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Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser Centro de Informações Estatísticas Núcleo de Indicadores Sociais Relatório de Conclusão: Índice Social Municipal Ampliado para o Rio Grande do Sul - 1991 1996 Coordenador: Jaques Alberto Bensussan. Equipe Técnica: Claudio Dias Barbieri Hélios Puig Gonzalez Maria de Lourdes Teixeira Jardim Marilene Dias Bandeira Ricardo Rossi da Silva Couto Salvatore Santagada Yara Saldanha Prange Colaboradores: Jorge Accurso Flavio B. Fligenspan Roberto da Silva Wiltgen Novembro/1999

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Page 1: Fee Relatorio Isma 1991 1996

Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser Centro de Informações Estatísticas Núcleo de Indicadores Sociais

Relatório de Conclusão: Índice Social Municipal Ampliado

para o Rio Grande do Sul - 1991 – 1996

Coordenador:

Jaques Alberto Bensussan.

Equipe Técnica:

Claudio Dias Barbieri

Hélios Puig Gonzalez

Maria de Lourdes Teixeira Jardim

Marilene Dias Bandeira

Ricardo Rossi da Silva Couto

Salvatore Santagada

Yara Saldanha Prange

Colaboradores:

Jorge Accurso

Flavio B. Fligenspan

Roberto da Silva Wiltgen

Novembro/1999

Page 2: Fee Relatorio Isma 1991 1996

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SUMÁRIO:

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ..............................................................................03

1.1. INTRODUÇÃO ..............................................................................................04

2. MATERIAIS E MÉTODOS ......................................................................................07

2.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................07

2. 2 MODELOS DE ANÁLISE PARA O CÁLCULO DO ÍNDICE SOCIAL

MUNICIPAL AMPLIADO PARA O RIO GRANDE DO SUL.

..................................................................................................................................19

3. RESULTADOS E CONCLUSÕES .........................................................................48

3.1. RESULTADOS E CONCLUSÕES DAS COMPARAÇÕES DAS

CLASSIFICAÇÕES DOS VINTE MELHORES E PIORES MUNICÍPIOS

QUANTO AO ÍNDICE SOCIAL MUNICIPAL AMPLIADO DO RIO

GRANDE DO SUL, ENTRE 1991 E 1996 ..........................................................48

3.2. RESULTADOS E CONCLUSÕES DOS VINTE MELHORES E PIORES

QUANTO AO ÍNDICE SOCIAL MUNICIPAL AMPLIADO DO RIO

GRANDE DO SUL, PELA MÉDIA DO PERÍODO DE 1991 A 1996.

..................................................................................................................................49

3.3 RESULTADOS E CONCLUSÕES, POR BLOCOS, DOS VINTE

MELHORES E PIORES QUANTO AO ÍNDICE SOCIAL MUNICIPAL

AMPLIADO DO RIO GRANDE DO SUL, PELA MÉDIA DO PER´ÍODO DE

1991 A 1996 ............................................................................................................53

3.4 CONCLUSÃO GERAL DA PESQUISA COM BASE NO “RANKING’ DO

ÍNDICE SOCIAL MUNICIPAL AMPLIADO DO RIO GRANDE DO SUL,

PERÍODO1991-1996.

.................................................................................................................................61

4. RECOMENDAÇÕES OU PERSPECTIVAS DE CONTINUIDADE...................67

5. BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................70

6. ANEXOS ................................................................................................................... .79

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ÍNDICE SOCIAL MUNICIPAL AMPLIADO PARA O RIO GRANDE DO SUL

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Nome: ÍNDICE SOCIAL MUNICIPAL AMPLIADO PARA O RIO GRANDE DO

SUL.

Local de Trabalho: FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA SIEGFRIED

EMMANUEL HEUSER, RUA DUQUE DE CAXIAS n0 1691.Porto Alegre, Rio

Grande do Sul.

Título do Projeto: INDICADORES SOCIAIS MUNICIPAIS PARA O RIO GRANDE

DO SUL – 1991 – 1996.

Número do Processo: 97/0069 - 7

Tipo de Bolsa ou Auxílio: PROGRAMA DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO

DAS ÁREAS HUMANAS E SOCIAIS, Edital nº 12/96. FUNDAÇÃO DE AMPARO À

PESQUISA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, SECRETARIA DE CIÊNCIA

E TECNOLOGIA.

Vigência: INÍCIO 01/06/1998, TÉRMINO 30/11/1999.

Coordenador do Projeto: JAQUES ALBERTO BENSUSSAN

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1.1 INTRODUÇÃO:

Este trabalho tem a finalidade de apresentar o Índice Social Municipal Ampliado

para o Rio Grande do Sul construído, a partir dos indicadores sociais municipais

selecionados, agrupados em um número de quinze1, objetivando, além do aprimoramento

de questões metodológicas e temporais no fluxo de informações, servir de instrumento para

a elaboração das políticas públicas. Assim poderá propiciar uma melhor alocação de

recursos de acordo com as prioridades estabelecidas por suas populações.

O avanço em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano, apresentado no

Relatório sobre o Desenvolvimento Humano no Brasil 1996, (1996) e ao Índice de

Desenvolvimento Social, SILVEIRA E SAMPAIO (1996), consiste no número de

variáveis, e na periodicidade (1991 a 1996), nos modelos de análise e na configuração de

seus quatro blocos e que são a saber: Condição do Domicílio e Saneamento, Educação,

Saúde e Renda.

As variáveis que compõem cada bloco são:

- Condições de Domicílio e Saneamento:

1) Média de Moradores por Domicílio;

2) Proporção de Domicílios Urbanos Abastecidos com Água Tratada,

3) Proporção de Domicílios Urbanos com Coleta de Esgoto Cloacal;

- Educação (Área Urbana e Rural):

1 O projeto previa vinte indicadores, mas dada a falta de dados e a necessidade de homogeneização da série

histórica foram feitas as seguintes exclusões e inclusões:

O Índice das Condições do Domicílio e o Índice de Saneamento e Ambiente foram acoplados num Índice de Condições de Domicílio e Saneamento. Foram excluídas as variáveis Média de Cômodos por

Domicílio, Proporção de Domicílios com Até 3 Cômodos, Percentual de Domicílios com Energia Elétrica e

Proporção de Domicílios com Lixo Inadequado.

Do Índice de Educação foram excluídas as variáveis Percentual de Crianças que Residem em

Domicílios Cujo Chefe Tem Menos de Um Ano de Estudo, Percentual de Crianças na Faixa Etária de 4 a 6

Anos na Pré-Escola, Proporção Entre Matrículas no Ensino Médio (2ºGrau) e no Ensino Fundamental

(1ºGrau); Foi incluída a variável Taxa de Atendimento no Ensio Médio (2ºGrau).

No índice da Saúde foi excluída a Taxa de Mortalidade Infantil. Foram incluídas as variáveis

Unidades Ambulatoriais por Mil Habitantes; Número de Médicos por Dez Mil Habitantes; Baixo Peso ao

Nascer; Taxa de Mortalidade de Menores de Cinco Anos.

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5

4) Taxa de Reprovação do Ensino Fundamental;

5) Taxa de Evasão do Ensino Fundamental;

6) Taxa de Atendimento no Ensino Médio;

7) Taxa de Analfabetismo de Pessoas de Quinze Anos e Mais;

- Saúde (Área Urbana e Rural):

8) Unidades Ambulatoriais por Mil Habitantes;

9) Leitos Hospitalares por Mil Habitantes;

10) Número de Médicos por Dez Mil Habitantes;

11) Baixo Peso ao Nascer;

12) Taxa de Mortalidade de Menores de Cinco Anos;

- Renda (Área Urbana e Rural):

13) Concentração da Renda (Gini);

14) Proporção da Despesa Social Muncipal ( Educação e Cultura; Habitação e

Urbanismo; Saúde e Saneamento; e Assistência e Previdência) em relação a

Despesa Total;

15) Produto Interno Bruto Municipal Per Capita a Custo de Fatores.

As limitações impostas pela disponibilidade dos dados determinaram a necessidade

de se montar índices2, a partir de variáveis consistentes em termos de conteúdo e

metodologia, ao longo do tempo. As informações censitárias utilizadas foram as

disponíveis para 1991 e 1996. Para os anos intermediários, interpolaram-se esses valores.

As demais informações utilizadas anualmente provém de fontes que estão sistematizadas e

disponíveis a partir dos Órgãos Públicos, Secretarias Estaduais e Municipais.

Com a compatibilização dessas informações foi criado o Indice Social Municipal

Ampliado sintetizando as melhores condições na comparação das posições inter-

No Índice de Renda foram excluídas as variáveis Arrecadação de Tributos Municipais, Renda Média

Mensal do Chefe do Domicílio e Proporção dos Chefes de Domicílio com Renda Menor ou Igual a Dois

Salários Mínimos Mensais. Foi incluída a variável Concentração da Renda (Gini). 2 Devido necessidade de homogeneização das variáveis entre 1991 e 1996, utilizou-se fontes compatíveis

para com essas variáveis, consequentemente foi modificada a proposta do projeto inicial que previa a

construção simultânea de Índices Censitários que serviriam para a ponderação dos pesos do Índice final.

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6

municípios, em termos dos indicadores sociais selecionados. O mesmo poderá servir

como subsídio para estudos mais aprofundados e, também, para orientação na definição de

políticas públicas e de investimentos das áreas mais carentes.

Além disso, como sub-produto, disponibiliza uma base de dados alocados em bases

geográficas. Outro avanço consiste em oportunizar a inclusão de indicadores mais

qualificados elaborados conjuntamente com as próprias fontes. Assim, também permitirá

dar continuidade ao estudo para anos mais recentes e melhorar os seus resultados

esperados.

Os objetos gerais e específicos, dentro do horizonte espaço-temporal3 da pesquisa,

sâo:

a) Comparar as Classificações dos Vinte Melhores e Piores Municípios Quanto

ao Índice Social Municipal Ampliado do Rio Grande do Sul, entre 1991 e 1996;

b) Classificar os Vinte Melhores e Piores Municípios Quanto ao Índice Social

Municipal Ampliado do Rio Grande do Sul, pela Média do Período de 1991-1996;

c) Classificar, por Blocos ( Condição de Domicílio, Saúde, Educação e Renda),

os Vinte Melhores e Piores Municípios Quanto ao Índice Social Municipal

Ampliado do Rio Grande do Sul, pela Média do Período de 1991-1996; e

d) Proceder a uma Conclusão Geral da Pesquisa, com Base no “Ranking” do

Índice Social Ampliado do Rio Grande do Sul, do Período 1991-1996.

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2. MATERIAIS E MÉTODOS:

Neste capítulo serão apresentados a revisão bibliográfica e os modelos de análise,

englobando a definição das variáveis, seus ajustes, numa palavra, o método, que conduzirá

a transição dos objetivos específicos para as conclusões

2.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA4

a) INTRODUÇÃO:

Entre a ampla gama de questões que os indicadores sociais provocam, busca-se

examinar, em primeiro lugar, o contexto sócio-econômico que originou a sua construção e

o debate que os envolve e, e segundo lugar, organizar um histórico, em nível internacional e

nacional, desse processo.

b) O CONTEXTO SOCIAL

O modelo de acumulação capitalista, que se formou nos centros hegemônicos

(EUA, Canadá, Japão e Europa Ocidental), após a Segunda Guerra Mundial, até meados da

década de 60, tem características que o distinguem das fases de evolução anteriores do

sistema. Nesse período de expansão do capitalismo, constituiu-se um padrão de acumulação

que combinava fortes ganhos de produtividade com crescimento do salário real. Essa forma

de estruturação do sistema pressupôs, de um lado, um regime de acumulação que se

norteava pelo princípio da política econômica Keynesiana e, de outro, por mecanismos

institucionais de regulação sócio-econômica que articularam classes e grupos sociais no

interior do Estado de Bem-Estar Social (Welfare State).

O Welfare State utilizou o modelo de sociedade contratual e redistributiva. Durante

a fase de expansão da economia, foi possível legitimar a acumulação sem deixar

transparecer o conteúdo antagônico das classes sociais. Os trabalhadores tiveram conquistas

3 A unidade temporal refere-se aos censos de 1991 e 1996, e, a partir daí, as interpolações. A unidade espacial

do trabalho corresponde aos municípios do Rio Grande do Sul existentes nos referidos censos. 4 Texto consolidado na fase I com a elaboração do Índice Social Municipal Ampliado

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8

concretas no campo social, as quais se refletiram na melhoria de seu padrão de vida,

mormente nos países avançados.

De acordo com Altvater (1983), a crise econômica do capitalismo no final dos anos

60 manifestou-se inicialmente, para o Estado, como crise fiscal, passando a dificultar o

cumprimento das tarefas de política social. Como conseqüência, houve uma desmontagem

e uma remontagem do Welfare State; logo, os fundamentos da existência do Estado de

Bem-Estar ficaram enfraquecidos e também em crise.

Buci-Glucksmann e Therbon (1983) periodizaram a crise do “Estado Keynesiano”,

identificando o seu início em 1965, apontando uma aceleração cultural e política entre 1968

e 1970, e uma predominância econômica pós 1974.

Esse é o contexto mais geral que marca o capitalismo e abala “(...) o modelo político

tradicional do conjunto formado pelo Estado Keynesiano intervencionista, pelo „Welfare

State‟ e pela democracia social” (ALTVATER, 1983, P.18).

Os Estados Unidos, onde os indicadores sociais apareceram pela primeira vez de

forma oficial na década de 60, conforme Altmann (1981), registraram um período bastante

conturbado em sua trajetória. A mesma foi marcada por fatos importantes, tais como o

assassinato do Presidente Kennedy, a participação na Guerra do Vietnã e os movimentos de

protesto protagonizados pelos negros, “chicanos” e porto-riquenhos.

Os sociólogos norte-americanos foram conclamados a analisar as causas dos

conflitos sociais, posto que a análise econômica não explicava a contento o paradoxo entre

o crescimento econômico e as reivindicações sociais não atendidas.

A teoria sociológica, utilizada na construção dos indicadores sociais e no estudo das

“disfunções” do sistema, foi aquela montada durante o período do Welfare State e do

crescimento industrial sem precedentes.5 Conforme Altmann (1981, p. 189), “(...) a maioria

dos estudos teóricos e empíricos sobre mudança social foi dirigido ao problema da

„modernização‟ e do desenvolvimento industrial”6. Essa nova orientação teve início nos

Estados Unidos e, posteriormente, foi transposta para a América Latina. A partir desse

5 “Em larga medida, o seu desenvolvimento (da sociologia norte-americana) seria estimulado e sustentado

pelo „Estado de Bem Estar Social‟, que passou a utilizar os conhecimentos sociológicos para implementar a

sua política de conservação da ordem existente.”(MARTINS, 1986, p.84) 6 Kennet Land apud Altmann (1981, p.189) aponta os seguintes estudos que tem por tema a modernização e o

desenvolvimento: Bendix; Moore; Moore e Feldman; Rostow; Smelser; Cancian; Dahrendorf; Lockwood;

Parsons.

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contexto, o autor afirma estar na origem dos indicadores sociais a teoria sociológica da

“modernização” (a meta a ser alcançada é a sociedade moderna), que é uma cópia do

“funcionalismo” americano. Para Megale (1976, p.669), “(...) numa visão funcionalista, os

indicadores sociais são elementos de promoção ou afirmação do sistema, sem atingir a

estrutura do mesmo”.

As transformações sociais ocorridas no Pós-Guerra acarretaram, como já foi visto,

grandes mudanças nas sociedades dos países capitalistas avançados. Os trabalhadores

ampliaram o leque de sua participação nos frutos da expansão econômica, facilitando para

os ideólogos da sociedade capitalista a explicação das contradições nela existentes. A

resultante é uma análise funcionalista que realiza uma apologia do sistema, dado que o

método funcionalista valoriza os processos sociais recorrentes que contribuem para o

equilíbrio e a integração social.

O IBGE, através de sua equipe de indicadores sociais (Indic. Soc., 1979), identifica

a ótica funcionalista dos trabalhos em indicadores sociais quando diz que, na sua origem,

estes estabeleciam uma relação entre conhecimento e controle social e tinham como

orientação, num primeiro momento, investigar os aspectos “disfuncionais” ou

“patológicos” do sistema. O suporte básico desses primeiros trabalhos adota o sistema de

valores das chamadas teorias do bem-estar social7, onde a sociedade é o resultado do

consenso entre os homens e se reconhece o Estado como o árbitro do bem-comum.

Segundo o IBGE (Indic. Soc., 1979), deve-se estar atento à noção de bem-estar social, que

muitas vezes, é associada à idéia de somatório do bem-estar dos diferentes indivíduos,

descartando, dessa forma, o fato de que a sociedade é composta por interesses antagônicos.8

c) O CONTEXTO HISTÓRICO:

A expressão “Indicadores Sociais” surgiu nos EUA, em 1966, tendo sido veiculada

em uma obra coletiva por Raymond Bauer, chamada “Social Indicators”. A finalidade desse

estudo era avaliar os impactos da corrida espacial na sociedade americana. A observação da

mudança na sociedade em termos sócio-econômicos, dada a precariedade dos dados

7 Uma exposição sobre as teorias do bem-estar social é feita por Faleiros (1985) no Capítulo 1. 8 Para Godelier (s.d., p.54) “é preciso demonstrar que o interesse do capitalista coincide com o do trabalhador

e o de toda a sociedade”.

