feminicídio: o problema dojulgamento feito nas redes sociais€¦ · ano xciii nº 35.962 | sÃo...

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Ano XCIII Nº 35.962 | SÃO LUÍS-MA, DOMINGO, 2 DE FEVEREIRO DE 2020 | CAPITAL E INTERIOR R$ 3,00 @imparcialonline @oimparcial 98 99188.8267 @OImparcialMA NOSSOS TELEFONES: GERAL 3212.2030 COMERCIAL 3212-2086 CLASSIFICADOS 3212.2020 CAA - CENTRAL DE ATENDIMENTO AO ASSINANTE 989072182 REDAÇÃO 3212.2006 TEMPO E TEMPERATURA TÁBUA DE MARÉ www.oimparcial.com.br APARTE Transparentes O pacto da frente dinista BASTIDORES DOM 02/02/2020 02H00 ................ 0.5M 08H09 ................ 5.8M 14H11 ................ 0.8M 20H17 ................ 6.1M Situação de brasileiros na China segue indefnida TUDO OK TUDO OK Quase 3 mil carros roubados na Grande Ilha O PT entrou 2020 do mesmo jeito que saiu de 2019. Tenta dançar uma ciranda sem música e acaba errando o passo. Ora tenta tirar Flá- vio Dino para a dança, ora faz mistura o ritmo internamente, colocan- do Fernando Haddad na roda da sucessão presidencial de 2022. Ex-Flamengo é a aposta do Moto Club Veja os bastidores do principal hit do início do ano SUPERBOWL Chiefs e 49ers se enfrentam em busca do título Maior evento esportivo dos Estados Unidos marca o retor- no de Kansas City após 50 anos e San Francisco em busca do recorde de títulos. Show do in- tervalo irá contar com Jennifer Lopez e Shakira e homenagem a Kobe Bryant. PAGINA 7 Por que os buracos sempre voltam? Com a chegada do período de chuvas, as ruas e avenidas da Grande Ilha sempre apresentam um grande número de buracos independente da recuperação feita pelas autoridades competentes. Apesar disso, o asfalto recebido é geral- mente de boa qualidade, um fator importante que passa despercebido é a falta de drenagem urbana. PÁGINA 10 O IMPARCIAL Feminicídio: o problema do"julgamento" feito nas redes sociais Após o primeiro caso de feminícidio em São Luís, no qual um policial militar tirou a vida da esposa e do suposto aman- te, as redes sociais demonstraram diversas postagens de vários sentimentos: pena, lamentação, ódio, vingança e repúdio. PAGINA 9 Com mais de 52 milhões de visu- alizações no YouTube, a música de JS Mão de Ouro, Thiaguinho MT e Mila se firma como primeiro grande su- cesso do ano e aposta no Carnaval. PAGINA 12 "Juiz de Garantias é um custo para o TJ", diz José Joaquim O presidente do Tribunal de Justiça explicou a situação. do Maranhão para instituir a nova regra estabelecida pelo Congresso e detalhou os pro- blemas da medida. PÁGINA 3 EMPREGO Informalidade bateu recorde no ano passado Pesquisa do IBGE mostra que taxa de desocupação caiu para 11% no último trimestre de 2019. Mas ainda há 11 milhões e em busca de uma vaga. PAGINA 2 PÁGINA 2 AGENCIA SÃO LUIS Na Região Metropolitana de São Luís, em 2019, foram verificados 2.929 furtos e roubos de veículos, dos quais 60 por cento, foram motocicletas. A polícia desenvolveu diligências e já re- cuperou 1.100 veículos e deu cumpri- mento a 50 mandados de prisão. PAGINA 10 Palestina corta relações com EUA e Israel PÁGINA 2 Volante Amaral deve fazer sua es- treia pelo Papão amanhã diante do Pi- nheiro. Jogador foi campeão da Copa do Brasil de 2013 pelo Flamengo. PAGINA 11 CORONAVÍRUS

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Page 1: Feminicídio: o problema dojulgamento feito nas redes sociais€¦ · ano xciii nº 35.962 | sÃo luÍs-ma, domingo, 2 de fevereiro de 2020 | capital e interior r$ 3,00 @oimparcialma

Ano XCIII Nº 35.962 | SÃO LUÍS-MA, DOMINGO, 2 DE FEVEREIRO DE 2020 | CAPITAL E INTERIOR R$ 3,00 @imparcialonline @oimparcial 98 99188.8267@OImparcialMA

NOSSOS TELEFONES: GERAL 3212.2030 • COMERCIAL 3212-2086 • CLASSIFICADOS 3212.2020 • CAA - CENTRAL DE ATENDIMENTO AO ASSINANTE 989072182 • REDAÇÃO 3212.2006

TEMPO E TEMPERATURA TÁBUA DE MARÉ

w w w. o i m p a rc i a l . c o m . b r

APARTE Transparentes O pacto da frente dinistaBASTIDORESDOM 02/02/2020

02H00 ................ 0.5M

08H09 ................ 5.8M

14H11 ................ 0.8M

20H17 ................ 6.1M

Situação de brasileiros na China segue indefinida

TUDO OK TUDO OK

Quase 3 mil carros roubados na Grande Ilha

O PT entrou 2020 do mesmo jeito que saiu de 2019. Tenta dançar uma ciranda sem música e acaba errando o passo. Ora tenta tirar Flá-vio Dino para a dança, ora faz mistura o ritmo internamente, colocan-do Fernando Haddad na roda da sucessão presidencial de 2022.

Ex-Flamengo é a aposta do

Moto Club

Veja os bastidores do principal hitdo início do ano

SUPERBOWL Chiefs e 49ers se enfrentam em busca do título

Maior evento esportivo dos Estados Unidos marca o retor-no de Kansas City após 50 anos

e San Francisco em busca do recorde de títulos. Show do in-tervalo irá contar com Jennifer

Lopez e Shakira e homenagem a Kobe Bryant. PAGINA 7

Por que os buracos sempre voltam?Com a chegada do período de chuvas, as ruas e avenidas da Grande Ilha sempre apresentam um grande número de buracos independente da recuperação feita pelas autoridades competentes. Apesar disso, o asfalto recebido é geral-

mente de boa qualidade, um fator importante que passa despercebido é a falta de drenagem urbana. PÁGINA 10

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CIA

L

Feminicídio: o problema do"julgamento"

feito nas redes sociaisApós o primeiro caso de feminícidio em São Luís, no qual um policial militar tirou a vida da esposa e do suposto aman-

te, as redes sociais demonstraram diversas postagens de vários sentimentos: pena, lamentação, ódio, vingança e repúdio. PAGINA 9

Com mais de 52 milhões de visu-alizações no YouTube, a música de JS Mão de Ouro, Thiaguinho MT e Mila se firma como primeiro grande su-cesso do ano e aposta no Carnaval.

PAGINA 12

"Juiz de Garantias é um custo para o TJ",

diz José Joaquim

O presidente do Tribunal de Justiça explicou a situação. do Maranhão para instituir a nova regra estabelecida pelo Congresso e detalhou os pro-blemas da medida. PÁGINA 3

EMPREGOInformalidade bateu recorde noano passadoPesquisa do IBGE mostra que taxa de desocupação caiu para 11% no último trimestre de 2019. Mas ainda há 11 milhões e em busca de uma vaga. PAGINA 2

PÁGINA 2

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CIA

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Na Região Metropolitana de São Luís, em 2019, foram verificados 2.929 furtos e roubos de veículos, dos quais 60 por cento, foram motocicletas. A

polícia desenvolveu diligências e já re-cuperou 1.100 veículos e deu cumpri-

mento a 50 mandados de prisão. PAGINA 10

Palestina corta relações com EUA e Israel

PÁGINA 2

Volante Amaral deve fazer sua es-treia pelo Papão amanhã diante do Pi-nheiro. Jogador foi campeão da Copa do Brasil de 2013 pelo Flamengo.

PAGINA 11

CORONAVÍRUS

Page 2: Feminicídio: o problema dojulgamento feito nas redes sociais€¦ · ano xciii nº 35.962 | sÃo luÍs-ma, domingo, 2 de fevereiro de 2020 | capital e interior r$ 3,00 @oimparcialma

oimparcial.com.brPOLÍTICAGeorge RaposoE-mail: [email protected]

Pesquisa do IBGE mostra que taxa de desocupação caiu para 11% no último trimestrede 2019. No entanto, o país ainda tem 11,6 milhões de pessoas em busca de uma vaga

ECONOMIA

Informalidade baterecorde em 2019

Ode sem pre go no Bra sil caiu pa ra 11% no úl ti mo tri mes- tre de 2019, a me nor ta xa des de mar ço de 2016, de

acor do com a Pes qui sa Na ci o nal por Amos tra de Do mi cí li os Con tí nua (Pnad Con tí nua), do Ins ti tu to Bra si- lei ro de Ge o gra fia e Es ta tís ti ca (IB GE). O le van ta men to mos trou que o nú- me ro de tra ba lha do res com car tei ra as si na da cres ceu 2,2% em re la ção ao mes mo pe río do de 2018, che gan do a 33,7 mi lhões. Po rém, o país ain da tem 11,6 mi lhões de de sem pre ga dos, e o tra ba lho in for mal atin giu o mai or pa- ta mar em qua tro anos.

Se gun do o IB GE, a in for ma li da de — so ma dos tra ba lha do res sem car- tei ra, por con ta pró pria, do més ti cos não re gis tra dos e em pre ga do res sem CNPJ — re pre sen tou 41,1% da po pu- la ção ocu pa da, ou 38,4 mi lhões de pes so as na mé dia de 2019. “Hou ve um acrés ci mo de um mi lhão de pes so as” nes sa con di ção, dis se a res pon sá vel pe la Pnad Con tí nua, Adri a na Beringuy.

Pa ra Jo sé Fran cis co de Li ma Gon- çal ves, eco no mis ta-che fe do Ban co Fa tor, “a re cu pe ra ção do mer ca do de tra ba lho é len ta e gra du al, com as pec- tos de pre ca ri e da de”. “É com pli ca do mu dar es se jo go ra pi da men te, por cau sa das no vas mo da li da des de em- pre go. É di fí cil se pa rar quem ven de bri ga dei ro de quem tra ba lha por apli- ca ti vo”, dis se. “A con fi an ça não é tão gran de quan to se ima gi na. Vai de mo- rar pa ra vol tar mos aos pa ta ma res de 2014. No rit mo atu al de cres ci men to,

MINISTRO PAULO GUEDES REALIZOU AÇÕES PARA MELHORAR A ECONOMIA

po de le var cin co anos, se não for mos atro pe la dos pe los Es ta dos Uni dos e pe lo co ro na ví rus da Chi na”, as si na lou o eco no mis ta.

No en ten der de Alex Agos ti ni, eco- no mis ta-che fe da Agên cia Aus tin Ra- ting, “no ge ral, o re sul ta do da Pnad foi bom e as pers pec ti vas fu tu ras são de me lho ra, em bo ra aquém do de se ja do, que é um per cen tu al abai xo de dois dí gi tos”. Até o iní cio do se gun do se- mes tre, os efei tos das re for mas tra ba- lhis ta e pre vi den ciá ria co me ça rão a ser sen ti dos, “ca so o co ro na ví rus dei- xe de ser um fa tor de pre o cu pa ção pa- ra os em pre sá ri os”, dis se Agos ti ni.

Ele res sal tou, ain da, que o fa to de o em pre go de car tei ra as si na da ter se ex pan di do é mo ti vo de des ta que. “É uma mo da li da de com cus to al to pa ra o em pre sá rio. É bom que o tra ba lha- dor te nha con quis ta do es sa se gu ran-

ça”, re for çou.Pa ra Antô nio Cor rêa de La cer da,

pre si den te do Con se lho Fe de ral de Eco no mia (Co fe con), a re du ção do de sem pre go e a re cu pe ra ção da ati vi- da de econô mi ca são os prin ci pais de- sa fi os do país. “Em bo ra a ta xa de de-sem pre go for mal te nha caí do, os de- so cu pa dos, de sa len ta dos e su bo cu pa- dos não se rão in cor po ra dos nos pró- xi mos anos. A po lí ti ca econô mi ca não tem es sa me ta. A si tu a ção de las po de até se agra var”, dis se.

Ou tro in di ca dor em des ta que na Pnad Con tí nua é a po pu la ção su bu ti- li za da — que in clui pes so as de so cu-pa das, que tra ba lham me nos ho ras do que gos ta ri am, ou na for ça de tra ba- lho po ten ci al. O con tin gen te de pes-so as nes sa ca te go ria che gou a 27,6 mi lhões em 2019, o mai or va lor da sé-rie.

CORONAVÍRUS

Brasileiros da China na pauta de Bolsonaro

O PRESIDENTE JAIR BOLSONARO CONCEDEU ENTREVISTA EM FRENTE AO PALÁCIO ALVORADA PARA ESCLARECER SITUAÇÃO 

VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

O pre si den te Jair Bol so na ro lis touao me nos dois en tra ves pa ra tra zer osbra si lei ros que es tão na re gião deWuhan, na Chi na – epi cen tro da con- ta mi na ção pe lo co ro na ví rus – pa ra oBra sil. Se gun do ele, é pre ci so so lu ci o- nar ques tões fi nan cei ras pa ra o en viode uma ae ro na ve da For ça Aé rea Bra- si lei ra (FAB) ao país asiá ti co, além dafal ta de uma “lei de qua ren te na” noBra sil pa ra man ter os bra si lei ros quefo rem re pa tri a dos por um tem po demo ni to ra men to.

“Te mos al guns na ci o nais, que es- tão na re gião de Wuhan, que que remvir pa ra cá, e têm pe di do o nos soapoio. Ob vi a men te, o apoio cus ta di- nhei ro, mei os, e o Bra sil vai ter que sees for çar pa ra con se guir. Co me ça pe lapró pria For ça Aé rea. Ao lon go dos úl- ti mos 30 anos, ar re ben ta ram com oma te ri al das For ças Ar ma das, in cluin- do ae ro na ves”, dis se Bol so na ro a jor- na lis tas na en tra da do Pa lá cio do Al- vo ra da. Se gun do ele, um voo pa ra achi na cus ta ria cer ca de US$ 500 mil

(apro xi ma da men te R$ 2,1 mi lhões).O ou tro pon to, de acor do com o

pre si den te, é a au sên cia de nor masso bre qua ren te na no Bra sil. “Nós nãote mos uma lei de qua ren te na. Ao tra- zer os bra si lei ros pa ra cá, e a nos saideia, ob vi a men te, é co lo car em lo calpa ra qua ren te na, mas aí qual quer de- ci são ju di ci al ti ra de lá, e daí se ria umair res pon sa bi li da de re ti rar pes so asque vêm da Chi na pra cá”, acres cen- tou. O pre si den te se reu niu du ran te atar de com com os mi nis tros Hen ri queMan det ta (Saú de), Au gus to He le no(Ga bi ne te de Se gu ran ça Ins ti tu ci o- nal), Luiz Edu ar do Ra mos (Se cre ta riaGe ral), Er nes to Araú jo (Re la ções Ex te- ri o res) e Fer nan do Aze ve do (De fe sa)pa ra dis cu tir o as sun to.

Se gun do o mi nis tro Er nes to Araú jo,há tam bém um en tra ve di plo má ti copa ra tra zer os bra si lei ros da re gião deWuhan, que es tá em qua ren te na de- cre ta da pe lo go ver no chi nês. “A re giãoda Chi na que es tá mais su jei ta [ao ví- rus], es tá fe cha da pa ra qual quer pes-

É

soa sair. É pre ci so ne go ci ar com o go- ver no chi nês pri mei ro, pa ra que dei xesair os bra si lei ros, mas não é uma coi- sa ób via e ime di a ta tam bém”, afir- mou. Nos úl ti mos di as, di ver sos paí- ses, co mo Aus trá lia, Co reia do Sul, Es- ta dos Uni dos, Fi li pi nas, Es pa nha, Ale- ma nha, Fran ça, Ín dia e Ja pão ini ci a- ram tra mi tes ou já re ti ra ram seus ci- da dãos da Chi na, por cau sa do sur todo co ro na ví rus.

Ain da de acor do com o pre si den teJair Bol so na ro, é pre ci so o en vol vi-men to do Po der Ju di ciá rio e do Con- gres so Na ci o nal na even tu al de ci sãode en vi ar uma ae ro na ve da FAB pa rare pa tri ar os bra si lei ros na Chi na. Se- gun do ele, por exem plo, a au to ri za çãode re cur so ex tra te ria que ser apro va- da pe lo Par la men to. “En tão, é umacoi sa que tem que ser pen sa da, con-ver sa da an te ci pa da men te com o che- fe do Po der Ju di ciá rio, con ver sa docom o Par la men to tam bém”, dis se.

ORIENTE MÉDIO

Palestina corta relaçõescom EUA e Israel

MAHMOUD ABBAS ANUNCIOU DECISÃO DA PALESTINA

RANEEN SAWAFTA/REUTERS

O pre si den te da Au to ri da de Pa les ti na, Mah moud Ab- bas, anun ci ou on tem (1º) o rom pi men to de to das as re- la ções com Es ta dos Uni dos e Is ra el. Nes ta se ma na, Ab- bas cri ti cou o pla no de paz apre sen ta do pe lo pre si den tedos EUA, Do nal do Trump, pa ra o Ori en te Mé dio.

Du ran te a reu nião de ex tra or di ná ria da Li ga Ára be,re a li za da no Egi to, Ab bas dis se que a pro pos ta nor te-ame ri ca na vi o la os acor dos de Os lo, que is ra e len ses epa les ti nos as si na ram em 1993. “In for ma mos que nãoexis ti rá ne nhum ti po de re la ção com vo cês (os is ra e len- ses) nem com os Es ta dos Uni dos, nem se quer em ter- mos de se gu ran ça, à luz do pla no ame ri ca no que vi o laos acor dos de Os lo.” Ab bas, que afir mou ter en vi a do amen sa gem ao pri mei ro-mi nis tro is ra e len se, Ben ja minNetanyahu, pe diu a Is ra el “que as su ma su as res pon sa bi- li da des en quan to po tên cia ocu pan te” dos ter ri tó ri ospa les ti nos.

O anún cio do pla no foi fei to por Trump na ter ça-fei ra(28) ao la do do pri mei ro-mi nis tro is ra e len se, Ben ja minNetanyahu. O pro je to apre sen ta do in cluiu um re de se- nho do ma pa da re gião dis pu ta da por is ra e len ses e pa- les ti nos. A pro pos ta es ta be le ce um re co nhe ci men tomú tuo en tre Is ra el e Pa les ti na — no que o pre si den tenor te-ame ri ca no cha mou de “so lu ção re a lis ta de doisEs ta dos”. O de se nho foi fei to à re ve lia das au to ri da despa les ti nas, que não par ti ci pa ram das con ver sas pa ra de- fi nir o pla no. Na ter ça-fei ra, Ab bas cha mou o pro je to de“cons pi ra ção” e dis se que não acei ta rá os ter mos. O ma- pa faz par te do pro je to di vul ga do pe la Ca sa Bran ca como no me “Paz pa ra a Pros pe ri da de”. Além des sa or ga ni za- ção ter ri to ri al, o pla no es ta be le ce uma gra du al des mi li- ta ri za ção da re gião — com o fim das ati vi da des mi li ta resdo Ha mas, que co man da ho je a Fai xa de Ga za. Além dis- so, pa les ti nos mu çul ma nos te rão aces so ga ran ti do àmes qui ta de Al-Aq sa, con si de ra da sa gra da e que fi ca emJe ru sa lém.

NOVEMBRO

Sérgio Moro volta aser favorito ao STF

PRESIDENTE JAIR BOLSONARO E MINISTRO SÉRGIO MORO

LUCIO TAVORA

A re cen te cri se po lí ti ca com o mi nis tro da Jus ti ça, Ser- gio Mo ro, le vou Jair Bol so na ro a co lo car no va men te oex-juiz da La va Ja to co mo o seu pre fe ri do pa ra subs ti tuiro mi nis tro Cel so de Mel lo no STF (Su pre mo Tri bu nal Fe- de ral).

O de ca no se apo sen ta rá em no vem bro, abrin do es pa- ço pa ra o pre si den te em pla car seu pri mei ro no me nacor te. Ali a dos de Bol so na ro ve em no ges to de in di carMo ro um mo vi men to pa ra blin dar um ce ná rio em queele po de sur gir co mo seu ad ver sá rio nas ur nas na dis pu- ta pre si den ci al de 2022.

Se gun do re la tos, o mi nis tro tra tou da pos si bi li da dede ir pa ra o STF em con ver sa com o pre si den te após apo lê mi ca so bre a re cri a ção do Mi nis té rio da Se gu ran çaPú bli ca, ho je in te gra do à pas ta da Jus ti ça.

O diá lo go re ser va do foi ape li da do por in te gran tes daequi pe de Mo ro co mo uma “DR”, uma dis cus são da re la- ção. A in di ca ção pa ra o Su pre mo abri ria ain da es pa çopa ra que o che fe do Exe cu ti vo te nha mais in ge rên cia noMi nis té rio da Jus ti ça, al go que ele vem bus can do des deo co me ço do go ver no.

