 2004) diz que a estrutura de uma

empresa é: “A disposição dos elementos ou partes de um todo;

a forma como esses elementos ou partes se relacionam entre si,

e que determina a natureza, as características ou a função ou

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 114: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

112

funcionamento do todo”. Assim, entendemos que as organiza-

ções podem se estruturar de acordo com suas necessidades de

funcionamento. As estruturas que apresentamos a seguir pro-

piciam às organizações mais flexibilidade e agilidade em suas

ações. Vejamos como.

A adhocracia é um tipo de estrutura que se contrapõe à bu-

rocracia, por ser totalmente flexível e adaptável às mudanças

impostas pelo ambiente geral. Alvin Tofler foi quem intro-

duziu esse termo, em 1967, em seu livro O choque do futuro

(Chiavenato, 2003). Nesse tipo de estrutura organizacional, as

equipes e atribuições são mutáveis e a autoridade é descentra-

lizada, com poucas normas e procedimentos.

A estrutura matricial, também conhecida como organização

em grade, ou matriz, combina a departamentalização funcional

com a departamentalização por produtos ou projetos. Os de-

partamentos têm dupla subordinação, dos gerentes funcionais

e dos gerentes de projeto ou produto, como podemos ver na fi-

gura a seguir.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 115: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

113

Figura 1.6 – Estrutura matricial de organização

Produtos

Gerente Produção

Produção

Produto 1

Produção

Produto 2

Financeiro

Produto 1

Financeiro

Produto 2

RH

Produto 1

RH

Produto 2

Vendas

Produto 1

Vendas

Produto 2

Gerente Produto 1

Gerente Produto 2

Gerente Financeiro

Diretoria

Gerente Recursos Humanos

Gerente Vendas

Fonte: Chiavenato, 2003.

Observe na figura que o Departamento de produção do pro-

duto 1 é subordinado ao gerente de produto 1 e, simultanea-

mente, ao gerente de produção (funcional). O Departamento fi-

nanceiro do produto 1 é “duplamente” subordinado ao gerente

financeiro e ao gerente de produto 1, e assim sucessivamente

nos departamentos de RH e de vendas.

Organização por equipes

A partir da década de 1990, surgiu a organização por equi-

pes com o objetivo de diluir as responsabilidades do topo,

delegando-as a outros níveis. É o que conhecemos como

empowerment, ou “empoderamento” de equipes, com dois tipos

mais comuns, que são:

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 116: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

114

• Equipe funcional cruzada: é composta por pessoas de vá-

rios departamentos funcionais, as quais resolvem problemas

comuns a diversas áreas ou à organização como um todo e

cujo líder é um dos seus membros. Ex.: uma pessoa do De-

partamento de finanças, uma do Departamento de vendas

e uma do Departamento de produção formam uma equipe

para estudar a viabilidade de um novo negócio que a em-

presa deseja realizar.

• Equipe permanente: veja que, como o próprio nome diz,

é formada para atuar constantemente e reporta-se a um

gerente para resolver problemas de interesse comum. Ex.:

uma pessoa de controladoria, um engenheiro de produção,

um operacional de produção e uma pessoa de manutenção

reportam-se ao gerente de produção com a incumbência

permanente de monitorar os indicadores de consumo de

matéria-prima e custos de produção.

Observe que, com a teoria da contingência, surgiu o homem

complexo, o qual podemos considerar uma junção das visões

de homem das teorias precedentes. O homem complexo en-

globa as características do homo economicus da administração

científica, o homem social da teoria das relações humanas, o

homem organizacional dos estruturalistas, o homem adminis-

trativo da teoria comportamental e o homem funcional da teo-

ria dos sistemas, entendeu ?

As visões de cada uma dessas teorias, anteriores à contingencial,

são visões parciais que não abraçam todos os aspectos e todas as

dimensões das necessidades humanas. Pela teoria da contingên-

cia, as necessidades humanas são complexas e estão relacionadas

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 117: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

115

com as necessidades individuais, familiares, sociais, profissionais

etc. O homem individual e suas características psíquicas e os es-

tímulos do mundo determinam as necessidades que o homem

precisa satisfazer, as quais variam de um ser humano para outro.

Administração estratégica

A partir dos anos 1980, as grandes organizações, visando adap-

tar-se a um mundo cada vez mais volátil e complexo, passaram

a utilizar cada vez mais o planejamento estratégico para orien-

tar os rumos das empresas. Nessa época, surgiu o que chama-

mos de administração estratégica.

No início do século XX, pensamentos estratégicos começa-

ram a ser incluídos na administração empresarial. As primei-

ras empresas que adotaram o conceito de estratégia formam a

General Motors e a DuPont. Em 1965, Alfred Sloan publicou

um livro chamado Meus anos na General Motors, no qual abor-

dava o tema estratégia. O primeiro livro didático sobre estra-

tégia foi escrito por H. Igor Ansoff e publicado em 1965 com o

nome de Estratégia corporativa.

Ressaltamos que o conceito de estratégia é muito antigo e, por

essa razão, assumiu diversos nomes ao longo dos anos. Há

cerca de dois mil e quinhentos anos, um filósofo-estrategista

de guerra escreveu:

A arte da guerra implica cinco fatores principais, que devem ser

o objeto de nossa contínua meditação e de todo o nosso cuidado,

como fazem os grandes artistas ao iniciarem uma obra-prima.

1.14

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 118: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

116

Eles têm sempre em mente o objetivo a que visam, e aproveitam

tudo o que veem e ouvem, esforçando-se para adquirir novos co-

nhecimentos e todos os subsídios que possam conduzi-los ao êxito.

Se quisermos que a glória e o sucesso acompanhem nossas armas,

jamais devemos perder de vista os seguintes fatores: a doutrina,

o tempo, o espaço, o comando, a disciplina. (Sun Tzu, 2007)

Como já observamos, o conceito de estratégia assumiu diversos

nomes: foi chamada de política por Alfred Sloan, ficou conhecida

como política de negócios, planejamento de longo prazo, estratégia

corporativa, até vir a ser chamada, atualmente, de planejamento

estratégico. A consolidação do conceito de administração estraté-

gica deu-se no final da década de 1970 e engloba a elaboração do

planejamento estratégico e a implementação da estratégia, assim

como o seu monitoramento e avaliação.

Observe que a tarefa do processo de planejamento estraté-

gico é a elaboração da estratégia organizacional. O processo

consiste em analisar e tomar decisões através de uma sequên-

cia de fases cujo objetivo é responder questionamentos básicos

sobre o negócio. Atente para as questões fundamentais:

• Qual a situação real da organização? Como chegamos

aqui? A resposta a essas perguntas visa nos apresentar a situa-

ção estratégica organizacional do momento presente. Na

análise da situação estratégica da empresa devemos avaliar

os seus produtos e mercados de atuação, as vantagens com-

petitivas da organização em relação aos seus concorrentes, a

sua participação no mercado e o seu desempenho.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 119: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

117

• Quais são as forças positivas e as forças negativas do

ambiente no presente e no futuro que podem afetar a

organização? Essa pergunta tem o objetivo de nos fazer

analisar o ambiente externo à organização, focalizando

ameaças e oportunidades. Não podem faltar, na análise do

ambiente, o estudo sobre o ramo do negócio, as mudança

tecnológicas, a ação do governo, a conjuntura econômica

global e as tendências da sociedade. É preciso pesquisar-

mos também as forças competitivas que podem interferir

no negócio, como a força dos clientes, dos fornecedores e

dos concorrentes, a possibilidade de entrada de novos con-

correntes e/ou produtos e serviços similares substitutivos.

• Quais são os pontos fortes e os pontos fracos da

organização? O objetivo dessa pergunta é encontrar argu-

mentos para análise do ambiente interno da organização.

Este pode ser analisado a partir do estudo do desempe-

nho das áreas funcionais, identificando os seus pontos

fortes e fracos. Podemos utilizar, também, a análise de

benchmarking, que é uma técnica de comparação do desem-

penho da organização com o de outra, concorrente ou não,

com o objetivo de melhoria contínua no padrão de qualida-

de e de práticas administrativas.

Diante das informações e respostas obtidas a partir das ques-

tões anteriores, podemos definir o plano estratégico respon-

dendo às questões: Para onde podemos e queremos ir? Qual

caminho devemos tomar para chegar lá?

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 120: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

118

A elaboração do plano estratégico consiste em definirmos os

objetivos e as estratégias a serem utilizadas para atingirmos o

alvo estabelecido pela direção que determina “aonde a organi-

zação quer chegar”.

Com o planejamento estratégico pronto, a próxima etapa será

a implementação da estratégia, que consiste em fazermos acon-

tecer o que foi planejado, ou seja, colocarmos em prática, mo-

nitorarmos e controlarmos o desempenho organizacional com-

parado com a estratégia adotada.

Ferramentas de estratégia

As estratégias que definimos nos planos podem ser diversas e

utilizadas simultaneamente. Não existe uma classificação de ti-

pos de estratégias disponíveis, mas alguns autores abordaram

e classificaram algumas possíveis estratégias empresariais, dos

quais citamos Michael Porter e Ansoff.

A matriz de Ansoff classifica as estratégias em quatro catego-

rias, a saber:

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 121: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

119

1. Penetração no mercado: é a estratégia de explorar merca-

do tradicional com produto tradicional.

2. Desenvolvimento de mercado: é a exploração de um mer-

cado novo com um produto tradicional.

3. Desenvolvimento de produto: é a estratégia de introduzir

um produto novo em um mercado tradicional.

4. Diversificação: ocorre quando a estratégia explora novo

mercado com novo produto.

Já Porter classificou a estratégia em três tipos:

1. Diferenciação: é a estratégia que busca criar uma identi-

dade própria forte, que destaque o produto ou serviço entre

os demais no mercado.

2. Liderança do custo: é uma estratégia na qual a empresa

busca oferecer um produto mais barato no mercado.

3. Foco ou nicho: estratégia em que a organização escolhe um

segmento do mercado para atuar.

Para o auxílio da implementação das estratégias, a teoria da

contingência contribuiu em muitos aspectos, que frutificaram

em ferramentas muito interessantes para o planejamento estra-

tégico, pois auxiliam na seleção de estratégia. Entre elas estão:

o ciclo de vida do produto, a análise SWOT e a matriz BCG.

Vejamos, agora, um pouco sobre cada uma delas.

Ciclo de vida do produto

Essa ferramenta baseia-se no fato de que todo produto tem um

ciclo de existência, o qual pode ser analisado segundo quatro

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 122: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

120

fases: nascimento, crescimento, maturação e declínio. A má-

quina de escrever e o mimeógrafo são dois exemplos de equipa-

mentos que passaram por tais fases e, após seu declínio, caíram

em desuso com o surgimento do computador e das impressoras.

A visão do estágio do ciclo de vida em que se encontram os pro-

dutos oferecidos por uma organização é de extrema importân-

cia para a escolha de estratégias a serem desenvolvidas.

Análise SWOT, ou Fofa

A sigla SWOT é formada pela primeira letra das palavras, em

inglês: strengths, weaknesses, opportunities e threats. Em portu-

guês, a sigla SWOT transformou-se em Fofa, cuja sigla é a jun-

ção das letras iniciais das palavras: fortalezas (strengths), oportu-

nidades (opportunities), fraquezas (weaknesses) e ameaças (threats).

Essa ferramenta pressupõe que, para o sucesso de uma organiza-

ção, é preciso que se conheça com clareza as suas oportunidades,

possíveis ameaças, fortalezas e fraquezas a fim de estabeler estra-

tégias específicas para superar ameaças e fraquezas e para utilizar

de forma sábia as oportunidades e fortalezas.

O exercício consiste em analisar a empresa dos pontos de vista

interno e externo. É imprescindível, para isso, que conheçamos

o negócio. É indicado também que a análise seja feita por uma

equipe para que várias visões sejam consideradas. A elaboração

dessa análise consiste em levantar as oportunidades e ameaças

e as fortalezas e fraquezas que ocorrem ou possam vir a ocorrer

no ambiente externo e interno da empresa. O levantamento deve

ser disposto em uma matriz, conforme o Quadro 1.6 a seguir,

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 123: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

121

que facilitará a avaliação e o confronto das informações para a

análise SWOT ou matriz Fofa.

Quadro 1.6 – Análise SWOT ou matriz Fofa*

Ambiente interno Fortalezas Fraquezas

Ambiente externo Oportunidades Ameaças

Fonte: Adaptado de Santos, 2007.

BCG

É mais uma ferramenta auxiliar para a escolha de estraté-

gias. Recebeu esse nome porque foi desenvolvida pela Boston

Consulting Group, com o objetivo de atender seus clientes em

suas necessidades de posicionamento estratégico. Esse modelo

parte do pressuposto de que toda organização deve ter produ-

tos em diferentes estágios de crescimento, podendo ser cha-

mado também de matriz do portfólio de produtos ou matriz de

crescimento e participação, que expomos na figura a seguir:

Observe como ela subdivide-se em quatro categorias – estrela,

criança-problema, vaca leiteira e vira-latas – para análise da

situação em que se encontram os produtos ou negócio, em fun-

ção da sua participação no mercado e do crescimento deste.

* Na Seção 2.1 desta obra, você encon-

trará exemplos de utilização dessa

ferramenta.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 124: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

122

Figura 1.7 – Matriz BCG

Grande

Crescimento do mercado

Pequena

Sequência do sucesso

Estrela

Vaca leiteira

Criança problema

Vira-latas

Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2003.

Mas, você pode estar pensando: “O que significam os no-

mes dessas categorias ?”. As respostas podem ser vistas na

sequência:

• Estrela: produtos com alta participação no mercado e alto

crescimento, que geram bons lucros e caixa e são garantia

do futuro.

• Vacas leiteiras: são produtos com alta participação no

mercado, porém apresentam pequenas taxas de crescimen-

to. A despeito disso, geram caixa e não necessitam de in-

vestimento para atender maiores crescimento de mercado.

• Criança-problema: são produtos com altas taxas de cresci-

mento no mercado, mas com baixa participação. São poten-

ciais estrelas, se neles forem feitos investimentos.

• Vira-latas: produtos que apresentam baixa participação

no mercado e baixo crescimento no mercado. Não compen-

sam o investimento de que necessitam.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 125: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

123

Administração participativa

O conceito de administração participativa foi incorporado nas or-

ganizações no decorrer do final da década de 1980 e início da

década de 1990 como recurso para aumentar a produtividade

e minimizar momentos de crise. Devemos entender que esta é

uma filosofia antiga, que despontou na Grécia há mais de dois

mil anos, com o nascimento da democracia. As empresas japo-

nesas, já na década de 1950, utilizavam-se dos recursos da ad-

ministração participativa. Citamos como exemplo a Toyota, um

sucesso em termos de eficiência e economia.

A liderança, a autonomia e a disciplina são predominantes

numa organização que segue o modelo de administração parti-

cipativa, que recebeu também o nome de administração orgânica

por ter influência da pesquisa de Likert, da teoria dos dois fato-

res de Herzberg e da teoria do desenvolvimento organizacional.

A administração participativa tinha como meta fundamental

compartilhar decisões que afetam a empresa e seria, em princí-

pio, uma doutrina que resgataria valores humanos. Entretanto,

esse não foi o objetivo principal da adoção desse método de ges-

tão nas décadas de 1980 e 1990, quando o intuito das empresas

era reduzir custos. As organizações entenderam que a adminis-

tração participativa poderia suprimir níveis hierárquicos pela au-

togestão nos níveis operacionais. O ambiente empresarial, em

virtude desse movimento, passou por uma grande transforma-

ção que resultou em redução de vagas de emprego.

1.15

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 126: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

124

Destacamos que, na década de 1980, um grande sucesso –

que se tornou um best-seller – foi a publicação do livro Virando

a mesa, do brasileiro Ricardo Semler, o qual contou sua ex-

periência com a implantação do método participativo em sua

empresa: a Semco.

As estratégias da administração participativa podem ser classi-

ficadas, segundo Maximiano (2007), em quatro categorias,

que colocamos a seguir:

• aperfeiçoamento contínuo da informação, com canais de

comunicação abertos e encurtamento de distância entre fun-

cionários e líderes;

• participação no processo decisório;

• participação na diretoria;

• participação nos resultados.

A participação das pessoas nas decisões diz respeito ao fato de

que aquelas serão consultadas com relação a estas. As decisões

podem ser consultivas (quando as pessoas são consultadas, mas

o poder de decisão é do gestor) ou compartilhadas (quando as

pessoas tomam decisão em grupo).

Já a participação na direção diz respeito à participação na es-

trutura do poder da organização. Pode ser uma participação

eventual, determinada por alguma necessidade temporária, ou

permanente, configurando-se em cogestão.

Nesse método, a participação nos resultados é uma forma de

recompensar o aumento do comprometimento dos funcioná-

rios em virtude de sua atuação participativa.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 127: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

125

Para saber mais

VASCONCELOS, I. F. G.; MOTTA, F. C. P. Teoria geral da administração. 3. ed. São Paulo: Thompson Pioneira, 2006.

Nessa obra, os autores abordam o tema “administração parti-

cipativa” de forma mais extensa e detalhada.

Administração japonesa

O sistema japonês de administração da produção foi amplamente

disseminado no Brasil a partir do final da década de 1980, quando

as grandes empresas nacionais e multinacionais passaram a ado-

tar práticas desse sistema, visando melhorar sua produtividade e

competitividade no mercado interno e internacional. Essa aber-

tura do país para a importação de produtos estrangeiros causou

uma grande revolução no mercado interno e as empresas tiveram

de se adaptar ao novo mundo da competitividade internacional.

Salientamos que o Japão foi destruído na Segunda Guerra

Mundial e teve de se reconstruir. Utilizando essas técnicas,

após 25 anos decorridos desde a tragédia da guerra, já despon-

tava no mercado internacional com produtos de boa qualidade

e mais baratos do que os americanos, que predominavam no

mercado externo. Produtos eletroeletrônicos e do setor auto-

mobilístico foram os primeiros que os japoneses colocaram no

mercado internacional, causando profundo incômodo aos paí-

ses ocidentais, principalmente para os EUA, que dominavam

com seus produtos o mercado mundial e pela primeira vez per-

deram sua hegemonia.

