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ISSN 1679-2645
Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa - SIStema FIeB
Bahia
aNo XXI Nº 235 jaN/Fev/2015
RefeRência em tecnologiaInstitutos de Inovação colocam o SENAI Bahia na vanguarda
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eDitoRial
Bahia tem a chance de reverter atraso tecnológicoA despeito da presença do Polo Petroquímico de Ca-
maçari, que começou a transformar de forma mais
efetiva o perfil eminentemente agrícola do estado,
a partir dos anos 1970, a Bahia sempre se ressentiu
da falta de instituições que investissem de maneira
maciça em pesquisa direcionada para as demandas
da indústria. A Universidade Federal da Bahia e suas
unidades destinadas à ciência cumpriram, ao longo
do século 20, e ainda cumprem o papel de prover pes-
quisas e tecnologias. Mas a diversificação do perfil
das indústrias que desde os anos 1990 começaram a
se instalar na Bahia trouxe novos desafios aos seg-
mentos acadêmicos no desenvolvimento de estudos,
pesquisas e serviços técnicos.
Em 1992, o SENAI Cimatec surgiu com o propósito
de suprir as lacunas e estabelecer um programa de
cursos e soluções mais aderentes às demandas da
nova indústria do estado e, agora, sediando os Ins-
titutos SENAI de Inovação, promete reescrever a his-
tória da pesquisa avançada e tecnológica do estado
aplicada às demandas industriais.
A reescrita dessa história já se desenha como pro-
jetos como o Flatfish, que está sendo desenvolvido
pelo Instituto SENAI de Inovação em Automação da
Produção, a pedido do BG Group (empresa inglesa
de exploração de petróleo, parceira da Petrobras no
pré-sal). O projeto conta com um investimento de R$
28 milhões e deverá ficar pronto em novembro deste
ano. A entrega será um robô submarino para fazer
inspeção em instalações submersas de produção de
petróleo.
O Flatfish é um dos 16 projetos desenvolvidos pelo
instituto baiano, que, em menos de um ano de atu-
ação, já conta com mais de R$ 40 milhões em proje-
tos contratados. O coordenador do Instituto, Herman
Augusto Lepikson, sintetiza em poucas palavras esta
revolução. Segundo ele, o Brasil tem um “potencial
fantástico na área de soluções em automação e robó-
tica, mas acaba comprando muita solução de fora,
com alto valor agregado. Por isso, o instituto vem atu-
ar sobre um grande gargalo que há no Brasil que é o
desenvolvimento de projetos de tecnologia avançada
Os Institutos SENAI de Inovação prometem reescrever a história da pesquisa avançada e tecnológica do estado aplicada às demandas industriais
O SENAI Cimatec abriga
os três institutos de
tecnologia voltados para
pesquisas avançadas
mArcElO gANdrA/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB
para assegurar a competitividade
da indústria brasileira”.
Este cenário já coloca o SENAI
Bahia como referência nacional
na prestação de serviços tecnoló-
gicos e apoio a pesquisas. Além
do Instituto em Automação da
Produção, a instituição dispõe
de outros dois ISIs. Um em Con-
formação e União de Materiais
e outro em Logística. Juntos, os
três institutos baianos estão com
21 projetos em andamento, que
representam mais de R$ 43 mi-
lhões. Outros projetos estão em
fase de negociação, o que poderá
elevar o montante dos investi-
mentos em pesquisa para mais de
R$ 90 milhões.
Se a Bahia, na primeira metade
do século 20, mergulhou num os-
tracismo que ficou conhecido co-
mo o Enigma Baiano, o século 21
já começa colocando o estado na
vanguarda da tecnologia avança-
da, redesenhando o futuro.
4 Bahia Indústria
SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação e
tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria
do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] /
Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de ÓleoS VegetaiS
e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da cerVeja e de BeBi-
daS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão, PaSta de madeira
Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do trigo, milho,
mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de minera-
ção de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conStrução do eStado da Bahia,
[email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS,
detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS
de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto.
antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria da cidade do SalVador, [email protected]
/ Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS SintéticaS do eStado da Bahia, [email protected] /
Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Produ-
toS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS QuímicoS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS
do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS, SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia,
[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS
indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica
e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de tele-
comunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material
elétrico de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
daS indúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFa-
toS de PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS
de cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia [email protected] Sindicato
da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do nordeSte (Siacan) [email protected] / Sindicato nacional da indúStria da
conStrução e reParação naVal e oFFShore (SinaVal) [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de PaniFicação e conFeitaria
do eStado da Bahia, [email protected]
filiada à
Bahia
fiEBPRESIDENTE Antonio ricardo Alvarez Alban. 1° VICE-
-PRESIDENTE carlos henrique Jorge gantois. VICE-
-PRESIDENTES Josair Santos Bastos; mário Augusto
rocha pithon; Edison Virginio Nogueira correia;
Alexi pelagio gonçalves portela Junior. DIRETORES
TITULARES Eduardo catharino gordilho; Alberto
cánovas ruiz; Eduardo meirelles Valente; renata
lomanto carneiro müller; leovegildo Oliveira de
Sousa; fernando luiz fernandes; Juan Jose rosario
lorenzo; theofilo de menezes Neto; José carlos
telles Soares; Angelo calmon de Sa Junior; Jeffer-
son Noya costa lima; fernando Alberto fraga; luiz
fernando Kunrath; João Schaun Schnitmam. DIRE-
TORES SUPLENTES mauricio toledo de freitas; gui-
lherme moura costa e costa; gladston José dantas
campêlo Waldomiro Vidal de Araújo filho; cléber
guimarães Bastos; Jorge catharino gordilho; marce-
lo passos de Araújo; Antonio geraldo moraes pires;
roberto mário dantas de farias
conSElhoSCONSELhO DA MICRO E PEqUENA EMPRESA INDUS-
TRIAL carlos henrique Jorge gantois; CONSELhO DE
ASSUNTOS FISCAIS E TRIbUTáRIOS mário Augusto
rocha pithon; CONSELhO DE COMéRCIO ExTERIOR
Angelo calmon de Sá Junior; CONSELhO DE ECONO-
MIA E DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Antonio Ser-
gio Alipio; CONSELhO DE INFRAESTRUTURA marcos
galindo pereira lopes; CONSELhO DE INOVAçãO
E TECNOLOgIA José luis gonçalves de Almeida;
CONSELhO DE MEIO AMbIENTE Jorge Emanuel reis
cajazeira; CONSELhO DE RELAçõES TRAbALhISTAS
homero ruben rocha Arandas; CONSELhO DE
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Andraos Oliveira; COMITê DE JOVENS LIDERANçAS
INDUSTRIAIS Eduardo faria daltro; COMITê DE PE-
TRóLEO E gáS humberto campos rangel; COMITê
DE PORTOS Sérgio fraga Santos faria
ciEBPRESIDENTE reginaldo rossi. 1º VICE-PRESIDENTE
Jorge Emanuel reis cajazeira. 2º VICE-PRESIDENTE
carlos Antonio Borges cohim da Silva. 3º VICE-PRE-
SIDENTE roberto fiamenghi. DIRETORES TITULARES
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ro filho; cleber guimarães Bastos; luiz da costa
Neto; luis fernando galvão de Almeida; marcelo
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tina cánovas Amorim; hilton moraes lima; thomas
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felix carvalho. DIRETORES SUPLENTES Antonio fer-
nando Suzart Almeida; carlos Antônio Unterberger
cerentini; décio Alves Barreto Junior; Jorge robledo
de Oliveira chiachio; fernando Elias Salamoni cas-
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campos; Sudário martins da costa; CONSELhO FIS-
CAL - EFETIVOS luiz Augusto gantois de carvalho;
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CONSELhO FISCAL – SUPLENTES felipe pôrto dos An-
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motta da costa
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Antonio ricardo Alvarez Alban.
SUPERINTENDENTE Armando da costa Neto
SEnaiPRESIDENTE DO CONSELhO Antonio ricardo A. Alban.
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iElPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL
Antonio ricardo Alvarez Alban.
SUPERINTENDENTE Evandro mazo
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FEDERAçãO DAS INDúSTRIAS
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Presidente da
FIEB, Ricardo
Alban, assume
Conselho da
instituição
Posse no sebrae
Solução nos contratos da Chesf com
indústrias eletrointensivas de base e
ajuste dos gastos públicos são
considerados temas prioritários para
a indústria baiana em 2015
FIeb reForça atuação na deFesa de Interesses
Implantado em 2013, o ensino a
distância do SESI contabiliza
resultados positivos na elevação de
escolaridade do trabalhador da
indústria e será ampliado
soluções sesI emeducação a dIstâncIa
Presidente da
entidade,
Reginaldo Rossi,
detalha as ações
para 2015
cIeb aPoIa no InterIor
Com 21 projetos
de pesquisa em
andamento,
SENAI Bahia
atua na geração
de tecnologia
PesquIsaFocada naIndústrIa
sumáRio Jan/fev 2015
14
herman Lepikson,
do SENAI, em foto
de Marcelo gandra
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6 Bahia Indústria
Por Marta Erhardt
entRevista regInaldo rossI
De agosto a dezembro de 2014 o Centro das In-
dústrias da Bahia (CIEB) conseguiu aumen-
tar sua base de associadas em 14%. Ciente
da importância do associativismo para o for-
talecimento do setor industrial baiano, a instituição
tem como meta conseguir, neste ano, um incremento
de 69% no total de associadas. Para isto, investiu na
contratação de pessoal para atuar no interior do es-
tado, levantando as necessidades das indústrias, em
especial as de micro, pequeno e médio portes. O CIEB
também atua na articulação com instituições parcei-
ras, como SESI, SENAI, IEL e Sebrae, com as quais
busca soluções para as demandas identificadas.
Além disso, tem promovido e apoiado ações de capa-
citação, rodadas de negócios e cafés empresariais em
municípios de várias regiões da Bahia. Nesta entre-
vista, o presidente da instituição, Reginaldo Rossi,
fala sobre a importância do associativismo e da união
do empresariado para a defesa de interesses comuns
e aponta os principais objetivos do CIEB para 2015.
“a única forma de superarmos as adversidades é com união”desde novembro na presidência do centro das Indústrias da Bahia (cIEB), o empresário reginaldo rossi defende a importância do associativismo
qual o balanço que da atuação do CIEb em 2014?
O ano de 2014 foi bastante difícil. Começamos o ano
com a campanha eleitoral e com todas as implicações
que ela impõe. Em meados de agosto, esse processo
foi encerrado e tomamos posse. Com a perda do nos-
so presidente Carlos Gilberto, em novembro, assumi a
presidência, conforme rege o estatuto do CIEB. Nosso
companheiro Jorge Cajazeira assumiu a 1ª vice-pre-
sidência, seguido dos nossos amigos Carlos Cohim
e Roberto Fiamenghi. Em face do processo eleitoral,
todos os trabalhos do CIEB praticamente ficaram de-
sativados até agosto. Apenas os negócios existentes
foram mantidos. Após agosto, entretanto, diante de
um novo horizonte, retomamos a rotina de trabalho.
Nos poucos meses de atuação, os resultados foram
bastante positivos. Fechamos 2014 com um aumento
de 14% sobre a nossa base de associados, especial-
mente entre micro, pequenas e médias empresas
(MPME). Além disso, apoiamos a realização de 26
eventos no estado, com a capacitação de mais de 780
funcionários das indústrias nas mais diversas regi-
ões. De acordo com pesquisa realizada, nosso índice
de satisfação foi de 95%.
quais as perspectivas para 2015?
A situação conjuntural é bastante preocupante. En-
tretanto, estamos otimistas com relação à atuação
do CIEB. Com o lançamento do Programa de Desen-
volvimento Industrial (PDI), que deve ser implemen-
tado em 2015, teremos a responsabilidade de levar o
programa para as MPME e, com a experiência e garra
de nossa equipe, com certeza os resultados serão po-
sitivos. Para este ano, nossos objetivos são bastante
audaciosos. Buscaremos um crescimento de 69%
sobre a nossa base de associados, o que representa
o ingresso de cerca de 450 novas empresas. Já estão
programados 57 cursos de capacitação, rodadas de
negócios e cafés empresariais. Também queremos
levar missões internacionais para algumas cidades
do interior. Neste sentido, estamos discutindo com
o Centro Internacional de Negócios (CIN/FIEB), a
realização de visitas de missões internacionais a ci-
dades do interior, para que a possibilidade da inter-
nacionalização seja uma realidade também para as
MPME. Além disso, vamos promover reuniões com
lideranças de todas as regiões do estado a fim de es-
treitar o relacionamento do Sistema FIEB com a in-
dústria. Orientamos nosso pessoal para que sintam
os problemas dos empresários e continuem sensíveis
Bahia Indústria 7
ANgElO pONtES / cOpErphOtO SIStEmA fIEB
a qualquer reivindicação, da mais
simples à mais complicada, pois
só assim poderemos aperfeiçoar
o nosso entendimento e encontrar
solução para os problemas das
empresas industriais na Bahia.
