fatores socioeconomicos e ambientais como … · determinante da desnutriÇÃo infantil em...

15
FATORES SOCIOECONOMICOS E AMBIENTAIS COMO DETERMINANTE DA DESNUTRIÇÃO INFANTIL EM CRIANÇAS DE 0 A 1 ANO Patricia Ramacciotte de Almeida Favaro - Graduada em enfermagem –UNEC, Especialista em Saúde publica com ênfase em saúde da família- FASE e graduando em Farmácia – UNEC – e-mail - [email protected] Danilo Ramaciotti Caires - Graduado em Enfermagem – UNEC, Especialista em Enfermagem do Trabalho - FASE e Graduando em Farmácia - UNEC - Centro Universitário de Caratinga - e-mail - [email protected] Daniel Rodrigues Silva - Graduado em Farmácia – Bioquímica e Doutor em Ciências Farmacêuticas - Coordenador do curso de Farmácia do Centro Universitário de Caratinga – Campus UNEC de Nanuque – e-mail - [email protected] Resumo: A desnutrição é uma patologia que ocorre pela falta de nutrientes necessária ao organismo que afeta principalmente as crianças. Existem diferentes variáveis nas prevalências de desnutrição no país, fatores como escolaridade, condições socioeconômicas, ambientais, biológicas, cuidados maternos, amamentação entre outros são fatores determinantes para o baixo peso das crianças nessa faixa etária. Assim ressalta a influencia desses no processo do crescimento e desenvolvimento infantil, e a importância da atenção a crianças nessa fase de zero a um ano evitando assim problemas futuros em decorrência da desnutrição, que acarretara prejuízos e sequelas futuras. E infelizmente as crianças menores de um ano estão mais propensas a tal situação, por estar em processo de formação e crescimento. Para isso foi realizado um levantamento bibliografico para embasar esta pesquisa que tem como objetivo mostrar a importância de um planejamento familiar, a assistência desde o pré- natal com medidas de promoção, proteção para assim assegurar que o crescimento infantil se processe de forma adequada. Palavras-Chave: Desnutrição, Sócio-economico, Infantil e Crescimento. 1. Introdução No Brasil, apesar de pesquisas epidemiológicas indicarem que a prevalência da desnutrição energético-protéica tem caído, a doença continua sendo um relevante problema de Saúde Publica no país. Outros fatores de risco da desnutrição incluem problemas familiares relacionados com a situação socioeconômica precária, conhecimento sobre os cuidados com a criança pequena (alimentação, higiene e cuidados com a saúde de modo geral) e o fraco vinculo mãe e filho (MINISTÉRIO DA SAUDE, 2005). Para Fraga et al., 2012 “a desnutrição exerce um importante papel para a ocorrência de déficits no desenvolvimento infantil, pode ter múltiplas causas e significados, mas não pode passar despercebida para a sociedade, que tem o dever de cuidar de suas crianças e protegê-las, sobretudo suprindo suas necessidades mais básicas”. Apolinario et al., 2011 concluiu em sua pesquisa que: São muitos os fatores que podem influenciar na desnutrição infantil, assim como é alto o número de consequências relacionadas a essa doença. Os fatores socioeconômicos parecem ter forte impacto na questão nutricional e atuando de forma diretamente proporcional. A falta de conhecimento dos pais, principalmente da mãe, relacionado à desnutrição e à baixa escolaridade, pode interferir na dieta da criança e na percepção de que o filho apresenta desnutrição e por isto necessita procurar os serviços de saúde. A internação em hospitais e a procura pelos serviços de saúde na maioria foram devidas às

Upload: ngobao

Post on 09-Jan-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

FATORES SOCIOECONOMICOS E AMBIENTAIS COMO

DETERMINANTE DA DESNUTRIÇÃO INFANTIL EM CRIANÇAS DE 0

A 1 ANO

Patricia Ramacciotte de Almeida Favaro - Graduada em enfermagem –UNEC, Especialista em Saúde publica

com ênfase em saúde da família- FASE e graduando em Farmácia – UNEC – e-mail -

[email protected]

Danilo Ramaciotti Caires - Graduado em Enfermagem – UNEC, Especialista em Enfermagem do Trabalho - FASE

e Graduando em Farmácia - UNEC - Centro Universitário de Caratinga - e-mail - [email protected]

Daniel Rodrigues Silva - Graduado em Farmácia – Bioquímica e Doutor em Ciências Farmacêuticas - Coordenador

do curso de Farmácia do Centro Universitário de Caratinga – Campus UNEC de Nanuque – e-mail -

[email protected]

Resumo: A desnutrição é uma patologia que ocorre pela falta de nutrientes necessária ao organismo que

afeta principalmente as crianças. Existem diferentes variáveis nas prevalências de desnutrição no país,

fatores como escolaridade, condições socioeconômicas, ambientais, biológicas, cuidados maternos,

amamentação entre outros são fatores determinantes para o baixo peso das crianças nessa faixa etária.

