fazenda santa rosa cafe e aguardente na serra 1) … · ... quiteria felicia de santa rosa. n....

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FAZENDA SANTA ROSA CAFE E AGUARDENTE NA SERRA A Fazenda Santa Rosa, ha cerca de 6 km de Valelli;;a a beira da RJ 145 no caminho para Rio das Flores, que foi na epoca do Ciclo Cafeeiro 0 importante e aristocratico distrito valenciano de Santa Tereza, marcou sua presenc,;a na economia local pel a dicotomia, nao comum naquela epoca na regiao de "serra acima" no vale do Rio Parailia do SuI, pel a produc,;ao de aguardente de cana em conjunto com 0 cafe.(A dobradinha cafe e cana, ate com presenc,;a marcante desta, era mais visivel serra abaixo, na planicie litoranea de toda a Provincia Fluminense. )Atesta isso 0 fato de que dos 283 fazendeiros que em 1875 eram proprietarios de "estabelecimentos rurais em ponto grande", no municipio de Valenc,;a, apenas tres fabricavam aguardente em escala comercial: (i) Manoel Pereira de Souza Barros, 0 futuro barao de Vista Alegre, na Fazenda Campo Alegre; (ii) comendador Pedro Gomes Pereira de Moraes e (iii) Dona Iria Umbelina Vieira Guiao, dona da Fazenda Santa Rosa que herdou do marido, comendador Manoel Antonio Rodrigues Guiao, falecido em 20 de agosto de 1872. o ALPENDRE LATERAL DA SEDE DA FAZENDA Alem disso, ela, em conjunto com outros cinco, abastecia de lenha a sede do municipio, 0 que demonstrava que suas terras ainda eram providas de abundante cobertura vegetal, 0 que lhes dava maior valor economico e, tambem, agregava receita as ja obtidas com 0 cafe e com a cana. 1) MANUEL GOMES LEAL Angela de Souza Filha de Joao Werneck, negociante no Rio de Janeiro, Pilar do IguU<,ue na freguesia da Borda do Campo, atual cidade de Barbacena, MG e de Izabel de Sousa, filha do riquissimo Capitao Mol' Francisco Gomes Ribeiro, Cavaleiro do Hribito de N. S. Jesus Cristo, portugues, estabelecido como negociante no Rio de Janeiro e proprietririo da sesmaria da Manga Larga, nas proximidades do Caminho Novo, no interior fluminense. N. Ilha do Governador, RJ, 1714, F. Paraiba do SuI, 1769. Solteira, em companhia da Irma Antonia Ribeira e do cunhado Manuel de Azevedo Mattos, radicou-se em Barbacena. Posteliormente, ap6s 0 falecimento do segundo marido, foi se estabelecer na Freguesia de N. S. da Concei<;:ao e S. Pedro e S. Paulo da Parafba do SuI, atual cidade de Parafba do SuI. C, la mipcias, Barbacena, 24.12.1734, com Joao da Costa Valverde, N. Freguesia de Monte Alegre, Arcebispado de Braga, Portugal. C., 2 a nupcias, Capela de Sao Jose do Ribeirao, Barbacena, com Fabiao Pereira de Azevedo, N. Freguesia de S. Miguel de Lobrigos, Bispado do Porto, Portugal. Filho de Manuel Pereira de Azevedo e de Victoria da Fonseca. Pais de (2 a nupcias): 1.1) Manuel Werneck Pereira de Azevedo, N. Barbacena, 1738. 1.2) Thereza de Jesus Pereira de Azevedo, N. Barbacena, 1739, F. Sacra Farmlia 27.03.1792. C, Paraiba do SuI, cerca de 1750, com, Manoel Gomes Leal, N. Ilha do Pico, A<;:ores. Pais de: II.!) Manuel 11.2) Thereza de Jesus Cc. Antonio da Rosa de Medeiros, pais de: III. I) Antonio III.2) Maria II.3) Manuel Gomes Leal Era vigririo na freguesia de Sacra Farmlia do Tinguri quando pas sou a auxiliar seus parentes, 0 fazendeiro Jose Rodrigues da Cruz e 0 Sargento-Mor Ignacio de Souza Werneck, na "catequese e civiliza<;:ao" dos indios coroados. Diante do sucesso da missao, em 5 de fevereiro de 1803 foi nomeado pelo vice-rei D. Fernando Jose de Portugal,Marques de Aguiar, capeIao da aldeia que viria a se tornar a cidade de Valen<;:a. Logo ap6s, 0 bispo D. Jose Joaquim Justiniano designou-Ihe para "construir, edificar ou levantar altar em sitio convenientemente escolhido, com poderes para benzer capela ou igreja que erigisse, podendo ainda administrar aos indios sacramentos, inclusive do matrimonio, e, finalmente, corn autoriza<;:ao para construir e benzer cemitelio". Foi assim que fez erguer, em uma das colinas da localidade, uma capela simples e pequena, sob a invoca<;:ao de Nossa Senhora da Gl6ria, e ao lado esquerdo da mesma, construiu 0 cemiterio. POl' seu valioso trabalho em prol da catequese dos indios e pOl' sua inestimrivel conuibui<;:ao ao desenvolvimento da regiao, ocupa urn lugar de grande destaque na hist6ria do Vale do Paraiba, sendo considerado, oficialmente, um dos seus fundadores de Valen<;:a. N. Sao Joao del Rei. F. Fazenda da Piedade, 1814. IlA) Ignacio de Souza Werneck, N. Sao Joao del Rei. C, Sacra Fan1l1ia, 13.05.1787, com Maria Thereza de Jesus, B. Rio de Janeiro, 13.11.1745, filha de Joao Pinheiro de Souza e de Paula Pereira Monteiro. Pais de: IlI.!) Ignacio de Souza Werneck, B. Sacra Fan1l1ia, 20.05.1789. C e c.d. Il1.2) Reginaldo de Souza Werneck, B. Sacra Fan1l1ia, 08.03. 1790.C e c.d. III.3) Luiza II.5) Francisco Gomes Leal, F. Sacra Fanulia, 17.07.1790. C, Sacra Farmlia, 13.05.1787, com Marianna Joaquina de Sao Jose, B. Rio de Janeiro, 14.03.1760. Filha de Joao Pinheiro de Souza e de Paula Pereira Monteiro.Pais de: IIU)Manuel B. Sacra Farmlia, 17.03.1788. IIl.2)Joaquim B. Sacra Fan1l1ia, 03.12.1789. II.6) Quiteria Felicia de Santa Rosa. N. Paraiba do SuI, 1759. Cc.Francisco Luiz Area, filho de Manuel d' Avila Raposo e de Clara de S. Francisco Pais de: IlU) Quitelia Il1.2) Francisca III.3) Mmia IlIA) Luiza Ill. 5) Luiz Antonio Area C e c.d. 11.7) Anna Joaquina Gomes Leal 11.8) Theodora Lucinda da Encarna<;:ao, F. Sacra Farmlia, 10.05.1791. 1.3) Izabel de Souza, N. Barbacena, 1743. Cc. Pedro Nunes dos Santos IA) Anna Maria Werneck, B. Barbacena, 23.04.1743. C, Parmaa do SuI, 07.01.1769, com seu primo,