De que forma o CIEb tem contribu-
ído para atender as principais dire-
trizes estabelecidas pela diretoria
da FIEb, como o apoio às MPME e
a interiorização?
No final de 2014 contratamos
mais dois colaboradores para
atender especificamente o in-
terior. Agora dispomos de uma
equipe mais qualificada e pronta
para atender e apoiar os empre-
sários, com especial atenção para
micro, pequenas e médias em-
presas. Hoje vivemos em contato
frequente com a indústria, levan-
tando suas principais demandas.
Entre as ações, nossa equipe vai
levar o PDI para o interior do es-
tado. Além disso, temos progra-
mados cursos de capacitação do
Programa de Desenvolvimento
Associativo (PDA) e também es-
tamos atuando no fortalecimento
das cadeias produtivas.
quais os principais entraves en-
frentados?
A extensão territorial da Bahia
é um complicador, mas pode ser
contornada com a contratação de
pessoal e com o uso da tecnolo-
gia, a fim de encurtar a distância
no relacionamento. Todavia, o
que mais me preocupa é a falta de
consciência associativa de parte
do nosso empresariado, seja na
indústria, no comércio ou na pres-
tação de serviços. Temos de sensi-
bilizar nossos industriais de que
a única forma de superarmos as
adversidades é com união, coesos
em torno de uma causa. É preciso
8 Bahia Indústria
que eles entendam que tudo que o
CIEB faz tem como único objetivo
beneficiar a indústria.
Como o CIEb atua para ampliar o
número de empresas associadas?
O CIEB tem atuado no interior do
estado de forma a encurtar a dis-
tância existente entre o Sistema
FIEB e a indústria. Estamos pre-
sentes no dia a dia das indústrias,
entendendo suas dificuldades e
buscando soluções com institui-
ções integrantes do Sistema FIEB
– SESI, SENAI e IEL – e outros par-
ceiros, como o Sebrae. Com ações
como treinamentos, capacitações,
rodadas de negócios e missões
internacionais, temos obtido um
bom nível de penetração no mer-
cado e, como consequência, es-
tamos conseguindo trazer novas
associadas para o Sistema FIEB.
quais os benefícios oferecidos às
empresas associadas?
Atualmente, contamos com convê-
nio com as instituições do Sistema
FIEB. O SESI disponibiliza para as
nossas associadas condições dife-
renciadas nos serviços de Saúde
e Segurança no Trabalho, Lazer,
Odontologia e Educação, além do
apoio em consultorias em Normas
Regulamentadoras. Já o SENAI
oferece descontos em cursos de
aprendizagem e qualificação pro-
fissional, além de consultorias
com condições diferenciadas. O
IEL concede benefícios nos ser-
viços de Estágio, Capacitação
Empresarial e projetos especiais
como o de Qualificação de Forne-
cedores. Com a parceria com o Se-
brae, conseguimos subsídios em
projetos para as nossas associa-
das, além de palestras , cursos e
consultorias, também com custos
diferenciados.
Uma novidade para 2015 é a rede de parceiros. Em
que consiste este projeto?
O projeto consiste em estruturar parcerias com em-
presas estratégicas que possam oferecer produtos e/
ou serviços de interesse das associadas ao CIEB, com
valores diferenciados dos praticados no mercado, fa-
zendo com que as empresas associadas e seus funcio-
nários desfrutem de descontos e condições especiais.
Como exemplo, podemos citar a Serasa, que vai colo-
car à disposição das nossas associadas a Certificação
Digital com desconto de 10%. Contamos com parce-
rias com farmácias, academias de ginástica, cinemas
e empresas de locação de automóveis. Também esta-
mos negociando o ingresso de uma rede de supermer-
cados para oferecer ao industriário baiano a compra
da cesta básica em condições diferenciadas. Nossa
previsão é que esse projeto seja lançado em março.
Como o CIEb tem atuado na defesa de interesses da
indústria?
A defesa de interesses tem sido desenvolvida pelo
CIEB e representa um importante benefício para o
setor industrial baiano. Temos especial preocupação
com relação aos distritos industriais do interior da
Bahia. Por isso, procuramos discutir o assunto com
o governo do estado, que tem se mostrado sensível
ao problema. Temos insistido sobre a necessidade de
mantermos os distritos industriais estruturados, com
pavimentação, iluminação e segurança, para que as
indústrias já instaladas tenham a segurança neces-
sária para as operações do dia a dia e também para
que outras indústrias se instalem, trazendo mais
emprego e renda para as diversas regiões do estado.
Outra questão à qual estamos atentos é quanto à im-
plantação do Porto Sul.
qual a importância do associati-
vismo para as empresas do setor
industrial?
Fica mais fácil aprimorar o negó-
cio quando interagimos com os
nossos parceiros. Por exemplo,
quando nos aliamos aos nossos
colegas de segmento para obter
cursos de capacitação para os
nossos funcionários, para a com-
pra de produtos com preços mais
competitivos, para lutar na defesa
dos nossos negócios, para discutir
mudanças de normas e leis. É bem
melhor atuar na cadeia produtiva
quando trocamos experiências
com as nossas congêneres. Dessa
troca extraímos novas ideias. Por
outro lado, é preciso que tenha-
mos a exata consciência das difi-
culdades que enfrentaremos ao
longo de 2015. É preciso ter uma
visão muito realista e sem roman-
tismos da posição adotada pelos
setores públicos de repassar ao
setor produtivo o custo da inefi-
ciência. Mais ainda, é necessário
que entendamos que se depender
dos governos, seremos forçados
a absorver mais impostos, mais
contribuições compulsórias, mais
responsabilidades com seguran-
ça, transportes, educação, saúde,
mais responsabilidades trabalhis-
tas, enfim. É preciso que cada um
de nós diga não aos abusos que
historicamente enfrentamos e te-
nhamos a exata noção da nossa
importância enquanto geradores
de emprego, renda e de rique-
zas para o país. E só existe uma
fórmula para enfrentarmos isso:
temos de estar juntos num só ob-
jetivo. Associativismo não é só a
união de pessoas. Associativismo
é a identificação e conjugação de
ideias e a luta conjunta na busca
de objetivos comuns, sempre vi-
sando a melhoria. [bi]
“estamos presentes no dia a dia das indústrias, entendendo suas dificuldades e buscando soluções com instituições integrantes do Sistema fIeB – SeSI, SenaI e IeL – e outros parceiros, como o Sebrae
circuito
Bahia Indústria 9
Por cleber borges
brasileiro espera liquidações para comprarO brasileiro é cauteloso na hora de
adquirir bens de maior valor, como
eletrodomésticos, eletrônicos, móveis
e veículos. Nove em cada dez pessoas
(91%) comparam preços antes de
realizar a compra e 64% esperam o
período de promoções para comprar. A
pesquisa Retratos da Sociedade - Perfil
do Consumidor Brasileiro, feita pela
CNI com 15.414 pessoas, em 727
municípios, mostra que o preço baixo é
o fator mais relevante para definir a
compra de um produto (56%). Em
segundo lugar, aparece a qualidade e
durabilidade do produto (49%).
Intenção de investir é a menor em cinco anosNo ano passado, 78,1% das empresas
industriais planejaram fazer algum
tipo de investimento. Destas, só 41,4%
realizaram os investimentos como
planejado e 9,2% adiaram os projetos
por tempo indeterminado,
especialmente por causa das
incertezas em relação à economia. Em
2015, só 69,3% das empresas
pretendem fazer algum tipo de
investimento. O número é 8,8 pontos
percentuais inferior ao de 2014.
Inflação passou a ser um problemaUma parcela maior da população
passou a ver a inflação como um
problema. É o que mostra pesquisa
feita pelo Ibope para a CNI, em
dezembro de 2014, com 2.002 pessoas
de 142 municípios. Em 2012, 12% da
população apontavam o controle da
inflação como uma das três principais
prioridades. Em 2014, o percentual
subiu para 29% e empata com o
combate à violência e à criminalidade
(29%) e fica atrás apenas da melhoria
dos serviços de saúde (51%).
“Menos iMpostos sobre o eMprego encorajariaM os negócios a contratar Mais pessoas. e Mais iMpostos sobre os produtos incentivariaM a reciclageM e a
diMinuição de resíduos.”Paul gilding, professor de Sustentabilidade da Universidade de Cambridge e ex-presidente da ONG Greenpeace.
Em competitividade brasil só ganha da Argentina Apesar dos pequenos avanços em
disponibilidade e custo da mão de
obra, peso dos tributos e na
microeconomia, o Brasil continua
em penúltimo lugar no ranking da
competitividade, quando
comparado a outros 14 países
concorrentes. Na avaliação de oito
fatores decisivos para as empresas
conquistarem os mercados interno e
externo, ele só fica à frente da
Argentina por ter retrocedido em
infraestrutura e na macroeconomia.
A conclusão é do estudo anual
Competitividade Brasil 2014, da
Confederação Nacional da Indústria
(CNI). Esta é a quarta edição do
estudo e o Brasil sempre se mantém
na mesma posição na lista que,
além da Argentina, inclui Colômbia,
México, Polônia, Turquia, Índia,
Rússia, África do Sul, Chile, China,
Espanha, Austrália, Coreia do Sul e
Canadá.
queda em infraestrutura e macroeconomiaNo topo da lista, aparece o Canadá,
seguido pela Coreia do Sul e a
Austrália. Apenas nos fatores
disponibilidade e custo de mão de
obra e em tecnologia e inovação, o
Brasil não está no terço inferior do
ranking, ou seja, entre a 15ª e a 11ª
posição, constata o estudo. No fator
disponibilidade e custo de mão de
obra, o Brasil passou do sétimo
lugar, em 2013, para o quarto em
2014; no de peso de tributos, saiu da
14ª posição para a 13ª em 2014. No
quesito ambiente microeconômico,
subiu do 13º para o 11º lugar.
Entretanto, na infraestrutura,
recuou da 13ª para a 14ª posição. No
ambiente macroeconômico, caiu do
10º para o 12º lugar.
10 Bahia Indústria
sindicatos
ANgElO pONtES/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB
Reeleita para mandato até 2017, a diretoria do Sindicato da Indústria de
Mármores e Granitos (Simagran-BA) tomou posse dia 16 de dezembro. O
presidente da entidade, Marcos Regis, afirma que um dos principais
desafios para os próximos anos é superar a crise financeira mundial.
Capacitação, ampliação do número de associados, interiorização e
fomento à exportação também estão no foco desta gestão. “Cabe ao
Simagran estimular as empresas para que possam crescer e galgar
novos mercados de forma competitiva, impulsionando o setor”, destaca
Regis, explicando que a Bahia é o maior polo em potencial de rochas do
mundo, em diversidade, dureza e com recursos abundantes.
O empresário Marcos Regis (C) segue à frente do Simagran até 2017
Sindiplasf tem novo presidenteO Sindicato das Indústrias de Artefatos de
Plásticos, Borrachas, Têxteis, Produtos Médicos
Hospitalares, Odontológicos, Veterinários, Linha
de Montagem de Produtos Afins de Feira de
Santana e Região (Sindiplasf) está sob nova
presidência. O vice-presidente, o empresário Luiz
da Costa Neto, assumiu a liderança da entidade
após a saída, em outubro, do presidente Serafim
Felix da Silva, que alegou questões pessoais para
o afastamento. O mandato da atual diretoria
segue até agosto deste ano.