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existentes, só pôde ser contornada pelos pesquisadores através da construção de indicadores

de caráter social. Isso passou a permitir uma análise mais aprofundada do conjunto das

condições sociais, políticas, econômicas e teóricas (ALTMANN, 1981).

Nesse mesmo ano, o pesquisador Daniel Bell, em relatório da National Comission

on Technology and the American Economy, Capítulo IX, fez proposições relativas à

elaboração de uma “contabilidade social” . Isto é, sem falar diretamente em indicadores

sociais, a eles faz menção ao propor um sistema de “cômputos sociais”. Essa foi a primeira

proposta ligada aos indicadores sociais a ser referendada por um órgão de governo

(ALTMANN, 1981).

O Presidente Lindon Johnson, em 1966, destinou ao Ministério da Saúde, Ensino e

Ação Social a missão de “(...) construir novas estatísticas sociais que permitissem

acompanhar o modo como a coletividade realiza os objetivos a que se propõe” (Indic. Soc.

RS, 1975, p.149).

No Governo Nixon, em 1969, foi criado o National Goals and Research Staff

(Serviço Nacional de Metas e Pesquisa), com o propósito de elaborar, a cada ano, um

relatório sobre o estado social da nação. A partir de dados estatísticos, haveria uma

qualificação dos indicadores sociais e essas informações espelhariam a “qualidade de vida”

norte-americana. Pela primeira vez, aparece a vinculação da qualidade de vida com

indicadores sociais (ALTMANN, 1981; Ind. Soc. RS, 1975).

Na linha dos indicadores sociais, duas obras produzidas sobressaem e podem ser

apontadas como marcos de referência na sua trajetória: THE ANNALS, coletânea de 21

artigos publicados em 1967, com organização de Bertrand Gross, que provocou debates no

meio acadêmico e no Congresso Americano. Esses estudos serviram de subsídios para a

elaboração, em 1969, de outra obra expressiva, o Toward a Social Report, que vinculou os

indicadores com a temática do planejamento governamental (ALTMANN, 1981; Indic.

Soc.,1979).

A ligação existente entre a esfera do planejamento governamental e a construção

dos indicadores sociais acarretou uma demanda crescente para estes, ultrapassando as

fronteiras americanas.

Observações críticas relativas à expressão “bem-estar-social” igualmente são válidas

para ilustrar a inserção entre indicadores sociais com a área de planejamento, pois:

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11

“(...) o planejamento é, em todas suas fases, essencialmente

um ato político cuja racionalidade só pode ser analisada à luz dos interesses,

objetivos e aspirações dos diferentes grupos ou camadas da população que

não tendem necessariamente a uma situação de equilíbrio consensual”

(RATTNER,1977, p.23).

O planejamento não é neutro e, como afirma Costa (1975,p.173)” (...) a atividade do

cientista social e do planejador está referida sempre a um sistema de valores (...)”, e são

estes valores que determinarão o quê e para quem planejar.

Desde o fim da década de 60, várias instituições mundiais e regionais têm

participado do esforço de estudar os indicadores sociais. Pode-se citar, entre estes, a

Organização das Nações Unidas (ONU)9 e seus organismos especializados, bem como o

ex-Conselho para Assistência Econômica Mútua (COMECON), a Comunidade Econômica

Européia (CEE), a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o

Instituto Interamericano de Estatística (ONU, 1978)10

.

Ao longo da década de 70, surgiram em vários países compêndios de estatísticas

sociais e de indicadores sociais: em 1970, Social Trends na Inglaterra; em 1973, Donnés

Sociales na França, Social Indicators of EUA e Gesellschaftsliche Daten na Alemanha; e,

em 1974, Social Indicators of Japan e White Paper on National Life no Japão, entre

outros11

.

A investigação no campo dos indicadores sociais, realizada por organismos

governamentais e não governamentais, tem buscado aprofundar a vinculação dos mesmos

com os princípios que nortearam o seu surgimento. Ou seja, servir de instrumento para o

planejamento governamental, bem como superar as análises estritamente econômicas.

9 Os antecedentes históricos dos trabalhos da ONU sobre um marco de integração das estatísticas sociais,

demográficas e afins com os indicadores sociais pode ser encontrado em ONU (1979, p.100-1). Os estudos sobre a integração das estatísticas sociais e sobre os indicadores sociais aparecem nas seguintes publicações:

ONU, 1975; ONU, 1978; ONU, 1979; e ONU, 1979 a.. 10 Os temas incluídos nos estudos internacionais (ONU; COMECON; CEE; e OCDE) sobre indicadores

sociais encontram-se tabulados no Anexo 1 da publicação ONU (1978, p.51-58). 11 O estudo da ONU (1979, p. 166-169) apresenta uma listagem das publicações por países, títulos da

publicação, órgão que realiza a publicação, ano da primeira edição e sua periodicidade.

A profusão de trabalhos na área de indicadores sociais e sua respectiva aceitação pode ser exemplificada com

o levantamento bibliográfico realizado por Wilcox Apud Calsing (1981) em 1972, onde o autor aponta mais

de 1.000 livros e artigos publicados sobre o tema.

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12

Agora, as condições sociais fazem parte do rol de preocupações não só dos especialistas,

como também dos governos.

A “qualidade de vida” ou o “bem-estar” assumem um papel importante, juntamente

com o enfoque econômico, para responder como anda o “estado social da Nação”.

Entidades e pesquisadores internacionais, conforme a análise de 10 exemplos

estudados por Zapf (1975), desenvolvem sistemas de indicadores sociais para tornar

operacional e mensurável o bem-estar. Dentre essas pesquisas, encontra-se a proposta da

ONU (1975) para a construção de um sistema de estatísticas sociais e demográficas.

Inseridos na linha temática de análise do bem-estar, serão comentados como

exemplos inovadores três tipos de indicadores sociais.

O primeiro é a taxa de mortalidade de menores de cinco anos (TMM5),

representando o número de crianças que morrem antes dos cinco anos por 1.000 nascidas

vivas. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) elegeu o TMM5 como o

melhor indicador social do desenvolvimento de um país (Situação Mundial... 1989, s.d.),.

sendo utilizado para avaliar níveis e alterações relacionadas ao bem-estar da criança. Da

mesma forma, usa-se para definir a ordem em que os países estão classificados nas tabelas

estatísticas divulgadas com o relatório Situação Mundial da Infância.

Outros dois novos indicadores sociais, criados pela ONU, são: Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH) (GALL, 1990) e o Índice da Liberdade Humana (ILH)

(ONU, 1991). Ambos foram preparados pelo Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento (PNUD), a fim de serem publicados anualmente.

A construção do IDH (1990) incorporou os indicadores de esperança de vida ao

nascer, grau de alfabetização dos adultos e poder real de compra da renda per capita de

cada país. Segundo Gall (1990, p.5):

“(...) nele se qualifica a condição humana e se classifica os países em função

de seu êxito em remediar as necessidades humanas. (...) o resultado é um

panorama novo e objetivo de como as vidas dos seres humanos se vêem

enriquecidas ou empobrecidas em todo o mundo, tanto nos países ricos como

nos países pobres.”

Ul Haq, pesquisador responsável pela elaboração do informe, disse que o estudo

suscitaria numerosas controvérsias, como aquelas levantadas na década de 40 em relação à

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13

idéia do Produto Nacional Bruto (PNB). Entretanto, ao incorporar opções humanas distintas

da renda, representou um avanço na direção correta (HART, 1990, p.13).

O IDH (ONU, 1991) classificou os países de acordo com o grau de liberdade de

seus povos, utilizando como critério a Declaração Universal dos Direitos Humanos e outras

convenções internacionais. Segundo Draper: “Embora a liberdade seja difícil de quantificar

ou medir, nenhuma avaliação de desenvolvimento humano pode ser feita sem incluí-la”

(ZH, 23.5.91, p.19)

d) OS INDICADORES SOCIAIS NO BRASIL:

Os indicadores sociais, como já foi visto, tiveram uma boa aceitação desde seu

surgimento e estão inseridos no planejamento governamental da maioria dos países.

No caso brasileiro, é relativamente recente o uso de indicadores sociais como

instrumento de planejamento, pois a intenção de criar um sistema só ocorreu a partir de

1975.

O aspecto social recebeu ênfase, a nível governamental, após 1964, mas sem

encontrar correspondência nos atos efetivos da política social vigente. Existia, no período,

uma identificação do controle social com o planejamento social e, para Altmann (1981), o

planejamento foi utilizado ideologicamente em decorrência do desaparecimento da

participação social de base.

No início dos anos 70, o crescimento econômico brasileiro foi bastante significativo,

mas não acarretou uma melhoria da distribuição da renda e nem a diminuição da pobreza

absoluta. Oliveira (1985) diz que, no Brasil ocorreu uma regulação Keynesiana sem direitos

sociais, forma distinta daquela verificada nos países avançados. O autor identifica o caso

brasileiro como um “Estado de Mal-Estar”, onde existe crescimento econômico sem uma

contrapartida a nível de participação democrática e de benefícios sociais12

.

12 “Nos países pobres periféricos não existe o Welfare State nem um pleno Keynesianismo em política.

Devido à profunda desigualdade de classes, as políticas sociais não são de acesso universal (...)” (FALEIROS,

1986, P.28). A partir da Constituição de 1988, foram criadas condições para a ampliação e a extensão dos

direitos sociais, bem como a universalização do acesso e a expansão da cobertura(WINKLER, MOURA

NETO, 1992, P.114).

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14

O governo brasileiro, no período entre 1975 e 1979, através do II Plano Nacional de

Desenvolvimento (PND), reconheceu o agravamento da problemática social e propôs uma

política de redução das desigualdades sócio-econômicas (SUDENE, 1980).

Em 1974, foi criado o Conselho de Desenvolvimento Social (CDS) para conduzir a

política social e, em 1975, e em cumprimento às diretrizes do II PND, o CDS propôs-se a:

“(...) construção de um sistema de indicadores sociais e de produção

periódica da informação necessária à sua alimentação, (tentando) consolidar

e articular diversas metodologias, entre as quais aquela recomendada pela

ONU, na série de documentos sob o título geral de A System of

Demographic and Social Statistics and its Link With the System of National

Economic Accounts (...)” (Conselho Desenv. Social, 1975, p.98)13

.

O objetivo dos indicadores sociais era o de fornecer elementos para a elaboração e o

acompanhamento do planejamento social14

, devendo ter prioridade os indicadores

destinados a medir as variações nos níveis de bem-estar material, em especial dos grupos

que estavam em situação de “pobreza absoluta” (Conselho Desenv. Social, 1975). Com

esse documento, pela primeira vez o termo indicadores sociais apareceu de forma oficial no

Brasil.

O IBGE ficou encarregado da organização e do funcionamento do Sistema de

Indicadores Sociais. Em data anterior (1973), essa instituição já havia criado internamente o

Grupo Projeto de Indicadores Sociais15

.

A nível regional, em 1973, apareceu de forma pioneira no Rio Grande do Sul a

revista Indicadores Sociais - RS16

, elaborada num primeiro momento pela Superintendência

13 Esse documento é de abril de 1972 e faz parte de uma série de estudos elaborados pelo Escritório de

Estatísticas das Nações Unidas, que culminou com o trabalho intitulado Hacia un Sistema de Estadísticas Sociales y Demográficas de 1975 (ONU, 1979 a). 14 O acompanhamento institucional das políticas públicas é realizado pelo Instituto de Planejamento

Econômico e Social (IPEA)/Instituto de Planejamento (IPLAN). A Universidade de Campinas(UNICAMP),

através do seu núcleo de Estudos de Políticas Públicas, publicou, em 1986, seu primeiro volume de um

trabalho anual sobre a situação social do País (UNICAMP, 1986). 15 O IBGE, através dos censos, propicia “(...) importantes subsídios aos órgãos de análise e planejamento

econômico (Contas Nacionais) e dos Indicadores Sociais”(SILVA, 1989, p.40) e mantém pesquisas contínuas

em indicadores sociais no seu Departamento de Estatísticas e Indicadores Sociais (DEISO). 16 A partir de 1977, após cinco números consecutivos de publicação, essa revista deixou de ser elaborada.

Entretanto a FEE continuou a produzir análises que fazem uso dos indicadores sociais, e, em 1991, foi

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15

de Planejamento Global (SUPLAG) e, posteriormente, pela Fundação de Economia e

Estatística (FEE), ambos os órgãos vinculados à Secretaria de Coordenação e Planejamento

do estado.

A SUDENE, através da Divisão de Estudos e Diagnósticos de sua Coordenação de

Planejamento Regional (CPR), incentivou a construção de indicadores sociais para a

Região Nordeste, iniciando os estudos em 1974, com trabalhos sobre qualidade de vida. A

CPR preparou uma série de trabalhos para dar suporte à estrutura do Sistema Regional de

Indicadores Sociais (SIRIS), sendo o primeiro deles Proposições Preliminares de Qualidade

de Vida e Indicadores Sociais para o Nordeste (SUDENE, 1975). O documento SIRIS,

elaborado em 1980, apresenta o modelo analítico operacional do sistema do mesmo nome,

e seu anexo contém um painel de indicadores sociais com suas especificações

metodológicas (SUDENE,1980).

Vários estados da federação (Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco,

Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe)17

estruturaram trabalhos com base na temática dos

indicadores sociais, sendo usualmente vinculados às suas respectivas secretarias de

planejamento. Instituições a nível ministerial também publicam dados e/ou estudos nessa

mesma linha de interesse, tais como os Ministérios da Saúde, da Educação, do Trabalho, da

Previdência Social , das Minas e Energia, da Economia, etc. Além dos projetos

desenvolvidos pelos órgãos de investigação governamental, pesquisadores independentes

realizam estudos e/ou utilizam-se dos indicadores sociais em suas análises. Para

exemplificar, têm-se Bacha e Klein (1986), Jaguaribe et al (1986), Rodrigues et al (1987) e

Santos (1990).

No Brasil, o debate sobre a medição do bem-estar-social da população pode ser

acompanhado nos estudos de Calsing et al (1984) e Cervini e Burguer (1985)18

.

Os autores afirmam existir um interesse internacional na inclusão dos indicadores

sociais na análise do bem-estar-social da população e também no nível de desenvolvimento

de países ou áreas geográficas. Entretanto, alertam para uma tendência muito acentuada

proposto um projeto de pesquisa denominado Indicadores Sociais Selecionados para o Rio Grande do Sul

(LIMA, 1992), em fase de reelaboração. 17 Para examinar as experiências a nível estadual, consultar SUDENE (1980, p.18-9). 18 Para uma seleção preliminar dos trabalhos e seminários sobre os indicadores sociais e qualidade de vida no

Brasil, ver Calsing et al. (1984,p.58-59).

Page 16: Fee Relatorio Isma 1991 1996

16

quanto ao uso de indicadores sociais “ objetivos” em detrimento de outros tipos de

medições consideradas “subjetivas” (CERVINI, BURGUER, 1985).

Os pesquisadores utilizam técnicas de análise dos componentes principais “(...) para

obter uma medida única do bem-estar-social da população a partir de um conjunto de

indicadores considerados relevantes para tal fim”(CERVINI,BURGUER, 1985, p.85), bem

como “(...) estabelecer um ordenamento das diversas áreas do Nordeste em termos de

satisfação das necessidades, bem como inferir uma idéia dos graus de desigualdade infra-

regional subsistente” (CERVINI, BURGUER, 1985, p.85)19

.

No Brasil, esta técnica foi aplicada por Faissol e por Buarque e Correa para ordenar

e/ou tipificar cidades e, para municípios, por Castro e Medeiros (CERVINI, BURGUER,

1985, p.85). No Rio Grande do Sul, a Secretaria de Coordenação e Planejamento (RS, SCP,

1981) também se utilizou dessa técnica para ordenar as cidades segundo níveis crescentes

de pobreza urbana. Rocha (1990) já lançou mão do método dos componentes principais

para obter uma medida sintética ordinal da qualidade de vida dos pobres nas nove regiões

metropolitanas brasileiras.

Sliwiany (1987) elaborou uma proposta de Medição do Nível de Satisfação das

Necessidades Materiais e Culturais da População em Curitiba, o qual foi desenvolvido

através de um convênio entre o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e

Social (IPARDES) e o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC).

O método utilizado pela autora foi o chamado Método Distancial ou Genebrino, que serve

para a “(...) análise dos efeitos sociais do nível de vida” (SLIWIANY, 1987, p.18).

Os estudos de Cervini e Burger (1985), Sliwiany (1987) e Rocha (1990), entre

outros, propõem um melhoramento da mensuração do bem-estar ou da qualidade de vida,

através do aprofundamento qualitativo das abordagens realizadas.

A partir da divulgação do Índice Nacional de Desenvolvimento Humano pela ONU,

pesquisadores brasileiros elaboraram estudos igualmente usando como referencial a

metodologia do IDH.

