fÁbrica de condutores elÉctricos diogo d'Ávila, lda....i •,ia «electricidade» e a nossa...

9
I , IA «ELECTRICIDADE» E A NOSSA INDúSTRIA FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D' ÁVILA, LDA. I 'Data de ]923 o início da produção de fio e cabos eléctricos 'em Portugal com a fundação da empresa hoje denominada FÁBRICA DE CONDCTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA. Durante 36 anos o seu fundador o in- dustrial Diogo d'Á "lia consagrou-se inteiramente ao descn- 'volvirnento da indústria de que foi um dos ou ... ados per- cursores em Portugal. '-' Ocupando. a princípio. um pequena superf'icre, a fábrica vila ira nsferiu as suas instalações em 1949 para a Por- tela da Ajuda, na Estrada Ajuda-Queluz onde hoje utiliza 40000 m 2 dos quais 10 000 de área coberta. :Desde então, o seu equipamento tem vindo a ser sucessiva- mente aumentado, sendo a maquinaria adqurrida princi- palmente em França, Itália, Alemanha e Inglaterra. Div ersas máquinas (sobretudo no sector da preparação da 'borracha) são de construção nacional, e algumas até, e .... tu- 'dadas e construídas pelas oficinas metalo-rnecãnicas da IFábrica. Em 1953 foi firmado um contrato de assistência tecruca 'entre a Fábrica Á\ ila e a empresa francesa TREFILERIES ET L\.MINOIRS ou HA\ RE. Dai re .... ultou o aperfeiçoamento de fabricos executados, bem como a extensão a nov o .... mo- .delos de cabos. da gama de produção da Á\ da. A fábrica tem actualmente ao seu serv IÇO 450 operúrios. empregados e engenheiros e dispõe de uma potência insta- lada de 1100 kw. O fornecimento de energia é feito pela c. R. G. r à tensão de 10 000 V reduzida em posto de transformação prJ\ auv o. O apro\ isronarnento de matérias primas rev este nesta in- dústria, carácter muito especial, dadas a grande div ersr- dade dos materiais utilizados, as frequente') oscilações da sua COlação c a dispersão dos mercados fornecedores. Embora a Fábrica Á\ ila procure, tanto quanto po,;; iv el. adquirir no pai uma grande parte das matéria') primas de que necessita. o certo é que as aquisições que se obngada a fazer no estrangeiro (nomeadamente em Inglaterra, França e E. U. A.) atIngem ainda" olurne muito considerável. Há, no entanto, div ersos materiais - têxteis metais, cargas minerais, vernizes. etc. - que o Continente e o Ultramar português fornecem a esta indústria em condições plena- mente sansfatorias , A gama de produção da Fábrica A \ ila abrange actualmente todos os modelos de nos e cabos normalmente consumidos pelo nosso mercado. Podemos, de forma sumaria, reparti-Ia pelas classes seguintes: - FIOS e cabos isolados com borracha natural, elastórneros SIntétICOS e rnaterrars ter moplást ICOS. - Cabos com cobertura e protecção metalicas - FIOS e cabos para smalizacão, telefone. T S. F e T. \ . - Cabos para elevadores, gUinda te <. monta-cargas e 105t..1- lações portuárias - Condutores para automóveis e motores térmicos - Cabos para rruna , aeroportos e caminhos de ferro. - FIOS esmaltados e isolados com algodão ou «rayonne». - FIO~ e cabos especldl~ pala as Forças Armadas. O aumento da produção no" últimos unos tem sido bastante expressIvo: no período de 1951 a 1959 a tonelagem dos cabo .... fabricados decuplicou, sendo actualmente a produção, por opera no, quatro vezes supenor à de 19) I. A vrsita iniciou-se pelas instalações fabris. A fase InICIal comum a todos os fabricos é a de preparação dos fios ou cabos elementares de cobre. O cobre electrolruco puro é adquirido sob a forma de fio, ao qual é, no entanto, necessário conferir o diâmetro requerido. o grau de recozimento adequado, e por vezes, uma protecção que o defenda do alaque das ubstâncias que o irão isolar. É o que se consegue pela operações de Trefilagem: Recozimento: e Estanhagem 227

Upload: others

Post on 25-Feb-2021

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA....I •,IA «ELECTRICIDADE» E A NOSSA INDúSTRIA FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA. I 'Data de ]923 o

•I

,IA «ELECTRICIDADE» E A NOSSA INDúSTRIA

FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOSDIOGO D' ÁVILA, LDA.