Sindicatos trocam experiênciasExecutivos sindicais participaram, dia 26 de
novembro, na FIEB, da mesa-redonda Como
alavancar a gestão do sindicato?, com troca de
experiências e apresentação de boas práticas do
executivo do Simmmeb-SC, Maurício Rossa, e do
Simagran-BA, Bruno Reis. O executivo baiano
também foi convidado para evento semelhante
realizado pela Federação das Indústrias da
Paraíba (FIEP), em Campina Grande. Já o
presidente do Sindileite-BA, Paulo Cintra,
participou em dezembro de duas mesas-redondas
para dirigentes sindicais, promovidas pela FIEP,
em Campina Grande (dia 10), e João Pessoa (dia
11). Reuniões itinerantes, parcerias,
fortalecimento das ações de comunicação e
disseminação de conhecimento aos laticinistas
foram algumas das estratégias citadas. Os
encontros integram o Programa de
Desenvolvimento Associativo (PDA),
desenvolvido pela CNI.
Sindpacel comemora 60 anos Para comemorar seus 60 anos, o Sindicato das
Indústrias de Papel e Celulose (Sindpacel) e
indústrias associadas publicaram um caderno
especial no jornal A Tarde, no dia 13 de
dezembro. O material destacou as expectativas
para 2015 e os novos investimentos previstos
pelas indústrias do setor no sul da Bahia. Para o
futuro, Jorge Cajazeira, presidente do sindicato,
espera manter as conquistas alcançadas pela
atual diretoria e tem foco no diálogo com
empresas, sindicatos, federações e
confederações.
simagran reelege diretoria
pEdrO AUgUStO/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB
2º CaféTEC rEúnE EmprEsários Em ilhéus • Com o objetivo de
discutir demandas em TIC, eletroeletrônica, Lei do Bem e fontes
de financiamento, o Sindicato das Indústrias de Aparelhos
Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares de
Ilhéus e Itabuna (Sinec), em parceria com o SENAI, promoveu, em
novembro, em Ilhéus, o 2º CaféTEC. O encontro reuniu
empresários do setor para debater temas importantes para o
desenvolvimento econômico e tecnológico da região.
Bahia Indústria 11
Mais de 2 mil trabalhadores de 13 empresas associadas ao Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon-BA) participaram da 8ª edição dos Jogos da Construção, realizado nos dias 29 e 30 de novembro, no SESI Simões Filho. O número representa um aumento de 42% no total de participantes em relação a 2013. Promovido desde 2007, em parceria com o SESI, os jogos contemplam 14 modalidades esportivas, como atletismo, futebol, futsal, baleado, jogos de tabuleiro, natação e tênis. “Esta é uma oportunidade de se conviver em equipe, assim como queremos que seja no ambiente de trabalho”, destacou o presidente do Sinduscon, Carlos Henrique Passos.
Jovem Aprendiz é tema de seminário em Salvador, promovido pelo Sindisabões
Para discutir a Lei da Aprendizagem, foi realizado, em dezembro,
na sede da FIEB, o seminário Jovem Aprendiz: Desenvolvimento
profissional na empresa ou imposto com encargos trabalhistas?. A
iniciativa do Sindisabões-BA colocou lado a lado entidades
empresariais, SENAI e Ministério do Trabalho e Emprego. “É
preciso aperfeiçoar a lei e isso pode ser feito por meio da atuação
das entidades de representação, como a FIEB e os sindicatos”,
pontuou Juan Lorenzo, presidente do sindicato. O seminário contou
com a presença do Superintendente do SENAI, Leone Peter, da
Superintendente Regional do Trabalho e Emprego, Isa Simões, e da
coordenadora de Aprendizagem da SRTE-BA, Marli Pereira, que
explicou como o Programa Jovem Aprendiz pode ser uma forma de
desenvolvimento profissional na empresa.
sinduscon promove 8ª edição dos Jogos da construção
Vice assume presidência do SindaçúcarO Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool
(Sindaçúcar-BA) tem novo presidente. O empresário
Luiz Carlos Cavalcanti, das Usinas Santa Maria e
Santa Cruz, assumiu o cargo após o falecimento do
presidente Carlos Gilberto Farias, em novembro. A
proposta é dar continuidade às ações de
representação da indústria açucareira e defesa de
interesses do setor. “Lamentamos assumir nesta
circunstância. Carlos Gilberto foi um grande
batalhador pela causa, um trabalhador incansável
pelo setor em todo o Nordeste. Vamos continuar os
trabalhos pelo engrandecimento da indústria
sucroalcooleira”, destacou.
mArcElO gANdrA/cOOpErphOtO/SIStEmA fIEB
hArOldO ABrANtES/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB
Número de participantes do evento aumentou 42% em relação a 2013
FIEb amplia sindicatos filiadosA Federação das Indústrias do Estado da Bahia
(FIEB) passou a contar com mais uma entidade
sindical em seu quadro de filiados. Em dezembro, foi
aprovada a filiação do Sindicato das Indústrias de
Panificação e Confeitaria do Estado da Bahia
(Sipaceb), de base intermunicipal. Fundado em 1989,
o sindicato possui 42 indústrias filiadas em seu
quadro de associados, é presidido pelo empresário
Artur Quintans de Souza e chega para juntar-se aos
demais sindicatos no fortalecimento da
representatividade do setor industrial baiano. A
FIEB conta agora com 44 sindicatos filiados.
Sinprocim certifica trabalhadoresOs 29 participantes do Curso de Tecnologia de
Concreto e Argamassa, promovido pelo Sindicato
das Indústrias de Produtos de Cimento (Sinprocim-
BA), foram certificados no dia 22 de novembro.
Realizado em parceria com o SENAI, o curso foi
voltado para funcionários do setor de laboratório e
produção de concreto das empresas.
12 Bahia Indústria
Por ClEbEr borgEs E rafaEl PErEira
Ricardo alban preside Conselho do Sebrae BahiaNova diretoria da instituição é formada pelo superintendente Adhvan furtado e pelos diretores lauro ramos e franklin Santos
O presidente da Federação das Indústrias do
Estado da Bahia (FIEB), Antônio Ricardo Al-
ban, tomou posse na presidência do Conse-
lho Deliberativo do Sebrae Bahia (CDE), no
dia 12 de janeiro, em solenidade na sede da FIEB. Na
ocasião, foi empossada a nova diretoria da institui-
ção, formada pelo ex-executivo de estratégia do SE-
NAI Cimatec, Adhvan Furtado, que assumiu o cargo
de superintendente, e pelos diretores Lauro Ramos e
Franklin Santos. A nova composição, que comandará
a instituição pelos próximos quatro anos, foi eleita
no dia 17 de novembro, durante reunião do CDE, no
Sebrae Bahia.
Presidente do Conselho do Sebrae Bahia para o
biênio 2015/2018, Antônio Ricardo Alban destacou
que o foco da sua gestão será a interiorização do de-
senvolvimento econômico, a partir da diversificação
e aumento da competitividade da pequena indústria,
com o intuito de promover o dinamismo da econo-
mia do estado. “Desde já, colocamos para essa nova
gestão metas desafiadoras na elaboração de projetos,
de modo a sermos eficientes na captação de novos re-
cursos junto ao SEBRAE Nacional, buscando manter
uma gestão proativa para o desenvolvimento dos pe-
quenos negócios em todo o nosso Estado”, adiantou.
“O caminho que adotaremos em nossa gestão é o
de continuar investindo na sinergia e convergência
dos objetivos comuns às entidades que compõem o
Conselho Deliberativo do SEBRAE Bahia: SEBRAE
Nacional, Governo Estadual - SICM, FIEB, Fecomér-
cio, Faeb, IEL, CDL, Faceb, Ufba, Caixa, BNB, BB e
Sudene. Juntos, sempre seremos mais fortes”, escla-
receu Alban. Somando esforços de todas as entidades
integrantes do CDE, ele pretende fortalecer a cultura
empreendedora no estado e estimular a ação de po-
tenciais empresários.
O novo superintendente do Sebrae/BA, Adhvan
Furtado, concordou com Alban, chamando atenção
para a importância do trabalho feito pelo Sebrae para
o desenvolvimento econômico da Bahia. “O País pos-
sui cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas.
Na Bahia, são 504 mil. É um desafio e uma grande
responsabilidade estar à frente de uma instituição co-
mo o Sebrae, que realiza, somente no Estado, quase
150 mil atendimentos ao ano”, avaliou.
O presidente da Federação de Agricultura e Pe-
cuária da Bahia, João Martins da Silva Junior, que
até então presidia o CDE/Sebrae, fez uma avaliação
positiva de sua gestão e, em tom bem humorado,
disse que entregava a Antônio Ricardo Alban “uma
Cerimônia de
posse da nova
diretoria da
entidade foi
realizada na sede
da Federação
das Indústrias
Bahia Indústria 13
ANgElO pONtES/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB
estrutura que funciona tão bem
quanto uma Ferrari.”
Já o secretário estadual de De-
senvolvimento Econômico, James
Correia, presente à solenidade
representando o governador do
estado, Rui Costa, destacou o
perfil do novo superintendente,
Adhvan Furtado, um técnico jo-
vem e com sólido conhecimento
sobre o universo das micro e pe-
quenas empresas.
Durante o evento, foi empos-
sado também o novo Conselho
Fiscal do Sebrae/BA, formado
pelos titulares Almir Mendes de
“ O caminho que adotaremos em nossa gestão é o de continuar investindo na sinergia e convergência dos objetivos comuns às entidades que compõem o Conselho Deliberativo do SEBRAE Bahia. Juntos, sempre seremos mais fortes
Ricardo Alban, presidente da FIEB e do Conselho do Sebrae
Carvalho Neto, Mauro Ricardo de
Freitas Souza e Ângela Góes Nei-
va. Compõem a suplência Sérgio
Pedreira de Oliveira Souza, Car-
los Antonio Borges Cohim Silva
e Luiz Carlos Maciel Calmon de
Almeida.
Estiveram presentes, também,
à cerimônia, a secretária munici-
pal de Desenvolvimento, Traba-
lho e Emprego, Andrea Mendon-
ça, representando o prefeito de
Salvador, Antônio Carlos Maga-
lhaes Neto e o presidente da Fe-
comércio, Carlos Andrade, entre
outras autoridades. [bi]
14 Bahia Indústria
O veto presidencial ao dispositivo da Medida
Provisória nº 656, que autorizava a prorro-
gação de contratos existentes, há mais de
40 anos, entre a Companhia Hidroelétrica
do São Francisco (Chesf) e empresas eletrointensivas
da Bahia, Alagoas e Pernambuco, ameaça a moder-
na indústria de base do Nordeste e o próprio desen-
volvimento da região. A avaliação é do presidente da
Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB),
Antonio Ricardo Alban.
A FIEB foi uma das três federações de indústria sig-
natárias de uma Nota Pública, na qual chamou aten-
ção para os riscos à competitividade regional, caso
não sejam prorrogados os contratos de fornecimento
Energia da Chesf e impostos preocupam FIEbfederação pede solução nos contratos da chesf com indústrias eletrointensivas e defende redução de gastos públicos
Por ClEbEr borgEs
de energia com a Chesf, que termi-
nam em junho próximo. As duas
outras entidades foram as Federa-
ções das Indústrias de Pernambu-
co (Fiepe) e de Alagoas (Fiea).
Na nota, as três Federações
ponderam que a prorrogação dos
contratos proporciona um ciclo
virtuoso, pois garante a continui-
dade da produção da indústria de
base do Nordeste. Outro aspecto
enumerado é que a Chesf venderia
essa energia ao setor industrial
por um preço três vezes superior
ao que será obrigada a vender às
distribuidoras.
O presidente da FIEB lembra
que, enquanto diversos países
criaram políticas para aumentar
a competitividade da energia elé-
trica consumida pela indústria –
haja vista a forte redução do seu
custo no mercado internacional,
com a queda do preço do petróleo
e o crescimento da oferta do gás
de xisto nos Estados Unidos – o
veto à MP vai na contramão dessa
tendência. Isso compromete o em-
Bahia Indústria 15
Rede de
distribuição
de energia
da Chesf
mArcEl
lO c
ASAl
Jr/A
Br
prego, a arrecadação de impostos
e a permanência de um segmento
que reduz as desigualdades entre
o Nordeste e as regiões mais ricas.
Para Antônio Ricardo Alban, o
Nordeste não pode ser penalizado
com a interrupção dos contratos
com a Chesf. Entretanto, disse es-
tar confiante em uma solução que
atenda ao pleito da indústria. “Te-
nho plena convicção de que se en-
contrará uma solução negociada,
de modo a evitar a migração des-
sas indústrias para outros países”.