Um dos pon tos sen sí veis é a Po lí cia Fe de ral. Uma saí- da de Mo ro pa vi men ta um ca mi nho pa ra Bol so na ro me- xer no seu co man do, de se jo já si na li za do por ele no anopas sa do.

Em um ace no à ban ca da evan gé li ca, o pre si den te ha- via de fi ni do que es co lhe ria pa ra o Su pre mo um ju ris tacom res pal do da co mu ni da de re li gi o sa. “Po de rei in di- car dois mi nis tros pa ra o Su pre mo Tri bu nal Fe de ral. Umde les se rá ter ri vel men te evan gé li co”, dis se, em ju lho de2019.

O mi nis tro da AGU (Ad vo ca cia Ge ral da União), An- dré Men don ça, sur giu en tão co mo pri mei ra op ção, ten-

São Luís, domingo, 2 de fevereiro de 2020

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oimparcial.com.br POLÍTICA Samartony MartinsE-mail: [email protected] 3

Presidente do TJMA  observa com cautela a implementação do juiz de garantia eavaliou os prós e contras da decisão que está suspensa por tempo indeterminado

JUDICIÁRIO

A espera de uma decisãosobre o juiz de garantiaSAMARTONY MARTINS

Apro pos ta da im plan ta ção do juiz das ga ran ti as nos tri bu- nais de jus ti ça em to do o país vi rou um ver da dei ro “ca bo de

guer ra” no ju di ciá rio bra si lei ro. A De- fen so ria Pú bli ca da União en trou com uma ação na úl ti ma sex ta-fei ra (31) pe din do que Di as Tof fol li, pre si den te do Su pe ri or Tri bu nal Fe de ral (STF) re- vo gue a de ci são do mi nis tro Luiz Fux que der ru bou a im plan ta ção do juiz das ga ran ti as por tem po in de ter mi na- do. Is so por que o pre si den te do STF já ha via con ce di do li mi nar di as an tes, adi an do a im ple men ta ção do ins ti tu- to por 180 di as. Na ava li a ção dos de- fen so res, uma no va de ci são no ca so ca be ria ape nas ao co le gi a do.

Apro va do com o Pa co te An ti cri me em de zem bro do ano pas sa do, o ins ti- tu to do juiz das ga ran ti as di vi de a con- du ção dos pro ces sos cri mi nais en tre dois ma gis tra dos. Um de les é res pon- sá vel pe la fa se da in ves ti ga ção, en- quan to o ou tro se en car re ga do jul ga- men to. No Ma ra nhão, o pre si den te do Tri bu nal de Jus ti ça Jo sé Jo a quim Fi- guei re do dos An jos, emi tiu em ja nei ro uma no ta pú bli ca quan do a lei foi san- ci o na da de mons tran do pre o cu pa ção, uma vez que o pra zo da do pa ra a sua im ple men ta ção que era até o dia 23 de ja nei ro.

“Ne nhum tri bu nal te ria con di ções de re a li zar es sa de ter mi na ção por que es tá va mos de re ces so e as sim fa zê-lo. No pen sar do le gis la dor [mi nis tro Di- as Tof fol li], o juiz de ga ran tia tra ria mais con fi a bi li da de. Quan do nós de-

JOSÉ JOAQUIM AFIRMOU QUE VAI AGUARDAR A DECISÃO DO SUPREMO FEDERAL

DIVULGAÇÃO

mons tran do es sa pre o cu pa ção é por- que ho je a gen te con ta com 70 co mar- cas no Ma ra nhão de en trân cia ini ci al, ou se ja, so men te com um juiz. E co mo as sim pro ce der? Te ría mos que fa zer um ro dí zio, um des lo ca men to de juí- zes. Pri mei ro, is so, iria afe tar to da a nos sa par te ad mi nis tra ti va. E se gun- do, nós não te mos uma ru bri ca pa ra pa ga men to de diá ri as ou até mes mo de des lo ca men to de um juiz por um tem po de 15 a 30 di as, ha ja vis to que ele não po de ria ser juiz de ga ran tia e juiz da ins tru ção. Is so se ria um obs tá- cu lo in trans po ní vel”, pon de rou o de- sem bar ga dor.

Em en tre vis ta a O Im par ci al, Jo sé Jo a quim Fi guei re do dos An jos, ex pli- cou que o tem po se ria o mai or en tra ve ex pli can do que o TJ MA de ve ria re a li- nhar to do o Po der Ju di ciá rio, in clu si ve

com a le gis la ção que tam bém se ria al- te ra da, a exem plo do Có di go de Di vi- são e Or ga ni za ção Ju di ciá ria, que tem to da uma di re triz. “O juiz de ga ran tia den tro da nos sa for ma ta ção pas sa a ser um juiz ine xis ten te. Nós te ría mos que alo car es se juiz de ga ran tia no ca- so es pe cí fi co na Co mar ca de São Luís, na Gran de Ilha on de nós ter mos a 1ª Va ra Cri mi nal que é de com pe tên cia de to do o es ta do do Ma ra nhão. Aqui já te ría mos um pro ble ma se rís si mo. O juiz atu al te ria que fa zer a es co lha; ou fi car co mo juiz de ga ran tia ou juiz de ins tru ção. Te ria por via de con sequên- cia cri ar um no vo car go, pois nes sa va- ra só tem juiz. Te ría mos que ter dois juí zes com se cre ta ri as dis tin tas”, res-sal tou Jo sé Jo a quim re for çan do que vê com bons a im ple men ta ção do juiz de ga ran tia.

“Juiz de garantia tem custo sim!”, diz desembargador

JOSÉ JOAQUIM FIGUEIREDO DOS ANJOS  ESCLARECE SEU PONTO DE VISTA  ACERCA DA IMPLEMENTAÇÃO DO JUIZ DE GARANTIA

Jo sé Jo a quim Fi guei re do dos An jostam bém viu com nor ma li da de, a de ci- são do vi ce-pre si den te do Su pre moTri bu nal Fe de ral (STF), mi nis tro LuizFux, de sus pen der por tem po in de ter- mi na do a im ple men ta ção do cha ma- do juiz de ga ran ti as. “Den tro do Po derJu di ciá rio, o di rei to não é uma ci ên ciaexa ta, vo cê vê por um viés, eu ve jo porou tro. En tão o mi nis tro Tof fol li in clu- si ve en ten deu que era cons ti tu ci o nale po de ria ser im ple men ta da. E al gu- mas con si de ra ções fo ram fei tas, in- clu si ve fo ram um dos plei tos do Tri- bu nal de Jus ti ça do Ma ra nhão pa raque não fos se im ple men ta da de ime- di a ta e no tem po de seis me ses pro vi- so ri a men te e den tro de um ano to tal- men te pa ra que pu dés se mos fa zeruma adap ta ção de nos sa le gis la ção dapar te fi nan cei ra”, dis se Jo sé Jo a quim.

O pre si den te do Tri bu nal de Jus ti çado Ma ra nhão, dis cor dou do mi nis troTof fol li que afir mou que a cri a ção dojuiz de ga ran ti as não tra ria cus tos pa- ra o ju di ciá rio. “Tem cus to sim. Quempa ga ria a diá ria do juiz ao se des lo car.Se um fa to ocor rer na co mar ca X, e eleé da co mar ca Y ele te ria que se des lo- car. Tem um cus to que tem que ser pa- go. Ou em for ma de diá ria ou de uma

ou tra for ma de in de ni za ção pa ra oma gis tra do. Nas [en trân ci as] in ter me- diá ri as e fi nal nós não te ría mos pro- ble ma por ter mos mais de um juiz,mas as sim mes mo, em co mar cas on- de vo cê tem ma ri do e mu lher é im pe- di do de re a pre ci ar a ma té ria pe lo ou- tro vis to. En tão é um ou tro obs tá cu loque de ve ría mos ul tra pas sar”, ar gu- men tou o de sem bar ga dor.

Quan to a re vo ga ção do mi nis troFux com re la ção a de ci são do mi nis troTof fol li Jo sé Jo a quim afir mou que trazuma ga ran tia de que não se rá im ple- men ta da ago ra e vai es pe rar a re a ber- tu ra dos tra ba lhos ju di ciá ri os do su- pre mo ago ra em fe ve rei ro. “Es se é umdos te mas que se rá dis cu ti do no ple- ná rio e a de ci são que for to ma da aca- ta re mos. Se nós pen sar mos pe lo la docons ti tu ci o nal, aí é um on de o mi nis- tro Fux le van ta uma ques tão da au to- no mia do ju di ciá rio. Que nós de ve ría- mos ter en ca mi nha do e não par ti dodo le gis la ti vo es sa al te ra ção de nos sale gis la ção. Po der-se-ia pen sar de fe rirexa ta men te a au to no mia ai nós te ría- mos um ví cio de re pre sen ta ção for- mal que ca be ria uma Ação de In cosn- ti tu ci o na li da de. Vis lum bran do foi queele sus pen deu por pra zo por in de ter-

mi na do o vi gor des sa lei”, acres cen-tou Jo sé Jo a quim Fi guei re do dos An- jos.

“Tem cus to sim. Quem

pa ga ria a diá ria do juiz

ao se des lo car. Se um

fa to ocor rer na co mar ca

X, e ele é da co mar ca Y

ele te ria que se des lo car.

Tem um cus to que tem

que ser pa go. Ou em

for ma de diá ria ou de

uma ou tra for ma de

in de ni za ção pa ra o

ma gis tra do”

O pa co te da fren te Di nis taO PT en trou 2020 do mes mo jei to que saiu de 2019.

Ten ta dan çar uma ci ran da sem mú si ca e aca ba er ran doo pas so. Ora ten ta ti rar Flá vio Di no pa ra a dan ça, ora fazmis tu ra o rit mo in ter na men te, co lo can do Fer nan doHad dad na ro da da su ces são pre si den ci al de 2022. Co- mo Flá vio Di no co nhe ce o PT de cor e sal te a do – pois foipe tis ta de de o mo vi men to es tu dan til na UF MA, re sol- veu abrir es pa ço pró prio em sua agen da po lí ti ca pa ra setor nar pro ta go nis ta do Movimento65, sus ten ta do nodis cur so de que a po lí ti ca é a ar te de di a lo gar.

Di no, um go ver na dor de dis cur so con ci so em qual- quer área, con se gue atrair pla teia des de os des ca mi sa- dos do Bol sa Fa mí lia até en gra va ta dos do mer ca do fi- nan cei ro ou to ga dos dos es ca lões su pe ri o res, fon teprin ci pal de sua re tó ri ca.

O go ver na dor ma ra nhen se ten ta usar o si lo gis mo po- lí ti co pa ra pro var que o fa to de ser fi li a do ao PC doB nãoo tor nar ne nhum de vas ta dor dos sen ti men tos cí vi cos debra si li da de, mui to me nos em pa re da dor do sis te ma depro du ção se ja ela no cam po ou nas ci da des. Com dis- cur so no vo, ele “ven de” a pro pos ta de for ma tar umafren te am pla, sem sa la ma le ques e sem por tei ro pe din docar tei ra ide o ló gi ca a quem quer que se ja.

O PT, que so freu uma ver da dei ra cor ro são em suaima gem e na ima gem de su as li de ran ças, não se pro gra- mou pa ra o pós-tu do que so freu. In clu si ve a pós-pri sãode seu sím bo lo Luiz Iná cio Lu la da Sil va.

Co mo a per so ni fi ca ção na ima gem do ex-pre si den te,o Par ti do dos Tra ba lha do res con ti nua fa zen do o mes mopa pel de opo si tor in tran si gen te co mo era no dis tan tetem po da di ta du ra e dos go ver nos que o an te ce de ramno Pla nal to. Só que Jair Bol so na ro fez nas cer ou tro jei tode fa zer po lí ti ca, com prá ti cas que ga ran tem a con fi an çade seu elei to ra do, bem dis tan te da mas sa ru ra lis tas, dasen cos tas ur ba nas e das pe ri fe ri as, ho je cha ma das de“co mu ni da des”.

Só apos tar no fra cas so do go ver no

Bol so na ro, elei to

de mo cra ti ca men te, não res pon de

às ex pec ta ti vas da po pu la ção,

exaus ti va men te pe na li za da pe la

pi or cri se da his tó ria re cen te.

Sig ni fi ca que qual quer me lho ria,

por me nor que se ja, o go ver no

Bol so na ro vai in cu tir no ima gi ná rio

po pu lar a ima gem que o le vou ao

Pla nal to.

As sim co mo plan tou a ideia de que to dos os ma les doBra sil tem uma ori gem es pe cí fi ca, tam bém vai mos trarque ele foi ca paz de apla car a cri se. O PT, por sua vez,ain da não se re compôs, não de ba te seu pas sa do, mui tome nos a tran si ção do go ver no de es quer da pa ra o de ex- tre ma-di rei ta. Aí es tá, por tan to, o es pa ção que Flá vio Di- no es tá ocu pan do, pa ra ven der seu “pa co te” de umafren te am pla e mis tu ra da, con tra Jair Bol so na ro – pa raes pan to do PT.

No co me ço de de zem bro de uma das pri mei ras ori en- ta ções do ex-pre si den te Luiz Iná cio Lu la da Sil va, es tánu ma ci ran da “Uma das pri mei ras ori en ta ções do ex-pre si den te Luiz Iná cio Lu la da Sil va ao PT as sim que dei- xou a ca deia, há três se ma nas, foi pa ra que o par ti do lan- ce o mai or nú me ro pos sí vel de can di da tos a pre fei to em2020, prin ci pal men te nas ci da des on de há ho rá rio elei- to ral na TV. Lu la quer apro vei tar a elei ção mu ni ci pal pa- ra fa zer a de fe sa dos go ver nos pe tis tas e de le mes mo. Noen tan to, a fal ta de can di da tos com pe ti ti vos, ne ga ti vaspor par te de ve lhos qua dros da le gen da e in te res ses po- lí ti cos dos ca ci ques re gi o nais di fi cul tam o cum pri men toda ori en ta ção.

Em São Pau lo, mai or ci da de do País, o PT ain da pro- cu ra can di da to. Uma ala im por tan te da si gla, li de ra dapor Lu la, in ves te na vol ta da ex-pre fei ta Mar ta Suplicy.Eles sa bem que a ma no bra é ar ris ca da, mas acre di tamque, com o aval de Lu la, a ar ti cu la ção po de vin gar.

Do con trá rio, de ve vol tar a pres são pa ra que Fer nan- do Had dad as su ma a ta re fa. O ex-pre fei to já dis se vá ri asve zes que não quer ser can di da to. Ele ar gu men ta quepre ci sa or ga ni zar sua vi da pes so al e que três elei ções emum pra zo de seis anos é mui ta coi sa – ele con cor reu, em2015, à re e lei ção à Pre fei tu ra e, em 2018, à Pre si dên cia.”

O go ver na dor da Bahia, Rui Cos ta (PT), de fen deu nes- ta ter ça-fei ra, 28, que o ex-pre fei to Fer nan do Had dadse ja o no me do PT pa ra dis pu tar as elei ções pre si den ci- ais em 2022. “Had dad tem que ser pos to pa ra re pre sen- tar o par ti do na ci o nal men te. É o no me na tu ral”, afir- mou. O go ver na dor bai a no che gou a ser co gi ta do co mopre si den ciá vel pe lo PT. “Meu no me es tá dis po ní vel pa ranão ser can di da to em 2022”, afir mou ao ser ques ti o na doso bre a pos si bi li da de.

São Luís, domingo, 2 de fevereiro de 2020

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oimparcial.com.brOPINIÃOCelio SergioE-mail: [email protected]

SE BAS TIÃO JOR GEJor na lis ta

HE SAÚ RÔ MU LOCi en tis ta Po li ti co

Paparazzi e Felline

Re née Zellwe ger,

sem pre quis ser ar tis ta.

Um so nho ali men ta do

des de cri an ça.

A fa mí lia, gen te hu mil de, não a de- sen co ra ja va, mas acha va di fí cil che- gar a Hollywood. Nas ci da na pe que naci da de de Kathy, no Te xas, não me diues for ços pa ra atin gir os ob je ti vos.

Com 33 anos de ida de, pas sou delei to ra dos imen sos car ta zes de ci ne- ma co lo ca dos es tra te gi ca men te nosar ra nha-céus de Ma nhat tan, no co ra- ção de No va York, pa ra par ti ci pan tedo ce ná rio. Um con to de fa das. Re néees ta va lon ge, no en tan to, de ex pe ri- men tar na pró pria pe le, os dis sa bo resde ser uma es tre la na ter ra dos en di a- bra dos ‘pa pa raz zi’. Co nhe cia su per fi- ci al men te es se ti po de pro fis si o nal,que tra ba lha du ro, jo ga pe sa do, numplan tão que se es ten de por 24 ho ras.In ves te bo as so mas em dó lar no tra- ba lho. Nem sem pre acei to co mo sé rioe éti co. Uma cer te za: as sun to des se ti- po al can ça pú bli co de mas sa. A hu- ma ni da de gos ta de bo a tos!

A pa la vra ‘pa pa raz zi’ vem da cri a ti- vi da de des se gê nio do ci ne ma ita li a- no, o gran de e ado rá vel far san te Fre- de ri co Fel li ni (1920-2020), atra vés dofil me, con si de ra do uma obra-pri ma,‘A do ce vi da’, com Mar cel lo Mas tro a ni.A ex pli ca ção… Fel li ni tra ba lhou emjor nal, co mo ca ri ca tu ris ta, re da tor, epas sou a ob ser var com in te res se as fo- tos de es cân da lo do fo tó gra fo Ta zioSec chi a ro li. Uma de las, pu bli ca da em1958, re cor tou e guar dou… Um fa mo-

so ar tis ta ame ri ca no foi fla gra do jan- tan do num res tau ran te com EvaGard ner (Frank Si na tra?). Pu bli ca da, oper so na gem não gos tou e agre diu ofo tó gra fo. A no tí cia saiu na pri mei rapá gi na de um jor nal da Itá lia.

Fel li ni viu as fo tos, gos tou e usouno fil me aci ma. Cri ou um per so na- gem idên ti co, ins pi ra do em Ta zio.Cha mou-o de ‘pa pa raz zo’ aos jor na- lis tas bo as-vi das, em bo ra apre sen tempro ble mas exis ten ci ais e éti cos. Nahis tó ria há um sui cí dio e as sim de sen- vol ve-se a his tó ria. O fei ti ço vi roucon tra o fei ti cei ro. São es sas ques tõesque, ain da ho je, se de pa ra o meio jor- na lís ti co. Que o di ga a cor te da rai nhaEli za beth, pe lo in co mo do dos ‘pa pa- raz zi’, que fa zem de tu do pa ra lhes ti- rar a paz.

Na úl ti ma se ma na as sis ti um do cu- men tá rio num dos ca nais fe cha dos deTV, so bre es sa ques tão. O per so na gemé exa ta men te Re née. Fi ze ram-lhe umcer co: 24 ho ras/dia. A per se gui çãodos ‘pa pa raz zi’ não ces sa va. Não lhede ram tré gua um só mo men to. A es- tra té gia é bem-fei ta. Ca da um se po si- ci o na num lu gar nas pro xi mi da des deon de mo ra o al vo. Eles se hos pe damem ho téis ca ros, alu gam por uma for- tu na, sa las ou ca sas par ti cu la res. Pa- gam al guém li ga do à es tre la, pa ra es- pi o ná-la. Fi cam na es prei ta, se guin- do-a por to da par te. O pro fis si o nalque a acom pa nha de car ro, ao olhá-laem qual quer cir cuns tân cia ba te oclick. De ime di a to man da a fo to gra fiapa ra uma agên cia es pe ci a li za da, quere pas sa ou ne go cia (pe so de ou ro) pa- ra o jor nal ou ou tra mí dia. É um lei lão.

As fo tos pre fe ri das fo gem do con- ven ci o nal. Só in te res sam aque las quedei xa o ar tis ta em si tu a ção des con for- tá vel e pos sa cau sar im pac to jun to aopú bli co. Com Re né foi as sim. Ela pas- se a va com o seu cão de es ti ma ção ejun tou a su jei ra do mes mo; usou umca sa co com pri do e ócu los es cu ros e

um bo né pa ra des pis tar; ro dou de car- ro, fa zia cur va fe cha da. Au men tou ave lo ci da de pa ra fu gir do as sé dio; foiao jar dim e cui dou das flo res; le vouco mi da “quen ti nhas” pa ra men di gosex pos tos ao frio, à noi te. Ne nhu mades tas fo tos in te res sou às agên ci as ouao veí cu lo con ta ta do…

O que de se ja vam en tão os jor na lis- tas? Uma fo to que su ge ris se mal da de,al go sen sa ci o nal, aliás, al gu ma coi saque a dei xas se em si tu a ção di fí cil,com ex po si ção da pri va ci da de. A úni- ca fo to que se le ci o na ram foi uma naqual ela saía de um res tau ran te comum ami go, não-iden ti fi ca do. Deu pri- mei ra pá gi na.