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FAZENDA SANTA ROSACAFE E AGUARDENTE NA SERRA

A Fazenda Santa Rosa, ha cerca de 6 km deValelli;;a a beira da RJ 145 no caminho para Riodas Flores, que foi na epoca do Ciclo Cafeeiro 0

importante e aristocratico distrito valenciano deSanta Tereza, marcou sua presenc,;a na economialocal pel a dicotomia, nao comum naquela epocana regiao de "serra acima" no vale do Rio Parailiado SuI, pel a produc,;ao de aguardente de cana emconjunto com 0 cafe.(A dobradinha cafe e cana,ate com presenc,;a marcante desta, era mais visivelserra abaixo, na planicie litoranea de toda aProvincia Fluminense. )Atesta isso 0 fato de que dos283 fazendeiros que em 1875 eram proprietariosde "estabelecimentos rurais em ponto grande", nomunicipio de Valenc,;a, apenas tres fabricavamaguardente em escala comercial: (i) Manoel Pereirade Souza Barros, 0 futuro barao de Vista Alegre,na Fazenda Campo Alegre; (ii) comendador PedroGomes Pereira de Moraes e (iii) Dona Iria UmbelinaVieira Guiao, dona da Fazenda Santa Rosa queherdou do marido, comendador Manoel AntonioRodrigues Guiao, falecido em 20 de agosto de 1872.

o ALPENDRE LATERAL DA SEDE DA FAZENDA

Alem disso, ela, em conjunto com outros cinco,abastecia de lenha a sede do municipio, 0 quedemonstrava que suas terras ainda eram providasde abundante cobertura vegetal, 0 que lhes davamaior valor economico e, tambem, agregava receitaas ja obtidas com 0 cafe e com a cana.

1) MANUEL GOMES LEALAngela de Souza

Filha de Joao Werneck, negociante no Rio de Janeiro, Pilar do IguU<,ue na freguesia da Bordado Campo, atual cidade de Barbacena, MG e de Izabel de Sousa, filha do riquissimo CapitaoMol' Francisco Gomes Ribeiro, Cavaleiro do Hribito de N. S. Jesus Cristo, portugues, estabelecidocomo negociante no Rio de Janeiro e proprietririo da sesmaria da Manga Larga, nas proximidadesdo Caminho Novo, no interior fluminense.N. Ilha do Governador, RJ, 1714, F. Paraiba do SuI, 1769. Solteira, em companhia da IrmaAntonia Ribeira e do cunhado Manuel de Azevedo Mattos, radicou-se em Barbacena.Posteliormente, ap6s 0 falecimento do segundo marido, foi se estabelecer na Freguesia de N. S.da Concei<;:ao e S. Pedro e S. Paulo da Parafba do SuI, atual cidade de Parafba do SuI.C, la mipcias, Barbacena, 24.12.1734, comJoao da Costa Valverde, N. Freguesia de Monte Alegre, Arcebispado de Braga, Portugal.C., 2a nupcias, Capela de Sao Jose do Ribeirao, Barbacena, comFabiao Pereira de Azevedo, N. Freguesia de S. Miguel de Lobrigos, Bispado do Porto, Portugal.Filho de Manuel Pereira de Azevedo e de Victoria da Fonseca.Pais de (2a nupcias):1.1) Manuel Werneck Pereira de Azevedo, N. Barbacena, 1738.1.2) Thereza de Jesus Pereira de Azevedo, N. Barbacena, 1739, F. Sacra Farmlia 27.03.1792.

C, Paraiba do SuI, cerca de 1750, com,Manoel Gomes Leal, N. Ilha do Pico, A<;:ores.Pais de:II.!) Manuel11.2) Thereza de Jesus

Cc. Antonio da Rosa de Medeiros, pais de:III. I) Antonio III.2) Maria

II.3) Manuel Gomes LealEra vigririo na freguesia de Sacra Farmlia do Tinguri quando pas sou a auxiliar seusparentes, 0 fazendeiro Jose Rodrigues da Cruz e 0 Sargento-Mor Ignacio de SouzaWerneck, na "catequese e civiliza<;:ao" dos indios coroados. Diante do sucesso damissao, em 5 de fevereiro de 1803 foi nomeado pelo vice-rei D. Fernando Jose dePortugal,Marques de Aguiar, capeIao da aldeia que viria a se tornar a cidade deValen<;:a. Logo ap6s, 0 bispo D. Jose Joaquim Justiniano designou-Ihe para "construir,edificar ou levantar altar em sitio convenientemente escolhido, com poderes para benzercapela ou igreja que erigisse, podendo ainda administrar aos indios sacramentos,inclusive do matrimonio, e, finalmente, corn autoriza<;:ao para construir e benzercemitelio". Foi assim que fez erguer, em uma das colinas da localidade, uma capelasimples e pequena, sob a invoca<;:ao de Nossa Senhora da Gl6ria, e ao lado esquerdoda mesma, construiu 0 cemiterio. POl' seu valioso trabalho em prol da catequese dosindios e pOl' sua inestimrivel conuibui<;:ao ao desenvolvimento da regiao, ocupa urnlugar de grande destaque na hist6ria do Vale do Paraiba, sendo considerado,oficialmente, um dos seus fundadores de Valen<;:a.N. Sao Joao del Rei. F. Fazenda da Piedade, 1814.

IlA) Ignacio de Souza Werneck, N. Sao Joao del Rei. C, Sacra Fan1l1ia, 13.05.1787, comMaria Thereza de Jesus, B. Rio de Janeiro, 13.11.1745, filha de Joao Pinheiro deSouza e de Paula Pereira Monteiro. Pais de:IlI.!) Ignacio de Souza Werneck, B. Sacra Fan1l1ia, 20.05.1789. C e c.d.Il1.2) Reginaldo de Souza Werneck, B. Sacra Fan1l1ia, 08.03. 1790.C e c.d.III.3) Luiza

II.5) Francisco Gomes Leal, F. Sacra Fanulia, 17.07.1790. C, Sacra Farmlia, 13.05.1787,comMarianna Joaquina de Sao Jose, B. Rio de Janeiro, 14.03.1760.Filha de Joao Pinheiro de Souza e de Paula Pereira Monteiro.Pais de:IIU)Manuel B. Sacra Farmlia, 17.03.1788.IIl.2)Joaquim B. Sacra Fan1l1ia, 03.12.1789.

II.6) Quiteria Felicia de Santa Rosa. N. Paraiba do SuI, 1759.Cc.Francisco Luiz Area, filho de Manuel d' Avila Raposo e de Clara de S. FranciscoPais de:IlU) Quitelia Il1.2) FranciscaIII.3) Mmia IlIA) LuizaIll. 5) Luiz Antonio Area C e c.d.