Ao avaliar as medidas de ajuste
fiscal anunciadas neste início de
segundo mandato da presidente
Dilma Rousseff, Antonio Ricardo
Alban lembrou que a iniciativa
privada tem plena consciência da
necessidade de o país ajustar suas
contas e de combater a inflação.
Contudo, é imprescindível que o
ajuste não seja um ato adotado iso-
ladamente pela Receita, como tem
sido a prática até agora. O governo,
afirma, não deveria anunciar au-
mento de impostos sem, concomi-
tantemente, apresentar de forma
clara, à sociedade, metas para re-
duzir suas despesas correntes.
Para o presidente da FIEB, o
simples contingenciamento do or-
çamento não significa uma efetiva
ação de ajuste fiscal no que diz
respeito às despesas. “O setor pro-
dutivo e, em última instância, o
consumidor, não podem ficar com
o ônus exclusivo desse ajuste”.
O pacote com aumentos de im-
postos, anunciado pelo ministro
da Fazenda, Joaquim Levy, incluiu
a volta da cobrança da Cide sobre
combustíveis, o aumento do Im-
posto sobre Operações Financeiras
(IOF) no crédito para pessoa física
e do PIS/Cofins sobre importados
e sobre os combustíveis, além do
aumento do PIS no segmento de
cosméticos.
A alíquota do IOF, que incide so-
bre as operações de crédito para o
consumidor, passará de 1,5% para
3% ao ano. Esse valor será cobra-
do além dos 0,38% que incide na
abertura das operações de crédito.
Com essa medida, o governo espe-
ra arrecadar R$ 7,38 bilhões neste
ano. Na avaliação do presidente da
FIEB, a alta do custo do crédito no
país, que já é extremamente eleva-
do, deverá trazer impacto negativo
à indústria, sobretudo na fabrica-
ção de bens duráveis (automóveis,
linha branca – geladeiras, fogão,
máquina de lavar – TVs, etc.).
Em relação à elevação do PIS,
da Contribuição para Financia-
mento da Seguridade Social (Co-
fins) e da Contribuição de Inter-
venção no Domínio Econômico
(Cide) sobre os combustíveis, que
segundo a Fazenda terá o impacto
de R$ 0,22 no litro da gasolina e de
R$ 0,15 para o diesel, o efeito es-
perado não se limitará ao encare-
cimento do transporte individual
e coletivo. Também aumentará os
custos com transporte/frete para a
indústria, que precisará repassá-
-los, em grande medida, para os
preços dos seus produtos. O PIS e
a Cofins terão alta imediata, mas o
aumento da Cide só terá validade
em maio.
Por sua vez, a elevação do PIS/
Cofins sobre as importações, cujas
alíquotas passarão de 9,25% para
11,75%, segundo a Fazenda, é para
compensar a decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF) que excluiu
o ICMS das importações.
É uma medida de caráter cor-
retivo, segundo Antonio Ricardo
Alban, a partir do momento em
que se dá um tratamento isonô-
mico entre a produção doméstica
e o produto importado. “Porém, é
bom destacar que a isonomia po-
deria se dar de maneira diferente,
reduzindo-se a carga sobre a pro-
dução nacional”, afirma. [bi]
Fazenda não deve fazer ajuste de forma isolada
16 Bahia Indústria
Por rafaEl PErEira
vanguaRDa tecnológicaInstitutos de Inovação do SENAI cimatec estão permitindo a realização de pesquisas avançadas em áreas como automação e logística
Estudantes do ISI de
Automação trabalham
no desenvolvimento
de um protótipo
Bahia Indústria 17
onstruir um robô submarino au-
tônomo para fazer inspeção em
instalações submersas de produ-
ção de petróleo. De forma bas-
tante resumida, este é o objetivo
do projeto Flatfish, desenvolvido
pelo Instituto SENAI de Inova-
ção em Automação da Produção,
a pedido do BG Group (empresa
inglesa de exploração de petró-
leo, parceira da Petrobras no pré-sal). O projeto conta
com um investimento de R$ 28 milhões e deverá ficar
pronto em novembro deste ano.
Este é apenas um dos 16 projetos desenvolvidos
pelo instituto baiano, que, em menos de um ano de
atuação, já conta com mais de R$ 40 milhões em
projetos contratados. “O Brasil tem um potencial
fantástico na área de soluções em automação e ro-
bótica, mas acaba comprando muita solução de fora,
com alto valor agregado. Por isso, este instituto vem
atuar sobre um grande gargalo que há no Brasil: o
desenvolvimento de projetos de tecnologia avança-
da para assegurar a competitividade da indústria
brasileira”, explicou o coordenador do Instituto,
Herman Augusto Lepikson.
O SENAI Bahia tem servido de exemplo para o Bra-
sil quando se fala em serviços tecnológicos e apoio a
pesquisas. Além do Instituto SENAI de Inovação em
Automação da Produção, o SENAI Bahia dispõe de
outros dois ISIs: em Conformação e União de Mate-
riais e em Logística. Juntos, os institutos baianos con-
tam com 21 projetos em andamento, que representam
mais de R$ 43 milhões – sem contar os projetos que
estão em fase de negociação e, juntos, levam esta ci-
fra para mais de R$ 90 milhões.
Neste cenário, a Bahia passa a ser um estado co-
nhecido por gerar tecnologia. Um desdobramento es-
perado, a partir daí, é a criação de empresas startups
de alto valor tecnológico. “No caso do robô contratado
pelo BG Group, por exemplo, a empresa tem interesse
na tecnologia do robô submarino autônomo, mas não
em produzi-lo. Esta tecnologia deverá ser repassada a
uma empresa interessada em vir a produzir tal robô
para o mercado mundial”, exemplifica o coordenador
dos ISIs, Daniel Motta.
O SENAI Cimatec hoje detém também a marca de
líder no Brasil em número de projetos e em volume
financeiro investido por meio da Embrapii – Em-
presa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial.
Dos R$ 180 milhões de projetos em carteira, R$ 103
milhões são referentes a 31 pesquisas desenvolvidas.
Entre estes projetos, vale destacar além do Flatfish
– o robô submarino autônomo que vai monitorar
plataformas em águas profundas –, o da Votorantim
Metais, destinado a substituir coque de petróleo por
biomassa em caldeiras usadas para produzir níquel.
RECOnhECimEntONovo mecanismo de apoio à inovação, com o de-
safio de dar suporte aos projetos de maneira descen-
tralizada, a Embrapii tem sido bem recebida pelas
empresas, como explica o executivo do SENAI, Luis
Alberto Breda. “O principal ponto positivo da Em-
brapii é a agilidade no processo, com as verbas pre-
viamente disponibilizadas. Como a indústria é bem
dinâmica, a diminuição da burocracia é um grande
ganho. Outro ponto positivo para as empresas é o fato
de o governo dividir o risco da inovação, já que a ver-
ba destinada não é reembolsável”, destaca.
O executivo do SENAI acrescenta, ainda, que a
maior prova do sucesso da Embrapii é o número de re-
compras realizado. As empresas contratam um proje-
to, ficam satisfeitas com todo o processo e, em geral,
iniciam outros. “O Grupo Votorantim, por exemplo,
começou com um projeto, hoje tem 11 sendo desen-
volvidos no Cimatec. Embraer tem dois”, exemplifica.
Iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação e da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), a Embrapii é uma das apostas do Governo Fe-
deral para fortalecer a indústria brasileira no atual mArcEl
O g
ANdrA/c
OpEr
phO
tO/S
IStE
mA f
IEB
18 Bahia Indústria
cenário de competição com produ-
tos importados de alto teor tecno-
lógico. O SENAI Cimatec é uma das
três instituições nacionais selecio-
nadas para esta empreitada, ao la-
do do Instituto Nacional de Tecno-
logia (INT/MCTI) e do Instituto de
Pesquisas Tecnológicas do Estado
de São Paulo (IPT), que fizeram
parte da Ação Piloto. Atualmente,
a rede é composta por 13 unidades
Embrapii.
Os projetos do Cimatec têm
foco de atuação em manufatura
integrada, desenvolvendo proje-
tos nas linhas de Ciclo de Vida de
Produto, Automação, Robótica e
Otimização de Processos. O mo-
delo de financiamento tripartite,
no qual empresa privada e gover-
no federal (por meio da Embrapii)
entram com recursos financeiros
e o SENAI Cimatec com contra-
partida não financeira, permite
que empresas de menor porte
possam participar de iniciativas
de inovação tecnológica.
Criada pelo governo federal em
2012, a Embrapii é inspirada na
Sociedade Fraunhofer, da Alema-
nha, a maior organização de pes-
quisa aplicada da Europa, encar-
regada de selecionar e credenciar
instituições, identificar áreas de
pesquisa e repassar recursos dos
ministérios.
“O Brasil tem um potencial fantástico na área de soluções em automação e robótica, mas acaba comprando muita solução de fora, com alto valor agregado. Por isso, este instituto vem atuar sobre um grande gargaloHerman Augusto Lepikson, coordenador do Instituto de Automação da produção
Para solucionar um grande gargalo no Brasil de cen-
tros tecnológicos com características industriais, o
SENAI está implantando, em Camaçari, o Cimatec In-
dustrial. As obras devem ser iniciadas este ano, com
orçamento previsto de R$ 80 milhões – sendo R$ 12
milhões somente para a primeira etapa, que tem con-
clusão prevista para 2017.
O motivo da sua criação vem de uma necessida-
de nacional. De um lado, as universidades realizam
pesquisas que, na maioria das vezes, nem saem da
academia para o mercado. Do outro, as empresas
têm suas estruturas voltadas para a produção, com
raras exceções que dispõem de plantas piloto. O Ci-
matec Industrial ocupará este espaço intermediário,
dando o suporte à inovação, principalmente na fase
pré-competitiva do desenvolvimento de produtos ou
processos.
Com abrangência nacional e estrutura voltada pa-
ra demandas industriais que requerem condições de
controle e operação especiais, o projeto consiste em
implantar um centro de P&D&I (Pesquisa, Desenvol-
vimento e Inovação) em ambiente industrial, com fo-
co no escalonamento de produção (scale-up), testes
de grande porte, plantas piloto e desenvolvimento de
protótipos em escala real, apoiando todo o processo de
Cimatec industrial atende demanda reprimida no Brasil
desenvolvimento tecnológico e inovação industrial.
Estas atividades não devem ser realizadas dentro
de ambientes urbanos e, portanto, requerem uma
localização compatível, como explica a gerente do
SENAI, Patricia Evangelista. “A escolha do Pólo In-
dustrial de Camaçari se deve à necessidade de im-
plantação em área com características adequadas
para operações industriais em função dos serviços e
testes de grande porte, que serão realizados no espa-
ço”, adianta.
O Cimatec Industrial terá infraestrutura capaz de
suportar demandas já identificadas, como por exem-
plo: energia eólica (testes e desenvolvimento de pás
de aerogeradores), conformação mecânica (validação
de processos que demandam grandes equipamentos,
como, por exemplo, prensas de mil toneladas), naval
e off shore (desenvolvimento, testes e certificação
de equipamentos), automotiva (crash test, estudos
aerodinâmicos), elétrica (desenvolvimento, testes e
certificação de componentes, máquinas, equipamen-
tos de distribuição, proteção e controle), química,
petroquímica e biotecnologia (scale-up de plantas,
desenvolvimento e validação de processos), petróleo
e gás (projeto, prototipagem, teste e certificação de
equipamentos).
