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ISSN 1679-2645 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA - SISTEMA FIEB Bahia ANO XXI Nº 235 JAN/FEV/2015 REFERêNCIA EM TECNOLOGIA Institutos de Inovação colocam o SENAI Bahia na vanguarda

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ISSN 1679-2645

Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa - SIStema FIeB

Bahia

aNo XXI Nº 235 jaN/Fev/2015

RefeRência em tecnologiaInstitutos de Inovação colocam o SENAI Bahia na vanguarda

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An_20.5x26.5cm Encontro de Fornecedores_com sangra.pdf 1 08/01/15 16:56

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eDitoRial

Bahia tem a chance de reverter atraso tecnológicoA despeito da presença do Polo Petroquímico de Ca-

maçari, que começou a transformar de forma mais

efetiva o perfil eminentemente agrícola do estado,

a partir dos anos 1970, a Bahia sempre se ressentiu

da falta de instituições que investissem de maneira

maciça em pesquisa direcionada para as demandas

da indústria. A Universidade Federal da Bahia e suas

unidades destinadas à ciência cumpriram, ao longo

do século 20, e ainda cumprem o papel de prover pes-

quisas e tecnologias. Mas a diversificação do perfil

das indústrias que desde os anos 1990 começaram a

se instalar na Bahia trouxe novos desafios aos seg-

mentos acadêmicos no desenvolvimento de estudos,

pesquisas e serviços técnicos.

Em 1992, o SENAI Cimatec surgiu com o propósito

de suprir as lacunas e estabelecer um programa de

cursos e soluções mais aderentes às demandas da

nova indústria do estado e, agora, sediando os Ins-

titutos SENAI de Inovação, promete reescrever a his-

tória da pesquisa avançada e tecnológica do estado

aplicada às demandas industriais.

A reescrita dessa história já se desenha como pro-

jetos como o Flatfish, que está sendo desenvolvido

pelo Instituto SENAI de Inovação em Automação da

Produção, a pedido do BG Group (empresa inglesa

de exploração de petróleo, parceira da Petrobras no

pré-sal). O projeto conta com um investimento de R$

28 milhões e deverá ficar pronto em novembro deste

ano. A entrega será um robô submarino para fazer

inspeção em instalações submersas de produção de

petróleo.

O Flatfish é um dos 16 projetos desenvolvidos pelo

instituto baiano, que, em menos de um ano de atu-

ação, já conta com mais de R$ 40 milhões em proje-

tos contratados. O coordenador do Instituto, Herman

Augusto Lepikson, sintetiza em poucas palavras esta

revolução. Segundo ele, o Brasil tem um “potencial

fantástico na área de soluções em automação e robó-

tica, mas acaba comprando muita solução de fora,

com alto valor agregado. Por isso, o instituto vem atu-

ar sobre um grande gargalo que há no Brasil que é o

desenvolvimento de projetos de tecnologia avançada

Os Institutos SENAI de Inovação prometem reescrever a história da pesquisa avançada e tecnológica do estado aplicada às demandas industriais

O SENAI Cimatec abriga

os três institutos de

tecnologia voltados para

pesquisas avançadas

mArcElO gANdrA/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB

para assegurar a competitividade

da indústria brasileira”.

Este cenário já coloca o SENAI

Bahia como referência nacional

na prestação de serviços tecnoló-

gicos e apoio a pesquisas. Além

do Instituto em Automação da

Produção, a instituição dispõe

de outros dois ISIs. Um em Con-

formação e União de Materiais

e outro em Logística. Juntos, os

três institutos baianos estão com

21 projetos em andamento, que

representam mais de R$ 43 mi-

lhões. Outros projetos estão em

fase de negociação, o que poderá

elevar o montante dos investi-

mentos em pesquisa para mais de

R$ 90 milhões.

Se a Bahia, na primeira metade

do século 20, mergulhou num os-

tracismo que ficou conhecido co-

mo o Enigma Baiano, o século 21

já começa colocando o estado na

vanguarda da tecnologia avança-

da, redesenhando o futuro.

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4 Bahia Indústria

SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação e

tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria

do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] /

Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de ÓleoS VegetaiS

e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da cerVeja e de BeBi-

daS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão, PaSta de madeira

Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do trigo, milho,

mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de minera-

ção de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conStrução do eStado da Bahia,

[email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS,

detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS

de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto.

antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da

Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria da cidade do SalVador, [email protected]

/ Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS SintéticaS do eStado da Bahia, [email protected] /

Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Produ-

toS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da

Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS QuímicoS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS

do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS, SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da

Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eS-

tado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia,

[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS

indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eS-

tado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica

e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de tele-

comunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material

elétrico de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eS-

tado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

daS indúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFa-

toS de PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS

de cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia [email protected] Sindicato

da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do nordeSte (Siacan) [email protected] / Sindicato nacional da indúStria da

conStrução e reParação naVal e oFFShore (SinaVal) [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de PaniFicação e conFeitaria

do eStado da Bahia, [email protected]

filiada à

Bahia

fiEBPRESIDENTE Antonio ricardo Alvarez Alban. 1° VICE-

-PRESIDENTE carlos henrique Jorge gantois. VICE-

-PRESIDENTES Josair Santos Bastos; mário Augusto

rocha pithon; Edison Virginio Nogueira correia;

Alexi pelagio gonçalves portela Junior. DIRETORES

TITULARES Eduardo catharino gordilho; Alberto

cánovas ruiz; Eduardo meirelles Valente; renata

lomanto carneiro müller; leovegildo Oliveira de

Sousa; fernando luiz fernandes; Juan Jose rosario

lorenzo; theofilo de menezes Neto; José carlos

telles Soares; Angelo calmon de Sa Junior; Jeffer-

son Noya costa lima; fernando Alberto fraga; luiz

fernando Kunrath; João Schaun Schnitmam. DIRE-

TORES SUPLENTES mauricio toledo de freitas; gui-

lherme moura costa e costa; gladston José dantas

campêlo Waldomiro Vidal de Araújo filho; cléber

guimarães Bastos; Jorge catharino gordilho; marce-

lo passos de Araújo; Antonio geraldo moraes pires;

roberto mário dantas de farias

conSElhoSCONSELhO DA MICRO E PEqUENA EMPRESA INDUS-

TRIAL carlos henrique Jorge gantois; CONSELhO DE

ASSUNTOS FISCAIS E TRIbUTáRIOS mário Augusto

rocha pithon; CONSELhO DE COMéRCIO ExTERIOR

Angelo calmon de Sá Junior; CONSELhO DE ECONO-

MIA E DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Antonio Ser-

gio Alipio; CONSELhO DE INFRAESTRUTURA marcos

galindo pereira lopes; CONSELhO DE INOVAçãO

E TECNOLOgIA José luis gonçalves de Almeida;

CONSELhO DE MEIO AMbIENTE Jorge Emanuel reis

cajazeira; CONSELhO DE RELAçõES TRAbALhISTAS

homero ruben rocha Arandas; CONSELhO DE

RESPONSAbILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL marconi

Andraos Oliveira; COMITê DE JOVENS LIDERANçAS

INDUSTRIAIS Eduardo faria daltro; COMITê DE PE-

TRóLEO E gáS humberto campos rangel; COMITê

DE PORTOS Sérgio fraga Santos faria

ciEBPRESIDENTE reginaldo rossi. 1º VICE-PRESIDENTE

Jorge Emanuel reis cajazeira. 2º VICE-PRESIDENTE

carlos Antonio Borges cohim da Silva. 3º VICE-PRE-

SIDENTE roberto fiamenghi. DIRETORES TITULARES

Arlene Aparecida Vilpert; Benedito Almeida carnei-

ro filho; cleber guimarães Bastos; luiz da costa

Neto; luis fernando galvão de Almeida; marcelo

passos de Araújo; mauricio lassmann; paula cris-

tina cánovas Amorim; hilton moraes lima; thomas

campagna Kunrath; Walter José papi; Wesley Kelly

felix carvalho. DIRETORES SUPLENTES Antonio fer-

nando Suzart Almeida; carlos Antônio Unterberger

cerentini; décio Alves Barreto Junior; Jorge robledo

de Oliveira chiachio; fernando Elias Salamoni cas-

sis; José luiz poças leitão filho; mauricio carvalho

campos; Sudário martins da costa; CONSELhO FIS-

CAL - EFETIVOS luiz Augusto gantois de carvalho;

rafael cardoso Valente; roberto Ibrahim Uehbe.

CONSELhO FISCAL – SUPLENTES felipe pôrto dos An-

jos; rodolpho caribé de Araújo pinho Neto; thiago

motta da costa

SESiPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL

Antonio ricardo Alvarez Alban.

SUPERINTENDENTE Armando da costa Neto

SEnaiPRESIDENTE DO CONSELhO Antonio ricardo A. Alban.

DIRETOR REgIONAL leone peter Andrade

iElPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL

Antonio ricardo Alvarez Alban.

SUPERINTENDENTE Evandro mazo

DIRETOR ExECUTIVO DO SISTEMA FIEb

Vladson menezes

Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato

Unidades do Sistema FIEB

SESI – SERVIçO SOCIAL DA INDúSTRIA

Sede: 3343-1301@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490@Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805@Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513@Itapagipe: (71) 3254-9930@Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253@Lucaia: (71) 3205-1801@Piatã: (71) 3503 7401@Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221@Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081@Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330@Eunápolis: (73) 8822-1125@Feira de Santana: (75) 3602 9762@Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326@Jequié: (73) 3526-5518@Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133@Valença: (75) 3641 3040@Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080

SENAI – SERVIçO NACIONAL DE APRENDIzAgEM INDUSTRIAL

Sede: 71 3534-8090@Cimatec: (71) 3534-8090@Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090@Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609@Barreiras: (77) 3612-2188

IEL – INSTITUTO EUVALDO LODI

Sede: 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras: (77) 3611-6136@Camaçari: (71) 3621- 0774@Eunápolis: (73) 3281- 7954@Feira de Santana: (75) 3229- 9150@Ilhéus: (73) 3639-1720@Itabuna: 3613-5805@Jacobina: (74) 3621-3502@Juazeiro: (74) 2102-7114@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621@Vitória da Conquista: (77) 3424-2558

CIEb - CENTRO DAS INDúSTRIAS DO ESTADO DA bAhIA

Sede: (71) 3343-1214

sistema fieb nas mídias sociais

Editada pela gerência de comunicação Institucional

do Sistema fieb

CONSELhO EDITORIAL mônica mello, cleber Borges e patrícia moreira. COORDENAçãO EDITO-

RIAL cleber Borges. EDITORA

patrícia moreira. REPORTAgEM

patrícia moreira, carolina men-donça, marta Erhardt, rafael pereira, luciane Vivas e Surenã dias (estagiário). PROJETO gRá-

FICO E DIAgRAMAçãO Ana clélia rebouças. FOTOgRAFIA coper-photo. ILUSTRAçãO E INFOgRAFIA Bamboo Editora. IMPRESSãO

gráfica trio.

FEDERAçãO DAS INDúSTRIAS

DO ESTADO DA bAhIA

rua Edístio pondé, 342 – Stiep, cEp.: 41770-395 / fone:

71 3343-1280 www.fieb.org.br/bahia_indus-

tria_online

As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessa-riamente o pensamento da fIEB.

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Presidente da

FIEB, Ricardo

Alban, assume

Conselho da

instituição

Posse no sebrae

Solução nos contratos da Chesf com

indústrias eletrointensivas de base e

ajuste dos gastos públicos são

considerados temas prioritários para

a indústria baiana em 2015

FIeb reForça atuação na deFesa de Interesses

Implantado em 2013, o ensino a

distância do SESI contabiliza

resultados positivos na elevação de

escolaridade do trabalhador da

indústria e será ampliado

soluções sesI emeducação a dIstâncIa

Presidente da

entidade,

Reginaldo Rossi,

detalha as ações

para 2015

cIeb aPoIa no InterIor

Com 21 projetos

de pesquisa em

andamento,

SENAI Bahia

atua na geração

de tecnologia

PesquIsaFocada naIndústrIa

sumáRio Jan/fev 2015

14

herman Lepikson,

do SENAI, em foto

de Marcelo gandra

12

16

6 28

mArcElO gANdrA/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB

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6 Bahia Indústria

Por Marta Erhardt

entRevista regInaldo rossI

De agosto a dezembro de 2014 o Centro das In-

dústrias da Bahia (CIEB) conseguiu aumen-

tar sua base de associadas em 14%. Ciente

da importância do associativismo para o for-

talecimento do setor industrial baiano, a instituição

tem como meta conseguir, neste ano, um incremento

de 69% no total de associadas. Para isto, investiu na

contratação de pessoal para atuar no interior do es-

tado, levantando as necessidades das indústrias, em

especial as de micro, pequeno e médio portes. O CIEB

também atua na articulação com instituições parcei-

ras, como SESI, SENAI, IEL e Sebrae, com as quais

busca soluções para as demandas identificadas.