Assim ressalta a influencia desses no processo do crescimento e desenvolvimento infantil, e a importância

da atenção a crianças nessa fase de zero a um ano evitando assim problemas futuros em decorrência da

desnutrição, que acarretara prejuízos e sequelas futuras. E infelizmente as crianças menores de um ano

estão mais propensas a tal situação, por estar em processo de formação e crescimento. Para isso foi

realizado um levantamento bibliografico para embasar esta pesquisa que tem como objetivo mostrar a

importância de um planejamento familiar, a assistência desde o pré- natal com medidas de promoção,

proteção para assim assegurar que o crescimento infantil se processe de forma adequada.

Palavras-Chave: Desnutrição, Sócio-economico, Infantil e Crescimento.

1. Introdução

No Brasil, apesar de pesquisas epidemiológicas indicarem que a prevalência da

desnutrição energético-protéica tem caído, a doença continua sendo um relevante problema de

Saúde Publica no país. Outros fatores de risco da desnutrição incluem problemas familiares

relacionados com a situação socioeconômica precária, conhecimento sobre os cuidados com a

criança pequena (alimentação, higiene e cuidados com a saúde de modo geral) e o fraco vinculo

mãe e filho (MINISTÉRIO DA SAUDE, 2005).

Para Fraga et al., 2012 “a desnutrição exerce um importante papel para a ocorrência de

déficits no desenvolvimento infantil, pode ter múltiplas causas e significados, mas não pode

passar despercebida para a sociedade, que tem o dever de cuidar de suas crianças e protegê-las,

sobretudo suprindo suas necessidades mais básicas”.

Apolinario et al., 2011 concluiu em sua pesquisa que:

São muitos os fatores que podem influenciar na desnutrição infantil, assim como é alto

o número de consequências relacionadas a essa doença. Os fatores socioeconômicos

parecem ter forte impacto na questão nutricional e atuando de forma diretamente

proporcional. A falta de conhecimento dos pais, principalmente da mãe, relacionado à

desnutrição e à baixa escolaridade, pode interferir na dieta da criança e na percepção de

que o filho apresenta desnutrição e por isto necessita procurar os serviços de saúde. A

internação em hospitais e a procura pelos serviços de saúde na maioria foram devidas às

2

doenças associadas à desnutrição e não à percepção dela própria. Entre as doenças

relacionadas, as mais citadas foram: diarreia, infecções, problemas respiratórios e

distúrbios de aprendizagem.

Não atender às necessidades nutricionais da criança nesta fase de zero a um ano com

condutas alimentares inadequadas acarretará prejuízos imediatos à saúde da criança, causando

seqüelas futuras como retardo de crescimento ou de desenvolvimento, doenças crônicas e

mortalidade infantil (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).

Sendo a desnutrição um problema de saúde pública, esta pesquisa tem como objetivo

descreve os determinantes e os fatores de risco para desnutrição infantil, utilizando um

levantamento bibliográfico sobre desnutrição, as influencias que as condições socioeconômicas

familiares interferem nas condições nutricionais e quais as ações que as ESF’s podem

desenvolver para redução de tais situações, e possibilitar uma ampliação do conhecimento frente

à desnutrição infantil de 0 a 1 ano de vida associado às questões socioeconômicas e como

desenvolver ações que possibilitem promover melhoria do quadro através de estratégias

vinculadas entre as instituições de saúde publica e a participação popular efetiva.

2. Referencial

2.1. Desenvolvimento e Crescimento Infantil

Hoje se considera crescimento um processo dinâmico e contínuo que ocorre desde a

concepção até o final da vida, expresso pelo aumento do tamanho corporal, constitui um dos

melhores indicadores de saúde da criança, refletindo as suas condições de vida no passado e no

presente (RAMONI e LIRA, 2004).

Todo ser humano nasce com um potencial genético de crescimento que poderá ou não

ser alcançado, dependendo das condições de vida a que esteja exposto desde a

concepção até a idade adulta. Portanto, o processo de crescimento está influenciado por

fatores intrínsecos (genéticos) e extrínsecos (ambientais), dentre os quais destacam-se a

alimentação, a saúde, a higiene, a habitação e os cuidados gerais com a criança, que

atuam acelerando ou retardando esse processo (RAMONI e LIRA, 2004).

O estado nutricional influência diretamente nos riscos de morbimortalidade e no

desenvolvimento e crescimento infantil, sendo necessário uma avaliação nutricional da

população mediante procedimentos diagnósticos que possibilitem avaliar e identificar os grupos

de risco, as intervenções adequadas, o comportamento e os determinantes dos agravos

nutricionais (CASTRO et al., 2005).

A desnutrição grave acomete todos os órgãos da criança, tornando-se crônica e levando

a óbito, caso não seja tratada adequadamente. Pode começar precocemente na vida

intra-uterina e freqüentemente cedo na infância, em decorrência da interrupção precoce

do aleitamento materno exclusivo e da alimentação complementar inadequada nos

primeiros 2 anos de vida, associada, muitas vezes, à privação alimentar ao longo da vida

e à ocorrência de repetidos episódios de doenças infecciosas (diarréias e respiratórias)

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).