Lo go que a prin ce sa Di a na Spen cermor reu, em agos to de 1997, em umaci den te de car ro com seu na mo ra do,a Eu ro pa pre o cu pou-se com o pro ble- ma da pri va ci da de. As au to ri da desdis cu ti ram o pro ble ma em fó rum pri- vi le gi a do. So men te de pois se lem bra-ram que o ar ti go 8 da Con ven ção In- ter na ci o nal dos Di rei tos Hu ma nospro te ge o ci da dão con tra es sa es pé ciede cri me. Fo ram fei tas mui tas su ges- tões. Ne nhu ma vin gou, até por que, namor te da prin ce sa, as au to ri da desfran ce sas che ga ram a con clu são queo res pon sá vel pe lo aci den te foi o mo- to ris ta, que di ri gia bê ba do, e não os‘pa pa raz zi’. Nes se cli ma de pres são osfi ló so fos Mi chel Fou cault e Alain Fin- ki el raut se pro nun ci a ram a res pei to. Opri mei ro dis se que a im pren sa co me- te um es tu pro per ma nen te con tra aspes so as; o se gun do jus ti fi cou que “umno vo po der pro cu ra do mi nar o mun- do, o po der de sa tis fa zer a nos sa cu ri-o si da de”. Es sa cu ri o si da de olha da pores se pris ma é ca paz de tu do. As re vis- tas e os as sun tos de fo fo cas são im ba- tí veis em ti ra gem. O prín ci pe Wil li ame es po sa são a bo la da vez. De sis ti ramda re a le za pa ra es ca par da mi ra. Per- de ram as mor do mi as, mas não a dig- ni da de

O fator Moro

As do res de ca be ças de Jair Bol so- na ro e seus ali a dos no pla nal to pas- sam qua se sem pre por ques tões fa mi- li a res, al go que já tra tei em ou tras oca- siões, mas que nun ca é de ma si a do dese re cor dar. O fi lho se na dor, cha ma dode Flá vio B. ou ape nas B. nas re da çõesde jor nais, es tá im pli ca do em acu sa- ções que até ho je en con tram-se va ga- ro sas por di ver sas for ças ins ti tu ci o- nais. Es te é o pa no de fun do do maisno vo en tre ve ro en tre Mo ro e Bol so na- ro.

No car go há pou co mais de um ano,Jair já con so li dou sua ima gem en- quan to che fe. Im pul si vo e na da afei toao diá lo go, dá de cla ra ções con tro ver- sas, fo ge de en tre vis tas, per de as es tri- bei ras com fa ci li da de e ne nhu ma vi- tó ria do seu go ver no até aqui foi atri- buí da di re ta men te a ele. A “per so na li- da de” po lí ti ca do pre si den te vis ta co- mo bé li ca agra da ape nas a um elei to- ra do mais fa ná ti co e pre ju di ca de maisto dos aque les elei to res que apos ta- ram em Bol so na ro co mo a me lhor al- ter na ti va an ti pe tis ta. Ele mos trou que

não con se gue ir além, e os tre zen tos eses sen ta e cin co di as no car go mos tra- ram que é di fí cil que apren da al gu maha bi li da de no va.

As apos tas pa ra que o go ver no de- co le são os mi nis té ri os, di tos re pe ti- das ve zes até aqui co mo um man tra:eco no mia e jus ti ça, Mo ro e Gue des,ete ce te ras e ete ce te ras. Mas o es to fovai di mi nuin do a ca da no va cri se ri dí- cu la que se en fren ta. O an dar da car- ru a gem já de mons tra que mui to nãose po de es pe rar. A des bu ro cra ti za çãoofe re ci da pe lo go ver no pas sa di re ta- men te pe lo pro ces so de des cons tru- ção de po lí ti cas pú bli cas, as so ci a dasaos go ver nos pe tis tas, e as me di das naárea da se gu ran ça pú bli ca são, alémde pu ni ti vis tas, pu ra men te te a trais.

A pau ta da se gu ran ça pú bli ca foi oque le vou Mo ro a ame a çar dei xar ogo ver no, mui to pe la in sa tis fa ção deser co man da do por al guém que elepou co ad mi ra ou res pei ta in te lec tu al- men te. Mas es ta é a ver da de di fí cil deen go lir do ex-juiz: ele tem o seu fu tu ronas mãos de Bol so na ro. E o fu tu ro dogo ver no es tá amar ra do ao des ti no deMo ro. Ata dos e gi ran do no ar. O pre ço

de ter in cor po ra do ao seu ti me o íco neda ope ra ção la va ja to.

Nun ca se fa lou tan to em 2022. Por-que a di rei ta bra si lei ra tam bém vi vesua cri se de re no va ção. Es sa cri se con- du ziu os par ti dos con ser va do res bra- si lei ros à de ri va da ex tre ma-di rei tapor aqui, uma es pé cie de ca ri ca tu raim pres si o nis ta do que se prá ti ca nosEUA.

Mas o que mais me cha ma a aten- ção é es ta mo vi men ta ção em tor no deSer gio Mo ro, que não tem par ti do, quenão fa la so bre pro je to pa ra o Bra sil,que não tem ide o lo gia, que não ex põeo que pen sa, que foi al ça do na ci o nal-men te na con di ção de jus ti cei ro, queig no ra o sis te ma de jus ti ça pa ra com-ple tar sua mis são de lim par o país dacor rup ção.

O tra ba lho de Mo ro é ár duo por queo Mes si as que es tá en tre nós não é su- fi ci en te, ele não ser ve. En tão é pre ci sode al go mais. Mas a jor na da do he róipo de ser in ter rom pi da ca so o Su pre- mo Tri bu nal Fe de ral o al can ce pri mei- ro. Prê mio de con so la ção. Nes se ca soa mis são de sal var o país po de es pe rar,ou ser de le ga da pa ra al guém commais pa ci ên cia e me nos am bi ção.

AU RE LI A NO NE TO*· Mem bro da AML e AIL

“Que país é es te?”

Fra se em ble má ti ca que atra ves sou tem pos tor men to sos, foiab sor vi da pe la his tó ria, mas não foi por ela ab sol vi da. Con ti nualem bra da co mo um fra ses co equí vo co, pro fe ri do no pe río do dosmais de vin te anos da di ta du ra mi li tar. Lem bram do seu au tor epor que foi di ta e pro pa ga da, com ve e mên cia cáus ti ca, pe la nos samí dia? Não lem bram? Não creio! Até por que, da das as ex cen tri ci- da des dos nos sos ho mens pú bli cos, e em boa par te mais pri va dosdo que pú bli cos, in sis ti mos em per gun tar: – Que país é es te?, semser mos apa zi gua dos em nos sa an gús tia por uma res pos ta que noscon for te. An da não di rei quem foi o fra sis ta que fez es sa in da ga- ção e his tó ri ca res pos ta que lhe foi da da.

Bem. O cer to é que con ti nu a mos na dú vi da so bre es te país.Quem sa be, nu ma di men são mais re ple ta de am bigüida des doque na épo ca em que a fra se, sa pe ca da pa ra to dos nós in ter ro ga ti- va men te, ten ta va apla car as nos sas dú vi das de mo crá ti cas.

Aten tem pa ra as nos sas atu ais per ple xi da des. O ca pi tão pre si- den te san ci o nou um pa co te an ti cri me. Daí pra fren te, tu do le va riaà ló gi ca ou iló gi ca con clu são de que, com es sas re for mas pe nais epro ces su ais, te ría mos uma re du ção avas sa la do ra de prá ti cas de li- tu o sas. Pe lo me nos, é o que os ufa nis tas pá tri os dei xam trans pa re- cer. No meio de to das es sas mu dan ças, foi ins ti tuí da a fi gu ra dojuiz das ga ran ti as, res pon sá vel pe lo con tro le da le ga li da de da in- ves ti ga ção cri mi nal e pe la sal va guar da dos di rei tos in di vi du ais, e,na ou tra pon ta, o juiz que re ce be ou não a de nún cia e sen ten cia.Aler to: tra ta-se de um pa co te bem pa co te, que ne ces si ta fa lar-sede le du ran te uma se ma na ou mais. No mo men to, con fes so, nãoes tou dis pos to a cum prir es sa ma ra to na. Vou es pe rar, aqui nes tecan ti nho, o des fe cho das de ci sões da das mo no cra ti ca men te pe- los mi nis tros do Su pre mo Tri bu nal Fe de ral. Pa ra is so, acu mu leium ar se nal de es tu dos a res pei to des sa ques tão. Uns tan tos se po- si ci o nan do a fa vor; e uns pou cos, con tra. Ain da bem, por que, co- mo dis se Nel son Ro dri gues, a una ni mi da de é bur ra. Lo go, di go:con cor do com o nos so fa mo so te a tró lo go, que era um fra sis tacom mais lu mi no si da de ce re bral.

As úl ti mas no tí ci as do pa co te es tão sen do di vul ga das pe la nos- sa mí dia. De iní cio, o Mi nis tro Di as Tof fo li, em de ci são li mi nar, de- ter mi nou que fos se sus pen sa a im ple men ta ção do juiz das ga ran- ti as, por um pra zo de cen to e oi ten ta di as. O STF en trou em re ces- so e, ao subs ti tuí-lo, o Mi nis tro Luiz Fux re vo gou a de ci são quesus pen dia por pra zo de ter mi na do e pro la tou ou tra, sus pen den doo pa co te, mas por pra zo in de ter mi na do.

Aí, nes sas du bi e da des, cria-se o ver da dei ro sam ba do cri ou lodoi do, ce le bri za do pe lo ge ni al hu mo ris ta Sta nis law Pon te e Pre ta.Con fi ra-o, on vin do-o. Mas, es te é o nos so país, re ple to de con tra- di ções, que a pró pria ra zão, na sua in fi ni ta von ta de de ex pli car,des co nhe ce. Cha cri nha, o Ve lho Guer rei ro, es ta va cer to quan doafir ma va, cer ca do pe la ana to mia das su as pro vo can tes cha cre tes,que ti nha vin do pa ra con fun dir e não pa ra ex pli car.

O nos so es que ci do fra sis ta, que, em 1976, per gun tou “que paísé es te?”, foi um mi nei ro que deu sus ten ta ção ao re gi me mi li tar de1964. Ele, o de pu ta do Fran ce li no Pe rei ra, pre si dia o par ti do ofi ci alAre na, for ma do por po lí ti cos que da vam in te gral apoio ao go ver- no de ex ce ção. O pre si den te era o ge ne ral Er nes to Gei sel, o quar toda di ta du ra mi li tar, que “elei to” (en tre as pas mes mo) em 1973, as- su miu em 1974 até 1979. Ocor re que, de for ma inu si ta da e ex cep- ci o nal, o MDB, par ti do que fa zia opo si ção “con sen ti da”, mas lu- tan do bra va men te pe las li ber da des, nas elei ções de 1974, pa ra de- pu ta dos, se na do res, ve re a do res e par te dos pre fei tos, der ro toupe lo vo to po pu lar as oli gar qui as que da vam apoio à di ta du ra. Daíem di an te, pai rou no ar a dú vi da so bre o cum pri men to do ca len- dá rio elei to ral. Fran ce li no, en tão, não dei xou por me nos e fez cé- le bre per gun ta pa ra o Bra sil in tei ro. E só ele não en ten deu que are pos ta era de ab so lu ta ob vi e da de: – é um pais que es ta va a vi veruma di ta du ra mi li tar. E só.

Mas a res pos ta, de for ma du ra e di re ta, veio a se guir. Com di fi- cul da de no le gis la ti vo, pois per de ra a fol ga da mai o ria das oli gar- qui as opor tu nis tas, Gei sel, em 1.° de abril de 1977, fe cha o Con- gres so Na ci o nal e, im põe a fa mi ge ra da Lei Fal cão; com ela, li mi taa pro pa gan da elei to ral, es ta be le ce a elei ção in di re ta pa ra um ter- ço do Se na do, cri an do a es pú ria fi gu ra do se na dor bi ô ni co. Co moocor reu com o AI-5, lem bra do re cen te men te pe lo Sr. Gue des e umdos fi lhos di le tos do ca pi tão, deu-se o gol pe den tro do gol pe. Pas- sa dos tan tos anos e ven ci da a ne fas ta ex pe ri ên cia do re gi me di ta- to ri al mi li tar, ain da ho je, bem ho je, a per gun ta de Fran ce li no es táa nos co brar uma res pos ta. Qual se ria es sa res pos ta? Não sei. Comes se go ver no de Sí si fo, que ora vai, ora vem, é qua se im pos sí velen con trar-se uma res pos ta ade qua da men te sé ria. Es cla re cen do:Sí si fo foi um es per ta lhão da mi to lo gia gre ga. De tan tas tra pa lha- das e es per te za, ele foi con de na do por Zeus pa ra ar ras tar uma pe- dra mon ta nha aci ma. Che gan do ao cu me, a pe dra ro da va de vol- ta, e Sí si fo, cum prin do a sua pe na, rei ni ci a va tu do ou tra vez, numeter no ir e vir. Es se foi o seu cas ti go, e es se es tá sen do o nos so, porter con fi a do num Sí si fo.

São Luís, domingo, 2 de fevereiro de 2020

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oimparcial.com.br OPINIÃO Celio SergioE-mail: [email protected] 5

OS MAR GO MES DOS SAN TOSJuiz de Di rei to da Co mar ca da Iha de SãoLuís. Mem bro das Aca de mi as Lu do vi -cen se de Le tras; Ma ra nhen se de Le trasJu rí di cas e Ma ti nhen se de Ci ên ci as, Ar -tes e Le tra

POR ALEX BRI TO* , EN RI QUE ES TE -VE** E HA NI EL RO DRI GUES**** Gra du an dos do Cur so de Ci ên ci asEconô mi cas-UF MA

Continuarei de olhos vendados

A ven da so bre os olhos da deu sa Tê mis in- cor po ra uma das ba ses da atu a ção da ma gis- tra tu ra: a im par ci a li da de. Por es sa ra zão éque a Lei 13.869/19, que en trou em vi gor nomês de ja nei ro do ano em cur so não foi bemre cep ci o na da pe los mem bros do Ju di ciá rio etam bém pe los do Mi nis té rio Pú bli co. O nor- ma ti vo ter mi na por “en ges sar”, no ta da men- te pro ces sos cri mi nais, on de a atu a ção dojuiz e do pro mo tor é fun da men tal na bus cada ver da de dos fa tos.

A me di da en tra em vi gor sob o ar gu men to

de que a lei vi sa im por li mi tes na atu a ção dosagen tes, pa ra que os mes mos não ex tra po- lem su as res pon sa bi li da des fun ci o nais. É nomí ni mo lan çar sus pei ta so bre atu a ção de to- do o Sis te ma de Jus ti ça, cu jos mem bros jáatu am no es tri to de ver le gal pre vis to por umcon jun to de nor mas vi gen tes, to das am pa- ra dos na Cons ti tui ção Fe de ral.

A lei em gran de par te, além de ti pi fi car al- gu mas con du tas, bus cou ins tru men ta li zarou tras já pre vis tas. Prá ti cas até re cen te men- te co muns fo ram cri mi na li za das, co mo noca so da de cre ta ção de con du ção co er ci ti vade in ves ti ga dos e de tes te mu nhas an tes dein ti ma ção ju di ci al. No mes mo rol es tão asin ter cep ta ções de co mu ni ca ções te lefô ni case da dos in for má ti cos e te le má ti cos.

Ou tras já eram ve da das, co mo a im pos si- bi li da de de de cre tar pri sões fo ra das hi pó te- ses le gais ou dei xar de re la xar uma pri sãoile gal, por exem plo. Ora, se um ri to pon tu al- men te não era obe de ci do, o pró prio sis te male gal dis pu nha de me di das que efe ti vas se oseu cum pri men to, sem mai o res pre juí zos ater cei ros. Do con trá rio, a anu la ção do atopo de ria ser bus ca da. Pon to!

Pa ra os que de fen dem a nor ma, há o ar- gu men to de que mui tos dos cri mes ne la es- tão pre vis tos exi gem o do lo, ou se ja, a in ten- ção cla ra do agen te abu sar das su as prer ro- ga ti vas. É es pe rar que o agen te, de for ma ar- bi trá ria, qua se sa dis ta, quei ra com sua con- du ta cau sar pre juí zo a ter cei ros.

Eis que me per gun to: co mo in ter fe rir na

sub je ti vi da de do ma gis tra do quan do es tenão apli ca, se gun do seu en ten di men to e apar tir das in for ma ções que lhe che gam, as

me di das cau te la res em subs ti tui ção à pri- são? Co mo jul gar, de for ma ob je ti va, al gunsas pec tos me ra men te sub je ti vos que só ca- bem den tro da sua au to no mia fun ci o nal?

O que di zer do ha be as cor pus? Ao ad vo- ga do ca be a in ter po si ção do pe di do em fa vordo cli en te, é na tu ral. Mas ao mem bro do MPca be se ma ni fes tar e ao ma gis tra do in cum bea aná li se, po den do de fe rir ou não o pe di do.Co mo ale gar que uma pos sí vel ne ga ção se jain ten ci o nal so men te pa ra aten tar con tra osdi rei tos da que le que pe ti ci o na?

Su por is so de um agen te pú bli co con cur- sa do, que en fren tou ri go ro sos cri té ri os dese le ção pa ra in ves ti du ra no car go, é por emxe que uma ga ma de prin cí pi os nor te a do resda ad mi nis tra ção pú bli ca e a pró pria au to- no mia das ins ti tui ções, ga ran ti das na se pa- ra ção dos po de res.

É de bom al vi tre res sal tar que a neu tra li- da de que se es pe ra de um juiz é que ele nãoaja de ofí cio, nos ca sos em que a lei não au to- ri zar, que não se con fun de com ser di li gen tena apre ci a ção dos pe di dos tra zi dos aos au- tos nem com sua au to no mia pa ra jul gar. As- sim, a bus ca da ver da de, não a pró pria, masdos fa tos, tam bém per pas sa pe la sua atu a- ção ati va, ora com mais, ora com me nos ce- le ri da de em ra zão dos ri tos, das va ri an tese das pe cu li a ri da des de ca da pro ces so.

Si tu a ções co mo as des cri tas aci ma, quan- do inob ser va do al gum pro ce di men to ouquan do o re que ren te não ob te nha êxi to emsua em prei ta da, são pas sí veis de re cur so nosen ti do de re for mar a de ci são. Ago ra, tam- bém de for ma sub je ti va, se pre ten de im pu- tar o co me ti men to de cri mes ao agen te pú- bli co que es tá atu an do, com au to no mia fun- ci o nal, na con se cu ção da fi na li da de que lhefoi in cum bi da cons ti tu ci o nal men te.

Se ja na con se cu ção pe nal, se ja em quais- quer ou tros atos pra ti ca dos por mem bros dama gis tra tu ra, do Mi nis té rio Pú bli co ou for- ças de se gu ran ça, a atu a ção de ve se guir umri to le gal, pre vis to em lei, tal co mo es ta be le- ce o prin cí pio da le ga li da de. Even tu ais san- ções por des vi os po de rão ad vir na mes mapro por ção da gra vi da de dos pre juí zos cau- sa dos.

Pa ra que is so acon te ça, já exis te uma ga-

ma de nor mas ba li za do ras da atu a ção dosope ra do res do Di rei to, de ad vo ga dos ao pre- si den te do Su pre mo Tri bu nal Fe de ral. Sãoes ta tu tos e leis que re gem os pró pri os li mi tesda atu a ção pro fis si o nal, so bre os quais é pre-

ci so que se de bru cem di a ri a men te e fun da- men tem su as po si ções, sob pe na de seusatos não pros pe ra rem.

Sob os aus pí ci os da con du ção do pro ces-

so con for me pre co ni za o Art. 37 da Cons ti- tui ção Fe de ral, o ma gis tra do, tal co mo to doser vi dor pú bli co, de ve atu ar com ba se na le-ga li da de, im pes so a li da de, mo ra li da de, pu- bli ci da de e efi ci ên cia. Qual quer ca mi nha dafo ra des sa li nha in sur ge con tra a éti ca quefor ma o pi lar que sus ten ta a car rei ra.

Ade mais, to dos pos su em seus di rei tos in-

di vi du ais e co le ti vos res guar da dos pe la Car- ta Mag na, al guns de les en ten di dos co mocláu su las pé tre as, so bre as quais não há quese co gi tar mo di fi ca ção ou in ter pre ta ção di- ver sa da ga ran tia do di rei to.

Não por aca so, a re fe ri da lei en con tra ho-

je inú me ras re sis tên ci as e en fren ta di ver sasAções Di re tas de Cons ti tu ci o na li da des im- pe tra das no STF. En ti da des re pre sen ta ti vasde ma gis tra dos, pro cu ra do res e até au di to- res aci o na ram o Su pre mo na in ten ção detor nar a lei in com pa tí vel com o or de na men- to ju rí di co ora vi gen te.

Aos ma gis tra dos, mem bros do Mi nis té rio

Pú bli co e agen tes de se gu ran ça de ve ser as- se gu ra da a sua in de pen dên cia fun ci o nal,sem qual quer in ter fe rên cia. Não se tra ta deum po der ab so lu to, vis to que há um vas tosis te ma de con tro le le gal e so ci al, mas dama nu ten ção das ga ran ti as fun ci o nais queas se gu ram a sus ten ta ção do Es ta do de mo- crá ti co de Di rei to.