1.16

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 128: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

126

Sabemos que a cultura do Japão, com seus usos e costumes, é,

em grande parte, responsável pelo sucesso da administração

japonesa – baseada em valores e na disciplina desse povo. O

país destruído e necessitando se reerguer implantou em seus

setores produtivos o conceito fundamental de evitar desperdí-

cios e de buscar a melhoria contínua, aprimorando sempre seus

produtos por meio do “fazer bem feito e na primeira vez”.

Como já mencionamos em exemplo anteriormente citado, a em-

presa que idealizou e aplicou o sistema japonês de administra-

ção de produção foi a Toyota Motor Co., que, após a Segunda

Guerra Mundial, buscou formas de maximizar sua produção

reduzindo custos simultaneamente. As características básicas

do sistema japonês são:

• Just-in-Time: visa à diminuição dos estoques, pois alinha

a produção dos fornecedores com a produção dos clientes.

Com isso, há vantagens tanto para fornecedores como para

os clientes, que podem reduzir as compras e os seus espaços

para armazenagem, diminuindo custos.

• Kanban: que é um sistema de sinais visuais que informa o

estágio em que está a produção dentro da linha produtiva.

Esses sinais podem ser confeccionados de forma simples,

por meio de papéis/adesivos coloridos.

• Muda: é a eliminação de desperdícios.

• Kaizen: é a melhoria contínua de todos os processos e ati-

vidades que resultam no produto final até a sua entrega ao

cliente.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 129: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

127

Enfatizamos, nesse ponto, que fazem parte da administração ja-

ponesa alguns princípios básicos, como a administração participa-

tiva no processo decisório, na gestão da produção e na participa-

ção dos lucros. O planejamento estratégico percebe que toda ação

não planejada leva a desperdícios de recursos e, consequentemente,

à elevação dos custos de produção e à diminuição nas margens de

lucro. A empresa deve ser pensada como um sistema e, como tal,

precisa que todas as peças de sua engrenagem funcionem em sin-

tonia para que todo o sistema possa fluir. Perceba, portanto, que o

mau funcionamento de um dos setores afetará todos os outros em

cadeia e o resultado final não será o planejado.

O aumento da produtividade no sistema japonês está funda-

mentado na disciplina, no fortalecimento do trabalho em

equipe, na utilização das ideias dos próprios funcionários, o que

valoriza a autoestima destes, e também na participação dos lu-

cros. Assim, contemplamos outros princípios que contribuem

para o sucesso do sistema japonês, observe-os:

• Princípio da flexibilidade: estabelece que a produção deve

ser realizada em pequenos lotes e em layouts celulares, por

funcionários qualificados, e que a fábrica deve operar com

estoque pequeno.

• Recursos humanos: trabalho em equipe valorizando o poten-

cial humano, muito treinamento e participação nos lucros.

• Padronização: trabalho padronizado é a fórmula básica

para um processo produtivo sem entraves e com harmonia

entre homens e máquinas.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 130: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

128

• Manutenção: trabalham com manutenção preventiva e

treinam os próprios operadores das máquinas para realizá-

-las.

• Limpeza e arrumação: o local de trabalho deve ser limpo e

arrumado e isso é responsabilidade de todos.

• Relação com fornecedores e distribuidores: é uma rela-

ção forte e a descentralização da produção, levando para o

fornecedor a responsabilidade de produzir com qualidade e

para os distribuidores a responsabilidade da entrega com

pontualidade e qualidade, visa à satisfação do cliente.

• Cultura organizacional: clima de confiança e de respon-

sabilidade, respeitando-se a hierarquia, o que traz harmonia

às relações.

• Programa de controle de qualidade total (CQT): tem

como objetivo alcançar a redução de custos, a garantia da

qualidade, a pontualidade da entrega, a redução da necessi-

dade de estoques e a sincronização com o fornecimento de

produtos por parte dos fornecedores parceiros.

• Círculos de Controle de Qualidade (CCQ): são formados

por pequenas equipes e primordiais para o desempenho da

atividade de controle de qualidade.

A administração japonesa utiliza-se de diversas técnicas que,

atualmente, já estão incorporadas por muitas empresas em

seus modelos de gestão. Citamos como exemplos três dessas

técnicas:

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 131: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

129

1. Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Diagrama

de causa e efeito ou Espinha de peixe, por causa de seu formato,

que podemos ver na Figura 1.8 a seguir.

É um diagrama que representa o processo de produção com

seus diversos subprocessos. Formado por um conjunto de fa-

tores chamados de causa, que tem como objetivo “causar um

efeito”, denominado de produto do processo. Podemos perce-

ber, através da figura, que as causas do produto podem ser

as matérias-primas, os equipamentos, o ambiente, as pessoas,

a parametrização do processo e os métodos. O efeito é o pro-

duto que é resultado da soma dessas causas.

Figura 1.8 – Diagrama de Ishikawa ou Espinha de Peixe

Ramificação primária

Ramificações secundárias e terciárias

Causas

Causas

Material

Método

Material

Mão de obra

Meio ambiente

Medições

EfeitoLinha principal

Fonte: Adaptado de Santos, 2004.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 132: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

130

2. PDCA: Plan, Do, Check, Action

Conforme Santos (2004), o PDCA é a ferramenta básica

para o controle do processo e consiste nas etapas que re-

lacionamos e expomos na Figura 1.9, para sua melhor

compreensão:

• P (Plan): Planejamento – definir metas e escolher os mé-

todos para alcançá-las.

• D (Do): Execução – nessa fase, os colaboradores já de-

verão ter sido educados e treinados e devem executar o

trabalho exatamente como foi elaborado na fase do pla-

nejamento. É importante também que seja feita a cole-

ta de dados sobre a execução para que se possa fazer a

verificação na próxima etapa.

• C (Check): Verificação – nessa fase, os dados registrados

na execução são comparados com a meta estabelecida ini-

cialmente.

• A (Action): Atuação – em função dos resultados obtidos,

pode haver necessidade de uma ação corretiva, caso o re-

sultado não tenha atingido a meta estabelecida na fase do

planejamento. Caso o plano tenha sido atingido, o ciclo

PDCA se completa e continua-se o processo a partir do

que foi planejado.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 133: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

131

Vejamos esses passos na Figura 1.9.

Figura 1.9 – PDCA

• Plan

• Planejamento

• Definir metas e métodos

• Action

• Atuação corretiva

• Corrigir se necessário ou continuar o processo a partir do planejado

• Do

• Fazer

• Treinar

• Executar tarefa

• Check

• Verificação

• Comparar executado com planejado

A

C

P

D

Fonte: Adaptado de Santos, 2004.

O PDCA é uma ferramenta de controle de processo que

pode ser utilizada para qualquer situação em que este

exista, não somente no chão de fábrica. Os processos ad-

ministrativos também podem ser monitorados através do

ciclo PDCA. Veja que esse método de gestão indica o rumo

a ser seguido para que possamos atingir objetivos. É um

método que disciplina a forma de trabalho de um processo.

Na prática, por exemplo, quando ocorre um desvio entre o

que foi produzido e o que foi planejado, o processo precisa

passar por uma revisão para que as correções necessárias

possam ser efetuadas. Para isso, precisamos adotar ações

de melhoria contínua. Utilizamos, então, o ciclo PDCA

para que possamos identificar as necessidades de melhoria.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 134: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

132

Sendo assim, na fase do planejamento (P), identificamos

o problema, levantamos as características deste através

da observação, fazemos a análise das causas principais e

elaboramos um plano de ação para eliminarmos as causas

principais. Depois disso, seguimos a fase de execução (D)

de acordo com o plano de ação. Na sequência, verificamos

(C) se o problema foi solucionado, comparando o executado

com o planejado. A seguir, se o problema foi eliminado, de-

finimos a padronização do processo e, caso haja necessi-

dade de alguma correção, seguimos a fase da ação (A), a

fim de repararmos definitivamente o problema. Como con-

clusão, revisamos as atividades versus o planejado. Se na

fase C, da verificação, observamos que o problema não foi

solucionado, então retornamos à fase de planejamento para

identificarmos o que houve de errado e iniciarmos a elabo-

ração de novo plano de ação. Dessa forma, o ciclo PDCA

caracteriza-se por possibilitar a melhoria contínua dos pro-

cessos. Ficou claro ?

a. Plano de ação

A técnica do plano de ação é chamada de 5W2H, que repre-

sentam, em inglês, cinco perguntas que se iniciam com a

letra W e duas com a letra H, às quais devemos responder

para detalhar um plano de ação. Os termos corresponden-

tes às perguntas, em inglês, são: What, Why, Where, Who,

When, How e How much. No Brasil, a técnica também é

conhecida como 4 Q s e 1 POC, a partir da tradução das

perguntas: Que, Por quê, Onde, Quem, Quando, Como e

Quanto.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 135: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

133

Essas perguntas devem ser respondidas em um quadro pa-

dronizado para facilitar a visualização, como este que colo-

camos a seguir:

Quadro 1.7 – Plano de ação 5W2H/4 Q s e 1 POQ*

WhatO quê

WhyPor quê

WhereOnde

WhoQuem

WhenQuando

HowComo

How muchQuanto

Fonte: Adaptado de Santos, 2004.

Síntese

Neste capítulo você pôde perceber que o confronto entre as

teorias – administração científica, teoria clássica, burocracia,

teoria das relações humanas, behaviorismo, teoria estrutura-

lista e teoria dos sistemas – evidencia uma espiral evolutiva

ao longo da jornada histórica da teoria geral da administra-

ção. Viu também que Taylor conferiu ordem ao chão de fábrica,

o que foi uma contribuição significativa para os gerentes de

produção. Vimos ainda que Fayol contribuiu para que as fun-

ções administrativas tivessem clareza para dirigir a organi-

zação e que Weber, com a burocracia, criou um tipo ideal de

* No capítulo 2, sobre gestão na prática,

você encontrará exemplos de utilização

dessa ferramenta.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 136: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

134

organização, com o objetivo de servir de orientação ou modelo

para o trabalho do gestor. Mostramos que os humanistas con-

tribuíram para destacar a participação efetiva do homem no

funcionamento eficaz da corporação, atentando para o fato de

que havia um terceiro elemento a ser analisado, compondo três

setores de análise dentro de uma mesma organização: a pro-

dução, a administração e o homem. Lembramos que, embora

Taylor não tenha dado um enfoque humanista em seus estudos

sobre divisão de tarefas, a sua intenção em aumentar a produ-

tividade do trabalho redundou na viabilidade, para o futuro, de

uma significativa melhora na condição do assalariado naquela

fase histórica, que saiu de uma situação miserável para novas

perspectivas de ganho com a valorização da sua capacidade de

produzir mais rápido. Esclarecemos também que a teoria es-

truturalista, por sua vez, conferiu à organização um caráter in-

tegrado de suas várias partes e a teoria dos sistemas integrou

as várias teorias.

Por fim, você viu que a teoria neoclássica surgiu na década de

1950, como uma releitura da teoria clássica, e que a abordagem

neoclássica revisitou os modelos clássicos e os adaptou aos no-

vos modelos de organização.

Mostramos, então, que, a partir disso, surgiram os tipos de or-

ganização, a departamentalização, a administração por objeti-

vos e o planejamento estratégico como ferramenta fundamen-

tal e propulsora de mudanças no mundo corporativo.

Pudemos também ver que a evolução mais recente das teorias

administrativas, as quais tiveram seu início com a administração

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 137: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

135

científica de Taylor, são: a teoria do desenvolvimento organiza-

cional, a teoria da contingência e a administração estratégica.

Questões para revisão

1. Quais são as seis variáveis que a teoria geral da administra-

ção tem estudado ao longo de sua jornada histórica? Como

elas interagem entre si?

2. Do ponto de vista da gestão empresarial, qual a importân-

cia do surgimento da teoria da burocracia de Weber?

3. Coloque verdadeiro (V) ou falso (F) para as seguintes afir-

mações e, em seguida, marque a alternativa que mostra a

sequência correta:

( ) A formalidade pressupõe que as organizações burocrá-

ticas seguem normas e regulamentos baseados em leis

internas, que estabelecem como elas devem funcionar e

quais os direitos e deveres de seus funcionários e pro-

prietários.

( ) A impessoalidade reflete uma organização não burocrá-

tica formada por pessoas, e não por cargos.

( ) O profissionalismo é uma forma burocrática de manter

o profissional fixo em um determinado setor.

a. V, F, F.

b. V, F, V.

c. F, F, V.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 138: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

136

4. Qual das alternativas a seguir explica o que é o principio de

produtividade de Henry Ford:

a. O aumento da produção em relação a um período estipula-

do de tempo, fazendo com que o trabalhador sinta-se útil.

b. O aumento da produção em relação a um período estipu-

lado de tempo, fazendo com que o trabalhador atinja uma

velocidade maior de trabalho através da linha de montagem

e da especialização da mão de obra.

c. O aumento da produção em relação a um período estipula-

do de tempo, fazendo com que o trabalhador receba descan-

so remunerado dobrado.

5. A teoria de motivação de Maslow classifica as necessidades

humanas de acordo com uma escala, a saber:

a. Necessidades fisiológicas, segurança, sociais, estima e au-

torrealização.

b. Necessidades primárias, secundárias e terciárias.

c. Necessidades do ego, da sociedade e de promoção.

Questões para reflexão

1. Qual a influência da administração científica de Taylor nas

empresas de hoje?

2. Explique como a teoria das relações humanas influenciou o

surgimento da teoria comportamental.

3. A administração estratégica é um desdobramento da teoria

neoclássica? Explique a relação entre elas.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 139: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

G e s t ã o e mp

r es

ar

i al n

a p

ti c

a

capítulo 2

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 140: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

138

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 141: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

139

Conteúdos do capítulo

• Modelo de gestão empresarial

• Planejamento estratégico

• Ferramentas

• Plano de ação

• Visão, missão, metas, estratégias

Após o estudo deste capítulo, você será capaz de:

• entender como se elabora um modelo de gestão empresarial;

• compreender como se elabora a visão, a missão, as metas e

as estratégias;

• utilizar ferramentas de desenvolvimento de planos de ação;

• entender como se elabora um plano estratégico.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 142: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

140

No capítulo anterior, apresentamos um resumo das principais

teorias da administração de empresas e dos modelos de gestão,

com o objetivo de situá-lo no contexto geral das teorias admi-

nistrativas. Vimos que a prática da gestão empresarial para a

condução próspera de uma empresa demanda que os gestores

definam um modelo de gestão e que este seja conhecido por to-

das as pessoas envolvidas no empreendimento.

O modelo de gestão estrutura-se a partir das estratégias, da cul-

tura, das crenças e dos valores e também da composição organiza-

cional formal. É a partir das estratégias que o caminho que a em-

presa deve seguir é modelado para atingir resultados almejados.

Podemos dizer que um modelo de gestão deve configurar o

esquema de funcionamento de uma empresa, como um mapa a

orientar o navegante, como mostramos na figura a seguir:

Figura 2.1 – Exemplo de modelo de gestão

Missão Visão EstratégiasObjetivos ÉticaSustentabilidade• progresso

econômico;• meio ambiente;• responsabilidade

social.

Fornecedoresmatéria-prima

Planejamento estratégico e financeiro

Tecnologia de informaçõesTecnologia de produçãoPessoasProdução-qualidade

ProdutosVendas, marketingLogística de entregaControle e avaliação de resultados

Fonte: Adaptado de Rodriguez, 2007.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 143: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

141

Na figura anterior, vimos um fluxo no qual a missão, a visão, as

estratégias, os objetivos, a conduta ética e o tripé da sustenta-

bilidade – meio ambiente, progresso econômico e responsabi-

lidade social – devem ser previamente concebidos para, poste-

riormente, nortear o planejamento estratégico e financeiro da

empresa que, por sua vez, vai dar as coordenadas para a tec-

nologia da informação, a tecnologia de produção, a gestão de

pessoas, a produção e a qualidade. A partir dessas coordenadas,

os gestores terão condições de planejar produtos, vendas, com-

pras, logística de entrega, controle e avaliação de resultados. O

controle e a avaliação de resultados terão o planejamento estra-

tégico e financeiro como referência para comparações e análi-

ses, conforme indicamos a partir da linha pontilhada da figura.

Com essa visão preliminar em mente, de como configurar um

modelo atual de gestão, iremos estudar passo a passo a sua ela-

boração e utilização prática.

Passos e ferramentas para a construção de um modelo de gestão

O mundo globalizado exige que, cada vez mais, as empresas

que queiram continuar no mercado compreendem a necessi-

dade do planejamento e da determinação de estratégias para se

tornarem organizações competitivas nesse mercado cada vez

mais acirrado e complexo.

No mundo empresarial, há muitas empresas que definem suas

estratégias. Mas, em contrapartida, há inúmeras delas que não

elaboram seus planos estratégicos nem os operacionais.

2.1

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 144: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

142

Conforme vimos na seção sobre administração estratégica,

para dar início a um processo de planejamento, a organização

deverá nortear-se pelas respostas que o empreendedor deve

dar às perguntas: Qual é o negócio da empresa em questão e

como ela poderia vir a ser no futuro?

A estratégia não pode ser montada a partir de um sonho do

empreendedor, e sim a partir de dados da realidade da empresa.

É preciso entendermos qual o mercado de atuação, quais as

possibilidades de continuação e de expansão desse mercado e

quais as tendências econômicas que viabilizam a evolução da

empresa.

Análise SWOT

Para esse exercício de elaboração de estratégias empresariais,

podemos utilizar a análise SWOT, que já mencionamos ante-

riormente. Veja o exemplo no quadro a seguir:

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 145: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

143

Quadro 2.1 – Exemplo de análise SWOT, ou matriz Fofa, para uma empresa de material de limpeza

Fortalezas Fraquezas

Am

bien

te in

tern

o

Produtos ecológicos.

Boa qualidade de produto.

Imagem da empresa.

Variedade.

Preços competitivos.

Loja de varejo localizada em bairro residencial de classe média.

Produção de alto risco.

Matéria-prima altamente inflamável.

Capital de giro escasso.