Durante a realização do III Fórum Nacional, no debates sobre “A questão social no

Brasil em 1990”, dois economistas do IPEA, Roberto Cavalcanti de Albuquerque e Renato

Villela, apresentaram o trabalho “A Situação Social no Brasil: Um Balanço de Duas

19 Os autores que usaram essa técnica são: Coughlin; Smith; Cullingford e Openshaw.

Page 17: Fee Relatorio Isma 1991 1996

17

Décadas” (ALBUQUERQUE, VILLELA, 1991). Os autores construíram dois indicadores:

o Índice de Desenvolvimento Relativo (IDR) e o Índice do Nível de Vida (INV). O

primeiro segue o IDH com modificações, enquanto o segundo combina elementos

metodológicos empregados na construção do IDH e na adotada por Drewnowski no cálculo

do seu Índice do Nível de Vida (ALBUQUERQUE, VILLELA, 1991, p.73). Ambos foram

os instrumentos para os pesquisadores efetuarem um balanço da situação social brasileira

no âmbito do País, das macrorregiões, dos estados20

e das regiões metropolitanas.

Outros estudos que seguem a metodologia da ONU são o de Rodrigues (1991,

1991a) e o da Fundação de Desenvolvimento Administrativo (FUNDAP), órgão do

Governo do Estado de São Paulo. Rodrigues constrói um Índice de Desenvolvimento Social

(IDS) para definir o grau de justiça social, enquanto o IDH mede, em cada país, o grau de

realização individual. A FUNDAP utiliza a metodologia da ONU, com indicadores sociais

diferentes, para avaliar a qualidade de vida na Região Metropolitana de São Paulo

(DIMENSTEIN, 1991, p.1-2).

A partir de 1990, vários estudos comparativos entre os estados da federação e o RS

(RODRIGUES, 1991,1993, 1994), usando indicadores sociais, evidenciaram uma boa

performance gaúcha. Mais recentemente, o relatório sobre o Desenvolvimento Humano no

Brasil (PNUD/IPEA, 1996) confirmou o RS, como o melhor IDH do Brasil.

Nessa mesma linha, segue-se o trabalho de (SILVEIRA, SAMPAIO, 1996) “Índice

de Desenvolvimento Social - Uma estimativa para os municípios do RS” (1996). Com base

na metodologia do IDH, os autores estruturaram um quadro comparado da situação social e

econômica dos municípios gaúchos para 1991. Foi montado um ranking segundo a

qualidade de vida, refletida através do IDS. O mesmo consiste numa média aritmética de

índices sintéticos referentes à posição de cada município nas áreas de saúde, educação e

renda.

A taxa de analfabetismo da população adulta e o grau de escolarização no 1o grau

foram os indicadores da educação, uma estimativa da taxa de mortalidade infantil foi o

indicador da saúde, e, para o índice parcial da renda, foram utilizados o PIB per capita e o

grau de indigência.

20 O Rio Grande do Sul, conforme a análise de Albuquerque e Villela (1991, p.46), é o primeiro colocado em

qualidade de vida, utilizando-se o IDH e o IDR por eles construídos.

Page 18: Fee Relatorio Isma 1991 1996

18

Os resultados desse trabalho foram usados, inclusive, como subsídios na

caracterização da “Metade Sul” do Estado (SILVEIRA et al., 1995), como região

efetivamente carente.

Para uma melhor aproximação à realidade material dos indivíduos, ainda

recentemente o IBGE voltou a enfatizar a importância da utilização de diversos

indicadores, tais como o de distribuição de renda, educação e da existência de serviços de

infra-estrutura básica (VENEU, 1996).

e) CONTEXTO RECENTE DO CONHECIMENTO E DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

NA ÁREA DOS INDICADORES SOCIAIS

Resumindo, pode-se fazer uma seleção que segue:

- Martins e Mammarella (março de 1997 e fev. de 1999) investigaram a

Espacialização da Exclusão Social Urbana no RS, com base em 61 municípios mais

urbanizados (Mais de 20 mil habitantes e um grau de urbanização superior a 50%);

- O Projeto RS-2010 (1998), trabalho conjunto da SCP e FEE, analisou entre outras

áreas, a Pobreza Urbana e a Pobreza Rural (Censo 91 e PNADs);

- Silveira e Meneghetti Neto elaboraram uma “Estratificação dos municípios gaúchos

segundo indicadores sintéticos da condições sociais e gastos em assistência social”

(1998), o ranking dos municípios seria uma das formas de distribuição dos recursos

de assistência social- as informações utilizadas foram: o IDS para 1991 (Censo) e o

gasto em assistência social em 1996.

- PNUD/IPEA/IBGE e a FJP, lançam relatório sobre o desenvolvimento humano no

Brasil para 1998, neste consta uma avaliação dos municípios para 1970, 1980 e

1991, e das unidades da federação, nos anos de 1970, 1980, 1991, 1995 e 1996

(Com base no Censos de 1970, 1980, 1991 e PNADs);

- o Estudo da SEI (Bahia) sobre o “Índice de Desenvolvimento Social dos municípios

baianos segundo seus componentes – 1996 (base Censo de 1991)".

- A METROPLAN (jan. 1997) elaborou o Índice de Desenvolvimento Social para os

municípios de RMPA (Dados de 1991);

Page 19: Fee Relatorio Isma 1991 1996

19

- o Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro (CIDE), em set. de 1997,

elaborou o Índice de Qualidade dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro (Censo

de 1991).

- O Sistema de Informações Sociais Municipais para o Rio Grande do Sul

(SISM/RS), fase II, em proposição junto à Fapergs, procura melhorar o Índice

Social Municipal Ampliado para o Rio Grande do Sul - 1991-1996 (ISMA/RS)21,

fase I, concluído em novembro de 1999, através da elaboração, coleta e avaliação de

informações conjuntamente com os órgãos que farão parte do Sistema, tendo como

um dos seus objetivos melhorar a qualidade das informações e subsidiar as políticas

públicas.

- Os indicadores que foram escolhidos representam um dos instrumentos para

construção de uma política para reversão do quadro diagnosticado.

Segundo Frigotto (1996, p.86 e 94) “a qualidade de vida é uma dimensão ligada às

necessidades humanas fundamentais”, tanto no “mundo da necessidade imperativa” como

no “mundo da liberdade”; ou seja para o autor a qualidade de vida significa: “direito à

sobrevivência animal, direito à reprodução e a manutenção da saúde, direito à educar-se,

direito a ter emprego, como algo inequivocamente necessário, direito ao lazer, direito à

fruição do que a humanidade pode nos dar”.

2.2 MODELOS DE ANÁLISE PARA O CÁLCULO DO ÍNDICE SOCIAL

MUNICIPAL AMPLIADO PARA O RIO GRANDE DO SUL.

As variáveis selecionadas, para os anos de 1991 a 1996, com referência aos

municípios do RS , originam Índices de Condição do Domicílio e Saneamento, Educação,

Renda e de Saúde.

A transformação das diversas variáveis em índices, cujos valores variam entre zero

e um, foi feita de tal forma que aqueles mais elevados evidenciam melhores condições de

vida. Significaria obter, a partir de um indicador, um índice adimensional que possibilite

revelar as piores ou as melhores características com relação ao mesmo. Assim, quanto mais

21 Projeto desenvolvido com o Apoio Financeiro da FAPERGS

Page 20: Fee Relatorio Isma 1991 1996

20

o valor se aproximar da melhor variável, mais o índice tenderá para a cifra um. E,

complementando, quanto mais o índice se aproximar de zero, mais estará se aproximando

do pior valor.

A fórmula de cálculo para operar a transformação das Variáveis em Índice é:

Xnij - XP

Inij = --------------- onde (1)

XM - XP

Inij é o índice da variável n para o município i no ano j;

Xnij é a variável n para o município i no ano j;

XP é o pior valor da variável n;

XM é o melhor valor da variável n;

n = (1,...,15)

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

para j = 1993 a 1996, i = 1...427

Cada variável que compõe cada um dos índices de cada bloco participou com pesos

definidos pela equipe técnica de acôrdo com a importância relativa de cada variável.

Para uma análise complementar utilizou-se o pacote estatístico SPSS para fazer uma

análise multivariada dos dados, tentando obter os pesos de cada variável dentro do

respectivo bloco. O resultado comprovou que na maioria das vezes o peso arbitrado foi

próximo ao obtido pela análise multivariada. Em função da comparação dos resultados,

optamos pelo peso definido pela equipe técnica em função da importância qualitativa da

composição das variáveis em cada bloco.

Após o cálculo do índice para cada bloco, foi feita uma regressão linear, objetivando

suavizar as flutuações aleatórias na série temporal destes índices, por municípios

Page 21: Fee Relatorio Isma 1991 1996

21

O Índice Geral é resultante da média aritmética entre os quatro blocos, utilizando-se

os dados obtidos através da regressão linear.

Os municípios são classificados (ranking) de acordo com o Índice Geral, onde o

maior valor corresponde àquele com o melhor Índice Social Municipal Ampliado, enquanto

o menor valor, ao pior.

2.2.1 ÍNDICE SOCIAL MUNICIPAL AMPLIADO ANUAL

O Índice Social Municipal Ampliado Anual consiste no resultado da média

ponderada dos Índices de: Condição de Domicílio e de Saneamento, Educação, Saúde e

Renda, do Município i no Ano j.

É representado por:

ISMAAij = p1ICDSij + p2IEij + p3ISij + p4IYij (2)

onde

ISMAAij é o Índice Social Municipal Ampliado de Base Anual do Município i no Ano j;

ICDSij - é o índice de Condições de Domicílio e de Saneamento do Município i no Ano j;

IEij - é o índice de Educação do Município i no Ano j;

IS ij - é o índice de Saúde do Município i no Ano j;

IY ij - é o índice de Renda do Município i no Ano j;

pn - é a ponderação do Índice (n =1, 2, 3, 4) e

pn = 1

p1 = p2 = p3 = p4 = 0,25 (média aritmética entre os quatro blocos).

Page 22: Fee Relatorio Isma 1991 1996

22

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

para j = 1993 a 1996, i = 1...427

A seguir, apresentam-se a descrição dos indicadores e dos índices resultantes:

2.2.1.1 INDICE DE CONDIÇÃO DE DOMICÍLIO E DE SANEAMENTO

O Índice de Condição de Domicílio e de Saneamento deriva da média ponderada

das variáveis Média dos Moradores por Domicílio Urbanos (MM), Proporção de

Domicílios Ligados à Rede Pública Urbana de Abastecimento de Água (PA) e Proporção

de Domicílios Urbanos Ligados à Rede Pública de Coleta de Esgoto Cloacal (PE).

É representado pela equação:

ICDSij = p1IMMij + p2IPAij +p3IPEij (3)

onde

ICDSij - é o Índice das Condições dos Domicílios e de Saneamento no Município i no Ano

j.

IMMij - é o Índice da Média de Moradores por Domicílio no Município i no Ano j.

- o melhor município é o que apresenta a menor média e

- o piór município corresponde a maior média

IPAij - é o índice da Proporção de Domicílios Urbanos Ligados à Rede Pública de

Abastecimento de Água no Município i no Ano j.

o melhor município apresenta a maior proporção de atendimento, e

o pior município mostra a menor proporção de atendimento.

IPEij - é o Índice da Proporção de Domicílios Urbanos Ligados à Rede Pública de Coleta

de Esgoto Cloacal no Município i no Ano j.

o melhor município conta com o maior percentual de atendimento e

Page 23: Fee Relatorio Isma 1991 1996

23

o piór município cabe o menor percentual de atendimento.

pn - é a ponderação do Índice (n =1, 2, 3) e

pn = 1

sendo:

p1 = 0,40 p2 = 0,35 p3 = 0,25

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

para j = 1993 a 1996, i = 1...427

VARIÁVEIS DO ÍNDICE DE CONDIÇÕES DE DOMICÍLIO E SANEAMENTO:

a) MÉDIA DE MORADORES POR DOMICÍLIO

Média de Moradores por Domicílios (MMij)

Consideram-se os domicílios particulares permanentes, segundo a definição do

IBGE. Vale dizer, a moradia estruturalmente independente, constituída por um ou mais

cômodos, com entrada privativa.

A Média de Moradores por Domicílio é obtida, dividindo-se o número de moradores

- população (NM) pelo número de domicílios permanentes (ND), do Município i no Ano j.

Para o cálculo do índice considera-se: a menor média de moradores com o melhor

valor.

Definição das Variáveis:

Média de Moradores por Domicílio (MMij);

Page 24: Fee Relatorio Isma 1991 1996

24

Número de Moradores – População (NMij);

Número Total de Domicílios (NDij);

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

para j = 1993 a 1996, i = 1...427

logo, a equação geral, para o Município i no Ano j, é a seguinte:

MMij = NMij / NDij (4)

Fonte: CENSO DEMOGRÁFICO DO IBGE – 1991, CONTAGEM DO IBGE 1996 e

estimativas da FEE para o período 1992 a 1995 (interpolação).

b) PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS URBANOS ABASTECIDOS COM ÁGUA

TRATADA (PAIJ).

A chamada Proporção de Domicílios, nas zonas urbanizadas do município i no ano

j, com abastecimento de água tratada, reflete a prestação de um serviço público,

abrangendo desde a captação de água bruta, o tratamento e a distribuição à população, por

rede de canalização. Deve ser efetuado um controle de qualidade, visando atender aos

padrões de água potável do Ministério da Saúde. A referida variável é obtida, dividindo-se

o Número de Economias Abastecidas com Água Tratada (NEA) pelo Número Total de

Domicílios Urbanos (NDU).

No RS, a maioria dos municípios é atendida através da prestação de serviços pela

CORSAN – Companhia Riograndense de Saneamento. Os demais são atendidos pelos

próprios municípios, em boa parte não dispondo de sistemas adequados. Podem-se destacar

Seis Autarquias Municipais, com sistemas independentes de administração e gerenciamento

de Água e Esgoto: Bagé, Caxias do Sul, Pelotas, Porto Alegre, Santana do Livramento e

São Leopoldo.

Page 25: Fee Relatorio Isma 1991 1996

25

Outra fonte de informações para esta variável é a Secretaria Estadual de Saúde /

Divisão de Vigilância Sanitária – Setor de Controle da Qualidade da Água. A mesma

fiscaliza os municípios quanto à qualidade da água potável fornecida à população, com

ênfase àqueles não atendidos pela Corsan ou que não têm sistemas independentes de água e

esgoto.

Definição das Variáveis

- Número de Economias Urbanas abastecidas com água tratada (NEA ij)

- Número de Domicílios Urbanos Totais (NDU ij)

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

para j = 1993 a 1996, i = 1...427

logo, a equação geral, para o Município i no Ano j, é a seguinte:

NEA ij

PA(u) ij = ------------- (5)

NDU ij

Fonte: CORSAN, SES - Secretaria Estadual da Saúde e Sistemas Autárquicos

Independentes Municipais (seis municípios).

Observações:

1- CORSAN: nos municípios abastecidos por uma só estação

(conveniados), foram feitas as médias de atendimento;

2- SES: informações relativas a 15 municípios. Para o ano de 1996 os dados

foram considerados iguais aos de 1997. Para os demais anos, fez-se uma regressão

Page 26: Fee Relatorio Isma 1991 1996

26

considerando-se a taxa de crescimento média de atendimento dos municípios do

Estado;

3- Bagé: Sistema Autárquico Independente. A partir do valor do Censo do

IBGE de 1991 e não dispondo de dados, para os anos de 1992 a 1996, fez a projeção

com base na taxa de crescimento médio do Estado;

4- No número total de domicílios nas áreas urbanizadas, foram incluídos os

domicílios de uso ocasional, corrigidos pela Sinopse do Censo do IBGE de 1991.

Tendo em vista que as informações de economias urbanas ligadas com água tratada

contemplam os domicílios de uso ocasional, evitando-se assim distorções

principalmente em municípios com balneários e sítios de lazer.

c) PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS URBANOS COM COLETA DE ESGOTO

CLOACAL (PE ij )

Trata-se da proporção de Domicílios, nas zonas urbanizadas, do município i no ano

j com Uso da Instalação Sanitária Só do Domicílio e com Escoadouro Ligado à Rede Geral

Pública de Coleta de Esgoto Cloacal. No RS, a maioria dos municípios é atendida pela

prestação de serviços da CORSAN – Companhia Riograndense de Saneamento. Os demais

vêm sendo atendidos por sistemas independentes gerenciados pelos próprios municípios,

com a grande maioria dos mesmos não dispondo de rede geral de coleta de esgoto cloacal.

E, complementando, apenas alguns implantaram sistemas parciais de tratamento. A quase

totalidade ainda lança em bruto os resíduos, no meio ambiente, principalmente em cursos

de águas superficiais, vindo a poluí-los.

Definição das Variáveis

- Número de Economias Urbanas ligadas à rede de Esgoto (NEE ij)

- Número de Domicílios Urbanos Totais (NDU ij)

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

Page 27: Fee Relatorio Isma 1991 1996

27

para j = 1993 a 1996, i = 1...427

logo, a equação geral, para o Município i no Ano j, é a seguinte:

NEE ij

PE(u) ij = ------------- (6)

NDU ij

Fonte: CORSAN e Sistemas Autônomos Municipais (seis municípios).

Observações:

1- Bagé: sistema autônomo independente. Foi considerada a informação do

município referente a 1991 - única existente - e mantida constante nos demais anos.

2- No número total de domicílios nas áreas urbanizadas, foram incluídos os

domicílios de uso ocasional, corrigidos pela Sinopse do Censo do IBGE de 1991.