I'Data de ]923 o início da produção de fio e cabos eléctricos'em Portugal com a fundação da empresa hoje denominadaFÁBRICA DE CONDCTORES ELÉCTRICOS DIOGOD'ÁVILA, LDA. Durante 36 anos o seu fundador o in-dustrial Diogo d'Á "lia consagrou-se inteiramente ao descn-'volvirnento da indústria de que foi um dos ou ...ados per-cursores em Portugal.

'-'

Ocupando. a princípio. um pequena superf'icre, a fábricalÁ vila ira nsferiu as suas instalações em 1949 para a Por-tela da Ajuda, na Estrada Ajuda-Queluz onde hoje utiliza40000 m2 dos quais 10 000 de área coberta.:Desde então, o seu equipamento tem vindo a ser sucessiva-mente aumentado, sendo a maquinaria adqurrida princi-palmente em França, Itália, Alemanha e Inglaterra.Div ersas máquinas (sobretudo no sector da preparação da'borracha) são de construção nacional, e algumas até, e ....tu-'dadas e construídas pelas oficinas metalo-rnecãnicas daIFábrica.Em 1953 foi firmado um contrato de assistência tecruca'entre a Fábrica Á \ ila e a empresa francesa TREFILERIESET

L\.MINOIRS ou HA \ RE. Dai re ....ultou o aperfeiçoamento defabricos já executados, bem como a extensão a nov o ....mo-.delos de cabos. da gama de produção da Á \ da.• A fábrica tem actualmente ao seu serv IÇO 450 operúrios.empregados e engenheiros e dispõe de uma potência insta-lada de 1100 kw.O fornecimento de energia é feito pela c. R. G. r à tensãode 10 000 V reduzida em posto de transformação prJ\ auv o.O apro\ isronarnento de matérias primas rev este nesta in-

dústria, carácter muito especial, dadas a grande div ersr-dade dos materiais utilizados, as frequente') oscilações dasua COlação c a dispersão dos mercados fornecedores.Embora a Fábrica Á \ ila procure, tanto quanto po,;; iv el.adquirir no pai uma grande parte das matéria') primas deque necessita. o certo é que as aquisições que se vê obngada

a fazer no estrangeiro (nomeadamente em Inglaterra, Françae E. U. A.) atIngem ainda" olurne muito considerável.Há, no entanto, div ersos materiais - têxteis metais, cargasminerais, vernizes. etc. - que o Continente e o Ultramarportuguês fornecem já a esta indústria em condições plena-mente sansfatorias ,A gama de produção da Fábrica A \ ila abrange actualmentetodos os modelos de nos e cabos normalmente consumidospelo nosso mercado. Podemos, de forma sumaria, reparti-Iapelas classes seguintes:

- FIOS e cabos isolados com borracha natural, elastórnerosSIntétICOS e rnaterrars ter moplást ICOS.

- Cabos com cobertura e protecção metalicas- FIOS e cabos para smalizacão, telefone. T S. F e T. \ .- Cabos para elevadores, gUinda te <. monta-cargas e 105t ..1-

lações portuárias- Condutores para automóveis e motores térmicos- Cabos para rruna , aeroportos e caminhos de ferro.- FIOS esmaltados e isolados com algodão ou «rayonne».- FIO~ e cabos especldl~ pala as Forças Armadas.

O aumento da produção no" últimos unos tem sido bastanteexpressIvo: no período de 1951 a 1959 a tonelagem dos cabo ....fabricados decuplicou, sendo actualmente a produção, poropera no, quatro vezes supenor à de 19) I .

A vrsita iniciou-se pelas instalações fabris.A fase InICIal comum a todos os fabricos é a de preparaçãodos fios ou cabos elementares de cobre.O cobre electrolruco puro é adquirido já sob a forma defio, ao qual é, no entanto, necessário conferir o diâmetrorequerido. o grau de recozimento adequado, e por vezes,uma protecção que o defenda do alaque das ubstânciasque o irão isolar.É o que se consegue pela operações de

Trefilagem: Recozimento: e Estanhagem

227

Page 2: FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA....I •,IA «ELECTRICIDADE» E A NOSSA INDúSTRIA FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA. I 'Data de ]923 o

••

Aspecto d~ Oftcina de Trefilagern

Trefilagem

Executa-se em máquinas nas quais o fio de cobre é obrigadoa atravessar fieiras calibradas, que lhe vão conferindo diâ-metros cada vez menores.As fieiras - de aço-tungsténio ou de diamante para os me-norcs diâmetros - são preparadas e calibradas em oficinaadstrita à secção de trefilagem.O equipamento de que a Fábrica Ávila dispõe permite-lhetrefilar fios de diâmetros. em milímetros, desde 10 a 0,5.