Po lê mi cas e de ba tes a par te, a nor ma es tá

em vi gor e exi gi rá gran de es for ço de to da ad- mi nis tra ção pú bli ca, que de ve rá ade quar oseu fun ci o na men to vi san do à obe di ên cia dasua in te li gên cia. Da mes ma for ma, tor na-seim pe ra ti vo um al to in ves ti men to em to daes tru tu ra do Sis te ma de Jus ti ça pa ra que ha jacon di ções ma te ri ais de ope ra ci o na li zar aalu di da lei. Não ra ro, ve mos re par ti ções pú-bli cas em to do Bra sil sem apa ra to mí ni mopa ra o fun ci o na men to e a boa pres ta ção deser vi ços ao ci da dão.

No to can te à ma gis tra tu ra, não te nho dú- vi das de que con ti nu a rá per se guin do a Jus ti- ça, va len do-se da ven da nos olhos, da es pa- da em pu nha da e da ba lan ça em po si ção deequi lí brio, de no tan do a im par ci a li da de nacon du ção dos pro ces sos, a le ga li da de naapli ca ção da lei e o tra ta men to igual pa raque as par tes pos sam pra ti car sob a ga ran tiada am pla de fe sa.

O salário médio e a diferença entre gêneros 

En tre 2012 e o pri mei ro tri mes trede 2016 não hou ve, pra ti ca men te, ne- nhu ma al te ra ção no ren di men to re almé dio do ma ra nhen se. Con tu do, pa- ra do xal men te, é a par tir do apro fun- da men to da cri se econô mi ca no Es ta- do que há uma ele va ção da re mu ne ra- ção mé dia, que che gou a R$1.442,00no co me ço de 2019, mai or va lor des de2012, em ter mos re ais, é cla ro. Lo go, acri se no mer ca do de tra ba lho ma ra- nhen se, por mai or que se ja, tar dou aafe tar os ren di men tos mé di os aqui noEs ta do, o que só co me çou a acon te cera par tir do se gun do tri mes tre de 2019.

Nes se as pec to, o Ma ra nhão apre- sen ta uma gran de di fe ren ça em re la- ção ao país, já que es te, du ran te omes mo pe río do so freu que das su ces- si vas e gran des os ci la ções. Em re la çãoao Nor des te, a cri se do mer ca do detra ba lho di mi nuiu a dis tân cia da Re- gião em re la ção ao Ma ra nhão, no to- can te aos ren di men tos. An tes da cri se,o ren di men to mé dio re gi o nal che goua ser 40% mai or que o pa go no Es ta do,po rém, a par tir de 2014, es sa di fe ren- ça caiu mui to, che gan do a 11% no iní- cio de 2019, apro xi man do o Ma ra- nhão do ren di men to mé dio pa go nare gião.

Além dis so, o Ma ra nhão é o es ta dono Nor des te que mais ga nhou no acu- mu la do do ren di men to en tre o pri- mei ro tri mes tre de 2014 e pri mei ro tri- mes tre de 2019, com 19%, em ter mosre ais. O se gun do que ob te ve mai or ga- nho foi a Pa raí ba, com 10%; nos ou- tros es ta dos o cres ci men to foi me nor,en quan to ou tros, co mo Per nam bu coe Ser gi pe, di mi nuí ram seus ren di-

men tos no acu mu la do no pe río do.Mes mo com au men tos re ais, o Ma-

ra nhão ain da é o es ta do do Nor des tecom me nor ren di men to mé dio. O es- ta do de Per nam bu co, que te ve seusren di men tos mé di os re du zi dos, ain daé o que pa ga a mai or re mu ne ra çãomé dia re al da re gião, que é deR$1.758,00. Em ou tras pa la vras, con ti- nu a mos cor ren do mui to pa ra nosman ter mos em der ra dei ro.

Quan do re la ci o na mos a di nâ mi cados ren di men tos em re la ção ao gê ne- ro, ob ser va mos que o sa lá rio mé diodas mu lhe res, quan do com pa ra doaos da dos do pri mei ro tri mes tre de2012 e o pri mei ro tri mes tre de 2019,au men tou 19%, en quan to o dos ho- mens cres ceu ape nas 6%, tam bém emter mos re ais.

É ver da de, no en tan to, que o sa lá riodas mu lhe res ain da é me nor do que odos ho mens, se guin do a ten dên ciabra si lei ra. Con tu do, no Ma ra nhão, emfun ção tam bém do apro fun da men toda cri se econô mi ca, es sa di fe ren çavem di mi nuin do. Em 2012, os ho- mens ga nha vam apro xi ma da men te20% a mais que as mu lhe res, (pro por- ção se me lhan te à do Nor des te), po- rém, des de 2014, es sa di fe ren ça vemcain do sis te ma ti ca men te, che gan doao va lor mí ni mo de 5% no se gun dose mes tre de 2017, va lor que cres ceuape nas 1 p.p. no iní cio de 2019.

Ou tro as pec to que cha ma aten çãoé que, en tre 2012 e 2019, a ta xa de de- so cu pa ção das mu lhe res foi sem premais al ta que a dos ho mens. No en- tan to, quan do se ob ser va a po pu la çãoocu pa da, per ce be-se que são os ho- mens, e não as mu lhe res, que es tãoper den do em pre go no Ma ra nhão. Apo pu la ção ocu pa da mas cu li na cai sis- te ma ti ca men te des de o fi nal de 2015,en quan to a po pu la ção ocu pa da fe mi-

ni na se man tém re la ti va men te cons- tan te.

Va mos en ten der por par tes: pri-mei ro, o que faz a di fe ren ça sa la ri alen tre ho mens e mu lhe res di mi nuir nope río do re cen te não tem na da a vercom o re co nhe ci men to de di rei tos eda ne ces sá ria iso no mia en tre os gê ne- ros, mas re fle te ape nas me ra es tra té-gia de re du ção de cus tos das em pre- sas. Ex pli can do me lhor: os car gos deme lhor re mu ne ra ção são, ge ral men- te, pre en chi dos por tra ba lha do res dose xo mas cu li no. Em si tu a ções de cri-se, as em pre sas abrem mão dos ati vosmais ca ros (o que ex pli ca a que da sis- te má ti ca da po pu la ção mas cu li naocu pa da a que fi ze mos re fe rên cia aci- ma) e pre ser vam os ati vos mais ba ra- tos, nor mal men te os pos tos de tra ba-lho ocu pa dos por mu lhe res, fa zen do adis tân cia sa la ri al en tre ho mens e mu-lhe res se apro xi mar.

Em se gun do lu gar a ele va ção da ta-xa de de so cu pa ção fe mi ni na no Ma ra-nhão não re fle te, ne ces sa ri a men te aper da de em pre go das mu lhe res, masfun da men tal men te a ele va ção dapro cu ra fe mi ni na por pos tos de tra ba- lho em fun ção da per da de em pre godos seus com pa nhei ros, es sa ele va çãoda pro cu ra por em pre go, por par te,das mu lhe res ele va a ta xa de de so cu-pa ção fe mi ni na no Ma ra nhão.

Es ses fa tos nos lem bram um di ta docor ri quei ra men te ci ta do no meio dospes qui sa do res. Cos tu ma-se di zer que“as es ta tís ti cas es con dem mais do quere ve lam”. Pa re ce-nos que em si tu a-ções de cri se, is so é pe remp to ri a men- te ain da mais ver da dei ro. Pre ci sa mos,por tan to, ter cui da do e aten ção pa ranão con fun dir as es ta tís ti cas que nosapre sen tam co mo uma evi dên cia deuma boa no tí cia.

RUY PA LHA NOPsi có lo go clí ni co, com es pe ci a lis ta em saú de men tal.

Dis fun ções no uso dasmí di as so ci ais, apli ca ti vose dis po si ti vos ele trô ni cos

É ca da dia mais re le van te a re la ção do ho mem com seus in ven- tos. A atu al “era” da ino va ção, da in for ma ção, das mo der nís si mastec no lo gi as e da in for má ti ca, nos sur pre en de a to dos. Ao mes motem po que cons ta ta mos os sur pre en den tes be ne fí ci os e sa tis fa- ção em uti li zá-las e de las ti rar o má xi mo de pro vei to em nos so be- ne fí cio, ve ri fi ca mos, pa ra do xal men te, um vo lu me ca da vez mai orde pes so as afe ta das pe los abu sos, exa ge ros e dis fun ci o na li da desna uti li za ção des ses avan ços. Mui tos ado e cem emo ci o nal, so ci al epsi qui ca men te pe lo uso des con tro la do no uso des ses equi pa- men tos ele trô ni cos, dos apli ca ti vos e re des so ci ais, os quais sãoins tru men tos úteis a fa vor de nos sa co mu ni ca ção, do en tre te ni- men to, do la zer e do tra ba lho.

In for má ti ca, Fa ce bo ok, Ins ta gram, Snap chat, What sApp, RPG,Candy Crush, Ask.fm, Se cret…, são umas en tre tan tos apli ca ti vosvir tu ais atra ti vos que apa re cem a uma ve lo ci da de im pres si o nan tetor nan do-se até di fí cil acom pa nhá-las. En quan to a mai o ria daspes so as fa zem uso ade qua do e mo de ra do pa ra se co mu ni car, ouco mo en tre te ni men to ou ain da pa ra fi na li da des de tra ba lho, mui- tas ca em nas ma lhas dos exa ge ros des sas ati vi da des “on-li ne” enão con se guem se des co nec tar, ape sar dos es for ços que fa zempa ra tan to.

A As so ci a ção Bra si lei ra de Psi qui a tria – ABP, en ti da de dos psi- qui a tras bra si lei ros que con gre ga mais de seis mil mé di cos des saes pe ci a li da de, aler ta: “o ví cio tec no ló gi co é um pro ble ma sé rio,se me lhan te às de pen dên ci as quí mi cas”. Os psi qui a tras e psi có lo- gos que de ba tem e tra ba lham com es sa te má ti ca afir mam queain da é ce do pa ra ava li ar mos ple na men te e com ri gor o im pac topes so al e so ci al que es sas prá ti cas no ci vas po dem cau sar a so ci e- da de e às pes so as afe ta das por es ses abu sos.

Em ar ti go an te ri or so bre es sa mes ma te má ti ca, in for ma va queo Ma nu al Di ag nós ti co e Es ta tís ti co de Trans tor nos Men tais da As- so ci a ção Psi quiá tri ca Ame ri ca na – APA, em sua úl ti ma ver são(DSM-5), já in cluiu a de pen dên cia em jo gos ele trô ni cos na ses sãoIII, re al çan do que ain da são ne ces sá ri os mais es tu dos a res pei todes se as sun to pa ra se ava li ar me lhor o im pac to nas pes so as. Já afi xa ção e as re la ções dis fun ci o nais em re des so ci ais e men sa gensins tan tâ ne as é um fenô me no tão no vo que ain da não en tra naclas si fi ca ção ofi ci al do do cu men to da APA, po rém, já apa re ce oter mo uso pro ble má ti co das tec no lo gi as, co mo di ag nós ti co dostrans tor nos des sa na tu re za.

Pa ra o psi qui a tra Da ni el Sprit zer, fun da dor e co or de na dor doGru po de Es tu dos so bre Adi ções Tec no ló gi cas (GE AT), a de pen- dên cia pre ci sa ser es tu da da e tra ta da de acor do com ca da sub ti po.Se gun do seu pon to de vis ta, há mui tas di fe ren ças en tre usar re desso ci ais e fi car ven do ví deo no Youtube ou jo gan do o dia in tei ro.Ain da as sim, no co ti di a no dos con sul tó ri os, dos que tra tam dosdi ver sos trans tor nos vir tu ais: jo gos ele trô ni cos, re des so ci ais,smartpho nes e ou tros pro ce di men tos on-li ne apre sen tam ca rac- te rís ti cas co muns às adi ções tec no ló gi cas e que tam bém es tãopre sen tes em pa ci en tes de pen den tes de ál co ol e de ou tras dro gas,os quais apre sen tam pre juí zos psi co ló gi cos, so ci ais e à saú de: iso- la men to so ci al, bai xo ren di men to la bo ral e es co lar, di fi cul da de depa rar de usá-las, fis su ras, re caí das e co mor bi da des (do en ças quese ma ni fes tam pa ra le la men te ao qua dro). En tre es tas as mais co- muns são: de pres são, trans tor nos de an si e da de, pâ ni co e trans- tor no ob ses si vo-com pul si vo. Al guns des ses pa ci en tes che gamaos con sul tó ri os mé di cos com al gum des ses pro ble mas, e, du ran- te a ava li a ção, se cons ta ta que os mes mos so frem tam bém de de- pen dên cia em al gum ti po de tec no lo gia.

O uso fun ci o nal e o uso dis fun ci o nal (pa to ló gi co) des sas mí di- as so ci ais, apli ca ti vos e equi pa men tos ele trô ni cas ou fer ra men tason-li ne, são in tei ra men te di fe ren tes en tre os res pec ti vos usuá ri os.Mu dan ças no hu mor, tem po ex ces si vo gas to com a ati vi da de, ato le rân cia ca da vez mai or na prá ti ca, con fli tos in ter nos e so ci aisoca si o na dos por is so, re caí das, e ape go exa ge ra do a es sas prá ti- cas, são al guns de les. O ex ces so de tem po des pren di do nes sas ati- vi da des é um mar ca dor im por tan te, mas não de ter mi nan te pa ra aca rac te ri za ção do trans tor no.

Pa ra a psi có lo ga Ali ne Res ta no, pes qui sa do ra do GE AT: “di fi cil- men te, vai ter al guém de pen den te que jo gue só du as ho ras pordia, mas nem to do mun do que jo ga mui to vai ter pre juí zo. O tem- po é re la ti vo, só um in di ca dor do pro ble ma”, afir ma ain da: “pa radi ag nos ti car, não bas ta sa ber quan to tem po usa, mas co mo usa”.Ain da pa ra a psi có lo ga, o usuá rio po de pas sar mui tas ho ras nasre des so ci ais sem se aba lar pe lo fa to de sua fo to ter re ce bi do pou- cas cur ti das. Is so não acon te ce com os de pen den tes. Nes se ca so,até o som de no ti fi ca ção de men sa gens do What sApp traz pra zerpa ra os pa ci en tes que, por ou tro la do, so frem quan do o apa re lhosoa me nos do que eles es pe ra vam. Um pra zer que, na re a li da de,es tá pro fun da men te as so ci a do à an gús tia.

Ou tro as pec to re le van te, além do ex ces so de tem po des pren di- do na ati vi da de, é o pre juí zo psi cos so ci al que a pes soa de sen vol veem fun ção do abu so e/ou de pen dên cia. Es te é ou tro in di ca dor re- le van te pa ra ca rac te ri zar o trans tor no. Por da rem mui ta im por- tân cia às re la ções com es ses ins tru men tos mi diá ti cos e ele trô ni- cos, as ou tras ati vi da des da vi da per dem o sen ti do, a im por tân ciae sig ni fi cân cia. Por is so mes mo traz gran des pre juí zos às pes so asque es tão ado e cen do. Ou tros sin to mas são a per da de in te res seso ci al (a pes soa dei xa de se re la ci o nar com as ou tras pa ra se de di- car ao mun do vir tu al), os con fli tos fa mi li a res e até al te ra ções nasaú de re la ci o na das di re ta men te às prá ti cas abu si vas, bem co mose den ta ris mo, au men to de pe so, ane do nia e tam bém re la tos dequei xas so má ti cas va gas nes ses en fer mos.

Por tan to, re co men da-se que as pes so as te nham mui ta cau te lana uti li za ção des sas fer ra men tas e que as uti li ze a seu fa vor en- quan to ins tru men to de re cre a ção (la zer), de tra ba lho de pes qui saetc. Ca so ha ja o de sen vol vi men to de trans tor nos psi co pa to ló gi- cos (men tais) em ra zão do uso dis fun ci o nal, ado e ce rão men tal eso ci al men te de for ma gra ve se me lhan te men te aos ve ri fi ca doscom os abu sa do res e de pen den tes de dro gas ou de ou tras de pen- dên ci as. Nes tes ca sos pre ci sam pro cu rar aju da pro fis si o nal.

São Luís, domingo, 2 de fevereiro de 2020

Page 6: Feminicídio: o problema dojulgamento feito nas redes sociais€¦ · ano xciii nº 35.962 | sÃo luÍs-ma, domingo, 2 de fevereiro de 2020 | capital e interior r$ 3,00 @oimparcialma

10Responsáveis: Celio SergioE-mail: [email protected] 6

São Luís, domingo, 2 de fevereiro de 2020

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente dos Recursos Naturais

Renováveis – IBAMA, através da Coordenação de Licenciamento

Ambiental, de Exploração de Petróleo e Gás, convoca para a

Consulta Pública de apresentação de Estudo Ambiental de

Perfuração – EAP, como parte do processo de licenciamento

ambiental da Atividade de Perfuração Marítima no Bloco

CE-M-717, na Bacia do Ceará, cujo empreendedor interessado é a

Premier Oil do Brasil de Petróleo e Gás LTDA, através do proces-

so 02022.000266/2014-33.

A Consulta Pública será realizada no dia 05/02/2020, às 15h, no

Ginásio Poliesportivo – Tutóia – Maranhão – Rua da Saudades – ao

lado do Estádio Municipal – Tutóia - MA

Convocação

Consulta Pública

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente dos Recursos Naturais

Renováveis – IBAMA, através da Coordenação de Licenciamento

Ambiental, de Exploração de Petróleo e Gás, convoca para a

Consulta Pública de apresentação de Estudo Ambiental de

Perfuração – EAP, como parte do processo de licenciamento

ambiental da Atividade de Perfuração Marítima no Bloco

CE-M-717, na Bacia do Ceará, cujo empreendedor interessado é a

Premier Oil do Brasil de Petróleo e Gás LTDA, através do

processo 02022.000266/2014-33.

A Consulta Pública será realizada no dia 06/02/2020, às 15h, no

IFMA – Campus Barreirinhas - Maranhão – Rodovia MA 225,

Povoado Santa Cruz – Barreirinhas - MA

Convocação

Consulta Pública

APONTAMENTOS SOBRE A PRAIA GRANDELXICARLOS GASPAR

Ficava eu à porta do sobrado 350-B, da Rua da Estrela ou Cândido Mendes, bem ao término do expediente vespertino, apreciando o final do movimento da Praia Grande. Homens tocando suas carroças puxadas a burro, o bonde Estrada de Ferro apinhado de passageiros, deslizando sobre trilhos ressequidos, os empregados do comércio já a caminho de suas casas e as luzes dos velhos postes chegando devagar.

De certo modo iria sentir saudades desse velho casarão de azulejos, pois alguns anos da minha infância e da mi-nha juventude foram passados nele, das sete da manhã às sete da noite. Meupai sempre presente a dar suas lições de trabalho e correção de comportamento. Foi nesse imenso sobrado, que aprendi os códigos a nortearem minha vida, bem como outros, bem distintos, mas tão necessários para marcar os preços das mercadorias compradas e vendidas.

Convém dar uma explicação a esse respeito. É que se costumavacolocar, na listagem dos produtos, através de um código, os preços de custo e de venda de cada um de-les. Tratava-se de indicação, de orientação básica para o fechamento do negócio. Não havia preço fixo, tampouco-tabelado. Chegava-seao valor final, através de negociação com o cliente, quando o vendedor deveria ter sensibilidade para conduzir o fechamento por um preço mais vantajo-so possível para a firma. De onde se conclui que a mesma mercadoria poderia ser vendida mais cara ou mais barata, dependendo do cliente, das circunstâncias e do peso que ela possuía no mercado.

Claro que nesse diálogo valiam muito a habilidade de convencimento do vendedor e os argumentos do compra-dor. Fechada a venda, posto que ficasse difícil reter na me-mória o valor acordado, tantas as mercadorias objeto da negociação, restava anotar, em forma de código, o preço da operação. Estou convencido de que cada firma possuía o seu código, de

forma a que ficasse de conhecimento restrito o regis-tro efetuado. Por exemplo, em A. O. Gaspar o código era “portukales”, cada letra significava um número, a contar da primeira a última, de 1 a 10. Assim, se eu vendia uma mercadoria por R$450,00 imediatamente colocava o código correspondente: “tus,ss” ou, simplesmente, “tus”.

No prédio ao lado do 350-B, outra casa comercial, a Ex-portadora Maranhense de Peles, de propriedade dos senho-res Rachid Ayoub Maluf e Raimundo Guará. Ambos bons vizinhos, muito atenciosos. Comercializavam peles de ani-mais, comprando-as da nossa região e vendendo-as para outras praças e para o exterior. Era um tempo em que as transações com essa espécie de mercadoria se fazia de modo regular, sem qualquer atropelo de ordem legal.

Lá no armazém do seu Guará e do seu Rachid vi todos os tipos de peles: de jacaré, de cobra, de caititu, de onça, de veado e, assim, sucessivamente. Até hoje sinto o cheiro estranho exalado dessa casa comercial, bem diferente das outras, mas que em nada impactava o olfato das pessoas. Continuo com a impressão de que eram eles dois sócios de temperamentos completamente diferentes. Seu Rachid pa-recia ser muito calmo, de poucas palavras; ao passo que Seu Guará era um homem que externava logo o seu jeito de ser, agitado, sabia contar histórias, declamar versos, contando e cantando coisas que ouviu e presenciou no seu Grajaú.