11.7) Anna Joaquina Gomes Leal11.8) Theodora Lucinda da Encarna<;:ao, F. Sacra Farmlia, 10.05.1791.

1.3) Izabel de Souza, N. Barbacena, 1743.Cc. Pedro Nunes dos Santos

IA) Anna Maria Werneck, B. Barbacena, 23.04.1743.C, Parmaa do SuI, 07.01.1769, com seu primo,

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o papel especial que esta propriedade teve nopanorama econ6mico da Valenc;ado cafe permaneceate hoje, pois se ele e as matas se foram para todos,e a aguardente tambem para as outras duas,permaneceu ate nossos dias a fabricac;ao daAguardente SR ainda obedecendo a tecnicasartesanais que garantem a boa qualidade do produto.Alem disso, modernos processos de destilac;aopermitem que 0 produto atinja adequado grau depureza e seja isento de cobre e de outras substancias,como atesta laudo do Ministerio da Agricultura queacompanha as embalagens da sua "ReservaEspecial". Sobre este produto, existem folders eoutros informes disponiveis junto ao posto de vendana fazenda. Por tudo isso, a Aguardente SR fez afama da fazenda que Ihe emprestou 0 nome.

As terras que viriam a dar origem a FazendaSanta Rosa pertenciam a Sesmaria do Padre ManoelGomes Leal, urn dos participes da criac;ao deValenc;a, sesmaria essa que confrontava com urn doslados da Sesmaria dos Indios (que tinha a forma deurn trapezio quase regular, com cerca de 152alqueires geometricos = 48400 m2 cada urn, e quefoi demarcada para "aldear e incorporar ossilvicolas a civilizac;ao") e se estendia a partir daino sentido das aguas do Rio das Flores.

Nessas terras, que depois passaram para doissobrinhos do Padre, encontravam-se as de JoaquimMarques da Silva. Com a morte dele, a viuva, DonaFaustina Angelica de Moura, e seus fillios, comec;ama se desfazer das propriedades e, em 1835,venderam uma pequena sone de terras ao futurocomendador Jose da Silveira Vargas _10 presidenteda Camara da Vila de Valenc;a - que inicia com elas

A SEDE DA FAZENDA SANTA ROSA

a formac;ao da sua importante Fazenda do Paud' Alho e de outras que foram criadas ao redor. Em1839 venderam a Eleuterio Delfim da Silva 120alqueires geometricos de terras, contiguas ao Paud' Alho, a Fazenda Santa Rosa. Eleuterio comprouposteriormente terras de outros herdeiros ampliandoa propriedade e dando a ela, em 13 anos comoproprietario, 0 porte e as caractensticas de umacompleta empresa agricola do inicio do ciclocafeeiro onde, inclusive construiu a casa sede onderesidiu 0 que nao impediu, entretanto, que ele viesseperder a propriedade pelo nao pagamento de dividacontraida, talvez ate para a compra da me sma, como 10 barao do Rio Bonito, Joaquim Jose Pereira doFaro, e outros credores.

Manuel de AZevedo RamosProprietario da sesmaria do Saco, e de grandes extensoes de terras, ern Pati do Alferes. N.Bertioga, MG, e batizado ern Barbacena, 29.0.1745, Filho de Manuel de Azevedo Mattos,portugues, e de Antonia Ribeira, fluminense. Apos 0 casamento no Rio de Janeiro, 0 casalse transferiu para Barbacena e, mais tarde, para Parafba do SuI, onde Manuel, que eranegociante se tomou grande proprietario de terras, tendo fundado a margem do rio Sant' Anaa fazenda da Piedade, lar ancestral dos Wemeck, e construfdo a estrada do Azevedo. 0outro filho varao do casal foi 0 Sargento Mol', depois padre, Ignacio de Souza Werneck,figura lendaria na historia do desbravarnento do Vale do Rio Parafba do SuI. Pais de:ILl) Jose Maria Guadalupe, Sargento Mol' das Ordenan"as e proprietario da fazenda da

Manga Larga, ern Pati do Alferes, B. Parafba do SuI, 1770. C. e c.d.II.2) Maria da Concei"ao, B. Pati do Alferes, 20.08.1771.II.3) Antonia Maria, B. Pati do Alferes, 11.10.1772.IIA) Joao dos Santos Werneck, B. Pati do Alferes, 12.04.1774.II.5) Manuel Francisco de Azevedo, B. Pati do Alferes, 26.12.1776 .. e c.d.II.6) Anna Joaquina de Sao Jose, B. Pati do Alferes, 11.08.1778. C. e c.d.II.7) Joaquim de Azevedo, B. Pati do Alferes, 18.10.1779.II.8) Ignacio de Souza Werneck B. Pati do Alferes, RJ.

1.5) Margarida de Souza c.c.Manuel Borges da Costa

1.6) Ignacia Pereira de Azevedo, N. Barbacena, 1751.

2) Antonio Vieira MachadoAntonio Vieira MachadoInicialmente fundou a fazenda Santo Antonio da Paciencia, hoje denominada Santo Ignacio, emRio das Flores., F. Valen"a, decada de 1850.C.c. Rosa Maria de Jesus Vieira, filha do Tenente Francisco Jose de Avila, proprietario da fazendaCachoeira do Bom Sucesso, hoje denominada Natividade, em Rio dos Flores, e Maria Ignacia deJesus. N. Paty do Alferes. F. Valen"a, 19.09.1858. Pais de:Ll)Antonio Vieira Machado, B. Valen"a, 30.03.1837.C.c.Anna das Chagas, filha do Capitao

Ignacio Vieira Machado e de Francisca das Chagas e Oliveira.Pais de:II. I) Zoroastro, N. Valen"a, 30.06.1868.II.3) Joaquim, N. Valen"a, 02.05.1876.II.5) Adelaide, N. Valen"a, 09.01.1881.