Recozimen to

Este tratamento térmico do fio de cobre, que, como se sabe,é destinado a corrigir-lhe determinadas características mecâ-rucas (ductibilidade. tlexi bilidade) ou eléctricas (resisti. Idade)é levado a cabo em quatro fornos de resistência do »r= «BeU»,com a potência de 35 kW nos quais o cobre é aquecido ematmosfera protectora para preveOlr a sua oxidação

Estanhagem

Como é conhecido, diversas substâncias utilizadas no ISO-lamento dos cabos - as composições de borracha e deelastórneros por exemplo - são fàcilmente destruídas poroxidação em presença do cobre que actua como catalisador,

Aspecto d~ Of,c,"~ de Cablagern

assim como o próprio cobre sofre a acção química de de-terminados produtos dessas composições. Há, pOIS, quedificultar e"....as reacções, pela interposição de uma camadaprotectora que, no caso mais frequente, é constituída porum depósito de estanho.A estanhagem do fio de cobre e feita por imersão a quente embanho do meta) protector. dispondo a Fábrica Á \ tia de trêsmaqumas para a executar Após estas operações.o fio encon-

228

tra-se pronto a ser directamente isolado, ou hav erá ainda queo aorupar para se constituirem elementos multifilares.A c~nstltuição destes elementos e o objectivo da secção decablagem.

v

Cabla.gem

Nesta secção, que, como é lógico. se encontra na vizinhançaimediata das anteriormente descritas. deparam-se-nos má-quinas duma grande div ersidade de modelos e, capacidades.circunstância óbv la se se atentar que a Fábrica A\ ila está ape-trechada para construir desde o cordão de 0,3 rnm'' desecção ate ao cabo de 500 mm? de cobre duro ou macio; eque estes cabos devem apresentar a forma circular, secto-rial, 0\ ai, etc.

Após a preparação dos elementos condutores. pa~sam estesa constituir o senti-produto das cadeias de fabrico que sesucedem.Estas cadeias são nitidamente diferenciadas. consoante o tipode Isolamento e as condições de utilização do cabo - tensãode serv iço. classe de protecção, etc.Surgem nelas como primeiras máquinas operatórias as queaplicam aos condutores o seus revestimentos isolantes.

Aspecto d~ Oficina de Extrusâo de Termoplásticos

Revestimento isolante

Para esta operação - ou série de operações como é o casomais frequente - exrste em cada cadeia de fabrico umasecção que utiliza 05 materiais isolantes adequados ao tipode cabo a constituir.Entre este') materiais citam-se, em especial, as composiçõesde borracha e de elastómeros sintéticos, os materiais termo-plásticos, o papel e as fibras têxteis, os esmaltes e os vernizes.Como é óbvio. os processos tecnológicos de execução destesrevestimentos dependem do material a aplicar e assim po-demos observar a ex trusão das borrachas e dos plásticos,o enfitamento a papel de tela. o entrancamento com fiostêxteis naturais ou artificiais, a estufagem dos vernizes eesmaltes. etcCabe ainda dizer que a maioria dos matcnais isolantes uti-lizados, a partir dos produtos-base (polímeros, plastifi-cantes, estabilizadores. materiais de carga e outros) é pro-duzida na Fábrica.

Normalmente, há ainda que agrupar os condutores assimIsolados e ~e\estir o conjunto com camadas protectoras denatureza div ersa. São Os objectiv os das ecções a que nos\ amos referir.

Page 3: FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA....I •,IA «ELECTRICIDADE» E A NOSSA INDúSTRIA FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA. I 'Data de ]923 o

Reunião de condutores isola.dos

Em todas a'\ cadeias de fabrico se executa a operação deagrup.H em «lDO múltiplo, os condutores individual e prê-\ iameruc isolados. .t\'\ máquinas são, de princípio. sernc-lhantc-, àquelas quc já observ amo ... na secção de cablagcm;di'\tingucm-n.l'\, no entanto. certas parucularidades, sobre-ludo a ....que \ i-am a cxccuçâo do agrupamento regular decondutores cuja ....ccção recta não é circular.

Aspecto da Ofrcm a de Fio Esmaltado

Embainhamento

Para assegurar a protecção final do conjunto de condutoresque formam o cabo, ou para constituir a camada de apoIode ulteriore ... revestimentos, executam-se um ou mais em-bainharnentos tubulares em máquinas de extrusão ou enfi-tarnento, as quaIs lançam mão dos mesmos processos Jácitados para a operação de revestimento Isolante.

,

Revestimen to metálico

Esta operaçào é executada em duas prensas de chumbo eem diversas máquinas para aplicação de camadas de alu-, .rrumo, zinco, aço, etc.

Os rev estimentos metálicos são ainda mormalmente defen-didos da corrosão pela cobertura com têxteis Impregnados,com bainhas de termoplástico ou de elastomeros sintéticos.