Bahia Indústria 19
mArcElO gANdrA/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB
herman Lepikson
mostra uma
projeção de como
vai funcionar o
Flatfish
Perfil isi automação»O ISI em Automação tem uma equipe de 34 colaboradores. Atualmente, o instituto conta com 16 projetos em desenvolvimento, que representam investimento de mais de R$ 40 milhões. Este ISI visa o desenvolvimento de processos, produtos e métodos, bem como a integração de sistemas, para fornecer aos clientes aplicações funcionais e produtos inovadores. Seu escritório técnico fica no CIMATEC 3 e sua infraestrutura é complementada pelos laboratórios afins do CIMATEC.
isi logística»Este ISI foi recém-criado e conta com quatro colaboradores. Com um projeto contratado no valor de R$ 1,4 milhões, este Instituto está em fase de negociação de outros dois projetos, que, juntos, representam investimentos de cerca de R$ 40 milhões. O objetivo deste ISI é estabelecer competência avançada em logística empresarial, movimentação de material e mobilidade. Localizado no CIMATEC 4, ele agrupa os seguintes laboratórios: Centro de distribuição, Logística integrada, Gerenciamento da produção, Simulação e Modelagem computacional, Roteirização e mapeamento digital, Sistemas integrados de gestão, Simulação de movimentação de cargas.
isi conformação»O ISI em Conformação & União de Materiais tem 19 pesquisadores. Com quatro projetos contratados que representam investimento de R$ 1,4 milhão, este ISI atua no desenvolvimento de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D&I) com a indústria para assegurar competitividade e atualização tecnológica em conformação a quente e a frio e união de materiais. O ISI conta atualmente com os seguintes laboratórios: Conformação Mecânica, União de Materiais, Fundição de Materiais, Caracterização de Materiais, Testes Mecânicos e de Corrosão.
20 Bahia Indústria
Técnico opera equipamento
do instituto de pesquisa
avançada em logística
mArcElO gANdrA/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB
Cimatec industrial
geração de Patentes »Um projeto de inovação típico envolve a participação de três a seis pesquisadores, custos da ordem de R$ 1 milhão a R$ 3 milhões e duração de um ano e meio a três anos. Nesse contexto, a unidade tem como meta a realização adicional de 30 projetos de inovação de alta complexidade por ano, o que deve gerar, em média, 60 novos pedidos de patente/ano, colocando a Bahia em uma posição de destaque no cenário nacional.
Desenvolvimento de novos negócios»Um dos grandes diferenciais viabilizados no processo de incubação ou operacionalização de plantas piloto é a condição das empresas produzirem seus primeiros lotes de fabricação, utilizando capacidades produtivas compartilhadas. A criação do Cimatec Industrial permitirá, portanto, aos novos empreendedores, testarem suas ofertas no mercado, antes de realizarem os investimentos produtivos definitivos, reduzindo assim os riscos associados.
aceleração do processo de desenvolvimento tecnológico e transferência para a indústria»Contribuirá para a aproximação da produção científica e tecnológica – não só do SENAI, mas de todas as instituições de ciência e tecnologia baianas – com o ambiente industrial baiano, regional e nacional.
competitividade industrial, com geração de emprego e renda» Como consequência final, os resultados gerados possibilitarão maior competitividade à indústria baiana, o que implicará na geração de novos postos de trabalho qualificados.
Bahia Indústria 21
mArcElO gANdrA/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB
Integrante do Sistema FIEB, a Fa-
culdade SENAI Cimatec foi con-
siderada a melhor instituição de
ensino superior do Norte-Nordes-
te, dentre todas as universidades
públicas e privadas, faculdades e
centros universitários, na avalia-
ção divulgada pelo Ministério da
Educação (MEC), em dezembro de
2014. A avaliação tomou por base
os resultados do Índice Geral de
Cursos (IGC), utilizado pelo MEC
para determinar a qualidade das
instituições de ensino superior
(IES) do país.
Com o conceito 3,76 no IGC, a
Faculdade SENAI Cimatec tam-
bém foi avaliada, pelo terceiro
ano consecutivo, como a melhor
instituição de ensino superior da
Bahia. Atualmente, a instituição
caminha para se transformar em
Centro Universitário (ver nota na
página 30), o que lhe permitirá
mais autonomia para efetuar a
criação de cursos.
O IGC possui faixas de conceito
de zero (sem conceito) até 5, sendo
uma média ponderada que leva
em conta as notas de reconheci-
mento de cursos de graduação, a
performance dos alunos da insti-
tuição no exame nacional de de-
sempenho de estudantes (Enade),
e as notas de avaliação dos pro-
gramas de pós-graduação stricto
sensu (mestrados e doutorados).
“Continuaremos trabalhando pa-
ra, em breve, estar entre as quinze
Alex álisson: "A meta é estar
entre as 15 melhores instituições
de ensino superior do brasil”
faculdade SENAI entre as melhores do NEInstituição de ensino superior obtém a melhor avaliação do Igc-mEc no Norte-Nordeste
melhores instituições de ensino
superior do Brasil”, afirmou Alex
Álisson, gerente da Faculdade
SENAI Cimatec, onde coordena a
área de Pós-Graduação e Pesquisa.
Agora com avaliação 3,76 no IGC
(relativo a 2013 e recentemente di-
vulgado), o SENAI Cimatec, obtém
a maior média alcançada em todas
as edições do ranking, superando
instituições tradicionais, como a
PUC-RJ.
Para dar uma ideia do que isso
significa, somente 18,55% das ins-
tituições de ensino superior do pa-
ís possuem conceito de IGC 4 ou 5.
“Voltamos a ter a maior média do
Norte e Nordeste, ultrapassando a
Universidade Federal do Rio Gran-
de do Norte (UFRN). Nossa média já
supera a da PUC-RIO (média 3,718).
Somos a 39ª no país, considerando
todas as áreas do conhecimento. E,
entre as que possuem foco em en-
genharia e tecnologia, estamos na-
cionalmente em 27º lugar”, atestou
Alex Álisson.
Vale destacar outros resultados
obtidos pela Faculdade SENAI Ci-
matec no IGC. Nas regiões Centro-
-oeste, Norte e Nordeste, só perde
para a UnB (de Brasília); consi-
derando os institutos de ensino
superior que, além de graduação,
possuem mestrado e doutorado,
ocupa a 30ª colocação (conside-
rando todas as áreas do conheci-
mento); e a 18ª na área de enge-
nharia e tecnologia. [bi]
ITA 4,5302 5 UNICAMP 4,1787 5 UFSC 4,0151 5
FoNte: INeP. INStItuto NacIoNal de eStudoS e PeSquISaS educacIoNaIS aNíSIo teIXeIra. (httP://Portal.INeP.gov.Br/educacao-SuPerIor/INdIcadoreS/INdIce-geral-de-curSoS-Igc)
instituiÇÕes igc igc (contínuo) (faixa)
Índice Geral de Cursos
PUC-RIO 3,718 4 UFRN 3,6755 4 PUC-RS 3,5656 4
SENAI CIMATEC 3,76 4 A Melhor do Norte e Nordeste
22 Bahia Indústria
a primeira unidade integrada do Sistema FIEB
no interior do estado já está em funciona-
mento, com a conclusão da primeira etapa
de obras. Desde dezembro, SESI, SENAI e
IEL atuam, em Luís Eduardo Magalhães, na nova
estrutura construída no loteamento Aroldo da Cruz,
onde oferecem serviços de educação e qualificação
profissional, capacitação empresarial, apoio à inova-
ção e segurança/saúde do trabalhador.
Foram investidos R$13 milhões no complexo, que
conta com um prédio do SESI para atendimento nas
áreas de Educação e Segurança e Saúde no Trabalho
e com um edifício do SENAI, para atendimento na
área de educação profissional. O empreendimento
conta, ainda, com portaria, central de utilidades e
central de resíduos.
“O novo equipamento proporcionou mais integra-
ção entre as casas que compõem o Sistema FIEB, o
que potencializa a atuação no interior, com a articu-
lação das soluções ofertadas para as indústrias”, ava-
lia o gerente do SESI, Henrique Almeida.
O empreendimento marca, ainda, uma novidade
na atuação do SESI no oeste baiano, com o início das
aulas do Ensino Médio Articulado com Educação
Profissional (EBEP), modalidade diferenciada de en-
sino oferecida pelo SESI, que alia a educação básica
ao ensino profissional, com duração de quatro anos.
O processo seletivo contou com 373 inscritos, sendo
234 aprovados para as 120 vagas oferecidas no mu-
nicípio. As instalações da escola João Ubaldo Ribeiro
estão em fase de finalização.
Também na área de Educação, a instituição conta
Por Marta Erhardt
Unidade integrada amplia atendimento no oesteprincipal novidade em luís Eduardo magalhães é a oferta do ensino médio dentro da modalidade Ebep
com 160 alunos matriculados em
seis turmas de cursos de Educação
de Jovens e Adultos (EJA), além de
oferecer cursos de educação con-
tinuada, como os de inclusão di-
gital e preparatório para o Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem).
O SESI atua, ainda, nas áreas
de Vida Saudável e Segurança e
Saúde no Trabalho, com serviços
como ginástica laboral, exames
ocupacionais, campanhas de va-
cinação e atendimento odontoló-
gico. O edifício do SESI conta com
oito salas de aula (três em cons-
trução), quatro laboratórios, cinco
consultórios médicos, dois consul-
tórios odontológicos e Raio-X.
CuRSOSJá o prédio do SENAI é dotado
de sete salas de aula, dois labora-
tórios e galpão para cursos práti-
cos. A instituição oferece cursos
profissionalizantes em diversas
modalidades. Em 2014, foram re-
alizadas, no município, mais de
1.200 matrículas e, para 2015, a
perspectiva é de 2 mil matrículas.
O SENAI atua na região nas
áreas de Alimentos e Bebidas, Au-
tomação, Construção Civil, Segu-
rança do Trabalho, Gestão e Logís-
tica, Manutenção, Equipamentos
Móveis Industriais (EMI), Proces-
sos, Redes e Telecomunicações,
Soldagem, Vestuário e Agroindús-
tria, alinhadas com as demandas
das indústrias do oeste baiano.
De acordo com a coordenado-
ra da área de negócios do SENAI,
Dalita Dutkievicz, as áreas de atu-
ação foram definidas a partir das
demandas apresentadas por em-
presários locais. “A unidade será a
primeira do SENAI na Bahia a ofe-
recer curso na área de Agroindús-
Bahia Indústria 23
dIVUlgAçãO
tria, que vai atender a frigoríficos,
laticínios, empresas de beneficia-
mento de soja e algodão e indús-
trias de fertilizantes agrícolas”.
iELO IEL também atua na região,
com as linhas de Desenvolvimen-
to de Carreiras e Desenvolvimento
Empresarial. O Programa de Está-
gio e Formação de Talentos, por
exemplo, alocou mais de 600 esta-
giários nas empresas da região em
2014. Para este ano, a meta da ins-
tituição é reforçar o atendimento
na área de Desenvolvimento Em-
presarial, ofertando mais serviços
de apoio à inovação, consultorias,
treinamentos, capacitações nas
áreas de Gestão e Técnica, além de
cursos de ensino a distância.
“A unidade trouxe mais visibili-
dade para o Sistema FIEB. A nova
infraestrutura proporcionou uma
relação mais próxima com clientes
e parceiros. Agora podemos ofer-
tar melhor atendimento a empre-
sários e comunidade acadêmica”,
avalia o coordenador do IEL na re-
gião, Marco Antonio Cordeiro. [bi]
Estrutura
oferece
serviços do
SESI, SENAI
e IEL em
Luís Eduardo
Magalhães
Outras unidadesO Sistema FIEB está investindo
R$ 64,6 milhões na construção
de outras quatro unidades in-
tegradas. Em Barreiras, a obra
está na etapa de acabamento.
Em Vitória da Conquista, está
em fase de construção das edi-
ficações, enquanto em Ilhéus os
operários finalizam a etapa de
terraplenagem. Já a obra de Ju-
azeiro tem início previsto para
o segundo semestre deste ano.
24 Bahia Indústria
Para dar continuidade ao tra-
balho desenvolvido pelos co-
mitês de Jovens Lideranças
Industriais, Portos e Petróleo, Gás
e Naval, a diretoria da FIEB deci-
diu transformar os três grupos de
trabalho em conselhos temáticos.
A mudança já entrou em vigor, por
meio de portaria, e tem o objetivo
de promover um trabalho continu-
ado com os grupos.
“Comitê dá a ideia de algo mo-
mentâneo, temporário. Com a mu-
dança de comitê para conselho, a
diretoria da FIEB, de forma estra-
tégica, mostra que tem preocupa-
ção com os três temas, reconhece
a relevância do trabalho que os
grupos vêm desenvolvendo e cria
um cenário de acompanhamento/
assessoramento constante”, ex-
plicou o superintendente de De-
senvolvimento Industrial da FIEB,
Marcus Verhine.