1.2) Senhorinha Rosa VieiraC.c. Manuel Machado da Rocha Barcellos, filho de Jose Machado da Rocha Barcellos e deFrancisca Maria da Concei"ao. Imlao do advogado Joao Francisco Barcellos, que emValen"a foi presidente da Camara Municipal e lider do Partido Republicano, ocasiao emque recepcionou Silva Jardim, entiioem viagem de carnpanha, e mais tarde f0i Chefe dePolicia do Estado do Rio de Janeiro, secretario de Interior e Justi"a no govemo do Dr.Thomaz da Porciuncula e deputado federal eleito. Pais de:II.l) Joao II.2) JoaquimII.3) Zulrnira, N. Valen"a, 06.11.1862. IIA) Gercina

I.3) Joao Neponuceno Vieira MachadoC.c.Carolina Amelia Ferreira Dias, Filha de Antonio Thomaz Ferreira Dias e de CarolinaJulia Dedriq, que foi casada em 2' nupcias com 0 pintor espanhol Jose Maria Villaronga,autor de divers as e adrniraveis obras em fazendas do Vale do Parmoa. Cunhada de JoseLopes Domingues, proprietario da fazenda Sao Jose das Palmeiras e vice presidente daCamara Municipal, em Valen"a, e do capitao Pedro Rodrigues Silva. Pais de:II. I ) Alice Dias VieiraII.2) Alzira Dias VieiraII.3) Idalina Dias Vieira N. Valen"a, 22.12.1869.IIA) Olivia Dias Vieira, N. Valen"a, 25.05.1872.n.5) Edgard Dias Vieira, N. Valen"a, 14.12.1873.II.6) Cecilia Dias Vieira, N. Valen"a, 21.02.1876.II.7) Dario Dias Vieira., N. Valen"a, 03.09.1877.II.8) Cm'olina Dias Vieira. N. Valen"a, 23.02.1880.II.9) Eugenia Dias Vieira., N. Valen"a, 06.07.1882.

1.4) Francisca Peregrina VieiraC.c Americo da Silva Ferreira, pais de:ILl) Antonio, N. Valen"a, 1865.

11.2) Clothildes, Valen"a,25.03.1870.1.5) Mm'ia Amelia Vieira

c.c. Joao das Chagas Werneck1.6) Izabel Vieira

c.c. Joaquim Verissimo d' Almeida1.7) Lufza Amelia Vieira1.8) Deolinda Rosa Vieira1.9) Josephina Rosa VieiraLlO) Jose Augusto Vieira Machado

c.c. Maria Amelia da Costa Alves Ferreira, filha de Jose Bernardes Alves Ferreira,famlaceutico e proprietario em Valen"a, e de Antonia Maria da Costa, cunhada do pintorManuel Louren"o dos Santos, considerado 0 maior artista de Valen"a na segunda metadedo seculo XIX. Pais de:II.I) Jose Augusto Vieira Machado Junior, N. Valen"a, 01.05.1873,II.2) Ada Vieira Machado, N. Valen"a, 17.01.1880II.3) Cyro Vieira Machado, N. Valen"a, 1889IIA) Lelio Vieira Machado

II.2) Galdina, N. Valen"a, 12.10.1869.IIA) Maria, N. Valen"a, 28.08.1878.

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A PRESEN<;A DOS ITALIAN OS EM VALEN<;A

A FAMILIA PENTAGNA 6

Narra uma antiga e venenivel tradis;ao familiarque em meados do seculo XIX estabeleceu-seno suI de Minas Gerais 0 Padre PaschoalPentagna, origimrrio da cidade de Scario, sui daItiilia.

Em suas visitas evangelizadoras pela regiao,Padre Paschoal travou contato com 0 casalMaria Nicezia e Jose Ribeiro de Castro,fazendeiros no distrito de S. Domingos daBocaina, freguesia de N. S. da Conceis;ao deIbitipoca e pais de divers as filhas solteiras.

Ministrando 0 ensino religioso napropriedade dos Ribeiro de Castro, PadrePaschoal vislumbrou uma excelenteoportunidade para auxiliar seus parentes queentao sobreviviam com dificuldadesfinanceiras em Scario: casa-los com as mos;asdafarmlia!

Assim, logo vieram para a companhia dePadre Paschoal seu irmao Braz Pentagna e seussobrinhos Nicolao, Gaetano e Vito, filhos deoutro irmao, Saverio Pentagna, casado comGiuseppina Sorrentino.

Entao, Braz Pentagna casou-se com AnnaBocentina de Castro, filha ou parente do casalRibeiro de Castro.

E os irmaos Nicolao, Caetano e VitoPentagna casaram-se com tres irmas,respectivamente, Maria Clara, MariannaPhilomena e Urbana Paschoalina, filhas deMaria Nicezia e Jose Ribeiro de Castro.

Mais tarde, quando os tres irmaos japrosperavam no comercio de Valens;a, doisoutros vier am se juntar a eles: ConcettaPentagna, que foi casada em prirneiras mipciascom Jose Mollenari e em segundas nupciascom Nicolao Carelli, e Ruggero Pentagna,medico, diplomado na Itiilia, que se casou coma sobrinha, Alzira Adelaide de CastroPentagna, filha de Vito Pentagna.

Urn outro filho de Giuseppina e SaverioPentagna, Cesare, permaneceu na Italia, onde,a exemplo do tio Paschoal, havia se dedicadoit vida religiosa.

Nicolao Pentagna, segundo A Coma rea deValenr;a, em sua edis;ao de 28 de outubro de1923, chegou ao Brasil em 28 de outubro de1863, com apenas quatorze anos, tendo casadoem 02 de maio de 1870 com Maria Clara deCastro.

Em 1878 ja estava residindo em Valens;a,como socio da empresa "Nicolao Pentagna &Irmao".

Por sua tenacidade e capacidade comonegociante, Nicolao nao tardou a desfrutar dorespeito e admiras;ao da comunidadevalenciana e logo se tornou socio do portuguesManuel Pereira de Sampaio em urn dos maioresestabelecimentos comerciais da epoca, a "CasaSampaio".

Em 1885 fundava a Sociedade Italiana deBeneficencia, da qual foi 0 prirneiro presidente.

Por ocasiao da libertas;ao dos escravos,visando a segurans;a e tranqtiilidade dos

fazendeiros da regiao, organizou uma redetelefOnica, ligando as fazendas it cidade.

No inicio do seculo XX se encontravaresidindo no Rio de Janeiro, onde era 0 socioprincipal da importante empresa de irnportas;ao"Nicolao Pentagna & Companhia".

Rico e influente, fundou 0 primeiroestabelecimento de credito italiano do Brasil,o Banco Italia Brazile, com sede na rua daAlfandega, que atendia a comunidade italianado entao Distrito Federal, sacando sobre todasas localidades do Reino da Itiilia.

VITO PENTAGNA

Em 1908 levou a Valens;a seu amigo, 0

Comendador Antonio Jannuzzi, construtorfamoso na cidade do Rio de Janeiro, onde suaempresa foi a responsavel pelas obras deabertura da Avenida Central, hoje Avenida RioBranco; Jannuzzi ficou tao encantando com acidade que para la transferiu residencia.

Em Valens;a, Nicolao Pentagna aindaparticipou da fundas;ao da Companhia Fias;aoe Tecidos Santa Rosa, da Companhia Progressode Valens;a, e do Bispado, para cuja instalas;aodespendeu vultosa soma.

Teve urn unico filho, Saverio de CastroPentagna, que apos estudar na Inglaterra,diplomou-se em direito no Brasil, tendoficando anos it frente da Companhia Fias;ao eTecidos Santa Rosa.

Caetano Pentagna se casou em 07 de agostode 1875 com Marianna Philomena de Castro e10go depois partiu para a ItaIia, onde ficou poralguns anos.