Aspecto da Estação de Ensaios de Alta Tensão

Aspecto de um l",boratóno de Ensaios

As cadeias de fabrico terminam, portanto, em maqumasde entrançar ou de extrudir, que complementam as deaplicação dos revesnrnentos metalrcos

Uma vez terminada a produção dos cabos, são estesentregues aos Laboratorios de Ensaios finais (funcionandoum para cada cadela de fabnco) que os submetem às provasde qualidade.Os métodos de ensaio são os que as Normas oficiais deter-minam, ou resultam de imposicões especiaIS dos clientes.Dentre as estações de ensaio \ isitadas, alienta-se uma insta-lação para «tests- de ngidez dieléctrica dos cabos, equipadacom transformadores para a tensão de 150 k\, sob umapotência de 225 k \iA.O controle laboratorial não intervém apenas nesta fase final;com efeito realizam-se no decurso das operações de fabncoe nas próprias oficinas. constantes ensaios de compro\ ação,fazendo-se largo uso de aparelhagem electronica de con-cepção recente.A própria selecção e estudo de comportamento das maténasprimas utilizadas é objecto de uma série de ensaios tecnoló-gICOS, determinados por cadernos de encargos própnos,além das habituais expenenuas de natureza química, me-cânica e eléctnca.Precisamente neste sector, a fabnca está actualmente a serampliada. pois o alargamento da produção e a utilizaçãode nov os materiais exige uma exten ão dos serv Iças de con-trole. Em novo edifrcro ja concluído e que dispõe de quatropavimentos amplos e uma torre de pro\a com 23 metros,de altura, está a Fabnca A \ ila a concentrar todos os seusserv IÇOS de estudo e controle de rnateriars e de processo~de fabrico.

Como dissérnos, algumas das máquinas ao serviço daFabrica, foram projectadas e construídas nas suas oficinasmetalo-mecânicas. Estas têm a sua própria secção de estudose encontram-se equipadas com as máquinas-ferramentasque lhe permitem executar todos os trabalhos de serralhariamecânica e CI\ II. à excepção ev identernente dos mais e~pe-cializados.A manutenção do eqUIpamento fabril. obnga à frequenterenovação das peças com maror desgaste e a construçãode ferramenta especial - fierras, matrizes. calibradores. etcComo oficinas acessonas existem ainda as de carpmtana(incumbidas da tarefa de construção de bobinas e outrasembalagens), a de pmtura e a de reparações eléctncas.

U9

Page 4: FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA....I •,IA «ELECTRICIDADE» E A NOSSA INDúSTRIA FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA. I 'Data de ]923 o

A capacidade de produção mensal da Fábrica Ávila. poderesumir-se nos segumtes numeros:

Trefilaria - 60 tEstanhagem - 7 tCabos isolados a plásticos - 65 tCabos isolados a ela tómeros - 50 tCabos de força - 45 tCabos telefónicos - 20 t

A par das instalações fabris é dada especial atenção àsobras de carácter social.Neste domínio são de salientar a Cantina, os Refeitórios eum Posto de Assistência Médica, com equipamento de des-pistagem e \igilância sanitárias ao dispor de todo o pessoal.Um Centro de Alegria no Trabalho desenvolve actividadeno aspecto cultural. mantendo uma Biblioteca e organizandoexcursões, ao mesmo tempo que cuida do desenvolvimentofísrco e da recreação dos operários pelo sector desportivo.

CARRIS DE FERRO DE LISBOA

Um pouco de história

A Companhia Carris de Ferro de Lisboa foi fundada noRio de Janeiro, em 1872. Em 1876 foi legalmente reconhecidacomo Sociedade Anónima Portuguesa. Antes, porém (em1873), inaugurava a Companhia Carris um serviço de trans-porte colectivo, em Lisboa, utilizando carros do entãochamado «sistema americano». Eram uns veículos puxadospor muares e rodando sobre carris, com lotação para 24ou 32 passageiros.Esses carros gozaram de grande popularidade, e prestarambons serviços à população, mas em 1895 solicitava a Com-panhia à Câmara Municipal (com a qual já havia firmadocontrato de concessão) autorização para dotar Lisboa deum sistema de transportes colectiv os urbanos que os pro-gressos técnicos já aconselhavam - a tracção eléctrica.Em Abril de 1898, a Câmara autorizava a CompanhiaCarris a electrificar as linhas do sistema existente, e, em31 de Agosto de 1901, Lisboa assistiu, deslumbrada, à pas-sagem dos primeiros «carros eléctricos», entre o Largo doCorpo Santo e S. José de Ribamar (Algés). Toda a Imprensase referiu com entusiasmo ao grande acontecimento, quefoi. na verdade, um importante factor da expansão e progressoda Capital, tornando acessíveis muitos bairros até entãopouco desenv olvidos, e contribuindo notàvelmente para queLisboa se transformasse na grande cidade que hoje é.Data da mesma época a edificação e apetrechamento daCentral Eléctrica de Santos, por meio da qual a Companhiaassegurou durante muitos anos o fornecimento regular e\cguro da energia electrica indispensável aos seus serviços.Desde então até ao presente, as sucessivas Direcções daCompanhia Carris orientaram os seus esforços no sentido