Com relação ao crescimento linear, pode-se dizer que a altura final do indivíduo resulta

da interação entre sua carga genética e os fatores do meio ambiente, os quais permitirão a maior

ou menor expressão de seu potencial genético. As idéias das interações genético-ambientais se

contrapõem às idéias mecanicistas pelas quais seriam apenas os genes que determinam as

características dos indivíduos. Assim, o crescimento das crianças depende da ação de diversos

3

elementos socioeconômicos e culturais e do efeito significante da hereditariedade. Está claro que

se um indivíduo ou uma população vive em ambiente satisfatório, os genes terão a oportunidade

de expressar seu máximo potencial. Isso explica a importância cada vez mais evidenciada das

investigações entre crescimento e condições externas (ambientais, sociais, econômicas e

culturais) (RAMONI e LIRA, 2004).

O impacto do fator genético sobre o crescimento é limitado quando comparado aos

fatores extrínsecos; a precocidade e a persistência de situações adversas podem impedir

que a criança alcance o seu potencial genético e, ainda não está clara a importância do

hereditário e do ambiental sobre o crescimento das crianças, pois é extremamente difícil

especificar quantitativamente o valor relativo de um e de outro. É dito que, em igual

ambiente, o desenvolvimento físico individual depende de fatores basicamente

hereditários. Por outro lado, se tem demonstrado que crianças de distintas raças

mostram curvas de crescimento semelhantes se as condições ambientais, a alimentação

e a proteção contra as infecções são as mesmas (RAMONI e LIRA apod

WESTEWOOD, 2004).

O peso ideal das crianças, nascidas no termo de gestação normal (entre as 37 e as 41

semanas), está entre os 3 e 3,5 quilogramas. Se tiver entre os 2,5 e os 4 quilogramas, ainda está

dentro dos parâmetros da normalidade. O fato da criança nascer com peso inferior a 2500

gramas, e um expressivo fator de risco para desnutrição e retardo no crescimento. De forma

geral, contribui para o déficit de crescimento e desenvolvimento pós-natal, dificultando a

amamentação, ficando assim mais susceptíveis a certos tipos de doenças (RAMONI e LIRA,

2004).

Os recém nascidos de baixo peso estão em grande risco de sofrerem múltiplos problemas,

como doenças infecciosas, infecções respiratórias e atraso de crescimento e desenvolvimento (

EICKMANN et al., 2002).

A desnutrição materna pode fazer com que o bebê gerado tenha um baixo peso ao nascer

e deficiências nutricionais, além de quadro de anemia, retardo do crescimento intra-uterino e do

desenvolvimento mental. (OLIVEIRA et al., 2009).

O comprimento e o peso ao nascer também é citado como um preditor importante de

retardo de crescimento e nutricional. No Chile, crianças com déficit estatural, e nutricional ao

nascer e ao longo dos seis primeiros meses de vida, ao serem avaliadas na idade escolar,

mantiveram os menores índices de crescimento estatural associado ao menor rendimento escolar,

com maior risco de apresentarem transtornos de aprendizagem e repetência, e,

consequentemente, menor possibilidade de ingresso no mercado de trabalho (GUIMARÃES et

al., 1999, DINIZ, 2010).

Os fatores genéticos e externos que envolvem as condições socioeconômicas e

ambientais, a alimentação, a morbidade, além da evolução do crescimento intra-uterino,

traduzido pelo peso ao nascer influenciaram diretamente no crescimento pós-natal. (RISSIN,

2003, ROMANI e LIRA, 2014 e DINIZ 2010).

Calcula-se que 38,1% das crianças menores de cinco anos de idade encontra-se déficit

grave no indicador antropométrico altura/idade, e o déficit no indicador peso/idade atinge 31%

delas (OLIVEIRA, 2006).

A desnutrição pode ser definida como uma condição clínica decorrente

de uma deficiência ou excesso, relativo ou absoluto, de um ou mais

nutrientes essenciais. Alguns resultados obtidos pela PNSN (Pesquisa

Nacional sobre Saúde e Nutrição), indicam que 31% das crianças

4

brasileiras menores de 5 anos são desnutridas. Nos seis primeiros meses

de vida, a ocorrência da desnutrição já é alta (21,8%). Em muitos casos,

isso ocorre porque as mães acabam não amamentando os filhos até o

sexto mês, ou então porque elas geralmente complementam com

alimentos inadequados o aleitamento materno nesse período (NOVAES,

2007)

O crescimento é um processo dinâmico e contínuo que ocorre desde a concepção até o

final da vida, sendo expresso pelo aumento do tamanho corporal e constitui-se em um dos

melhores indicadores de saúde da criança (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).

Entende-se que a internação da criança recém-nascida deve-se ao nascimento prematuro

ou ao fato da mesma apresentar doenças do período perinatal. A internação da criança no

primeiro mês de vida mostra como um fator de risco para a desnutrição aguda. Resultado este

esperado, pois, uma vez que estas crianças apresentam, segundo a literatura especializada,

quadros de desnutrição aguda que podem durar durante anos em famílias de baixa renda

(TEIXEIRA e HELLER, 2004).

Nutrição e crescimento estão intimamente associados, já que as crianças não conseguem

chegar à seus potenciais genéticos de crescimento, se não terem atendidas suas necessidades

nutricionais básicas, acarretando déficits estruturais para sua idade. (ENGSTROM e ANJOS,

1999).