Além disso, tem promovido e apoiado ações de capa-

citação, rodadas de negócios e cafés empresariais em

municípios de várias regiões da Bahia. Nesta entre-

vista, o presidente da instituição, Reginaldo Rossi,

fala sobre a importância do associativismo e da união

do empresariado para a defesa de interesses comuns

e aponta os principais objetivos do CIEB para 2015.

“a única forma de superarmos as adversidades é com união”desde novembro na presidência do centro das Indústrias da Bahia (cIEB), o empresário reginaldo rossi defende a importância do associativismo

qual o balanço que da atuação do CIEb em 2014?

O ano de 2014 foi bastante difícil. Começamos o ano

com a campanha eleitoral e com todas as implicações

que ela impõe. Em meados de agosto, esse processo

foi encerrado e tomamos posse. Com a perda do nos-

so presidente Carlos Gilberto, em novembro, assumi a

presidência, conforme rege o estatuto do CIEB. Nosso

companheiro Jorge Cajazeira assumiu a 1ª vice-pre-

sidência, seguido dos nossos amigos Carlos Cohim

e Roberto Fiamenghi. Em face do processo eleitoral,

todos os trabalhos do CIEB praticamente ficaram de-

sativados até agosto. Apenas os negócios existentes

foram mantidos. Após agosto, entretanto, diante de

um novo horizonte, retomamos a rotina de trabalho.

Nos poucos meses de atuação, os resultados foram

bastante positivos. Fechamos 2014 com um aumento

de 14% sobre a nossa base de associados, especial-

mente entre micro, pequenas e médias empresas

(MPME). Além disso, apoiamos a realização de 26

eventos no estado, com a capacitação de mais de 780

funcionários das indústrias nas mais diversas regi-

ões. De acordo com pesquisa realizada, nosso índice

de satisfação foi de 95%.

quais as perspectivas para 2015?

A situação conjuntural é bastante preocupante. En-

tretanto, estamos otimistas com relação à atuação

do CIEB. Com o lançamento do Programa de Desen-

volvimento Industrial (PDI), que deve ser implemen-

tado em 2015, teremos a responsabilidade de levar o

programa para as MPME e, com a experiência e garra

de nossa equipe, com certeza os resultados serão po-

sitivos. Para este ano, nossos objetivos são bastante

audaciosos. Buscaremos um crescimento de 69%

sobre a nossa base de associados, o que representa

o ingresso de cerca de 450 novas empresas. Já estão

programados 57 cursos de capacitação, rodadas de

negócios e cafés empresariais. Também queremos

levar missões internacionais para algumas cidades

do interior. Neste sentido, estamos discutindo com

o Centro Internacional de Negócios (CIN/FIEB), a

realização de visitas de missões internacionais a ci-

dades do interior, para que a possibilidade da inter-

nacionalização seja uma realidade também para as

MPME. Além disso, vamos promover reuniões com

lideranças de todas as regiões do estado a fim de es-

treitar o relacionamento do Sistema FIEB com a in-

dústria. Orientamos nosso pessoal para que sintam

os problemas dos empresários e continuem sensíveis

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Bahia Indústria 7

ANgElO pONtES / cOpErphOtO SIStEmA fIEB

a qualquer reivindicação, da mais

simples à mais complicada, pois

só assim poderemos aperfeiçoar

o nosso entendimento e encontrar

solução para os problemas das

empresas industriais na Bahia.

De que forma o CIEb tem contribu-

ído para atender as principais dire-

trizes estabelecidas pela diretoria

da FIEb, como o apoio às MPME e

a interiorização?

No final de 2014 contratamos

mais dois colaboradores para

atender especificamente o in-

terior. Agora dispomos de uma

equipe mais qualificada e pronta

para atender e apoiar os empre-

sários, com especial atenção para

micro, pequenas e médias em-

presas. Hoje vivemos em contato

frequente com a indústria, levan-

tando suas principais demandas.

Entre as ações, nossa equipe vai

levar o PDI para o interior do es-

tado. Além disso, temos progra-

mados cursos de capacitação do

Programa de Desenvolvimento

Associativo (PDA) e também es-

tamos atuando no fortalecimento

das cadeias produtivas.

quais os principais entraves en-

frentados?

A extensão territorial da Bahia

é um complicador, mas pode ser

contornada com a contratação de

pessoal e com o uso da tecnolo-

gia, a fim de encurtar a distância

no relacionamento. Todavia, o

que mais me preocupa é a falta de

consciência associativa de parte

do nosso empresariado, seja na

indústria, no comércio ou na pres-

tação de serviços. Temos de sensi-

bilizar nossos industriais de que

a única forma de superarmos as

adversidades é com união, coesos

em torno de uma causa. É preciso

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8 Bahia Indústria

que eles entendam que tudo que o

CIEB faz tem como único objetivo

beneficiar a indústria.

Como o CIEb atua para ampliar o

número de empresas associadas?

O CIEB tem atuado no interior do

estado de forma a encurtar a dis-

tância existente entre o Sistema

FIEB e a indústria. Estamos pre-

sentes no dia a dia das indústrias,

entendendo suas dificuldades e

buscando soluções com institui-

ções integrantes do Sistema FIEB

– SESI, SENAI e IEL – e outros par-

ceiros, como o Sebrae. Com ações

como treinamentos, capacitações,

rodadas de negócios e missões

internacionais, temos obtido um

bom nível de penetração no mer-

cado e, como consequência, es-

tamos conseguindo trazer novas

associadas para o Sistema FIEB.

quais os benefícios oferecidos às

empresas associadas?

Atualmente, contamos com convê-

nio com as instituições do Sistema

FIEB. O SESI disponibiliza para as

nossas associadas condições dife-

renciadas nos serviços de Saúde

e Segurança no Trabalho, Lazer,

Odontologia e Educação, além do

apoio em consultorias em Normas

Regulamentadoras. Já o SENAI

oferece descontos em cursos de

aprendizagem e qualificação pro-

fissional, além de consultorias

com condições diferenciadas. O

IEL concede benefícios nos ser-

viços de Estágio, Capacitação

Empresarial e projetos especiais

como o de Qualificação de Forne-

cedores. Com a parceria com o Se-

brae, conseguimos subsídios em

projetos para as nossas associa-

das, além de palestras , cursos e

consultorias, também com custos

diferenciados.

Uma novidade para 2015 é a rede de parceiros. Em

que consiste este projeto?

O projeto consiste em estruturar parcerias com em-

presas estratégicas que possam oferecer produtos e/

ou serviços de interesse das associadas ao CIEB, com

valores diferenciados dos praticados no mercado, fa-

zendo com que as empresas associadas e seus funcio-

nários desfrutem de descontos e condições especiais.

Como exemplo, podemos citar a Serasa, que vai colo-

car à disposição das nossas associadas a Certificação

Digital com desconto de 10%. Contamos com parce-

rias com farmácias, academias de ginástica, cinemas

e empresas de locação de automóveis. Também esta-

mos negociando o ingresso de uma rede de supermer-

cados para oferecer ao industriário baiano a compra

da cesta básica em condições diferenciadas. Nossa

previsão é que esse projeto seja lançado em março.

Como o CIEb tem atuado na defesa de interesses da

indústria?

A defesa de interesses tem sido desenvolvida pelo

CIEB e representa um importante benefício para o

setor industrial baiano. Temos especial preocupação

com relação aos distritos industriais do interior da

Bahia. Por isso, procuramos discutir o assunto com

o governo do estado, que tem se mostrado sensível

ao problema. Temos insistido sobre a necessidade de

mantermos os distritos industriais estruturados, com

pavimentação, iluminação e segurança, para que as

indústrias já instaladas tenham a segurança neces-

sária para as operações do dia a dia e também para

que outras indústrias se instalem, trazendo mais

emprego e renda para as diversas regiões do estado.

Outra questão à qual estamos atentos é quanto à im-

plantação do Porto Sul.

qual a importância do associati-

vismo para as empresas do setor

industrial?

Fica mais fácil aprimorar o negó-

cio quando interagimos com os

nossos parceiros. Por exemplo,

quando nos aliamos aos nossos

colegas de segmento para obter

cursos de capacitação para os

nossos funcionários, para a com-

pra de produtos com preços mais

competitivos, para lutar na defesa

dos nossos negócios, para discutir

mudanças de normas e leis. É bem

melhor atuar na cadeia produtiva

quando trocamos experiências

com as nossas congêneres. Dessa

troca extraímos novas ideias. Por

outro lado, é preciso que tenha-

mos a exata consciência das difi-

culdades que enfrentaremos ao

longo de 2015. É preciso ter uma

visão muito realista e sem roman-

tismos da posição adotada pelos

setores públicos de repassar ao

setor produtivo o custo da inefi-

ciência. Mais ainda, é necessário

que entendamos que se depender

dos governos, seremos forçados

a absorver mais impostos, mais

contribuições compulsórias, mais

responsabilidades com seguran-

ça, transportes, educação, saúde,

mais responsabilidades trabalhis-

tas, enfim. É preciso que cada um

de nós diga não aos abusos que

historicamente enfrentamos e te-

nhamos a exata noção da nossa

importância enquanto geradores

de emprego, renda e de rique-

zas para o país. E só existe uma

fórmula para enfrentarmos isso:

temos de estar juntos num só ob-

jetivo. Associativismo não é só a

união de pessoas. Associativismo

é a identificação e conjugação de

ideias e a luta conjunta na busca

de objetivos comuns, sempre vi-

sando a melhoria. [bi]

“estamos presentes no dia a dia das indústrias, entendendo suas dificuldades e buscando soluções com instituições integrantes do Sistema fIeB – SeSI, SenaI e IeL – e outros parceiros, como o Sebrae

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circuito

Bahia Indústria 9

Por cleber borges

brasileiro espera liquidações para comprarO brasileiro é cauteloso na hora de

adquirir bens de maior valor, como

eletrodomésticos, eletrônicos, móveis

e veículos. Nove em cada dez pessoas

(91%) comparam preços antes de

realizar a compra e 64% esperam o

período de promoções para comprar. A

pesquisa Retratos da Sociedade - Perfil

do Consumidor Brasileiro, feita pela

CNI com 15.414 pessoas, em 727

municípios, mostra que o preço baixo é

o fator mais relevante para definir a

compra de um produto (56%). Em

segundo lugar, aparece a qualidade e

durabilidade do produto (49%).

Intenção de investir é a menor em cinco anosNo ano passado, 78,1% das empresas

industriais planejaram fazer algum

tipo de investimento. Destas, só 41,4%

realizaram os investimentos como

planejado e 9,2% adiaram os projetos

por tempo indeterminado,

especialmente por causa das

incertezas em relação à economia. Em

2015, só 69,3% das empresas

pretendem fazer algum tipo de

investimento. O número é 8,8 pontos

percentuais inferior ao de 2014.

Inflação passou a ser um problemaUma parcela maior da população

passou a ver a inflação como um

problema. É o que mostra pesquisa

feita pelo Ibope para a CNI, em

dezembro de 2014, com 2.002 pessoas

de 142 municípios. Em 2012, 12% da

população apontavam o controle da

inflação como uma das três principais

prioridades. Em 2014, o percentual

subiu para 29% e empata com o

combate à violência e à criminalidade

(29%) e fica atrás apenas da melhoria

dos serviços de saúde (51%).

“Menos iMpostos sobre o eMprego encorajariaM os negócios a contratar Mais pessoas. e Mais iMpostos sobre os produtos incentivariaM a reciclageM e a

diMinuição de resíduos.”Paul gilding, professor de Sustentabilidade da Universidade de Cambridge e ex-presidente da ONG Greenpeace.

Em competitividade brasil só ganha da Argentina Apesar dos pequenos avanços em

disponibilidade e custo da mão de

obra, peso dos tributos e na

microeconomia, o Brasil continua

em penúltimo lugar no ranking da

competitividade, quando

comparado a outros 14 países

concorrentes. Na avaliação de oito

fatores decisivos para as empresas

conquistarem os mercados interno e

externo, ele só fica à frente da

Argentina por ter retrocedido em

infraestrutura e na macroeconomia.