Oportunidades Ameaças

Am

bien

te e

xter

no

Imagem da empresa.

Mercado consumidor de fácil acesso.

Melhoria da renda das classes C e D.

Fábrica localizada em zona residencial.

Matéria-prima dolarizada.

Concorrência desleal de empresas “fundo de quintal”.

Ressaltamos que esse tipo de exercício não é estático, assim, a

definição de estratégia pode ser mais ampla, de longo prazo.

Nesse contexto, o empresário deve compreender que o mundo

é volátil e, portanto, a análise SWOT deve ser frequente-

mente avaliada devido às mudanças ambientais que ocorrem

constantemente.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 146: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

144

A análise SWOT, ou Fofa, tem de ser elaborada criteriosa-

mente, com calma, levando em consideração a opinião de vá-

rias pessoas envolvidas com a organização, pois servirá de base

para a elaboração da missão e da visão da empresa.

A missão é obtida a partir da resposta de uma pergunta que o

empresário deve fazer a si mesmo e à sua equipe de gestores, os

quais conhecem o negócio: Qual o motivo da minha empresa

existir? A resposta a essa pergunta depende primeiramente

de saber o que é o negócio, quais são os produtos e serviços e

quem são os clientes. A partir dessas delimitações, é possível

definir a missão da empresa. Vejamos um exemplo:

Empresa: Carpintaria Progresso

Missão:

Atender as necessidades e realizar os sonhos dos nossos clientes,

praticar um relacionamento comercial ético e duradouro, for-

necer aos clientes produtos e serviços de qualidade assegurada

e garantir a sobrevivência da empresa e de seus colaboradores.

(Carpintaria Progresso, 2009)

Após o estabelecimento da missão, a empresa deverá definir a

sua visão, que representa o que a empresa quer ser no futuro.

A visão deve ser elaborada pelo principal líder da empresa, em

consonância com todos os levantamentos e definições elabo-

radas até esse momento. Ela deve ser difundida para todos os

seus colaboradores, sem distinção de nível hierárquico.

Para tornar a visão uma realidade, é necessário haver mé-

todos, projetos, ações e metas, ou seja, é preciso existir um

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 147: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

145

planejamento estratégico que leve a empresa até o futuro, ao

encontro de sua visão. Vejamos também um exemplo de visão:

Empresa: Alcoa Alumínio S.A.

Visão:

“A Alcoa almeja ser a melhor empresa do mundo.”

(Alcoa Alumínio S.A., 2009)

A partir da visão, define-se objetivos de curto, médio e longo

prazo que devem ser atingidos para a sua realização. Objetivos

são os passos que a empresa irá dar para atingir sua visão, por

isso, têm de ser estabelecidos com limites de datas. Por exem-

plo, a empresa quer atingir, em dois anos, um aumento de ven-

das da ordem de 50% em relação ao valor de vendas atual. Para

isso, terá objetivos de crescimento trimestrais da ordem de

6,25%. Resumindo, a visão é o ponto de chegada e os objetivos

demarcam a estrada a ser percorrida para se chegar lá.

Para saber mais

SANTOS, R. C. Manual de gestão empresarial: conceitos e aplicações nas empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2007.

Essa é uma obra de grande utilidade para o leitor ou para o estu-

dante aplicado que deseja aprofundar seus estudos sobre o tema.

Plano de ação

A ferramenta de plano de ação 5W2H é bastante recomendada

para a organização desses objetivos, como podemos ver no

exemplo do Quadro 2.2 a seguir:

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 148: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

146

Quadro 2.2 – Exemplo de aplicação de plano de ação 5W2H

WhatO quê

Aumento de

vendas.

Reduzir emissão de

CO2.

WhyPor quê

Ampliação da fatia

de mercado.

Diretriz da política

de meio ambiente.

WhereOnde

Triângulo Mineiro,

onde a empresa não

atua.

Fábricas que não

possuem equipa-

mentos adequados.

WhoQuem

Novos vendedores. Engenheiro res-

ponsável pelo meio

ambiente.

WhenQuando

1º. trimestre do

ano 20XX.

Até julho de 20XX.

HowComo

Contratando novos

vendedores.

Compra de novos

equipamentos.

How muchQuanto

R$ XY,00. R$ XYZ mil por

fábrica.

Fonte: Adaptado de Santos, 2004.

Ferramenta de acompanhamento

É importante que se definam indicadores de medição para

acompanhar os resultados, comparando-os com o os objetivos

preestabelecidos.

Uma ferramenta estratégica moderna e de grande utilidade

é o Balanced Scorecard (BSC), que pode ser utilizada para o

acompanhamento dos resultados financeiros e não financeiros

em relação ao planejado. Através do BSC é possível visualizar

onde a empresa está e onde ela quer chegar de maneira fácil e

prática.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 149: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

147

Vejamos no Gráfico 2.1 um exemplo dessa ferramenta aplicada

na prática. Esse exemplo destina-se a indicadores de desempe-

nho como: número de vendedores, número de unidades produ-

zidas, peças com defeito, lucro líquido e dias sem acidentes de

trabalho.

Gráfico 2.1 – Exemplo de gráfico de Balanced Scorecard

Real

Plano

Dias sem acidentes

Vendedores

Lucro líquido

Peças com defeito

Unidades produzidas

40

30

20

10

0

O gráfico demonstra, com dados fictícios, a posição clara da

empresa na situação real (linha cinza), em comparação com

a situação planejada (linha tracejada). Podemos observar que

três indicadores – número de vendedores, unidades produzidas

e lucro líquido – atingiram e superaram os objetivos planejados,

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 150: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

148

enquanto “peças com defeito” e “dias sem acidentes” tiveram re-

sultados menores que os planejados, o que tem significado tam-

bém positivo para a empresa, uma vez que ocorreu um menor

número de acidentes e de peças com defeito do que o esperado.

Essa ferramenta ficou conhecida, no Brasil, em 1997, com a

publicação do livro Estratégia em ação: Balanced Scorecard, de

Robert S. Kaplan e David P. Norton.

Por meio desse gráfico, é possível que a empresa tenha uma

visão geral dos seus indicadores financeiros e não financeiros

em apenas um gráfico, o qual revela para onde ela precisa ca-

minhar para atingir seus objetivos.

Para a definição dos objetivos, é preciso que avaliemos os pon-

tos favoráveis e os impedimentos que possam ocorrer ao longo

da jornada para o alcance da visão. Ambos podem vir de fatores

internos ou externos à organização. É por isso que essa análise

precisa ser cuidadosa, uma vez que nos baseamos em fatos reais

no presente e temos de projetar objetivos para atingir a visão no

futuro.

É fato que a maioria das empresas mede seu desempenho atra-

vés dos resultados financeiros, esquecendo-se de averiguar o

desempenho de seus indicadores não financeiros. Portanto, é

preciso, além de calcularmos o desempenho financeiro da or-

ganização, também medirmos os consumos de matéria-prima,

a produtividade e o desempenho das pessoas, os índices de

emissão de poluição, a satisfação dos clientes e dos colabora-

dores e indicadores específicos de cada negócio.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 151: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

149

O processo de implantação de um modelo de gestão empre-

sarial encontra, amiúde, impedimentos que obstruem o seu

desenvolvimento.

A resistência das pessoas em aceitar mudanças, inclusive da

própria direção da empresa, a falta de disciplina para seguir

novas regras de conduta, a falta de visão de futuro ou, até

mesmo, a visão equivocada baseada em ilusões e desejos, são

exemplos desses impedimentos. Por isso, esse exercício deve

ser feito com a participação do máximo de pessoas possível,

pois os colaboradores estão envolvidos diariamente com o co-

tidiano da empresa e podem contribuir apontando as barreiras

já existentes ou que possam vir a ocorrer.

Muitas vezes, é impedimento também principalmente em peque-

nas empresas, o conhecimento restrito que os empresários e ges-

tores têm do mercado em que atuam e das informações sobre

tendências macroeconômicas da economia mundial. Após a ela-

boração dos objetivos, é preciso identificar as estratégias.

Dando continuidade à metáfora da estrada, ilustrada pela

Figura 2.2, que utilizamos para elucidar o papel dos objetivos,

podemos dizer que, assim como os objetivos demarcam pon-

tos no caminho que deve ser percorrido, as estratégias são as

linhas que unem os pontos, dando contorno à estrada, a qual

se inicia na situação atual e desemboca na situação futura, que

será a visão tornando-se realidade presente.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 152: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

150

Figura 2.2 – Ilustração explicativa de estratégia e objetivos

Situação atual

Visão

Estratégias

Objetivos

Destacamos que a cultura organizacional é de fundamental im-

portância para a elaboração da visão da empresa, pois trata-se do

conjunto de valores e crenças formado pelas pessoas que com-

põem a organização. A visão deve levar isso em consideração,

pois uma visão revolucionária para as condições atuais da em-

presa necessita de uma estratégia também revolucionária para

alcançar resultados. Entretanto, perceba que isso só será possí-

vel se a cultura organizacional tiver condições de acompanhar

essa revolução. Caso contrário, as mudanças necessárias serão

tolhidas pelo contexto humano. Salientamos que uma forma de

solucionar esse tipo de impedimento é trazendo novas pessoas

para a empresa, as quais possam assumir lideranças de forma

contundente para propiciar as mudanças almejadas.

Também é importante que a organização determine os fluxos de

trabalho. As estratégias e os objetivos devem estar encadeados

com os processos de trabalho para que estes resultem no planejado.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 153: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

151

Processo de trabalho significa a definição das atividades de

forma clara desde o relacionamento com o fornecedor, passan-

do pela produção, até chegar ao cliente, conforme o mapa de

processos de Porter, na Figura 2.3 a seguir:

Figura 2.3 – Processos de Porter

Planejamento/Finanças

Pessoas/Meio Ambiente e Segurança

Tecnologia

Apoio

Logística de entrada

Produção Logística de saída

Forn

eced

ores

Insu

mos

Pro

duto

s AcionistaEmpregadoSociedade

Fonte: Rodriguez, 2007.

Observe que todas as atividades estão interligadas e o funcio-

nário entende-se como parte desse processo, o que facilita a

conclusão das tarefas que se encadeiam entre si, eliminando

lacunas de comunicação entre uma atividade e outra. Todos

conhecem o fluxo que o produto deve seguir, inclusive em ter-

mos administrativos e de controle. Por exemplo: quando a ma-

téria-prima chega à fábrica, é sabido que, antes de ser utilizada,

ela vai passar por um processo de entrada que compreende a

conferência do material recebido e a entrada desse material no

sistema de informações gerenciais que vai compor o estoque

contábil. Depois disso é que o material vai ocupar o seu lu-

gar no estoque físico, devidamente identificado, para depois se-

guir para a produção. Antes de ir para a produção, o material

precisa ser requisitado formalmente e a sua saída do estoque

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 154: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

152

precisa ocorrer no sistema de informações simultaneamente à

sua saída física, e assim por diante. Para melhorar a visualiza-

ção de um processo como este, são utilizadas ferramentas es-

pecíficas que explicaremos a seguir, dentro do assunto “análise

organizacional”.

Quando os processos da empresa estão definidos, podemos es-

colher quais indicadores serão medidos e confrontados com

os indicadores planejados. É costume classificamos os indica-

dores em indicadores de resultados, críticos de sucesso e de

desempenho.

Os indicadores de resultado são aqueles que demonstram se os

resultados estão coerentes com a visão da empresa. Exemplo:

retorno sobre o capital investido, retorno sobre o ativo, lucro

líquido sobre o faturamento.

Os indicadores críticos de sucesso estão ligados às estratégias

principais para alcançar os objetivos e são determinantes para

o sucesso do processo. Se eles não atingirem o planejado, é pre-

ciso encontrar os problemas e corrigi-los a fim de que as estra-

tégias funcionem e viabilizem a visão do negócio.

Os indicadores de desempenho constituem-se naqueles que

não são críticos, mas estão relacionados ao processo como um

todo e, portanto, necessitam ser medidos e acompanhados para

o bom resultado da organização, pois vão nos ajudar a medir se

a estrada formada pelos objetivos e pelas estratégias está real-

mente levando a empresa em direção a sua missão. Conforme

já mencionamos, as estratégias e os objetivos devem estar vin-

culados aos processos de trabalho.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 155: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

153

Estudaremos, a seguir, sobre a questão de organização, siste-

mas e métodos, que nos fornecerá ferramentas para a elabora-

ção de fluxos e processos.

Estudo de caso

Atente para o caso que apresentamos a seguir.

A empresa XYZ contratou um consultor, João Ferreira, para

fazer um diagnóstico da situação financeira e da forma de ges-

tão adotado por ela.

Ao fazer os levantamentos iniciais, João descobre que a em-

presa está enfrentando um momento financeiro delicado, ne-

cessitando buscar dinheiro no mercado.

A empresa compra matéria-prima antecipada e tem a intenção

de aumentar o volume de vendas. As vendas estão ocorrendo

conforme planejado, mas, para atingir os volumes almejados,

os vendedores ampliaram os prazos de pagamento.

A empresa também está enfrentando algumas dificuldades em

relação aos atrasos no prazo de entrega de seus produtos de-

vido à falta de alguns insumos que não foram comprados por

escassez de caixa.

O gerente de produção, ao ser entrevistado, contou ao João que

não faz planejamento de produção e produz conforme os pedi-

dos chegam. Disse também que a fábrica não tem capacidade

produtiva para atender a todos os pedidos e, por essa razão, a

entrega está atrasando.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 156: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

154

A fábrica tem duas máquinas para processar e embalar os pro-

dutos, porém uma está quebrada e a peça de reposição demora

30 dias para ficar pronta.

Os clientes estão reclamando e ameaçando cancelar os pedidos.

João solicita aos proprietários da empresa uma cópia do plano

estratégico e operacional para entender como a empresa havia

planejado o crescimento das vendas e descobre que a empresa

não elaborou nenhum planejamento. As ideias estão nas cabeças

dos proprietários.

Agora responda: Quais as recomendações que João deve dar ao

empresário que o contratou para solucionar o problema da em-

presa no presente e para que este não ocorra mais no futuro?

Síntese

Neste capítulo, vimos que o sucesso de uma empresa está li-

gado à eficiente elaboração de um modelo de gestão empresa-

rial. Para isso, é necessário que os gestores definam estraté-

gias e conheçam a cultura, as crenças e os valores da empresa

e também a sua composição organizacional formal. É a partir

das estratégias que modelamos o caminho que a empresa deve

seguir para atingir os resultados almejados.

Ao elaborarmos a missão e a visão da empresa, devemos traçar

também os objetivos para atingi-las.

Utilizamos como exemplo ferramentas de análise SWOT,

5W2H e BSC e apresentamos uma sequência de tarefas a fim

de elucidar o caminho a seguir na elaboração de um plano es-

tratégico para a empresa.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 157: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

155

Questões para revisão

1. Qual a utilidade de um modelo de gestão empresarial?

2. Quais perguntas um empresário deve fazer para si e para

seus gestores antes de definir a missão de sua empresa?

3. Indique verdadeiro (V) ou falso (F) para os itens que devem

ser previamente concebidos antes de se elaborar o plano

estratégico e financeiro da empresa. Em seguida, marque a

alternativa que mostra a sequência correta:

( ) Missão.

( ) Motivação.

( ) Orçamento.

( ) Fluxo de caixa.

( ) Visão.

( ) Estratégias e objetivos.

( ) tripé da sustentabilidade.

a. F, V, F, F, V, F, V.

b. V, F, F, F, V, V, V.

c. V, F, V, F, V, V, V.Ne

nhum

a par

te de

sta pu

blica

ção p

oder

á ser

repr

oduz

ida po

r qua

lquer

meio

ou fo

rma s

em a

prév

ia au

toriza

ção d

a Edit

ora I

bpex

. A vi

olaçã

o dos

dire

itos a

utora

is é c

rime e

stabe

lecido

na Le

i nº 9

.610/1

998 e

punid

o pelo

art. 1

84 do

Cód

igo P

enal.

Page 158: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

156

4. Assinale verdadeiro (V) ou falso (F) para as seguintes afir-

mações. Em seguida, marque a alternativa que mostra a

sequência correta:

( ) As análises Fofa e Swot são diferentes uma da outra.

( ) A sigla Fofa significa fraquezas, oportunidades, fortale-

zas e ameaças.

( ) Swot é uma ferramenta de análise orçamentária.

a. V, V, F.

b. V, F, V.

c. F, V, F.

5. Sobre a visão e a missão de uma empresa, marque a alter-

nativa correta:

a. São sinônimos.

b. São complementos do sonho do empresário.

c. A missão estabelece-se primeiro e a visão, depois.

Questões para reflexão

1. Como se utiliza a ferramenta 5W2H?

2. Quais tarefas um gestor precisa realizar antes de iniciar a

elaboração de um plano estratégico para a empresa?

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 159: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

Or g

a n i z a ç ã o , s i st

em

as

e m

ét

od

os

(O

SM

)

capítulo 3

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 160: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

158

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 161: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

159

Conteúdos do capítulo

• Significado e função de OSM

• Análise organizacional

• Manual de procedimento padrão

• Sistema de informação gerencial

Após o estudo deste capítulo, você será capaz de:

• entender o significado e a função de OSM;

• compreender como se processa uma análise organizacional;

• elaborar um manual de normas e procedimentos;

• entender como se procede para viabilizar a implantação de

um sistema de informação gerencial.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 162: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

160

Você sabe desmenbrar a sigla OSM ? Sabe o significado das pa-

lavras organização, sistemas e métodos ? Para compreendermos o

objeto de estudo de OSM, podemos começar analisando o sig-

nificado da expressão organização, sistemas e métodos a partir das

explicações encontradas no Dicionário Aurélio (Ferreira, 2004)

para as palavras que a compõem: organização quer dizer “asso-

ciação ou instituição com objetivos definidos ou o modo pelo

qual se organiza um sistema”; sistema é a “disposição das partes

ou dos elementos de um todo, coordenados entre si, e que funcio-

nam com estrutura organizada”; método é a “maneira pela qual se

realiza uma operação segundo determinadas normas”.