Cabo Ruivo - Edrfrclo dos Serviços Sociais e do Movimento

230

«Eléccrico» construído nu Oficinas da Carris

de ampliar e modernizar o sistema de tracção eléctrica,e assim é que a CIdade conta hoje com 28 carreiras de carroseléctricos, compreendendo 38 serviços diferentes, cujostraçados são de molde a permitir cruzar Lisboa de um aoutro extremo, e alcançar os bairros mais distantes.Em 1940 adquiriu a Companhia Carris seis autocarros,destinados a reforçar o serviço de transporte de passageirospara a Exposição do Mundo Português, em Belém. A Câ-mara Municipal, as entidades oficiais e a Companhia resol-veram, oportunamente, estabelecer um serviço de auto-carros complementar do de carros eléctricos, para fazerface ao aumento anormal da população de Lisboa. Estabe-

Amoreiras - Alguns autocarros do último modelo

Page 5: FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA....I •,IA «ELECTRICIDADE» E A NOSSA INDúSTRIA FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA. I 'Data de ]923 o

Arnoreir as

V l &6:xl~I ~v..

Tr~nslormadot15" lOO~V" R)V

OllCY\As ,C()InJlaI~ 5onalozatlo e

c:omardo

~ T •~

1!'~ll~ 3,~Im~.. A '" A ..10" %5OIo'V.t. 2:4MV.t. 250MVA

I~y ~v ~rov.L

! ..m t '"tini ~'Eil

15900 VI.

•Arco do Cego

v

1~~'f11~StN.hza~• comando

C~bo 10 (G1or'.l_Cabo 9 (GIQrlal

Cabo 1 (Santos)--C.. ee (Glóna)

Cabo & tGlóno)

umnaçlo. ed,' ~IOS.car-barn. etc1

Santos

sC

IJ, tO.n.. I tO... 1 ..."'I :.(L,

ComulattlZ Comu1atroz Turbo gerador

~

,.. CClI'TlUt a Irozo l 2 I S ~D

1 •v

3~lOO~ ~lOO~ .Jl~J 1.t~1<20/1I[ij,.........._,.-:-_y

S<lrvlCos auxihar esedl' ICIOS. e te

Turbo gllrador

l

• t~!Ioll "IIi .rtodo[e~JCabo S Para Gtó"a)Cabo 4 (Para G16raaj_abo 2 (Para Glória)

Cabo San los -~·Iosca

112sot.lv.o\LOOA

3~~I I

JO.,,,

GlortaSubestação dIZ Sacavém

'""'_otY\!t~I5Y~IS V

Comutatroz2

~bo a (Arco do Cego

Cabo 7 (Arco do C~) _,Ca bo \O (Amor l1li"as)

,•

ScrYlÇOS aWtJloaresIIl.fT11"\aclo. c te

Cabo !I (saruesCabo' (Santos)__ ....:C..:.a=._bo;;_2 (Sd~)

Cabo ~tos - Moscavlde

Santo Amaro

A Amp«r~IroVl VoHmctro

Faslm.troWattímttroRegulador d~ tensâoRelt dll falta dll tensâeRelé de máJ una dlrlle.onalRelé" de lerra drferenclalRellÍ de fuga ii tlltraRele de mÁJlma InlensidadeRelé dlfcreznc:,al da prolccÇ;oC()(\t~dorRelez de sobre carga lIermlColR.hl de sobfrcqufncla

mcrtz-prlCe

}

Cabo J C S.mlos)Cabo 6 te Sa,..tos)

...i

C-IiGE

Esquema eléctrico

231

Page 6: FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA....I •,IA «ELECTRICIDADE» E A NOSSA INDúSTRIA FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA. I 'Data de ]923 o

lecerarn-se assim as primeirascarreiras regulares de auto-carros, em 9 de Abril de 1944.O número dessas carreiras éhoje de 36, compreendendo43 serviços diferentes.O estabelecimento e expansãodo serviço de autocarros exi-giu, naturalmente, a constru-ção e apetrechamento de Es-tações de Serviço e Recolhade Autocarros, dispondo-seactualmente de duas: - a dasAmoreiras, e a de Cabo Ruivo,esta última inaugurada em 11de Dezembro de 1958.O número total de Estaçõesda Companhia é actualmentede 4, situadas em diversasáreas da cidade, para mais ra-cional dispersão das frotas decarros eléctricos e autocarros:Santo Amaro, Amoreiras,Arco do Cego e Cabo Ruivo.