A conclusão é do estudo anual

Competitividade Brasil 2014, da

Confederação Nacional da Indústria

(CNI). Esta é a quarta edição do

estudo e o Brasil sempre se mantém

na mesma posição na lista que,

além da Argentina, inclui Colômbia,

México, Polônia, Turquia, Índia,

Rússia, África do Sul, Chile, China,

Espanha, Austrália, Coreia do Sul e

Canadá.

queda em infraestrutura e macroeconomiaNo topo da lista, aparece o Canadá,

seguido pela Coreia do Sul e a

Austrália. Apenas nos fatores

disponibilidade e custo de mão de

obra e em tecnologia e inovação, o

Brasil não está no terço inferior do

ranking, ou seja, entre a 15ª e a 11ª

posição, constata o estudo. No fator

disponibilidade e custo de mão de

obra, o Brasil passou do sétimo

lugar, em 2013, para o quarto em

2014; no de peso de tributos, saiu da

14ª posição para a 13ª em 2014. No

quesito ambiente microeconômico,

subiu do 13º para o 11º lugar.

Entretanto, na infraestrutura,

recuou da 13ª para a 14ª posição. No

ambiente macroeconômico, caiu do

10º para o 12º lugar.

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10 Bahia Indústria

sindicatos

ANgElO pONtES/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB

Reeleita para mandato até 2017, a diretoria do Sindicato da Indústria de

Mármores e Granitos (Simagran-BA) tomou posse dia 16 de dezembro. O

presidente da entidade, Marcos Regis, afirma que um dos principais

desafios para os próximos anos é superar a crise financeira mundial.

Capacitação, ampliação do número de associados, interiorização e

fomento à exportação também estão no foco desta gestão. “Cabe ao

Simagran estimular as empresas para que possam crescer e galgar

novos mercados de forma competitiva, impulsionando o setor”, destaca

Regis, explicando que a Bahia é o maior polo em potencial de rochas do

mundo, em diversidade, dureza e com recursos abundantes.

O empresário Marcos Regis (C) segue à frente do Simagran até 2017

Sindiplasf tem novo presidenteO Sindicato das Indústrias de Artefatos de

Plásticos, Borrachas, Têxteis, Produtos Médicos

Hospitalares, Odontológicos, Veterinários, Linha

de Montagem de Produtos Afins de Feira de

Santana e Região (Sindiplasf) está sob nova

presidência. O vice-presidente, o empresário Luiz

da Costa Neto, assumiu a liderança da entidade

após a saída, em outubro, do presidente Serafim

Felix da Silva, que alegou questões pessoais para

o afastamento. O mandato da atual diretoria

segue até agosto deste ano.

Sindicatos trocam experiênciasExecutivos sindicais participaram, dia 26 de

novembro, na FIEB, da mesa-redonda Como

alavancar a gestão do sindicato?, com troca de

experiências e apresentação de boas práticas do

executivo do Simmmeb-SC, Maurício Rossa, e do

Simagran-BA, Bruno Reis. O executivo baiano

também foi convidado para evento semelhante

realizado pela Federação das Indústrias da

Paraíba (FIEP), em Campina Grande. Já o

presidente do Sindileite-BA, Paulo Cintra,

participou em dezembro de duas mesas-redondas

para dirigentes sindicais, promovidas pela FIEP,

em Campina Grande (dia 10), e João Pessoa (dia

11). Reuniões itinerantes, parcerias,

fortalecimento das ações de comunicação e

disseminação de conhecimento aos laticinistas

foram algumas das estratégias citadas. Os

encontros integram o Programa de

Desenvolvimento Associativo (PDA),

desenvolvido pela CNI.

Sindpacel comemora 60 anos Para comemorar seus 60 anos, o Sindicato das

Indústrias de Papel e Celulose (Sindpacel) e

indústrias associadas publicaram um caderno

especial no jornal A Tarde, no dia 13 de

dezembro. O material destacou as expectativas

para 2015 e os novos investimentos previstos

pelas indústrias do setor no sul da Bahia. Para o

futuro, Jorge Cajazeira, presidente do sindicato,

espera manter as conquistas alcançadas pela

atual diretoria e tem foco no diálogo com

empresas, sindicatos, federações e

confederações.

simagran reelege diretoria

pEdrO AUgUStO/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB

2º CaféTEC rEúnE EmprEsários Em ilhéus • Com o objetivo de

discutir demandas em TIC, eletroeletrônica, Lei do Bem e fontes

de financiamento, o Sindicato das Indústrias de Aparelhos

Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares de

Ilhéus e Itabuna (Sinec), em parceria com o SENAI, promoveu, em

novembro, em Ilhéus, o 2º CaféTEC. O encontro reuniu

empresários do setor para debater temas importantes para o

desenvolvimento econômico e tecnológico da região.

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Bahia Indústria 11

Mais de 2 mil trabalhadores de 13 empresas associadas ao Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon-BA) participaram da 8ª edição dos Jogos da Construção, realizado nos dias 29 e 30 de novembro, no SESI Simões Filho. O número representa um aumento de 42% no total de participantes em relação a 2013. Promovido desde 2007, em parceria com o SESI, os jogos contemplam 14 modalidades esportivas, como atletismo, futebol, futsal, baleado, jogos de tabuleiro, natação e tênis. “Esta é uma oportunidade de se conviver em equipe, assim como queremos que seja no ambiente de trabalho”, destacou o presidente do Sinduscon, Carlos Henrique Passos.

Jovem Aprendiz é tema de seminário em Salvador, promovido pelo Sindisabões

Para discutir a Lei da Aprendizagem, foi realizado, em dezembro,

na sede da FIEB, o seminário Jovem Aprendiz: Desenvolvimento

profissional na empresa ou imposto com encargos trabalhistas?. A

iniciativa do Sindisabões-BA colocou lado a lado entidades

empresariais, SENAI e Ministério do Trabalho e Emprego. “É

preciso aperfeiçoar a lei e isso pode ser feito por meio da atuação

das entidades de representação, como a FIEB e os sindicatos”,

pontuou Juan Lorenzo, presidente do sindicato. O seminário contou

com a presença do Superintendente do SENAI, Leone Peter, da

Superintendente Regional do Trabalho e Emprego, Isa Simões, e da

coordenadora de Aprendizagem da SRTE-BA, Marli Pereira, que

explicou como o Programa Jovem Aprendiz pode ser uma forma de

desenvolvimento profissional na empresa.

sinduscon promove 8ª edição dos Jogos da construção

Vice assume presidência do SindaçúcarO Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool

(Sindaçúcar-BA) tem novo presidente. O empresário

Luiz Carlos Cavalcanti, das Usinas Santa Maria e

Santa Cruz, assumiu o cargo após o falecimento do

presidente Carlos Gilberto Farias, em novembro. A

proposta é dar continuidade às ações de

representação da indústria açucareira e defesa de

interesses do setor. “Lamentamos assumir nesta

circunstância. Carlos Gilberto foi um grande

batalhador pela causa, um trabalhador incansável

pelo setor em todo o Nordeste. Vamos continuar os

trabalhos pelo engrandecimento da indústria

sucroalcooleira”, destacou.

mArcElO gANdrA/cOOpErphOtO/SIStEmA fIEB

hArOldO ABrANtES/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB

Número de participantes do evento aumentou 42% em relação a 2013

FIEb amplia sindicatos filiadosA Federação das Indústrias do Estado da Bahia

(FIEB) passou a contar com mais uma entidade

sindical em seu quadro de filiados. Em dezembro, foi

aprovada a filiação do Sindicato das Indústrias de

Panificação e Confeitaria do Estado da Bahia

(Sipaceb), de base intermunicipal. Fundado em 1989,

o sindicato possui 42 indústrias filiadas em seu

quadro de associados, é presidido pelo empresário

Artur Quintans de Souza e chega para juntar-se aos

demais sindicatos no fortalecimento da

representatividade do setor industrial baiano. A

FIEB conta agora com 44 sindicatos filiados.

Sinprocim certifica trabalhadoresOs 29 participantes do Curso de Tecnologia de

Concreto e Argamassa, promovido pelo Sindicato

das Indústrias de Produtos de Cimento (Sinprocim-

BA), foram certificados no dia 22 de novembro.

Realizado em parceria com o SENAI, o curso foi

voltado para funcionários do setor de laboratório e

produção de concreto das empresas.

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12 Bahia Indústria

Por ClEbEr borgEs E rafaEl PErEira

Ricardo alban preside Conselho do Sebrae BahiaNova diretoria da instituição é formada pelo superintendente Adhvan furtado e pelos diretores lauro ramos e franklin Santos

O presidente da Federação das Indústrias do

Estado da Bahia (FIEB), Antônio Ricardo Al-

ban, tomou posse na presidência do Conse-

lho Deliberativo do Sebrae Bahia (CDE), no

dia 12 de janeiro, em solenidade na sede da FIEB. Na

ocasião, foi empossada a nova diretoria da institui-

ção, formada pelo ex-executivo de estratégia do SE-

NAI Cimatec, Adhvan Furtado, que assumiu o cargo

de superintendente, e pelos diretores Lauro Ramos e

Franklin Santos. A nova composição, que comandará

a instituição pelos próximos quatro anos, foi eleita

no dia 17 de novembro, durante reunião do CDE, no

Sebrae Bahia.

Presidente do Conselho do Sebrae Bahia para o

biênio 2015/2018, Antônio Ricardo Alban destacou

que o foco da sua gestão será a interiorização do de-

senvolvimento econômico, a partir da diversificação

e aumento da competitividade da pequena indústria,

com o intuito de promover o dinamismo da econo-

mia do estado. “Desde já, colocamos para essa nova

gestão metas desafiadoras na elaboração de projetos,

de modo a sermos eficientes na captação de novos re-

cursos junto ao SEBRAE Nacional, buscando manter

uma gestão proativa para o desenvolvimento dos pe-

quenos negócios em todo o nosso Estado”, adiantou.

“O caminho que adotaremos em nossa gestão é o

de continuar investindo na sinergia e convergência

dos objetivos comuns às entidades que compõem o

Conselho Deliberativo do SEBRAE Bahia: SEBRAE

Nacional, Governo Estadual - SICM, FIEB, Fecomér-

cio, Faeb, IEL, CDL, Faceb, Ufba, Caixa, BNB, BB e

Sudene. Juntos, sempre seremos mais fortes”, escla-

receu Alban. Somando esforços de todas as entidades

integrantes do CDE, ele pretende fortalecer a cultura

empreendedora no estado e estimular a ação de po-

tenciais empresários.

O novo superintendente do Sebrae/BA, Adhvan

Furtado, concordou com Alban, chamando atenção

para a importância do trabalho feito pelo Sebrae para

o desenvolvimento econômico da Bahia. “O País pos-

sui cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas.

Na Bahia, são 504 mil. É um desafio e uma grande

responsabilidade estar à frente de uma instituição co-

mo o Sebrae, que realiza, somente no Estado, quase

150 mil atendimentos ao ano”, avaliou.

O presidente da Federação de Agricultura e Pe-

cuária da Bahia, João Martins da Silva Junior, que

até então presidia o CDE/Sebrae, fez uma avaliação

positiva de sua gestão e, em tom bem humorado,

disse que entregava a Antônio Ricardo Alban “uma

Cerimônia de

posse da nova

diretoria da

entidade foi

realizada na sede

da Federação

das Indústrias

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Bahia Indústria 13

ANgElO pONtES/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB

estrutura que funciona tão bem

quanto uma Ferrari.”

Já o secretário estadual de De-

senvolvimento Econômico, James

Correia, presente à solenidade

representando o governador do

estado, Rui Costa, destacou o

perfil do novo superintendente,

Adhvan Furtado, um técnico jo-

vem e com sólido conhecimento

sobre o universo das micro e pe-

quenas empresas.

Durante o evento, foi empos-

sado também o novo Conselho

Fiscal do Sebrae/BA, formado

pelos titulares Almir Mendes de

“ O caminho que adotaremos em nossa gestão é o de continuar investindo na sinergia e convergência dos objetivos comuns às entidades que compõem o Conselho Deliberativo do SEBRAE Bahia. Juntos, sempre seremos mais fortes

Ricardo Alban, presidente da FIEB e do Conselho do Sebrae

Carvalho Neto, Mauro Ricardo de

Freitas Souza e Ângela Góes Nei-

va. Compõem a suplência Sérgio

Pedreira de Oliveira Souza, Car-

los Antonio Borges Cohim Silva

e Luiz Carlos Maciel Calmon de

Almeida.

Estiveram presentes, também,

à cerimônia, a secretária munici-

pal de Desenvolvimento, Traba-

lho e Emprego, Andrea Mendon-

ça, representando o prefeito de

Salvador, Antônio Carlos Maga-

lhaes Neto e o presidente da Fe-

comércio, Carlos Andrade, entre

outras autoridades. [bi]

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14 Bahia Indústria

O veto presidencial ao dispositivo da Medida

Provisória nº 656, que autorizava a prorro-

gação de contratos existentes, há mais de

40 anos, entre a Companhia Hidroelétrica

do São Francisco (Chesf) e empresas eletrointensivas

da Bahia, Alagoas e Pernambuco, ameaça a moder-

na indústria de base do Nordeste e o próprio desen-

volvimento da região. A avaliação é do presidente da

Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB),

Antonio Ricardo Alban.