Algum tempo depois, nesse mesmo prédio se estabele-ceu a firma Corrêa Cavalcanti& Cia. Ltda., composta pelos senhores Otelo Cavalcanti e seu filho, Arnaldo Corrêa Ca-valcanti. O objetivo principal da sociedade era a represen-tação comercial, comissão e consignações.Famoso o café moka, em grãos, in natura, originário do Paraná, cuja venda intermediavam em sacos de 60:00 kg cada, que aqui chega-vam vindos em navio cargueiro, e, logo em seguida, o pro-gresso avançando, em caminhões grandes e pesados que começavam a romper a BR 135, ainda coberta de piçarra ou mesmo de terra comum.

Como vendedor pracista, percorrendo toda a cliente-la existente em São Luís, com ênfase para a Praia Grande, tinha o ainda jovem José Murilo Monteiro Malta, filho do senhor Aloísio Malta, aquele senhor que

trabalhava no Joaquim Júlio Correa & Cia, mais tarde Be-larmino Borgneth & Cia., a que me referi capítulos passados. Pelo que me vem à memória, cabia ao Arnaldo a supervisão maior do negócio, a partir das relações com os representa-dos até o contato com os melhores clientes.

Algum tempo depoisformou-seele em Direito e era na-tural que aos poucos fosse se afastando dos negócios da sociedade. Buscava avançar na profissão, tornando-se um profissional independente e de respeito. Nessa sua traje-tória, de hábito ele e o senhor Armando Gaspar conversa-vam, em tom de brincadeira,sobre bons e maus pagadores. E ouvi, certa vez, este último, gracejando, dizer ao recém-formado advogado: “Seu doutor, tenho umas cobranças a lhe entregar,mas você deverá me pagar os honorários, pois ainda muito vai aprender com as ações que irá promover em meu nome”. O fato é que oDr. Arnaldo cresceu na profissão tornando-se, assim, via concurso, Procurador do INSS, ou algo similar, pois não sei bem se era essa a titulação.

Por fim, para acrescentar um pouco mais da história desse prédio, vale observar que o seu pavimento superior, devidamente reformado, foi sede da CONAN - Companhia de Navegação do Norte, empresa maranhense que explo-rava a navegação de cabotagem, especializada em granéis líquidos. O seu controle acionário pertencia ao senhor José Ribeiro Salomão, genro do senhor Otelo Corrêa Cavalcan-ti, a que me referi acima. Lembro-me do General Anacle-to Tavares, reformado, a exercer um cargo de diretoria, se não a presidência da CONAN, assim como colaborou para o crescimento de outros empreendimentos nesta capital.

VOCÊ SABE O QUE É EMPLOYEE EXPERIENCE? UMA BOAEXPERIÊNCIA DO CLIENTE PASSA POR UMA BOA EXPERIÊNCIA DO COLABORADOR. COMO ESTÁ EM SUA EMPRESA?FERNANDO COELHO

PUBLICITÁRIO, PROFESSOR UNIVERSITÁRIO E ESCRITOR. CONSULTOR PALESTRANTE EM EXPERIÊNCIA DO CLIENTE. MESTRE EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR COM PESQUISA NA ÁREA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO; MBA EM MARKETING; ESPECIALISTA EM ADMINISTRA-ÇÃO ESTRATÉGICA E ESPECIALISTA EM GESTÃO E DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR.

É comum vermos empresários e gestores cobrando um bom atendimento dos seus times de vendas, mas, sem cuidar da quali-dade de vida e desenvolvimento dos colaboradores. Hoje no Brasil cerca de 90% dos trabalhadores estão infelizes no trabalho e isso reflete diretamente da experiência do consumidor com o mal aten-dimento. Antes de qualquer ação para fora da organização, é fun-damental olhar para dentro. Uma organização é feita por pessoas e para pessoas, logo, não faz sentido investir em ações de marke-ting ou vendas, sem antes investir em gente.

Alguns profissionais já sabem que o Customer Experience (ex-periência do cliente) tem papel fundamental para o sucesso de um negócio, mas poucos analisam como o Employee Experience (ex-periência do empregado) interfere na satisfação do cliente final.

Employee Experience é um conjunto de variáveis que acon-tecem na jornada do colaborador e que tem como objetivo criar um ambiente de trabalho positivo. Alguns fatores como liderança inspiradora, alinhamento com a cultura da empresa, compartilha-mento de objetivos claros e valorização do crescimento do cola-borador são pontos chaves para que essa experiência aconteça.

Quando trago este conceito para o pequeno e médio empreen-dedor é como ouvir que isso é para empresas grandes e que eles não tem condições de desenvolver essa cultura focada em gente. Mas, este é um engano, uma vez que pequenas ações podem ge-rar maior satisfação, engajamento e bom clima para o ambiente de trabalho.

COMO UMA PEQUENA EMPRESA PODE TRABALHAR COM EMPLOYEE EXPERIENCE?� Tendo uma cultura focada em gente� Conheça os sonhos dos seus colaboradores e apoie� Tenha políticas e práticas de desenvolvimento e treinamento� Estabeleça metas e valorize as entregas do seu time� Tenha política de remuneração variável baseada em sua realidade� Pense em uma jornada de trabalho flexível� Ofereça uma assistência de saúde� Crie reuniões de alinhamento semanais e reconheça o bom trabalho

QUAIS AS VANTAGENS DE VALORIZAR O COLABORADOR?

De acordo com o ranking da Great Place to Work de 2019 (me-lhores empresas para se trabalhar) uma vez estimuladas, as pes-soas tendem a permanecer no trabalho. O Departamento Inter-sindical de Estatística e Estudos

Socioeconômicos (DIEESE) constatou que o índice de rotati-vidade das empresas brasileiras é de 24% contra 7% das melhores empresas para se trabalhar.

Não importa se você tem 2 ou 2000 funcionários, pequenos, médios e grandes negócios podem aumentar o rendimento cuidan-do do clima organizacional. De acordo a GPTW Brasil, empresas que investem em experiência do empregado são mais lucrativas, os benchmarks do instituto são R$ 40 milhões mais rentáveis. Co-laboradores felizes e autoconfiantes são 12% mais produtivos, de acordo com a Universidade de Warwick. Quero te fazer um convi-te: pense hoje em como você pode oferecer uma boa experiência para o seu colaborador e passe a medir o nível de produtividade do seu negócio após a mudança.

Um grande abraço e sucesso.

Realizar exames e consultas de rotina, o importante check-up, são medidas importantes em qualquer fase da vida, pois detectam precocemente eventuais problemas de saúde. Apesar de serem lembrados apenas quando algum problema de saúde aparece, uma série deles deve ser realizada anualmente para nos manter saudáveis ao longo da vida. Exames como mamografia, tomografia, colonoscopia, ultrassonografia, radiografia, eletrocardiograma, e outros conforme a faixa etária.

Exames de imagemO Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) do Hospital São Domingos desenvolve um papel muito importante na medicina preventiva, uma vez que várias doenças podem ser prevenidas e detectadas no estágio inicial por meio da realização de diversos exames de imagem, com destaque para a Tomossíntese Mamária e a Ressonância Magnética 3.0 Tesla, tecnologias únicas no Maranhão.

AgilidadeEquipado com aparelhos modernos aliado a um corpo clínico competente e especializado, o serviço de Medicina Diagnóstica oferece alta resolução no diagnóstico e agilidade no tratamento. Os exames são realizados em ambientes com todo conforto para os pacientes.

PrecisãoAlém disso, o Centro de Diagnóstico por Imagem do Hospital São Domingos, oferece completa infraestrutura para pronto atendimento 24 horas por dia, como apoio e suporte aos serviços emergenciais. Tudo feito com precisão e alta tecnologia, através de um atendimento humanizado e acolhedor, contribuindo para o aprimoramento diagnóstico e na promoção da saúde.

AgendamentoEntão, realize suas consultas e exames preventivos no Hospital São Domingos. Agendamentos no 3216-8100 ou pelo whatsapp (98) 99109-4459.

Exames e consultas de rotina auxiliam na identificação precoce de doenças; check-up é necessário

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oimparcial.com.br ESPECIAL George RaposoE-mail: [email protected] 7

O Superbowl LIV está marcado para 20h30, no moderno Hard Rock Stadium, emMiami. Kansas City volta ao jogo após 50 anos e San Francisco quer recorde

DECISÃO

Chiefs e 49ers brigampelo Superbowl

On de vai ser o Su per Bo wl 2020?

Kan sas City Chi efs e San Fran- cis co 49ers fa zem nes te do- min go, 2 de fe ve rei ro, em Mi- a mi, a 54ª edi ção do Su per

Bo wl, a fi nal da NFL (li ga de fu te bol ame ri ca no dos Es ta dos Uni dos). O pon ta pé ini ci al pa ra a par ti da es tá mar ca do pa ra 20h30, no mo der no Hard Rock Sta dium, ca sa do Mi a mi Dolphins. A par ti da te rá trans mis são ex clu si va da ESPN no Bra sil.

A equi pe de San Fran cis co ga nhou o cam pe o na to cin co ve zes (só Pitts- burgh Ste e lers e New En gland Pa tri- ots, com seis, têm mais tí tu los do que os 49ers), mas vi ve uma se ca des de 1995. Pa ra aca bar com o je jum, a equi- pe apos ta no quar ter back Jimmy Ga- rop po lo e no for te de fen si vo, co man- da do por Nick Bo sa e Ri chard Sher- man.

Já os Chi efs es tão na “fi la” há mui to mais tem po, pois sua úni ca con quis ta ocor reu em 1970. O gran de res pon sá- vel por re co lo car a fran quia no Su per Bo wl é o quar ter back Pa trick Maho- mes, elei to o me lhor jo ga dor da NFL em 2018. O po de ro so ata que do ti me ain da con ta com Tyreek Hill e Tra vis Kel ce.

O aguar da do show do in ter va lo da par ti da fi ca rá por con ta das can to ras Jen ni fer Lo pez e Sha ki ra. Nos úl ti mos anos, se apre sen ta ram no ba da la do even to no mes co mo Ma don na, Lady Ga ga, Katy Perry, Beyoncé, Ma ro on 5, Jus tin Tim ber la ke e Bru no Mars.

O Su per Bo wl LIV se rá re a li za do em

Que ho ras é o Su per Bo wl?

On de as sis tir o Su per Bo wl?

Que ti mes vão jo gar?

Qual é o show do in ter va lo?

Quem é o mai or cam peão do Su per Bo-wl?

SAN FRANCISCO 49ERS E KANSAS CITY CHIEFS DISPUTAM O SUPERBOWL HOJE

Mi a mi, no mo der no Hard Rock Sta- dium, ca sa do Mi a mi Dolphins, lo ca li- za do em Mi a mi Gar dens, Fló ri da.

O chu te ini ci al es tá mar ca do pa ra às 20h30 (ho rá rio de Bra sí lia) de ho je.

A ESPN, emis so ra ofi ci al da NFL no Bra sil, fa rá a trans mis são da gran de fi- nal do fu te bol ame ri ca no dos EUA na TV. Tam bém é pos sí vel acom pa nhar a par ti da na in ter net pe lo Wat chESPN. O pú bli co bra si lei ro tam bém tem os ci ne mas co mo op ção pa ra as sis tir ao du e lo. A re la ção de sa las e ci da des po- de ser vis ta aqui.

Kan sas City Chi efs (ven ce dor da Con fe rên cia Ame ri ca na) e San Fran-

cis co 49ers (ven ce dor da Con fe rên cia Na ci o nal) dis pu tam o tí tu lo do Su per Bo wl LIV

As can to ras Jen ni fer Lo pez e Sha ki- ra vão di vi dir o pal co du ran te os 30 mi nu tos do show do in ter va lo do Su-per Bo wl. Já a ame ri ca na De mi Lo va to se rá a res pon sá vel por can tar hi no na- ci o nal dos Es ta dos Uni dos an tes do jo go.

São du as as equi pes que li de ram a lis ta dos mai o res cam peões da his tó-ria do Su per Bo wl: New En gland Pa tri-ots (2001, 2003, 2004, 2014, 2016, 2018) e Pitts burgh Ste e lers (1974, 1975, 1978, 1979, 2005, 2008).

Shakira e Jennifer Lopez preparam surpresa

SHAKIRA E JENNIFER LOPEZ  DEVEM FAZER UMA HOMENAGEM AO ASTRO DE BASQUETE KOBE BRYANT NO SHOW DO INTERVALO

A se ma na do Su per Bo wl, que acon- te ce rá em Mi a mi, foi mar ca da porper gun tas so bre a mor te de Ko beBryant e da fi lha Gi an na a to dos os jo- ga do res e ce le bri da des. Não foi di fe- ren te ho je, quan do Sha ki ra e Jen ni ferLo pez con ce de ram en tre vis ta co le ti vaso bre o show que a du pla fa rá no in- ter va lo da de ci são da NFL.

Emo ci o na das, as can to ras re fle ti- ram so bre a mor te do ído lo da NBA edei xa ram em aber to a pos si bi li da dede uma ho me na gem du ran te a apre- sen ta ção do pró xi mo do min go.

“Eu es ta va me pre pa ran do pa ra es- te show quan do o Alex (Ro dri guez,ma ri do de J-Lo e ex-jo ga dor de bei se- bol) veio até mim cho ran do e dis se:‘vo cê não vai acre di tar no que acon te- ceu’. Ele co nhe cia o Ko be mui to bem.Eles cres ce ram no es por te ao mes motem po. Ele es ta va de vas ta do. Eu co- nhe cia o Ko be e co nhe ço a Va nes sa,eles fo ram ao meu úl ti mo show emLas Ve gas e saí mos jun tos. Ti ve mosuma gran de noi te jun tos”, dis se J-Lo.

Jen ni fer Lo pez fi cou com a voz em- bar ga da ao fa lar so bre Va nes sa

Bryant, que per deu o ma ri do e a fi lhaGi an na. Pa ra a can to ra, é o mo men tode as pes so as de mons tra rem ca ri nhoumas pe las ou tras.

“Is so afe ta to do mun do por que nosfaz re fle tir so bre co mo a vi da é frá gil.Te mos que apro vei tar ca da mo men to.Eu fi co pen san do so bre Va nes sa co momãe e so bre per der o com pa nhei ro e afi lha”, re fle tiu. “O que va mos ten tar ées pa lhar amor, to dos jun tos. Eu achoque, nes ta se ma na, is so es tá acon te- cen do. Tem um som ao re dor do mun- do di zen do que te mos que amar unsaos ou tros, apoi ar uns aos ou tros.Acre di to que is so é par te da nos samis são.”

Já Sha ki ra dis se que não con se gueima gi nar a dor da fa mí lia de Ko benes te mo men to e re ve lou que seucom pa nhei ro, o jo ga dor do Bar ce lo naGe rard Piqué, fi cou mui to tris te com ano tí cia.

“Ge rard (Piqué) fi cou mui to afe ta- do com es sa tris te no tí cia por que eleco nhe cia o Ko be. Eu tam bém co nhe- cia por que ele foi aos meus shows.Não pos so ima gi nar a dor que a fa mí-

lia es tá en fren tan do nes te mo men to”,con tou.

Sha ki ra acre di ta que Ko be se rálem bra do por to dos no Su per Bo wl eafir mou que a apre sen ta ção ao la dode J-Lo se rá uma ce le bra ção à vi da.

“A vi da é mui to frá gil. Te mos que vi- ver ca da mo men to da for ma mais in- ten sa que pu der mos. To dos nós lem- bra re mos do Ko be no do min go. Va-mos ce le brar a vi da e ce le brar a di ver- si da de des te país. Ele fi ca ria mui to or- gu lho so da men sa gem que va mospas sar no pal co”, dis se.

Du ran te a co le ti va, prin ci pal men tenas pri mei ras per gun tas, Sha ki ra eJen ni fer Lo pez fo ram bom bar de a dascom ques tões so bre Ko be e se pre ten- di am fa zer al gu ma ho me na gem du- ran te o show do in ter va lo do Su perBo wl. Elas, no en tan to, pre fe ri ramnão res pon der di re ta men te.

Sha ki ra e Jen ni fer Lo pez se apre- sen tam no in ter va lo da par ti da en treKan sas City Chi efs e San Fran cis co49ers. O Su per Bo wl es tá mar ca do pa- ra as 20h30 (de Bra sí lia).

O que re pre sen ta?

CURIOSIDADE

Por que o nome éSuper Bowl?

SUPERBOWL LIV SERÁ DISPUTADO NA CIDADE DE MIAMI

A li ga de fu te bol ame ri ca no dos Es ta dos Uni dos es táem sua 100ª edi ção. Ela co me çou com a NFL, em 1920.Em 1960, um gru po de em pre sá ri os cri ou a AFL pa racon cor rer no mer ca do. Em 1966, as du as li gas co me ça- ram a pro mo ver um jo go en tre seus cam peões pa ra sa- ber qual era o me lhor ti me da mo da li da de nos EUA.

Es sa com pe ti ção co me çou com o no me de “Cam pe o- na to Mun di al AFL-NFL”. A par ti da aca bou sen do re ba ti- za da pa ra Su per Bo wl após su ges tão de La mar Hunt,pre si den te da AFL e do Kan sas City Chi efs. O no me foiins pi ra do em um brin que do de seus fi lhos cha ma do Su- per Ball e tam bém faz re fe rên cia aos “Bo wl Ga mes”, no- me da do aos jo gos uni ver si tá ri os da pós-tem po ra da.

O Su per Bo wl é o even to es por ti vo mais po pu lar nosEs ta dos Uni dos e que es tá con quis tan do mui tos aman- tes dos es por tes ao re dor do mun do. É a gran de fi nal daNFL, Li ga de Fu te bol Ame ri can. Pe la TV ou no es tá dio,mi lhões de fãs se reú nem pa ra as sis tir à par ti da de ci si vae emo ci o nan te ao vi vo u on li ne.

Nes te dia, pra ti ca men te o país to do pa ra, co mo sefos se fe ri a do na ci o nal des de que co me. Pe lo mun do, aau di ên cia vem cres cen do a ca da tem po ra da. No Bra silnão é di fe ren te. O Su per Bo wl já en trou no ca len dá rio deeven tos es por ti vos do bra si lei ro. Afi nal, em 2018, o Bra- sil foi o 4º país que mais com prou in gres sos pa ra o es pe- tá cu lo. A au di ên cia tam bém cres ceu no país. Se gun do aESPN, do na dos di rei tos de trans mis são da NFL, a emis- so ra que brou re cor des po si ti vos pe lo ter cei ro ano con- se cu ti vo e le vou o ca nal a li de rar a au di ên cia na TV pa ga.O Bra sil é o ter cei ro mai or mer ca do da NFL com 19,7 mi- lhões de fãs, atrás de Es ta dos Uni dos com 117 mi lhões eMé xi co, com 23,3 mi lhões

QUARTERBACK

Patrick Mahomes podeser a nova cara da NFL

PATRICK MAHOMES É O QB DO KANSAS CITY CHIEFS

Quar ter back do Kan sas City Chi efs, Pa trick Maho mestem a mai or chan ce da car rei ra de fa zer va ler o ape li dode “Show man”. MVP da tem po ra da pas sa da, o jo ga dorde 24 anos che gou à NFL em 2017 dis pos to a re vo lu ci o- nar a li ga e po de co ro ar es te pro ces so nes te do min go (2),no Su per Bo wl 54, em Mi a mi, con tra o San Fran cis co49ers.

Pe la pri mei ra vez na car rei ra, Maho mes dis pu ta rá afi nal da li ga de fu te bol ame ri ca no. De pois de três anoscom Tom Brady e o New En gland Pa tri ots re pre sen tan doa Con fe rên cia Ame ri ca na no Su per Bo wl, os Chi efs, co- man da dos pe lo quar ter back, que rem dar iní cio a umano va di nas tia a par tir do jo go des te do min go, o que po- de acon te cer com um ano de atra so.

O quar ter back es pe rou, su pe rou uma le são que o dei- xou de fo ra de du as par ti das da tem po ra da re gu lar, e li- de rou os Chi efs até o Su per Bo wl, 50 anos de pois da úl ti- ma apa ri ção da fran quia na de ci são.

Maho mes as som brou a NFL com seu de sem pe nho natem po ra da 2018. Elei to MVP em sua pri mei ra cam pa- nha co mo ti tu lar dos Chi efs, ele pas sou a bo la pa ra 50tou ch downs e su pe rou as 5 mil jar das aé re as. Nes ta edi- ção do cam pe o na to, fo ram 26 tou ch downs e pou co maisde 4 mil jar das. Nos playoffs, ele bri lhou e li de rou as vi ra- das so bre Hous ton Te xans, em jo go em que a equi peche gou a es tar per den do por 24 a 0, e Ten nes see Ti tans.

Os pas ses ma gis trais, as jo ga das ins pi ra das em jo ga- do res do bei se bol e os lan ça men tos que fa zem a bo lacru zar de ze nas de jar das do cam po ad ver sá rio apa re ce- ram pa ra de ci dir os jo gos. Seu ape li do “Show ti me” nun- ca fez tan to sen ti do co mo nas par ti das de ci si vas.