O tamanho da família, a existência de números de filhos elevados em famílias de baixa

renda foram destacados por instituições internacionais como a United Nations for Developing

People (UNDP) e a Organização das Nações Unidas para agricultura e a Alimentação (FAO)

como condições diretamente associadas ao risco nutricional, principalmente nos países

subdesenvolvidos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000).

A influência do saneamento do meio sob a forma de ausência de abastecimento d'água e

de esgotamento público, aumenta em 2,5 vezes o risco do crescimento infantil. O saneamento

básico, outro fator das condições socioeconômicas das famílias, assim pode também aumentar os

riscos de doenças infecto-parasitárias e por extensão, influenciar significativamente sobre os

indicadores nutricionais, em função da sua precariedade (DINIZ, 2010, ROMANI e LIRA 2004).

A UNICEF 2007 recomenda sobre os cuidados prematuro para a sobrevivência,

crescimento e desenvolvimento infantil. A assistência pré-natal às mães, os cuidados durante o

parto, o acesso a educação e saúde, além de ações preventivas contra as doenças infecciosas da

infância através das imunizações e uma adequada estimulação psicossocial

2.2. Desnutrição

Quando a ingesta de nutrientes é insuficiente, leva a criança a um quadro de desnutrição.

Isto leva ao recém nascido pese menos que o normal para sua faxetária, e isso poderá levar a um

retardo no crescimento, podendo está ligado a causa prevenísseis como diarréia, pneumonia,

sarampo e malaria, ou como causa subjacente à desnutrição e outros fatores. A desnutrição tem

representado, através dos séculos, o maior desafio dos países em desenvolvimento para

conseguir garantir às suas crianças menores de 01 ano o direito de serem bem nutridas e

saudáveis (MONTE, 2000).

5

Apesar do aumento do numero de recém nascido com algum grau de desnutrição, espera-

se que a proporção de crianças com desnutrição mundial (déficit de massa corporal para idade)

tem caído nos últimos 15 anos nos paises do Continente Americano, observando diferenças

acentuadas entre paises e entre grupos sociais dentro dos mesmos (YUNES e DIAZ, 1997).

A alimentação inadequada nos primeiros anos de vida pode contribuir para que a criança

desenvolva deficiências de calorias, de proteínas e de micronutrientes (vitaminas e minerais)

(DPC – Desnutrição protéico-calórica), refletindo se no déficit de peso. Por esse motivo, o peso é

um dos indicadores mais sensíveis para diagnosticar desnutrição, sendo que observações de

déficits ponderais podem indicar desnutrição recente, enquanto déficits na altura podem estar

relacionados a uma desnutrição pregressa (FERREIRA e OTT, 1998 e MAZZUTTI e FERRETO

2006).

A desnutrição continua a ser uma das causas de morbidade e mortalidade mais comuns

entre crianças de todo o mundo. No Brasil, embora a prevalência da desnutrição na

infância tenha caído nas últimas décadas, o percentual de óbitos por desnutrição grave

em nível hospitalar, se mantém em torno de 20%, muito acima dos valores

recomendados pela OMS que seja inferiores a 5% (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).

Estima-se que, no mundo inteiro, cerca de 100 milhões de crianças sofram de desnutrição

moderada ou grave. Esta moléstia tem suas causas centradas na baixa ingestão de nutrientes,

causando diferentes prejuízos para o funcionamento do organismo (RICCO, et al., 2000).

Quando falamos da importância de uma alimentação adequada em qualidade e

quantidade, há que se destacar o papel do leite materno, por seus diferentes aspectos de proteção

contra doenças, já a partir do nascimento (OLIVEIRA e MARCHINI, 1998).

Tratando ainda da desnutrição, esta pode estar associada a fatores patológicos que afetam

a digestão, a absorção, o transporte e a utilização dos nutrientes, sendo a ingestão alimentar

insuficiente e as doenças as causas imediatas mais importantes na desnutrição. Vale ressaltar que

a desnutrição “incide nos indivíduos biologicamente mais vulneráveis, as crianças” e está

fortemente associada ao aumento de taxas de morbimortalidade (MAZZUTTI e FERRETO,

2006).

Através da Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (PNDS) de 1996, evidencio que

a cada dez crianças, uma apresenta desnutrição crônica, ou seja, déficit de altura para a idade. No

Brasil, não é diferente da realidade mundial, pois cerca de 31% das crianças menores de cinco

anos se encontram abaixo do peso, sendo que nas regiões pobres como Norte e Nordeste do país,

esta prevalência chega a 60%. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o

Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), prever que no mundo, 190 milhões de

crianças são desnutridas crônicas, e que 50% dos óbitos em crianças em paises subdesenvolvidos

possuem a desnutrição como causa básica ou associada aos óbitos (MACHADOe VIEIRA,

2004).

A vulnerabilidade do lactente que se agregar a um curto período de aleitamento materno e

precoce introdução de alimentos complementares contribui de forma generosa para o agravo da

situação nutricional, já que, leva a um quadro anoréxico, a uma absorção intestinal prejudicada e

aumento do catabolismo. Como fator para o desenvolvimento de desnutrição têm-se: a pobreza, a

vulnerabilidade de lactentes aos processos de infecção, a desagregação familiar e vínculo mãe-

filho, estado nutricional da mãe durante a gestação, baixo peso ao nascer e a escolaridade

materna. A pobreza pode levar ao desenvolvimento da desnutrição ou outras doenças

(OLIVEIRA et al., 2009).