A FIEB foi uma das três federações de indústria sig-

natárias de uma Nota Pública, na qual chamou aten-

ção para os riscos à competitividade regional, caso

não sejam prorrogados os contratos de fornecimento

Energia da Chesf e impostos preocupam FIEbfederação pede solução nos contratos da chesf com indústrias eletrointensivas e defende redução de gastos públicos

Por ClEbEr borgEs

de energia com a Chesf, que termi-

nam em junho próximo. As duas

outras entidades foram as Federa-

ções das Indústrias de Pernambu-

co (Fiepe) e de Alagoas (Fiea).

Na nota, as três Federações

ponderam que a prorrogação dos

contratos proporciona um ciclo

virtuoso, pois garante a continui-

dade da produção da indústria de

base do Nordeste. Outro aspecto

enumerado é que a Chesf venderia

essa energia ao setor industrial

por um preço três vezes superior

ao que será obrigada a vender às

distribuidoras.

O presidente da FIEB lembra

que, enquanto diversos países

criaram políticas para aumentar

a competitividade da energia elé-

trica consumida pela indústria –

haja vista a forte redução do seu

custo no mercado internacional,

com a queda do preço do petróleo

e o crescimento da oferta do gás

de xisto nos Estados Unidos – o

veto à MP vai na contramão dessa

tendência. Isso compromete o em-

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Bahia Indústria 15

Rede de

distribuição

de energia

da Chesf

mArcEl

lO c

ASAl

Jr/A

Br

prego, a arrecadação de impostos

e a permanência de um segmento

que reduz as desigualdades entre

o Nordeste e as regiões mais ricas.

Para Antônio Ricardo Alban, o

Nordeste não pode ser penalizado

com a interrupção dos contratos

com a Chesf. Entretanto, disse es-

tar confiante em uma solução que

atenda ao pleito da indústria. “Te-

nho plena convicção de que se en-

contrará uma solução negociada,

de modo a evitar a migração des-

sas indústrias para outros países”.

Ao avaliar as medidas de ajuste

fiscal anunciadas neste início de

segundo mandato da presidente

Dilma Rousseff, Antonio Ricardo

Alban lembrou que a iniciativa

privada tem plena consciência da

necessidade de o país ajustar suas

contas e de combater a inflação.

Contudo, é imprescindível que o

ajuste não seja um ato adotado iso-

ladamente pela Receita, como tem

sido a prática até agora. O governo,

afirma, não deveria anunciar au-

mento de impostos sem, concomi-

tantemente, apresentar de forma

clara, à sociedade, metas para re-

duzir suas despesas correntes.

Para o presidente da FIEB, o

simples contingenciamento do or-

çamento não significa uma efetiva

ação de ajuste fiscal no que diz

respeito às despesas. “O setor pro-

dutivo e, em última instância, o

consumidor, não podem ficar com

o ônus exclusivo desse ajuste”.

O pacote com aumentos de im-

postos, anunciado pelo ministro

da Fazenda, Joaquim Levy, incluiu

a volta da cobrança da Cide sobre

combustíveis, o aumento do Im-

posto sobre Operações Financeiras

(IOF) no crédito para pessoa física

e do PIS/Cofins sobre importados

e sobre os combustíveis, além do

aumento do PIS no segmento de

cosméticos.

A alíquota do IOF, que incide so-

bre as operações de crédito para o

consumidor, passará de 1,5% para

3% ao ano. Esse valor será cobra-

do além dos 0,38% que incide na

abertura das operações de crédito.

Com essa medida, o governo espe-

ra arrecadar R$ 7,38 bilhões neste

ano. Na avaliação do presidente da

FIEB, a alta do custo do crédito no

país, que já é extremamente eleva-

do, deverá trazer impacto negativo

à indústria, sobretudo na fabrica-

ção de bens duráveis (automóveis,

linha branca – geladeiras, fogão,

máquina de lavar – TVs, etc.).

Em relação à elevação do PIS,

da Contribuição para Financia-

mento da Seguridade Social (Co-

fins) e da Contribuição de Inter-

venção no Domínio Econômico

(Cide) sobre os combustíveis, que

segundo a Fazenda terá o impacto

de R$ 0,22 no litro da gasolina e de

R$ 0,15 para o diesel, o efeito es-

perado não se limitará ao encare-

cimento do transporte individual

e coletivo. Também aumentará os

custos com transporte/frete para a

indústria, que precisará repassá-

-los, em grande medida, para os

preços dos seus produtos. O PIS e

a Cofins terão alta imediata, mas o

aumento da Cide só terá validade

em maio.

Por sua vez, a elevação do PIS/

Cofins sobre as importações, cujas

alíquotas passarão de 9,25% para

11,75%, segundo a Fazenda, é para

compensar a decisão do Supremo

Tribunal Federal (STF) que excluiu

o ICMS das importações.

É uma medida de caráter cor-

retivo, segundo Antonio Ricardo

Alban, a partir do momento em

que se dá um tratamento isonô-

mico entre a produção doméstica

e o produto importado. “Porém, é

bom destacar que a isonomia po-

deria se dar de maneira diferente,

reduzindo-se a carga sobre a pro-

dução nacional”, afirma. [bi]

Fazenda não deve fazer ajuste de forma isolada

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16 Bahia Indústria

Por rafaEl PErEira

vanguaRDa tecnológicaInstitutos de Inovação do SENAI cimatec estão permitindo a realização de pesquisas avançadas em áreas como automação e logística

Estudantes do ISI de

Automação trabalham

no desenvolvimento

de um protótipo

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Bahia Indústria 17

onstruir um robô submarino au-

tônomo para fazer inspeção em

instalações submersas de produ-

ção de petróleo. De forma bas-

tante resumida, este é o objetivo

do projeto Flatfish, desenvolvido

pelo Instituto SENAI de Inova-

ção em Automação da Produção,

a pedido do BG Group (empresa

inglesa de exploração de petró-

leo, parceira da Petrobras no pré-sal). O projeto conta

com um investimento de R$ 28 milhões e deverá ficar

pronto em novembro deste ano.

Este é apenas um dos 16 projetos desenvolvidos

pelo instituto baiano, que, em menos de um ano de

atuação, já conta com mais de R$ 40 milhões em

projetos contratados. “O Brasil tem um potencial

fantástico na área de soluções em automação e ro-

bótica, mas acaba comprando muita solução de fora,

com alto valor agregado. Por isso, este instituto vem

atuar sobre um grande gargalo que há no Brasil: o

desenvolvimento de projetos de tecnologia avança-

da para assegurar a competitividade da indústria

brasileira”, explicou o coordenador do Instituto,

Herman Augusto Lepikson.

O SENAI Bahia tem servido de exemplo para o Bra-

sil quando se fala em serviços tecnológicos e apoio a

pesquisas. Além do Instituto SENAI de Inovação em

Automação da Produção, o SENAI Bahia dispõe de

outros dois ISIs: em Conformação e União de Mate-

riais e em Logística. Juntos, os institutos baianos con-

tam com 21 projetos em andamento, que representam

mais de R$ 43 milhões – sem contar os projetos que

estão em fase de negociação e, juntos, levam esta ci-

fra para mais de R$ 90 milhões.

Neste cenário, a Bahia passa a ser um estado co-

nhecido por gerar tecnologia. Um desdobramento es-

perado, a partir daí, é a criação de empresas startups

de alto valor tecnológico. “No caso do robô contratado

pelo BG Group, por exemplo, a empresa tem interesse

na tecnologia do robô submarino autônomo, mas não

em produzi-lo. Esta tecnologia deverá ser repassada a

uma empresa interessada em vir a produzir tal robô

para o mercado mundial”, exemplifica o coordenador

dos ISIs, Daniel Motta.

O SENAI Cimatec hoje detém também a marca de

líder no Brasil em número de projetos e em volume

financeiro investido por meio da Embrapii – Em-

presa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial.

Dos R$ 180 milhões de projetos em carteira, R$ 103

milhões são referentes a 31 pesquisas desenvolvidas.

Entre estes projetos, vale destacar além do Flatfish

– o robô submarino autônomo que vai monitorar

plataformas em águas profundas –, o da Votorantim

Metais, destinado a substituir coque de petróleo por

biomassa em caldeiras usadas para produzir níquel.

RECOnhECimEntONovo mecanismo de apoio à inovação, com o de-

safio de dar suporte aos projetos de maneira descen-

tralizada, a Embrapii tem sido bem recebida pelas

empresas, como explica o executivo do SENAI, Luis

Alberto Breda. “O principal ponto positivo da Em-

brapii é a agilidade no processo, com as verbas pre-

viamente disponibilizadas. Como a indústria é bem

dinâmica, a diminuição da burocracia é um grande

ganho. Outro ponto positivo para as empresas é o fato

de o governo dividir o risco da inovação, já que a ver-

ba destinada não é reembolsável”, destaca.

O executivo do SENAI acrescenta, ainda, que a

maior prova do sucesso da Embrapii é o número de re-

compras realizado. As empresas contratam um proje-

to, ficam satisfeitas com todo o processo e, em geral,

iniciam outros. “O Grupo Votorantim, por exemplo,

começou com um projeto, hoje tem 11 sendo desen-

volvidos no Cimatec. Embraer tem dois”, exemplifica.

Iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e

Inovação e da Confederação Nacional da Indústria

(CNI), a Embrapii é uma das apostas do Governo Fe-

deral para fortalecer a indústria brasileira no atual mArcEl

O g

ANdrA/c

OpEr

phO

tO/S

IStE

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IEB

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18 Bahia Indústria

cenário de competição com produ-

tos importados de alto teor tecno-

lógico. O SENAI Cimatec é uma das

três instituições nacionais selecio-

nadas para esta empreitada, ao la-

do do Instituto Nacional de Tecno-

logia (INT/MCTI) e do Instituto de

Pesquisas Tecnológicas do Estado

de São Paulo (IPT), que fizeram

parte da Ação Piloto. Atualmente,

a rede é composta por 13 unidades

Embrapii.

Os projetos do Cimatec têm

foco de atuação em manufatura

integrada, desenvolvendo proje-

tos nas linhas de Ciclo de Vida de

Produto, Automação, Robótica e

Otimização de Processos. O mo-

delo de financiamento tripartite,

no qual empresa privada e gover-

no federal (por meio da Embrapii)

entram com recursos financeiros

e o SENAI Cimatec com contra-

partida não financeira, permite

que empresas de menor porte

possam participar de iniciativas

de inovação tecnológica.

Criada pelo governo federal em

2012, a Embrapii é inspirada na

Sociedade Fraunhofer, da Alema-

nha, a maior organização de pes-

quisa aplicada da Europa, encar-

regada de selecionar e credenciar

instituições, identificar áreas de

pesquisa e repassar recursos dos

ministérios.

“O Brasil tem um potencial fantástico na área de soluções em automação e robótica, mas acaba comprando muita solução de fora, com alto valor agregado. Por isso, este instituto vem atuar sobre um grande gargaloHerman Augusto Lepikson, coordenador do Instituto de Automação da produção

Para solucionar um grande gargalo no Brasil de cen-

tros tecnológicos com características industriais, o

SENAI está implantando, em Camaçari, o Cimatec In-

dustrial. As obras devem ser iniciadas este ano, com

orçamento previsto de R$ 80 milhões – sendo R$ 12

milhões somente para a primeira etapa, que tem con-

clusão prevista para 2017.

O motivo da sua criação vem de uma necessida-

de nacional. De um lado, as universidades realizam

pesquisas que, na maioria das vezes, nem saem da

academia para o mercado. Do outro, as empresas

têm suas estruturas voltadas para a produção, com

raras exceções que dispõem de plantas piloto. O Ci-

matec Industrial ocupará este espaço intermediário,

dando o suporte à inovação, principalmente na fase

pré-competitiva do desenvolvimento de produtos ou

processos.

Com abrangência nacional e estrutura voltada pa-

ra demandas industriais que requerem condições de

controle e operação especiais, o projeto consiste em

implantar um centro de P&D&I (Pesquisa, Desenvol-

vimento e Inovação) em ambiente industrial, com fo-

co no escalonamento de produção (scale-up), testes

de grande porte, plantas piloto e desenvolvimento de

protótipos em escala real, apoiando todo o processo de

Cimatec industrial atende demanda reprimida no Brasil

desenvolvimento tecnológico e inovação industrial.

Estas atividades não devem ser realizadas dentro

de ambientes urbanos e, portanto, requerem uma

localização compatível, como explica a gerente do

SENAI, Patricia Evangelista. “A escolha do Pólo In-

dustrial de Camaçari se deve à necessidade de im-

plantação em área com características adequadas

para operações industriais em função dos serviços e

testes de grande porte, que serão realizados no espa-

ço”, adianta.