Disso depreendemos que essa área do conhecimento estuda

a forma pela qual uma instituição organiza-se através da dis-

posição de suas partes em um sistema coordenado, de modo

a controlar os processos padronizados por meio de normas,

procedimentos, métodos e rotinas que compõem a estrutura

organizacional.

Podemos dizer, também, que OSM consiste em um conjunto

de técnicas que objetivam o aprimoramento do funcionamento

das organizações. Sua função básica é a de executar tarefas de

levantamento, análise, elaboração e implantação de sistemas

administrativos, com o intuito de aperfeiçoar os métodos de

trabalho, agilizar a execução de tarefas, eliminar trabalhos em

duplicidade, padronizar e controlar o andamento das rotinas do

cotidiano empresarial. Por meio do controle e das análises das

tarefas executadas nesse processo, é possível detectar eventuais

problemas, sendo função da atividade de OSM encontrar a

solução para saná-los.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 163: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

161

Para Rocha (1998), OSM define-se como: “função mista de or-

ganização e planejamento desenvolvendo-se na construção da

estrutura de recursos e de operações de uma instituição, assim

como na determinação de seus planos, principalmente na de-

finição dos procedimentos, rotinas e dos métodos”; para Cruz

(2002), como: “Estudo das organizações por meio da análise

de cada uma das suas atividades, a fim de criar procedimentos

que venham a interligá-las de forma sistêmica”.

Analisando essas definições, podemos perceber que a função do

estudo e da aplicação de ferramentas de OSM está diretamente

ligada com o bom funcionamento da empresa e é fundamen-

tal para a gestão empresarial, uma vez que analisa, soluciona

e sistematiza informações de maneira padronizada, facilitando

a compreensão dos processos organizacionais. Consiste, assim,

em uma ferramenta básica para a implantação de um modelo

de gestão. É a análise organizacional que vai detectar como é o

funcionamento atual da empresa para, posteriormente, sugerir

mudanças à adequação ao novo modelo de gestão que se quer

implantar.

Atualmente, a OSM está focada principalmente em processos

e tornou-se também estratégica, auxiliando na elaboração e na

melhoria dos procedimentos. Tem como objetivos básicos eli-

minar o que é supérfluo ou desperdício, com o intuito de ma-

ximizar resultados e minimizar custos por meio da otimização

de recursos e introdução de métodos mais eficazes de trabalho.

A análise e o acompanhamento de processos resultam em au-

mento de produtividade, redução de ociosidade, aumento da efi-

cácia e eficiência ao menor custo possível, adequando a utiliza-

ção de recursos materiais, pessoais, de tempo e de espaço físico.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 164: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

162

Processo de análise organizacional

O processo de análise organizacional carece ter caráter per-

manente na rotina das organizações, pois é uma ferramenta

imprescindível tanto para a identificarmos os problemas como

para a propormos soluções e ações que eliminarão os que fo-

rem identificados.

A seguir, descrevemos um roteiro básico e prático para que

você, estudioso da gestão empresarial, saiba como proceder

para rea lizar um processo completo de análise organizacional,

levantando necessidades através da estrutura da empresa e de

seus sistemas. Nosso ponto de partida é a atividade de análise,

que consiste em elaborar um diagnóstico da situação real da

estrutura empresarial por meio do estudo dos processos e de

tarefas relacionadas e interligadas entre si.

Você sabe o que é um “processo” ?

Um processo caracteriza-se por um conjunto de tarefas distin-

tas e interligadas que resulta em produtos e serviços específi-

cos num determinado espaço de tempo.

Uma ferramenta básica para esse tipo de análise é o desenho

de fluxogramas dos processos, o qual tem a função de demons-

trar como as tarefas se interligam formando o processo. Para

elaborar um fluxograma, precisamos aprender alguns símbo-

los mais usados e de fácil assimilação, os quais demonstramos

a seguir:

3.1

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 165: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

163

Representa a atividade, a tarefa.

Representa uma decisão que precisa ser tomada.

Usado para fazer uma conexão dentro da página.

Usado para fazer conexão de fluxo em páginas

diferentes.

Representa um documento, relatório.

Setas indicam as direções que o fluxo segue.

Início ou fim do processo.

Ressaltamos que um padrão é resultado do consenso entre as

pessoas que o definiram e pode ser alterado sempre que necessá-

rio, desde que haja novo consenso entre as pessoas responsá-

veis por sua elaboração. Assim, um padrão jamais poderá ser

modificado pela decisão de uma única pessoa.

Para que o conjunto de informações que estabelecem as re-

gras e os padrões que a empresa deve seguir seja facilmente

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 166: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

164

compreendido, sugerimos uma sequência de procedimentos ex-

plicados na sequência.

Procedimento padrão gerencial de sistema (PPGS)

Um sistema é um conjunto de processos distintos e integrados

que, de forma integrada e coordenada, tem objetivos comuns,

como gerar produtos e serviços em consonância com as carên-

cias identificadas do mercado. Assim, o sistema padrão deve

ser representado por um macrofluxo que define o escopo ge-

ral e a sequência das “macroatividades” da empresa, utilizando,

para tanto, a simbologia do fluxograma. Podemos observar um

exemplo de macrofluxo na Figura 3.1, na qual destacamos um

sistema de produção da linha de material de limpeza doméstica

de uma fábrica de produtos químicos de limpeza.

Figura 3.1 – Macrofluxo de um sistema de produção

Compra de matéria-prima

Armazenagem de matéria-prima

Processo de produção

Distribuição Atacado

Varejo

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 167: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

165

O objetivo do desse sistema é produzir e distribuir produtos de

limpeza doméstica com boa qualidade, preços acessíveis e que

satisfaçam aos consumidores.

Esses processos, quando olhados de perto, subdividem-se em

muitos outros subprocessos, os quais estão distribuídos nas di-

versas áreas e se interligam entre si, como veremos a seguir.

Veja que, para estar completo, um procedimento padrão geren-

cial de sistema precisa conter: título, os objetivos do sistema,

as macroáreas que compõem o sistema e as pessoas responsá-

veis por elas, a data da elaboração e os nomes das pessoas que

o elaboraram.

Procedimento padrão gerencial de processo (PPGP)

É um documento produzido pelos vários colaboradores que

executam as tarefas inclusas no processo, representado por

meio de um fluxograma que demonstra o conteúdo sequen-

cial da metodologia de trabalho e é mais detalhado em rela-

ção ao primeiro. Para ilustrar esse detalhamento, apresenta-

mos a célula “Compra de matéria-prima” do sistema, como se

dela tivesse sido tirada uma “foto com zoom”. Assim devemos

proceder com cada uma das células do macrofluxo desenhado

anteriormente.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 168: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

166

Figura 3.2 – “Foto com zoom” de um dos setores do macrofluxo

Compra de matéria-prima

Requisição de compra

Armazenagem de matéria-prima

Cotação de preços

Processo de produção

Ordem de compra

Distribuição Pedido do fornecedor

Atacado

Varejo Informar tesouraria

Observe que um PPGP se completa quando apresenta, além

do título e do fluxograma do processo, os resultados esperados

para o processo em consonância com as metas planejadas para

aquele setor e os cargos responsáveis pelo processo; o prazo de

execução das tarefas e o código do procedimento operacional

padrão (POP) que padroniza a tarefa; a data da elaboração e os

nomes das pessoas que o elaboraram. Veremos a seguir qual a

função e utilidade prática do POP.

Procedimento operacional padrão (POP)

O POP é o documento que descreve como uma tarefa é

executada, no qual é importante conter todas as atividades

necessá rias para o desenvolvimento desta. Deve ser desenvolvido

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 169: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

167

por colaboradores habilitados, que conheçam a tarefa e saibam

executá-la. Porém, antes de continuarmos, vamos entender o

que são as tarefas e atividades apresentadas.

tarefa é um conjunto de atividades diferentes entre si, mas in-

terligadas, que produz um resultado específico e esperado num

espaço de tempo definido.

Por sua vez, atividade corresponde a uma das partes integran-

tes de uma tarefa. Várias atividades realizadas em uma sequên-

cia determinada resultam em uma tarefa executada, porém, se

as atividades forem executadas parcialmente, não geram o re-

sultado esperado, que é a tarefa concluída.

Na elaboração dos POPs, devemos nos preocupar em sermos

claros desde a escolha do título da tarefa, que não pode sermos

ambíguo, furtando-se de semelhanças de termos para evitar

conflitos ou falhas de entendimento pelo receptor. O POP deve

conter, além da descrição clara da atividade, o resultado espe-

rado após a execução desta em consonância com objetivos e

metas estabelecidos pelo plano estratégico da empresa.

Ele também deve descrever os materiais, ferramentas e equi-

pamentos de segurança que serão utilizados na execução da

tarefa. Entretanto, transcrever as tarefas rotineiras que todos

fazemos mecanicamente para uma folha de papel nem sempre é

uma tarefa fácil, por isso devemos tomar alguns cuidados como,

por exemplo: jamais copiar procedimentos de livros ou de ou-

tras organizações, pois existem particularidades que perten-

cem só a nossa empresa; é importante também fazermos aná-

lises críticas (pelo menos duas vezes por ano) sobre a aplicação

dos procedimentos, para saber se eles estão sendo seguidos;

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 170: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

168

a linguagem utilizada no POP deverá estar em consonância

com o grau de instrução das pessoas envolvidas nas tarefas,

para isso, dê preferência a uma linguagem simples e objetiva.

Observe a seguir um modelo de POP.

Figura 3.3 – Modelo de POP

Empresa: XY

Responsável: Data: / /

Revisão: 0.0

Procedimento operacional padrão telefonista (de uma loja de varejo não informatizada).

Como atender ao telefone: sempre ao primeiro toque (máximo três toques).

Ao atender, falar pausadamente o nome da empresa e o nome do atendente, seguido de/Bom dia/Boa tarde/Boa noite.

Transferência de ligações: antes de transferir, certifique-se de que a pessoa solicitada encontra-se disponível. Se estiver, transfira, se não, anote o recado, caso não possa ajudar a pessoa que está ao telefone.

Recados: Anotar todos os recados no bloco de recados com papel timbrado da empresa, passando-os para cada funcionário.

Elaboração do manual de procedimentos, processos e sistemas (MPPS)

O conjunto dos procedimentos explicados nos três primeiros

itens – PGPS, PGPP e POP – compõe o MPPS da empresa,

que deve ser divulgado a todos os colaboradores através de

um manual de treinamento, a fim de que compreendam o con-

texto onde estão inseridos e saibam qual é o seu papel dentro

da organização.

3.2Ne

nhum

a par

te de

sta pu

blica

ção p

oder

á ser

repr

oduz

ida po

r qua

lquer

meio

ou fo

rma s

em a

prév

ia au

toriza

ção d

a Edit

ora I

bpex

. A vi

olaçã

o dos

dire

itos a

utora

is é c

rime e

stabe

lecido

na Le

i nº 9

.610/1

998 e

punid

o pelo

art. 1

84 do

Cód

igo P

enal.

Page 171: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

169

Manual de treinamento em padronização (MTP)

O MPPS será desmembrado para que cada colaborador receba

treinamento adequado à sua função e ao processo ao qual está

vinculado. O manual deve ser redigido de forma clara, objetiva

e ficar disponível ao colaborador sempre que houver necessi-

dade de consulta. O colaborador jamais deve iniciar uma nova

tarefa sem conhecer sua metodologia de execução. Sempre que

um funcionário mudar de função, deverá ser treinado para tal

de acordo com os procedimentos padrões de cada cargo.

Salientamos que a elaboração de um manual de procedimen-

tos não o torna definitivo, pois, como já citamos anterior-

mente, a atividade do analista organizacional é constante. Os

padrões devem ser revisados e atualizados sistematicamente,

com o obje tivo de propiciar melhoria contínua para todos os

proce ssos e, consequentemente, nos resultados da organização.

Por essa razão, todo padrão deve conter um campo controle

que será preenchido com o número de sua revisão, sendo o pri-

meiro numerado como “revisão 00”.

Ressaltamos também que a padronização de processos e seus

relatórios e manuais requerem uma linguagem uniformizada, a

ser definida pelos responsáveis pelo programa de padronização.Ne

nhum

a par

te de

sta pu

blica

ção p

oder

á ser

repr

oduz

ida po

r qua

lquer

meio

ou fo

rma s

em a

prév

ia au

toriza

ção d

a Edit

ora I

bpex

. A vi

olaçã

o dos

dire

itos a

utora

is é c

rime e

stabe

lecido

na Le

i nº 9

.610/1

998 e

punid

o pelo

art. 1

84 do

Cód

igo P

enal.

Page 172: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

170

Para saber mais

OLIVEIRA, D. P. R. Sistemas, organização & métodos: uma abordagem gerencial. 18. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

Nessa obra, você encontra um tratado em linguagem simples

sobre sistemas administrativos e de informações muito per-

tinente ao tema do capítulo. Aspectos históricos também são

abordados pelo autor.

Sistemas de informação gerencial

Assim como todos os processos precisam ser padronizados, as

informações da empresa também. Os sistemas de informação ge-

rencial são as ferramentas básicas para padronização e análise

das informações que mostram a situação geral da organização.

Para O´Brien (2001) e Stair (1998), um Sistema de Informação

é um tipo especializado de sistema, e pode ser definido de inúme-

ros modos. Uma forma é dizer que sistemas de informação são

conjuntos de elementos ou componentes inter-relacionados que

coletam (entrada), manipulam e armazenam (processo), disse-

minam (saída) os dados e as informações e fornecem um meca-

nismo de feedback.

A “entrada” envolve a captação e reunião de elementos e novos

dados que entram no sistema para serem processados, por exem-

plo: horas normais e extras efetuadas pelos funcionários, volume

e tipo de produtos feitos por hora, ou dia, mês e ano etc. O “pro-

cessamento” envolve processos de transformação, que convertem

dados (entrada) em saídas úteis. Por exemplo: índice de pro-

dutividade média, produção média individual diária de cada

3.3

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 173: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

171

máquina, custo operacional médio por máquina, taxa de refugo

ou de segunda qualidade etc. Já a “saída” envolve a transferên-

cia de dados e informações processados até seu destino final, ou

seus usuários finais como gerentes e diretores de organizações.

Esses [sic] são os usuários finais que recebem os dados e infor-

mações para tomar decisões. A recepção dos dados e informações

pelos usuários permite que estes possam dar suas impressões acer-

ca da utilidade, confiabilidade e fidedignidade das informações

para os operadores do sistema. Este mecanismo de troca de per-

cepções para o ajuste dos processos dos sistemas de informações

chama-se feedback ou retroalimentação. (Santos, 2007)

Complementando a citação, podemos dizer que um sistema de

informação é alimentado com dados. Qual é a diferença en-

tre um dado e uma informação ? Dado é qualquer elemento

identificado em sua forma bruta que por si só não conduz a ne-

nhuma conclusão. Podemos dizer que o que diferencia um dado

de uma informação é o conhecimento que a informação trans-

mite ao analista. O dado transformado em informação gera co-

nhecimento. Observe um exemplo: a empresa tem, em sua base

de dados, a quantidade de produção, o custo da matéria e o nú-

mero de empregados. Esses dados analisados transformam-se

em informação e a sua interpretação gera conhecimento. No

exemplo citado, ao analisarmos os dados, podemos chegar a

informações traduzidas em capacidade de produção, custo de

venda do produto e produtividade do funcionário.

O processo decisório de uma empresa está fortemente ligado

ao sistema de informação gerencial, porém, para que esse sis-

tema seja confiável, é necessário que ele seja alimentado de

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 174: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

172

forma correta e consciente. É imprescindível que o sistema de

informação seja eficiente para um processo adequado de deci-

sões, pois a forma de apresentação da informação pode afetar

sua utilização. Salientamos que a informação fidedigna afeta e

influencia a produtividade, a lucratividade e as decisões estra-

tégicas das empresas.

Um sistema de informação gerencial, desde que corretamente

utilizado, fornece às empresas oportunidade de obter diversos

benefícios, como: redução de custos nas operações; facilidades

no acesso às informações com a geração de relatórios mais pre-

cisos e rápidos, com menor esforço; melhoria na produtividade,

nos serviços realizados e oferecidos, na tomada de decisões, por

meio do fornecimento de informações mais rápidas e precisas,

e na estrutura organizacional para facilitar o fluxo de informa-

ções; redução do grau de centralização de decisões na empresa,

entre outros.

Estrutura básica de um sistema de informações gerenciais

O sistema de informações é estruturado a partir de um con-

junto de subsistemas. Os subsistemas refletem as diversas áreas,

funções e atividades que a empresa deve ter em sua estrutura.

Ressaltamos deve ter porque nem sempre as empresas já estão

estruturadas adequadamente quando descobrem que necessitam

urgentemente de um sistema de informações.

A maioria das micro e pequenas empresas é concebida de acordo

com as características e personalidade de seu proprietário: ta-

lento, sensibilidade e vontade de realizar algo, potencial de

venda e de captar investimentos, de identificar oportunidades ou

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 175: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

173

de influenciar pessoas com talento. A empresa é criada, então, à

imagem e semelhança do empresário. Muitas vezes, ocorre de o

proprietário acumular funções técnicas, operacionais e adminis-

trativas da empresa, o que faz com que características pessoais

moldem a estrutura e o funcionamento desta. Cada empreendi-

mento, dessa forma, terá estrutura peculiar, dependendo exclu-

sivamente de seu idealizador. Observe que o processo decisório,

nesse tipo de empreendimento, não é padronizado e, por isso,

torna-se mais vulnerável a incertezas do ambiente.

Normalmente, as grandes empresas possuem a divisão de se-

tores como compras, vendas, produção, qualidade, marketing,

recursos humanos, entre outros. No entanto, isso não acon-

tece nas pequenas empresas, onde, muitas vezes, essa divisão

é impossível, pois, invariavelmente, não possuem pessoas em

quantidade suficiente e a forma como a empresa é gerida não

propicia a delegação de responsabilidades, o que sobrecarrega

seus proprietários. Isso é uma situação grave, pois o destino da

empresa depende exclusivamente de seu “dono”, o qual acredita

que detém todas as informações em sua cabeça e, muitas vezes,

é resistente à informatização, “sonhando” que pode dar conta

de todos os processos.