6

Infelizmente as crianças menores de um ano são mais vulneráveis às situações de

insegurança alimentar, por elas ainda está em um processo de formação, portanto justifica se a

necessidade de monitoramento da saúde da criança, já que a alimentação infantil inadequada está

associados à desnutrição e a seus problemas correlatos, como diarréia, desnutrição

energéticoprotéica, hipovitaminose A, anemia por deficiência de ferro e bócio decorrente da

deficiência de iodo na dieta. A carência de nutrientes como ferro, proteínas, vitaminas,

carboidratos, cálcio, entre outros, podem provocar uma série de doenças e seqüelas. A

desnutrição pode ter uma série de conseqüências no desenvolvimento biológico da criança, em

especial se é acometida precocemente (MAZZUTTI e FERRETO, 2006).

2.3. Desnutrição enérgico protéico

A OMS define a desnutrição energético-protéica (DEP) antes chamada de desnutrição

protéico-calórica, como uma síndrome composta por “uma variedade de condições patológicas

provenientes da ingestão de calorias e proteínas em diferentes proporções, mais freqüente em

lactentes e pré-escolares e geralmente associada a infecção repetidas. O baixo peso ao nascer,

inferior a 2500 Quilogramas e as condições gestacionais são fatores importantes que podem

determinar o desenvolvimento. A Desnutrição Energético-Protéica (DEP) infantil está associada

a fatores de risco que aumentam a probabilidade de sua ocorrência (PAULILO e RODOLPHO,

2003).

A DEP é uma alteração nutricional de grandes repercussões nas crianças de países

subdesenvolvidos, atingindo mais de um terço da população mundial (ENGSTROM e ANJOS,

1999).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reuniu 79 inquéritos nacionais realizados entre

1980 e 1992 nos países em subdesenvolvidos na África, Ásia e América do Sul, cobrindo 87%

da população de crianças menores de cinco anos, no sentido de avaliar a prevalência da

desnutrição energético-protéica (DEP) e sua repercussão sobre o desenvolvimento infantil, a

partir de dados de peso e altura das crianças. Concluiu que os déficits de altura são mais

freqüentes nos países subdesenvolvidos como um todo, atingindo 43% dos pré-escolares, apesar

da prevalência de déficits de peso ainda ser alta, especialmente na África e na Ásia (RAMONI e

LIRA, 2004).

A desnutrição energético-protéica (DEP) ocorre frequentemente em crianças em fase de

amamentação. A DEP é uma síndrome que abrange uma série de patologias, cada uma das quais

tem uma causa específica relacionada com um ou mais nutrientes (por exemplo, proteínas, iodo

ou cálcio) e se caracteriza pela existência de um desequilíbrio celular entre o fornecimento de

nutrientes e energia por um lado, e por outro, a demanda corporal para assegurar o

desenvolvimento, manutenção e funções específicas (FALBO, 2002).

2.4. Desnutrição hipovitaminose A e Ferro

Algumas pesquisas tem mostrado que os micronutrientes (minerais e vitaminas) exercem

uma ação importante ação sobre o crescimento das crianças e que sua falta tem implicações

severas sobre o desenvolvimento infantil, assim como na resistência às infecções. A influência

da suplementação dos micronutrientes ferro e zinco, separados ou combinada sobre o

crescimento, o desenvolvimento, a morbidade (infecção respiratória e diarréias) e a função

7

imune, tem se constituído preocupação de muitos pesquisadores que comprovaram a associação

positiva entre essas variáveis (RAMONI e LIRA, 2004).

Alguns pesquisadores relacionando o estado nutricional das crianças com prevalência da

anemia ferrotipica encontram uma associação estaticamente significante com os índice

altura/idade e peso/idade (SILVA et al., 2001).

Ramoni e Lira 2014:

Avaliando o nível de hemoglobina em 777 crianças no estado de Pernambuco, também

detectou uma associação significante com o indicador peso/idade, ou seja, crianças com

maiores médias de hemoglobina apresentavam melhor condição nutricional. Estudando

o impacto da suplementação de ferro sobre o crescimento físico, demonstraram uma

diferença estatisticamente significante no ganho de peso e na estatura, quando

comparada ao do grupo controle. Por outro lado, após suplementação de ferro

correspondendo à metade da dose recomendada pela OMS, encontraram uma redução

do crescimento linear em crianças de quatro a nove meses de idade.

As vitaminas também são fundamentais ao crescimento infantil, mas, como os minerais,

algumas têm ação mais importante sobre o desenvolvimento e o crescimento, a morbi-

mortalidade e sobre o processo de imune do organismo, como é o caso da vitamina A. Vários

estudos têm revelado o efeito da sua suplementação sobre a saúde das crianças (BARRETO et

al.,1994).

2.5. Influência da condição sócio econômica e ambiental como contribuintes da desnutrição

infantil.

Têm sido desenvolvidos no mundo alguns estudos, relacionando variáveis biológicas

como, socioeconômicas, ambientais, culturais, demográficas, entre outras, com a seu

desenvolvimento e etiologia. Nos países subdesenvolvido um dos grandes problemas de saúde é

a desnutrição. Os primeiros anos de vida de uma criança correspondem à fase mais importante

do processo do desenvolvimento na infância, estando suscetíveis aos agravos sociais,

econômicos e ambientais (OLIVEIRA, 2006).