O Cimatec Industrial terá infraestrutura capaz de

suportar demandas já identificadas, como por exem-

plo: energia eólica (testes e desenvolvimento de pás

de aerogeradores), conformação mecânica (validação

de processos que demandam grandes equipamentos,

como, por exemplo, prensas de mil toneladas), naval

e off shore (desenvolvimento, testes e certificação

de equipamentos), automotiva (crash test, estudos

aerodinâmicos), elétrica (desenvolvimento, testes e

certificação de componentes, máquinas, equipamen-

tos de distribuição, proteção e controle), química,

petroquímica e biotecnologia (scale-up de plantas,

desenvolvimento e validação de processos), petróleo

e gás (projeto, prototipagem, teste e certificação de

equipamentos).

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Bahia Indústria 19

mArcElO gANdrA/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB

herman Lepikson

mostra uma

projeção de como

vai funcionar o

Flatfish

Perfil isi automação»O ISI em Automação tem uma equipe de 34 colaboradores. Atualmente, o instituto conta com 16 projetos em desenvolvimento, que representam investimento de mais de R$ 40 milhões. Este ISI visa o desenvolvimento de processos, produtos e métodos, bem como a integração de sistemas, para fornecer aos clientes aplicações funcionais e produtos inovadores. Seu escritório técnico fica no CIMATEC 3 e sua infraestrutura é complementada pelos laboratórios afins do CIMATEC.

isi logística»Este ISI foi recém-criado e conta com quatro colaboradores. Com um projeto contratado no valor de R$ 1,4 milhões, este Instituto está em fase de negociação de outros dois projetos, que, juntos, representam investimentos de cerca de R$ 40 milhões. O objetivo deste ISI é estabelecer competência avançada em logística empresarial, movimentação de material e mobilidade. Localizado no CIMATEC 4, ele agrupa os seguintes laboratórios: Centro de distribuição, Logística integrada, Gerenciamento da produção, Simulação e Modelagem computacional, Roteirização e mapeamento digital, Sistemas integrados de gestão, Simulação de movimentação de cargas.

isi conformação»O ISI em Conformação & União de Materiais tem 19 pesquisadores. Com quatro projetos contratados que representam investimento de R$ 1,4 milhão, este ISI atua no desenvolvimento de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D&I) com a indústria para assegurar competitividade e atualização tecnológica em conformação a quente e a frio e união de materiais. O ISI conta atualmente com os seguintes laboratórios: Conformação Mecânica, União de Materiais, Fundição de Materiais, Caracterização de Materiais, Testes Mecânicos e de Corrosão.

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20 Bahia Indústria

Técnico opera equipamento

do instituto de pesquisa

avançada em logística

mArcElO gANdrA/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB

Cimatec industrial

geração de Patentes »Um projeto de inovação típico envolve a participação de três a seis pesquisadores, custos da ordem de R$ 1 milhão a R$ 3 milhões e duração de um ano e meio a três anos. Nesse contexto, a unidade tem como meta a realização adicional de 30 projetos de inovação de alta complexidade por ano, o que deve gerar, em média, 60 novos pedidos de patente/ano, colocando a Bahia em uma posição de destaque no cenário nacional.

Desenvolvimento de novos negócios»Um dos grandes diferenciais viabilizados no processo de incubação ou operacionalização de plantas piloto é a condição das empresas produzirem seus primeiros lotes de fabricação, utilizando capacidades produtivas compartilhadas. A criação do Cimatec Industrial permitirá, portanto, aos novos empreendedores, testarem suas ofertas no mercado, antes de realizarem os investimentos produtivos definitivos, reduzindo assim os riscos associados.

aceleração do processo de desenvolvimento tecnológico e transferência para a indústria»Contribuirá para a aproximação da produção científica e tecnológica – não só do SENAI, mas de todas as instituições de ciência e tecnologia baianas – com o ambiente industrial baiano, regional e nacional.

competitividade industrial, com geração de emprego e renda» Como consequência final, os resultados gerados possibilitarão maior competitividade à indústria baiana, o que implicará na geração de novos postos de trabalho qualificados.

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Bahia Indústria 21

mArcElO gANdrA/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB

Integrante do Sistema FIEB, a Fa-

culdade SENAI Cimatec foi con-

siderada a melhor instituição de

ensino superior do Norte-Nordes-

te, dentre todas as universidades

públicas e privadas, faculdades e

centros universitários, na avalia-

ção divulgada pelo Ministério da

Educação (MEC), em dezembro de

2014. A avaliação tomou por base

os resultados do Índice Geral de

Cursos (IGC), utilizado pelo MEC

para determinar a qualidade das

instituições de ensino superior

(IES) do país.

Com o conceito 3,76 no IGC, a

Faculdade SENAI Cimatec tam-

bém foi avaliada, pelo terceiro

ano consecutivo, como a melhor

instituição de ensino superior da

Bahia. Atualmente, a instituição

caminha para se transformar em

Centro Universitário (ver nota na

página 30), o que lhe permitirá

mais autonomia para efetuar a

criação de cursos.

O IGC possui faixas de conceito

de zero (sem conceito) até 5, sendo

uma média ponderada que leva

em conta as notas de reconheci-

mento de cursos de graduação, a

performance dos alunos da insti-

tuição no exame nacional de de-

sempenho de estudantes (Enade),

e as notas de avaliação dos pro-

gramas de pós-graduação stricto

sensu (mestrados e doutorados).

“Continuaremos trabalhando pa-

ra, em breve, estar entre as quinze

Alex álisson: "A meta é estar

entre as 15 melhores instituições

de ensino superior do brasil”

faculdade SENAI entre as melhores do NEInstituição de ensino superior obtém a melhor avaliação do Igc-mEc no Norte-Nordeste

melhores instituições de ensino

superior do Brasil”, afirmou Alex

Álisson, gerente da Faculdade

SENAI Cimatec, onde coordena a

área de Pós-Graduação e Pesquisa.

Agora com avaliação 3,76 no IGC

(relativo a 2013 e recentemente di-

vulgado), o SENAI Cimatec, obtém

a maior média alcançada em todas

as edições do ranking, superando

instituições tradicionais, como a

PUC-RJ.

Para dar uma ideia do que isso

significa, somente 18,55% das ins-

tituições de ensino superior do pa-

ís possuem conceito de IGC 4 ou 5.

“Voltamos a ter a maior média do

Norte e Nordeste, ultrapassando a

Universidade Federal do Rio Gran-

de do Norte (UFRN). Nossa média já

supera a da PUC-RIO (média 3,718).

Somos a 39ª no país, considerando

todas as áreas do conhecimento. E,

entre as que possuem foco em en-

genharia e tecnologia, estamos na-

cionalmente em 27º lugar”, atestou

Alex Álisson.

Vale destacar outros resultados

obtidos pela Faculdade SENAI Ci-

matec no IGC. Nas regiões Centro-

-oeste, Norte e Nordeste, só perde

para a UnB (de Brasília); consi-

derando os institutos de ensino

superior que, além de graduação,

possuem mestrado e doutorado,

ocupa a 30ª colocação (conside-

rando todas as áreas do conheci-

mento); e a 18ª na área de enge-

nharia e tecnologia. [bi]

ITA 4,5302 5 UNICAMP 4,1787 5 UFSC 4,0151 5

FoNte: INeP. INStItuto NacIoNal de eStudoS e PeSquISaS educacIoNaIS aNíSIo teIXeIra. (httP://Portal.INeP.gov.Br/educacao-SuPerIor/INdIcadoreS/INdIce-geral-de-curSoS-Igc)

instituiÇÕes igc igc (contínuo) (faixa)

Índice Geral de Cursos

PUC-RIO 3,718 4 UFRN 3,6755 4 PUC-RS 3,5656 4

SENAI CIMATEC 3,76 4 A Melhor do Norte e Nordeste

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22 Bahia Indústria

a primeira unidade integrada do Sistema FIEB

no interior do estado já está em funciona-

mento, com a conclusão da primeira etapa

de obras. Desde dezembro, SESI, SENAI e

IEL atuam, em Luís Eduardo Magalhães, na nova

estrutura construída no loteamento Aroldo da Cruz,

onde oferecem serviços de educação e qualificação

profissional, capacitação empresarial, apoio à inova-

ção e segurança/saúde do trabalhador.

Foram investidos R$13 milhões no complexo, que

conta com um prédio do SESI para atendimento nas

áreas de Educação e Segurança e Saúde no Trabalho

e com um edifício do SENAI, para atendimento na

área de educação profissional. O empreendimento

conta, ainda, com portaria, central de utilidades e

central de resíduos.

“O novo equipamento proporcionou mais integra-

ção entre as casas que compõem o Sistema FIEB, o

que potencializa a atuação no interior, com a articu-

lação das soluções ofertadas para as indústrias”, ava-

lia o gerente do SESI, Henrique Almeida.

O empreendimento marca, ainda, uma novidade

na atuação do SESI no oeste baiano, com o início das

aulas do Ensino Médio Articulado com Educação

Profissional (EBEP), modalidade diferenciada de en-

sino oferecida pelo SESI, que alia a educação básica

ao ensino profissional, com duração de quatro anos.

O processo seletivo contou com 373 inscritos, sendo

234 aprovados para as 120 vagas oferecidas no mu-

nicípio. As instalações da escola João Ubaldo Ribeiro

estão em fase de finalização.

Também na área de Educação, a instituição conta

Por Marta Erhardt

Unidade integrada amplia atendimento no oesteprincipal novidade em luís Eduardo magalhães é a oferta do ensino médio dentro da modalidade Ebep

com 160 alunos matriculados em

seis turmas de cursos de Educação

de Jovens e Adultos (EJA), além de

oferecer cursos de educação con-

tinuada, como os de inclusão di-

gital e preparatório para o Exame

Nacional do Ensino Médio (Enem).

O SESI atua, ainda, nas áreas

de Vida Saudável e Segurança e

Saúde no Trabalho, com serviços

como ginástica laboral, exames

ocupacionais, campanhas de va-

cinação e atendimento odontoló-

gico. O edifício do SESI conta com

oito salas de aula (três em cons-

trução), quatro laboratórios, cinco

consultórios médicos, dois consul-

tórios odontológicos e Raio-X.

CuRSOSJá o prédio do SENAI é dotado

de sete salas de aula, dois labora-

tórios e galpão para cursos práti-

cos. A instituição oferece cursos

profissionalizantes em diversas

modalidades. Em 2014, foram re-

alizadas, no município, mais de

1.200 matrículas e, para 2015, a

perspectiva é de 2 mil matrículas.

O SENAI atua na região nas

áreas de Alimentos e Bebidas, Au-

tomação, Construção Civil, Segu-

rança do Trabalho, Gestão e Logís-

tica, Manutenção, Equipamentos

Móveis Industriais (EMI), Proces-

sos, Redes e Telecomunicações,

Soldagem, Vestuário e Agroindús-

tria, alinhadas com as demandas

das indústrias do oeste baiano.

De acordo com a coordenado-

ra da área de negócios do SENAI,

Dalita Dutkievicz, as áreas de atu-

ação foram definidas a partir das

demandas apresentadas por em-

presários locais. “A unidade será a

primeira do SENAI na Bahia a ofe-

recer curso na área de Agroindús-

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Bahia Indústria 23

dIVUlgAçãO

tria, que vai atender a frigoríficos,

laticínios, empresas de beneficia-

mento de soja e algodão e indús-

trias de fertilizantes agrícolas”.

iELO IEL também atua na região,

com as linhas de Desenvolvimen-

to de Carreiras e Desenvolvimento

Empresarial. O Programa de Está-

gio e Formação de Talentos, por

exemplo, alocou mais de 600 esta-

giários nas empresas da região em

2014. Para este ano, a meta da ins-

tituição é reforçar o atendimento

na área de Desenvolvimento Em-

presarial, ofertando mais serviços

de apoio à inovação, consultorias,

treinamentos, capacitações nas

áreas de Gestão e Técnica, além de

cursos de ensino a distância.

“A unidade trouxe mais visibili-

dade para o Sistema FIEB. A nova

infraestrutura proporcionou uma

relação mais próxima com clientes

e parceiros. Agora podemos ofer-

tar melhor atendimento a empre-

sários e comunidade acadêmica”,

avalia o coordenador do IEL na re-

gião, Marco Antonio Cordeiro. [bi]

Estrutura

oferece

serviços do

SESI, SENAI

e IEL em

Luís Eduardo

Magalhães

Outras unidadesO Sistema FIEB está investindo

R$ 64,6 milhões na construção

de outras quatro unidades in-

tegradas. Em Barreiras, a obra

está na etapa de acabamento.