Retornando ao Brasil, se estabeleceu emValens;a, onde foi socio dos irmaos emprosperos negocios e proprietario da fazendaParafso.

Entretanto, nao tendo muita habilidade parao comercio, logo veio a empobrecer. Vendeuentao a fazenda e a parte na casa da familia emScario, ficando somente com uma chacara em

Valens;a, onde terminou seus dias.Deixou grande descendencia, tendo dentre

suas filhas, Maria Nicezia de Castro Pentagna,casada com 0 Marechal Floriano PeixotoTorres Homem, filho do General Joaquim deSalles Torres Homem e neto do Visconde deInhomerfm.

Vito Pentagna assim que chegou ao Brasilfoi tropeiro entre Minas Gerais e Rio deJaneiro.

Mais tarde fixou residencia em Valens;a,como socio do irmao Nicolao na "CasaSampaio".

Em 21 de maio de 1879 se casou com UrbanaPaschoalina de Castro.

Dotado de admiravel energia e tinofinanceiro, ja em 189 1,junto a outros cidadaosdestacados de Valens;a, conseguiu da CamaraMunicipal urn terreno para a instalas;ao daEmpreza Industrial de Valens;a. 0empreendimento, porem, nao passou daconstrus;ao do predio, devido a alta do cambiopara a aquisis;ao das maquinas na Europa.

Em 1894, em processo judicial, declarou serproprietario da chiicara "Belo Horizonte", comtreze alqueires, de dez casas, da V2 de oito casas,da Yz da fazenda Santa Rosa e da Yz da fazendaPau d'Alho.

Consta que urn dos seus programasprediletos era percorrer a distancia que ia dachacara "Belo Horizonte", sua residencia, atea sede da fazenda Santa Rosa, montando seucavalo "Pinga Fogo", quando se orgulhavade nao ter que atravessar qualquer propriedadealheia, ja que todas as terras do percurso lhepertenciam.

No infcio do seculo XX era membro doConselho Fiscal da Estrada de Ferro UniaoValenciana, tesoureiro da Sociedade Italianade Beneficencia e presidente do ClubRecreativo.

Riqufssimo, sendo mesmo considerado amaior fortuna de Valens;a na epoca, pode entaose dedicar ao seu antigo projeto de dotar acidade com uma industria.

Em 1906 participou da fundas;ao daCompanhia Industrial de Valens;a, sendo eleitomembro do primeiro Conselho Fiscal.

Algum tempo apos, como informa 0

jornalista Gustavo Abruzzini de Barros, em "0Poder do Sonho - Hist6ria da Assoeiar;iioBalbina Fonseca", contratou 0 engenheiroTheodorico Maximiano da Fonseca e 0

eletricista Estanislao Nioski para promoveremestudos destinados ao aproveitamento da quedad'agua existente na sua fazenda Pau d'Alho.Na ocasiao visitou a propriedade 0 industrialWilliam Newlands Junior, que pretendiainstalar em Valens;a uma fiibrica de tecidos dela, em companhia de uma comissao do "Jomaldo Brasil" e da "Revista da Semana". VitoPentagna chegou a cogitar a venda da fazenda,entretanto, diante da possibilidade de realizarseu grande sonho e da viabiliz.

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excelentes neg6cios, resolveu fundar suapr6pria industria de tecidos.

Em 10 de mar90 de 1912, na fazenda Paud' Alho, iniciava-se a constru9ao da usina,inaugurada festivamente em 15 de setembrode 1914.

Fina1mente, em janeiro de 1913 VitoPentagna co10cou, em terreno de suapropriedade no Bairro do Benfica, a pedrafundamental da futura fabric a Santa Rosa.

Em 07 de setembro de 1913 ocorreu aassembh~ia de instala9ao da Companhia Fia9aoe Tecidos Santa Rosa, sendo os primeirosdiretores eleitos Vito Pentagna e Jose Muller,a quem caberia a responsabilidade tecnica daindustria.

Entretanto, Vito Pentagna nao conseguiupresenciar a concretiza9ao definitiva do seuprojeto, vindo a falecer repentinamente, em 29de setembro de 1914, quando participava deurn baile na cas a do industrial Jose Fonseca.

A viuva, Urbana, demonstrando admiravelcapacidade, auxiliada pelos filhos e cunhados,manteve-se a frente dos neg6cios da familia.

A fabric a Santa Rosa foi inaugurada em 18de outubro de 1915.0 casal teve diversosfilhos. Nove alcan9aram a maioridade, dentreos quais:

-Hurnberto de Castro Pentagna, medicodiplomado pe1a Faculdade de Medicina do Riode Janeiro e lider politico proeminente, foivereador e prefeito de Valen9a, vice-presidentedo estado do Rio de Janeiro e diretor doDepartamento das Municipalidades, 6rgaocriado para apoiar os municfpios fluminenses.

-Saverio Vito Pentagna, advogado,diplomado pela Faculdade Livre de CienciasJuridicas e Sociais do Rio de Janeiro, exerceua profissao em Valen9a. Ap6s a morte do pai,assumiu em conjunto com 0 primo Saverio deCastro Pentagna, a dire9ao da CompanhiaFia9ao e Tecidos Santa Rosa, a frente da qualesteve por mais de trinta anos. Paralelamente,participou da funda9ao da Diocese, e da

C9L!l{'IYI.. :MX9{S.9L£I-N° 71-JuVAgo 2003

o mativoCOLEGIO BRASILEIRO DE

GENEALOGIADivulgagao lnterna

DiretoriaPresidente Paulo Carneiro da CunhaVice-Presidente Victorino C. de Miranda10 Secretario Atila A. Cruz Machado20 Secretario Paulo R. GavHlo10 Tesoureiro Roberto G.de Souza Lima20 Tesoureiro Nelson V. Pamplona

Conselho FiscalFernando ~. L J annuzzi Jr.

Hugo Forain Jr.Joao Simoes Lopes Filho

Companhia TelefOnica de Valen9a, sedo aindadelegado de Polfcia, tider da UDN e secretariodo Interior e Justi9a do estado do Rio deJaneiro.

-Alzira Adelaide de Castro Pentagna casou-se com 0 tio, Ruggero Pentagna.

-Sarah de Castro Pentagna casou-se com 0Theophilo de Almeida, medico, que por suabrilhante atividade em associa90es cientificas,campanhas sanitarias, congressos econferencias no Brasil e no exterior, teve seunome inscrito na Ordem do Merito Nacional.Foi ainda historiador, autor de importantestrabalhos, e membro do Instituto Hist6rico eGeogrMico de Minas Gerais.

-Nair de Castro Pentagna casou-se comAntonio Mourao Guimaraes, filho do CoronelBenjamin Ferreira Guimaraes, uma das figurasmais importantes da hist6ria contemporanea deMinas Gerais. Medico, diplomado naAlemanha, Antonio foi secretario daAgricu1tura, Industria, Cornercio e Trabalho,e deputado estadual, em Minas Gerais;presidente do Banco de Minas Gerais; alemde dirigir e contribuir para a funda9ao dediversas empresas, dentre as quais aCompanhia Industrial de Valen9a, aCompanhia de Fia9ao e Tecidos Santa Rosa, aCompanhia Predial Ferreira Guimaraes, aMagnesita S/A.