Tendo em vista que as informações de economias urbanas ligadas à rede de coleta

de esgoto cloacal contemplam os domicílios de uso ocasional, evitando-se assim

distorções principalmente em municípios com balneários e sítios de lazer.

3- Poderá haver distorções nos dados relativos ao atendimento de coleta de

esgoto cloacal, em alguns municípios, posto que as informações poderão referir-se a

coleta em rede mista, isto é, cloacal e pluvial juntas.

2.2.1.2 ÍNDICE DE EDUCAÇÃO

O Índice de Educação advém da média ponderada das variáveis: Taxa de Evasão no

Ensino Fundamental (Primeiro Grau); Taxa de Reprovação no Ensino Fundamental

(Primeiro Grau); Taxa de Atendimento do Ensino Médio (Segundo Grau) e a Taxa de

Analfabetismo de 15 anos e Mais de Idade, no Município i no Ano j.

É representados pela equação:

Page 28: Fee Relatorio Isma 1991 1996

28

IE ij = p1ITxE ij + p2ITxR ij + p3ITx2º ij + p4ITANALF15 e + (ij) (7)

onde

IE ij - é o Índice de Educação no Município i no Ano j.

ITxE ij - é o Índice da Taxa de Evasão no Município i no Ano j.

ITxR ij - é o Índice da Taxa de Reprovação no Município i no Ano j.

ITx2º ij - é o Índice da Taxa de Atendimento no Ensino Médio (Segundo Grau) no

Município i no Ano j.

ITANALF15 e + (ij) - é o Índice da taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos e mais do

Município i no Ano j.

pn - é a ponderação do Índice (n =1..5) e

pn = 1

sendo:

p1 = 0,25; p2 = 0,20; p3 = 0,20; p4 = 0,35

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

para j = 1993 a 1996, i = 1...427

Variáveis de Educação

Page 29: Fee Relatorio Isma 1991 1996

29

a) TAXA DE EVASÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL (PRIMEIRO GRAU)

Consiste na razão entre o número de alunos evadidos em todas as séries do Ensino

Fundamental e a matrícula total neste nível.

Equação:

TxE ij = (AE ij x 100) / MT ij (8)

TxE ij - é a Taxa de Evasão no Município i no Ano j, considerando-se:

- o melhor município é o que apresenta a menor taxa, e

- o pior município é o que apresenta a maior taxa.

AE ij - é o Número de Alunos evadidos, no Município i no Ano j.

MT ij - é a Matrícula Total, no Município i no Ano j.

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

para j = 1993 a 1996, i = 1...427

Fonte: 1991-1995: ANUÁRIO estatístico do RS: edição especial (1998) Porto Alegre:FEE.

CD-Rom.

1996: FEE/NPE, taxa calculada pela FEE/NIS

Observação:

As taxas de evasão na maioria dos municípios, em especial nas pequenas

comunidades, de um ano para outro, assumem valores com grande variabilidade. A

taxa, num determinado ano, é alta e, no ano seguinte, mostra-se baixa.

Page 30: Fee Relatorio Isma 1991 1996

30

Construíram-se médias das taxas de evasão de cada município para suavizar

este comportamento, procurando não descaracterizar a realidade. Nos anos de 1991

e 1992 (com 333 municípios) foi feita a média das taxas de evasão, com o resultado

sendo computado em 1991 e 1992. Por sua vez a média dos anos de 1993, 1994 e

1995 (com 427 municípios) foi utilizada para representar as informações relativas a

1993 e 1994. A mesma orientação foi usada no cálculo da média dos anos de 1994,

1995 e 1996 (com 427 municípios); com os valores encontrados valendo para 1995

e 1996.

b) TAXA DE REPROVAÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL (PRIMEIRO GRAU)

Trata-se da razão entre o número de alunos reprovados no Ensino Fundamental e a

matrícula final neste nível.

TxR ij = (AR ij x 100) / MF ij (9)

TxR ij é a Taxa de Reprovação no Município i no Ano j.

AR ij - é o Número de Alunos Reprovado no Município i no Ano j

MT ij - é a Matrícula Final, no Município a taxa i no Ano j

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

para j = 1993 a 1996, i = 1...427

Fonte: 1991-1995: ANUÁRIO estatístico do RS: edição especial (1998) Porto Alegre:FEE.

CD-Rom.

1996: FEE/NPE, taxa calculada pela FEE/NIS.

Page 31: Fee Relatorio Isma 1991 1996

31

Observação:

As taxas de reprovação na maioria dos municípios, em especial nas pequenas

comunidades, de um ano para outro assumem valores com grande variabilidade. A

taxa num determinado ano mostra-se alta e no, seguinte é baixa.

Nos anos de 1991 e 1992 (com 333 municípios) foi feita a média das taxas

de reprovação, com o resultado sendo computado para 1991 e 1992. Por seu turno a

média dos anos de 1993, 1994 e 1995 (com 427 municípios) foi utilizada para

representarem as informações para 1993 e 1994. A mesma orientação foi usada no

cálculo da média dos anos de 1994, 1995 e 1996 (com 427 municípios), com os

valores encontrados valendo para 1995 e 1996.

c) TAXA DE ATENDIMENTO NO ENSINO MÉDIO (SEGUNDO GRAU).

Trata-se da relação entre o total de alunos, de 15 a 19 anos, que afirmaram estar

freqüentando o Ensino Médio (Segundo Grau) excepto o ensino supletivo, com a população

nesta faixa etária.

Equação:

Tx2º ij = (E2º ij x 100) / POP15-19 anos ij (10)

Tx2º ij - é a Taxa de Atendimento no Ensino Médio (Segundo Grau) no Município i no Ano

j.

E2º ij - é o Total de Estudantes que Freqüentavam o Ensino Médio (Segundo Grau) no

Município i no Ano j..

POP15-19 anos ij - é a População de 15 a 19 anos no Município i no Ano j.

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

Page 32: Fee Relatorio Isma 1991 1996

32

para j = 1993 a 1996, i = 1...427

Fonte: 1991: IBGE. Censo Demográfico 1991 – Características Gerais da População e

Instrução, Rio de Janeiro, 1996. Tabela 2.10 ( p.142-145).

1996: IBGE. Contagem da População 1996 – Sistema de Informações Municipais,

Rio de Janeiro, 1997 (CD-ROM – V 1, Tabela 5).

Observação:

A taxa de atendimento no Ensino Médio para os municípios, que existiam

anteriormente, foi calculada com base nos valores dos anos de 1991 e 1996 sendo

feita uma interpolação para os anos de 1992 a 1995. A taxa de crescimento do

Estado foi utilizada para estimar os municípios novos (94 instalados a partir de

1993) partindo-se das informações de 1996, reconstituiu-se os anos de 1993, 1994 e

1995.

Considerou-se como freqüentando escola a pessoa que na data de

referência do Censo e da Contagem estava estudando em curso regular.

d) TAXA DE ANALFABETISMO DE 15 ANOS E MAIS DE IDADE

Mostra a relação entre o número de analfabetos e o total das pessoas do mesmo

grupo etário. Considerou-se analfabeta a pessoa de 15 anos e mais de idade que não é

capaz de ler ou escrever pelo menos um bilhete simples no idioma que conhecesse e a que

apenas assinasse o próprio nome (1991) e/ou sem instrução e com menos de um ano de

estudo (1996).

TANALF15 ou + (ij) = [ PANALF15 ou + (ij)/ POP15 ou ij) ] * 100 (11)

onde:

TANALF15 ou + (ij) - é a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais do município

i no ano j.

Page 33: Fee Relatorio Isma 1991 1996

33

PANALF15 ou + ((ij) - é a população de 15 anos ou mais que não é capaz de ler e escrever

pelo menos um bilhete simples e/ou sem instrução e com menos um ano de estudo do

município i no ano j

POP15 ou + (ij) - é a população de 15 anos ou mais, do município i no ano j.

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

para j = 1993 a 1996, i = 1...427

Fonte: 1991: IBGE. Crianças e Adolescentes – Indicadores Sociais – Banco de Dados

Tabular – Censo Demográfico de 1991.

1996: IBGE. Contagem da População 1996 – Sistema de Informações Municipais,

Rio de Janeiro, 1997 (CD-ROM – V. 2)

Observação:

A taxa de analfabetismo para os municípios, que existiam anteriormente, foi

calculada com base nos valores dos anos de 1991 e 1996 sendo feita uma

interpolação para os anos de 1992 a 1995. A taxa de crescimento do Estado foi

utilizada para estimar os municípios novos (94 instalados a partir de 1993) partindo-

se das informações de 1996, reconstituiu-se os anos de 1993, 1994 e 1995.

2.2.1.3. ÍNDICE DE SAÚDE

O Índice de Saúde resulta da média ponderada dos índices: Razão Unidade

Ambulatorial por 1.000 Habitantes; Razão Leitos Hospitalares por 1.000 Habitantes,

Logaritmo de base 10 da Razão Médicos por 10.000 habitantes; Percentual de Crianças

com Baixo Peso ao Nascer ; e a Taxa de Mortalidade Infantil de Menores de 5 Anos

(TMm5) no Município i no Ano j.

Page 34: Fee Relatorio Isma 1991 1996

34

É representado por

ISij = p1IRazUAij + p2 IRazLij + p3ILogRazMij + p4IPBpij + p3ITMM5ij (12)

onde

ISij - é o Índice de Saúde no Município i no Ano j.

IRazUA ij – Índice da Razão Unidade Ambulatorial por 1.000 Habitantes no Município i

no Ano j.

IRazLij – Índice da Razão de Leitos Hospitalares por 1.000 Habitantes no Município i no

Ano j.

LogRazM ij – Logaritmo de base 10 da Razão Médicos por 10.000 habitantes no Município

i no Ano j.

IPBpij - é o Percentual de Crianças com Baixo Peso ao Nascer no Município i no Ano j.

ITMM5ij – Índice da Taxa de Mortalidade de Menores de 5 Anos no Município i no Ano j.

pn - é a ponderação do Índice (n =1, 2, 3,.4, 5) e

pn = 1

sendo:

p1 = 0,20; p2 = 0,15; p3 = 0,15; p4 = 0,25 p5 = 0,25

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

Page 35: Fee Relatorio Isma 1991 1996

35

para j = 1993 a 1996, i = 1...427

Variáveis de Saúde

a) RAZÃO UNIDADE AMBULATORIAL POR 1.000 HABITANTES

Identifica o número de Unidades Ambulatoriais do Sistema Único da Saúde,

compostas por postos de saúde, centros de saúde e postos de atendimento médico (PAM)

do município multiplicado por mil, dividido pela população no Município i no Ano j.

RazUAij = UA ij .1000 / POPij (13)

onde:

RazUA ij - é a Razão Unidade Ambulatorial por 1.000 Habitantes no Município i no Ano j.

UA ij = Postos de Saúde + Centros de Saúde + Postos de Atendimento Médico do

Município i no Ano j.

POPij = População do Total do Município i no Ano j

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

para j = 1993 a 1996, i = 1...427

Fonte: FEE/NIS

Page 36: Fee Relatorio Isma 1991 1996

36

Observação:

As informações para as Unidades Ambulatoriais entre 1991 e 1994 são da SES-RS,

(1992 a 1995). As informações para as Unidades Ambulatoriais de 1995 e 1996

provém da Datasus,1999.

b) RAZÃO DE LEITOS HOSPITALARES POR 1.000 HABITANTES

Mensura a distribuição de Leitos Hospitalares por 1.000 habitantes. É determinado

pela multiplicação do número de leitos por 1.000 (mil), divididos pelo total da população

no município i no ano j.

RazLij = (L ij * 1000) / POPij. (14)

RazLij - Razão de Leitos Hospitalares por 1.000 Habitantes no Município i no Ano j.

Lij - Leitos do Município i no Ano j.

POPij - População Total do Município i no Ano j.

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

para j = 1993 à 1996, i = 1...427

Fonte: FEE/NIS

c) RAZÃO MÉDICOS POR 10.000 HABITANTES

Identifica o número de médicos por 10.000 habitantes, divididos pela população

total do município i no ano j. Este valor foi transformado em logaritmo de base 10 para

diminuir a dispersão das informações.

Page 37: Fee Relatorio Isma 1991 1996

37

LogRazM i96 = M ij . 10.000 / POP ij (15)

onde:

LogRazM ij – Logaritmo da Razão Médicos por 10.000 habitantes no Município i no Ano j.

M ij - número de médicos no Município i no Ano j.

POP ij- População Total no Município i no Ano j.

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

para j = 1993 a 1996, i = 1...427

Fonte: FEE/NIS .

Observações:

- Em 1991, dos 333 municípios167 tem valores, com o total de 10.065 médicos,

foram subtraídos 43 médicos que estavam localizados em município ignorado,

restando 10.022 para o cálculo da variável.

-Em 1992, dos 333 municípios 193 tem valores com o total de 10.013 médicos

foram subtraídos 4 médicos localizados em município ignorado, ficando 10.009

para o cálculo da variável .

-Em 1993, dos 427 municípios 205 tem valores com total de 8.540 médicos, foram

subtraídos 31 médicos localizados em município ignorado, restando 8.509 para o

cálculo da variável .

-Em 1994, dos 427 municípios 236 tem valores com total de 8.485 médicos foram

subtraídos 4 médicos localizados em município ignorado, ficando 8.481 para o

cálculo da variável .

-Em 1995, dos 427 municípios 309 tem valores com um total de 10.698 médicos

foram subtraídos 59 médicos do município de Ponte Preta .Este município de baixa

Page 38: Fee Relatorio Isma 1991 1996

38

população (2.315 habitantes), não apresentava médicos nos anos de 1993 e 1994,

assim como também não tem em 1997 e, por essa razão, ficou com o valor zero,

restando 10.639 para o cálculo da variável.

-Em 1996, dos 427 municípios 282 tem valores om o total de 9.400 médicos foram

subtraídos 40 médicos do município Ponte Preta (2.332 habitantes), pela mesma

razão do que ocorreu no anterior, o município ficou com o valor zero, restando

9.360 para o cálculo da variável.

d) PERCENTUAL DE CRIANÇAS COM BAIXO PESO AO NASCER

É o número de crianças nascidas com menos de 2,5kg no município, multiplicado

por 100, divididos pelo número total de crianças nascidas vivas no Município i no Ano j.

PCBpij = NV ( 2,5kg) ij . 100 / NV ij (16)

onde:

PCBpij - é o Percentual de Crianças com Baixo Peso ao Nascer no Município i no Ano j.

NV ( 2,5kg) ij - é o número de Crianças Nascidas com menos de 2,5 kg no Município i no

Ano j

NV ij - Nascidos Vivos no Município i no Ano j

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

para j = 1993 a 1996, i = 1...427

Fonte: FEE/NIS .

Page 39: Fee Relatorio Isma 1991 1996

39

Observações:

- Para o cálculo do Baixo Peso ao Nascer nos municípios, foi feito a uma média de

todos municípios para os anos 91 e 92, com 333 municípios e, este valor

permaneceu para os anos de 1991 e 1992. Para os anos de 1993,1994 e 1995, com

427 municípios, também foi feita uma média desses anos e esse valor ficou o

mesmo para os respectivos anos. E, para 1996, foi feita a média dos anos 1994 1995

e 1996, permanecendo somente para o ano de 1996. Para os que apresentaram

número menor de 250 nascimentos por município, foi considerado como estimativa

média de nascimentos e baixo peso da Microrregião na qual este município está

inserido.

- Em Estatísticas de Nascimento: Nascidos Vivos 1992-1995, Porto alegre 1996, a

publicação apresentou no Baixo Peso ao Nascer do município Formigueiro no ano

de 1993, o valor de 69. Verificando-se a média da Delegacia de Saúde, constatou-se

que o valor real é de 6,9.

- Nas Tabelas do Datasus 1994 e 1995 de Baixo Peso ao Nascer, na classificação

menos de 2,499 kg, sempre aparecem valores para município ignorado que não

foram computados.

- Também em Datasus 1992 a 1996 em Mortalidade: Faixa Etária Menor de Um

Ano também aparece município ignorado o qual não foi computado.

e) TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL DE MENORES DE 5 ANOS - TMM5

É determinada pela divisão do número de óbitos de crianças com menos de cinco

anos multiplicado por mil, pelo número de nascidos vivos no Município i no Ano j.

TMM5 ij = O (0-5anos) ij . 1.000 / NV ij (17)

onde:

TMM5ij = Taxa de Mortalidade Infantil de Menores de 5 Anos no Município i no Ano j.

Page 40: Fee Relatorio Isma 1991 1996

40

O (0-5anos) ij = Óbitos de Crianças Com Menos de Cinco Anos, no Município i no Ano j

NV ij = Nascidos Vivos, no Município i no Ano j

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

para j = 1993 à 1996, i = 1...427

Fonte: FEE/NIS .

Observações:

Para o cálculo da TMM5 nos municípios, foi feito a uma média de todos municípios

para os anos 91 e 92, com 333 municípios e, este valor permaneceu para os anos de

1991 e 1992. Para os anos de 1993,1994 e 1995, com 427 municípios, também foi

feita uma média desses anos e esse valor ficou o mesmo para os respectivos anos. E,

para 1996, foi feita a média dos anos 1994 1995 e 1996, permanecendo somente

para o ano de 1996. Para os que apresentaram nenhum óbito por município, foi

considerado como estimativa média de nascimentos e óbitos da Microrregião na

qual este município está inserido..