Quando encontramos esse perfil de empresário, a mudança de

foco para a implantação de sistema de informação é bastante

complicada, mesmo que ele diga que está de acordo e que ne-

cessita do sistema. É preciso, então, que saibamos lidar com as

crenças, valores e costumes desse empreendedor.

Basicamente, um sistema de informação gerencial deve abran-

ger os subsistemas que compõem a empresa: vendas, produção,

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 176: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

174

administração financeira, administração de materiais, admi-

nistração de recursos humanos, administração de serviços e

gestão empresarial. Estes subdividem-se em funções necessá-

rias ao funcionamento de uma empresa.

É possível ainda encontrarmos no mercado diversas pequenas

empresas que não possuem sistemas informatizados e têm seus

controles feitos manualmente, o que gera uma quantidade in-

terminável de papéis que estão longe de servir para qualquer

tipo de análise estratégica. Entretanto, a velocidade do mer-

cado, a competitividade e as incertezas da situação econômica

têm feito com que as empresas necessitem de formas mais ágeis

e que facilitem a tomada de decisão, pois você sabe, o mercado

não espera até que os empresários consigam avaliar seus ne-

gócios analisando montanhas de papel. Aliado a isso, o custo

cada vez menor dos computadores e a existência de softwares

de gestão integrada a custos mais baixos fazem com que essas

tecnologias fiquem mais acessíveis, possibilitando ao pequeno

empresário o investimento em informatização da empresa, vi-

sando melhor desempenho em relação aos concorrentes.

Planejamento para implantação de um sistema

Na prática da consultoria de gestão empresarial, pudemos ana-

lisar inúmeros sistemas de informação gerencial. Em geral, os

sistemas encontrados no mercado subdividem-se em duas ca-

tegorias básicas: ou são sistemas prontos, chamados de pacotes

fechados, ou são feitos sob encomenda, de acordo com a necessi-

dade dos empresários. Normalmente os sistemas prontos são

mais simples e de custo mais acessível, o que os torna mais

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 177: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

175

utilizados pelas pequenas empresas, que nem sempre possuem

recursos suficientes para esse tipo de investimento.

Contudo, é importante frisarmos que a decisão de investir em

informatização precisa ser muito bem planejada, a fim de que

não seja desastrosa para a empresa, sobretudo se esta e os fun-

cionários não estiverem totalmente capacitados a lidar com

essa nova tecnologia.

É aconselhável uma avaliação criteriosa antes de investir nos

equipamentos e softwares, pois a escolha do sistema de infor-

mação é de fundamental importância para o sucesso do inves-

timento. Depois de identificada a necessidade de implantação

de um sistema de informação, a empresa deverá avaliar o que

realmente precisa para, assim, comparar todos os pacotes ofe-

recidos no mercado (custo-benefício) e escolher um sistema

que mais se adapte a ela. As empresas de produção de bens

encontram maior dificuldade em escolher sistemas devido às

especificidades dos custos de produção, que variam caso a caso,

conforme o setor produtivo. Os pacotes prontos normalmente

não se adéquam a muitos setores produtivos. O que encontra-

mos no mercado são sistemas que atendem a este ou aquele se-

tor isoladamente.

Para que o processo de informatização seja bem-sucedido, os

empresários devem seguir alguns passos:

• Aprender sobre informatização visitando empresas do mes-

mo setor que já sejam informatizadas.

• Contratar pessoas especializadas para fazer uma boa ava-

liação inicial das necessidades da empresa.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 178: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

176

• Analisar os controles manuais utilizados atualmente, con-

versando com os colaboradores responsáveis por eles.

• Identificar o que precisa ser informatizado.

• Definir primeiro os softwares que serão utilizados, antes de

comprar qualquer equipamento.

• Verificar a real necessidade de equipamentos, de instala-

ções elétricas apropriadas, de implantação de redes internas

e de acessos à internet.

• Fazer orçamentos em fornecedores diferentes e pesquisar a

satisfação dos clientes das empresas orçadas.

• Estabelecer um cronograma interno e outro para a empre-

sa de informática contratada (quando terceirizada).

• Conscientizar e treinar colaboradores para adaptá-los às

novas atividades informatizadas.

Um sistema de informação gerencial deve conter uma estru-

tura mínima, que é básica e comum a praticamente todo tipo

de negócio, e especificidades que variam de acordo com as ca-

racterísticas essenciais da organização.

Destacamos que a estrutura mínima necessária deve ser pró-

xima ao que se segue: cadastros de fornecedores; transporta-

doras; representantes; clientes; funcionários; tabelas de preços;

códigos de barras; produtos; bancos; contas contábeis; gru-

pos de contas e centros de custos; rotinas para entradas de

matéria-prima; reajustes de preços; controles de contas a re-

ceber e contas a pagar; emissão de nota fiscal; cupom fiscal;

vendas de balcão; movimento de caixa; pedidos e orçamentos;

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 179: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

177

controle de estoque; previsão de compras; controle de comis-

sões; folha de pagamento; controle de vales; gerador de rela-

tórios para previsão de fluxo de caixa; apuração de resultados

mensais; balanço patrimonial; relatórios de faturamento e de

entradas de materiais.

Salientamos ainda que as estruturas específicas deverão ser

identificadas de acordo com o tipo de processo de produção.

Por exemplo: a produção de “móveis sob encomenda” tem uma

estrutura de custos específica, pois depende do modelo do mó-

vel e de suas medidas. Cada móvel, em sua grande maioria, é

único, com características e medidas peculiares, já que são sob

encomenda. A falta de padronização dos móveis não permite

que o sistema seja desenvolvido também com uma fórmula

padrão. Já uma produção de materiais de limpeza opera com

fórmulas de custo padrão, o que facilita a formação do custo do

produto, porém esse tipo de fórmula é específico desse tipo de

indústria. Dessa forma, é necessário que procuremos um sis-

tema que disponha de possibilidades de parametrização desse

tipo de formulação.

Existem ótimos sistemas para esse tipo de produção, entretanto,

nem sempre são acessíveis em termos financeiros. É um desafio

para os especialistas das áreas de informática construir pacotes

funcionais e eficientes para as pequenas empresas industriais, os

quais se adaptem ao processo produtivo destas e que caibam em

sua reduzida capacidade de investimento. É realidade o fato de

que, mesmo dispostos a organizar suas empresas, muitos em-

presários esbarram no obstáculo “custo do investimento”, o que

os faz prosseguir sem a almejada informatização. Assim, veja só,

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 180: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

178

por ironia do destino, sem a informatização não conseguem oti-

mizar seus negócios para crescer e investir.

Síntese

Neste capítulo, estudamos como utilizar os conceitos de or-

ganização, sistemas e métodos. Entendemos que essa área do

conhecimento estuda a forma pela qual uma instituição se or-

ganiza, por meio de um sistema coordenado para controlar pro-

cessos através de normas, procedimentos, métodos e rotinas.

Compreendemos também que a análise organizacional é ferra-

menta fundamental para a localização de problemas e identifi-

cação de soluções. Estudamos a composição de um manual de

procedimentos que contém todas as normas, procedimentos,

métodos e rotinas da empresa, com o objetivo de registrá-las

e divulgá-las aos colaboradores. Aprendemos ainda que os sis-

temas de informação gerencial são ferramentas básicas para

padronização e análise da informação destinadas a viabilizar a

compreensão dos resultados de uma empresa.

Questões para revisão

1. Quais são os símbolos utilizados para a elaboração de um

fluxograma e qual o significado de cada um deles?

2. Quais os passos que um gestor deve seguir para realizar

com sucesso a implantação de um sistema?

3. POP significa:

a. Problemas operacionais padrão.

b. Procedimentos operacionais e problemas.

c. Procedimentos operacionais padrão.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 181: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

179

4. Um dos objetivos da OSM é:

a. eliminar desperdícios.

b. maximizar resultados.

c. As duas anteriores estão corretas.

5. Escolha a alternativa que melhor preenche a lacuna em

branco:

O ponto de partida é a atividade de ________, que consiste em

elaborar um diagnóstico da situação real da estrutura empresa-

rial por meio de estudos dos processos e das tarefas relacionados

e interligados entre si.

a. Método.

b. Análise.

c. Impacto.

Questões para reflexão

1. Qual o significado da expressão organização, sistemas e

métodos?

2. Qual a função de um sistema de informação gerencial para

uma organização?Ne

nhum

a par

te de

sta pu

blica

ção p

oder

á ser

repr

oduz

ida po

r qua

lquer

meio

ou fo

rma s

em a

prév

ia au

toriza

ção d

a Edit

ora I

bpex

. A vi

olaçã

o dos

dire

itos a

utora

is é c

rime e

stabe

lecido

na Le

i nº 9

.610/1

998 e

punid

o pelo

art. 1

84 do

Cód

igo P

enal.

Page 182: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 183: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

G e s t ã o d e p e s s o a s

capítulo 4

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 184: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 185: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

183

Conteúdos do capítulo

• Evolução histórica

• Método para gestão de pessoas

• Motivação

• Liderança

• Comunicação empresarial

• Ética empresarial

Após o estudo deste capítulo, você será capaz de:

• compreender qual o papel da gestão de pessoas;

• entender o que motiva o homem para o trabalho;

• conhecer as habilidades necessárias para ser um bom líder;

• compreender a importância da comunicação empresarial;

• compreender a importância da ética nas organizações.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 186: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

184

A equipe é a maior vantagem competitiva que uma empresa

pode ter!

Sobre isso, Chiavenato (2008) afirma:

As organizações não operam na base da improvisação. Nem

funcionam ao acaso. Elas são intencionalmente criadas para

produzir alguma coisa: serviços, produtos ou o que seja. Para

tanto, utilizam energia humana e não humana para trans-

formar matérias-primas em produtos acabados ou serviços

prestados. Embora possuam coisas físicas e inanimadas, com

edifícios, salas, máquinas e equipamentos, instalações, mesas,

arquivos etc., as organizações são, afinal de contas, constituídas

por pessoas. Elas somente podem funcionar quando as pessoas

estão em seus postos de trabalho e são capazes de desempenhar

adequadamente os papéis para os quais foram selecionadas, ad-

mitidas e preparadas.

Observe que as teorias evoluíram conforme o homem evoluiu

em suas relações com o trabalho, com a sociedade e consigo

mesmo. A tendência inicial dos estudos da teoria geral da ad-

ministração era analisar a organização como estrutura funcio-

nal, não dando ênfase, em um primeiro momento, ao papel fun-

damental do homem dentro das empresas. A análise mais usual

das teorias administrativas era feita a partir das transforma-

ções econômicas das nações; transformações estas que refletem

na forma de gerenciamento das empresas.

A evolução histórica da gestão de pessoas passou por diversos

modelos ao longo das transformações ocorridas pré e pós-

-Revolução Industrial.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 187: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

185

Como vimos, a produção em série de Henry Ford e a racionali-

zação dos tempos e movimentos de Taylor também trouxeram

para as organizações um formato autocrático e absolutista de

gerir pessoas nas empresas. Entretanto, atualmente, a compe-

titividade cada vez mais acirrada, proporcionada pelo mercado

sem fronteiras, fez com que muitas organizações passassem a

repensar o modo como gerenciam seu capital humano. As em-

presas autocráticas ainda persistem e continuam obtendo re-

sultados, porém, você agora já sabe, surgiram novos métodos

de gestão menos centralizadores, mais participativos, que va-

lorizam as ideias inovadoras de seus trabalhadores, em todos

os níveis hierárquicos, e que propiciam resultados mais dura-

douros. O fator humano deixa sua posição operacional para

ocupar um espaço de destaque como fator estratégico de ges-

tão empresarial.

A qualificação do profissional adquire uma característica cíclica

e contínua. O profissional carece aprender e reaprender conti-

nuamente, acumular conhecimento, transformar informações,

criar novas ideias e novos processos, oferecer à empresa a sua

capacitação técnica aliada à sua forma de trabalhar. O profissio-

nal, dessa forma, oferece à empresa as suas competências, que

unem os fundamentos técnicos e científicos a suas habilidades

em saber como fazer e por que fazer. O contexto empresarial

dinâmico e flexível, nessa era globalizada, exige do profissional

um saber aprender constante, associado ao saber transformar o

aprendido em prática, inovação e produtividade.

Como mencionamos anteriormente, as pessoas são a chave

para as empresas alcançarem seus objetivos. Através delas,

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 188: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

186

as empresas conseguem fazer acontecer, pois são elas que de-

têm o conhecimento e que podem trazer novos aprendizados e

novas aplicações práticas para as organizações.

Enfatizamos que é função estratégica da gestão de pessoas

descobrir, atrair, reter e desenvolver talentos. Colaboradores

motivados e comprometidos aumentam a produtividade e a lu-

cratividade. Entenda que um modelo de gestão de pessoas é

necessário para toda organização que quiser desenhar um ca-

minho para adequar as necessidades de satisfação dos trabalha-

dores à necessidade de resultados.

Método para gestão de pessoas

O ciclo de atração e desempenho é um método que viabiliza

a gestão de pessoas de uma organização, constituindo-se das

seguintes fases: planejamento de pessoas; recrutamento; sele-

ção; treinamento; definição de objetivos; orientação e aconse-

lhamento; avaliação; correção; reconhecimento; remuneração.

Observe que o planejamento de pessoas consiste em definir

qual função a pessoa desempenhará, que perfil ela deverá ter e

qual a formação necessária para o bom desempenho da função.

Somente depois de definirmos essa questão é que iniciaremos

o processo de recrutamento com o anúncio da vaga, a recepção

de currículos, a análise do banco de dados de currículos pró-

prios ou de empresas especializadas, a aplicação de dinâmicas,

os testes, as entrevistas, até a escolha da pessoa que melhor se

enquadrar nos requisitos definidos pelo planejamento. Logo, o

desafio de escolher a pessoa certa e de termos a possibilidade

4.1

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 189: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

187

de atrair os melhores talentos depende de quão bem planejado

foi o processo. Selecionar pessoas sem qualificação adequada

pode ser um problema, mas selecionar profissionais com qua-

lificação maior do que o escopo do cargo também pode ser de-

sastroso para a empresa e para o profissional.

O treinamento introdutório ocorre logo após a contratação do

profissional e é através dele que o novo funcionário conhecerá

a empresa. Nessa fase, serão apresentadas para ele as normas

e condutas da empresa, a equipe com a qual irá trabalhar e as

suas funções, os produtos e os serviços e o ambiente em geral

da empresa. Esse treinamento tem a função de fazer com que a

pessoa sinta-se integrada ao todo, passe a fazer parte do time e

perceba que pertence a um grupo com o qual pode contar, mas

com o qual também tem responsabilidades.

Veja, assim que o funcionário estiver apto a exercer a sua fun-

ção, dá-se o início de outra etapa do ciclo de atração e desem-

penho, através do acompanhamento das atividades e do com-

portamento do colaborador. Essa nova etapa principia com a

definição das metas e objetivos daquela função e, posterior-

mente, com novos treinamentos, se estes forem necessários. A

próxima fase diz respeito a orientações e aconselhamentos e,

em seguida, conforme o comportamento do funcionário e no

tempo que o gestor achar adequado, ele deve ser avaliado, num

processo em que os seus pontos fortes e a se desenvolver lhe se-

rão mostrados, a fim de que possa corrigir suas falhas e reforçar

aquilo que é positivo. Após a avaliação, o gestor deve, se necessá-

rio, reconhecer e remunerar o funcionário ou estabelecer novas

metas com prazos estipulados a fim de que ele possa atingir no-

vos patamares de remuneração.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 190: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

188

Essa ferramenta de acompanhamento do profissional é útil para

estimular o aumento de produtividade individual e em relação

ao todo.

É preciso que fique bem claro que a definição de objetivos é

nece ssária não só para o funcionário, mas também para o ges-

tor e para a empresa como um todo. Os objetivos devem estar

alinhados à missão, aos valores e às estratégias da empresa.

Esse processo engaja o profissional ao fluxo dos processos

da organização que, por sua vez, estão vinculados aos valo-

res, como já mencionamos anteriormente. Já disse, sabiamente,

Aristóteles: “Qualquer vento é bom para quem não sabe para

onde vai”, portanto, é necessário que cada participante da em-

presa entenda para onde seus gestores almejam conduzir seus

negócios.

Motivação

Pudemos observar, ao longo da evolução das teorias da admi-

nistração, que houve sempre um esforço para identificar o que

nos satisfaz e o que nos motiva a ter um determinado com-

portamento, simplesmente porque é sabido que todo compor-

tamento humano é iniciado por algo que o motiva.

4.2

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 191: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

189

Quadro 4.1 – A visão do homem pelas teorias administrativas

Teoria Homem Fator de motivação

Administração científica.

Homo economicus.

Recompensas salariais, econômicas e materiais.

Teoria das relações humanas.

Homem social.

Sentimentos e critérios não racionais, recompensas simbólicas e não materiais.

Teoria estruturalista.

Homem organizacional.

Competitivo, busca prosperidade.

Teoria comportamental.

Homem administrativo.

Busca recompensas que o satisfaçam tanto materialmente quanto recompensas não materiais.

Teoria dos sistemas.

Homem funcional.

Tem expectativas sobre o papel que desempenha.

Teoria da contingência.

Homem complexo.

É a soma de todos os fatores anteriores.

Motivação é uma força que nos impulsiona a ter um determi-

nado comportamento. Para os gestores, a motivação é um fator de

grande importância na conquista dos resultados almejados pelas

organizações. Entretanto, um fator motivador para uma pessoa

nem sempre motiva a outra, podendo gerar reações contrárias às

desejadas, por isso os estudos sobre motivação são tão importan-

tes para os administradores. Destacamos entre as teorias moti-

vacionais para o trabalho dois grupos: teorias de processo, que

querem explicar o funcionamento da motivação com uma visão

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 192: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

190

dinâmica de seus aspectos de cognição; e as teorias de con teúdo,

que têm o objetivo de explicar quais são os fatores que nos moti-

vam, enfatizando mossas necessidades internas.