São Luís, domingo, 2 de fevereiro de 2020

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10Responsáveis: Celio SergioE-mail: [email protected] 8

São Luís, domingo, 2 de fevereiro de 2020

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oimparcial.com.br VIDA Saulo DuailibeE-mail: [email protected] 9

PA TRÍ CIA CU NHA

Nas re des so ci ais

Vi o lên cia con tra a mu lher

Feminicídio

O “julgamento”nas redes sociais

Opri mei ro ca so de fe mi ni cí dio em São Luís des- te ano cho cou a po pu la ção e le van tou umaon da de ma ni fes ta ções. Nas re des so ci ais aspos ta gens de mons tra vam sen ti men tos de pe-

na, de la men ta ção, de ódio, de vin gan ça, de re pú dio. Oas sas si na to de Bru na Lí cia Fon se ca e de Jo sé Wil li anocor ri do no sá ba do, dia 25 de ja nei ro, re per cu tiu em to- das as es fe ras e sus ci tou, na úl ti ma quin ta-fei ra, um atocon tra o fe mi ni cí dio em fren te à Ca sa da Mu lher Bra si- lei ra, or ga ni za do pe lo Fó rum Ma ra nhen se de Mu lhe res.e te ve a par ti ci pa ção do se cre tá rio de Se gu ran ça Pú bli- ca, Jef fer son Por te la, da se cre tá ria da Mu lher, Ana doGás e de mu lhe res que fa zem par te de mo vi men tos so ci- ais.

O se cre tá rio de Se gu ran ça Pú bli ca Jef fer son Por te lares sal tou que in ci tar a vi o lên cia tam bém é cri me, se jaqual for o meio de ma ni fes ta ção. O se cre tá rio des ta couain da, que o sis te ma de se gu ran ça do Es ta do com ba teefe ti va men te os au to res de cri mes de fe mi ni cí dio, e quehá uma re de de pro te ção às mu lhe res, com aten di men toes pe ci a li za do às ví ti mas de vi o lên cia. “Ape lo às mu lhe- res pa ra que não es pe rem o es tá gio fa tal de vi o lên cia;que, di an te de uma si tu a ção de ris co ou ame a ças, pro- cu rem os ór gãos de de fe sa da mu lher”, re co men douPor te la.

Ape lo às mu lhe res pa ra que não

es pe rem o es tá gio fa tal de vi o lên cia;

que, di an te de uma si tu a ção de ris co

ou ame a ças, pro cu rem os ór gãos de

de fe sa da mu lher

Se gun do o De par ta men to de Fe mi ní ci dio, es se foi opri mei ro ca so na ca pi tal nes te ano. Na tar de do dia 25 deja nei ro, o sol da do da Po lí cia Mi li tar Car los Edu ar do Nu- nes Pe rei ra, de 25 anos, as sas si nou Bru na Lí cia e o su- pos to aman te de la, Jo sé Wil li an, em um apar ta men to noCon do mí nio Pa cí fi co I, no bair ro Vi cen te Fi a lho, em SãoLuís.

O po li ci al che gou no apar ta men to e en con trou Bru nae Jo se Wil li an jun tos no quar to. O PM de cla rou ain daque en trou em lu ta cor po ral com o ca sal, mo men to emque sa cou a ar ma e ati rou em am bos. Bru na Lí cia foi se- pul ta da no dia se guin te, em São Jo sé de Ri ba mar, re giãome tro po li ta na de São Luís.

No do min go, tal a re per cus são do ca so, em que mui- tos afir ma ram que a ví ti ma te ve o que me re ceu (mui tosdes ses po si ci o na men tos fo ram pos ta dos em re des so ci- ais), o Fó rum Ma ra nhen se de Mu lhe res pu bli cou no tade re pú dio e clas si fi cou o fei to co mo ato co var de. “Acru el da de se faz mais mons tru o sa ain da em vir tu de dafor ma co mo es tão sen do vei cu la das ma té ri as so bre o ca so

nas re des so ci ais. Gran de par te de las des truin do a ima- gem da ví ti ma, que pas sa a ser res pon sa bi li za da pe la suamor te. Que é is so? Em que mun do es ta mos? Ain da es ta- mos vi ven do na ida de mé dia? Por que as mu lhe res con ti- nu am sen do ví ti mas des ta cul tu ra pa tri ar cal que nosopri me e nos re duz a um ór gão se xu al que tem co mo fi na- li da de ape nas pro cri ar e dar pra zer aos ho mens, ao ma ri- do em es pe ci al. Bru na Lí cia es tá sen do des truí da na suamo ral e na sua in te gri da de de ser hu ma no. Mes mo sen dovi o len ta men te as sas si na da, ain da as sim, não es tá sen dovis ta com hu ma ni da de que to do cris tão me re ce. Suamor te não lhe dá paz, sua mor te é jus ti fi ca da por um pos- sí vel adul té rio que te ria pra ti ca do”, dis se a no ta.

Com efei to, den tre um dos mi lha res de co men tá ri osque fo ram pos ta dos, um cha mou a aten ção e es tá sen doin ves ti ga do: o do Po li ci al Mi li tar e as sis ten te so ci al Ti a gode Je sus. Em um de seus co men tá ri os, Ti a go afir mouque se as mu lhe res traí rem os seus ma ri dos po de rãotam bém mor rer, as sim co mo Bru na Lí cia. Em no ta, oCon se lho Re gi o nal de Ser vi ço So ci al (CRESS-MA- 2ª Re- gião) re pu di ou as de cla ra ções do mes mo ao in ci tar oódio e es ti mu lar o as sas si na to de ou tras mu lhe res. “Aati tu de do re fe ri do as sis ten te so ci al re for ça apo lo gi ca- men te a na tu ra li za ção do fe mi ni cí dio que tem sua ex- pres são má xi ma na per pe tra ção do ma chis mo, prá ti caque ain da per sis te no in te ri or das re la ções so ci ais na so ci- e da de bra si lei ra em ple no sé cu lo XXI, com ex pres sõespar ti cu la ri za das na re a li da de ma ra nhen se que his to ri- ca men te traz re fra ções do co ro ne lis mo e do pa tri ar ca do.Nós, as sis ten tes so ci ais, lu ta mos con tra to das as for masde opres são e ex plo ra ção, e nos con tra po mos ve e men te- men te con tra es se aden sa do con ser va do ris mo mo ra lis ta,pró – fas cis ta, ge no ci da, que tem ata ca do e fe ri do a in te- gri da de fí si ca e mo ral de am plos seg men tos so ci ais, den- tre eles as mu lhe res des se país”, diz um tre cho da no ta,que ter mi na de cla ran do que es tá to man do as me di dasca bí veis “pa ra apu ra ção do fa to em con for mi da de com oar ca bou ço ju rí di co es pe cí fi co da pro fis são”.

A Co mis são da Mu lher e da Ad vo ga da da OAB/MAtam bém se ma ni fes tou so bre o ca so. “O fe mi ni cí dio é atris te con sequên cia do ma chis mo ali cer ça do na na tu ra li- za ção de com por ta men tos, que fa zem pes so as acre di ta- rem que di fe ren ças se xu ais res pal dam su pe ri o ri da de deum gê ne ro so bre o ou tro. A vi da hu ma na é fei ta de dis sa- bo res e es co lhas. Vi o lên cia não é so lu ção, tam pou co jus ti-

fi ca ti va pa ra as frus tra ções vi vi das. Di an te ta ma nhaatro ci da de, não se re mos com pla cen tes com ta ma nhodes res pei to à dig ni da de da pes soa hu ma na e ba na li za- ção da vi da. Lo go, re pu di a mos, de for ma ve e men te, o atobru tal co me ti do pe lo po li ci al mi li tar que tem di rei to àde fe sa e a um jul ga men to jus to, as sim co mo re pu di a mosto dos os po si ci o na men tos de cul pa bi li za ção da ví ti ma eque in cen ti vam o jul ga men to e opres são do gê ne ro”.

Se gun do o De par ta men to de Fe mi ni cí dio, em 2019fo ram re gis tra dos 48 ca sos, e em 2018, 43. O Bo le tim So- ci al “Cri mes vi o len tos con tra mu lhe res no Ma ra nhão”,lan ça do pe lo Ins ti tu to Ma ra nhen se de Es tu dos So ci o e- conô mi cos e Car to grá fi cos (Imesc), na úl ti ma sex ta-fei- ra, faz uma aná li se dos nú me ros de cri mes vi o len toscon tra mu lhe res co me ti dos en tre os anos de 2016 e2018, e apon ta que hou ve uma re du ção nos ho mi cí di osde 19,51%. “Ten do em vis ta que o fe mi ni cí dio é uma ti- pi fi ca ção es pe cí fi ca do cri me de ho mi cí dio, tan to noâm bi to na ci o nal co mo es ta du al, ve ri fi ca-se que, mes mocom a re du ção dos ca sos de ho mi cí di os con tra as mu- lhe res, hou ve am pli a ção dos ca sos de fe mi ni cí dio”, ana- li sou Ta li ta Nas ci men to, che fa de De par ta men to de Es- tu dos Po pu la ci o nais e So ci ais do IMESC.

Mes mo com a re du ção dos ca sos de

ho mi cí di os con tra as mu lhe res,

hou ve am pli a ção dos ca sos de

fe mi ni cí dio

No Ma ra nhão, en tre 2015 a 2018, ob ser vou-se uma re- du ção de -22,5% no nú me ro de ocor rên ci as de cri mesvi o len tos le tais in ten ci o nais (CVLI) con tra mu lhe res,que acom pa nhou a re du ção de 23,2% no to tal e CVLI(ho mens e mu lhe res) no mes mo pe río do.

No mes mo pe río do, a ca pi tal ma ra nhen se se guiu aten dên cia es ta du al de re du ção dos re gis tros de CVLI,apre sen tan do re du ção de 58,4% da ta xa de cri mes le taiscom ví ti mas mu lhe res, diz o bo le tim. O se cre tá rio de Es- ta do de Pro gra mas Es tra té gi cos, Luis Fer nan do Sil va,pon tua que es sa re du ção po de ser atri buí da à in ten si vapo lí ti ca de pre ven ção e com ba te à vi o lên cia im ple men- ta ção pe lo Go ver no do Es ta do do Ma ra nhão, a exem plodo Pro gra ma Pac to pe la Paz e a Pa tru lha Ma ria da Pe nha.

Quan to à aná li se dos cri mes vi o len tos le tais in ten ci o- nais por bair ros de São Luís, iden ti fi cou-se um mai oragru pa men to dos ca sos, nos anos de 2017 e 2018, comví ti mas mu lhe res nos bair ros do Co ro a di nho, João Pau- lo, Li ber da de e Cohab, além de fo cos de ocor rên ci as embair ros da zo na ru ral, co mo Rio Gran de e Co quei ro.

São Luís, domingo, 2 de fevereiro de 2020

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oimparcial.com.brVIDASaulo DuailibeE-mail: [email protected]

Entre as diversas reclamações presentes no trânsito estão os buracos, que se tornamuma realidade constante quando se inicia o período das chuvas na capital maranhense

PERÍODO CHUVOSO

Porque os buracossempre reaparecemCARINA ANDRADE

Nos cen tros ur ba nos, o as fal- to já se tor nou tão pre sen te que mui tas ve zes nem nos da mos con ta de que ele es tá

ali, sob nos sos pés. Mas, em trân si to, ou atra ves san do uma rua, bas ta uma ir re gu la ri da de pa ra que se ja mos afe- ta dos di re ta men te por es se im pres- cin dí vel com po nen te de re ves ti men to viá rio.

Um bom re ves ti men to as fál ti co além de va lo ri zar o lo gra dou ro pe la di mi nui ção no flu xo de su jei ra, tam- bém au men ta a se gu ran ça pa ra mo to- ris tas e pe des tres. Os trans tor nos cau- sa dos pe la chu va em ru as sem pa vi- men ta ção po dem, in clu si ve, ser fa- tais. Com o as fal to, es ses pro ble mas são mi ni mi za dos, des de que ha ja ma- nu ten ção pe rió di ca.

En tre as di ver sas re cla ma ções pre- sen tes no trân si to es tão os bu ra cos, que se tor nam uma re a li da de cons- tan te quan do se ini cia o pe río do das chu vas. Um re ves ti men to as fál ti co de boa qua li da de é fei to pa ra du rar em mé dia 10 anos, o que é de se es tra nhar pa ra quem mo ra na ca pi tal ma ra- nhen se. To dos os anos as ope ra ções ta pa bu ra cos são im plan ta das pa ra ame ni zar os des gas tes do trá fe go e das con di ções cli má ti cas em São Luís. Por que en tão, o as fal to apli ca do não re sis te aos pe río dos das chu vas?

O pro fes sor do cur so de En ge nha- ria Ci vil da Uni ver si da de Es ta du al do Ma ra nhão (UE MA), Wal ter Ca na les sa nou as prin ci pais dú vi das a res pei to do as fal to usa do na ca pi tal. “O que ve-

AS CONSEQUÊNCIAS DOS GRANDES BURACOS NAS PISTAS PODEM SER ATÉ FATAIS 

DIVULGAÇÃO/REDES SOCIAIS

mos nas ave ni das e cha ma mos ape- nas de as fal to é na ver da de a mis tu ra as fál ti ca, com pos ta de as fal to, bri ta e areia. O as fal to re ce bi do em São Luís é ge ral men te de boa qua li da de, mas po dem ocor rer não con for mi da des nos pro ces sos de con fec ção da mis tu- ra as fál ti ca e tam bém na apli ca ção nas vi as ur ba nas, on de cui da dos são re que ri dos pa ra a apli ca ção na pis ta no que diz res pei to à tem pe ra tu ra da mis tu ra e sua com pac ta ção”, ex pli- cou. Se gun do o pro fes sor pa ra uma pa vi men ta ção de su ces so é ne ces sá- ria uma exe cu ção bem-fei ta e bem fis- ca li za da. Ou tro fa tor im por tan te que pas sa des per ce bi do é a fal ta de dre na- gem ur ba na, des de o cai men to la te ral das vi as, as sar je tas, bo cas de lo bo e tu bu la ção sub ter râ nea. A água em po-

ça da tam bém au xi lia no apa re ci men-to de bu ra cos nas vi as li ga do a má exe-cu ção da obra de vi do a in cli na ção.

O as fal to re ce bi do em

São Luís é ge ral men te de

boa qua li da de, mas

po dem ocor rer não

con for mi da des nos

pro ces sos de con fec ção

da mis tu ra as fál ti ca

Deslocamento seguro para motoristas e pedestres

En ten de-se en tão que uma pa vi- men ta ção de qua li da de au xi lia no an- da men to do trá fe go de veí cu los e per- mi te um des lo ca men to se gu ro e efi- caz dos mo ra do res. Mas mes mo comuma pa vi men ta ção efi caz, é ne ces sá- ria uma vis to ria e ma nu ten ção, prin- ci pal men te no pe río do das chu vas.

Se gun do Wal ter, as ações de ma nu- ten ção pos su em o pra zo de dez anos.En tão, se tem uma ma nu ten ção ade- qua da, atin ge e até pas sa os dez anos.“A re a li da de é que as ma nu ten çõessão de fi ci en tes. Por exem plo, se vo cêve ri fi ca que em um pa vi men to co me- ça a apa re cer trin cas, vo cê te ria quere cu pe rar es sas trin cas pa ra evi tar in- fil tra ção de água e o com pro me ti- men to do pa vi men to. A ma nu ten çãodo pa vi men to é fun da men tal pa raque se atin ja uma vi da útil ade qua da”,des ta cou.

Por mais que os en ge nhei ros es te- jam sem pre em bus ca de com pos tosmais re sis ten tes, ain da não exis te umre ves ti men to à pro va de bu ra cos ouque dis pen se a ma nu ten ção das vi as.Os trans tor nos cau sa dos pe la chu va

em ru as sem pa vi men ta ção po dem,in clu si ve, ser fa tais. Por is so a im por- tân cia de uma ma nu ten ção pe rió di ca.

A re a li da de é que as

ma nu ten ções são

de fi ci en tes

O pro fes sor tam bém ex pli ca que afal ta de ma nu ten ção da via as fál ti caacon te ce tam bém em vá ri os ou troses ta dos. “Em ou tras ci da des po de mosdi zer que exis tem exem plos bons eruins. Em ci da des pró xi mas a áre as depe drei ras, a ten dên cia é que as ca ma- das de pa vi men to te nham uma me- lhor qua li da de, as se gu ran do a mis tu- ra as fál ti ca e tam bém uma mai or du- ra bi li da de. Em São Luís as ba ses sãoge ral men te fei tas com ma te ri al La te- rí ti co, que é in di ca do pa ra um trá fe gomais le ve, não sen do re sis ten te ao tra- fe go pe sa do. Se nós ti ver mos uma me-

lho ria de to da a es tru tu ra de pa vi- men to e não só da mis tu ra as fál ti ca, secon se gue uma vi da útil me lhor de to- da es sa es tru tu ra”.

Por tan to, pa ra que a mis tu ra as fál-ti ca du re mais tem po é ne ces sá rio aob ser va ção de um con jun to de fa to- res: to dos os ma te ri ais que fo rem usa- dos na mis tu ra as fál ti ca pre ci sam serapro va dos e ade qua dos pe las nor mase pre ci sam es tar em con for mi da decom o ti po de trá fe go que vai usar es sepa vi men to. Se tem um trá fe go maispe sa do pre ci sa de um pa vi men tomais ro bus to.

É pre ci so ter a dre na gem da re giãobem pla ne ja da e exe cu ta da pa ra que aágua das chu vas fi que o mí ni mo pos- sí vel so bre o pa vi men to.

É ne ces sá rio a exe cu ção e fis ca li za- ção ade qua da den tro das nor mas. Amis tu ra as fál ti ca de ve aten der às tem- pe ra tu ras ade qua das pa ra sua con fec- ção e sua com pac ta ção no cam po. En- fim, com uma ma nu ten ção fei ta defor ma nor ma ti za da e cons tan te, po dese con se guir uma boa so bre vi da dopa vi men to.

DOU GLAS CU NHA

RE GIÃO ME TRO PO LI TA NA

Qua se 3 mil veí cu losrou ba dos em 2019na Ilha de São Luís

Na Re gião Me tro po li ta na de São Luís, em 2019, fo ramve ri fi ca dos 2.929 fur tos e rou bos de veí cu los, dos quais 60 por cen to, fo ram mo to ci cle tas. A po lí cia de sen vol veudi li gên ci as e já re cu pe rou 1.100 veí cu los e deu cum pri- men to a 50 man da dos de pri são.

Con for me o de le ga do Fer nan do Gue des, ti tu lar daDe le ga cia de Fur tos e Rou bos de Veí cu lo (DRFV), a mai- o ria dos car ros rou ba dos em São Luís, São Jo sé de Ri ba- mar, Ra po sa e Pa ço do Lu mi ar, são uti li za dos pa ra a prá- ti ca de ou tros de li tos, co mo as sal tos e de pois são aban- do na dos em qual quer pon to da ilha. “Ago ra. tam bém,es tes veí cu los es tão sen do usa dos pe las fac ções cri mi- no sas pa ra as exe cu ções de ini mi gos e até mes mo de ali- a dos jul ga dos e con de na dos pe lo ‘Tri bu nal do Cri me’ e,de pois, aban do na dos”, afir mou. “Ou tros veí cu los sãoclo na dos e ven di dos em ou tros es ta dos, pa ra pes so as deboa fé, ou di re ci o na dos pa ra des man ches. As mo to ci- cle tas são, na sua mai o ria, le va das pa ra o in te ri or do es- ta do e ven di das, per ma ne cen do ali por mui to tem po,vis to que em mui tas re giões, a fis ca li za ção é bas tan te re- du zi da”, afir mou Fer nan do Gue des.

Es tes veí cu los es tão sen do usa dos

pe las fac ções cri mi no sas pa ra as

exe cu ções de ini mi gos e até mes mo

de ali a dos jul ga dos e con de na dos

pe lo ‘Tri bu nal do Cri me’ e, de pois,

aban do na dos

Re cen te men te, a Po lí cia Ci vil em par ce ria com a Po lí- cia Mi li tar, re a li zou uma ope ra ção em vá ri as ci da des doin te ri or e con se guiu re cu pe rar di ver sos veí cu los pro du- tos e fur tos e rou bos na ca pi tal e em ou tras ci da des e ou- tros es ta dos. O de le ga do Fer nan do Gue des des car touque as lo jas cha ma das su ca tas, es te jam ven den do pe çasoriun das de car ros fur ta dos ou rou ba dos. Ele ex pli couque as prin ci pais pe ças e aces só ri os au to mo ti vos temgra va do o nú me ro do chas si do car ro, o que fa ci li ta aiden ti fi ca ção da sua ori gem e di fi cul ta as ações dos cri- mi no sos, vis to que os do nos de lo jas de su ca ta, não com pram as pe ças de ori gem du vi do sa.