PRiORiDADESSeguindo a orientação de con-
tinuidade dos trabalhos, o coor-
denador do conselho de Petróleo,
Gás e Naval, Humberto Rangel,
manteve o Programa de Ação (PA)
do grupo para o biênio 2014-2015,
que indica cinco objetivos prio-
ritários: elevar a produção de pe-
tróleo, gás e naval no estado da
Bahia; fortalecer o segmento de
fornecedores de bens e serviços
voltados para as cadeias de petró-
fIEB transforma três comitês em conselhosmudança tem o objetivo de promover o trabalho continuado dos grupos de Jovens lideranças Industriais, portos e petróleo, gás e Naval
rAfAEl mArtINS/ArqUIVO SIStEmA fIEB
leo, gás e naval; contribuir para
a qualificação de mão de obra da
indústria de óleo, gás e naval; im-
plantar uma agenda de competivi-
dade para o segmento Petroquími-
co na Bahia e fortalecer a infraes-
trutura do Estado.
O mesmo acontece com os ou-
tros dois conselhos. O grupo que
trata da temática Jovens Lideran-
ças Industriais, coordenado por
Nayana Carvalho Pedreira, foi
criado, como comitê, em 2012. A
mudança promovida pela dire-
toria da FIEB não irá alterar os
objetivos do grupo, que contribui
para a formação de lideranças
empresariais e para aproximar os
jovens empresários das entidades
que compõem o Sistema FIEB. O
conselho busca também envolver
os jovens empreendedores nas
ações que visem ampliar a repre-
sentatividade da indústria baiana
e preparar jovens lideranças para
exercerem, no futuro, papel rele-
vante no setor.
O coordenador do Conselho de
Portos, Sérgio Faria, explicou que,
rigorosamente, o grupo e sua filo-
sofia não sofrerão alterações. “Não
houve mudança na lógica de tra-
balho nem na equipe. Os nossos
objetivos e metas continuam os
mesmos: tratar da temática portos
de maneira estratégica, conside-
rando a relevância que o assunto
merece”, concluiu. [bi]
Marcus Verhine destaca
que a mudança reconhece a
relevância do trabalho que os
grupos vêm desenvolvendo
Bahia Indústria 25
ações de melhoria da quali-
dade de vida dos trabalha-
dores da indústria e de au-
xílio às empresas associadas aos
sindicatos patronais para os de-
safios de mercado são alguns dos
objetivos do Convênio de Qualida-
de de Vida e Educação, que já foi
assinado por 19 sindicatos vincu-
lados à FIEB com o Serviço Social
da Indústria (SESI).
Além de dar acesso diferencia-
do aos serviços do SESI, o convê-
nio também visa o estímulo ao as-
sociativismo e o fortalecimento da
atuação na defesa de interesse da
indústria. A parceria também as-
segura a ampliação do atendimen-
to às empresas e prevê serviços a
preços subsidiados direcionados
aos micro e pequenos empreendi-
mentos optantes do Simples e do
Supersimples.
O Convênio de Qualidade de
Vida e Educação prevê a oferta
integrada de programas de edu-
cação, saúde, lazer, cultura e res-
ponsabilidade social, a exemplo
de diagnósticos de nível de esco-
laridade e saúde, consultas ocu-
pacionais, campanhas de imu-
Apoio aos sindicatosconvênio firmado com o SESI amplia acesso a serviços de saúde, qualidade de vida e segurança
Presidente
da FIEb e o
superintendente
do SESI assinam
convênio com
os presidentes
do Sindisabões,
Sindcosmetic e
Sincar
mArcEl
O g
ANdrA/c
OpEr
phO
tO/S
IStE
mA f
IEB
ConveniadosConfira os sindicatos que já assinaram com o SESI
sindvest – Sindicato da indústria do vestuário
sindratar – Sindicato da Indústria de Refrigeração Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia
sinduscon – Sindicato da Indústria da Construção
simagran – Sindicato da Indústria de Mármore Granito e Similares do Estado da BAHIA
sigeb – Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado da Bahia
sindifite - Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem
sindpacel – Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira do Estado da Bahia.
sindiplasba – Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado da Bahia
sindicer – Sindicato da Indústria da Cerâmica
sindpan – Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Cidade do Salvador
sindisabões – Sindicato das Indústrias de Sabões , Detergentes 4 Produtos de Limpeza em Geral
sinprocim- Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia
moveba – Sindicato da Indústria do Mobiliário da Bahia
QuimBahia – Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos e Farmacêuticos
sincar - Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado da Bahia
sindcosmetic - Sindicato da Indústria de Cosméticos e Perfumaria do Estado da Bahia
sindcerbe – Sindicato das Indústrias de Cervejas e Bebidas em Geral
sindileite – Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Leite
sindicato das indústrias da construção civil de itabuna
nização e saúde bucal. A ideia é
apoiar as indústrias visando à
elevação do nível de produtivida-
de do trabalhador.
De acordo com o Superinten-
dente do SESI Bahia, Armando
Neto, a meta é firmar parceria com
a totalidade dos 44 sindicatos vin-
culados à FIEB ao longo dos próxi-
mos meses. O principal foco desta
ação são os serviços de segurança
e saúde do trabalhador, que estão
diretamente relacionados à produ-
tividade da empresa.
“O SESI tem condições de aju-
dar as empresas a garantir um
melhor cuidado com a saúde dos
seus trabalhadores, mas também,
podemos ajudá-las no atendimen-
to das normas, que estão cada vez
mais rigorosas. Este convênio é
uma forma que o SESI encontrou
de contribuir para o estímulo ao
associativismo, já que o benefício
é destinado apenas às empresas
vinculadas aos sindicatos. Isso
também facilita nosso atendimen-
to, pois o sindicato funciona como
um guarda-chuva, organizando
um coletivo empresarial”, acres-
centou Armando Neto. [bi]
26 Bahia Indústria
inDicaDoRes números da Indústria
Produção anual teve queda de 3,2% na Bahiaretração da taxa anualizada da produção física industrial foi influenciada pelo desempenho dos segmentos automotivo e de informática
em novembro de 2014, a taxa anualizada da pro-
dução física da indústria de transformação da
Bahia foi de -3,2%, uma queda menor em re-
lação à registrada em outubro de 2014 (-4,5%).
No ranking dos 14 estados que participam da Pesqui-
sa Industrial Mensal da Produção Física-R¹, do IBGE,
quatro apresentaram desempenho positivo: Goiás
(3,7%), Mato Grosso (3,5%), Pernambuco (1,5%) e Pará
(0,3%). Os outros dez estados registraram resultados
negativos: São Paulo (-5,9), Paraná (-5,9%), Rio de Ja-
neiro (-5,0%), Rio Grande do Sul (-4,3%), Minas Gerais
(-4,2%), Amazonas (-3,2%), Bahia (-3,2%), Espírito
Santo (-2,9%), Ceará (-2,3%) e Santa Catarina (-2,2%).
Na Bahia, dos 11 segmentos pesquisados, apenas
dois apresentaram resultados positivos: Produtos
Químicos (7,4%) e Refino de Petróleo e Biocombus-
tíveis (2,2%). Em sentido contrário, apresentaram re-
tração os segmentos de Equipamentos de Informática
(-40,3%), Veículos Automotores (-21,6%), Metalurgia
(-9,5%), Minerais não Metálicos
(-3,4%), Couro e Calçados (-2,2%),
Celulose e Papel (-1,6%), Bebi-
das (-1,2%), Borracha e Plástico
(-0,9%) e Alimentos (-0,2%).
Na comparação de novembro de
2014 com igual mês do ano ante-
rior, a produção física da indústria
de transformação baiana apresen-
tou queda de 0,6%. Sete dos 11 seg-
mentos pesquisados apresentaram
resultados positivos: Couro e Cal-
çados (14,1%), Produtos Químicos
(9,6%, com maior produção de
acrilonitrila, xilenos, etileno não-
-saturado, propeno não-saturado e
polietileno de alta densidade), Re-
fino de Petróleo e Biocombustíveis
(5,3%, com maior produção de óleo
diesel), Bebidas (4,3%), Celulose
e Papel (3,0%, maior produção de
pastas químicas de madeira e cai-
xas de papelão ondulado ou corru-
gado), Borracha e Plástico (0,9%) e
Alimentos (0,5%).
Apresentaram retração os seg-
mentos: Equipamentos de Infor-
mática (-49,9%, com menor produ-
ção de computadores pessoais de
mesa e de computadores pessoais
portáteis: laptops, notebook, ta-
blets e semelhantes), Metalurgia
(-28,1%, menor fabricação de bar-
ras, perfis e vergalhões de cobre
e de ligas de cobre e fios de cobre
refinado ou de ligas de cobre), Mi-
nerais não Metálicos (-6,3%) e Veí-
culos Automotores (-0,4%).
Bahia Indústria 27
Tendo em conta o acumulado dos primeiros onze
meses de 2014, em comparação a igual período do ano
anterior, verifica-se uma queda de 3,1% na produção
da indústria de transformação baiana. Tal desem-
penho foi determinado pelo resultado dos seguintes
segmentos: Equipamentos de Informática (-43,2%,
menor produção de computadores pessoais de mesa
– desktops – e portáteis: laptops, notebook, tablets
e semelhantes), Veículos Automotores (-23,3%, menor
fabricação de automóveis), Metalurgia (-9,0%, menor
fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e
de ligas de cobre), Minerais não Metálicos (-3,7%),
Couro e Calçados (-2,8%), Bebidas (-1,0%) Celulose e
Papel (-0,6%) e Borracha e Plástico (-0,4%).
EXPAnSÃOPor outro lado, houve expansão da produção nos
segmentos de: Produtos Químicos (7,8%, tendo maior
produção de etileno não-saturado, polietileno de al-
ta densidade, amônia, propeno não-saturado, ureia,
soda cáustica, misturas de alquilbenzenos ou de al-
quilnaftalenos e acrilonitrila), Refino de Petróleo e
Biocombustíveis (2,6%, maior produção de óleo die-
sel, óleos combustíveis e gasolina automotiva) e de
Alimentos (0,4%).
De modo geral, os setores industriais brasileiro e
baiano enfrentaram um ano de grande dificuldade
com o desaquecimento dos mercados interno e ex-
terno. Do ponto de vista estadual, o desempenho
negativo do agregado reflete: a queda do segmento
de Automóveis (responsável por 8,3% do VTI indus-
trial, em 2012), por conta do mercado nacional de-
JAN
JUL
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
115
120
125
110
105
100
95
90
85
80
Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)
BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2012 - 2014)
2012
20142013
bahia: pim-pf de novembro 2014
Indústria de Transformação -0,6 -3,1 -3,2
refino de petróleo e biocombustíveis 5,3 2,6 2,2
Produtos químicos 9,6 7,8 7,4
Veículos automotores -0,4 -23,3 -21,6
alimentos 0,5 0,4 -0,2
celulose e papel 3,0 -0,6 -1,6
borracha e plástico 0,9 -0,4 -0,9
metalurgia -28,1 -9,0 -9,5
couro e calçados 14,1 -2,8 -2,2
minerais não metálicos -6,3 -3,7 -3,4
equipamentos de Informática -49,9 -43,2 -40,3
bebidas 4,3 -1,0 -1,2
Extrativa Mineral 0,3 1,7 1,5
VArIAçãO (%)
SETORES NOV14/NOV13 JAN-NOV14/ DEz13-NOV14/ JAN-NOV13 DEz12-NOV13
Fonte IBge; elaboração Fieb/SdI
saquecido, que gerou inclusive a necessidade de se
promover férias coletivas para ajuste dos estoques,
além do mercado externo em crise, especialmente
na Argentina, principal importador dos veículos
brasileiros; Metalurgia (responsável por 4,2% do
VTI industrial, em 2012), que enfrenta dificuldades
com a queda dos preços internacionais das com-
modities e o aumento dos custos com a energia;
segmento de Equipamentos de Informática (res-
ponsável por 1,5% do VTI industrial, em 2012), que
registra resultados negativos em virtude da queda
da demanda ao seu atual mix de produtos, além da
concorrência exacerbada. [bi]
28 Bahia Indústria
educação para estimular a produtividadeSESI comemora sucesso do ensino a distância para elevar a escolaridade do trabalhador
Por PatríCia MorEira
Trabalhadores da indústria de 45 empresas da
Bahia conseguiram melhorar sua escolarida-
de, em 2014, graças a uma nova metodologia
educacional desenvolvida pelo Serviço Social
da Indústria (SESI), o Ensino Médio a Distância (Ensi-
no Médio-EaD). O programa integra as ações da área
de Educação de Jovens e Adultos do SESI, que busca
auxiliar as empresas a melhorar a produtividade de
suas equipes, por meio de ações educativas realiza-
das fora ou no ambiente de trabalho.