-Yolanda de Castro Pentagna, que sediplomou pelo Colegio Regina Coeli, no Riode Janeiro, e lecionou catecismo em Valen9a,revelou desde a adolescencia urn espirito cultoe caridoso. Ainda solteira, patrocinava 0 trajede primeira comunhao das crian9as pobres.Com 0 casamento e a transferencia para a Minada Passagem, em Minas Gerais, lugarejo muitopobre, distribuia alimenta9ao as famfliascarentes e fundou urn lactario, inicio de suagrande obra social a AMAI - Associa9aoMaternal de Auxilio a Infancia, queinestimaveis servi90s vem prestado a infanciacarente de Belo Horizonte e Valen9a. Publicouurn livro de versos "Quando fala 0 Cora9ao".Yolanda se casou com outro filho do CoronelBenjamin Guimaraes, Julio Momao

Guirnaraes, que diplomado em farmada, jamaisexerceu a profissao, dedicando-se aadministra9ao dos neg6cios da familia. Foidiretor da Companhia de Navega9ao do RioSao Francisco, em Pirapora, da Mina daPassagem, em Mariana, e da CompanhiaFia9ao e Tecidos Santa Rosa, em Valen9a.

o ultimo dos irmaos Pentagna a seestabelecer no Brasil foi Ruggero.

Diplomado em rnedicina, na Italia clinicouem sua cidade natal, Scario. Vindo para 0Brasil, esteve em Piracicaba antes de se radicardefinitivamente no Rio de Janeiro.

Estava, porem, frequentemente em Valen9a,onde era urn dos diretores da CompanhiaFia9ao de Tecidos Santa Rosa.

Foi ainda Comendador da Ordem da Coroada ItaIia e Vice Consul da ItaIia no Rio deJaneiro.

Do seu casamento com a sobrinha Alzira,tres filhos atingiram a maioridade:

Leo Pentagna, que foi dire tor da CompanhiaFia9ao e Tecidos Santa Rosa.

Lea Josephina Pentagna, que completou suaeduca9ao em viagens pela Europa, ondedesenvolveu urn apurado gosto pelas artes. Emsuas chacaras na cidade do Rio de Janeiro -Laranjeiras e Paqueta, e em Valen9a, mantinhaverdadeiros "sa16es literarios", acolhendo eincentivando escritores e artistas, entre os quaiso famoso casal espanhol, a escritora RosaChacel e 0 pintor Timotheo Perez Rubio. Seutestamento determinou a cria9ao da Funda9aoLea Pentagna, instalada na Casa Lea Pentagna,en1 '/alcn~a, e que veIn se re-velando deinestirniivel contribui9ao it cultura desta cidade;e, Vito Pentagna, que era extremamenterequintado e culto, cu1tivando as letras, a artee a musica. Protegeu artistas e teve gran desamizades no meio intelectua1, tendo suaspoesias publicadas postumamente em"Poemas".

OBSERVA<;:AO: 0 presente artigo possue uma bemdocumentada e extensa bibliografia, que seraenviada para aqueles que a solicitarem pOI'

correspondencia dirigida a Onto !Uimsll!

• "CUNHA, Rui Vieira da. Estudo da nobrezabrasileira: VII - Bispos. Rio de Janeiro: ed.do autor, 2003. 48p." (D.A.)• "OLIVEIRA, Luis Filipe. A Cas a dosCoutinhos: linhagem, espw;:o e poder (1360-1452). Cascais: AEFML, 1999. 257p." (DA)• "Cantagalo, RJ - Par6quia do SS Sacramento:indice de casamentos (L.lo ao 90

- 1850 -1977)."(D.Luis Costa Fernandes.)• "MARGARITINI. Luiz. Barao de Cocais e suafabulosa fOituna. EG - 1964. 151 p." (D. JoseNazareth de Souza Fr6es.)• "PARAfBA, Instituto Paraibano de Genealogiae Henlldica. Revista. Joao Pessoa: IPGH, a.xI,n.3, 2002 e a XII, n 4 2003• "PARAfBA, Governo do Estado - Secretaria deEducac;ao e Cultura. Parafba Cultural. J. Pessoa:JB. a.34. n.14. e a 35.n 15" (D. Adauto Ramos.)• "ARAUJO, Celia Lamounier. Dicion:irio dos

Padres e Vig:irios de Tamandua / Itapecerica.Sidil (Divin6polis, MG), 2001. 49p." (D. A) [id.]• "MINAS GERAIS. Instituto Hist6rico eGeografico de. Boletim informativo. BelaHorizonte: abril - maio 2003."

• "SANTA CATARINA, Inst. Hist. Geograficode. Boletim. FlOlian6polis: a.VI. n.64. julho 2003.• "Fundac;ao Cultural de Blumenau. Blumenauem cadernos - XLIV, 5 /6. maio / junho 2003."• "PARAIBANO, Inst. Hist6rico e Geografico.Boletim. J. Pessoa: a.X. n.126. maio 2003."• "MULLER. Armindo L. 0 protestantismo emterras gauchas. P. Alegre: EST, 2003. 80p. (D.A)• "MULLER, Armindo L. Cemiterio dosimigrantes do Vale do Rio Pardo. RS. PortoAlegre: EST. 2003. 140p." (D. A)• "MOURA, Carlos Alberto Dantas. FanuliaRibeiro Dantas. de Sao Jose de Mipibu. Natal (?).ed.autor. 192p." (Doac;ao de ... )• "PESSOA, Gastao Salazar. Folhas antigas. Riode Janeiro: ed.autor, 1970. 120p." (Doac;ao de ... )• "FERNANDES. Andrea Correa Gondim.Velhos engenhos de minha tena. Recife: ASAPernambuco. 1986. 240p." (Doac;ao de ...)• "VASCONCELOS. Lfgia Rabelo Alves de /ALMEIDA, Argus Vasconcelos de. Gente deGoiana: descendencia dos casais.... Recife:Ed.Universitaria da UFPE, 2002. 282p." (D.A.)

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SISTEMAS NUMERICOS USADOS EM GENEALOGIADESCRI<;AO DE DESCENDENTES - RELATORIO DE REGISTROS

Na atualidade, qualquer genealogia com algumas dezenas de fanuliasregistradas, e produzido em computador, usando-se urn programadesenvolvido especificamente para atender as necessidades dagenealogia, escolhido entre os mais de cern existentes.

No programa de genealogia, fazemos uma ficha eletronica para cadafaIllllia, ou grupo familiar, onde constam 0 nome do pai, da mae, asdatas e locais de nascimento e casamento e ainda dados biogriificos sefor caso; como tambem os nomes, datas e locais de nascimento dosfilhos e fontes.