Das teorias de conteúdo, já abordamos duas em detalhes an-

teriormente: a teoria da hierarquia das necessidades, de

Maslow, e a teoria dos dois fatores, de Herzberg. Uma ter-

ceira é a teoria dos motivos humanos, de David McClelland, a

qual aborda a importância da satisfação das necessidades bási-

cas e destaca três destas aprendidas pelo homem em sociedade:

a necessidade de realização, que nos faz buscar a excelência; a

necessidade de afiliação, que é o interesse por amizades; a ne-

cessidade de nos sentirmos aceitos, de exercer poder sobre um

grupo, que expressa os desejos de liderança.

Das teorias de processo, fazem parte o modelo do

comportamento, a teoria expectativa e a teoria da equidade,

que detalhamos na sequência.

O modelo do comportamento diz que todo comportamento

é motivado por alguma causa, que pode ter origem no indiví-

duo ou no ambiente. Ele é qualquer ação orientada para algum

objetivo e pode ser perturbado por conflito, frustração ou

ansiedade. O modelo pressupõe que o comportamento de todas

as pessoas é parecido, no sentido de que estas são influenciadas

por um motivo e estão em busca de um objetivo. Entretanto, os

motivos e os objetivos das pessoas são diferentes, pois depen-

dem do ambiente e do íntimo de cada uma delas.

Já a teoria da expectativa diz que é possível alcançar um

objetivo a partir da crença de que o esforço produz resultado.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 193: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

191

Resultado este que, multiplicado pelo valor que a pessoa confere

a ele, faz surgir a motivação.

A teoria da equidade, por sua vez, diz que as pessoas espe-

ram receber recompensas iguais para esforços iguais realiza-

dos por duas ou mais pessoas. Caso haja desigualdade, ocorrerá

dissonância cognitiva, incompreensão e as pessoas se sentirão

desestimuladas.

O que motiva o homem, então?

Gerar motivação e descobrir o método

mais adequado para isso é o grande

desafio dos gestores. Que o comporta-

mento humano é provocado por mo-

tivos que podem ser internos e exter-

nos, não temos dúvida; porém, acertar

a equação que resolve a dose certa

e atinge no alvo o ponto interno do

indivíduo, fazendo-o ter um com-

portamento mais interessante para

ele e para a organização, é que é a

grande questão.

Podemos contemplar ou-

tra questão sobre motiva-

ção na dis cussão sobre

o sentido do trabalho,

que surgiu em meados

da década de 1950 com

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 194: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

192

o desenvolvimento da Escola Sociotécnica pelo Tavistok

Institute, na Inglaterra, a qual iniciou uma corrente de estudos

pioneiros sobre a complexidade emocional e social das pessoas

e de suas relações com o trabalho. Para a Escola Sociotécnica,

o trabalho com sentido é desafiador, variado, propicia apren-

dizagem contínua, permite autonomia e decisão e é dotado de

reconhecimento pelo esforço realizado. Esse assunto tem sido

objetivo de muitas pesquisas, principalmente motivadas pela

grande transformação, como comentamos anteriormente, que

o mundo das corporações tem passado e que cada vez mais pro-

voca profundas modificações na relação do homem com o seu

trabalho.

Como definir, então, um trabalho que “tem sentido”?

Do ponto de vista pessoal, um trabalho pode ter sentido

quando: a pessoa que o exerce gosta do que está fazendo; é

um desafio a ser superado; é bem remunerado e permite ao

trabalhador melhorar suas condições materiais de vida; pro-

voca crescimento profissional; é símbolo de status; é conside-

rado um trabalho ético ou que contribui para o bem social.

Podemos considerar todos esses aspectos como fatores moti-

vacionais, porém, para algumas pessoas sim e para outras, não,

como já mencionamos.

O conceito de qualidade de vida no trabalho ampliou o

campo de visão de quem observa as fontes de motivação e a

satisfação humanas. Fundamenta-se em uma perspectiva ho-

lística do ser humano, enfocando-o do ponto de vista biopsi-

cossocial, que considera preponderante para o ser o humano o

sentimento de bem-estar biológico, psicológico e social.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 195: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

193

Liderança

O que você entende por liderança ?

Liderança não deve ser entendida como autoridade formal, que é

determinada pela estrutura hierárquica da organização. Observe

que o cargo de gerente, supervisor ou diretor não torna a pessoa

que o ocupa um líder, ela é obedecida por uma obrigação formal

e não por suas características de liderança.

O cargo confere à pessoa uma autoridade formal. Um superior

lidera um subordinado por influência imposta pelo cargo, não

por influência pessoal. Dessa forma, vemos que a autoridade

dura enquanto a pessoa desempenhar aquela função, a qual lhe

confere esse poder através de normas organizacionais.

O líder influencia pessoas pelas qualidades que seus liderados

acreditam que ele tenha, as quais são de interesse deles. As

pessoas seguem um líder por sua livre e espontânea vontade,

motivadas por qualidades que enxergam nele, por necessidades

pessoais de seguir alguém para conquistar algo que almejam e

pelo líder escolhido estar indo ao encontro daquilo que desejam.

Esses elementos configuram o que se chama de liderança.

Podemos agora considerar respondida a pergunta inicial; líderes

são pessoas que exercem influência sobre outras, que querem ser

lideradas em função de uma tarefa ou missão a ser realizada. É

uma relação de reciprocidade, pois sempre há trocas entre líde-

res e liderados. Como diz Hunter (2006), liderança é:

4.3

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 196: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

194

A habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasti-

camente visando atingir objetivos comuns, inspirando confiança

por meio da força do caráter. [...] Liderar significa conquistar

as pessoas, envolvê-las de forma que coloquem seu coração, men-

te, espírito, criatividade e excelência a serviço de um objetivo. É

preciso fazer com que se empenhem ao máximo na missão, dan-

do tudo pela equipe.

Diante dessas definições, paira no ar uma dúvida:

Liderança é uma habilidade que se aprende ou é um dom

concedido apenas a determinadas pessoas?

É interessante enfatizarmos que essa pergunta merece dois “sim”

como resposta. Sim, é uma habilidade que se aprende, e sim, é um

dom. A capacidade de liderança é dada por um conjunto de ca-

racterísticas intrínsecas ao ser humano, que se sobressaem mais

em uns do que em outros indivíduos em decorrência de sua edu-

cação social, sua cultura, suas crenças e seus valores. Porém, o

que é inegável é que todos têm a semente da liderança latente

dentro de si. Portanto, quem não é líder, se quiser, pode aprender

a ser. Ressaltamos “se quiser” porque o querer depende mais do

aluno que do professor, certo?

A seguir, apresentamos algumas características potenciais que

o ser humano precisa exercitar para se tornar um líder:

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 197: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

195

• Motivação, vontade e energia para realizar

coisas, influenciar pessoas,

descobrir o que motiva o

outro a segui-lo.

• Justiça para ser

imparcial e não

privilegiar a si

ou a alguém e

para enxergar o

caminho correto a

trilhar.

• Servidão, pois, para

liderar alguém, é preciso

antes se deixar ser lide-

rado; um verdadeiro líder

serve ao liderado a sua

habilidade de comando.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 198: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

196

• Humildade para se colocar

em seu lugar e no lugar do

outro; perceber que não tem

mais nem menos valor que o

liderado, qualquer que seja a

discrepância cultural ou so-

cial que exista entre os dois;

para entender que, sendo

humano, é passível de erro

tanto quanto o outro.

• Capacidade de se co-municar, pois a comu-

nicação é uma via de

mão dupla. É preciso

saber ouvir e saber se

expressar: ouvir sempre

e falar somente quando

necessário.

• Paciência para lidar

com situações adversas,

não se atropelar em

ansiedade em momen-

tos de tensão natural

nos relacionamentos

com as pessoas.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 199: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

197

• Honestidade

consigo próprio

e para com o

próximo.

• Amor incondi-cional e altruísmo,

que é a capacidade

sublime de amar ao

próximo como seu

semelhante e vontade

de ajudar sem esperar

recompensa.

Amor, segundo Hunter (2006), é o “ato de se expor à disposição

dos outros, identificando e atendendo suas reais necessidades,

sempre procurando o bem maior”.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 200: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

198

Além dessas características, a liderança exige gentileza,

respeito, capacidade de perdoar, compromisso,

responsabilidade, disciplina e uma grande dose de

determinação e de flexibilidade.

Ao desenvolvermos essas características, vamos ao encontro de

nossa capacidade de liderança, que estava guardada em nosso

âmago, e podemos trazê-la a tona, tornando-nos líderes por

exce lência. O líder deve nascer de si mesmo, através de um pro-

cesso de interiorização, de autoconhecimento, de conquista de

autoconfiança. Os treinamentos de liderança devem estar aptos

a proporcionar esse tipo de vivência aos profissionais. Além de

técnicas, deve ser propiciado ao aprendiz o encontro com seu

caráter, pois liderança é caráter, modelo, equilíbrio emocional

e integridade para poder influenciar positivamente as pessoas.

Tipos de liderança

Desde a Antiguidade, existiram muitos tipos de liderança.

Podemos citar como exemplos a tirania, a autocracia e a de-

mocracia. A administração participativa e a teoria da contin-

gência evidenciaram novas formas de liderança, entre as quais

destacamos:Ne

nhum

a par

te de

sta pu

blica

ção p

oder

á ser

repr

oduz

ida po

r qua

lquer

meio

ou fo

rma s

em a

prév

ia au

toriza

ção d

a Edit

ora I

bpex

. A vi

olaçã

o dos

dire

itos a

utora

is é c

rime e

stabe

lecido

na Le

i nº 9

.610/1

998 e

punid

o pelo

art. 1

84 do

Cód

igo P

enal.

Page 201: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

199

• Liderança carismática: é aquela em que o líder influencia

os liderados pela sua mensagem ou missão. Os liderados se

encantam com a mensagem e tornam-se fiéis, como vemos

nas seitas religiosas e nos movimentos revolucionários. Os

valores envolvidos são morais e psicológicos.

• Liderança transacional: objetiva a conquista de recom-

pensas materiais e psicológicas. O grupo deseja recompen-

sa e é formado por líder e liderados calculistas. A missão é

mercenária e há a promessa de recompensa envolvida.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 202: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

200

Comunicação empresarial

A comunicação é uma habilidade necessária a todas as pes-

soas, a todos nós, pois somos seres sociais e, por esse motivo,

necessitamos nos relacionar. Relacionamo-nos com a família,

com os vizinhos, com os amigos e em nosso local de traba-

lho. Precisamos entender que saber se comunicar exige, antes

de tudo, saber ouvir para compreender a necessidade do outro

e, posteriormente, saber falar de forma que as pessoas possam

entender com facilidade o que estamos dizendo.

Uma pessoa que se comunica bem necessita ser democrática,

percebendo que a comunicação é uma estrada de mão dupla: fa-

lar e ouvir são importantes para um diálogo. Assim, antes de

falarmos, é preciso organizar as ideias no pensamento para que

o receptor receba a comunicação de forma a captar o contexto.

Ressaltamos que a comunicação escrita também é importante.

Empresas precisam de comunicação escrita para se organizar e

o fazem por meio de manuais de normas e procedimentos, flu-

xos de processo, jornal interno, e-mails etc.

Conforme vimos, ao longo da história da construção das teorias

de administração, a comunicação organizacional passou por

muitas fases. Ela pode ocorrer dentro da organização formal

e da informal, de cima para baixo ou de baixo para cima, bem

como nas laterais. Com a informática, na era da informação

virtual, a comunicação passou a ser mais intensa e ampla e

acontece nos mais variados sentidos.

4.4

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 203: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

201

A comunicação empresarial, assim como a comunicação humana,

não é perfeita, nela ocorrendo diversos problemas, os quais in-

terferem na transmissão e recepção da informação, como, por

exemplo, a omissão de detalhes, a distorção do conteúdo e a so-

brecarga que prejudica o processamento de informação, cujos

fluxos se dão por canais, que apresentamos a seguir:

• Canais de informação descendentes: são normalmente

utilizados para a transmissão de informações de implemen-

tação de objetivos, estratégias e metas e para instruções de

tarefas a serem realizadas.

• Canais de informação ascendentes: são mais comumen-

te usados para a transmissão de relatórios de desempenho,

comunicar a ocorrência de problemas, dar sugestão de me-

lhoria e fazer reivindicações nesse sentido.

• Canais horizontais: são usados intra e interdepartamentos

para resolução de problemas, coordenações de reuniões de

equipes multifuncionais e assessoria do pessoal de staff com

o pessoal de linha.

• Canais informais: ocorrem quando há comunicação entre

pessoas de diferentes departamentos ou hierarquias, por

amizade ou por interesses organizacionais.

A comunicação empresarial compreende um conjunto com-

plexo de atividades, ações, estratégias, produtos e processos

desenvolvidos para reforçar a imagem de uma organização

perante seus clientes, empregados, acionistas ou fornecedores.

Destacamos que ela é importante no ambiente externo e in-

terno à empresa. É a forma que as pessoas participantes de um

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 204: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

202

mesmo ambiente têm de solicitar ou passar informações das ta-

refas a serem executadas adiante. Uma empresa que não tenha

uma comunicação fluida entre seus setores e dentro de cada se-

tor enfrenta problemas sérios de desempenho.

Para saber mais

CHIAVENATO, I. Administração dos novos tempos. São Paulo: Campus, 2002.

O autor discorre detalhadamente sobre os canais de infor-

mação e mostra exemplos bastante elucidativos sobre o tema

comunicação empresarial.

Ética

Se formos consultar a etimologia da palavra ética, veremos que

ela é derivada da palavra grega ethos, que significa “caráter ou

modo de ser de uma pessoa”. É um conjunto de valores morais

e princípios que regem a conduta do homem social, necessário

para haver um equilíbrio da sociedade. É a ciência da verdade e

está intimamente relacionada com a justiça social.

A ética reflete a cultura, os valores e os costumes da socie-

dade e, portanto, varia conforme o grupo social. Veja que in-

teressante, por exemplo: faz parte da ética dos esquimós ofere-

cer sua esposa ao visitante como símbolo de bom acolhimento,

o que, em outras culturas, é um ato inaceitável e totalmente

antiético. Em outro exemplo, há culturas em que a ética das

relações conjugais é a poligamia, o que é incompreensível na

maioria das culturas.

4.5

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 205: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

203

Cada grupo social necessita de princípios para que a vida so-

cial funcione de forma equilibrada. Veja, existe a ética médica,

empresarial, educacional, jornalística, política, e outras tantas

quantos grupos específicos existirem.

Se considerarmos as empresas, temos que o código de ética,

nesse caso, consiste em sistematizar os princípios, a visão e a

missão da empresa. É norteador das ações de seus colaboradores

e define a postura social da organização perante a sociedade em

que está inserida, devendo ser do conhecimento de todos que se

relacionam com a organização, interna e externamente. O com-

portamento de seus colaboradores deve refletir a conduta de-

terminada pelo código da mesma forma que o código reflete os

princípios da organização. A comunhão entre princípios reais e

código é imprescindível para que a sua aplicação seja verdadeira

e ética. A elaboração de um código de ética deve ser, em primeiro

lugar, ética. De nada adianta um lindo livro escrito em letras

douradas se a verdade não for dele a primeira tinta, concorda?

A ética empresarial depende diretamente da consciência humana

e é algo que deve ser aprendido desde cedo por todos nós, via

educação ou modelos familiares e sociais. Ética é a expressão de

nossos valores, da nossa verdade e da nossa consciência. Assim,

nas empresas, ela deve ser a expressão dos valores, da verdade e

da consciência empresarial.

Sendo assim, podemos dizer que os valores e a verdade de uma

empresa devem ter sintonia com os valores e as verdades da so-

ciedade, a fim de que não firam os valores e crenças do homem

social intraempresa e do homem social extraempresa.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 206: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

204

A ética empresarial deve descartar comportamentos como au-

toritarismo, paternalismo, falta de visão social, possessividade

e privilégios, que são conflitantes com a liberdade responsável,

a igualdade de oportunidades e de direitos humanos, que são

pressupostos do comportamento ético.

A consciência empresarial de que a organização deve ser susten-

tável, solidária e ter um papel evolutivo não só para si, mas tam-

bém para a sociedade como um todo, é primordial para o sucesso

das empresas no mundo atual. Você deve concordar que cada vez

se torna mais claro para todos que o planeta se encontra em uma

situação que demanda cuidados, não é mesmo? Nesse contexto,

se as corporações, que são atualmente a maior concentração de

poder no mundo, não tiverem essa consciência, dificilmente a hu-

manidade verá mudanças significativas para a saúde planetária.

Salientamos que é imprescindível que o capitalismo predató-

rio dê lugar aos empreendimentos bem- sucedidos e solidários.

É importante que as empresas cresçam, sejam lucrativas e ge-

rem empregos, mas é preciso que façam isso de forma consciente.

De nada adianta evoluirmos materialmente se, ao mesmo tempo,

destruímos a vida e as possibilidades de vidas futuras. Como

disse Lao Tsé, no século VI a.C.: “A ética genuí na só existe onde

o homem vive dentro de sua fonte e age pela natureza do seu co-

ração”. Mas, agora, pense e responda:

• Como implantar esse conceito fundamental dentro de uma

empresa que tem como objetivo esperar algo em troca, ou

seja, o lucro?

• O lucro não seria maior em uma sociedade menos desigual?

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 207: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

205

• O número de consumidores não cresce ria se houvesse mais

oportunidades de trabalho?

Ainda resta uma questão: O que de melhor pode ser feito a uma

pessoa? A resposta é: dar a ela a oportunidade de oferecer o

que ela tem de melhor. Conforme o conhecido provérbio chi-

nês, é ensinando-a a pescar, não entregando-lhe o peixe. Isso

significa oferecer possibilidades de “resgate da cidadania”. Por

essa via, as organizações empresariais têm a possibilidade de

exercer a solidariedade e, ainda, de reintegrarem à sociedade

novos consumidores.

A comunicação clara da consciência ética é imprescindível para

que ela seja impregnada em todos os níveis da organização.