A desnutrição gerou-se através de inúmeros fatores, na qual envolvem processos tanto

ambientais, como patológicos, sendo que estes estão quase associados à pobreza, não se tratando

somente da falta de alimentos (SARNI, et al., 2005).

O Censo 2000 indicou, a maioria dos moradores de áreas de habitação subnormal é

desempregada, subempregada ou migrante de cidades menores que vêem, a chance de melhoria

de vida em cidades de grande ou médio porte. Sendo assim, diante à falta de emprego e de

renda, o problema de ocupação de assentamentos subnormais vem se tornando-se grave nos

últimos anos, expondo milhões de brasileiros a condições de vida precárias, principalmente em

relação à alimentação, à habitação, ao saneamento e às condições de higiene (TEXEIRA e

HELLER, 2005).

Estudos vêm servindo de base para o planejamento e monitoração de programas e ações

de combate ao déficit nutricional. Analisando, assim, a complexa rede de causalidade envolvida

no processo de crescimento de crianças brasileiras, o mesmo tem sido considerado em função de

variáveis biológicas (sexo, peso e comprimento ao nascer) e socioeconômicas (renda, ocupação,

educação, habitação, tipo de moradia, saneamento, etc.), entre outras (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2002 e RAMONI e LIRA, 2004).

8

Influenciam no estado nutricional da criança basicamente o consumo alimentar e o estado

de saúde da criança. Fatores estes que dependem da disponibilidade da salubridade do ambiente,

de alimento no domicílio e do cuidado destinado à criança. Essa situação exige da família uma

responsabilidade maior que na maioria das vezes está ao seu alcance, pois isto esta relacionado

diretamente com a renda familiar e a necessidade intervenção publica de saúde, o que no Brasil

ainda é ideal (FROTA e BARROSO, 2005).

O local onde vive o nível socioeconômico, político, a formação religiosa e, ainda, a

questão cultural influencia no modo de cuidar da criança desnutrida. A desnutrição infantil deve

ser vista de forma mais ampla, observando todo o contexto familiar no qual a criança está

inserida (NOVAES, 2007).

“Quanto maior for a escolaridade da mãe maior serão os cuidados para com o bebê”

(Oliveira et al., 2009).

Refletem no estado nutricional infantil basicamente o consumo alimentar e o estado de

saúde da criança. Esses fatores dependem da disponibilidade de alimento no domicílio, da

salubridade do ambiente e do cuidado destinado à criança. Essa situação requer da família uma

sobrecarga de responsabilidade que, na 1/7 maioria das vezes, não está ao seu alcance, pois se

relaciona principalmente com a renda familiar e a necessidade de serviços públicos de saúde

comprometidos com a clientela, o que no Brasil ainda é utopia (NOVAES, 2007).

O planejamento familiar, a realização de uma adequada assistência pré-natal, ao parto e

ao puerpério, as medidas de promoção, proteção e recuperação da saúde nos primeiros

anos de vida são condições cruciais para que o crescimento infantil se processe de forma

adequada (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005, p11).

O número de cômodos da moradia manifestou-se como um fator de proteção para a

desnutrição aguda, parecido ao resultado encontrado para a desnutrição crônica. Assim, na

análise de regressão logística, notou-se que nenhuma variável relacionada ao saneamento e à

higiene foi estatisticamente associada à desnutrição aguda, em nível de 5% de significância, o

que é coerente, assim sugere um impacto de longo prazo do saneamento ambiental sobre o status

antropométrico (TEXEIRA e HELLER, 2005).

A desnutrição em crianças tem em seu modelo causal determinantes multicausais, com

condicionantes biológicos e sociais, estando ligada ao atendimento (ou não) de suas necessidades

básicas, como saúde, alimentação, saneamento, educação (ENGSTROM e ANJOS, 1999).

Os estudos relacionando nutrição de mãe e filho aplica–se na atenção no período

perinatal, sendo reconhecido que o estado nutricional materno durante a gestação e as condições

do ambiente intra-uterino é de fundamental importância no estado nutricional do recém nascido

(ENGSTROM e ANJOS, 1999).

A desnutrição materna, antes e durante a gestação, é uma importante causa para o baixo

peso ao nascer em crianças, cujo atraso do crescimento intra-uterino ainda é alteração mais

assídua do que a prematuridade, porem outros condicionantes, como fumo, hipertensão materna

e gravidez na adolescência, possam estar presentes (MONTEIRO, 1992).

Dois estudos encontraram uma correlação positiva entre o baixo peso materno e

desnutrição nas crianças nos primeiros anos de vida em países não desenvolvidos (ENGSTROM

e ANJOS L. 1999).

Um estudo com dados de demanda de um Serviço Universitário em São Paulo, Brasil, de

modo contrário, não encontrou associação direta entre o estado nutricional de mães e filhos, em

9

que a maioria das crianças de baixo peso tinham mães com sobrepeso ou obesidade

(ENGSTROM e ANJOS L. 1999).