Estações de serviço e oficinas

o principal núcleo de trabalho encontra-se localizado emSanto Amaro. Desde a tipografia privativa, às oficinas degrande reparação de eléctricos e de autocarros, incluindofundição, caldeiraria, cromagem, carpintarias diversas, fer-raria, tornos, serralharias, de tudo se dispõe para a explo-ração e manutenção do serviço a cargo da Empresa.Competem a este conjunto oficinal as grandes reparaçõesdas frotas, constituídas por 411 carros eléctricos motores,100 carros atrelados, 281 autocarros e 68 veículos diversos.O equipamento das oficinas de autocarros é moderno epermite manter um mínimo de veículos imobilizados decerca de 3% do total, percentagem que os técnicos da espe-cialidade consideram das mais reduzidas no Mundo. Oequipamento das oficinas de «Eléctricos» tem sido moder-nizado de molde a manter um número, também muito

Santos - Interior da Geradora, 1955

232

Santo Amaro - Oficinas de Armaduras

baixo, de carros retidos; esse valor atinge uma média de5%. Ambas as percentagens incluem os veículos danificadospor acidentes de trânsito. pelo que, na realidade, o númerode viaturas imobilizadas para conservação e reparação éainda mais reduzido.O número de operários em Santo Amaro é de cerca de 1000A Estação de Serviço do Arco do Cego limita-se à recolha,lubrificação, lavagem e pequenas reparações de carroseléctricos. Esta Estação dispõe, como todas as outras, deServiços Médicos, barbearia, balneários e cantina.Nas Amoreiras funcionam duas Estações de Serviço: - umapara autocarros e outra para eléctricos.Em Cabo Ruivo possui a Companhia a sua mais modernaEstação de Serviço para autocarros. O abastecimento degasóleo, óleo lubrificante e a lavagem constituem, peloseu automatismo, um elemento de alto rendimento detrabalho.Particularmente espectacular, é a instalação de lavagem;os carros, conduzidos por pessoal especializado, entramna zona dos grandes escovões, que funcionam ao mesmotempo que a água é lançada a jorros contra o veículo. O mo-tonsta só tem que se preocupar em ganhar o alinhamentode início e regular a marcha do carro, pois deixa de vero que se passa à sua frente.O rodado dianteiro é mantido no alinhamento pela formado pavimento. A água é recuperada em grande parte efiltrada de seguida, ficando o sistema pronto a funcionarimediatamente. Tudo se passa em menos de um minuto.Adoptou-se, em qualquer das Estações de autocarros, o sis-tema de parque ao ar livre, pois que o estacionamento sereduz a cerca de 8 horas diárias por veiculo.

A Central termoeléctrica

Possui a Companhia uma Central termoeléctrica em Santos,a qual, até 1951, assegurava o fornecimento de energiaeléctrica para os carros e para parte das instalações da Com-panhia.Havia, além disso, ligações de socorro às Companhias Reu-nidas Gás e Electricidade, as quais permitiram que a partir

j

•I

Page 7: FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA....I •,IA «ELECTRICIDADE» E A NOSSA INDúSTRIA FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA. I 'Data de ]923 o

,

•CIH.'r~l,.~I'r ivcuou <c p,lra t.lI um !,,,,....to de trun ...tormncâo 10 '.h kV,de ~(X ) k. \ \, con ....t ruido cm Il 42, l}Ui.\ ndo ns diflculdadc ....de "bh.'llI,',h' de ombustlvcis pr~l""'\lI'.l\.Hn serinmcntc .\\dmi tu x t l ,11:.,,"'.ore-se qUl' e....ta ~ ouu ..l....providências permitiram 1ll.IIHt"I.

durante a última gll~rr,l.todu .1 1', otu em ser, iço. Daria,'\\' p,,'r 'I, um h'ng,,' .HtI~", .\ ..CII· de dificuldades \ cncida»r.' ra "'C conscuun esse rcsulr.ulo.Em 1952. ,I ll'r,,'cIH.lgcm de energia de or igem ludr n,.i atingi.l~O\'._" c. 11n.1II))el)(l" l'111 10"", .1 Central de Santo ....entrouem rcglll1e J~ .lp iio d.t Rede Llcctrica Nacional.Existem qu,Hr\.') caldeu.is n \Hl<JL'l-., '"" \\ 11cox do ripo :1l1L11-

tubular, p.tro urna pn: ........5l) de Ieglllle de 21,5 kg cm-, Duu ....d las tem 933 m2 de superf'icic de aquecimento e uma pro-duçã ' horária normal de 30 t de \.1por. A~ outra duas.om 34 m~. têm uma produção horária de _O t. Três destascaldeiras fun ioru m indiferentemente (001 óleo combustiv clou corri '8 rv ..10.