Em Vitória da Conquista, está

em fase de construção das edi-

ficações, enquanto em Ilhéus os

operários finalizam a etapa de

terraplenagem. Já a obra de Ju-

azeiro tem início previsto para

o segundo semestre deste ano.

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24 Bahia Indústria

Para dar continuidade ao tra-

balho desenvolvido pelos co-

mitês de Jovens Lideranças

Industriais, Portos e Petróleo, Gás

e Naval, a diretoria da FIEB deci-

diu transformar os três grupos de

trabalho em conselhos temáticos.

A mudança já entrou em vigor, por

meio de portaria, e tem o objetivo

de promover um trabalho continu-

ado com os grupos.

“Comitê dá a ideia de algo mo-

mentâneo, temporário. Com a mu-

dança de comitê para conselho, a

diretoria da FIEB, de forma estra-

tégica, mostra que tem preocupa-

ção com os três temas, reconhece

a relevância do trabalho que os

grupos vêm desenvolvendo e cria

um cenário de acompanhamento/

assessoramento constante”, ex-

plicou o superintendente de De-

senvolvimento Industrial da FIEB,

Marcus Verhine.

PRiORiDADESSeguindo a orientação de con-

tinuidade dos trabalhos, o coor-

denador do conselho de Petróleo,

Gás e Naval, Humberto Rangel,

manteve o Programa de Ação (PA)

do grupo para o biênio 2014-2015,

que indica cinco objetivos prio-

ritários: elevar a produção de pe-

tróleo, gás e naval no estado da

Bahia; fortalecer o segmento de

fornecedores de bens e serviços

voltados para as cadeias de petró-

fIEB transforma três comitês em conselhosmudança tem o objetivo de promover o trabalho continuado dos grupos de Jovens lideranças Industriais, portos e petróleo, gás e Naval

rAfAEl mArtINS/ArqUIVO SIStEmA fIEB

leo, gás e naval; contribuir para

a qualificação de mão de obra da

indústria de óleo, gás e naval; im-

plantar uma agenda de competivi-

dade para o segmento Petroquími-

co na Bahia e fortalecer a infraes-

trutura do Estado.

O mesmo acontece com os ou-

tros dois conselhos. O grupo que

trata da temática Jovens Lideran-

ças Industriais, coordenado por

Nayana Carvalho Pedreira, foi

criado, como comitê, em 2012. A

mudança promovida pela dire-

toria da FIEB não irá alterar os

objetivos do grupo, que contribui

para a formação de lideranças

empresariais e para aproximar os

jovens empresários das entidades

que compõem o Sistema FIEB. O

conselho busca também envolver

os jovens empreendedores nas

ações que visem ampliar a repre-

sentatividade da indústria baiana

e preparar jovens lideranças para

exercerem, no futuro, papel rele-

vante no setor.

O coordenador do Conselho de

Portos, Sérgio Faria, explicou que,

rigorosamente, o grupo e sua filo-

sofia não sofrerão alterações. “Não

houve mudança na lógica de tra-

balho nem na equipe. Os nossos

objetivos e metas continuam os

mesmos: tratar da temática portos

de maneira estratégica, conside-

rando a relevância que o assunto

merece”, concluiu. [bi]

Marcus Verhine destaca

que a mudança reconhece a

relevância do trabalho que os

grupos vêm desenvolvendo

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Bahia Indústria 25

ações de melhoria da quali-

dade de vida dos trabalha-

dores da indústria e de au-

xílio às empresas associadas aos

sindicatos patronais para os de-

safios de mercado são alguns dos

objetivos do Convênio de Qualida-

de de Vida e Educação, que já foi

assinado por 19 sindicatos vincu-

lados à FIEB com o Serviço Social

da Indústria (SESI).

Além de dar acesso diferencia-

do aos serviços do SESI, o convê-

nio também visa o estímulo ao as-

sociativismo e o fortalecimento da

atuação na defesa de interesse da

indústria. A parceria também as-

segura a ampliação do atendimen-

to às empresas e prevê serviços a

preços subsidiados direcionados

aos micro e pequenos empreendi-

mentos optantes do Simples e do

Supersimples.

O Convênio de Qualidade de

Vida e Educação prevê a oferta

integrada de programas de edu-

cação, saúde, lazer, cultura e res-

ponsabilidade social, a exemplo

de diagnósticos de nível de esco-

laridade e saúde, consultas ocu-

pacionais, campanhas de imu-

Apoio aos sindicatosconvênio firmado com o SESI amplia acesso a serviços de saúde, qualidade de vida e segurança

Presidente

da FIEb e o

superintendente

do SESI assinam

convênio com

os presidentes

do Sindisabões,

Sindcosmetic e

Sincar

mArcEl

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ANdrA/c

OpEr

phO

tO/S

IStE

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IEB

ConveniadosConfira os sindicatos que já assinaram com o SESI

sindvest – Sindicato da indústria do vestuário

sindratar – Sindicato da Indústria de Refrigeração Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia

sinduscon – Sindicato da Indústria da Construção

simagran – Sindicato da Indústria de Mármore Granito e Similares do Estado da BAHIA

sigeb – Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado da Bahia

sindifite - Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem

sindpacel – Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira do Estado da Bahia.

sindiplasba – Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado da Bahia

sindicer – Sindicato da Indústria da Cerâmica

sindpan – Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Cidade do Salvador

sindisabões – Sindicato das Indústrias de Sabões , Detergentes 4 Produtos de Limpeza em Geral

sinprocim- Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia

moveba – Sindicato da Indústria do Mobiliário da Bahia

QuimBahia – Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos e Farmacêuticos

sincar - Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado da Bahia

sindcosmetic - Sindicato da Indústria de Cosméticos e Perfumaria do Estado da Bahia

sindcerbe – Sindicato das Indústrias de Cervejas e Bebidas em Geral

sindileite – Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Leite

sindicato das indústrias da construção civil de itabuna

nização e saúde bucal. A ideia é

apoiar as indústrias visando à

elevação do nível de produtivida-

de do trabalhador.

De acordo com o Superinten-

dente do SESI Bahia, Armando

Neto, a meta é firmar parceria com

a totalidade dos 44 sindicatos vin-

culados à FIEB ao longo dos próxi-

mos meses. O principal foco desta

ação são os serviços de segurança

e saúde do trabalhador, que estão

diretamente relacionados à produ-

tividade da empresa.

“O SESI tem condições de aju-

dar as empresas a garantir um

melhor cuidado com a saúde dos

seus trabalhadores, mas também,

podemos ajudá-las no atendimen-

to das normas, que estão cada vez

mais rigorosas. Este convênio é

uma forma que o SESI encontrou

de contribuir para o estímulo ao

associativismo, já que o benefício

é destinado apenas às empresas

vinculadas aos sindicatos. Isso

também facilita nosso atendimen-

to, pois o sindicato funciona como

um guarda-chuva, organizando

um coletivo empresarial”, acres-

centou Armando Neto. [bi]

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26 Bahia Indústria

inDicaDoRes números da Indústria

Produção anual teve queda de 3,2% na Bahiaretração da taxa anualizada da produção física industrial foi influenciada pelo desempenho dos segmentos automotivo e de informática

em novembro de 2014, a taxa anualizada da pro-

dução física da indústria de transformação da

Bahia foi de -3,2%, uma queda menor em re-

lação à registrada em outubro de 2014 (-4,5%).

No ranking dos 14 estados que participam da Pesqui-

sa Industrial Mensal da Produção Física-R¹, do IBGE,

quatro apresentaram desempenho positivo: Goiás

(3,7%), Mato Grosso (3,5%), Pernambuco (1,5%) e Pará

(0,3%). Os outros dez estados registraram resultados

negativos: São Paulo (-5,9), Paraná (-5,9%), Rio de Ja-

neiro (-5,0%), Rio Grande do Sul (-4,3%), Minas Gerais

(-4,2%), Amazonas (-3,2%), Bahia (-3,2%), Espírito

Santo (-2,9%), Ceará (-2,3%) e Santa Catarina (-2,2%).

Na Bahia, dos 11 segmentos pesquisados, apenas

dois apresentaram resultados positivos: Produtos

Químicos (7,4%) e Refino de Petróleo e Biocombus-

tíveis (2,2%). Em sentido contrário, apresentaram re-

tração os segmentos de Equipamentos de Informática

(-40,3%), Veículos Automotores (-21,6%), Metalurgia

(-9,5%), Minerais não Metálicos

(-3,4%), Couro e Calçados (-2,2%),

Celulose e Papel (-1,6%), Bebi-

das (-1,2%), Borracha e Plástico

(-0,9%) e Alimentos (-0,2%).

Na comparação de novembro de

2014 com igual mês do ano ante-

rior, a produção física da indústria

de transformação baiana apresen-

tou queda de 0,6%. Sete dos 11 seg-

mentos pesquisados apresentaram

resultados positivos: Couro e Cal-

çados (14,1%), Produtos Químicos

(9,6%, com maior produção de

acrilonitrila, xilenos, etileno não-

-saturado, propeno não-saturado e

polietileno de alta densidade), Re-

fino de Petróleo e Biocombustíveis

(5,3%, com maior produção de óleo

diesel), Bebidas (4,3%), Celulose

e Papel (3,0%, maior produção de

pastas químicas de madeira e cai-

xas de papelão ondulado ou corru-

gado), Borracha e Plástico (0,9%) e

Alimentos (0,5%).

Apresentaram retração os seg-

mentos: Equipamentos de Infor-

mática (-49,9%, com menor produ-

ção de computadores pessoais de

mesa e de computadores pessoais

portáteis: laptops, notebook, ta-

blets e semelhantes), Metalurgia

(-28,1%, menor fabricação de bar-

ras, perfis e vergalhões de cobre

e de ligas de cobre e fios de cobre

refinado ou de ligas de cobre), Mi-

nerais não Metálicos (-6,3%) e Veí-

culos Automotores (-0,4%).

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Bahia Indústria 27

Tendo em conta o acumulado dos primeiros onze

meses de 2014, em comparação a igual período do ano

anterior, verifica-se uma queda de 3,1% na produção

da indústria de transformação baiana. Tal desem-

penho foi determinado pelo resultado dos seguintes

segmentos: Equipamentos de Informática (-43,2%,

menor produção de computadores pessoais de mesa

– desktops – e portáteis: laptops, notebook, tablets

e semelhantes), Veículos Automotores (-23,3%, menor

fabricação de automóveis), Metalurgia (-9,0%, menor

fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e

de ligas de cobre), Minerais não Metálicos (-3,7%),

Couro e Calçados (-2,8%), Bebidas (-1,0%) Celulose e

Papel (-0,6%) e Borracha e Plástico (-0,4%).

EXPAnSÃOPor outro lado, houve expansão da produção nos

segmentos de: Produtos Químicos (7,8%, tendo maior

produção de etileno não-saturado, polietileno de al-

ta densidade, amônia, propeno não-saturado, ureia,

soda cáustica, misturas de alquilbenzenos ou de al-

quilnaftalenos e acrilonitrila), Refino de Petróleo e

Biocombustíveis (2,6%, maior produção de óleo die-

sel, óleos combustíveis e gasolina automotiva) e de

Alimentos (0,4%).

De modo geral, os setores industriais brasileiro e

baiano enfrentaram um ano de grande dificuldade

com o desaquecimento dos mercados interno e ex-

terno. Do ponto de vista estadual, o desempenho

negativo do agregado reflete: a queda do segmento

de Automóveis (responsável por 8,3% do VTI indus-

trial, em 2012), por conta do mercado nacional de-

JAN

JUL

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

115

120

125

110

105

100

95

90

85

80

Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)

BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2012 - 2014)

2012

20142013

bahia: pim-pf de novembro 2014

Indústria de Transformação -0,6 -3,1 -3,2

refino de petróleo e biocombustíveis 5,3 2,6 2,2

Produtos químicos 9,6 7,8 7,4

Veículos automotores -0,4 -23,3 -21,6

alimentos 0,5 0,4 -0,2

celulose e papel 3,0 -0,6 -1,6

borracha e plástico 0,9 -0,4 -0,9

metalurgia -28,1 -9,0 -9,5

couro e calçados 14,1 -2,8 -2,2

minerais não metálicos -6,3 -3,7 -3,4

equipamentos de Informática -49,9 -43,2 -40,3

bebidas 4,3 -1,0 -1,2

Extrativa Mineral 0,3 1,7 1,5

VArIAçãO (%)

SETORES NOV14/NOV13 JAN-NOV14/ DEz13-NOV14/ JAN-NOV13 DEz12-NOV13

Fonte IBge; elaboração Fieb/SdI

saquecido, que gerou inclusive a necessidade de se

promover férias coletivas para ajuste dos estoques,

além do mercado externo em crise, especialmente

na Argentina, principal importador dos veículos

brasileiros; Metalurgia (responsável por 4,2% do

VTI industrial, em 2012), que enfrenta dificuldades

com a queda dos preços internacionais das com-

modities e o aumento dos custos com a energia;

segmento de Equipamentos de Informática (res-

ponsável por 1,5% do VTI industrial, em 2012), que

registra resultados negativos em virtude da queda

da demanda ao seu atual mix de produtos, além da

concorrência exacerbada. [bi]

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28 Bahia Indústria

educação para estimular a produtividadeSESI comemora sucesso do ensino a distância para elevar a escolaridade do trabalhador

Por PatríCia MorEira

Trabalhadores da indústria de 45 empresas da

Bahia conseguiram melhorar sua escolarida-

de, em 2014, graças a uma nova metodologia

educacional desenvolvida pelo Serviço Social

da Indústria (SESI), o Ensino Médio a Distância (Ensi-

no Médio-EaD). O programa integra as ações da área

de Educação de Jovens e Adultos do SESI, que busca

auxiliar as empresas a melhorar a produtividade de

suas equipes, por meio de ações educativas realiza-

das fora ou no ambiente de trabalho.