Mais que um código de ética bem escrito, os exemplos de com-

portamento ético das lideranças da empresa influenciam forte-

mente o comportamento dos liderados. O código de ética, antes

de estar no papel, precisa estar na consciência do presidente,

da diretoria, dos acionistas, enfim, daquelas pessoas que são as

formadoras de opinião da empresa. A comunicação constante

com o mundo externo à organização formará a imagem da

empresa com o público consumidor. Observe que comunicar a

consciência ética ao público consumidor antes que ela exista na

consciência dos dirigentes e colaboradores de nada adiantará,

pois a verdade irá transparecer. Ética é verdade e só funciona

se for fiel a esse conceito, concorda ?

Não basta apenas possuir um código de ética, a empresa pre-

cisa ter um modelo de gestão ética que, segundo Matos (2008),

abrange fundamentalmente as seguintes dimensões: “ser ético;

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 208: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

206

consciência ética; comportamento ético; competência ética;

cultura ética; responsabilidade social ética e humanismo ético.

A formulação do modelo de ética corporativa deve conter reno-

vação contínua, liderança e estratégia”.

Matos ainda propõe sete etapas para a construção do modelo

de gestão da ética empresarial, que destacamos a seguir:

1. Diagnóstico da situação empresarial através de entrevistas

individuais ou coletivas.

2. Avaliação da situação com os dirigentes da organização e

com base nos resultados das entrevistas realizadas.

3. Reflexão estratégica em reunião com a diretoria, confron-

tando a visão diagnosticada e a visão estratégica da orga-

nização.

4. Auditoria de clima organizacional/cultural e ética na em-

presa, realizada através de questionário respondido pelos

colaboradores.

5. Fórum de reflexão estratégica com todos os líderes, geren-

tes e diretores, para debater sobre cultura corporativa, li-

derança, estratégia e ética tendo como base os resultados

das entrevistas e pesquisas sobre cultura e clima organi-

zacional.

6. Formação do comitê estratégico de ética corporativa para

garantir que o processo de pensar estrategicamente torne-

-se permanente.

7. Instalação de oficina de liderança para que as pessoas

aprendam a pensar estrategicamente em equipe.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 209: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

207

Para saber mais

ALCOA ALUMÍNIO S.A. Código de conduta empresarial. Disponível em: <http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_page/codigo_conduta_etica.asp>. Acesso em: 08 jul. 2009.

Visite o site da empresa Alcoa Alumínio S.A. para ter acesso

ao código de conduta empresarial desta organização. Nele

você terá um exemplo contundente de ética.

Síntese

Vimos neste capítulo que a função da gestão de pessoas é funda-

mental para o sucesso das organizações no mundo atual e que

o desenvolvimento humano é estratégico para a gestão empre-

sarial, uma vez que colaboradores motivados e comprometidos

aumentam a produtividade e a lucratividade. Estudamos diver-

sas teorias sobre a motivação humana, no qual pudemos obser-

var que um fator fundamental para desencadear a nossa motiva-

ção é o autoconhecimento. Destacamos também que o espírito

de liderança requer não só o autoconhecimento como também

o conhecimento sobre as pessoas com as quais trabalhamos:

como elas são, quais suas expectativas e o que as motiva. Vimos

ainda que a comunicação é importante para viabilizar o fluxo

de informações na empresa. Para finalizar, estudamos a ética, a

qual deve ser a expressão dos valores da empresa.

Questões para revisão

1. Qual a função estratégica da gestão de pessoas?

2. O que é o ciclo de atração e desempenho?

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 210: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

208

3. Planejamento de pessoas consiste em:

a. definir que perfil e formação a pessoa deve ter.

b. definir que função a pessoa desempenhará.

c. As duas anteriores estão corretas.

4. Indique (V) para a sentença verdadeira e (F) para a falsa.

Em seguida, marque a alternativa que mostra a sequência

correta:

( ) Líderes são pessoas que exercem influência sobre pesso-

as que querem ser lideradas em função de uma tarefa ou

missão a ser realizada.

( ) Quando um excelente técnico é promovido a gerente, au-

tomaticamente ele torna-se líder.

( ) Liderança é uma habilidade que pode ser aprendida, mas

também pode ser natural para determinadas pessoas.

a. F, V, V.

b. V, F, V.

c. V, F, F.

5. Liderança carismática caracteriza-se da seguinte forma:

a. Os liderados tornam-se fiéis, como vemos nas seitas reli-

giosas e nos movimentos revolucionários.

b. Os valores são morais e psicológicos.

c. As alternativas anteriores são verdadeiras.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 211: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

209

Questões para reflexão

1. O que ocorreu no cenário empresarial que motivou as or-

ganizações a enxergarem as pessoas como chave para as

empresas alcançarem seus objetivos?

2. A partir da análise das teorias sobre motivação, o que você

acredita ser fundamental para motivar o ser humano?

3. Quais habilidades você acredita que uma pessoa precisa ter

ou desenvolver para tornar-se líder?

4. Qual a importância da comunicação empresarial?

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 212: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 213: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

211

S u s t e nt a

bi l i d

ad

e: p

ro

gr

es

so

ec

on

ôm

ico, preserva

çã

o

do

m

ei o

a

mb i e n t e e r e s p o n s a b i l i d a d

e s

oc

ia

lcapítulo 5

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 214: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

212

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 215: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

213

Conteúdos do capítulo

• Conceito de sustentabilidade

• Preservação do meio ambiente

Após o estudo deste capítulo, você será capaz de:

• entender o que é sustentabilidade;

• compreender a importância do tema preservação ambiental.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 216: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

214

De acordo com Barbieri (2007), o conceito de sustentabilidade

pode ser definido como a capacidade de desenvolver atividade

econômico-produtiva, atendendo às necessidades da geração

pre sente sem comprometer as fontes de recursos e possibilidades

de vida da geração futura. É um conjunto de três importantes

forças: a preservação do meio ambiente, o desenvolvimento

econômico e a responsabilidade social.

Quando falamos em desenvolvimento sustentável, entendemos

que o crescimento econômico só deve ocorrer se tiver como

objetivo a eliminação da pobreza, a redistribuição de renda de

forma mais justa, o controle populacional em sintonia com as

possibilidades do planeta, o uso equilibrado de matérias-pri-

mas e energia, incluindo meio ambiente e economia, como in-

tegrantes da estratégia de qualquer tipo de organização. Veja

que, embora o termo sustentabilidade tenha sua origem nos anos

1960, em função dos primeiros movimentos ambientalistas, ele

só passou a ser reconhecido mundialmente a partir do ano de

1987, através do Relatório Bruntland, da World Comission on

Environment and Development – WCED (Comissão Mundial

de Desenvolvimento e Meio Ambiente), publicado pela Oxford

University Press. Nessa época, as preocupações com o meio

ambiente já começavam a ser mais intensas devido ao grande

crescimento populacional e ao importante avanço da economia

industrial mundial.

Sabemos que o planeta está necessitando de medidas urgen-

tes para recuperar seu meio ambiente. Já a partir da década

de 1970, os governos de muitos países começaram a se preo-

cupar com essa questão. Entretanto, vimos que eram poucas

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 217: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

215

as empresas que se mobilizavam efetivamente para sanar ou

minimizar o problema ambiental causado por elas.

Destacamos que em 1997 houve, no Japão, a Terceira

Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre

Mudanças Climáticas, quando foi elaborado um documento em

que os países industrializados deveriam reduzir as emissões de

dióxido de carbono (CO2) e outros gases do efeito estufa, com

o objetivo de controlar o aquecimento global, provocado pela

emissão excessiva desses gases. Representantes de 166 países

estiveram presentes e, para que o documento valesse, precisava

ser assinado por 55 países, entre os quais deveriam estar os pa-

íses que produziram, em 1990, 55% do total de gás carbônico

lançado no ar. Essa redução seria feita entre 2008 e 2012, con-

tudo, em 2001, o então presidente dos Estados Unidos, George

W. Bush, desistiu do pacto porque, segundo ele, não encontrou

provas suficientes de que a produção industrial era mesmo a

principal responsável pelo aquecimento global. Além disso, ele

acreditava que as medidas de redução poderiam causar impacto

negativo na economia do país (Entenda o..., 2007).

O Protocolo de Kyoto entrou em vigor em fevereiro de 2005

e, até essa data, Estados Unidos e Austrália o repudiavam em

função de ele excluir nações em desenvolvimento como China

e Índia. Em Dezembro de 2007, ocorreu a 13ª Convenção das

Partes sobre o Clima, em Bali, na Indonésia, onde, finalmente,

os EUA, diante da pressão do público e de outras nações pre-

sentes nas negociações, decidiram unir-se à grande maioria dos

países e aceitar o acordo internacional de redução de emissão

de CO2. O acordo estabeleceu que, até 2020, a emissão de gases

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 218: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

216

que provocam o efeito estufa deverá ser reduzida de 25% a 40%

abaixo das emissões ocorridas em 1990. Logicamente que, se

os EUA tivessem aceitado participar do acordo desde o Pacto

de Kyoto, já estaríamos mais adiantados na tarefa de redução

da emissão de gases do efeito estufa.

A primeira realidade da qual devemos ter consciência é que a in-

dustrialização acelerada, desde as revoluções industriais no sé-

culo XIX, é o fator fundamental de degradação do meio ambiente.

Atualmente, o meio ambiente é tema cotidiano em todo o mundo

nos diversos meios de comunicação, mas saiba: ainda não existem

medidas eficazes que produzam o efeito urgente nas ações empre-

sariais ambientais. Haja vista o que ocorreu no Pacto de Kyoto,

quando os EUA recusaram-se a assiná-lo para não ter que se com-

prometer perante o mundo em ter de colocar em prática medidas

que pudessem alterar o status quo das empresas norte-americanas.

Sendo as empresas o centro dessa problemática e tendo esta

obra a pretensão de ser uma ferramenta para gestores de em-

presa, faz-se natural tratarmos sobre a gestão ambiental, que

é hoje uma das áreas a serem mais seriamente enfocadas, ob-

servadas e gerenciadas em todas as empresas. Por isso, vamos

a ela.

Preservação ambiental

Você deve saber que o meio ambiente é a fonte de todos os re-

cursos para qualquer coisa que o homem deseja, sendo assim

desde o início dos tempos. Alimentação, água, minérios, má-

quinas, construções, tudo um dia fez parte do que conhecemos

5.1

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 219: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

217

como planeta Terra. Dessa forma, nós transformamos os bens

naturais para satisfazer nossas necessidades e nossos dejetos

retornam à Terra.

Entre um processo e outro de transformação, incluindo a ex-

tração, existe a geração de poluição, a emissão de CO2, a con-

taminação das águas, a agressão irreversível da camada de

ozônio que nos protege dos raios solares e, além disso, todos

os nossos restos de produção e de consumo – o lixo – só terá

a Terra como destino.

Diante disso, é indispensável conhecermos os tipos de recursos

naturais que utilizamos: os que chamamos de renováveis e os

que chamamos de não renováveis. Os recursos renováveis são

aqueles que não se alteram com o seu uso, como a energia solar,

os ventos, entre outros; e também os que se alteram, mas po-

dem ser renovados, como as plantações ou as criações de ani-

mais. Os recursos não renováveis são aqueles que se esgotam

com o seu uso, como o petróleo, o gás natural, o carvão mine-

ral etc. Ainda há os não renováveis que podem ser reciclados,

como os metais, porém estes também se esgotam.

Sem o ambiente onde vivemos não há condição de vida, pois,

pelo menos até hoje, não se constatou outro lugar onde pudésse-

mos viver que não o planeta Terra. Portanto, temos que re-

cuperar e preservar esta casa, que é a única que temos. Para

isso, a sociedade, os governos e, principalmente, as indús-

trias e empresas em geral, têm de se conscientizar e trabalhar

arduamente para a recuperação do meio ambiente.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 220: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

218

Políticas governamentais em todo mundo e iniciativas da so-

ciedade têm contribuído para alertar sobre a necessidade de

cuidados mais sérios por parte das indústrias em relação à pro-

dução de poluição.

Nesse contexto, as empresas necessitam urgentemente mudar

de papel: deixar de atuar como agentes poluidores para atuar

como agentes da transformação, para recuperação e preserva-

ção do meio ambiente. A gestão ambiental empresarial recebe

influência dos governos, do mercado e da sociedade, a fim de

que se mobilizem para melhorar a questão ambiental. Para isso,

a empresa precisa, além de controlar os seus índices de polui-

ção, também investir em programas que visem à redução e à

prevenção desta. Nesse contexto, é urgente que o meio am-

biente faça parte dos valores da empresa e que haja estratégias

de gestão ambiental com metas claras para todos os envolvidos,

internos ou externos a ela.

O controle da poluição gerada deve fazer parte dos indicado-

res gerais de desempenho da empresa, sendo monitorado pelos

gestores da organização, os quais podem tomar providências

sobre o assunto.

Segundo Barbieri (2007), a empresa pode agir de três formas

em relação aos assuntos ambientais: controle da poluição, pre-

venção da poluição e incorporação dessas questões na estra-

tégia empresarial. Essas três formas também podem ser vis-

tas como fases de um processo pelo qual a empresa se engaja

gradualmente ao movimento de preservação e recuperação

ambiental.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 221: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

219

A fase de controle da poluição consiste em definir práticas que

impeçam os efeitos desta, causados por uma determinada ativi-

dade produtiva. Nessa fase, as empresas podem trabalhar para

recuperar o ambiente já degradado por alguma poluição que

contaminou o meio. Como exemplo disso, podemos citar a po-

luição causada por derramamento de resíduos químicos nas

águas de um rio ou no solo. Ou, então, a empresa que busca

melhoramentos em seu processo de descarte de resíduos e age

de forma preventiva antes que o fato poluidor entre em contato

com o meio ambiente.

Na fase de prevenção, a indústria busca modificações nos pro-

cessos produtivos para que estes não gerem poluição e para que

os resíduos que ainda forem gerados sofram tratamento, a fim

de serem dispostos de forma adequada e não agredirem o meio

ambiente. A empresa, além de reduzir a geração de poluição,

também implementará recursos de reciclagem para reduzir o

consumo de matérias-primas e de minimização e recuperação

de energia. Quando uma empresa incorpora a terceira fase, a

abordagem estratégica do meio ambiente, é porque já tem nova

consciência sobre as questões planetárias.

Os estímulos para uma abordagem estratégica são muitos e va-

riados. De acordo com North, a gestão ambiental pode propor-

cionar os seguintes benefícios estratégicos: melhoria da imagem

institucional; renovação do portfólio de produtos; produtividade

aumentada, maior comprometimento dos funcionários e melho-

res relações de trabalho; criatividade e abertura para novos de-

safios; melhores relações com autoridades públicas, comunidades

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 222: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

220

e grupos ambientalistas ativistas; acesso assegurado aos merca-

dos externos; e maior facilidade para cumprir os padrões am-

bientais. (Barbieri, 2007)

Precisamos entender que os modelos de gestão ambiental são im-

portantes para deixar claro para todos os colaboradores, da di-

retoria ao operacional de fábrica, o que a organização almeja em

relação à gestão ambiental. O modelo demonstra o caminho que

a empresa vai seguir para atingir seus objetivos estratégicos em

relação ao meio ambiente.

O modelo pode ser criado pela própria empresa, com base em

suas experiências e necessidades, entretanto, existem modelos

eficazes desenvolvidos por empresas que podem servir de parâ-

metro para a adaptação em outras empresas que estejam procu-

rando se engajar nesse processo.

Para saber mais

BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. São Paulo: Saraiva, 2007.

Se você quiser saber mais sobre modelos de gestão ambien-

tal, o autor dessa obra fala sobre um modelo bastante conhe-

cido, que é o implantado no Brasil pela Abiquim (Associação

Brasileira da Indústria Química) em 1992, com o nome de

Atuação responsável.

Em 1990, surgiu o Total Quality Environmental Management

(TQEM), uma adaptação para o meio ambiente da adminis-

tração total da qualidade (TQM – Total Quality Management).

Esse modelo foi criado pela ONG Global Environmental

Management Initiative (Gemi), formada pela iniciativa de 21

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 223: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

221

grandes empresas multinacionais (Barbieri, 2007). O TQEM

utiliza as ferramentas da qualidade total, que vimos em capí-

tulo anterior, direcionando-as para o meio ambiente: o PDCA,

o diagrama de Ishikawa e o benchmarking.

Existem outros modelos, conforme relata Barbieri (2007):

Produção Mais Limpa (P+L) foi definida, num seminário rea-

lizado pelo PNUMA em 1990, como uma abordagem de pro-

teção ambiental ampla que considera todas as fases do processo

de manufatura ou ciclo de vida do produto, com o objetivo de

prevenir e minimizar os riscos para os seres humanos e o am-

biente a curto e longo prazos. Essa abordagem requer ações para

minimizar o consumo de energia e matéria-prima e a geração

de resíduos e emissões. A P+L envolve produtos e processos e es-

tabelece uma hierarquia de prioridades de acordo com a seguin-

te sequência: prevenção, redução, reuso e reciclagem, tratamento

com recuperação de materiais e energia, tratamento e disposição

final.

Destacamos ainda a ecoeficiência, que foi um modelo idealizado

pelo World Business Council for Sustainable Development

(WBCSD) em 1992, citada por esse mesmo autor:

Ecoeficiência se alcança pela entrega de produtos e serviços com

preços competitivos que satisfaçam as necessidades humanas e

melhorem a qualidade de vida, enquanto reduzem progressiva-

mente os impactos ecológicos e a intensidade dos recursos ao lon-

go de seu ciclo de vida para no mínimo manterem a capacidade

de carga estimada do Planeta. (Barbieri, 2007)

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 224: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

222

Já o projeto para o meio ambiente (DfE: Design for Environment),

para esse autor, é um

modelo de gestão centrado na fase de concepção dos produtos e

dos seus respectivos processos de produção, distribuição e utiliza-

ção. Esse modelo procura integrar um conjunto de atividades e

disciplinas que historicamente sempre foram tratadas separada-

mente, tanto em termos operacionais quanto estratégicos, como:

saúde e segurança dos trabalhadores e consumidores, conserva-

ção de recursos, prevenção de acidentes e gestão de resíduos. A

integração dessas funções é fundamental para desenvolver pro-

dutos ecoeficientes. (Barbieri, 2007)

Esses são alguns modelos mais utilizados atualmente. O im-

portante é ficar bem claro a todos os gestores de empresa e a

todas as pessoas que tenham influência sobre alguma organi-

zação que, qualquer que seja o tamanho desta, deve preocupar-

-se com o descarte de seu lixo. No caso das empresas indus-

triais, com a emissão de poluentes no ar, nas águas e no solo.