O equipamento ger ..idor e con..tuuido por três turbo-alter-nadores, de 46 6 k\ \. (l,6 k \ . m grupo Diesel-dínamode 4\5 k\\ c 550 \, J ...."egufa o arranque da entrai nocaso de interrupção do fornecimento extcnor.

Subestações

A alimentação da rede de tracção a 550 \ olts c.c. é feitaa partir de 5 ....ubestacõe .. de COo\ ersão, Evtas subesracõe ,ligadas à rede de 6.6 kv. têm as potências instaladas se-guinte!", em quilo", att :

Arco do Cego , .Glória .Amoreiras .Santo Amaro ..Santos .

40002500500

20004000

Existe ainda uma sexta subestação rnov el, actualmente noDafundo, para reforço em dias de trafego intenso. com apotência instalada de 1000 kW.

--- --- -----

Ligo.çn.o à rode eléctrico. nucí ona l

Encontra-se desde 1955 em serviço um cabo que liga asubcstução da C.N.I. cm Moscavide à Central de Santos,onde se instalou um transformador, fabrico da D.r.H., comas sl'guin(es características: 10 MVA de potência, 31,5/6,6kV, tipo exterior com arrefecimento natural, enrolamentocm triângulo-estrela c regulação de tensão em carga.O cubo, Iabricado pela n.r.c.c, é trifásico, com 3 x 96 rnm''de ....cccão, impregnado de gú... (,170tO) à pressão normalde trabalho de 14 kg, cm", As rrc ....ões mínima e máxima deu abalho <ao, rcvpccuvumcntc, de 10,S c 17,5Truta-se do primeiro cabo deste ti po Instalado no país e oma is longo da Europa na data da montagem.Maior rigldel dieléctrica dos isolantes, maior densidade decorrente adrmssiv cl, ma ior potência de transporte por quilo-grama de cabo e a consequente economia de instalação,são a .... \ antagcns principais.Os condutores de cobre são blindados com papel metalizadoc depois isolados com papel impregnado com óleo; sobreo isolamento está colocada uma nova blindagem com papelmetalizado.O cabo tem bainha de chumbo e é armado com dupla camadade fitas de aço, colocadas longitudinal e transversalmente I

,1 sua protecção e isolamento são feitos com fitas de bor-racha e plasuco e por uma camada de juta alcatroada e gra-fitada de molde a permitir fazer uma medida de isolamentoeléctnco da protecção mecânica. apo~ a montagem docabo.A sua exten ão é de 12 806 metros, dividida em duas secçõespneurnancas equipadas com painéis para fornecírnento au-tornauco de gas, em cada um dos extremos do cabo.O sistema de alarme em Santos funciona automàticarnentecom a diminuição de pressão nas garrafas abastecedorase no cabo O seu funcionamento é comandado por manó-metros tendo, cada um deles, dois interruptores de mer-cuno.Como os interruptores estão regulados a pressões diferentes,o tempo que decorre entre o funcionamento de um e deoutro dá uma ideia aproximada da importância da fugade gás.

Corte esquemático do Cabo Santos-Moscavide

•ELEMENTOS EUCTRtCOS

L Casquilho de cobre ernbebrdo no condutor2 lsolamentc aplicado manualmente em cada extremlda.de de molde a

dar ao cone de dispersão o perfil determinado.l. Isolamento do condutor já escalonado.4. Slindagem metálica refeita sobre o condutor e ligada ~ b~lnha do

cabo por fio de liga de chumbo,5. ligaçio de cobre para garantir a coneinuid ade eléctrica da bainha

de chumbo.

ELEMENTOS PNEUMATICOS

6. Tubo de gás ligado a uma lunçio que permite a salda deste.7. Tubo de gás do cabo.8. Luva de borracha moldada que veda o gás à bainha do cabo e aos

ccodueores por fitu resistentes ao ccompoundJ>

ELEMENTOS MECANICOS

9 ReposIção escalonada das fitas protectoras do cabo.10. Flange de aço com colar de latão (ensaIada a 35 kgJcm2 de pressão

hidrâulica ) soldado a chumbo à balnh~ do cabo e às armaduras met2-licas deste.

II Anilhas de vedação de borracha (neoprene).