Em 2018, na Gran de São Luís, com pre en den do os qua tro mu ni cí pi os da Re gião Me tro po li ta na, fo ram rou- ba dos 905 veí cu los e 540 fur ta dos. Já, até o oi ta vo mêsde 2019, fo ram re gis tra dos 931 rou bos e 553 fur tos decar ros. A po lí cia con se guiu re cu pe rar 1.100 veí cu los.

As mo to ci cle tas são, na sua mai o ria,

le va das pa ra o in te ri or do es ta do e

ven di das

São Luís, domingo, 2 de fevereiro de 2020

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oimparcial.com.br ESPORTES Saulo DuailibeE-mail: [email protected] 11

O volante Amaral, campeão da Copa do Brasil, pelo Flamengo em 2013, está prestes aestrear pelo Moto Club e fazer história em outro clube rubro-negro

Clu bes do Nor des te

Com bus tí vel pa ra fo car no tra ba lho

AMARAL NO MOTO

Mais um ex-Flamengoa jogar no PapãoSAULO DUAILIBE

Quan do vo cê pen sa em um ti- me de fu te bol com as co res ver me lho e pre to, vem lo go à ca be ça o Fla men go, do Rio

de Ja nei ro, um dos mai o res clu bes do país, que na úl ti ma tem po ra da “pa- pou” qua se to dos os tí tu los que dis pu- tou. E por fa lar em “pa par”, tam bém po de mos nos lem brar de ou tra equi pe que usa as mes mas to na li da des em seu uni for me: o Pa pão do Nor te.

Um dos mai o res clu bes do Ma ra- nhão, o Mo to Club, que é co nhe ci do co mo Pa pão do Nor te, além das co res da ca mi sa, vem, nas úl ti mas tem po ra- das, sen do ca sa de al guns ex-fla men- guis tas.

Sen do que eles se tor na ram ído los e a ca ra do Pa pão em jo gos, com mui ta ra ça e for ça, in gre di en tes res pon sá- veis pa ra in su flar uma tor ci da apai xo- na da.

O pri mei ro ex-fla a de sem bar car no Mo to Club foi o vo lan te Fe li pe Di as, que che gou em 2015 e es te ve por três tem po ra das se gui das no Pa pão, se tor nan do um íco ne de ra ça e lu ta em cam po. Fo ram 78 par ti das ofi ci ais com no ve gols mar ca dos.

O se gun do a che gar e se tor nar o go le a dor foi Vi ní cius Pa que tá. Ata can- te for ma do nas di vi sões de ba se do Men gão, o atle ta che gou em 2017 com uma ex ce len te tem po ra da. O atle ta ano tou 11 gols em 28 jo gos na que le ano. Em 2019, te ve uma rá pi da pas sa- gem na Sé rie D do Bra si lei ro com três par ti das e um gol.

A di re to ria do Pa pão tra tou de dar con ti nui da de a es sa re la ção en tre Fla- men go e Mo to, pois fe chou a con tra- ta ção do vo lan te Ama ral. O jo ga dor

AMARAL COMEMORANDO O ÚNICO GOL MARCADO PELO FLAMENGO NA FINAL EM 2013

TERRA.COM

atu ou por três tem po ra das no Men- gão, en tre 2012 a 2014, com 79 par ti- das e ape nas um gol. Mas es se úni co gol de Ama ral pe lo Fla men go é o mais im por tan te, até ago ra, de sua car rei ra, pois mar cou um gol na fi nal da Co pa do Bra sil de 2013, con tra o Ath le ti co-PR, quan do o ti me ca ri o ca se sa grou cam peão. “Fa zer gol é im por tan te, e na fi nal pe lo Fla men go, foi um mo- men to es pe ci al, foi o que mar cou mi- nha car reia”, re ve lou Ama ral em en- tre vis ta a O Im par ci al.

Fa zer gol é im por tan te, e

na fi nal pe lo Fla men go,

foi um mo men to

es pe ci al, foi o que

mar cou mi nha car reia

“Muita dedicação e raça dentro de campo”

Ama ral es tá pró xi mo de fa zer suaes treia pe lo Pa pão do Nor te. O atle tache gou na úl ti ma se ma na e tra ba lhoufor te pa ra fi car ap to e atu ar con tra oPi nhei ro, ama nhã, se gun da-fei ra (3),às 20h, no Es tá dio Cas te lão.

Es sa se rá a se gun da par ti da do Mo- to no Es ta du al. Na pri mei ra saiu ven- ce dor em uma par ti da mui to di fí cil,em São Ma teus, quan do en fren tou even ceu o Ju ven tu de, por 2 x 0. As simco mo os ou tros fla men guis tas quepas sa ram pe lo Pa pão, Ama ral tem apos si bi li da de de se tor nar um ído lopa ra a tor ci da, mas ele pre gou pés nochão. “Meu pen sa men to ago ra é co le- ti vo e não in di vi du al. E se eu me tor- nar um ído lo aqui não vai ser só pormim, mas tam bém pe los meus com- pa nhei ros. Um atle ta pro fis si o nal defu te bol não po de pen sar só em si, mas

na equi pe”, re ve lou Ama ral.

Após dei xar o Fla men go em 2015,Ama ral de sem bar cou na Bahia, on defi cou du as tem po ra das no Vi tó ria.Com 87 jo gos pe lo tam bém ru bro-ne- gro, o vo lan te ano tou três gols na tem- po ra da 2016. De pois do Vi tó ria, ele foipa ra o fu te bol mi nei ro e de fen deu oBoa Es por te.

Mas pa re cia que a re gião Nor des teque ria o fu te bol de Ama ral em seusgra ma dos. Em 2019 ele foi con tra ta dope lo CSA-AL, equi pe ala go a na re cém-pro mo vi da pa ra a Sé rie A do Bra si lei- ro. No CSA, não te ve mui tas opor tu ni- da des e o ti me aca bou sen do re bai xa- do. Ago ra Ama ral con ti nu ou no Nor- des te e de fen de ou tra equi pe ru bro-ne gra: o Mo to. “Coin ci den te men te te-

nho re ce bi do pro pos tas pa ra atu arnes sa re gião e gos to mui to do Nor des- te”, dis se.

Se fa lan do em no mes fa mo sos degran des atle tas, o de Ama ral sem preto ma con ta das con ver sas en tre tor ce- do res no Ma ra nhão. De fen der gran- des equi pes e ser cam peão pe lo Fla- men go, com di rei to a gol na fi nal não épa ra mui tos. Mas o vo lan te não achais so um far do a ser car re ga do du ran tesua pas sa gem no Pa pão. “Não con si- de ro um pe so, mas me in cen ti va a tra- ba lhar e dar o meu me lhor”. Fi na li- zan do a con ver sa com o atle ta, fi ze- mos aque la per gun ta que to do tor ce- dor quer sa ber: o que a tor ci da po dees pe rar do Ama ral? “Mui ta de di ca çãoe ra ça den tro de cam po”, fi na li zou.

Jo gos de ho je

Mi nei ro• 10h30 – Cal den se x Vil la No va• 16h00 – Atlé ti co-MG x Tom ben se• 16h00 – Pa tro ci nen se x Coim bra• 19h00 – Tupynambás x Cru zei ro

Gau chão• 16h00 – Ca xi as x Bra sil de Pe lo tas• 18h00 – São Jo sé-RS x Ai mo ré• 19h00 – No vo Ham bur go x São Luiz

Pau lis ta• 11h00 – Co rinthi ans x San tos• 11h00 – Água San ta x Itu a no• 16h00 – Bra gan ti no x Pal mei ras• 19h00 – Gua ra ni x San to An dré

LUAN X SASHA

Rivalidade no Paulistaque vem do Gauchão

A CONFUSÃO VEM DESDE DA ÉPOCA DO GRE-NAL DE 2016

LUCAS UEBEL/GRÊMIO FBPA

Uma ri va li da de de Gre-Nal de ve ser co lo ca da emcam po ho je, às 11h, no pri mei ro clás si co do ano en treCo rinthi ans e San tos, em Ita que ra, pe la quar ta ro da dado Cam pe o na to Pau lis ta. De um la do, Lu an, con tra ta- ção mais ca ra da tem po ra da co rin ti a na. Dou ou tro, Edu- ar do Sasha, uma das es pe ran ças de gol do Pei xe des de2018. Jo ga do res que, por Grê mio e In ter na ci o nal, vi ve- ram um cli ma na da amis to so e que, até ho je, con ta comresquí ci os de res sen ti men to.

Per gun ta do so bre o re en con tro nes ta se ma na, Sashapre fe riu não ali men tar a po lê mi ca. “Es se re en con tro játe ve (com Lu an pe lo Grê mio, e Sasha pe lo San tos), vaiser mais um jo go, mais um clás si co. A gen te vai en trar dames ma for ma em to dos os jo gos, fo ca dos pa ra bus car avi tó ria”, afir mou o ata can te do San tos.

On de tu do co me çou?A fi nal do Cam pe o na to Gaú cho de 2016 foi o pal co doiní cio das de sa ven ças dos dois jo ga do res. Na oca sião,Sasha mar cou um gol, pro vo cou o Grê mio e dan çou val- sa com a ban dei ri nha de es can teio, em pro vo ca ção pe- los 15 anos sem tí tu lo na ci o nal do Tri co lor.

Só que o Grê mio aca bou a tem po ra da com um tí tu lode Co pa do Bra sil, o que deu a Lu an um “di rei to de res- pos ta”. “Que ria man dar um re ca do pa ra as pes so as quefa la ram mui to mal da nos sa equi pe, pes so al dan çou val- sa aí e os c…Na fi nal do Gau chão, o Sasha fez um gol eco me çou a gri tar que aqui não é Grê mio. Ele tem ra zão,lá não é Grê mio. A gen te es tá cam peão e is so que im por- ta. Fa lar pa ra ele não fa lar es sas coi sas e que ele é umc…” – xin gou Lu an.

Os pa la vrões vol ta ram a apa re cer após o tí tu lo da Li- ber ta do res de 2017, in cen ti va do por Edil son. “O Grê mioé cam peão, e o Sasha é um c…”, dis se.

ATLÉTICO-MG

Dudamel manda timereserva pelo Moneiro

DYLAN BORRERO DEVE ESTREAR PELO GALO NESTE DOMINGO

BRUNO CANTINI/ATLÉTICO-MG

O Atlé ti co-MG es tá a me nos de uma se ma na da es- treia in ter na ci o nal. Na pró xi ma quin ta, às 21h30, o Ga loen fren ta o Unión San ta Fe, na Ar gen ti na, pe la pri mei rafa se da Sul-Ame ri ca na. É o pri mei ro de sa fio de uma daspri o ri da des al vi ne gras na tem po ra da e, por is so, a pre- pa ra ção é es pe ci al. Ra fa el Du da mel vai pre ser var ti tu la- res ho je, con tra o Tom ben se, às 16h, pe lo Mi nei ro, jápen san do nos ar gen ti nos.

O ti me se rá bem di fe ren te da que le que atu ou nas úl ti- mas ro da das do Es ta du al. E de ve ter es treia. Dylan Bor- re ro, que cum priu dois jo gos de sus pen são em fun çãode uma ex pul são ain da na Colôm bia, es tá li be ra do pa rajo gar. A pro vá vel es ca la ção se rá: Mi cha el; Pa tric, IgorRa bel lo, Mai da na e Lu cas Her nán dez; Adri a no e Ra mónMar tí nez; Bru ni nho, Dylan Bor re ro e Edi nho (Mar qui- nhos); Ri car do Oli vei ra.

São Luís, domingo, 2 de fevereiro de 2020

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oimparcial.com.brIMPARGeorge RaposoE-mail: [email protected]

Com mais de 52 milhões de visualizações no YouTube, a música de JS Mão de Ouro,Thiaguinho MT e Mila se firma como primeiro grande sucesso do ano

SOUND CLOUD

PRA DESESPERO DO EX

Conheça os autores de“Tudo Ok”, hit de 2020

“Ého je que ele pa ga to do mal que ele te fez/ Ca be- lo ok, mar qui nha ok, so- bran ce lha ok, a unha tá

ok/ Bro ta no bai lão pro de ses pe ro do teu ex”. O re frão chi cle te de Tu do ok do mi nou as pa ra das e trans for mou a fai xa no pri mei ro hit de 2020. O cli pe ofi ci al da mú si ca tem mais de 52 mi- lhões de vi su a li za ções no YouTube. No Spotify, a fai xa apa re ce no pri mei ro lu gar das 50 vi rais do Bra sil e na se- gun da po si ção das 50 mais to ca das no Bra sil. As re des so ci ais, co mo Ins ta- gram e Tik Tok, acu mu lam ví de os dos usuá ri os in ter pre tan do a mú si ca. No Twit ter, os in ter nau tas fi ze ram mon- ta gens de exs de fa mo sos, co mo Bru- na Mar que zi ne (Neymar) e Se le na Go- mez (Jus tin Bi e ber), mos tran do que, ago ra, “tu do es ta va ok” com elas.

Lan ça da ofi ci al men te em no vem- bro do ano pas sa do por Thi a gui nho MT, JS Mão de Ou ro e Mi la, a can ção co me çou a des pon tar na ter cei ra se- ma na de ja nei ro gra ças aos me mes e os com par ti lha men tos de ví de os nas re des so ci ais. Is so tu do atre la do a for- tes com po nen tes da fai xa. A co me çar pe lo fa to de ser um bre ga-funk, rit mo que do mi nou o Bra sil no ano pas sa do. O ou tro as pec to tem a ver com a men- sa gem de su pe ra ção e vin gan ça de um ex-amor.

Com po si ção de Thi a gui nho MT e JS Mão de Ou ro, a mú si ca foi ins pi ra da em uma ami ga de Thi a gui nho. “Quem veio com a ideia foi o Thi a gui nho MT. Uma vez, uma ami ga de le dis se que es ta va com o “ca be lo ok” e com a

Cri a dor de hits

JS MÃO DE OURO E THIAGUINHO MT SÃO COMPOSITORES DE TUDO OK

“unha ok”. Ele guar dou a ideia. Tem- pos de pois, viu um ca ra fa lan do no Twit ter que iria pa ra o bai le, pa ra o de- ses pe ro do ex. En tão, jun tou as du as coi sas. Daí, vi e mos pa ra o es tú dio e fi- ze mos a me lo dia, mis tu ran do dois es- ti los di fe ren tes: o ar ro cha-funk e o bre ga-funk. As sim, sur giu a nos sa par- ce ria. Quan do es ta va pron ta, cha ma- mos a Mi la pa ra fa zer uma par ti ci pa- ção”, ex pli ca JS Mão de Ou ro em en- tre vis ta ao Cor reio.

Tu do ok tem ain da uma ver são com ba ti das de for ró com o acrés ci mo de Már cia Fel li pe e Henry Frei tas — e mais de três mi lhões de vi su a li za ções no YouTube. O su ces so da can ção fez com que Pa bl lo Vit tar cha mas se Thi a- gui nho e JS Mão de Ou ro pa ra fa zer uma no va ver são de Amor de que, lan- ça da na úl ti ma sex ta-fei ra. A fai xa ga- nhou uma adap ta ção mais “bre ga”, com a in ten ção de se tor nar um dos

hits do car na val de 2020. “Na ver da de, sem pre pro cu ro tra ba lhar com ar tis- tas com que te nho afi ni da de”, de fi ne JS Mão de Ou ro.

Es se é só mais um hit no cur rí cu lo de JS. Co mo o no me ar tís ti co re al- men te le va a en ten der, o jo vem de Re- ci fe tem uma “mão de ou ro”, que, on- de co lo ca, nas cem su ces sos. No cur rí-cu lo, vá ri as can ções en tre as mais to-ca das em 2019: Hit con ta gi an te, com Fe li pe Ori gi nal e Ke vin O Ch ris; Sur ta- da, gra va da com Da dá Bo la dão, Ta ti Za qui e OIK; e Sen ta dão, uma par ce ria com Pe dro Sam paio e Fe li pe Ori gi nal.

“Com mui to es for ço e tra ba lho, es-sas mú si cas vi ra ram hits e a re per cus- são de Tu do ok me aju dou mui to, por-que daí a ga le ra co me çou a co nhe cer o que eu fa ço. O pú bli co gos tou e o su-ces so veio”, com ple ta.

MÚSICA

Billie Eilish foi a grande vencedora do Grammy

NA CERIMÔNIA DO GRAMMY, DOMINGO PASSADO, BILLIE EILISH CANTOU SEU HIT BAD GUY

Em de zem bro pas sa do, ela com ple- tou 18 anos. Um mês de pois, no úl ti- mo do min go (26), tor nou-se a pri mei- ra mu lher a ven cer as qua tro prin ci- pais ca te go ri as em uma mes ma edi- ção do Grammy. A nor te-ame ri ca naBil lie Ei lish já era a pes soa mais jo vema con cor rer si mul ta ne a men te aos gra- mo fo nes de Me lhor Can ção, Me lhorÁl bum, Gra va ção do Ano e Ar tis ta Re- ve la ção.

Ela se con sa grou gra ças ao su ces sode When we all fall as le ep, whe re dowe go?, dis co de es treia que a co lo couno pa ta mar de prin ci pal can to ra domun do no mo men to, e do hit Bad guy.Além dos tro féus nas qua tro ca te go ri- as, ain da ven ceu a dis pu ta do tí tu lo deMe lhor Ál bum Vo cal de Pop.

Se es tu das se na mes ma es co la queLa na Del Rey, De mi Lo va to, TaylorSwift, Ari a na Gran de ou Ca mi la Ca- bel lo, as su pe res tre las que a pre ce- dem, Bil lie Ei lish pro va vel men te nãopas sa ria o re creio com elas. Num es ti- lo bem di fe ren te, com seu ca be lo co- lo ri do (na ce rimô nia de en tre ga doGrammy os fi os es ta vam tin gi dos de

ver de) e vi su al no mí ni mo al ter na ti voaos pa drões mais con ven ci o nais, a jo- vem ca li for ni a na pa re ce egres sa deuma ban da punk dos anos 1990. Masseu es ti lo mu si cal tra duz bem a flui- dez in qui e ta de sua fai xa etá ria. Nopre mi a do ál bum, lan ça do em 2019,es cu ta-se um pou co de in die, folk,R&B, ele tro e hip-hop, com vá ri as ex- pe ri men ta ções en tre eles, mas é pos- sí vel en qua drá-lo, no má xi mo, co mopop.

Au sen te no som, a ati tu de punk, decer ta for ma, es tá nos bas ti do res desua mú si ca. Bil lie gra vou o dis co emca sa, jun to com o ir mão Fin ne asO’Con nell, pre mi a do no Grammy co- mo me lhor pro du tor. “Sem pre fa ze- mos mú si ca jun tos, no quar to, e con- ti nu a mos a fa zer as sim. Is so é pa ra to- da a ga ro ta da que faz mú si ca no seuquar to. Vo cês ain da vão ga nhar umdes tes”, dis se, ao re ce ber o prê mio,en de re çan do o re ca do pa ra to da umage ra ção fa mi li a ri za da com os pro gra- mas do més ti cos de edi ção, gra va ção emi xa gem, que pos si bi li tam aos maiscri a ti vos fa zer e com par ti lhar umamú si ca pró pria na in ter net.

Fi lha do ca sal de ato res Mag gieBaird e Pa trick O’Con nell, foi com seumé to do de pro du ção ca sei ro que Bil- lie Ei lish des pon tou, ain da em 2016,quan do lan çou a fai xa Oce an eyes napla ta for ma Sound Cloud. A can ção vi- ra li zou e cha mou a aten ção da gra va- do ra In ters co pe, pe la qual ela lan çouo EP Don’t smi le at me, no ano se guin-te, tam bém “fei to em ca sa”, e o bom- bás ti co When we all fall as le ep, whe redo we go?.

Es sa no va ver são do “fa ça vo cêmes mo” tam bém pro je tou o can torLil Nas X, ou tro fenô me no, que co le ci- o na al guns re cor des na Bill bo ard Hot100, prin ci pal pa ra da de su ces sos domun do, an tes de ter com ple ta do 20anos de ida de, com o hit Old town ro- ad.

Ele ti nha seis in di ca ções noGrammy e aca bou su pe ra do por Ei-lish em três de las. Le vou dois gra mo- fo nes, por Me lhor Per for man ce Popem Du pla e de Me lhor Vi de o cli pe, pe- la ver são de Old town ro ad em par ce- ria com Billy Ray Cyrus.

NETFLIX

Locke & Key estreiana próxima sexta 

SERVIÇO DE STREAMING LANÇA A SÉRIE NO PRÓXIMO DIA 7

Ba se a da na graphic no vel de mes mo no me, es cri tapor Joe Hill e ilus tra da por Ga bri el Ro dri guez, a sé rieLoc ke & Key es treia na pró xi ma sex ta (7) na Net flix, con- tan do a his tó ria dos três ir mãos Loc ke, que, após o as- sas si na to do pai, mu dam-se com a mãe pa ra Key Hou se,a man são an ces tral da fa mí lia, lo ca li za da na No va In gla- ter ra (EUA).

Com pi ta das de H.P. Lo ve craft, um dos mai o res no- mes da li te ra tu ra de ter ror e mis té rio, a tra ma se de sen- ro la den tro da pro pri e da de, que guar da cha ves má gi cas.Con for me vão sen do des co ber tas e usa das pe los Loc ke,es sas cha ves abrem não só por tas, mas ex põem mun dose re a li da des pa ra le los.