Os dados para mortalidade: Óbitos por Residência por Município e Faixa Etária

Menos de 1 ano, 1 a 4 anos nos períodos de 1991 a 1995 foram utilizadas as Tabelas

MORTALIDADE do Datasus. Para o ano de 1996 foi utilizada a Tabela

MORTALIDADE do Datasus.

Para Nascidos Vivos por Residência por Município e Baixo Peso ao Nascer foram

utilizadas informações da Datasus 1991 a 1996.

2.2.1.4 ÍNDICE DE RENDA

O Índice de Renda, resulta da média ponderada dos Índices da Concentração de

Renda (Gini), o Índice da Despesa Social Municipal e do Índice do Produto Interno Bruto

Municipal Per Capita a Custo de Fatores no Município i no Ano j.

Page 41: Fee Relatorio Isma 1991 1996

41

E representado por:

Equação Geral:

IY ij = p1IIGij + p2IDFS ij + p3LogPIBm ij (18)

onde

IY ij = Índice de Renda no Município i no Ano j.

IIGij- é o índice calculado sobre o Índice da Concentração de Renda de (Gini) no

Município i no Ano j.

IDFS ij – é o Índice da Proporção da Despesa Social Municipal em Relação a Despesa Total

no Município i no Ano j.

ILogPIBm ij – Índice do Logaritmo do Produto Interno Bruto Municipal Per Capita a Custo

de Fatores no Município i no Ano j.

pn - é a ponderação do Índice (n =1,2,3) e

pn = 1

sendo:

p1 = 0,33; p2 = 0,33; e p3 = 0,33

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

para j = 1993 a 1996, i = 1...427

Page 42: Fee Relatorio Isma 1991 1996

42

Variáveis de Renda

a) ÍNDICE DA CONCENTRAÇÃO DE RENDA DE GINI

Deve-se chamar a atenção para o fato de que as informações da RAIS foram usada

como “proxie” à distribuição salarial do setor formal.

A renda de um país ou região é composta dos rendimentos de salários (setor informa

e não informal), dos lucros e os demais rendimentos originários dos fatores de produção.

Como não é possível obter-se essa variável para os anos não censitários, foi utilizada a

distribuição salarial do setor formal como “proxie” daquela variável.

A razão da Concentração de Renda de Gini é uma medida de desigualdade que pode

ser facilmente explicada pelo conhecimento de uma curva de Lorenz. Os pontos desta curva

possuem como abcissas a porcentagem acumulada das pessoas com salários formais desde

o valor mais baixo até o mais alto, e como ordenadas, a respectiva porcentagem acumulada

dos salários destas pessoas. Considerando-se a Figura 1, na abcissa tem-se p como a

porcentagem acumulada de pessoas, e nas ordenadas, y como porcentagem acumulada da

renda destas pessoas.

CURVA DE LORENZ

pi

yi

A

B

C

D

pi-1

yi-1 E

Page 43: Fee Relatorio Isma 1991 1996

43

Ao observar as características desta curva, pode-se apresentar alguma

informação a respeito do grau de desigualdade da distribuição. A diagonal AB representa

uma situação de igualdade perfeita, isto é, os primeiros 10% das pessoas recebem

exatamente 10% da renda; os primeiros 20% das pessoas recebem 20% da renda, e assim

por diante. A área ABC representa a situação mais elevada de desigualdade, onde somente

um indivíduo recebe toda a renda. A área ABDE é uma situação intermediária de

concentração e é chamada de área de concentração.

A razão de concentração de Gini pode ser entendida como uma relação que

compara a área de máxima desigualdade com a área de desigualdade real, e pode ser

representada por:

IGij = desigualdade real / desigualdade máxima

Esta medida varia de zero, quando não há desigualdade (igualdade máxima), para

um , no ponto onde tem-se o grau máximo de desigualdade.

IGij = área de concentração/ área de desigualdade máxima

Equação de Gini

IGij= 1- (Yk(ij)+ Yk -1(ij)) (Pk(ij)-Pk-1(ij)) (19)

IGij - é o índice da Concentração de Renda de Gini no Município i no Ano j.

Yk ij - é a Proporção Acumulada de Renda das Pessoas no Município i no Ano j.

Pk ij - é a Proporção Acumulada das Pessoas no Município i no Ano j.

Kij é o Número de Pessoas no Município i no Ano j.

kij = 1,2,....,n

Page 44: Fee Relatorio Isma 1991 1996

44

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

para j = 1993 a 1996, i = 1...427

Fonte: Relação Anual de Informações Sociais/Ministério do Trabalho do Brasil

FEE/NIS

Observações:

- Os municípios com menos de 250 empregados de 1991 a 1996 tiveram seus

valores ajustados através da média de cada Microrregião.

- No município de Catuípe, os valores para os anos de 1995 e 1996 foram estimados

segundo o valor encontrado para 1994, devido a erro de codificação no

preenchimento da RAIS (1995 e 1996), segundo informações da fonte gerenciadora

do dado (DATAMEC).

b) PROPORÇÃO DA DESPESA SOCIAL MUNICIPAL EM RELAÇÃO AO

TOTAL DA DESPESA.

É o resultado do somatório das Despesas em: Educação e Cultura; Saúde e

Saneamento; Habitação e Urbanismo; e Administração e Previdência em relação ao total

das Despesas do Município i no Ano j.

Expresso por:

PDFS iJ = (PDEC iJ + PDSS Ij + PDHU ij + PDAP ij) (20)

onde:

PDFS ij - Percentual da Despesa Social Municipal no Município i no Ano j.

Page 45: Fee Relatorio Isma 1991 1996

45

PDEC ij - Percentual da Despesa com Educação e Cultura no Município i no Ano j.

PDSS ij - Percentual da Despesa com Saúde e Saneamento no Município i no Ano j.

PDHU ij - Percentual da Despesa com Habitação e Urbanismo no Município i no Ano j.

PDAP ij - Percentual da Despesa com Assistência e Previdência no Município i no Ano j.

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

para j = 1993 à 1996, i = 1...427

Fonte de Dados : Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, 1996.

Observações:

- O município de Cidreira teve seus valores estimados, para os anos de 1992, 1993,

1994, 1995 e 1996, pelos municípios limítrofes, Osório, Palmares e Tramandaí

devido à situação jurídica das Contas da Administração Pública Municipal, que

foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas, gerando processo na Justiça Civil e a

cassação do Prefeito pela Câmara de Vereadores.

- Nos demais o procedimento para estimar a informação na falta de dados nos

demais municípios foi de usar os percentuais dos anos seguintes.

- A seguir, apresentam-se os anos, data da informação e o nome dos municípios que

tiveram seus valores estimados:

- Dados de 1992 – Os municípios de Cândido Godói, Canela, Capão do Leão,

Ipiranga do Sul, Nonoai, Nova Araça, Riozinho, Rosário do Sul, São José do Norte

e São Martinho foram estimados pelo percentual encontrado em 1991.

Os municípios de Barão, Bom Princípio, Salvador do Sul, Santo Antônio das

Missões e Vicente Dutra foram estimados pelo percentual encontrado em 1993.

Os municípios de Harmonia, Humaitá, Ibiaçá, Poço das Antas e São Vendelino

foram estimados pelo percentual encontrado em 1994.

Page 46: Fee Relatorio Isma 1991 1996

46

Os municípios de Boqueirão do Leão, Cacequi e São Vicente do Sul foram

estimados pelo percentual encontrado em 1995.

Coleta de Informação em 10/03/1999, no Tribunal de Contas do Rio Grande do

Sul.

- Dados de 1993 – Os municípios de Capão do Leão, Gramado dos Loureiros,

Harmonia, Humaitá, Ibiaçá, Mato Leitão, Nonoai, Passo do Sobrado, Pinhal

Grande, Poço das Antas, Santa Tereza, São Vendelino, Sentinela do Sul, Três

Palmeiras, Trindade do Sul, Vale Real e Vila Nova do Sul foram estimados pelo

percentual encontrado em 1994.

Os municípios de Boqueirão do Leão, São José do Norte, São Vicente do Sul e

Vale do Sol foram estimados pelo percentual encontrado para 1995.

Coleta de Informação em 10/03/1999, no Tribunal de Contas do Rio Grande do

Sul.

- Dados de 1994 – Os municípios de Boqueirão do Leão, Cacequi, Canela,

Fagundes Varela, São José do Norte, São Vicente do Sul e Vale do Sol foram

estimados pelo percentual encontrado para 1995.

Coleta de Informação em 10/03/1999, no Tribunal de Contas do Rio Grande do

Sul.

- Dados de 1995 - O município de Capitão foi estimado pelo percentual

encontrado para 1996.

Coleta de Informações em 13/01/1999, no Tribunal de Contas do Rio Grande do

Sul.

- Dados de 1996 – Os municípios de Boqueirão do Leão, Cacequi, Mostardas,

São Nicolau, Sentinela do Sul e Trindade do Sul foram estimados pelo percentual

encontrado para 1995.

Coleta de Informações em 20/11/1998, no Tribunal de Contas do Rio Grande do

Sul.

Page 47: Fee Relatorio Isma 1991 1996

47

c) PRODUTO INTERNO BRUTO MUNICIPAL PER CAPITA A CUSTO DE

FATORES.

É o Produto Interno Bruto a custo de fatores do Município i no Ano j, dividido pela

respectiva população. Este valor foi transformado em logaritmo de base 10, para diminuir a

dispersão das informações.

O Produto Interno Bruto Per Capital a Custo de Fatores é a expressão do resultado

de todas as atividades produtivas dos agentes residentes em um determinado espaço

geográfico e em dado período de tempo, representando o Total da Oferta de Bens e

Serviços Finais produzidos internamente a Custo de Fatores.

Expresso por:

PIBpc ij = Log(PIBTOTcf ij)/POP ij (21)

PIBTOTcf ii - Produto Interno Bruto Total a Custo de Fatores no Município i no Ano j.

LogPIBpc ij - Logaritmo de base 10 do Produto Interno Bruto per capita no Município i no

Ano j.

POP ij - População no Município i no Ano j.

para j = 1991 e 1992, i = 1...333

para j = 1993 a 1996, i = 1...427

Fonte de Dados : FEE/Núcleo de Contas Regionais e Núcleo de Indicadores Sociais

Page 48: Fee Relatorio Isma 1991 1996

48

3. RESULTADOS E CONCLUSÕES

Os resultados provêm da conjugação entre os objetos e o método, devendo-lhes

fidelidade.

Os resultados dos Índices Municipais obtidos estão apresentados na forma de

tabelas:

- os municípios relacionados em ordem alfabética, com seus respectivos índices por

bloco e geral, assim como, as correspondentes classificações anuais, por ordem de índices,

em cada coluna. No período de 1991 a 1996. Ver tabelas anexas de 3.2.1 a 3.2.6.

- os municípios classificados do melhor ao pior, segundo a média anual do Índice

Social Municipal e por Bloco, para o período de 1991 à 1996. Ver tabelas anexas, 3.2.7 a

3.2.11.

3.1. RESULTADOS E CONCLUSÕES DAS COMPARAÇÕES DAS

CLASSIFICAÇÕES DOS VINTE MELHORES E PIORES MUNICÍPIOS QUANTO

AO ÍNDICE SOCIAL MUNICIPAL AMPLIADO DO RIO GRANDE DO SUL,

ENTRE 1991 E 1996.

Analisando os vinte melhores municípios encontrados, anualmente, no Índice

Social Municipal, comparando 1991 e 1996 observa-se:

- O conjunto dos vinte melhores municípios apresentaram uma variação dos valores

das médias dos Índices de 0,5685 para 0,5735 sendo que os valores extremos

variaram entre 0,55 e 0,65 para 1991 e, 0,55 e 0,63 para 1996. Portanto um

desprezível crescimento em relação aos dois pontos do intervalo e distantes dos

melhores resultados encontrados, em algumas das variáveis por municípios nas

classificações por bloco.

- Observamos, entre os vinte, o comportamento nominal, em 1991 e 1996, dos

municípios de Porto Alegre e Vitor Graef como os melhores colocados,

respectivamente o primeiro e o terceiro, de acordo com o ranking do índice.

: - Os vinte melhores classificados em 1991, Estrêla, Pelotas, Taquarí, Nova

Araçá, Veranópolis, Três de Maio, Bom Retiro do Sul, Roca Sales e Boa Vista do

Page 49: Fee Relatorio Isma 1991 1996

49

Buricá, não estão mais presentes entre os primeiros em 1996. Substituídos por:

Carlos Barbosa, Dois Irmãos, Não-Me-Toque, Santa Cruz do Sul, Serafina Correa,

Erechim, Campo Bom, Montenegro e Nova Bassano.

- Mantiveram-se entre os vinte primeiros Porto Alegre, Horizontina, Victor

Graef, Santa Rosa, Panambi, Esteio, Caxias do Sul, Selbach, Bento Gonçalves, Ivoti

e Arroio do Meio.

Analisando os vinte piores municípios encontrados, anualmente, no Índice Social

Municipal, comparando 1991 e 1996 observa-se:

- O conjunto dos vinte piores municípios apresentaram uma mesma média dos

valores dos Índices sendo que os valores extremos variaram de 0,22 a 0,33 para

1991 e, 0,24 a 0,33 para 1996. Praticamente a situação ficou estável, alterando

apenas os nomes dos municípios rebaixados.

- Observamos, entre os vinte piores, em 1991 e 1996, o surgimento de nove

municípios novos, instalados em 1993: Lajeado do Bugre, São Valério do Sul,

Gramado dos Loureiros, Rio dos Indios, Ametista do Sul, Gramado Xavier, Itapuca,

Charrua e Pinheirinho do Vale.

- Destacamos os nove piores municípios antigos que permaneceram em 1996:

Tunas, Amaral Ferrador, São José do Norte, Ibirapuitã, Cerro Grande, Cerro Grando

do Sul, Pouso Novo, Segredo e Três Palmeiras.

3.2 RESULTADOS E CONCLUSÕES DOS VINTE MELHORES E PIORES

QUANTO AO ÍNDICE SOCIAL MUNICIPAL AMPLIADO DO RIO GRANDE DO

SUL, PELA MÉDIA DO PERÍODO DE 1991 A 1996.

Com a finalidade de superar as distorções que possam ocorrer, na análise efetuada

entre os pontos extremos do período, e também considerando-se a diferença do número

total de municípios em 1991 (333) e em 1996 (427), foi feito o cálculo da média para o

período.

O calculo da média, é uma informação gerencial, que tem a finalidade de comparar

mais representativamente, de forma objetiva e clara, a classificação relativa entre os

município.

Page 50: Fee Relatorio Isma 1991 1996

50

Assim a fim de propiciar a apresentação do ranking da média dos municípios, bem

como efetuar uma breve análise dos 20 melhores e piores resultados encontrados, foi

efetuada uma classificação pela média dos índices do período 1991 a 1996.

Observa-se na média do período 1991 a 1996, uma variação do Índice de 0,64 a

0,55, considerados os 20 primeiros classificados, destacando-se Porto Alegre como o

primeiro em toda a série. Horizontina e Vitor Graeff destacam-se em segundo e terceiro

lugar respectivamente a partir de 1992.

A continuar o movimento de tendência, onde Porto Alegre apresenta um ligeiro

declínio na série e por outro lado Horizontina apresenta um leve crescimento, pode-se

projetar uma maior aproximação nos índices gerais desses dois municípios para os anos

subseqüentes. Concluindo-se que para Porto Alegre manter-se em primeiro lugar no

ranking estadual faz-se necessários investimentos continuados. Principalmente quanto as

maiores deficiências observadas que estão nas Áreas:

- Condição de Domicílio e Saneamento.

- na variável Coleta de Esgoto Cloacal.

- Educação:

- na variável Taxa de Reprovação do Ensino Fundamental.

- Saúde:

- na variável Leitos Hospitalares por 1.000 Habitantes (SUS).

- na variável Médicos por 10.000 Habitantes.

- Renda:

- na variável Indice de Concentração de Renda de (Gini).

- na variável Produto Interno Bruto Per Capita a Custo de Fatores.

Page 51: Fee Relatorio Isma 1991 1996

51

Tabela 01

VINTE MUNICÍPIOS MELHORES CLASSIFICADOS, NO RS, PELA MÉDIA DO

INDICE SOCIAL MUNICIPAL AMPLIADO. PERÍODO 1991 A 1996

Municípios GERAL9

1 GERAL9

2 GERAL9

3 GERAL9

4 GERAL9

5 GERAL9

6 GERAL 91 A 96 Ord.

ÍNDICE ÍNDICE ÍNDICE ÍNDICE ÍNDICE ÍNDICE DESVIO MÉDIA COEF.VAR.