12 Soldaduras de pressão

I l. Tubo de aço (enulado a 35 kg/cm- de pressão hrdrãulica ) cheiode uoto à pressão de 14 kg/cm'.

14 Remate e fixação das armaduras meti hcas de protecção do cabo.

15 Colar de latão soldado a chumbo à bainha do cabo e is armadurasmetálicas deste

16 Anilha de borracha (neoprene) que comprimida produz a vedação dogás entre o colar de latão e o tubo de aço

233

Page 8: FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA....I •,IA «ELECTRICIDADE» E A NOSSA INDúSTRIA FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA. I 'Data de ]923 o

500

Carros motores450400350300250200150100 Carros atrelados50o~--------------------------------------~~o N M ~ 1.0 <D C'- CI) Ol o ~ N M ~ 1.0 CD " CI) C7J~ li) IJ') IJ') IJ') IJ') li) IJ')

~ ~ ~ ~ ~ ~ -s -s ~ ~ IJ') IJ') IJ')

Ol Ol o» Ol Ol Ol (7) Ol Ol (7) (7) C7J Ol Ol C7J m a» (7) C7J C7J- - - -- .- .- - .- .- .- ... ... ... ... ... .- - .- .-

Número de carros elé ctricos em s ervrço

25O~~~ __

30027S25022520017515012510075SO

Número de autocarros em serviço

Atrav és deste cabo tem-se feito também o serviço de apoioà Rede Eléctrica Nacional. Assim, no último ano, a eneruia

~

fornecida atingiu o valor de 2 160000 kWh, e no ano det 957 forneceram- e t I 780000k\Vh, valores estes que colo-cam a Central em lugar de re-levo entre as térmicas que cola-boraram nesse apoio. Simultâ-neamente com esses fornecimen-lOS, estax a a cargo da Centraltoda a rede da Companhia.As remodelaçõe efectuadas, a parde uma manutenção eficiente, per-mitem que após 58 anos de tra-balho efectivo, a Central de Santosocupe uma posição importante nosistema de fornecimento de ener-gia eléctrica.Tão importante é essa missãoque transcende já a sua funçãoem relação à c. C. f. L., e maisse afastará dessa função com aprovável redução progressiva doscarros elétricos.

234

0 .. ------------------ __

Milhões30027525022520017515012510075SO25

o~Ol.- .-

É de cerca de 6600 o número de empregados e assalaria-dos ao serviço da Companhia arris de Ferro de Lisboa.As despesas da Companhia com o eu Pessoal (referi-das ao ano de J 959) podem cifrar-se como segue;

Ordenados e salários .Contribuição da Companhiapara a Caixa de PrevidênciaDe pesas com os Sen içosIédicos prestados gratuita-

mente ao eu Pe soal, in-cluindo medicamentos .....

137 850 contos

20050 »

5711 »

Não se inc1uem acima as despesa com fardamento, for-necidos gratuitamente ao Pessoal do Movimento e..,outros, Cantinas, Barbearias, Colónia Balnear parafilhos do Pessoal, etc.

Alguns números estatlstico8 (1959)

Carros eléctrico em serv IÇO:

Carro motore .trelado .. . ..

A utocarro em en iço .. ..

................. 411100

_68

. . .. . .

-----~-----~,

--><<;oM'~-tO-

.- N M ~ LO CD " CI) <:nLO IJ") 1.0 1.0 ll'I \.O li') '" III(7) (7) (7) (7) cn (7) Ol Ol Ol~ .... .... .... .- ... .- ...

Pasngelros transportados em carros elé-ctricos

Page 9: FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA....I •,IA «ELECTRICIDADE» E A NOSSA INDúSTRIA FÁBRICA DE CONDUTORES ELÉCTRICOS DIOGO D'ÁVILA, LDA. I 'Data de ]923 o

11.6 milhõe ..100.8

Movimento nus Barbearias das · rações: Barbasfeitas. 116 637; ortes de cabelo. 55 H19.

na I

Mllh6es0095

10ISlO5

o65

60

rati pr. ati II ti, r IIIMovimento de vendas na antina, com 1000 de des-conto sobre os preços corrente : 5952 contos.

onsulta nos Postos MédiCOS da ompanhia: 39 796.

on ultu a médico c pecialistas: 10043.nu h mas de II u I-

ainda O furd uner •196 bon s. lnjecçõc no Posto Médicos: 62 555.

--><<,oM

'a.-ta-... "" U) r- CD O) o .- N M ~ ln U) r- CD O)... ~ ~ ~ ~ ln ln ln ln ln ln ln ln lnO) 01 O) O) cn cn O) O) m cn C7I O) ai cn ai.- .- .- .- .- - .- .- .- .- .- .- .- .... .-

Pasu, ••ros transportados .m autoarros

235