Em meio a es sa aven tu ra, os ir mãos

aca bam des per tan do um demô nio,

que po de es tar li ga do à mor te do

pai.

Cri a da e pro du zi da por Carl ton Cu se – um dos pro du- to res de Lost e de Ba tes Mo tel – e Me re dith Ave rill – pro- du to ra de A mal di ção da Re si dên cia Hill –, a sé rie de 10epi só di os mos tra, além dos sus tos, do sus pen se e dosmun dos fan tás ti cos, co mo li dar com a per da, com a aju- da da fa mí lia.

No pa pel dos ir mãos Loc ke es tão Jack son Ro bertScott (Bo de), Con nor Jes sup (Tyler) e Emi lia Jo nes(Kinsey).

TORMENTA

Livro conta bastidoresde 1º ano de Bolsonaro

THAIS OYAMA É A AUTORA DO LIVRO “TORMENTA”

Du ran te 27 anos de man da to co mo de pu ta do, JairBol so na ro só apro vou dois pro je tos de lei e con se guiutrês dos 512 vo tos quan do se can di da tou a pre si den te daCâ ma ra em 2017. Em uma pri mei ra mi ra da, na da in di- ca va que ele sai ria ven ce dor da mais po la ri za da elei çãopa ra a Pre si dên cia da Re pú bli ca. Mas, com o ins tin to dere pór ter, Thaís Oyama per ce beu que as re des so ci ais es- ta vam mu dan do a ma nei ra de fa zer po lí ti ca no país eque Bol so na ro ti nha chan ces re ais de ga nhar a elei ção.

Por is so, em ou tu bro de 2018, ela de ci diu es cre ver umli vro so bre Bol so na ro. As cri ses, os se gre dos, as in tri gas,as pa ra noi as, as idei as fi xas, a re la ção com o STF, a par ti- ci pa ção dos fi lhos nas ques tões re pu bli ca nas, o pa pel dare des so ci ais, os gu rus do ódio, as ame a ças de gol pe, asali an ças e os re cu os com os mi li ta res.

Os te mas re le van tes não es ca pam de Tor men ta (Ed.Cia das Le tras), li vro da jor na lis ta Thaís Oyama so bre opri mei ro ano do go ver no Bol so na ro. A nar ra ti va é re sul- ta do de um pa ci en te tra ba lho de apu ra ção dos bas ti do- res e com põe pai nel re ve la dor so bre um mo men to degran des trans for ma ções na his tó ria po lí ti ca do país.

Em ví deo trans mi ti do no Fa ce bo ok, o pre si den te JairBol so na ro cri ti cou Thaís: “A nos sa im pren sa tem me doda ver da de. De tur pam o tem po to do. Men tem des ca ra- da men te. Tra ba lham con tra a de mo cra cia, co mo o li vrodes sa ja po ne sa, que eu não sei o que faz no Bra sil”. Tal- vez Bol so na ro te nha con tri buí do, in vo lun ta ri a men te,pa ra a di vul ga ção do li vro.

Thaís é bra si lei ra, ne ta de ja po ne ses e não con si de raque o jor na lis mo es te ja em ex tin ção, co mo in si nu ou opre si den te em ou tro pro nun ci a men to: “E te nho cer te zade tam bém que o jor na lis mo pro fis si o nal irá du rar bemmais que o go ver no Bol so na ro”.

São Luís, domingo, 2 de fevereiro de 2020

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oimparcial.com.br Elite Jefferson LauandeE-mail: [email protected] 1

Re co nhe ci men to

FESTA 

Craque DaniloSousa festejaaniversário em SLO

jo ga dor Da ni lo Sou sa, do FKDi na mo Mink fes te jou comami gos e fa mi li a res a co me- mo ra ção do seu ani ver sá rio

em São Luís. Ele que es ta va de fé ri asdes de o fi nal de de zem bro, apro vei toupa ra reu nir to dos e ce le brar a sua no- va ida de, di as an tes de re tor nar a Bi e- lor rús sia.

Da ni lo Sou sa

Ne to Me dei ros sen do re cep ci o na do pe locra que.

Da ni lo com es te edi tor, Je fer son Lau an de.

Com o pai, Wam ber to de Je sus.

Com a es po sa, An na Bos co.

YASMIN MELO

Ela revolucionou o mercado dos promotores de crédito

A SUA IDEIA É LEVAR SEMPRE INOVAÇÃO. 

Com o ob je ti vo de ca pa ci tar es sepú bli co e ino var a for ma de ven derem prés ti mos, o Mo vi men to Gi gan tesdo Con sig na do cri a do por Yasmin jáco lhe bons fru tos

De Cam pi nas, in te ri or de São Pau- lo, a em pre sá ria Yasmin Me lo ex pe ri- men tou o de clí nio do mer ca do dospro mo to res de cré di to— pro fis si o naisres pon sá veis pe la in ter me di a ção cli- en te/ban co. Com o in cre men to deno vas tec no lo gi as e o sur gi men to dasfin te chs, a pro fis são de cor res pon- den te ban cá rio, que an tes era al ta- men te lu cra ti va, es bar rou nas fa ci li- da des di gi tais, que ho je per mi tem queo cli en te fa ça em prés ti mos com ape- nas um cli que, di re to do ce lu lar e semsair de ca sa.

Po rém, a vi são de que o mer ca domu da ria já era pre vis ta por ela a mui- to mais tem po. Com mais de 10 anosde ex pe ri ên cia, Yasmin con ta que des- de a fa cul da de no ta va que a pro fis sãopre ci sa va pas sar por uma re for mu la- ção. “Per ce bi que tu do que tra ba lhacom in ter me di a ção ten de a sair do

mer ca do, ain da mais os cor res pon- den tes ban cá ri os que ain da tra ba lha- vam de ma nei ra ar cai ca”, apon ta.

Mas só de pois que veio a cri se,Yasmin en ten deu o que pre ci sa va fa- zer. As sim, ela co me çou a reu nir pro- fis si o nais em prol do mer ca do. Nas ciao Mo vi men to Gi gan tes do Con sig na- do.

O Mo vi men to Gi gan tes do Con sig- na do tem co mo ob je ti vo prin ci pal,mu dar a for ma co mo os pro fis si o naisde cré di to vêem o mer ca do. “Nós aju- da mos es ses cor res pon den tes a serein ven tar nos seus ne gó ci os pormeio da ino va ção e do de sen vol vi- men to de Min de set. As es tra té gi as vãode ní vel emo ci o nal até for mas ino va- do ras de ven der”, diz Yasmin.

O mo vi men to to mou gran des pro- por ções, tan to que ho je Yasmin Me lomi nis tra even tos que le vam ex pe ri ên- cia, network, es tra té gi as e ino va çãopa ra pro mo to res de to do o país. Gi- gan tes pro mo to ras de cré di tos e ban-

cos já re co nhe ce ram o pro je to e in clu-si ve abra çam a cau sa. “Is so co me çou aser pro mis sor, por que gran des li de resvi ram fu tu ro no que es tá va mos fa zen-do” or gu lha-se.

Yasmin Me lo é uma mu lher que na- dou con tra a cor ren te e tu do que ospro fis si o nais de sua área, a de cor res-pon den te ban cá rio, di zi am que elapre ci sa va fa zer. Ao no tar um de clí nioda pro fis são, ela reu niu di ver sos pro- fis si o nais e fun dou o Mo vi men to Gi-gan tes do Con sig na do.

Com o ob je ti vo de le var ino va ção een si nar no vas for mas de atu a ção, opro je to é re sul ta do de anos de in sa tis-fa ção e ne ces si da de de re for mu la çãodas téc ni cas de cap tar e ven der em-prés ti mos. Atu al men te o pro je to deYasmin vi a ja o país le van do pa les tras,workshops e en si nan do os pro fis si o- nais do ra mo a se rein ven ta rem e aade ri rem no vas for mas de cap tar cli- en tes e ven der o ser vi ço ge ran do ex- pe ri ên ci as.

PRÉ-CARNAVAL II

DOMINGO ANIMADOEM TODOS OS LUGARES

MÁRIO CARNEIRO JR COM EDUARDO ANDRADE E JOSÉ SOUSA

REPRODUÇÃO / INSTAGRAM

Ho je, 2 de Fe ve rei ro, Dia de Ie man já, can ções em to- dos os can tos da gran de Ilha, não ape nas pa ra sua ho- me na gem, mas tam bém pa ra con ti nu ar com to da for çae ir re ve rên cia as pro gra ma ções pré-car na va les cas. Des- de ja nei ro que São Luís vi vên cia mo men tos ím pa resreu nin do uma gran de tur ma que re sol ve sair de su as ca- sas aos do min gos pa ra uma di ver são com ami gos emam bi en tes que pos sam ofe re cer sem pre se gu ran ça.

Um des ses exem plos é o “Blo qui nho do Pin to”, or ga- ni za do por Má rio Car nei ro Jr e re a li za do no Rio Poty Ho- tel, sem pre a par tir das 17h. Pa ra es te do min go (2), o pú- bli co re ce be o DJ Thi a go, Igor Oli vei ra com es pe ci al BellMar ques, Os Par ças e con vi da dos, o can tor Her ton RÁcom es pe ci al Dur val Lelys e par ti ci pa ção da mu sa Rais- si nha Por te la.

In clu si ve o em pre sá rio con fir mou em su as re des so ci- ais que te rá pro gra ma ção es pe ci al du ran te o Car na val.

Ou tro lu gar que vem sen do mui to pres ti gi a do é o Ca- sa rão Co lo ni al (Cen tro) e co mo es ta pá gi na con tou emou tras edi ções, tam bém re ce be um pú bli co es pe ci al to- dos os do min gos. Pa ra ho je, a can to ra Anas tá cia, Flá vioMa ca, do Es ti lo 98, Soul Reg gae, Sam bauê com Pe pê Jr eGru po CDC.

PRÉ-CARNAVAL II

A MÚSICA NÃOPODE PARAR…

CASARÃO COLONIAL

Com pla cas de car na val, o Ca sa rão no úl ti mo do min- go (26), sur pre en deu o pú bli co com men sa gens em res- pei to a to das as mu lhe res. O cui da do que é ne ces sá rioter du ran te o Car na val. Apro va ção foi bem acei ta pe lopú bli co.

Ou tro point é no bair ro do Mai o bão, o Bo te co do Bair- ro Loun ge com o “Blo qui nho do Bair ro”, que vem sen dore a li za do to dos os do min gos na Av. 1.

Pa ra pro gra ma ção de ho je, o can tor Fer nan do Li ma,Thaís Mo re no, DJ Mar con ni e Zero98 e as mu lhe res temen tra da free até às 18h.

Va le des ta car que no pró xi mo dia 9, quem can ta pe lapri mei ra vez no es pa ço é o can tor Tony Guer ra com oFor ró Sa co de. Com ele, o Im pe ra dor Bru no Shi no da,tam bém par ti ci pa do even to que ini ci a rá às 16h.

São Luís, domingo, 2 de fevereiro de 2020

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EliteNedilson Machado E-mail: [email protected]

José Domingues Neto, Danielle Vieira , com o casal Célio Sérgio (organizador) e Lurdinha

A turma animada do Bloco da ImprensaO Blo co da Im pren sa es tá um su ces so de pú bli co, or ga ni za ção, ani ma ção e es tá acon te cen do em fren te ao

Bar do Por to/Pra ça dos Ca trai ei ros, na Praia Gran de, Cen tro His tó ri co. O me lhor da ri ca di ver si da de cul tu ralma ra nhen se es tá sen do ofe re ci do aos pro fis si o nais da co mu ni ca ção, tu ris tas e fo liões. Es tão de pa ra béns osor ga ni za do res Cé lio Sér gio e Jo el Ja cintho que pro mo vem di as de pu ra ale gria, jun to com a par ce ria do Go-

ver no do Ma ra nhão, por meio da Se cre ta ria de Cul tu ra e Tu ris mo (Sec tur).

Madalena Nobre e Marcos David As fantasias eram as mais alegres e originais

José Domingues Neto, Danielle Vieira e NM Polyanna Fernandes, Samartony Martins e Sérgio Carvalho

Beto Soares e Werther Bandeira  Sergio Viana

Gilson e Jacieny, Wal Oliveira e Joel Jacintho (Organizador) Reginaldo Silva (Folhagem) e Julieta Ramos

Em busca da excelênciaCres cer com fo co em ex ce lên cia e ino va ção, ga ran tin do a má xi ma pre-

ci são de re sul ta dos e a con fi a bi li da de em to dos os seus pro ces sos é a me- ta do Lac mar / La bo ra tó rio de Aná li ses Clí ni cas do Ma ra nhão pa ra es se

ano, sob o co man do do di re tor Vi ní cius Braid Ri bei ro. Es sa se ma na, os co- la bo ra do res do Lac mar pas sa ram por um trei na men to de imer são nasnor mas, mi nis tra do pe la con sul to ra e ex pe ri en te au di to ra da nor ma

PALC He li ne te Fil guei ras (CE). A me ta do Lac mar é al can çar a acre di ta çãoPALC e com ela, ofe re cer um no vo sta tus de ex ce lên cia a to dos os seus pa-

ci en tes e par cei ros mé di cos.

A consultora PALC Helinete Filgueiras com o diretor do Lacmar Vinicius BraidRibeiro

Executivos do Grupo Mercúrio Chrystiane Vasconcelos e Plínio Tuzzolo (HSLZ),Vivianne Lopes (Lacmar) e Mônica Moura (Rede Clínicas Dignus)

Francileia Rodrigues, Juliana Mendonça, Kaique Oliveira e Samia França

 Rodrigo Bennetton, Josiane Almeida e Gilmar Lemos

São Luís, domingo, 2 de fevereiro de 2020

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O JORNALMAIS ACESSADODOMARANHÃO

4,5MILHÕESDE CLIQUES MENSAIS

LEIA A TODA HORAE EM TODO LUGAR

LEIA A TODA HORAE EM TODO LUGAR

MAIS

4,5MILHÕES

64,5MILHÕESLEIA A TODA HORAE EM TODO LUGAR

Elite Nedilson Machado E-mail: [email protected] 3

A roda de samba no Casarão começa no início da tarde e segue fervendo noite adentro num pique só

O samba abençoado do Centro Históricoe o resgate da auto-estima

Apro vei tan do a dei xa da Fei ri nha São Luís, da Pre fei tu ra, que acon te ce aos do min gos das 9h às 15h30, napra ça Be ne di to Lei te, a ala jo vem sem pre es ti ca (e pu xa) noi te aden tro, cur tin do as ma ra vi lhas e a nos tal gia

do Cen tro His tó ri co e su as no vas atra ções cul tu rais. Uma de las é o sam ba do Ca sa rão Co lo ni al, na rua Afon soPe na, que, aos do min gos, reú ne uma le gião de jo vens que não bus ca só di ver são, mas, no em ba lo de mui ta

ale gria, ba tu ca da e se gu ran ça, exer ci tar o or gu lho de ser ma ra nhen se. Co mo se não bas tas se, ago ra te mos opré-Car na val, com a pre sen ça con ta gi an te dos blo cos, gen te bo ni ta em to dos os can tos e um tu ris mo em

cons tan te aque ci men to. Sal ve sal ve.

Samira Braide e André Fufuca

Dani Braide

Hudson Meneses e Tarcísio Fonseca

Valeska Fragoso, Mirella Castelo e Lú Assunção -produtoras Casarão

Dayvid Dias e Maud Saad

Isabelle ArrivabeneAnastácia Lia e Millena Mendonça

Chef Cadu Ferreira

Chef Cadu Ferreira emconcorrido workshop

sobre marmitas saudáveisCa da vez mais, as pes so as têm se pre o cu pa do com o que co mer e em

ter uma ali men ta ção mais sau dá vel. Quem co me fo ra de ca sa nem sem- pre têm con di ções de ter uma re fei ção equi li bra da e efi ci en te. De pen den- do das es co lhas no car dá pio e do es ti lo de vi da pes so al, al guns fa to res po- dem se tor nar um ris co pa ra a saú de. Pen san do nis so, o Spa zio Ma teus re- a li zou na úl ti ma quin ta-fei ra, 30, no Ate li er Don’An na, o workshop “Mar-

mi tas Sau dá veis”, com o chef e nu tri ci o nis ta Ca du Fer rei ra. Du ran te ocur so, os par ti ci pan tes pu de ram co lo car li te ral men te a mão na mas sa eapren de ram qua tro re cei tas fá ceis e prá ti cas: Pol pe to ne com Ri so to de

Qui noa, Me da lhão de La sa nha ao pes to com Se le ta de Le gu mes, Qui chede atum com pu rê de man di o qui nha e Con so mê de car ne se ca com abó-

bo ra ter mo gê ni co.

 O chef Cadu entre alunas do workshop Marmitas Saudáveis

Jornalistas Mariana Dias e Flávia Batista ao lado do Chef Cadu

Workshop de Marmitas Saudáveis no Atelier Do'Anna (1)

São Luís, domingo, 2 de fevereiro de 2020

4,5MILHÕESLEIA A TODA HORAE EM TODO LUGAR

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NobreMadalena [email protected]

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10Responsáveis: Celio SergioE-mail: [email protected] 4

São Luís, domingo, 2 de fevereiro de 2020ELITE

LE ROMANTIQUE STUDIO É REINAUGURADO NO COHAJAP.A empresária Paula Guimarães reinaugurou na última quinta-feira (31 janeiro), o Le Romantique Studio. Com nova identidade visual, site, atendimento per-sonalizado e novas tendências, o espaço mantém o mesmo conceito, que está fazendo a diferença na área da beleza em São Luís e destaca-se, pela equipe es-pecializada e ambiente aconchegante, dentro do estilo shabby chic, com um toque de romantismo francês.

Com diversos serviços e referência em procedimentos relacionados a cores e tratamentos, inclusive terapia capilar, o Le Romantique Studio adota o modelo de atendi-mento nova-iorquino com hora

MADALENA NOBRE COM PAULA GUIMARÂES.PAULA GUIMARÂES COM A ARQUITETA QUE AMBIENTOU O ESPAÇO, KARLA BARBOSA.

EQUIPE LE ROMANTIQUE STUDIO COM PAULA GUIMARÂES.

marcada.

Desde que abriu as portas, Pau-la Guimarães, que é colorista profissional com formação nos Estados Unidos, tem recebido inúmeros elogios, pelo elevado profissionalismo de sua equipe. Um dos pontos fortes é o visa-gismo, que leva em considera-ção vários fatores, como formato do rosto, cor da pele e também, a personalidade e atividade pro-fissional, para identificar os pontos que valorizam a beleza e o estilo de vida das clientes.

PAULA GUIMARÂES COM A AMIGA, JULIANA RAMOS.

FÁTIMA PARGA INICIA MAIS UM ANO DE BEM COM A VIDA

A competente e sempre alegre empresária, Fátima Parga, está comemorando o início do ano com o sucesso nos negócios. A Ma-lharia Vitória é a responsável pela produção dos principais aba-dás de blocos pré-carnavalescos, eventos e grupos de carnaval no Maranhão. Além de fardamento escolar, uniformes profissionais e vestiário de empresas, a Malharia Vitória está produzindo as cami-sas do PassaporteFolia 2020, a feijoada de aniversário de 16 anos do Programa de TV Mundo Passaporte, que vai acontecer dia 16 de fevereiro no Hotel Luzeiros São Luis, com grandes atrações, servi-ços de buffet completo e muita animação. Na foto, Fátima Parga, com a camisa do PassaporteFolia 2018.

BLOCO DA IMPRENSA AGITA O PERÍODO CARNAVALESCO EM SÃO LUIS.

FÁTIMA PARGA É UMA EMPREENDEDORA E COMANDA UMA EQUIPE TALENTOSA.

MADALENA NOBRE E MARCOS DAVI, COM UMA TURMA ANIMADA DE AMIGOS.

O Bloco da Imprensa está reunindo todos os sábados, um grande público, entre profissio-nais de comunicação, artistas, convidados e uma multidão de foliões, na Praça dos Catraieiros, ao lado da Casa do Maranhão, no Centro Histórico de São Luis.

Foi montada uma grande es-trutura para shows, blocos, ar-tistas, escolas de samba e tantas outras atrações, que não deixa o público parado. O local, tem re-cebido bastante elogios. Segu-rança perfeita, banheiros, bar-racas, mercado informal, tudo bem organizado. O Carnaval do Maranhão cresce a cada ano e o Bloco da Imprensa tem se destacado. Parabéns aos ami-gos, que se dedicam, para uma festança tão boa.

JOSÉ DOMINGOS E DANIELLE VIEIRA,

COM CÉLIO SÉRGIO E A ESPOSA, LOURDINHA

CASTRO, QUE SÃO ORGANIZADORES

DA FESTA.

MUITOS FOFÕES (FIGURA TÍPICA DO CARNAVAL MARANHENSE), CIRCULAM PELO CIRCUTO DO CENTRO HISTÓRICO.

GRANDES ATRAÇÕES PASSAM PELO PALCO DO BLOCO DA IM-PRENSA, TODOS OS SÁBADOS,

PARA A ALEGRIA DOS FOLIÕES.