As primeiras turmas do EaD do Ensino Médio tive-
ram início em novembro de 2013 e concluíram o curso
no final de 2014, nos dois polos em atuação na Bahia:
EJA RMS (Salvador) e Sudoeste (Vitória da Conquis-
ta). Ao longo de 2014, foram realizadas 728 matrícu-
las, sendo 375 em Salvador e Região Metropolitana,
261 no Sudoeste, e, ao final do ano, 72 em Feira de
Santana e 20 na Unidade Sul.
A boa notícia é que, a partir deste ano de 2015, com
a obtenção de autorização no Conselho Estadual de
Educação, o SESI oferecerá também o Ensino Funda-
mental 2 (6º ao 9º ano). O ano de 2015 marca ainda o
início das atividades no polo EaD de Camaçari. “Com
isso, nós passaremos a atender uma demanda impor-
tante da indústria para atingir um grande número de
trabalhadores que dispõem apenas do Ensino Fun-
damental (nível 1)”, observa Márcia Lago, gerente de
processo da unidade EJA RMS. Já há 23 empresas inte-
ressadas em integrar o programa, somente na região
metropolitana.
A gestora destaca, ainda, que o
EaD tem conseguido uma capilari-
dade maior para chegar ao traba-
lhador da indústria em razão de
contratos assinados com grandes
empresas, permitindo a formação
de turmas de até 15 pessoas, o que
permite a redução de custos para
a empresa.
O modelo EaD também tem faci-
litado a vida do trabalhador, diante
da flexibilidade do esquema de au-
las, que não requer a presença do
aluno diariamente no polo de estu-
do, dando a ele a possibilidade de
organizar o próprio tempo.
A conclusão do Ensino Médio
pode ser feita em, no mínimo, seis
meses e, no máximo, em 18 meses.
Márcia explica que a conclusão do
curso depende exclusivamente do
trabalhador, que pode acelerar ou
prolongar o período de formação,
a depender da sua necessidade e
disponibilidade.
A presença do aluno no polo
EaD não é obrigatória, mas ele deve
participar de algumas atividades,
incluindo oficinas e a prova, que
sempre é feita no polo. A exceção é
quando se trata de grupo de alunos
de uma mesma empresa. Nestes ca-
sos, o SESI monta a turma e aplica
a avaliação na própria empresa.
O modelo de educação mais
flexível e prático tem permitido
ao SESI atender as pequenas e mi-
cro empresas que têm dois ou três
alunos e para as quais o custo de
um contrato com o SESI seria one-
roso no modelo tradicional. Para
integrar a formação a distância é
necessário que o trabalhador da
indústria e seus dependentes te-
nham acima de 18 anos. “Oferecer
o ensino a distância é dar oportu-
nidade aos nossos trabalhadores e
seus dependentes de melhorar seu
índice de escolaridade, tornando-
-os mais qualificados para o traba-
lho”, acrescenta Márcia.
FORmAtuRAAs duas turmas que concluíram
a formação Ensino Médio – EaD
em dezembro de 2014 somaram 52
estudantes no polo de Salvador e
43 no de Vitória da Conquista. As
solenidades de formatura conta-
ram com a presença do superin-
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Bahia Indústria 29
tendente do SESI Bahia, que desta-
cou a relevância dessa iniciativa,
como mais um serviço que a enti-
dade oferece à indústria.
O impacto das ações de educa-
ção do SESI pode ser medido pelo
depoimento do estudante Januí
Almeida Souza, que foi o orador
da turma de Salvador. “Muitas
vezes, nos falta oportunidade e
confiança em nós mesmos, mas
encontramos pessoas que confiam
em nós. Essa parte que nos faltava, nós descobrimos
aqui no SESI. E vocês, professores, agradecemos pela
dedicação, pelo sorriso e por reforçar em nós a certe-
za de que somos capazes”.
Na formatura realizada em Salvador, no SESI Pia-
tã, participaram a gerente de Educação do SESI Bahia
em exercício, Cristina Andrade, a gerente de proces-
sos da área de Educação de Jovens e Adultos, Márcia
Lago, e a coordenadora do EaD, Gisele Freitas. Em Vi-
tória da Conquista, o gerente do SESI Sudeste Fabrí-
cio Vieira, e a coordenadora do polo, Carolina Freitas
Ribeiro conduziram a cerimônia. [bi]
Aluna acessa a plataforma
SESI Educa no Polo EaD de
Salvador, e momentos da
solenidade de formatura
mArcElO gANdrA/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB
30 Bahia Indústria
painel
Intercâmbio com sindicatos da indústria químicaO último intercâmbio setorial de 2014 reuniu, no dia 5 de
dezembro, presidentes de sindicatos da Indústria Química e
Farmacêutica na sede da Federação das Indústrias de São
Paulo (Fiesp). O presidente do Sinpeq, Roberto Fiamenghi,
participou do encontro. “Pudemos ter uma visão do que está
acontecendo em outras regiões do Brasil e comparar com a
nossa realidade. Tivemos a oportunidade de apresentar o que
a indústria espera da CNI, em áreas como a tributária e de
infraestrutura, destacando o que pode ser feito em apoio aos
sindicatos”, avaliou. O intercâmbio setorial é uma ação do
Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), promovido
pela CNI em parceria com as Federações de Indústria, com o
objetivo de fortalecer a representação do setor industrial por
meio de reuniões técnicas para discussão dos desafios de
competitividade e com a troca de experiências de gestão
sindical. Em 2014, a CNI realizou encontros com diversos
segmentos como vestuário, construção civil, móveis,
alimentos e metal mecânico.
Reunião ocorreu na Federação das Indústrias de São Paulo
dIVUlgAçãO/fIESp
gestão de resíduos sólidosA FIEB colheu resultado
positivo na defesa de
interesses da indústria
de Salvador, quanto ao
Decreto Municipal nº
25.316/134, relativo aos
resíduos sólidos. O
dispositivo entrou em
vigor em 1º de janeiro e
determina a
responsabilidade dos
grandes geradores de
resíduos pela coleta,
transporte, tratamento e
destinação final de seus
rejeitos. A FIEB obteve a
prorrogação do início de
aplicação da mudança na
legislação. O município
aprovou 90 dias de
“período educativo”, sem
aplicar penalidades.
Outra sugestão acatada
pela prefeitura foi retirar
a exigência de
apresentação de certidão
de regularidade fiscal
com os tributos
municipais para
cadastramento dos
grandes geradores de
resíduos.
Cimatec será centro universitárioA Faculdade SENAI Cimatec
deve receber, ainda este ano,
o título de centro
universitário. O processo
para a mudança está em fase
final de tramitação no
Ministério da Educação. A
informação foi confirmada
pelo presidente da Federação
das Indústrias do Estado da
Bahia (FIEB), Antônio
Ricardo Alban. "Como centro
universitário, teremos mais
autonomia para criar cursos,
conforme as necessidades da
indústria", explicou.
Alban ressalta que a
faculdade foi avaliada pelo
Ministério da Educação, no
ano passado, como a melhor
instituição de ensino
superior do Norte e Nordeste,
com base no Índice Geral de
Cursos (IGC). Os centros
universitários, assim como
as universidades, têm
graduações em vários
campos do saber e
autonomia para criar cursos
no ensino superior. Em geral,
têm estrutura menor do que
as universidades e menor
exigência de programas de
pós-graduação. No entanto,
há algumas regras que eles
precisam cumprir, incluindo
ter, no mínimo, um terço do
corpo docente com mestrado
ou doutorado; e, pelo menos,
um quinto dos professores
contratados em regime de
tempo integral, também
conhecido como dedicação
exclusiva (universidades
devem ter um terço). Veja
matéria na página 21.
Projeto do eSocial sem prazo para entrar em vigorO eSocial, projeto do governo federal que pretende unificar o envio de informações pelo
empregador em relação aos seus empregados, atendendo a diversos órgãos do governo
com uma única fonte de informações sobre obrigações trabalhistas, previdenciárias e
tributárias, deveria ser implantado em sua totalidade em meados deste ano. Deveria, mas
não vai. De acordo com o especialista Francisco Aguiar, em visita à FIEB, o atraso do
decorre de problemas de governança. Sendo um programa conjunto da Caixa, INSS,
Ministérios da Previdência, do Trabalho e Emprego e da Secretaria da Receita, o eSocial
ficou à deriva, sem coordenação. Agora, a Receita resolveu exercer esse papel, mas falta o
programa deslanchar. Ninguém pode precisar quando isso ocorrerá.
Bahia Indústria 31
ANgElO pONtES/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB
Prefeito de Feira de Santana visita FIEbO prefeito de Feira de
Santana, José Ronaldo de
Carvalho, esteve na
Federação, em dezembro,
para reforçar parcerias.
Dentro do programa de
interiorização que a
instituição tem promovido,
Feira recebe diversos
investimentos.
O vice-presidente Edison
Nogueira explicou que o
município é um polo
estratégico para o setor
industrial. “As empresas
investem na cidade porque
ela oferece estrutura e um
mercado favorável. É um
polo muito forte”, explicou.
O prefeito destacou a atração
de novos empreendimentos.
“Comemoramos a chegada
de dois investimentos de
grande porte, uma empresa
israelense e outra francesa.
Juntas, as duas estão
aplicando cerca de R$ 180
milhões no município”,
comemorou.
ConExão mundo • Onze estudantes do SESI/SENAI da
Bahia passaram 15 dias frequentando aulas de inglês em
uma escola americana na cidade de Denver, no Colorado, com
tudo pago. O grupo foi para os EUA acompanhado da
coordenadora do programa pelo SESI, Karla de Andrade de
Souza, e Janaisa Viscardi, coordenadora pelo SENAI. Os
estudantes foram selecionados entre mais de 200 alunos das
unidades do SESI Piatã e do SENAI Cimatec para a última
etapa do programa de intercâmbio de idioma Conexão
Mundo. Iniciativa em parceria entre a CNI e a US Brasil
Connect, o Conexão Mundo foi iniciado em 2012, em Salvador,
como projeto piloto. Hoje, é realizado em outros 17 estados e,
este ano, enviou, no total, 101 estudantes para os EUA.
FIEb e Ucsal discutem parceriaO primeiro vice-presidente da
FIEB, Carlos Henrique
Gantois, se reuniu com o
reitor da Universidade
Católica de Salvador (Ucsal),
Padre Maurício, para alinhar
parceria com a instituição
com foco no fortalecimento
do Programa de
Desenvolvimento Industrial
(PDI), da FIEB. Participaram
do encontro o presidente do
CIEB, Reginaldo Rossi, e
coordenadores de cursos da
Ucsal. Após visita ao
Conselho da Micro e Pequena
Empresa Industrial da FIEB
(Conpem), os coordenadores
da universidade ficaram
entusiasmados com a
proposta do PDI e
propuseram o encontro. “Eles
querem colaborar com o
objetivo do nosso Programa,
que busca fortalecer as micro
e pequenas empresas,
buscando tornar as MPMEs
mais competitivas”, explicou
Gantois.
Presidente da Enseada integra Coinfra O presidente da Enseada
Indústria Naval, Fernando Barbosa, foi nomeado
membro do Conselho
Temático de Infraestrutura
(Coinfra) da CNI. O
conselho tem o
objetivo
integrar e
desenvolver
os setores
industriais,
especialmente
nas áreas de energia,
transportes, privatizações e
concessões. Os estudos
setoriais do Coinfra têm por
finalidade colaborar com as
decisões da CNI com vistas ao
aumento da competitividade
do setor industrial. “É grande
a satisfação de compor este
Conselho, ainda mais por se
tratar de uma indicação da
FIEB, a casa da indústria no
Estado da Bahia. Afirmo meu
compromisso de representar
seus interesses”, afirma
Barbosa.
