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Fernando Pessoa

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Page 1: Fernando Pessoa. Biografia Escritor português, nasceu a 13 de Junho, numa casa do Largo de São Carlos, em Lisboa. Aos cinco anos morreu-lhe o pai. Devido

Fernando Pessoa

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BiografiaEscritor português, nasceu a 13 de Junho, numa casa do

Largo de São Carlos, em Lisboa. Aos cinco anos

morreu-lhe o pai. Devido ao segundo casamento da mãe,

em 1896, com o cônsul português em Durban, na

África do Sul, viveu nesse país entre 1895 e 1905, aí seguindo, no Liceu de

Durban, os estudos secundários.

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Biografia

Frequentou, por um período breve (1906-

1907), o Curso Superior de Letras. Dedicou-se, a

partir de 1908, à tradução de correspondência

estrangeira de várias casas comerciais, à

escrita e ao estudo de filosofia (grega e alemã).

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Biografia

Em 1920, Fernando Pessoa

iniciou uma relação

sentimental com Ophélia Queiroz testemunhada pelas Cartas de

Amor de Pessoa.

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Biografia Levando uma vida relativamente apagada, envolveu-se nas discussões literárias e até políticas da época. Colaborou na revista A Águia, da Renascença Portuguesa, com

artigos de crítica literária sobre a nova poesia portuguesa. Data de 1913 a publicação de «Impressões do Crepúsculo» e de 1914 o

aparecimento dos seus três principais heterónimos, segundo indicação do próprio

Fernando Pessoa.

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Bibliografia Em 1915, com Mário de Sá-Carneiro Luís de

Montalvor e outros poetas e artistas plásticos com os quais formou o grupo «Orpheu», lançou a revista Orpheu, marco do modernismo português, onde publicou, no primeiro número, Opiário e Ode Triunfal, de Campos, e O Marinheiro, de Pessoa ortónimo, e, no segundo, Chuva Oblíqua, de Fernando Pessoa ortónimo, e a Ode Marítima, de Campos. Publicou, ainda em vida, Antinous (1918), 35 Sonnets (1918), e três séries de English Poems Em 1934, concorreu com Mensagem a um prémio da Secretaria de Propaganda Nacional.

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Bibliografia Colaborou ainda nas revistas Exílio (1916), Portugal

Futurista (1917), Contemporânea (1922-1926, de que foi co-director e onde publicou O Banqueiro Anarquista e o poema Mar Português, Athena (1924-1925, igualmente como co-director e onde foram publicadas algumas odes de Ricardo Reis e excertos de poemas de Alberto Caeiro) e Presença.

A sua obra, que permaneceu maioritariamente inédita, foi difundida e valorizada pelo grupo da Presença. A partir de 1943, Luís de Montalvor deu início à edição das obras completas de Fernando Pessoa, abrangendo os textos em poesia dos heterónimos e de Pessoa ortónimo.

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Os heterónimos de Fernando Pessoa

São eles:

1. Álvaro de Campos: Era um engenheiro português de educação inglesa. Influenciado pelo simbolismo e futurismo, apresentava um certo niilismo nas suas obras. 

2. Ricardo Reis: Era um médico que escrevia as suas obras com simetria e harmonia. O bucolismo estava presente na sua poesia. Era um defensor da monarquia e demonstrava grande interesse pela cultura latina.

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Os heterónimos de Fernando Pessoa

3. Alberto Caeiro: Com uma formação educacional simples (apenas o primário), fazia poesias de forma simples, directa e concreta. Suas obras estão reunidas em “Poemas Completos de Alberto Caeiro”.

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“Mensagem” A principal obra de "Pessoa

ortónimo" é Mensagem, uma colectânea de poemas sobre os grandes personagens históricos portugueses. O livro foi, também, o único a ser publicado enquanto foi vivo.

Na obra, Fernando Pessoa expressou por outras palavras a necessidade de provocar, de lutar contra as adversidades, de não ter medo de ir contra a corrente e de defender o que se acha justo e perfeito.

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I. O INFANTE Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.Deus quis que a terra fosse toda uma,Que o mar unisse, já não separasse.Sagroute, e foste desvendando a espuma,

E a orla branca foi de ilha em continente,Clareou, correndo, até ao fim do mundo,E viu-se a terra inteira, de repente,Surgir, redonda, do azul profundo.

Quem te sagrou criou-te português.Do mar e nós em ti nos deu sinal.Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.Senhor, falta cumprir-se Portugal!

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X. MAR PORTUGUÊS

Ó mar salgado, quanto do teu salSão lágrimas de Portugal!Por te cruzarmos, quantas mães choraram,Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casarPara que fosses nosso, ó mar!Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma não é pequena.

Quem quer passar além do BojadorTem que passar além da dor.Deus ao mar o perigo e o abismo deu,Mas nele é que espelhou o céu.