Porto Alegre 0,65 0,65 0,64 0,64 0,64 0,63 0,01 0,64 0,01 1

Horizontina 0,58 0,59 0,60 0,60 0,61 0,62 0,02 0,60 0,03 2

Victor Graeff 0,58 0,58 0,59 0,59 0,59 0,60 0,01 0,59 0,01 3

Santa Rosa 0,56 0,56 0,57 0,57 0,58 0,58 0,01 0,57 0,01 4

Estrela 0,58 0,58 0,57 0,56 0,56 0,55 0,01 0,57 0,02 5

Panambi 0,56 0,56 0,56 0,57 0,57 0,58 0,01 0,57 0,01 6

Arroio do Meio 0,58 0,57 0,57 0,56 0,56 0,55 0,01 0,57 0,01 7

Bento Gonçalves 0,57 0,57 0,57 0,56 0,56 0,56 0,00 0,57 0,01 8

Esteio 0,56 0,56 0,56 0,56 0,56 0,56 0,00 0,56 0,00 9

Caxias do Sul 0,56 0,56 0,56 0,56 0,56 0,56 0,00 0,56 0,00 10

Selbach 0,56 0,56 0,56 0,56 0,56 0,56 0,00 0,56 0,00 11

Ivoti 0,55 0,56 0,56 0,56 0,56 0,56 0,00 0,56 0,00 12

Pelotas 0,57 0,57 0,56 0,55 0,55 0,54 0,01 0,56 0,02 13

Carlos Barbosa 0,51 0,53 0,55 0,56 0,58 0,59 0,03 0,55 0,05 14

Serafina Corrêa 0,55 0,55 0,55 0,56 0,56 0,56 0,01 0,55 0,01 15

Veranópolis 0,56 0,56 0,55 0,55 0,55 0,55 0,00 0,55 0,01 16

Nova Araçá 0,56 0,56 0,56 0,55 0,55 0,54 0,01 0,55 0,01 17

Campo Bom 0,54 0,54 0,55 0,55 0,56 0,56 0,01 0,55 0,01 18

Feliz 0,55 0,55 0,55 0,55 0,55 0,55 0,00 0,55 0,00 19

Boa Vista do Buricá 0,55 0,55 0,55 0,55 0,55 0,55 0,00 0,55 0,00 20

Fonte: Tabela 3.2.7 - FEE/NIS

O que caracteriza os piores classificados pela média do Índice Social Municipal

Ampliado para o período 1991 à 1996 é a carência, nos blocos, das seguintes variáveis:

- Condição de Domicílio e Saneamento.

- na variável Domicílios Abastecidos por Água Tratada

- na variável Domicílios com Coleta de Esgoto Cloacal.

Observação: Na variável Domicílios Abastecidos por Água Tratada, as

exceções são: São José do Norte, Barão do Triunfo, Lagoão e Amaral

Ferrador que estão melhor classificados.

Page 52: Fee Relatorio Isma 1991 1996

52

- Educação:

- na variável Reprovação do Ensino Fundamental.

- na variável Atendimento no Ensino Médio

- na variável Analfabetismo de Pessoas de Quinze Anos e Mais

- Saúde:

- na variável Unidades Ambulatoriais por Mil Habitantes;

- na variável Leitos Hospitalares por 1.000 Habitantes (SUS);

- na variável Número de Médicos por Dez Mil Habitantes;

- na variável Baixo Peso ao Nascer;

- na variável Mortalidade de Menores de Cinco Anos;

Observação: Dos 20 piores no Índice Social Municipal Ampliado, apenas

o município de Charrua e de São Valério do Sul tem uma razoável

classificação no Índice de Saúde.

Os restantes apresentam graves problemas com queda de Leitos

Hospitalares e Mortalidade de Menores de Cinco Anos elevada.

São José do Norte apresenta a pior situação na variável Mortalidade de

Menores de Cinco Anos.

- Renda :

- na variável Concentração da Renda (Gini);

- na variável Despesa Social Muncipal (Educação e Cultura;

Habitação e Urbanismo; Saúde e Saneamento; e Assistência e

Previdência);

- na variável Produto Interno Bruto Municipal Per Capita a Custo de

Fatores.

Observações: Na variável Despesa Social Municipal, os municípios de

Cerro Grande, Engenho Velho, Lagoão, São José do Norte e São Valério do

Sul estão acima da média e melhor classificados.

Na variável Concentração de Renda, o município de São José do Norte

situa-se acima da média.

Page 53: Fee Relatorio Isma 1991 1996

53

Tabela 02

VINTE MUNICÍPIOS PIORES CLASSIFICADOS, NO RS, PELA MÉDIA DO

INDICE SOCIAL MUNICIPAL AMPLIADO.

RIO GRANDE DO SUL. PERÍODO 1991 – 1996

Municípios GERAL91 GERAL92 GERAL93 GERAL94 GERAL95 GERAL96 GERAL 91 A 96 Ord.

ÍNDICE ÍNDICE ÍNDICE ÍNDICE ÍNDICE ÍNDICE DESVIO MÉDIA CF.VAR.

Lajeado do Bugre 0,23 0,23 0,24 0,24 0,01 0,23 0,02 427

Tunas 0,24 0,25 0,25 0,26 0,26 0,27 0,01 0,25 0,04 426

Amaral Ferrador 0,26 0,26 0,26 0,27 0,27 0,27 0,01 0,26 0,03 425

São Valério do Sul 0,28 0,27 0,26 0,25 0,01 0,27 0,04 424

Ametista do Sul 0,24 0,26 0,28 0,29 0,02 0,27 0,07 423

São José do Norte 0,27 0,27 0,27 0,28 0,28 0,28 0,00 0,27 0,02 422

Gramado dos Loureiros 0,29 0,29 0,28 0,28 0,00 0,28 0,01 421

Ibirapuitã 0,30 0,30 0,29 0,29 0,29 0,28 0,01 0,29 0,02 420

Cerro Grande do Sul 0,28 0,28 0,29 0,30 0,30 0,31 0,01 0,29 0,04 419

Gramado Xavier 0,30 0,30 0,30 0,29 0,00 0,30 0,01 418

Rio dos Índios 0,31 0,30 0,29 0,28 0,01 0,30 0,04 417

Barão do Triunfo 0,26 0,29 0,32 0,34 0,03 0,30 0,10 416

Lagoão 0,22 0,26 0,29 0,32 0,36 0,39 0,06 0,31 0,18 415

Segredo 0,30 0,30 0,31 0,31 0,31 0,32 0,01 0,31 0,02 414

Cerro Grande 0,32 0,32 0,31 0,31 0,30 0,30 0,01 0,31 0,03 413

Pinheirinho do Vale 0,30 0,31 0,32 0,33 0,01 0,31 0,03 412

Charrua 0,30 0,31 0,32 0,33 0,01 0,32 0,03 411

Itapuca 0,32 0,32 0,32 0,31 0,00 0,32 0,01 410

Engenho Velho 0,30 0,31 0,32 0,34 0,01 0,32 0,04 409

Progresso 0,33 0,33 0,32 0,32 0,31 0,31 0,01 0,32 0,03 408

Fonte: Tabela 3.2.7 - FEE/NIS

3.3 RESULTADOS E CONCLUSÕES, POR BLOCOS, DOS VINTE MELHORES E

PIORES QUANTO AO ÍNDICE SOCIAL MUNICIPAL AMPLIADO DO RIO

GRANDE DO SUL, PELA MÉDIA DO PERÍODO DE 1991 A 1996.

3.3.1 CONDIÇÕES DE DOMICÍLIO E SANEAMENTO

Classificando os 20 melhores municípios pela média do período 1991 à 1996, vide

tabela 03, observa-se que Porto Alegre, está em primeiro lugar no ranking, sendo Pelotas e

Bagé respectivamente os segundo e terceiro classificado. Estes três municípios tem em

comum o fato de serem municípios antigos, populosos e terem sistemas autônomos

independentes estruturados na área de Saneamento. Apesar de apresentarem bons índices, a

variável Domicílios com Coleta de Esgoto Cloacal , apresentam carências significativas.

Page 54: Fee Relatorio Isma 1991 1996

54

Tabela 03

VINTE MUNICÍPIOS MELHORES CLASSIFICADOS, NO RS, PELA MÉDIA DO

BLOCO DAS CONDIÇÕES DE DOMICÍLIO E SANEAMENTO.

PERÍODO 1991 A 1996

Micr. Municípios 1991 1992 1993 1994 1995 1996 Desvio Média Coef.Var. Ord.

26 Porto Alegre 0,90 0,92 0,93 0,95 0,95 0,94 0,02 0,93 0,02 1

33 Pelotas 0,84 0,84 0,85 0,85 0,85 0,83 0,01 0,84 0,01 2

31 Bagé 0,83 0,84 0,85 0,84 0,85 0,83 0,01 0,84 0,01 3

34 Jaguarão 0,80 0,83 0,83 0,82 0,83 0,81 0,01 0,82 0,01 4

18 Santa Maria 0,76 0,80 0,80 0,79 0,82 0,80 0,02 0,80 0,02 5

30 Santana do Livramento 0,73 0,74 0,76 0,75 0,76 0,74 0,01 0,75 0,01 6

22 Cachoeira do Sul 0,74 0,74 0,74 0,72 0,74 0,73 0,01 0,74 0,01 7

27 Torres 0,71 0,73 0,74 0,74 0,75 0,74 0,01 0,73 0,02 8

35 Rio Grande 0,73 0,73 0,73 0,72 0,72 0,71 0,01 0,72 0,01 9

32 Pinheiro Machado 0,69 0,69 0,71 0,72 0,73 0,73 0,02 0,71 0,02 10

34 Herval 0,71 0,71 0,72 0,71 0,72 0,71 0,01 0,71 0,01 11

21 Taquari 0,68 0,69 0,70 0,69 0,70 0,70 0,01 0,69 0,01 12

27 Xangri-lá 0,73 0,71 0,68 0,65 0,03 0,69 0,04 13

31 Lavras do Sul 0,70 0,69 0,69 0,69 0,69 0,68 0,01 0,69 0,01 14

31 Dom Pedrito 0,69 0,70 0,70 0,67 0,69 0,68 0,01 0,69 0,02 15

34 Arroio Grande 0,69 0,69 0,69 0,66 0,69 0,68 0,01 0,68 0,02 16

26 Cachoeirinha 0,57 0,68 0,69 0,69 0,70 0,69 0,04 0,67 0,06 17

32 Caçapava do Sul 0,64 0,65 0,67 0,64 0,68 0,68 0,02 0,66 0,02 18

29 Quaraí 0,66 0,67 0,67 0,65 0,66 0,65 0,01 0,66 0,01 19

33 Pedro Osório 0,64 0,65 0,66 0,65 0,67 0,66 0,01 0,66 0,01 20

Fonte: Tabela 3.2.8 – FEE/NIS

Classificando os 20 piores municípios pela média no bloco das Condições de

Domicílio e Saneamento para o período 1991 à 1996 encontramos Montauri como o pior

dos municípios seguidos por Carlos Gomes e Vista Alegre do Prata. Observa-se que a

totalidade desses municípios são novos, a partir de 1987. Todos apresentam a característica

de não terem Domicílios Abastecidos com Água Tratada e nem Domicílios com Coleta de

Esgoto Cloacal. Os valores apresentados referem-se apenas a variável da Média de

Moradores por Domicílios, os quais apresentam maior número de moradores por domicílio

do Estado.

Page 55: Fee Relatorio Isma 1991 1996

55

Tabela 04

VINTE MUNICÍPIOS PIORES CLASSIFICADOS, NO RS, PELA MÉDIA DO

BLOCO DAS CONDIÇÕES DE DOMICÍLIO E SANEAMENTO.

PERÍODO 1991 A 1996

Municípios 1991 1992 1993 1994 1995 1996 Desvio Média Coef.Var. Ord.

Montauri 0,00 0,00 0,00 0,03 0,01 0,01 1,73 427

Carlos Gomes 0,09 0,06 0,02 0,01 0,03 0,04 0,63 426

Vista Alegre do Prata 0,07 0,06 0,06 0,05 0,04 0,06 0,01 0,06 0,17 425

Tupanci do Sul 0,12 0,08 0,03 0,00 0,05 0,06 0,84 424

Protásio Alves 0,07 0,07 0,07 0,06 0,06 0,08 0,01 0,07 0,09 423

Gramado dos Loureiros 0,10 0,08 0,05 0,05 0,02 0,07 0,32 422

São Valério do Sul 0,14 0,09 0,05 0,02 0,04 0,08 0,56 421

Tunas 0,07 0,07 0,08 0,08 0,08 0,10 0,01 0,08 0,10 420

Ponte Preta 0,12 0,09 0,06 0,05 0,03 0,08 0,34 419

Charrua 0,16 0,11 0,06 0,02 0,05 0,09 0,60 418

Rio dos Índios 0,11 0,10 0,08 0,08 0,01 0,09 0,16 417

Barra do Rio Azul 0,12 0,10 0,08 0,07 0,02 0,09 0,20 416

Nova Alvorada 0,10 0,09 0,09 0,09 0,09 0,11 0,01 0,09 0,06 415

Itapuca 0,14 0,11 0,08 0,07 0,02 0,10 0,25 414

Nova Pádua 0,16 0,12 0,08 0,06 0,04 0,10 0,38 413

Dois Irmãos das Missões 0,12 0,11 0,09 0,09 0,01 0,10 0,11 412

União da Serra 0,16 0,12 0,08 0,06 0,04 0,11 0,36 411

Engenho Velho 0,12 0,11 0,09 0,10 0,01 0,11 0,11 410

Segredo 0,13 0,12 0,11 0,10 0,09 0,09 0,02 0,11 0,16 409

Vanini 0,11 0,11 0,11 0,11 0,10 0,12 0,01 0,11 0,05 408

Fonte: Tabela 3.2.8 – FEE/NIS

3.2.2 EDUCAÇÃO

Classificando os 20 melhores municípios pela média do período 1991 à 1996, vide

tabela 05, observa-se que São José do Inhacorá, está em primeiro lugar no ranking, sendo

Lagoa dos Três Cantos e Nova Boa Vista respectivamente os segundo e terceiro

classificado do Estado. Estes três municípios tem em comum o fato de serem municípios

novos, com população abaixo de 3.000 habitantes.

Page 56: Fee Relatorio Isma 1991 1996

56

Tabela 05

VINTE MUNICÍPIOS MELHORES CLASSIFICADOS, NO RS, PELA MÉDIA

DO BLOCO DA EDUCAÇÃO. PERÍODO 1991 A 1996

Municípios 1991 1992 1993 1994 1995 1996 Desvio Média Cf.Var. Ord.

São José do Inhacorá 0,93 0,91 0,89 0,88 0,02 0,90 0,02 1

Lagoa dos Três Cantos 0,90 0,88 0,87 0,85 0,02 0,88 0,02 2

Nova Boa Vista 0,85 0,86 0,86 0,86 0,00 0,86 0,00 3

Colinas 0,85 0,84 0,84 0,83 0,01 0,84 0,01 4

Poço das Antas 0,83 0,83 0,83 0,83 0,83 0,83 0,00 0,83 0,00 5

Victor Graeff 0,81 0,81 0,82 0,83 0,83 0,84 0,01 0,82 0,01 6

Santo Antônio do Planalto 0,84 0,83 0,82 0,81 0,01 0,82 0,02 7

Imigrante 0,84 0,83 0,82 0,81 0,80 0,79 0,02 0,82 0,02 8

Vista Alegre do Prata 0,81 0,81 0,81 0,82 0,82 0,82 0,00 0,81 0,00 9

Horizontina 0,76 0,78 0,80 0,82 0,84 0,86 0,03 0,81 0,04 10

Coronel Barros 0,83 0,82 0,80 0,79 0,02 0,81 0,02 11

Salvador das Missões 0,81 0,81 0,81 0,80 0,00 0,81 0,00 12

Selbach 0,84 0,83 0,81 0,80 0,79 0,78 0,02 0,81 0,03 13

Linha Nova 0,81 0,80 0,79 0,79 0,01 0,80 0,01 14

Vanini 0,75 0,77 0,79 0,80 0,82 0,84 0,03 0,80 0,04 15

Teutônia 0,80 0,80 0,79 0,79 0,79 0,78 0,01 0,79 0,01 16

Bom Princípio 0,83 0,81 0,80 0,78 0,77 0,75 0,03 0,79 0,03 17

Carlos Barbosa 0,81 0,80 0,79 0,78 0,77 0,76 0,02 0,78 0,02 18

Pareci Novo 0,80 0,79 0,77 0,75 0,02 0,78 0,03 19

São Pedro do Butiá 0,80 0,78 0,77 0,75 0,02 0,78 0,02 20

Fonte: Tabela 3.2.9 – FEE/NIS

Classificando os 20 piores municípios pela média no bloco da Educação para o

período 1991 a 1996 encontramos São José do Norte, como o pior dos municípios seguidos

por Lajeado do Bugre e Redentora, vide tabela 06. A maioria dos municípios tem

população abaixo de 20.000habitantes. Observando-se que a metade deles são municípios

antigos, onde São José do Norte (1831) e Encruzilhada do Sul (1849) remontam ao século

passado. Os municípios de Redentora (1964), Fontoura Xavier (1965), Barros Cassal

(1963), Vicente Dutra (1965), São Nicolau (1965), Dom Feliciano (1963), Esmeralda

(1963), Pedro Osório (1959) foram criados nos últimos 40 anos.

Os municípios do Rio Grande do Sul, na sua totalidade, apresentam deficiências

significativas no Atendimento do Ensino Médio que é a sua maior deficiência na

composição do Índice. Os 20 piores municípios atendiam cerca de um terço da cobertura

dessa variável, com exceção de Pedro Osório que apresenta o dobro.