Rodada do PqF movimenta R$ 30 miRodada de negócios
envolvendo 50 empresas
participantes do Programa
de Qualificação de
Fornecedores (PQF)
movimentou volume de
negócios da ordem dos R$
31 milhões. A rodada foi
realizada entre
empresas-âncora e
fornecedoras locais de
produtos e serviços para a
indústria, durante o IV
Encontro de Compradores e
Fornecedores. O encontro de
2014 envolveu empresas
compradoras das cadeias
automotiva, petróleo e gás,
eólica e mineração, contando
com a participação de
representantes de novos
empreendimentos, como JAC
Motors e General Eletric. “São
projetos de grande porte, que
têm demandado serviços e
insumos de fornecedores
locais”, ressalta o gerente de
Capacitação Empresarial do
IEL, André Pinto.
32 Bahia Indústria
negociação coletiva e o atual panorama econômico do país
jurídico
Por ManoEla gonçalvEs
A Constituição Federal de 1988
consagrou a negociação cole-
tiva como forma de solução de
conflitos entre empregadores e
trabalhadores, conferindo aos
instrumentos negociais (acordos
e convenções coletivas) status
de fontes formais autônomas de
direito, assim entendidas as nor-
mas elaboradas por seus próprios
destinatários.
A finalidade precípua da nego-
ciação é, portanto, permitir que
as condições de trabalho sejam
ajustadas da forma que melhor
atenda às classes patronal e ope-
rária, diante de determinada rea-
lidade socioeconômica.
Essa forma de solução de con-
flitos possui grande relevância
para a sociedade moderna, onde
nem sempre os processos legisla-
tivos acompanham a dinâmica da
economia, tampouco refletem, efe-
tivamente, os interesses dos traba-
lhadores e empregadores, diante
das particularidades que envol-
vem determinadas atividades.
Contudo, essa finalidade vem
sendo distorcida, sobretudo pelos
sindicatos profissionais, que têm
intensificado as reivindicações
por aumento real nos salários,
independentemente da realidade
econômica dos setores produti-
vos. A Justiça do Trabalho, por
sua vez, visando defender a par-
te hipossuficiente da relação de
emprego, por vezes, invalida as
normas negociadas, provocando
insegurança jurídica e desestí-
mulo à negociação.
Sabe-se que a economia brasi-
leira vive um momento de desa-
celeração, agravada, de um lado,
pela retração da indústria e, de
outro, pelo aumento da inflação.
Diante deste contexto, é neces-
sário que as relações de trabalho
se adequem ao atual panorama
econômico do país e que as leis
trabalhistas sejam flexibilizadas
por meio das negociações coleti-
vas, que se apresentam como im-
portante ferramenta para a ma-
nutenção de empregos e fomento
ao desenvolvimento econômico.
Por outro lado, a indexação de
salários à inflação deve ser con-
tida, assim como as normas cole-
tivamente acordadas respeitadas
pelo Judiciário, sob pena dos re-
flexos e prejuízos recaírem sobre
o trabalhador.
A adoção de medidas alter-
nativas, como, por exemplo, a
concessão de abonos ao invés de
reajustes salariais e o implemen-
to de férias coletivas, não devem
ser interpretadas como atos de
restrição ou redução de direitos,
mas como meios de manutenção
do equilíbrio socioeconômico das
relações de trabalho.
O prestígio às normas coleti-
vas é essencial à modernização
das relações trabalhistas e ao
crescimento econômico, pois es-
tas questões estão intimamente
relacionadas, cabendo à Justiça
do Trabalho analisar de forma
ampla o contexto no qual o em-
pregado está inserido, evitando
que decisões judiciais inviabili-
zem a manutenção de contratos
de emprego.
Lei prevê sanções para trabalho escravoFoi publicada no dia 13 de
janeiro, a Lei Estadual nº
13.221, que previu uma série
de sanções para a empresa
que se beneficie de forma
direta ou indireta do trabalho
escravo ou em condições
análogas à escravidão, dentre
as quais, a inaptidão da
inscrição no Cadastro de
Contribuintes do ICMS (CAD/
ICMS); o impedimento para a
prestação de serviço ao poder
público e a retirada de
benefícios fiscais/
administrativos concedidos
pelo Estado. A norma, que
ainda carece de
regulamentação, prevê a
duração de 10 anos para tais
sanções.
Medida Provisória altera legislação previdenciária A Medida Provisória nº 664,
publicada em 30 de dezembro
de 2014, alterou
significativamente a
Legislação Previdenciária,
para, dentre outras medidas,
ampliar, de 15 para 30 dias, o
período inicial de
afastamento da atividade por
motivo de invalidez ou
doença, durante o qual,
caberá à empresa pagar ao
segurado-empregado seu
salário integral. As citadas
disposições entram em vigor
no 1º dia do 3º mês
subsequente à publicação da
norma, ou seja, em 1º de
março de 2015.
Manoela gonçalves integra a equipe da Gerência Jurídica
Bahia Indústria 33
iDeias
Por solangE novis
Na ultimas décadas, o Brasil atin-
giu patamares confortáveis de
atendimento na Educação Básica,
próximo da universalização no
Ensino Fundamental. Não se po-
de dizer o mesmo do Ensino Mé-
dio, ainda em expansão. O fato é
que ambos estão desafiados pela
necessária melhoria da qualidade.
Apesar da polissemia que envolve
este conceito, é certo dizer que ele
remete a professores ensinando
melhor e a alunos efetivamente
aprendendo, na idade prevista.
Segundo o Anuário Brasileiro da
Educação Básica, 2014, no Bra-
sil, apenas 51,8% de jovens de 19
anos concluem o Ensino Médio, e
na Bahia, 37,1%. Esse indicador
revela entraves no fluxo escolar
da educação básica, desde o Fun-
damental, associados aos fenôme-
nos da falta de acesso, reprovação,
evasão e distorção idade-série.
É também no Ensino Médio
que se tem o pior resultado do
IDEB (Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica). Enquanto
observa-se razoável avanço nas
séries iniciais e mais discreto nas
séries finais do Ensino Fundamen-
tal, o Ensino Médio permanece es-
tagnado em nível muito baixo.
Ademais, o Brasil tem ocupado
os últimos lugares no PISA (Pro-
gramme for International Student
Assessment) em Línguas, Matemá-
tica e Ciências, com reduzida me-
lhoria no tempo.
Ao mesmo tempo, nos últi-
mos anos, registra-se aumento
do investimento público total em
Qualidade da educação: uma conquista da sociedade
Educação, saltando de 4,7% do
PIB em 2000 para 6,1% em 2011.
Especificamente em Educação Bá-
sica, de 3,7% para 5,0%, no mes-
mo período (INEP). Com a recente
aprovação do Plano Nacional de
Educação (PNE) 2014/2024, em 10
anos essa relação chegará a 10%.
Imprescindível melhorar distri-
buição e aplicação.
O fato é que o sistema educa-
cional brasileiro não tem gerado
bons resultados para a sociedade,
além do desencontro com as reais
demandas por trabalhadores qua-
lificados. Segundo estudo McKin-
sey, 2012, enquanto apenas 31%
dos empregadores concordam que
os jovens estão adequadamente
preparados, 67% dos provedores
da Educação assim os percebem.
A questão é sistêmica, e impac-
ta também a produtividade, que
no Brasil cresceu 1,02% entre 1996
e 2011, ante expansão de 8,35% na
China, 4,95% na Índia, 3,34% na
Coreia do Sul e 2,14% na Malásia
(FSP/Mercado, 2012). Certamente,
a qualidade da Educação nesses
países é uma das variáveis funda-
mentais.
Destaca-se nesse cenário a esti-
mativa de redução de 25% do nú-
mero de brasileiros em idade esco-
lar (de 5 a 19 anos), de 50 milhões
em 2010 para 38 milhões em 2030
(IBGE), configurando uma janela
de oportunidade rara no país pa-
ra o alcance de novos padrões de
qualidade na Educação.
O Sistema Indústria, para além
da possibilidade de se fortalecer
como referência naquilo que faz,
também é um ator capaz de apre-
Solange Novis
integra o Núcleo
Estratégico do
SESI Bahia
o sistema Indústria, para além da possibilidade de se fortalecer como referência naquilo que faz, também é um ator capaz de apresentar as demandas do mundo do trabalho aos sistemas educacionais. e mais, pode atuar como um parceiro estratégico do poder público no sentido de alavancar a qualidade da educação ofertada
“sentar as demandas do mundo
do trabalho aos sistemas educa-
cionais. E mais, pode atuar como
um parceiro estratégico do poder
público no sentido de alavancar a
qualidade da Educação ofertada,
na dupla dimensão de formação
para a cidadania e para a vida, as-
sim como de inserção produtiva de
jovens efetivamente qualificados
no mundo do trabalho. No atual
contexto de construção democrá-
tica, é decisivo apresentar deman-
das, participar e exercer influên-
cia nas políticas públicas.
Por fim, a tão esperada quali-
dade da Educação exige diálogo
entre agentes produtivos e agentes
formadores; exige reconhecimen-
to e valorização da escola e profes-
sores; exige o devido cumprimen-
to dos investimentos previstos em
lei pelos entes federados; e exige,
sobretudo, consciência da socie-
dade em geral e das famílias em
particular do poder que detém pa-
ra que assim seja. [bi]
livros
leitura&entretenimento
De volta ao básicoPor muitos anos sendo um executivo de
sucesso em bancos como Santander e
Citibank, o autor João Ermida, passou
por diversas fases no mundo corporativo.
A partir de sua experiência, o autor
traz histórias reais e lança propostas
para alcançar o sucesso sem ter de
abrir mão de valores éticos. Ermida
questiona os valores adotados por certos
executivos e sugere a retomada de outros,
como a verdade, a humildade e a
solidariedade.
Start-ups e criatividadeConsiderada leitura obrigatória para
quem acredita ser possível transformar o
mundo trabalhando com prazer,
propósito e dedicação, o livro apresenta o
dia a dia e o nascimento de start-ups de
sucesso. Talentos brasileiros que criaram
negócios fantásticos, inovadores e
equipes admiráveis são mostrados e
surpreendem pela informalidade de suas
práticas. A autora conta a história de
start-ups como Inesplorado, Perestroika,
Mandalah e Flag.
O Executivo Sem Culpa - Mantendo os Valores Pessoais na Vida Profissionaljoão ermidalua de Papel, 192 p.R$ 29,90
Empreendorismo Criativomariana castroPortfolio-Penguin, 200 p.R$ 34,90
Acervo do MAbEstá aberta para visitação a
exposição 24 anos na história
do Museu de Arte da Bahia. O
público poderá acompanhar,
em uma linha do tempo, e nos
espaços expositivos do andar
térreo do museu, uma
amostragem das principais
aquisições, doações,
exposições, publicações e
restaurações (entre pintura,
porcelana, mobiliário e
prataria), realizadas entre 1991
e 2014. Sob a curadoria da
diretora Sylvia Athayde, a
mostra inclui quadros de
pintores como Teófilo de Jesus,
Miguel Navarro y Cañizares.
fOtOS dIVUlgAçãO
Coleção contemporâneaEm homenagem a uma das maiores
criticas de arte do Brasil, o Palacete
das Artes reuniu em torno de 80
obras para a exposição intitulada
Coleção Matilde Matos. As obras que
fazem parte da mostra foram doadas
ao Estado da Bahia por Matilde Matos
e Claudine Toulier, após o
fechamento da escola e galeria de
arte EBEC, no ano passado, onde o
acervo era mantido. Além das obras
doadas por Matilde à EBEC Galeria de
Arte, a curadora da exposição,
Claudine Toulier convidou artistas
novos e consagrados, como Bel
Borba, César Romero, Chico Mazzoni,
Leonel Mattos, Giovana Dantas,
Mario Cravo Jr., Sérgio Rabinovitz,
entre outros, para integrar a
mostra. Na abertura da
exposição foi lançado o
documentário Matilde Matos:
a arte do silêncio.
Não perca Palacete das Artes, Seg a sex, 13 às 19h / Sáb, dom e feriado, 14 às 19h. Até 31.3. R. da Graça, 284, Salvador, Graça. Grátis
Não perca MAB, Seg a sex, das 13 às 19h / Sáb, dom e feriado, 14 às 19h. Até 31.3. Av. Sete, 2340, Corredor da Vitória. Grátis
exposição
34 Bahia Indústria
Bahia Indústria 35