Esta e a maneira de guardar os dados. Tern a grande vantagem de, emqualquer tempo, se poder introduzir urn novo nome, uma esposadesconhecida ou uma data ignorada.

A partir destas fichas, 0 programa de computador podeautomaticamente apresentar estes mesmos nomes e dados arranjadossob as mais diferentes formas, isto e, em relat6rios. Os relat6rios naosao maneiras de armazenar os dad os, mas sim de apresenta-Ios.

Urn dos relat6rios, denominado Descendentes-Relat6rio de Registros,ordena-os todos, inclusive colaterais, como descendentes de urn ancestralescolhido. Os descendentes deste ancestral sao agrupados por gera90ese dentro de cada gera9ao, sob a forma de grupos familiares.

o ancestral escolhido, que e 0 chefe do primeiro grupo familiar erepresenta a Primeira Gera9ao, recebe 0 numero I e seus filhos recebemseqiiencialmente os numeros 2, 3, 4, etc.

Na Segunda Gera9ao cada urn destes filhos assume a posi9ao dechefe de urn novo grupo familiar com 0 mesmo numero arabico querecebeu na gera9ao anterior. Os filhos de cada novo grupo familiar daSegunda Gera9ao, sao numerados seqiiencialmente a partir do ultimonumero constante na Primeira Gera9ao. A numera9ao e atribuidaautomaticamente pelo computador.

Com estes numeros passam a constituir as chefias dos gruposfamiliares da Terceira Gera9ao e assim por diante.

Aqueles filhos que tenham constituido novas familias com filhos saoprecedidos do sinal + e passam para a gera9ao seguinte como chefes denovos grupos familiares.

Os filhos relacionados, alem do numero arabico, recebem tambemurn numero romano que indica a ordem de nascimento.o relat6rio pode listar automaticamente todas as fontes introduzidas.Esta metodologia para Descri9ao de Descendentes, entre todas

conhecidas, e a mais adequada, racional e 16gica, e a mais facil de serobtida, quando se trata de genealogias informatizadas.

Todos os programas de computador, especificos para genealogia, saocapazes de produzir, em questao de segundos, 0 relat6rio Descri9ao deDescendentes-Relat6rio de Registros, 0 qual e recomendado pelaSociedade Nacional de Genealogia dos Estados Unidos da America(National Genealogical Society), com sede em Arlington-VA.

Desnecessario dizer que naquele pais existem mais de 580associa90es que se dedicam ao res gate da hist6ria das familias, e que osestudos, as metodologias, as publica90es, e os arquivos especificossao os mais desenvolvidos, completos e avan9ados do planeta. E a maiorpopula9ao mundial dedicada ao levantamento de suas raizes familiares.COMO LOCALIZAR FILHOS E NETOS

A Descri9ao de Descendentes permite facilmente localizar todos osfilhos e netos de uma familia. Assim por exemplo, no Relatorio deDescendentes de Hypolito Ribas abaixo os filhos de 5. Lauro Jose Ribas,na Segunda Gera9ao, sao 10. Maria Antonieta. 11. Clito Cezar e 12.Lauci Filomena. Atraves dos grupos familiares 10, II e 12, na gera9aoseguinte, Terceira Gera9ao, sao encontrados os netos 15. Dorotea, 16.Claudio, 17. Ciro e 18. Silvana.

Para achar 0 nome do avo do neto 17. Ciro Renato, que e da TerceiraGera9ao, basta percorrer 0 caminho inverso Primeiramente deve-sedeterminar 0 nome de seus pais: grupo familiar II. Clito Cezar .Procurando na gera9ao anterior, -Segunda Gera9ao-, 0 filho que tern 0

numero ll, encontramos 0 nome do pai de Clito -5.Lauro Jose- que e 0

avo de Ciro.

VANTAGENS COMPARATIVAS COM OUTRASMETODOLOGIAS

Para aqueles que pretendem enviar 0 resultado de suas pesquisas,para urn familiar por exemplo, 0 texto esta pronto.

Para escrever urn livro, este Relat6rio ja possui 0 formato de livrobem como todo 0 sistema numerico. Basta importar este Relat6rio (emRTF) para dentro de urn programa de texto, Word por exemplo, e fazera edi9ao, melhorando a qualidade das frases, substituindo palavras eacrescentando comentarios ou biografias.

E da maxima importfulcia que qualquer genealogia, seja apresentadacom urn formato que possibilite a visao do conjunto, sob pena de naopoder ser entendida pelo leitor. Nesta metodologia todos membroscolaterais sao apresentados na gera9ao a que pertencem, nomes e dadossao de facil visualiza9ao, quase intuitiva.

No chamado Metodo Portugues Moderno, cada familiar colateral eapresentado fora de seu grupo familiar passando a constituir urn capituloa parte. Quando entao se pretende descrever colaterais, irmaos decolaterais, a compreensao do conjunto tangencia 0 impossive!.

No sistema que numera os filhos FI, F2, F3, ... os netos NI, N2, ... ebisnetos BNI, BN2 etc., quando se trata de genealogias com muitasgera90es, 0 filho F2 e sua descendencia sao apresentados dezenas depaginas adiante, nao havendo visao de conjunto. 0 mesmo nao aconteceno Sistema de Registros

DESVANTAGENS COMPARATIVASNao permite a inclusao de urn novo nome em Relat6rio ja existente.Mas como se trata de genealogia composta em computador, basta

fazer a inclusao e emitir em alguns segundos outro Relat6rio de Registroscom a nova numeracao adeauada.

A seguir urn exemplo de u'm Relat6rio de Registros tal como obtidono computador.

DESCENDENTES DE HYPOLITO RffiAS1. Hypolito Ribas nascido 13 Ago 1855, batisado: Igreja N. S. dosAflitos-Porto Belo-SC, (filho de Manoel Jose Ribas e MariaClaudina de Jesus) casou (I) com Adelaide Venancio Pereira, (filhade Venancio Jose Pereira e Maria Angelica Pereira) , casou (2) comAna Pereira Ribas, conhecida por Nina. Hypolito faleceu antes de1902. No registro de batismo da filha Ottilia e do filho Lauro constaque morava na Freguesia.

Filhos com Adelaide Venancio Pereira:+2. i Mercedes Ribas nascido 27 Jun 1876.

3. ii Ottilia Ribas nascido 3 Set 1877, Camboriu-SC, batisado:25 Mai 1878, Igreja N. S. do Born Sucesso-Camboriu-SC, casou 28Jul 1902, na Igreja N. S. dos Aflitos-Porto Belo-SC, com CarlosPereira Quadros, nascido 1877, (filho de Manoel Luiz PereiraQuadros e Constancia Herminia Capistrana). Tambem chamada deOttilia Ephigenia Ribas

+4. iii Izabel Ribas nascido 5 nov 1881.+5. iv Lauro Jose Ribas nascido 16 Abr 1889.