As outras maiores deficiências que aparecem nesses municípios, estão nas Taxas de

Reprovação do Ensino Fundamental que são elevadas. Seguem-se a Taxa de

Page 57: Fee Relatorio Isma 1991 1996

57

Analfabetismo, que também está acima da média, destacando-se São José do Norte que é o

pior entre todos os municípios; por último a Taxa de Evasão situa-se ligeiramente acima na

comparação com os demais municípios do Estado.

Tabela 06

VINTE MUNICÍPIOS PIORES CLASSIFICADOS, NO RS, PELA MÉDIA

DO BLOCO DA EDUCAÇÃO. PERÍODO 1991 A 1996

Municípios 1991 1992 1993 1994 1995 1996 Desvio Média Cf.Var. Ord.

São José do Norte 0,12 0,13 0,14 0,16 0,17 0,18 0,02 0,15 0,12 427

Lajeado do Bugre 0,13 0,15 0,17 0,18 0,02 0,16 0,11 426

Redentora 0,17 0,18 0,19 0,20 0,21 0,23 0,02 0,20 0,10 425

Fontoura Xavier 0,19 0,21 0,22 0,24 0,26 0,27 0,03 0,23 0,13 424

Lagoão 0,16 0,19 0,22 0,25 0,28 0,31 0,05 0,23 0,23 423

Amaral Ferrador 0,25 0,26 0,26 0,26 0,27 0,27 0,01 0,26 0,02 422

Tunas 0,19 0,23 0,26 0,29 0,32 0,36 0,06 0,27 0,20 421

Barros Cassal 0,22 0,25 0,28 0,31 0,34 0,36 0,05 0,29 0,17 420

São Valério do Sul 0,33 0,31 0,29 0,27 0,02 0,30 0,07 419

Vicente Dutra 0,26 0,28 0,29 0,31 0,32 0,34 0,03 0,30 0,09 418

São Nicolau 0,32 0,32 0,31 0,31 0,30 0,30 0,01 0,31 0,02 417

Jaquirana 0,27 0,29 0,31 0,33 0,35 0,37 0,03 0,32 0,11 416

São José do Herval 0,30 0,31 0,32 0,33 0,35 0,36 0,02 0,33 0,06 415

Manoel Viana 0,33 0,33 0,33 0,33 0,00 0,33 0,00 414

Encruzilhada do Sul 0,35 0,34 0,34 0,34 0,34 0,33 0,00 0,34 0,01 413

Dom Feliciano 0,37 0,36 0,35 0,34 0,33 0,32 0,02 0,34 0,05 412

Esmeralda 0,32 0,33 0,34 0,35 0,36 0,37 0,02 0,35 0,04 411

Cerro Grande do Sul 0,34 0,35 0,35 0,36 0,37 0,38 0,01 0,36 0,04 410

Jaboticaba 0,37 0,37 0,37 0,36 0,36 0,36 0,00 0,36 0,00 409

Pedro Osório 0,34 0,35 0,36 0,37 0,38 0,39 0,02 0,37 0,05 408

Fonte: Tabela 3.2.9 – FEE/NIS

3.2.3 SAÚDE

Classificando os 20 melhores municípios pela média do período 1991 à 1996, vide

tabela 07, observa-se que Guabijú, com média 0,60, está em primeiro lugar no ranking,

sendo Boa Vista do Buricá e Anta Gorda respectivamente os segundo e terceiro classificado

do Estado. Observa-se que todos os municípios são de baixa população e apresentam as

menores carências em relação aos demais. Destacando-se Anta Gorda por apresentar a

menor Mortalidade Infantil.

Page 58: Fee Relatorio Isma 1991 1996

58

Tabela 07

VINTE MUNICÍPIOS MELHORES CLASSIFICADOS, NO RS, PELA MÉDIA

DO BLOCO DA SAÚDE. PERÍODO 1991 A 1996

Municípios SAÚDE SAÚDE SAÚDE SAÚDE SAÚDE SAÚDE SAÚDE 1991 a 1996

1991 1992 1993 1994 1995 1996 Desvio Média Cf.Var. Ord.

Guabiju 0,51 0,55 0,58 0,61 0,65 0,68 0,06 0,60 0,10 1

Boa Vista do Buricá 0,54 0,55 0,56 0,57 0,58 0,59 0,02 0,57 0,04 2

Anta Gorda 0,53 0,53 0,53 0,53 0,54 0,54 0,00 0,53 0,00 3

Feliz 0,54 0,54 0,53 0,53 0,53 0,52 0,01 0,53 0,01 4

Nova Bassano 0,47 0,49 0,52 0,54 0,57 0,59 0,04 0,53 0,08 5

Bom Princípio 0,50 0,51 0,52 0,53 0,54 0,54 0,01 0,52 0,03 6

Dois Lajeados 0,47 0,49 0,51 0,53 0,55 0,57 0,03 0,52 0,06 7

Campinas do Sul 0,56 0,54 0,52 0,51 0,49 0,47 0,03 0,51 0,06 8

São Valentim do Sul 0,54 0,52 0,50 0,48 0,02 0,51 0,04 9

Humaitá 0,48 0,49 0,51 0,52 0,53 0,55 0,02 0,51 0,05 10

André da Rocha 0,53 0,52 0,52 0,51 0,50 0,50 0,01 0,51 0,02 11

Poço das Antas 0,48 0,49 0,50 0,51 0,53 0,54 0,02 0,51 0,04 12

Braga 0,41 0,45 0,49 0,53 0,57 0,60 0,07 0,51 0,13 13

Vista Gaúcha 0,46 0,48 0,50 0,51 0,53 0,55 0,03 0,51 0,06 14

Aratiba 0,56 0,54 0,52 0,49 0,47 0,45 0,04 0,50 0,08 15

São Domingos do Sul 0,53 0,52 0,51 0,50 0,48 0,47 0,02 0,50 0,04 16

Itatiba do Sul 0,54 0,53 0,51 0,49 0,47 0,46 0,03 0,50 0,06 17

Horizontina 0,52 0,51 0,50 0,48 0,47 0,46 0,02 0,49 0,04 18

Caibaté 0,51 0,50 0,49 0,48 0,47 0,46 0,02 0,49 0,03 19

São Nicolau 0,56 0,53 0,50 0,47 0,44 0,41 0,05 0,49 0,10 20

Fonte: Tabela 3.2.10 – FEE/NIS

Classificando os 20 piores municípios pela média no bloco de Saúde para o período

1991 à 1996 observou-se, dentro do quadro de intensa carência na saúde pública, que São

José do Norte (1831), o município mais antigo deste grupo, é o pior de todos os municípios

do Rio Grande do Sul, na Saúde, seguido por Nova Santa Rita (1992) e Pinheiro Machado

(1878).

Os demais municípios, com alta taxa de mortalidade infantil e altos graus de

carências nos demais indicadores, criados no século passado são: São Gabriel (1846),

Uruguaiana (1846), Encruzilhada do Sul (1849), Vacaria (1850), Itaqui (1859), Dom

Pedrito (1872), : Herval (1881) e Júlio de Castilho (1891).

Destaca-se, nas carências na saúde, o município de Uruguaiana, por ser de grande

porte, e ter piorados seus indicadores, principalmente por manter a alta taxa de mortalidade

Page 59: Fee Relatorio Isma 1991 1996

59

infantil. Outro é o município de Alvorada (1965) que teve um acréscimo de vinte mil

habitantes entre 1991 a 1996 piorando em todos os indicadores, principalmente por manter

alta taxa de mortalidade infantil e baixo peso ao nascer.

Apesar das históricas más condições estruturais, onde se inserem a péssima

distribuição dos Médicos por 10.000 Habitantes, e o baixo número de Unidades

Ambulatoriais por 1.000 agravou-se a situação com a queda acentuada na variável Leitos

por 1.000 Habitantes (SUS) contribuindo para o sucateamento da Saúde no Estado e

principalmente afetando as camadas populacionais menos favorecidas.

Tabela 08

VINTE MUNICÍPIOS PIORES CLASSIFICADOS, NO RS, PELA MÉDIA

DO BLOCO DA SAÚDE. PERÍODO 1991 A 1996

Municípios SAÚDE SAÚDE SAÚDE SAÚDE SAÚDE SAÚDE SAÚDE 1991 a 1996

1991 1992 1993 1994 1995 1996 Desvio Média Cf.Var. Ord.

São José do Norte 0,10 0,12 0,14 0,17 0,19 0,21 0,04 0,15 0,24 427

Nova Santa Rita 0,13 0,16 0,18 0,20 0,03 0,17 0,15 426

Pinheiro Machado 0,21 0,20 0,19 0,17 0,16 0,15 0,02 0,18 0,12 425

Alvorada 0,17 0,17 0,18 0,19 0,19 0,20 0,01 0,18 0,05 424

Capão do Leão 0,14 0,16 0,18 0,21 0,23 0,25 0,04 0,20 0,20 423

Dom Feliciano 0,18 0,19 0,21 0,22 0,24 0,26 0,03 0,22 0,13 422

Vacaria 0,20 0,21 0,22 0,23 0,24 0,25 0,02 0,22 0,07 421

Itaqui 0,18 0,20 0,22 0,23 0,25 0,27 0,03 0,22 0,13 420

Herval 0,27 0,25 0,24 0,22 0,20 0,19 0,03 0,23 0,12 419

Uruguaiana 0,22 0,22 0,23 0,24 0,24 0,25 0,01 0,23 0,04 418

Coronel Bicaco 0,25 0,24 0,24 0,23 0,22 0,22 0,01 0,23 0,05 417

São Gabriel 0,20 0,21 0,23 0,24 0,26 0,27 0,02 0,24 0,10 416

Tupanciretã 0,26 0,25 0,24 0,23 0,22 0,21 0,02 0,24 0,07 415

Campestre da Serra 0,24 0,24 0,25 0,25 0,01 0,24 0,02 414

Manoel Viana 0,25 0,25 0,24 0,24 0,00 0,24 0,02 413

Barão do Triunfo 0,30 0,26 0,23 0,20 0,04 0,25 0,15 412

Encruzilhada do Sul 0,23 0,24 0,25 0,25 0,26 0,27 0,01 0,25 0,06 411

Dom Pedrito 0,22 0,23 0,25 0,26 0,27 0,28 0,02 0,25 0,08 410

Ametista do Sul 0,24 0,25 0,26 0,26 0,01 0,25 0,03 409

Júlio de Castilhos 0,21 0,23 0,25 0,27 0,29 0,31 0,03 0,26 0,13 408

Fonte: Tabela 3.2.10 – FEE/NIS

3.2.4 RENDA

Classificando os 20 melhores municípios pela média do período 1991 à 1996, vide

tabela 09, observa-se que Lindolfo Collor, está em primeiro lugar no ranking, sendo Picada

Page 60: Fee Relatorio Isma 1991 1996

60

Café e Santa Maria do Herval respectivamente os segundo e terceiro classificado do Estado.

Estes três municípios tem em comum o fato de serem municípios novos, com população

abaixo de 6.000 habitantes.

Tabela 09

VINTE MUNICÍPIOS MELHORES CLASSIFICADOS, NO RS, PELA MÉDIA

DO BLOCO DA RENDA. PERÍODO 1991 A 1996

Municípios RENDA RENDA RENDA RENDA RENDA RENDA RENDA 1991 À 1996 Ord.

1991 1992 1993 1994 1995 1996 DESVIO MÉDIA CF.VAR.

Lindolfo Collor 0,71 0,69 0,68 0,66 0,02 0,68 0,02 1

Picada Café 0,58 0,63 0,68 0,74 0,06 0,66 0,09 2

Santa Maria do Herval 0,61 0,63 0,64 0,66 0,67 0,68 0,02 0,65 0,04 3

Sapiranga 0,69 0,67 0,66 0,64 0,63 0,61 0,03 0,65 0,04 4

Esteio 0,63 0,63 0,64 0,65 0,65 0,66 0,01 0,64 0,02 5

Dois Irmãos 0,57 0,59 0,61 0,63 0,65 0,68 0,04 0,62 0,06 6

Caxias do Sul 0,60 0,60 0,61 0,61 0,61 0,62 0,01 0,61 0,01 7

Três Coroas 0,66 0,64 0,62 0,59 0,57 0,55 0,04 0,61 0,07 8

Marau 0,59 0,60 0,60 0,61 0,61 0,62 0,01 0,60 0,02 9

Farroupilha 0,59 0,60 0,60 0,60 0,60 0,61 0,00 0,60 0,01 10

Triunfo 0,60 0,60 0,60 0,60 0,59 0,59 0,00 0,60 0,01 11

Santa Rosa 0,59 0,59 0,59 0,60 0,60 0,60 0,00 0,59 0,01 12

Arroio do Meio 0,63 0,61 0,60 0,58 0,56 0,55 0,03 0,59 0,05 13

Panambi 0,58 0,58 0,59 0,59 0,59 0,60 0,01 0,59 0,01 14

Nova Hartz 0,53 0,55 0,57 0,59 0,62 0,64 0,04 0,58 0,06 15

Campo Bom 0,59 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58 0,00 0,58 0,00 16

Canoas 0,54 0,56 0,57 0,59 0,61 0,62 0,03 0,58 0,05 17

Igrejinha 0,68 0,64 0,60 0,55 0,51 0,47 0,07 0,58 0,13 18

Ivoti 0,60 0,59 0,58 0,57 0,56 0,55 0,02 0,57 0,03 19

Novo Hamburgo 0,60 0,59 0,58 0,56 0,55 0,54 0,02 0,57 0,04 20

Fonte: Tabela 3.2.11– FEE/NIS

Classificando os 20 piores municípios pela média no bloco Renda para o período

1991 à 1996, vide tabela 10, encontramos Barão do Triunfo como o pior dos municípios

seguidos por Vale do Sol e Amaral Ferrador. Observa-se que a maioria desses vinte são

municípios antigos, como Iraí (1933), Cacequi (1944), Arvorezinha (1959), Redentora

(1964), Santana da Boa Vista (1965), Dom Feliciano (1963), Barros Cassal (1963) e

Miraguai (1965) e destacando-se dois do século passado São Jeronimo (1860) e Rosário do

Sul (1876), que mostra a estagnação no tempo. Todos apresentam a característica de terem

uma Concentração de Renda elevada; baixa Despesa Social Municipal; e um Produto

Interno Bruto per capita muito baixo.

Page 61: Fee Relatorio Isma 1991 1996

61

Tabela 10

VINTE MUNICÍPIOS PIORES CLASSIFICADOS, NO RS, PELA MÉDIA DO

BLOCO DA RENDA. PERÍODO 1991 A 1996

Municípios RENDA RENDA RENDA RENDA RENDA RENDA RENDA 1991 À 1996 Ord.

1991 1992 1993 1994 1995 1996 DESVIO MÉDIA CF.VAR.

Barão do Triunfo 0,15 0,19 0,23 0,27 0,04 0,21 0,21 427

Vale do Sol 0,19 0,21 0,23 0,25 0,02 0,22 0,09 426

Amaral Ferrador 0,24 0,23 0,22 0,22 0,21 0,20 0,01 0,22 0,05 425

São Jerônimo 0,20 0,21 0,22 0,23 0,24 0,24 0,02 0,22 0,07 424

Iraí 0,28 0,26 0,24 0,22 0,21 0,19 0,03 0,23 0,14 423

Cacequi 0,23 0,23 0,24 0,24 0,25 0,25 0,01 0,24 0,03 422

Pinheirinho do Vale 0,23 0,24 0,25 0,26 0,01 0,24 0,04 421

Arvorezinha 0,29 0,28 0,26 0,24 0,22 0,20 0,03 0,25 0,13 420

Redentora 0,20 0,22 0,24 0,26 0,28 0,30 0,03 0,25 0,13 419

Rio dos Índios 0,27 0,26 0,25 0,24 0,01 0,26 0,04 418

Santana da Boa Vista 0,23 0,24 0,25 0,27 0,28 0,29 0,02 0,26 0,09 417

Dom Feliciano 0,27 0,27 0,26 0,26 0,26 0,25 0,01 0,26 0,02 416

Ametista do Sul 0,19 0,24 0,29 0,34 0,06 0,27 0,21 415

Gramado dos Loureiros 0,26 0,27 0,27 0,28 0,01 0,27 0,02 414

Rosário do Sul 0,30 0,29 0,28 0,27 0,26 0,25 0,02 0,28 0,07 413

Barros Cassal 0,41 0,36 0,30 0,25 0,20 0,14 0,09 0,28 0,33 412

Maquiné 0,26 0,27 0,28 0,29 0,01 0,28 0,04 411

Miraguaí 0,32 0,31 0,29 0,27 0,26 0,24 0,03 0,28 0,10 410

Cerro Grande do Sul 0,27 0,28 0,28 0,28 0,29 0,29 0,01 0,28 0,02 409

Vista Gaúcha 0,20 0,23 0,27 0,30 0,33 0,36 0,05 0,28 0,19 408

Fonte: Tabela 3.2.11– FEE/NIS

3.4 CONCLUSÃO GERAL DA PESQUISA COM BASE NO “RANKING” DO

ÍNDICE SOCIAL MUNICIPAL AMPLIADO DO RIO GRANDE DO SUL,

PERÍODO 1991 – 1996.

