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Page 1: Fabíola Machado da Rosa Pedagogia – Unicamp fabiola.machado@yahoo.com.br

Fabíola Machado da RosaPedagogia – Unicamp

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Cultura, Arte e Literatura;“A arte é o espelho social de uma época”

Cultura, Língua e Literatura;

Uma das definições possíveis para literatura :

Manifestação cultural humana, uma arte que se utiliza da palavra como meio de expressão.

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“A literatura reflete as relações do homem com o mundo e com seus

semelhantes” (Amaral et. Al., 2000, p.17)

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A literatura permite acessar um tipo específico de experiência acumulada pela cultura. Torna-se importante conhecer os textos literários em língua portuguesa captando os núcleos de leitura delimitadas pelo próprio texto.

(http://www.comvest.unicamp.br/noticias/lista_livros2013.html)

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Capacidade de:Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos

das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações.

Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.

Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto

Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.

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A análise de vários textos de uma época revelam características literáriias semelhantes entre eles

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Obra Período

Viagens na minha terra – Almeida Garrett;

Romantismo Português

Til – José de Alencar;

Romantismo Brasileiro - ProsaMemórias de um sargento de milícias

– Manuel Antônio de Almeida;

Memórias póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis;

Realismo Brasileiro

O cortiço - Aluísio Azevedo; Naturalismo

A cidade e as serras - Eça de Queirós;Realismo Português

Vidas secas - Graciliano Ramos;

Modernismo Brasileiro - ProsaCapitães da areia – Jorge Amado;

Sentimento do mundo – Carlos Drummond de Andrade.

Modernismo - Poesia

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Ler: Eu leio, tu lês, eles leem....

Sentimentos, dúvidas, emoções, dificuldades, emoções, perplexidades, etc...

Foco!

Identificar estilos de época correspondente à escola literária

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Ficcionalidade

Função estética

Plurissignificação

Subjetividade

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LíricoNarrativo / ÉpicoDramático

(Convenções e expectativas)

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Lira

O Gênero lírico trata o chamado mundo interior, valendo-se da forma poética para fazê-lo.

Expressão da subjetividade

Formas: Elegia, Écloga, Ode, Soneto.

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XXIX

Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.

Mudo, mas não mudo muito. A cor das flores não é a mesma ao sol De, que quando uma nuvem passa Ou quando entra a noite E as flores são cor da sombra.

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Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores. Por isso quando pareço não concordar comigo, Reparem bem para mim: Se estava virado para a direita, Voltei-me agora para a esquerda, Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés – O mesmo sempre, graças ao céu e à terra E aos meusolhos e ouvidos atentos E à minha clara simplicidade de alma...

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Feitos para serem representadosPrincipais Formas: Tragédia e ComédiaConflito das relações humanasAtores - acontecimentos

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Todo Mundo e Ninguém - Gil VicenteTodo Mundo e Ninguém - Gil VicenteEntra Todo o Mundo, rico mercador, e faz que anda buscando alguma cousa que perdeu; e logo após, um homem, vestido como pobre.Este chama Ninguem e diz:NinguémNinguém : Que andas tua aí buscando?Todo o mundoTodo o mundo: Mil cousas ando a buscar :delas não posso achar,porém ando porfianopor quão bom é porfiar.Ninguém :Ninguém : Como hás nome, cavalheiro?Todo Mundo: Todo Mundo: Eu hei nome Todo Mundoe meu tempo todo inteirosempre é buscar dinheiroe sempre nisto me fundoNinguém:Ninguém: Eu hei nome Ninguém,e busco a consciência

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Belzebu Belzebu : Esta é boa experiência:Dinato, escreve isto bem.Dinato :Dinato : Que escreverei , companheiro ?Belzebu :Belzebu : Que ninguém busca consciência,e todo mundo dinheiro.

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Ninguém : Ninguém : E agora que buscas lá?Todo o mundo : Todo o mundo : Busco honra muito grande.Ninguém :Ninguém : E eu virtude, que Deus mandeque tope com ela já.Belzebu :Belzebu : Outra adição nos acude:escreve logo aí, a fundoque busca honra todo mundoe ninguém busca virtude.Ninguém :Ninguém : Buscas outro mor bem qu'esse?Todo o mundo:Todo o mundo: Busco mais que me louvassetudo quanto eu fizesse.Ninguém :Ninguém : E eu quem me repreendesseem cada cousa que errasse.Belzebu : Belzebu : Escreve mais.Dinato : Que tens sabido?Belzebu: Que quer em extremo gradotodo o mundo ser louvado,e ninguém ser repreendido.

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Ninguém:Ninguém: Buscas mais, amigo meu ? Todo o mundo: Todo o mundo: busco a vida a quem ma dê.Ninguém : Ninguém : A vida não sei o que é,a morte conheço eu.Belzebu : Belzebu : Escreve lá outra sorte.Dinato : Dinato : Que sorte?Belzebu: Belzebu: Muito garrida:Todo o Mundo busca a vidae ninguém conhece a morte.Todo o Mundo: Todo o Mundo: E maisqueria o paraíso,sem mo ninguém estorvar.Ninguém :Ninguém : E eu ponho-me a pagarquanto devo para isso.Belzebu : Belzebu : Escreve com muito aviso.Dinato : Dinato : Que escreverei ?Belzebu: Belzebu: Escreveque todo o mundo quer o paraisoe ninguém paga o que deve.

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Todo o Mundo: Todo o Mundo: Folgo muito d'enganar,e mentir nasceu comigo.Ninguém: Ninguém: Eu sempre verdade digosem nunca me desviarBellzebu: Bellzebu: Ora escreve lá, compadre,não não sejas tu preguiçoso.Dinato: Dinato: Quê?Belzebu: Belzebu: Que todo o mundo é mentiroso,E ninguém diz a verdade.Ninguém: Ninguém: Que mais buscas?Todo Mundo: Todo Mundo: Lisonjear.Ninguém: Ninguém: Eu sou todo desengano.Belzebu: Belzebu: Escreve, ande lá mano.Dinato :Dinato : Que me mandas assentar?Belzebu: Belzebu: Põe aì mui declarado,Não te fique no tinteiro:Todo o mundo é lisonjeiro,e ninguém desenganado.

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EpopéiaNarrativa de fundo históricoFeitos heroicos e grandes ideaisObjetividadeNarrativo – variante do gênero épico; Principais manifestações: Romance; Novela;

Conto; Crônica; Fábula.Foco narrativo em terceira pessoa; primeira

pessoa ou narrador personagem; observador; onisciente;

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É possível encontrar passagens ou textos em que os gêneros se

misturam

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AMARAL, Emília (et. Al.). Português: Novas palavras: literatura, gramática, redação. - São Paulo: FDT, 2000.

MELO, Carlos augusto de. Teoria Literária – São Paulo: Editora Sol, 2011.