Segunda Gera9ao2. Mercedes Ribas nascido 27 Jun 1876, Camboriu-SC, batizado 16Set 1876, Igreja N. S. do Born Sucesso-Camboriu-SC, casou 29 Abr1894, em Porto Belo-SC, com Antonio Pereira Quadros, nascido1874, (filho de Manoel Luiz Pereira Quadros e Constancia HerminiaCapistrana). Os pais na epoca do batismo moravam na localidade deEstrada.

Filhos:6. i Teotonio Ribas Quadros nascido 17 Fev 1895, Porto Belo-

SC, batisado: Igreja N. S. dos Aflitos-Porto Belo-SC. Os av6smaternos Hipolito Ribas e Adelaide Pereira Ribas foram padrinhos.

7. ii Joao Ribas Pereira Quadros nascido 29 Ago 1897, PortoBelo-SC, batizado: Igreja N. S. dos Aflitos-Porto Belo-SC, casou 7Out1926, na Capela Santo Antonio - Itapema, com Maria Sebastiana,nascido 1904, Porto Belo-SC, (filha de Crispim Domingos C.

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Sant' Anna e Sebastiana Rita de Jesus). Carlos Pereira Quadros eAmelia Pereira Ribas foram padrinhos. 0 casamento civil se realizou5 anos antes.4. Izabel Ribas nascido 5 Nov 1881, Porto Belo-SC, batizado 13 Out1882, Igreja N. S. dos Aflitos-Porto Belo-SC, casou 19 mar 1907, naIgreja N. S. dos Aflitos-Porto Belo-SC, com Romeo Gon\=alves,nascido 1885, Porto Belo-SC, (filho de Roberto Gon\=alves e MariaCristina de Jesus), residencia ltapema. Ou Izabel Zacharias

Filhos:8. i Manoel Gon\=alves nascido 4 Fev 1908, Porto Belo-SC,

batizado: Igreja N. S. dos Aflitos-Porto Belo-SC. Hypolito Ribas eAna Pereira Ribas foram os padrinhos.

+9. ii Dario Gon\=alves nascido 2 Dez 1909.5. Lauro Jose Ribas nascido 16 Abr 1889, Porto Belo-SC, batizado:22 Ago 1890, Igreja N. S. dos Aflitos-Porto Belo-SC, residenciaCamboriu-SC, ocupa\=ao Barbeiro, casou 11 Jan 1924, na Igreja N. S.do Born Sucesso-Camboriu-SC, com Gerci Mourato, nascido 10 Dez1898, faleceu 4 Dez 1953, sepultado: Cemiterio Municipal deCamboriu-SC. Lauro faleceu 24 Abr 1979, sepultado: CemiterioMunicipal de Camboriu-SC. Nas elei\=oes municipais de 4 Ago 1918teve 44 votos como candidato a Juiz de Paz. No registro de batismoconsta Laurio.

Filhos:Maria Antonieta Ribas nascido 4 Jan 1925.Clito Cezar Ribas nascido 14 Jan 1927.Lauci Filomena Ribas nascido 14 Out 1934.

+10.i+11. ii+12. iii

Terceira Gera~ao9. Dario Gon\=alves nascido 2 Dez 1909, Porto Belo-SC, batizado: 6Ago 1910, Igreja N. S. dos Aflitos-Porto Belo-SC, casou (1) 6 Ago1937, em Itajaf-SC, com Dolores Batista, faleceu 1959, casou (2)com Margarida de Souza, casou (3) 30 Jul1960, em ltajaf-SC, comVilma Irene Pedroso. Jesuino Sena e Teresa Ribas foram padrinhos

Filhos com Dolores Batista:13. i Maria Elina Gon\=alves nascido 1939, casou com Orceli

Jose Vanzuita. Maria conhecida por Nena.Filhos com Vilma Irene Pedroso:

14. ii Isabel Gon\=alves.10. Maria Antonieta Ribas nascido 4 Jan 1925, Camboriu-SC,batizado: Igreja Matriz de Camboriu-Camboriu-SC, casou comWaldemar Campos, conhecido por Dema.

Filhos:15. i Dorotea Maria Campos.

11. Clito Cezar Ribas nascido 14 Jan 1927, Camboriu-SC, ocupa\=aoAdvogado, casou 20 Jan 1953, na Igreja Matriz de Camboriu-Camboriu-SC, com Marilia Pereira, nascido 26 Abr 1927, Camboriu.

Filhos:16. i Claudio Roberto Ribas nascido 23 Jan 1954.17. ii Ciro Renato Ribas nascido 29 Mai 1958.

12. Lauci Filomena Ribas nascido 14 Out 1934, Porto Belo-SC,casou com Hamilton Pelegrino.

Filhos:18. i Silvana Ribas Pelegrino.

Do plano re'litslliza\=1iodo do Porto, parte a transferenciado Setor de Peri6dicos da Bibliotenca Nacional, 0 mais visitado, paraurn silo junto do Armazem 10.

Votos de aos novosMARIAJOSEINFANTEMENDON(:APAIVAdo Rio de Janeiro.CELIALAMOUNIERDEARAUJOde Itapecirica-MGJORGEAUGUSTONASCIMENTONOGUEIRADESOUZAdo Rio de Janeiro

CClNDESS;ADE PARISFaleceu em Paris, Fran\=a, no dia 5 de julho p.p., S.A.I.d.Isabel de

Orleans e Bragan\=a, Condessa de Paris, viuva do herdeiro presuntivodo trono de Fran\=a, 0 Conde de Paris.

Primeira neta da Princes a Isabel, nascida em 1911 na Fran\=a, exilioda Familia Imperial Brasileira, Isabel, Condessa de Paris (como seassinava no livro de presen\=as do CEG), era S6cia Honoraria do Colegio,onde fazia questao de comparecer a uma de nossas reunioes mensais,quando em visita ao Brasil, a todos encantando com sua sirnpatia esimplicidade.

A Diretoria cumprimentou os familiares de d.Isabel, enfatizando asgratas recorda\=oes legadas nas suas breves passagens pelo CBG."

• BRASILGENEALOGICO- Torno IV, n° 3 (recem editado) R$ 12,00• RIBEIRO,Paulo Fernandes e LINHARES,Eliana-ComendadorGuilherme Telles Ribeiro 35,00• LACERDANETO,Arthur Virmond de-Mem6rias de Farm1ia 15,00• RIBEIRO,Armando Vidal Leite-Farm1ia Vidal Leite Ribeiro 40,00

Pedidos para 0 CBG, acompanhados de cheque cruzado e nominalao Instituto Hist6rico e Geognifico Brasileiro no valor respectivoacrescido de R$ 5,00 por volume.

REMETENTEColegio Brasileiro de Genealogia

Av. Augusto Severo, 8 - 12°20021-040-Rio de Janeiro-RJ

DESTINAT ARlO

IMPREssa