Espera-se que haja relação mutua intrafamiliar positiva quanto ao estado nutricional de

mães e filhos, por compartilharem tantas informações genéticas como condições

sócioeconômico-ambientais (ENGSTROM e ANJOS, 1996).

A utilização dos índices estatura/idade e peso/idade, em estudos de populações

latinoamericanas de baixo nível socioeconômico, mostra predominância de déficits de estatura

para a idade, ao passo que não há evidência de déficits importantes de peso para a idade.

(VICTORA, C. G et al; 1998).

Observando estudos de base populacional de abrangência nacional, regional e local no

Brasil, assim como, a base de dados “Global Database on Child Growth and Malnutrition”, da

OMS, e outros dados da literatura, verificaram que o déficit antropométrico de altura para idade

é o mais importante em menores de cinco anos, seguido pelo déficit de peso para idade.

Num corte de 393 crianças da Zona da Mata Meridional de Pernambuco, verificou que as

variáveis socioeconômicas como as que influenciaram positivamente o ganho máximo de

comprimento e de peso, contribuindo com 24% e 31,4%, respectivamente, no conjunto das

variáveis. Entre os fatores socioeconômicos que sistematicamente são notados, está a renda per

capita que também desenvolve um importante papel no crescimento infantil, representando,

assim, um aspecto primordial a ser considerado. Por motivos bem claros, a influência que a

renda da família exerce sobre o crescimento da criança também tem sido muito considerada na

literatura internacional (ENGSTROM e ANJOS, 1999).

Muitas vezes, a influência da renda familiar sobre o estado de saúde e nutrição da criança

é relativizada por outros determinantes, como educação, tipo de moradia, saneamento, acesso aos

serviços de saúde, bens de consumo, dentre outros. Sendo assim, Monteiro, analisando o papel

da renda através da escolaridade do chefe da família e do número de bens do domicílio, nos

dados das pesquisas nacionais de 1974, 1989 e 1996, confirmou a importante influência desses

fatores sobre o crescimento e o estado de nutrição das crianças (RAMONI e LIRA, 2004).

A prevalência de crianças desnutridas em áreas não servidas por uma rede geral de água

era no mínimo, o dobro daquelas que tinham esse serviço em suas casas. Os dados da pesquisa

mostram que o abastecimento de água nos três estratos geográficos do Estado de Pernambuco

(Região Metropolitana do Recife, Interior Urbano e Interior Rural) constituiu um fator associado

ao crescimento infantil (RAMONI e LIRA, 2004).

Nos países em desenvolvimento, o retardo no crescimento, e a desnutrição inicia-se, em

geral, entre quatro e seis meses de vida, quando o aleitamento materno é substituído por

alimentos de baixo teor nutricional e, habitualmente, contaminados. Como conseqüência, ocorre

uma maior tendência para as infecções, especialmente as diarréicas. Soma-se, ainda, o fato de

que a maior parte dessas crianças são oriundas de famílias com baixas condições

socioeconômicas (RAMONI e LIRA, 2004).

2.6. Contribuições das ESF’s na Saúde da Criança

O Programa Saúde da Familia - PSF foi criado oficialmente no Brasil em 1994 pelo

Ministério da Saúde, inspirado nas experiências desenvolvidas na área da saúde pública em

países como Cuba, Inglaterra, Canadá e outros, que iniciaram os primeiros passos nessa direção,

10

no início da década de 80, como pioneiros das mudanças nos serviços primários de saúde de

reconhecida resolutividade e impacto, mundialmente. Com características próprias, adaptado à

realidade dos estados brasileiros, o Programa é um marco importante no setor saúde, utilizado

como mecanismo para atender ao disposto na Constituição Federal de 1988 e, especificamente,

na Lei Orgânica da Saúde, de 1990, que dispõe sobre a promoção, proteção e recuperação da

saúde (SANTOS et al., 2009).

Seu principal propósito: reorganizar a prática da atenção à saúde em novas bases e

substituir o modelo tradicional, levando a saúde para mais perto da família e, com isso, melhorar

a qualidade de vida dos brasileiros. A estratégia do PSF prioriza as ações de prevenção,

promoção e recuperação da saúde das pessoas, de forma integral e contínua. O atendimento é

prestado na unidade básica de saúde ou no domicílio, pelos profissionais (médicos, enfermeiros,

auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde) que compõem as equipes de Saúde

da Família. Assim, esses profissionais e a população acompanhada criam vínculos de

corresponsabilidade, o que facilita a identificação e o atendimento aos problemas de saúde da

comunidade (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2012).

A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo

assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades

básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido

de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de

promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes,

e na manutenção da saúde desta comunidade (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2005).

Uma das atividades em atenção basica prestada pelas Estrategia Saúde da Família -

ESF’S é o programa saúde da criança que foca: Acompanhamento do crescimento e

desenvolvimento, Promoção do aleitamento materno, Referência para exames laboratoriais em

Centros de Saúde ou Hospitais Regionais, Combate às carências nutricionais, Imunização,

Controle do Cartão de Vacinação, Busca de faltosos, Participação em Campanhas de Vacinação,

Assistência às doenças prevalentes na infância, Assistência às doenças diarréicas em crianças

menores de 5 anos, Assistência às IRA (Infecções Respiratórias Agudas) em menores de 5 anos,

Assistência a outras doenças prevalentes, Atividades Educativas de promoção da saúde e

prevenção das doenças, Assistência e prevenção às patologias bucais na infância (MINISTÉRIO

DA SAÚDE 2012).