As primeiras turmas do EaD do Ensino Médio tive-

ram início em novembro de 2013 e concluíram o curso

no final de 2014, nos dois polos em atuação na Bahia:

EJA RMS (Salvador) e Sudoeste (Vitória da Conquis-

ta). Ao longo de 2014, foram realizadas 728 matrícu-

las, sendo 375 em Salvador e Região Metropolitana,

261 no Sudoeste, e, ao final do ano, 72 em Feira de

Santana e 20 na Unidade Sul.

A boa notícia é que, a partir deste ano de 2015, com

a obtenção de autorização no Conselho Estadual de

Educação, o SESI oferecerá também o Ensino Funda-

mental 2 (6º ao 9º ano). O ano de 2015 marca ainda o

início das atividades no polo EaD de Camaçari. “Com

isso, nós passaremos a atender uma demanda impor-

tante da indústria para atingir um grande número de

trabalhadores que dispõem apenas do Ensino Fun-

damental (nível 1)”, observa Márcia Lago, gerente de

processo da unidade EJA RMS. Já há 23 empresas inte-

ressadas em integrar o programa, somente na região

metropolitana.

A gestora destaca, ainda, que o

EaD tem conseguido uma capilari-

dade maior para chegar ao traba-

lhador da indústria em razão de

contratos assinados com grandes

empresas, permitindo a formação

de turmas de até 15 pessoas, o que

permite a redução de custos para

a empresa.

O modelo EaD também tem faci-

litado a vida do trabalhador, diante

da flexibilidade do esquema de au-

las, que não requer a presença do

aluno diariamente no polo de estu-

do, dando a ele a possibilidade de

organizar o próprio tempo.

A conclusão do Ensino Médio

pode ser feita em, no mínimo, seis

meses e, no máximo, em 18 meses.

Márcia explica que a conclusão do

curso depende exclusivamente do

trabalhador, que pode acelerar ou

prolongar o período de formação,

a depender da sua necessidade e

disponibilidade.

A presença do aluno no polo

EaD não é obrigatória, mas ele deve

participar de algumas atividades,

incluindo oficinas e a prova, que

sempre é feita no polo. A exceção é

quando se trata de grupo de alunos

de uma mesma empresa. Nestes ca-

sos, o SESI monta a turma e aplica

a avaliação na própria empresa.

O modelo de educação mais

flexível e prático tem permitido

ao SESI atender as pequenas e mi-

cro empresas que têm dois ou três

alunos e para as quais o custo de

um contrato com o SESI seria one-

roso no modelo tradicional. Para

integrar a formação a distância é

necessário que o trabalhador da

indústria e seus dependentes te-

nham acima de 18 anos. “Oferecer

o ensino a distância é dar oportu-

nidade aos nossos trabalhadores e

seus dependentes de melhorar seu

índice de escolaridade, tornando-

-os mais qualificados para o traba-

lho”, acrescenta Márcia.

FORmAtuRAAs duas turmas que concluíram

a formação Ensino Médio – EaD

em dezembro de 2014 somaram 52

estudantes no polo de Salvador e

43 no de Vitória da Conquista. As

solenidades de formatura conta-

ram com a presença do superin-

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Bahia Indústria 29

tendente do SESI Bahia, que desta-

cou a relevância dessa iniciativa,

como mais um serviço que a enti-

dade oferece à indústria.

O impacto das ações de educa-

ção do SESI pode ser medido pelo

depoimento do estudante Januí

Almeida Souza, que foi o orador

da turma de Salvador. “Muitas

vezes, nos falta oportunidade e

confiança em nós mesmos, mas

encontramos pessoas que confiam

em nós. Essa parte que nos faltava, nós descobrimos

aqui no SESI. E vocês, professores, agradecemos pela

dedicação, pelo sorriso e por reforçar em nós a certe-

za de que somos capazes”.

Na formatura realizada em Salvador, no SESI Pia-

tã, participaram a gerente de Educação do SESI Bahia

em exercício, Cristina Andrade, a gerente de proces-

sos da área de Educação de Jovens e Adultos, Márcia

Lago, e a coordenadora do EaD, Gisele Freitas. Em Vi-

tória da Conquista, o gerente do SESI Sudeste Fabrí-

cio Vieira, e a coordenadora do polo, Carolina Freitas

Ribeiro conduziram a cerimônia. [bi]

Aluna acessa a plataforma

SESI Educa no Polo EaD de

Salvador, e momentos da

solenidade de formatura

mArcElO gANdrA/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB

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30 Bahia Indústria

painel

Intercâmbio com sindicatos da indústria químicaO último intercâmbio setorial de 2014 reuniu, no dia 5 de

dezembro, presidentes de sindicatos da Indústria Química e

Farmacêutica na sede da Federação das Indústrias de São

Paulo (Fiesp). O presidente do Sinpeq, Roberto Fiamenghi,

participou do encontro. “Pudemos ter uma visão do que está

acontecendo em outras regiões do Brasil e comparar com a

nossa realidade. Tivemos a oportunidade de apresentar o que

a indústria espera da CNI, em áreas como a tributária e de

infraestrutura, destacando o que pode ser feito em apoio aos

sindicatos”, avaliou. O intercâmbio setorial é uma ação do

Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), promovido

pela CNI em parceria com as Federações de Indústria, com o

objetivo de fortalecer a representação do setor industrial por

meio de reuniões técnicas para discussão dos desafios de

competitividade e com a troca de experiências de gestão

sindical. Em 2014, a CNI realizou encontros com diversos

segmentos como vestuário, construção civil, móveis,

alimentos e metal mecânico.

Reunião ocorreu na Federação das Indústrias de São Paulo

dIVUlgAçãO/fIESp

gestão de resíduos sólidosA FIEB colheu resultado

positivo na defesa de

interesses da indústria

de Salvador, quanto ao

Decreto Municipal nº

25.316/134, relativo aos

resíduos sólidos. O

dispositivo entrou em

vigor em 1º de janeiro e

determina a

responsabilidade dos

grandes geradores de

resíduos pela coleta,

transporte, tratamento e

destinação final de seus

rejeitos. A FIEB obteve a

prorrogação do início de

aplicação da mudança na

legislação. O município

aprovou 90 dias de

“período educativo”, sem

aplicar penalidades.

Outra sugestão acatada

pela prefeitura foi retirar

a exigência de

apresentação de certidão

de regularidade fiscal

com os tributos

municipais para

cadastramento dos

grandes geradores de

resíduos.

Cimatec será centro universitárioA Faculdade SENAI Cimatec

deve receber, ainda este ano,

o título de centro

universitário. O processo

para a mudança está em fase

final de tramitação no

Ministério da Educação. A

informação foi confirmada

pelo presidente da Federação

das Indústrias do Estado da

Bahia (FIEB), Antônio

Ricardo Alban. "Como centro

universitário, teremos mais

autonomia para criar cursos,

conforme as necessidades da

indústria", explicou.

Alban ressalta que a

faculdade foi avaliada pelo

Ministério da Educação, no

ano passado, como a melhor

instituição de ensino

superior do Norte e Nordeste,

com base no Índice Geral de

Cursos (IGC). Os centros

universitários, assim como

as universidades, têm

graduações em vários

campos do saber e

autonomia para criar cursos

no ensino superior. Em geral,

têm estrutura menor do que

as universidades e menor

exigência de programas de

pós-graduação. No entanto,

há algumas regras que eles

precisam cumprir, incluindo

ter, no mínimo, um terço do

corpo docente com mestrado

ou doutorado; e, pelo menos,

um quinto dos professores

contratados em regime de

tempo integral, também

conhecido como dedicação

exclusiva (universidades

devem ter um terço). Veja

matéria na página 21.

Projeto do eSocial sem prazo para entrar em vigorO eSocial, projeto do governo federal que pretende unificar o envio de informações pelo

empregador em relação aos seus empregados, atendendo a diversos órgãos do governo

com uma única fonte de informações sobre obrigações trabalhistas, previdenciárias e

tributárias, deveria ser implantado em sua totalidade em meados deste ano. Deveria, mas

não vai. De acordo com o especialista Francisco Aguiar, em visita à FIEB, o atraso do

decorre de problemas de governança. Sendo um programa conjunto da Caixa, INSS,

Ministérios da Previdência, do Trabalho e Emprego e da Secretaria da Receita, o eSocial

ficou à deriva, sem coordenação. Agora, a Receita resolveu exercer esse papel, mas falta o

programa deslanchar. Ninguém pode precisar quando isso ocorrerá.

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Bahia Indústria 31

ANgElO pONtES/cOpErphOtO/SIStEmA fIEB

Prefeito de Feira de Santana visita FIEbO prefeito de Feira de

Santana, José Ronaldo de

Carvalho, esteve na

Federação, em dezembro,

para reforçar parcerias.

Dentro do programa de

interiorização que a

instituição tem promovido,

Feira recebe diversos

investimentos.

O vice-presidente Edison

Nogueira explicou que o

município é um polo

estratégico para o setor

industrial. “As empresas

investem na cidade porque

ela oferece estrutura e um

mercado favorável. É um

polo muito forte”, explicou.

O prefeito destacou a atração

de novos empreendimentos.

“Comemoramos a chegada

de dois investimentos de

grande porte, uma empresa

israelense e outra francesa.

Juntas, as duas estão

aplicando cerca de R$ 180

milhões no município”,

comemorou.

ConExão mundo • Onze estudantes do SESI/SENAI da

Bahia passaram 15 dias frequentando aulas de inglês em

uma escola americana na cidade de Denver, no Colorado, com

tudo pago. O grupo foi para os EUA acompanhado da

coordenadora do programa pelo SESI, Karla de Andrade de

Souza, e Janaisa Viscardi, coordenadora pelo SENAI. Os

estudantes foram selecionados entre mais de 200 alunos das

unidades do SESI Piatã e do SENAI Cimatec para a última

etapa do programa de intercâmbio de idioma Conexão

Mundo. Iniciativa em parceria entre a CNI e a US Brasil

Connect, o Conexão Mundo foi iniciado em 2012, em Salvador,

como projeto piloto. Hoje, é realizado em outros 17 estados e,

este ano, enviou, no total, 101 estudantes para os EUA.

FIEb e Ucsal discutem parceriaO primeiro vice-presidente da

FIEB, Carlos Henrique

Gantois, se reuniu com o

reitor da Universidade

Católica de Salvador (Ucsal),

Padre Maurício, para alinhar

parceria com a instituição

com foco no fortalecimento

do Programa de

Desenvolvimento Industrial

(PDI), da FIEB. Participaram

do encontro o presidente do

CIEB, Reginaldo Rossi, e

coordenadores de cursos da

Ucsal. Após visita ao

Conselho da Micro e Pequena

Empresa Industrial da FIEB

(Conpem), os coordenadores

da universidade ficaram

entusiasmados com a

proposta do PDI e

propuseram o encontro. “Eles

querem colaborar com o

objetivo do nosso Programa,

que busca fortalecer as micro

e pequenas empresas,

buscando tornar as MPMEs

mais competitivas”, explicou

Gantois.

Presidente da Enseada integra Coinfra O presidente da Enseada

Indústria Naval, Fernando Barbosa, foi nomeado

membro do Conselho

Temático de Infraestrutura

(Coinfra) da CNI. O

conselho tem o

objetivo

integrar e

desenvolver

os setores

industriais,

especialmente

nas áreas de energia,

transportes, privatizações e

concessões. Os estudos

setoriais do Coinfra têm por

finalidade colaborar com as

decisões da CNI com vistas ao

aumento da competitividade

do setor industrial. “É grande

a satisfação de compor este

Conselho, ainda mais por se

tratar de uma indicação da

FIEB, a casa da indústria no

Estado da Bahia. Afirmo meu

compromisso de representar

seus interesses”, afirma

Barbosa.