A construção do índice aqui apresentado tentou abranger as multiplicidades das

tarefas e situações da complexa atividade do homem, na sua vida em sociedade, alcançando

resultados em termos de algumas variáveis selecionadas, que ao compararem entre si todos

os municípios do Rio Grande do Sul estabelecem um ranking, que indica a posição de cada

um em relação aos demais, sintetizando as melhores condições na comparação das posições

entre os mesmos.

O processo de desenvolvimento social, devido a sua natureza dinâmica decorrente

de múltiplas dimensões, por si só se depara com problemas de ordem teórica e de

Page 62: Fee Relatorio Isma 1991 1996

62

mensuração no tempo e no espaço, requerendo atenção e aprimoramentos permanentes para

a compreensão e resolução de problemas da realidade social.

É preciso esclarecer as limitações científicas ao se tratar de relações sociais, dada a

impossibilidade de decompor a realidade social em torno de algumas variáveis e depois

pretendendo reagrupa-las; ordenadas, priorizando técnicas, problemas, graus, hierarquias e

responsabilidades como que buscando reconstruí-la visando eficiência para instrumentalizar

os planejadores, legisladores e a comunidade na busca de soluções para os problemas que

entravem o seu desenvolvimento.

Em outras palavras, como afirma (RATTNER, 1979) “ao tratamos de superar os

vieses de economicismo e de dimensão físico-espacial do planejamento, procurando

conferir a devida dimensão e importância à vida social, ou seja, aos valores e objetivos dos

membros da sociedade, mister é enfatizar que os mesmos só podem ser estabelecidos e

determinados mediante os processos de interação, comunicação e de diálogo democrático

entre as partes envolvidas e interessadas”.

Por isso que procurou-se comparar as condições sociais dos municípios da melhor

forma possível. Embora se saiba que a realidade não pode ser mensurável de forma precisa

. Neste trabalho foram feitas várias tentativas, em termos de tratamento dos dados e escolha

das variáveis, no sentido de melhorar a qualidade do índice que estamos apresentando agora

Os indicadores sociais, dada a sua multiplicidade de vetores, aproximam-se mais da

realidade, como hipótese de estudo, do que a forma tradicional de mensuração através de

medidas de renda (PIB per capita), como condição única de síntese do processo de

desenvolvimento.

As variáveis precisam ser ampliadas e melhor qualificadas, à medida do possível,

afim de evitar distorções no sentido de que municípios com menor infra-estrutura geral

urbana apresentem-se com um índice melhor do que aqueles municípios de maior porte e

com melhores condições gerais de infra-estrutura urbana reconhecidas.

Na análise das discrepâncias verificou-se que os indicadores, dado o número de

variáveis, apresentam qualidades diferenciadas para um mesmo município, em função

Page 63: Fee Relatorio Isma 1991 1996

63

disso, o Índice Geral dos municípios ao atingir o valor de 0,65 não fica próximo de 1 e

revela a distância do caminho ainda por percorrer.

As conclusões por bloco de variáveis, correlacionadas por área de estudo, baseado

nos resultados obtidos do ISMA, nas médias e nos dados brutos revelam que as conclusões

por bloco são:

CONDIÇÕES DOS DOMICÍLIOS E SANEAMENTO

Analisando os dados, do bloco, na série de anos considerada 1991-1996, conclui-se

que quanto a variável abastecimento dos domicílios por água tratada, nos municípios em

que há sistemas de captação e tratamento de água, há um crescimento no atendimento ao

longo dos anos, sendo que em 1996, muitos atingem praticamente 100 %, na zona urbana,

ou estão próximo desse objetivo final. Nos municípios em que não há sistemas de

tratamento, ou não dispõem-se de informações, foi atribuído valor zero, sendo todos

municípios novos ou de pequena população, concluindo-se serem os mais carentes, onde a

população está sob maiores riscos de contraírem doenças inerentes a veículação hídrica, por

falta de abastecimento de água potável com controle técnico de sua qualidade, visando

atender aos padrões de potabilidade do Ministério da Saúde. Salientamos que não foi

considerada a área rural, por falta de dados, entretanto, cabe ao setor público dotar todos os

domicílios de água potável, dentro do princípio da universalização dos direitos do cidadão,

apesar das responsabilidades serem de órgãos públicos diferentes, visto que os municípios

são responsáveis diretamente apenas pelo abastecimento das áreas urbanas.

Quanto a variável coleta de esgoto cloacal dos domicílios na área urbana, observa-se

uma grande carência, onde em 1996, apenas 50 municípios apresentavam rede pública de

coleta de esgoto cloacal, assim mesmo, com uma cobertura parcial de coleta nos

domicílios, sendo que o melhor é Porto Alegre, com um atendimento de cerca de 54 %, o

que ainda é uma grande carência. Conclui-se portanto, que não houveram significativos

investimentos nesta área nos municípios de nosso Estado, sendo a variável de saneamento

que apresenta a maior carência. Convém salientar, também, que o tratamento de esgotos

cloacal, praticamente inexistem na grande maioria dos municípios, devendo ser uma área

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64

prioritária de investimentos públicos, após a instalação de redes públicas de coleta, visto

que o lançamento em bruto, em corpos de água superficiais, compromete a qualidade de

suas águas, as quais são as principais fontes de captação de águas brutas para o

abastecimento público de água potável da população. Apesar de não ter sido contemplada a

área rural, neste trabalho, não menos importante é o estabelecimento de políticas públicas

de apoio e orientação aos moradores, da destinação do esgoto, visto que estes poderão

contaminar as suas próprias fontes de captação de água, as quais geralmente, são poços

escavados rasos ou artesianos, vertentes, e corpos de água superficiais. Esta prioridade

inclui-se em um contexto maior de políticas públicas para a fixação do homem no campo.

Quanto a variável Média de Moradores por Domicílio, observa-se que não há

alterações significativas, havendo uma leve tendência de queda, no período de 1991-1996.

Saliente-se que comparativamente a média do Brasil, apresenta valores menores.

EDUCAÇÃO

A construção do Bloco Educação foi composto de quatro variáveis: duas de

produtividade (taxa de reprovação e de evasão no ensino fundamental), uma de cobertura

(taxa de atendimento no ensino médio) e outra de escolaridade (taxa de analfabetismo).

As variáveis que compõem o Bloco Educação tiveram pesos técnicos diferenciados

onde a taxa de analfabetismo recebeu o maior peso na ordem de 35%. O RS no conjunto

dos Estados brasileiros tem uma das menores taxas de analfabetismo, o que nos levou a

ponderar com maior peso esta variável e as comunidades que ainda apresentam taxas altas,

foram penalizadas no cálculo do Índice de Educação e, conseqüentemente no Índice Geral

dos quatro blocos estudados que é uma média ponderada do conjunto.

As variáveis que formam o Bloco de Educação, no período 1991-1996, tiveram uma

melhora no âmbito estadual, em especial nas comunidades pequenas que investiram

recursos e organizaram programas pedagógicas criativos para sanar os problemas de baixa

produtividade e escolaridade de seus habitantes. Torna-se importante ressaltar que

dependendo a quantidade de alunos atendidos é mais fácil melhorar o desempenho de

algumas destas variáveis.

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65

Na cobertura do ensino médio, que requer maiores investimentos para atender a

população de 15 a 19 anos, verifica-se que na totalidade dos municípios investigados este

atendimento esta longe de ser o ideal, embora no período investigado ocorreu um salutar

crescimento das taxas de atendimento.

Os municípios que ficaram nas últimas posições no Índice Geral, sobressaem

aqueles que mantém altas taxas de analfabetismo e de reprovação no ensino fundamental,

bem como o baixo atendimento no ensino médio, sendo esta última caraterística

disseminada na maioria dos municípios.

SAÚDE

Os indicadores sociais municipais de Saúde para o Rio grande do Sul ,no período de

1991-1996, tentam mostrar a evolução da saúde pública no Estado através das varáveis

Unidades Ambulatoriais por 1.000 habitantes, Leitos Hospitalares por 1.000 habitantes,

médicos por 10.000 habitantes, Baixo Peso ao Nascer e Taxa de Mortalidade Infantil para

menores de 5 anos.

A variável Unidades Ambulatoriais por 1.000 habitantes que se compõem de posto

de saúde, posto ambulatorial e posto de atendimento médico, foi a única variável que

apresentou uma melhora neste período, já que a introdução de novos municípios faz-se

necessário a instalação de novos equipamentos para a saúde pública. Cabe salientar que

todos os municípios apresentam pelo menos uma unidades ambulatoriais.

A variável Leitos Hospitalares por 1.000 habitantes que é medida por leitos em

todos hospitais da rede pública e privada, conveniadas pelo SUS, foi a que apresentou pior

desempenho, caracterizando a crise na saúde pública no Estado. Desde que foi implantado

o Sistema Único de Saúde em 1988 tem havido um decréscimo de oferta de leitos na Rede

Pública e Privada de Saúde, prejudicando a maioria da população. A má distribuição dos

hospitais no Estado e a inserção de novos municípios sem a estrutura satisfatória para o

atendimento das camadas mais necessitadas tem, canalizado um enorme contingente da

população à capital que não tido equipamento necessário para o seu pleno atendimento. Em

1991 havia 34.760 leitos no RS e, em 1996 apresentava 31.264, no qual Porto Alegre que

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66

tinha 7.390 leitos conveniados pelo SUS em 1991 , apresentou 6.519 no ano de 1996, tendo

uma queda de 2.095 leitos nesse período.

A variável Médicos por 10.000 habitantes também apresentou decréscimo no

período de 1991-1996, apesar desta queda não ser tão significativa como leitos hospitalares,

também detectando-se a má distribuição destes técnicos nos municípios gaúchos. A cidade

de Porto Alegre que detinha 7.390 médicos ,de um total de 10.065 no Estado em 1991,

permaneceu com 5.382 em 1996, num total de 9400 nesse ano. Mesmo supondo que houve

um deslocamento de médicos para o interior, esse número é insuficiente para o atendimento

da população.

A variável Baixo Peso ao Nascer também apresentou piora nesse período, pois

apresentava a maior taxa de 8,16% em 1991, alcançando o valor de 8,47% dos nascidos

vivos em 1996.

A variável Taxa de Mortalidade em Menores de cinco anos apresentou pequena

melhora, pois de 22,52 em 1991, passou para 19,85 em 1996. E necessário comentar que a

TMM5 máxima em 1991 e 1996 permaneceu em torno de 50 óbitos para cada 1.000

nascidos vivos , demonstrando que nos bolsões de miséria o problema permanece.

RENDA

O dado de renda obtido através da RAIS, que mensura apenas o setor formal foi

utilizado para estimar o comportamento de toda população ocupada não reflete bem a

realidade visto que o setor informal é uma parcela significativa da economia. O estudo

desse dado revela que o mesmo apresenta uma grande variabilidade anual por município

representando um problema na avaliação dos municípios novos e de baixa população.

O dado da despesa por função social dos municípios por representar uma forma de

remuneração indireta, em termos dos resultados apresentados não estava bem relacionada

em termos de resultados com as outras duas variáveis existentes nesse bloco. Não existe

como qualificar essa variável para saber quanto do gasto social representa efetivamente

despesa em benefício da população, afora que quase a metade dessa informação é resultante

dos gastos em Assistência e Previdência.

Na variável construída a partir do Produto Interno Bruto Municipal per capita a

custo de fatores, além dos problemas específicos de mensuração inerentes a própria

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67

construção das estimativas do PIB, convém salientar outros fatores relevantes. Trata-se de

um indicador que sinaliza dados de riqueza como um todo, deixando de considerar questões

de distribuição de renda, riqueza e pobreza. Então, seria interessante salientar ser necessário

uma avaliação conjunta deste indicador contrapondo às tendências através do Gini e de

variáveis da despesa social, a nível de municípios.

4. RECOMENDAÇÕES OU PERSPECTIVA DE CONTINUIDADE

A construção dos indicadores municipais, além de significar um avanço

metodológico naquilo que já foi elaborado, qualificando melhor os seus resultados,

proporcionará subsídios para a elaboração das políticas públicas e elementos para os

esclarecimentos e formulações de propostas feitas pelas próprias comunidades locais na

busca de soluções de seus problemas.

O Índice Social Municipal Ampliado, ao considerar uma gama maior de variáveis,

retoma o esforço até então empreendido e avança oferecendo um detalhamento mais

adequado dos problemas que se impõem resolver dadas as disponibilidades estatísticas em

órgãos públicos e privados.

Fazendo-se-se necessário, para isso, um novo conceito de trabalho, realizado em

conjunto e solidario através do comprometimento das instituições geradoras de informações

na área social , para atender eficazmente às demandas da sociedade.

Neste momento, é preciso considerar as contribuições de Médici (1990), nos

alertando para a possibilidade de estabelecer uma série de novos requisitos para a demanda

por dados, através de um Sistema de Informações, onde:

“- toda a informação estatística deva ser produzida de forma a garantir a

regularidade e a comparabilidade inter-temporal entre as séries existentes;

- toda informação estatística deva ser prestada no sentido de que sejam utilizados os

mesmos conceitos e formas da captação;

- seja incrementada a capacidade de criar estatísticas que possam ser montadas de

reforma harmônica e compatível, inclusive do ponto de vista micro, mesorregional ou

qualquer outra regionalização desejável;

- mais do que a produção de estatísticas domiciliares (como os Censos

Demográficos e as Pesquisas por Amostragem Domiciliar) ou de estatísticas por

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68

estabelecimento (Censos Econômicos ou Pesquisas Setoriais). Deve ser exigido que os

próprios registros administrativos - dados retirados das estatísticas de funcionamento dos

organismos produtores de bens ou prestadores de serviços governamentais ou não - sejam

utilizados como informação para o planejamento22

.;

- objetive-se a análise ou a avaliação de uma dada situação, sem correr o risco de

torná-las ociosas, até mesmo, inadequadas para o planejamento e para a investigação

técnico-científica; e

- evite-se, inclusive, uma multiplicação e superposição das fontes sem que haja

esforços no sentido de integrá-las.”

Torna-se imprescindível buscar a construção e manutenção conjunta entre os órgãos

de um Índice Social Municipal Ampliado, resultante de uma contabilidade social integrada,

através de um Sistema de Informações Sociais Municipais, para o estado do Rio Grande do

Sul. O mesmo constitui-se num inequívoco instrumento para a coordenação do

planejamento e para a formulação da política econômica e social.

A articulação dos órgãos prestadores de informação também supriria a “falta de

comunicação” entre os usuários dos dados, posto que a maior parte das pesquisas

elaboradas são feitas sem a consulta prévia aos seus principais usuários23

. Igualmente,

deve-se ter cuidado para que tais pesquisas não dupliquem outras já existentes e que os

dados produzidos, o sejam naquilo que é objeto próprio.

Para um adequado aprimoramento dos dados recebidos, na formulação do Índice

Social Municipal Ampliado, urge ampliar a interligação entre os órgãos públicos

prestadores das informações primárias utilizadas em um movimento mais profundo, ora

proposto. Estruturando-se um Sistema de Informações Sociais Municipais, cujas finalidades

seriam, além de melhorar o ritmo e a qualidade das informações, alcançar objetivos comuns

na construção de uma base ativa de dados interligados e atender à demanda das políticas

públicas, bem como, o contínuo aperfeiçoamento, a formação e capacitação dos quadros

administrativos das Instituições Públicas envolvidas.

22 Muitas informações deverão ser buscadas diretamente nos municípios para melhor qualificação e

confiabilidade dos dados. 23 No caso dos dados sobre Consumo de Energia Elétrica Residencial, apesar dos dados brutos estarem

disponíveis na CEEE e demais Concessionárias, estes não são trabalhados a fim de possibilitar que se conheça

o consumo de energia em todos os municípios.

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69

As faltas de dados nas variáveis selecionadas, a necessidade de homogeneização das

informações e as lacunas temporais no fornecimento das mesmas, para 150 municípios,

apontam para a necessidade de um novo projeto na realização de uma pesquisa de campo.

O mesmo deve ser estruturado conjuntamente com as Instituições Públicas, responsáveis

pelo fornecimento de dados para a construção, manutenção (atualização para 1997, 1998 e

anos seguintes) e melhor qualificação do Índice Social Municipal Ampliado, apresentado

neste momento.

Para suprir essas deficiências elaborou-se um novo projeto: SISTEMA DE

INFORMAÇÕES SOCIAIS MUNICIPAIS PARA O RIO GRANDE DO SUL, apresentado

à FAPERGS para apreciação, o qual propiciará uma ampla divulgação e discussão do

presente trabalho no sentido de constantes aperfeiçoamentos através da ampliação das

variáveis que tentam representar a condição sócio-econômica das populações de cada

município.

Page 70: Fee Relatorio Isma 1991 1996

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17/05/99.

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ano,1 a 4 anos, período 1994.

http://www.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/dxrs.def capturado em

17/05/99.

Mortalidade- CID-9; Óbitos por residência por município e faixa etária: menor 1

ano,1 a 4 anos, período 1993.

Page 75: Fee Relatorio Isma 1991 1996

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Mortalidade- CID-9; Óbitos por residência por município e faixa etária: menor 1

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