Síntese

Neste capítulo, estudamos o conceito de sustentabilidade e en-

focamos a questão do meio ambiente e sua deterioração, dando

sugestões e referências de como agir na função de administra-

dores de empresa.

Vimos também que, atualmente, o meio ambiente é tema co-

tidiano em todo o mundo nos diversos meios de comunicação,

mas que ainda não existem medidas eficazes que produzam

efeito urgente.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 225: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

223

Enfatizamos ainda a necessidade de modelos de gestão ambien-

tal para deixar claro a todos os colaboradores o que a organi-

zação almeja em relação a essa questão.

Questões para revisão

1. Como se define sustentabilidade?

2. Segundo Barbieri (2007), a empresa pode agir de três for-

mas em relação aos assuntos ambientais. Quais são elas?

3. Um modelo de gestão ambiental tem como objetivo prin-

cipal:

a. tornar a empresa mais moderna e impressionar os funcio-

nários.

b. demonstrar o caminho que a empresa vai seguir para atin-

gir seus objetivos estratégicos em relação ao meio ambien-

te.

c. captar recursos externos.

4. Indique (V) para as sentenças verdadeiras e (F) para as

falsas. Em seguida, marque a alternativa que mostra a se-

quência correta.

( ) O controle de poluição gerada deve fazer parte dos indi-

cadores gerais de desempenho da empresa.

( ) A gestão ambiental empresarial deve ter como objetivo

conseguir benefícios fiscais para reduzir a carga tribu-

tária da empresa.

( ) A gestão de pessoas é um assunto que veio ser explorado

somente a partir do início do século XXI.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 226: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

224

a. V, F, F.

b. V, V, F.

c. F, V, F.

5. Uma empresa que tem consciência sobre sua influência em

relação ao meio ambiente:

a. não se preocupa em implantar projetos de prevenção da po-

luição.

b. faz controles periódicos da poluição gerada.

c. não sabe se sua produção emite poluentes.

Questões para reflexão

1. Como um administrador de empresas, no exercício de sua

função, pode auxiliar o planeta em relação ao problema do

aquecimento global?

2. Que contribuição você, como estudante, pode dar ao plane-

ta para combater a destruição do meio ambiente?

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 227: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

225

P a r a c o nc l u

i r

Esta obra faz uma contextualização das teorias administra-

tivas, de forma que você possa entender a situação histórica

em que cada uma delas surgiu. É importante que fique bas-

tante claro para você os fenômenos que influenciaram a cria-

ção dos modelos de gestão, uma vez que as teorias sem-

pre acontecem a partir de observações de acontecimentos

reais que ocorrem dentro das organizações. Os modelos de ges-

tão são elaborados com base na compreensão do observador dos

fenômenos que precisam ser explicados e organizados na prática.

À luz desse raciocínio, evidenciamos a evolução histórica a par-

tir do surgimento da administração como ciência, com o surgi-

mento da administração científica.

Desde Taylor até a atualidade, pudemos perceber que as teo-

rias evoluíram de acordo com o aumento da complexidade das

organizações. Em cada fase dessa evolução, elas se alternaram

dando ênfase ora a uma, ora a outra variável entre as seis que a

teoria geral da administração mais evidencia: tarefa, estrutura,

pessoas, tecnologia, ambiente e mercado.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 228: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

226

A teoria neoclássica surgiu na década de 1950, fazendo uma re-

leitura da teoria clássica, dando nova interpretação aos conteú-

dos dos modelos clássicos e os transformando em novos mo-

delos de organização. A partir de então, surgiram os tipos de

organização, a departamentalização, a administração por obje-

tivos e o planejamento estratégico; este último ocorreu como

ferramenta fundamental e propulsora de mudanças no mundo

corporativo.

Enfim, a teoria do desenvolvimento organizacional, a teoria da

contingência e a administração estratégica são a evolução mais

recente das teorias administrativas que tiveram seu início com

a administração científica de Taylor.

Com base nas teorias que estudamos no primeiro capítulo, as

quais se formaram ao longo da história, desenvolvemos os ca-

pítulos seguintes deste livro.

No segundo capítulo, discorremos sobre a elaboração de um

modelo de gestão empresarial, que é o esquema de funciona-

mento de uma empresa. No terceiro, estudamos como são uti-

lizados os conceitos de organização, sistemas e métodos, para

entender que essa área do conhecimento estuda “como” uma

instituição se organiza através de um sistema coordenado para

controlar processos através de normas, procedimentos, méto-

dos e rotinas. Nesse mesmo capítulo, também analisamos o sig-

nificado e a importância de um sistema de informação gerencial.

No quarto capítulo, o tema abordado foi a gestão de pessoas,

que é fundamental para o sucesso das organizações no

mundo atual. Os temas motivação, liderança e comunicação

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 229: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

227

empresarial também foram estudados, uma vez que são coadju-

vantes imprescindíveis para uma boa gestão de pessoas, assim

como a ética, que é mais um pilar para a boa gestão de uma

empresa.

Sustentabilidade e preservação do meio ambiente foram temas

abordados no quinto capítulo de forma resumida, onde expli-

citamos o conceito de sustentabilidade e enfocamos a questão

do meio ambiente e sua deterioração, dando sugestões e refe-

rências de como agir no papel de administradores de empresa.

Com a compreensão deste livro, você terá condições de avaliar

uma empresa do ponto de vista estratégico e poderá aplicar, na

prática, o conteúdo aprendido em empresas de complexidade

reduzida. Como experiência, você pode, enquanto empreende-

dor, procurar uma pequena empresa para pesquisar e fazer in-

vestigações sobre a sua situação organizacional, aplicando as

técnicas de análise oferecidas por esta obra.

Se você é iniciante e quer se aprofundar sobre o tema, não deve

jamais deixar a pesquisa e a leitura de lado; além disso, deve

sempre associar a teoria à prática. É a interligação de ambas

que dará a você sustentação e solidez para tornar-se um pro-

fissional da administração. Ne

nhum

a par

te de

sta pu

blica

ção p

oder

á ser

repr

oduz

ida po

r qua

lquer

meio

ou fo

rma s

em a

prév

ia au

toriza

ção d

a Edit

ora I

bpex

. A vi

olaçã

o dos

dire

itos a

utora

is é c

rime e

stabe

lecido

na Le

i nº 9

.610/1

998 e

punid

o pelo

art. 1

84 do

Cód

igo P

enal.

Page 230: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 231: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

229

R e f e r ê n c i as

AKTOUF, O. Le management entre tradition et renouvellement. Boucherville: Gaëtan Morin, 1989.

ALCOA ALUMÍNIO S.A. Visão. Disponível em: <http://www.alcoa.com/brazil/pt/info_page/vision_and_values.asp>. Acesso em: 08 jul. 2009.

BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumento. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

CARPINTARIA PROGRESSO. Missão. Disponível em: <http://www.carpintariaprogresso.com.br/>. Acesso em: 08 jul. 2009.

CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

_____. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

CRUZ, T. Sistema, organização e métodos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

DRUCKER, P. F. O melhor de Peter Drucker: o homem, a administração, a sociedade. São Paulo: Nobel, 2002.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 232: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

230

ENTENDA o que é o Protocolo de Kyoto. O Globo, Rio de Janeiro, 2007. Ciência. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2007/12/04/327438267.asp>. Acesso em: 25 set. 2008.

FAVA, R. Caminhos da administração. São Paulo: Thomson Pioneira, 2003.

FERREIRA, A. A.; REIS, A. C. F.; PEREIRA, M. I. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias – evolução e tendências da moderna administração de empresas. São Paulo: Thompson Learning, 2006.

FERREIRA, A. B. de H. Novo Dicionário Eletrônico Aurélio. Versão 5.11ª, 2004, Curitiba: Positivo Informática Ltda. CD-ROM.

GRAHAM, P. (Org.). Mary Parker Follet: a profeta do gerenciamento – uma celebração dos anos 20. Rio de Janeiro: Qualitymark,1996.

HARRIS, C. Profissional positivo: menos estresse, mais sucesso. São Paulo: Publifolha, 2003.

HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções: 1789-1848. 22. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007.

_____. Era dos extremos: o breve século XX – 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

HUNTER, J. C. Como se tornar um líder servidor: os princípios de liderança de o monge e o executivo. Rio de Janeiro: Sextante, 2006.

MAINTLAND, A. O trabalho como mestre. São Paulo: Dharma, 2003.

MATOS, F. G. Ética na gestão empresarial: da conscientização à ação. São Paulo: Saraiva, 2008.

MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. São Paulo: Atlas, 2007.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 233: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

231

PORTER, M. Competitive strategy: techniques for analyzing industries and competitors. New York: The Free Press, 1980.

ROCHA, L. O. L. Organização e métodos: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 1998.

RODRIGUEZ, M. V. R. Gestão empresarial em organizações aprendizes: a arte de gerir mudanças. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2007.

SANTOS, M. B. Mudanças organizacionais: técnicas e métodos para a inovação. Belo Horizonte: Inovart, 2004.

SANTOS, R. C. (Org.). Manual de gestão empresarial: conceitos e aplicações nas empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2007.

SUN TZU. A arte da guerra. Porto Alegre: L&PM, 2007.

WEBER, M. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo: Pioneira, 1967.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 234: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

232

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 235: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

233

R e s p o s t a s

Capítulo 1

Questões para revisão

1. As seis variáveis são tarefa, estrutura, pessoas, tecnologia,

ambiente e mercado. Essas variáveis estão relacionadas e

fazem parte de um mesmo e amplo contexto, sendo assim, a

alteração em uma delas afetará todas as outras. Se ocorrer

uma situação no mercado de restrição de consumo, por

exemplo, todas as outras variáveis terão de se adequar a

essa nova situação.

2. A teoria da burocracia de Weber tem fundamental impor-

tância na estruturação das organizações, pois contribuiu

para formalizar as organizações com base em três carac-

terísticas: formalidade, impessoalidade e profissionalismo.

3. a

4. b

5. a

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 236: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

234

Questões para reflexão

1. Para responder a esta questão você deve relembrar o taylo-

rismo e comparar a administração científica com a gestão

empresarial atual.

2. Você encontrará a resposta para esta questão relendo a

teoria das relações humanas e fazendo um checklist de

suas principais características. Em seguida, releia a teoria

comportamental e compare-a com o seu checklist. Assim,

encontrará de que forma a primeira influenciou a segunda.

3. Para responder a primeira parte desta questão você deve

reler sobre a teoria neoclássica. A relação entre as duas

encontra-se na comparação entre uma e outra teoria, ve-

rificando onde elas coincidem e onde divergem. Você pode

fazer um quadro comparativo demonstrando a relação en-

tre ambas.

Capítulo 2

Questões para revisão

1. Um modelo de gestão empresarial é de fundamental im-

portância para o eficiente e eficaz funcionamento de uma

empresa, pois é um instrumento que orienta os gestores,

como um mapa aos navegantes. Ele determina o caminho

que a gestão da empresa deve seguir rumo aos seus objeti-

vos para alcançar resultados almejados.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 237: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

235

2. Qual o motivo de minha empresa existir? Qual é o negócio

da empresa? Quais são os produtos e os clientes e serviços

da empresa?

3. b

4. c

5. c

Questões para reflexão

1. Para responder a essa questão, você precisa relembrar as

ferramentas para elaboração de plano de ação. Lembran-

do-se de que 5W2H (sigla em inglês) é o mesmo que 4 Qs

e 1POQ (sigla em português).

2. Você deve concentrar-se em relembrar os passos e as per-

guntas que o empresário deve fazer a si próprio em relação

à sua empresa. É importante também reler sobre como se

define missão e visão da empresa.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 238: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

236

Capítulo 3

Questões para revisão

1.

Representa a atividade, a tarefa.

Representa uma decisão que precisa ser tomada.

Usado para fazer uma conexão dentro da página.

Usado para fazer conexão de fluxo em páginas

diferentes.

Representa um documento, relatório.

Setas indicam as direções que o fluxo segue.

Início ou fim do processo.

2. Visitar empresas informatizadas do mesmo setor para

aprender sobre ele; contratar pessoas especializadas para

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 239: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

237

fazer uma boa avaliação inicial das necessidades da em-

presa; analisar os controles manuais utilizados atualmen-

te, conversando com os responsáveis por eles; identifi-

car o que precisa ser informatizado; definir primeiro os

softwares que serão utilizados antes de comprar qualquer

equipamento; verificar a real necessidade de equipamentos,

de instalações elétricas apropriadas, de implantação de re-

des internas e de acessos à internet; fazer orçamentos em

fornecedores diferentes e pesquisar a satisfação dos clien-

tes das empresas orçadas; estabelecer um cronograma in-

terno e outro para a empresa de informática contratada;

conscientizar e treinar colaboradores para adaptá-los às

novas atividades informatizadas.

3. c

4. c

5. b

Questões para reflexão

1. Nessa questão, você precisa lembrar-se dos significados

dessas palavras, separadamente. Pode, inclusive, pesquisar

tais significados em um dicionário. O significado da ex-

pressão é a compreensão das três palavras direcionadas a

uma estrutura organizacional.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 240: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

238

2. Para responder a essa questão, é importante relembrar em

que consiste um sistema de informação gerencial e, depois,

deduzir qual a sua função para a organização.

Capítulo 4

1. É função estratégica da gestão de pessoas descobrir, atrair,

reter e desenvolver talentos.

2. O ciclo de atração e desempenho é um método que viabili-

za a gestão de pessoas de uma organização e constitui-se

das seguintes fases: planejamento, recrutamento, seleção,

treinamento, definição de objetivos, orientação e aconse-

lhamento, avaliação, correção, reconhecimento e remune-

ração.

3. c

4. b

5. c

Questões para reflexão

1. Para responder, relembre sobre o contexto organizacional

mundial e como as organizações evoluíram ao longo do

tempo.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 241: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

239

2. Faça uma análise dos motivos que levam as pessoas a sen-

tirem-se motivadas no trabalho, considerando que o com-

portamento humano pode ser influenciado positivamente

por fatores externos e internos a ele. Relembre-se sobre o

contexto do sentido do trabalho.

3. Para responder, releia o texto sobre liderança e faça um

checklist das habilidades que considerar mais importantes

para um profissional líder.

4. Esta resposta requer uma compreensão do significado da

palavra comunicação e o que ela representa dentro de uma

organização. Importante estudar sobre os canais de comu-

nicação para um entendimento completo da importância

da comunicação empresarial.

Capítulo 5

Questões para revisão

1. Segundo Barbieri (2007), sustentabilidade é a capacidade

de desenvolver atividade econômico-produtiva, atendendo

às necessidades da geração presente sem comprometer as

fontes de recursos e possibilidades de vida da geração fu-

tura. Sustentabilidade é a congruência de três instâncias

fundamentais: a preservação do meio ambiente, o desen-

volvimento econômico e a responsabilidade social.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 242: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

240

2. Controle da poluição, prevenção da poluição e incorpora-

ção dessas questões na estratégia empresarial.

3. c

4. a

5. b

Questões para reflexão

1. As empresas, desde seu surgimento até hoje, sempre tive-

ram um papel determinante para as condições atuais do

nosso meio ambiente e, consequentemente, sobre o tema

aquecimento global. A questão submete você a uma refle-

xão sobre esse assunto. Se as empresas são dirigidas por

administradores, então estes estão diretamente ligados

ao tema. Elabore uma resposta baseada nisso e liste algu-

mas providências que um administrador de empresas pode

tomar, no exercício de sua função, para contribuir com o

meio ambiente.

2. Reflita sobre o que você pode fazer para contribuir em sua

escola, no seu trabalho, em casa, enfim, em todos os am-

bientes aos quais frequenta. Faça um plano de trabalho e

apresente aos seus colegas e amigos.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 243: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

241

N o t a s o br e

a a

ut

or

a

Maria Inês Caserta Scatena é graduada em Economia (1986)

pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade

de São Paulo (FEA-USP) e possui MBA-Executivo (1994) pela

Fundação Instituto de Administração dessa mesma universi-

dade (FIA-USP). Atuou por mais de 15 anos na área econô-

mico-financeira, controladoria e de planejamento estratégico

em empresas como Alcoa Alumínio, Banco Crefisul de Investi-

mento e Fipe-USP, em São Paulo. Lecionou, de 2005 a 2006, as

disci plinas Matemática Financeira, Consultoria Empresarial,

Planejamento Estratégico e Macroeconomia para a Faculda-

de de Pará de Minas, Minas Gerais, e para a Universidade de

Itaúna. Desde 1998, atua como consultora em gestão empresa-

rial para pequenas e médias empresas. É também estudiosa do

campo da psicologia.

Nesses 22 anos trabalhando em empresas de diversos portes e

em diferentes regiões do país, desenvolveu uma técnica própria

para auxiliar pequenas e médias empresas na gestão de conflitos

interpessoais, com o objetivo de facilitar a realização de mudan-

ças organizacionais, as quais são muito solicitadas pelo contexto

do universo empresarial.

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 244: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 245: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 246: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

Nenh

uma p

arte

desta

publi

caçã

o pod

erá s

er re

prod

uzida

por q

ualqu

er m

eio ou

form

a sem

a pr

évia

autor

izaçã

o da E

ditor

a Ibp

ex. A

viola

ção d

os di

reito

s auto

rais

é crim

e esta

belec

ido na

Lei n

º 9.61

0/199

8 e pu

nido p

elo ar

t. 184

do C

ódigo

Pen

al.

Page 247: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial
Page 248: Ferramentas para-moderna-gestao-empresarial

gestão empresarialgestão empresarial

FERRAMENTAS PARA A MODERNA GESTÃO EMPRESARIAL - CAPA.indd 1 11/2/2011 15:45:28