Rodada do PqF movimenta R$ 30 miRodada de negócios

envolvendo 50 empresas

participantes do Programa

de Qualificação de

Fornecedores (PQF)

movimentou volume de

negócios da ordem dos R$

31 milhões. A rodada foi

realizada entre

empresas-âncora e

fornecedoras locais de

produtos e serviços para a

indústria, durante o IV

Encontro de Compradores e

Fornecedores. O encontro de

2014 envolveu empresas

compradoras das cadeias

automotiva, petróleo e gás,

eólica e mineração, contando

com a participação de

representantes de novos

empreendimentos, como JAC

Motors e General Eletric. “São

projetos de grande porte, que

têm demandado serviços e

insumos de fornecedores

locais”, ressalta o gerente de

Capacitação Empresarial do

IEL, André Pinto.

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32 Bahia Indústria

negociação coletiva e o atual panorama econômico do país

jurídico

Por ManoEla gonçalvEs

A Constituição Federal de 1988

consagrou a negociação cole-

tiva como forma de solução de

conflitos entre empregadores e

trabalhadores, conferindo aos

instrumentos negociais (acordos

e convenções coletivas) status

de fontes formais autônomas de

direito, assim entendidas as nor-

mas elaboradas por seus próprios

destinatários.

A finalidade precípua da nego-

ciação é, portanto, permitir que

as condições de trabalho sejam

ajustadas da forma que melhor

atenda às classes patronal e ope-

rária, diante de determinada rea-

lidade socioeconômica.

Essa forma de solução de con-

flitos possui grande relevância

para a sociedade moderna, onde

nem sempre os processos legisla-

tivos acompanham a dinâmica da

economia, tampouco refletem, efe-

tivamente, os interesses dos traba-

lhadores e empregadores, diante

das particularidades que envol-

vem determinadas atividades.

Contudo, essa finalidade vem

sendo distorcida, sobretudo pelos

sindicatos profissionais, que têm

intensificado as reivindicações

por aumento real nos salários,

independentemente da realidade

econômica dos setores produti-

vos. A Justiça do Trabalho, por

sua vez, visando defender a par-

te hipossuficiente da relação de

emprego, por vezes, invalida as

normas negociadas, provocando

insegurança jurídica e desestí-

mulo à negociação.

Sabe-se que a economia brasi-

leira vive um momento de desa-

celeração, agravada, de um lado,

pela retração da indústria e, de

outro, pelo aumento da inflação.

Diante deste contexto, é neces-

sário que as relações de trabalho

se adequem ao atual panorama

econômico do país e que as leis

trabalhistas sejam flexibilizadas

por meio das negociações coleti-

vas, que se apresentam como im-

portante ferramenta para a ma-

nutenção de empregos e fomento

ao desenvolvimento econômico.

Por outro lado, a indexação de

salários à inflação deve ser con-

tida, assim como as normas cole-

tivamente acordadas respeitadas

pelo Judiciário, sob pena dos re-

flexos e prejuízos recaírem sobre

o trabalhador.

A adoção de medidas alter-

nativas, como, por exemplo, a

concessão de abonos ao invés de

reajustes salariais e o implemen-

to de férias coletivas, não devem

ser interpretadas como atos de

restrição ou redução de direitos,

mas como meios de manutenção

do equilíbrio socioeconômico das

relações de trabalho.

O prestígio às normas coleti-

vas é essencial à modernização

das relações trabalhistas e ao

crescimento econômico, pois es-

tas questões estão intimamente

relacionadas, cabendo à Justiça

do Trabalho analisar de forma

ampla o contexto no qual o em-

pregado está inserido, evitando

que decisões judiciais inviabili-

zem a manutenção de contratos

de emprego.

Lei prevê sanções para trabalho escravoFoi publicada no dia 13 de

janeiro, a Lei Estadual nº

13.221, que previu uma série

de sanções para a empresa

que se beneficie de forma

direta ou indireta do trabalho

escravo ou em condições

análogas à escravidão, dentre

as quais, a inaptidão da

inscrição no Cadastro de

Contribuintes do ICMS (CAD/

ICMS); o impedimento para a

prestação de serviço ao poder

público e a retirada de

benefícios fiscais/

administrativos concedidos

pelo Estado. A norma, que

ainda carece de

regulamentação, prevê a

duração de 10 anos para tais

sanções.

Medida Provisória altera legislação previdenciária A Medida Provisória nº 664,

publicada em 30 de dezembro

de 2014, alterou

significativamente a

Legislação Previdenciária,

para, dentre outras medidas,

ampliar, de 15 para 30 dias, o

período inicial de

afastamento da atividade por

motivo de invalidez ou

doença, durante o qual,

caberá à empresa pagar ao

segurado-empregado seu

salário integral. As citadas

disposições entram em vigor

no 1º dia do 3º mês

subsequente à publicação da

norma, ou seja, em 1º de

março de 2015.

Manoela gonçalves integra a equipe da Gerência Jurídica

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Bahia Indústria 33

iDeias

Por solangE novis

Na ultimas décadas, o Brasil atin-

giu patamares confortáveis de

atendimento na Educação Básica,

próximo da universalização no

Ensino Fundamental. Não se po-

de dizer o mesmo do Ensino Mé-

dio, ainda em expansão. O fato é

que ambos estão desafiados pela

necessária melhoria da qualidade.

Apesar da polissemia que envolve

este conceito, é certo dizer que ele

remete a professores ensinando

melhor e a alunos efetivamente

aprendendo, na idade prevista.

Segundo o Anuário Brasileiro da

Educação Básica, 2014, no Bra-

sil, apenas 51,8% de jovens de 19

anos concluem o Ensino Médio, e

na Bahia, 37,1%. Esse indicador

revela entraves no fluxo escolar

da educação básica, desde o Fun-

damental, associados aos fenôme-

nos da falta de acesso, reprovação,

evasão e distorção idade-série.

É também no Ensino Médio

que se tem o pior resultado do

IDEB (Índice de Desenvolvimento

da Educação Básica). Enquanto

observa-se razoável avanço nas

séries iniciais e mais discreto nas

séries finais do Ensino Fundamen-

tal, o Ensino Médio permanece es-

tagnado em nível muito baixo.

Ademais, o Brasil tem ocupado

os últimos lugares no PISA (Pro-

gramme for International Student

Assessment) em Línguas, Matemá-

tica e Ciências, com reduzida me-

lhoria no tempo.

Ao mesmo tempo, nos últi-

mos anos, registra-se aumento

do investimento público total em

Qualidade da educação: uma conquista da sociedade

Educação, saltando de 4,7% do

PIB em 2000 para 6,1% em 2011.

Especificamente em Educação Bá-

sica, de 3,7% para 5,0%, no mes-

mo período (INEP). Com a recente

aprovação do Plano Nacional de

Educação (PNE) 2014/2024, em 10

anos essa relação chegará a 10%.

Imprescindível melhorar distri-

buição e aplicação.

O fato é que o sistema educa-

cional brasileiro não tem gerado

bons resultados para a sociedade,

além do desencontro com as reais

demandas por trabalhadores qua-

lificados. Segundo estudo McKin-

sey, 2012, enquanto apenas 31%

dos empregadores concordam que

os jovens estão adequadamente

preparados, 67% dos provedores

da Educação assim os percebem.

A questão é sistêmica, e impac-

ta também a produtividade, que

no Brasil cresceu 1,02% entre 1996

e 2011, ante expansão de 8,35% na

China, 4,95% na Índia, 3,34% na

Coreia do Sul e 2,14% na Malásia

(FSP/Mercado, 2012). Certamente,

a qualidade da Educação nesses

países é uma das variáveis funda-

mentais.

Destaca-se nesse cenário a esti-

mativa de redução de 25% do nú-

mero de brasileiros em idade esco-

lar (de 5 a 19 anos), de 50 milhões

em 2010 para 38 milhões em 2030

(IBGE), configurando uma janela

de oportunidade rara no país pa-

ra o alcance de novos padrões de

qualidade na Educação.

O Sistema Indústria, para além

da possibilidade de se fortalecer

como referência naquilo que faz,

também é um ator capaz de apre-

Solange Novis

integra o Núcleo

Estratégico do

SESI Bahia

o sistema Indústria, para além da possibilidade de se fortalecer como referência naquilo que faz, também é um ator capaz de apresentar as demandas do mundo do trabalho aos sistemas educacionais. e mais, pode atuar como um parceiro estratégico do poder público no sentido de alavancar a qualidade da educação ofertada

“sentar as demandas do mundo

do trabalho aos sistemas educa-

cionais. E mais, pode atuar como

um parceiro estratégico do poder

público no sentido de alavancar a

qualidade da Educação ofertada,

na dupla dimensão de formação

para a cidadania e para a vida, as-

sim como de inserção produtiva de

jovens efetivamente qualificados

no mundo do trabalho. No atual

contexto de construção democrá-

tica, é decisivo apresentar deman-

das, participar e exercer influên-

cia nas políticas públicas.

Por fim, a tão esperada quali-

dade da Educação exige diálogo

entre agentes produtivos e agentes

formadores; exige reconhecimen-

to e valorização da escola e profes-

sores; exige o devido cumprimen-

to dos investimentos previstos em

lei pelos entes federados; e exige,

sobretudo, consciência da socie-

dade em geral e das famílias em

particular do poder que detém pa-

ra que assim seja. [bi]

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livros

leitura&entretenimento

De volta ao básicoPor muitos anos sendo um executivo de

sucesso em bancos como Santander e

Citibank, o autor João Ermida, passou

por diversas fases no mundo corporativo.

A partir de sua experiência, o autor

traz histórias reais e lança propostas

para alcançar o sucesso sem ter de

abrir mão de valores éticos. Ermida

questiona os valores adotados por certos

executivos e sugere a retomada de outros,

como a verdade, a humildade e a

solidariedade.

Start-ups e criatividadeConsiderada leitura obrigatória para

quem acredita ser possível transformar o

mundo trabalhando com prazer,

propósito e dedicação, o livro apresenta o

dia a dia e o nascimento de start-ups de

sucesso. Talentos brasileiros que criaram

negócios fantásticos, inovadores e

equipes admiráveis são mostrados e

surpreendem pela informalidade de suas

práticas. A autora conta a história de

start-ups como Inesplorado, Perestroika,

Mandalah e Flag.

O Executivo Sem Culpa - Mantendo os Valores Pessoais na Vida Profissionaljoão ermidalua de Papel, 192 p.R$ 29,90

Empreendorismo Criativomariana castroPortfolio-Penguin, 200 p.R$ 34,90

Acervo do MAbEstá aberta para visitação a

exposição 24 anos na história

do Museu de Arte da Bahia. O

público poderá acompanhar,

em uma linha do tempo, e nos

espaços expositivos do andar

térreo do museu, uma

amostragem das principais

aquisições, doações,

exposições, publicações e

restaurações (entre pintura,

porcelana, mobiliário e

prataria), realizadas entre 1991

e 2014. Sob a curadoria da

diretora Sylvia Athayde, a

mostra inclui quadros de

pintores como Teófilo de Jesus,

Miguel Navarro y Cañizares.

fOtOS dIVUlgAçãO

Coleção contemporâneaEm homenagem a uma das maiores

criticas de arte do Brasil, o Palacete

das Artes reuniu em torno de 80

obras para a exposição intitulada

Coleção Matilde Matos. As obras que

fazem parte da mostra foram doadas

ao Estado da Bahia por Matilde Matos

e Claudine Toulier, após o

fechamento da escola e galeria de

arte EBEC, no ano passado, onde o

acervo era mantido. Além das obras

doadas por Matilde à EBEC Galeria de

Arte, a curadora da exposição,

Claudine Toulier convidou artistas

novos e consagrados, como Bel

Borba, César Romero, Chico Mazzoni,

Leonel Mattos, Giovana Dantas,

Mario Cravo Jr., Sérgio Rabinovitz,

entre outros, para integrar a

mostra. Na abertura da

exposição foi lançado o

documentário Matilde Matos:

a arte do silêncio.

Não perca Palacete das Artes, Seg a sex, 13 às 19h / Sáb, dom e feriado, 14 às 19h. Até 31.3. R. da Graça, 284, Salvador, Graça. Grátis

Não perca MAB, Seg a sex, das 13 às 19h / Sáb, dom e feriado, 14 às 19h. Até 31.3. Av. Sete, 2340, Corredor da Vitória. Grátis

exposição

34 Bahia Indústria

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Bahia Indústria 35

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