A assistência da criança começa desde o pré-natal na qual tem realização de, no mínimo,

06(seis) consultas de acompanhamento pré-natal, sendo, preferencialmente, uma no primeiro

trimestre, duas no segundo trimestre e três no terceiro trimestre da gestação. Realização de

01(uma) consulta no puerpério, até 42 dia Aplicação de vacina anti-tetânica - dose imunizante -

segundo esquema recomendado, ou dose de reforço em mulheres já imunizadas; Realização dos

seguintes exames laboratoriais; ABO-RH, VDLR, urina, glicemia, HB/ HT, HIV; ações

educativas garantindo a qualidade da assistência ao pré-natal, ao parto e ao recém nascido

(MINISTÉRIO DA SAÚDE 2005).

A atenção à mulher e ao recém-nascido (RN) no pós-parto imediato e nas primeiras

semanas após o parto é fundamental para a saúde materna e neonatal. O retorno da mulher e do

recém-nascido ao serviço de saúde, depois do parto, deve ser incentivado desde o pré-natal e na

maternidade. Uma vez que boa parte das situações de morbidade e mortalidade materna e

neonatal acontecem na primeira semana após o parto, o retorno da mulher e do recém-nascido ao

serviço de saúde deve acontecer logo nesse período. Os profissionais e os serviços devem estar

atentos e preparados para aproveitar a oportunidade de contato com a mulher e o recém-nascido

11

na primeira semana após o parto, para instituir todo o cuidado previsto para a “Primeira Semana

de Saúde Integral”. Iniciando a triagem neonatal , assim realizando orientações quanto ao

aleitamento e cuidados em geral com o bebê, realizar o teste do pezinho, aplicação das vacinas

BCG e Hepatite B, e agendar próxima consulta de puericultura (MINISTÉRIO DA SAÚDE,

2005).

Existe ainda o programa de suplementação de vitamina A e ferro. Os programas

consistem na suplementação de Vitamina A e ferro para gestantes, mães e recém-nascidos,

visando evitar doenças como infecções e anemias. Uma alimentação deficitária, na maioria das

vezes, é responsável pelas carências em decorrência das mulheres não se alimentarem

corretamente durante os nove meses de gestação, continuando com esse comportamento após o

parto, o que acarreta em problemas para os bebês, que durante os seis primeiros meses de vida

devem se alimentar, exclusivamente, de leite materno. Quanto à suplementação de vitamina A, o

público alvo são as crianças de 6 a 59 meses, além das mulheres que acabaram de dar à luz. O

suplemento, que é ministrado em forma de cápsulas de 100,000 UI para bebês de 6 a 11 meses

de vida e de 200, 000 UI para os de 12 a 59 meses, é fornecido nas unidades de saúde da atenção

básica e nas maternidades. Já a suplementação de ferro, é aplicada nas formas de Sulfato Ferroso

e Ácido Fólico a crianças e gestantes a partir da 20ª semana de gravidez. Isso porque, a

deficiência de ferro no organismo pode causar anemias severas, comprometendo, inclusive, o

crescimento da criança (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2013).

3. Procedimentos Metodológicos

Sendo a carência sócio-econômica da população e a desnutrição índice de mortalidade

que acometem crianças no mundo todo, levou a escolha do tema, que aborda a desnutrição

infantil em crianças 0 a 1 ano, tendo como base a influencia que as condições socioeconômicas,

culturais, biológicas e o ambiente são fatores determinantes para desnutrição infantil de crianças

nessa faixa etária.

O instrumento utilizado para pesquisa foi um comparativo entre as diversas bibliografias

associadas às questões documentadas sobre Desnutrição Infantil, mediante as fontes

bibliográficas de artigos científicos disponíveis nos bancos de dados SCIELO, Google

Acadêmico, LILAC, MEDLINE, BDENF e manuais do Ministério da Saúde, produzidos no

Brasil e no exterior. Foram selecionados artigos disponíveis na íntegra no qual foram

selecionados, lidos e analisados criticamente.

4. Resultados e discussões

Para Ramoni e Lira,. (2004), o processo de crescimento e desenvolvimento sofre

influencias de fatores intrínsecos e extrínsecos tais como alimentação, saúde, higiene, habitação

e genético, o crescimento das crianças depende de ação de diversos elementos socioeconômicos

e culturais e hereditário reafirmado por Castro et al., (2005), onde ele diz que o estado

nutricional influencia diretamente no desenvolvimento e crescimento infantil. Recine et al.,

complementa falando que 31% das crianças brasileiras são desnutridas devido a as mães acabam

não amamentando os filhos até o sexto mês, ou então porque elas geralmente complementam

com alimentos inadequados o aleitamento materno nesse período.

Ramoni e Lira (2004) ainda acrescenta que o fato da criança nascer com peso menor que

2500 quilogramas, e um expressivo fator de risco para desnutrição e retardo no crescimento e,

12

alem do retardo no crescimento as crianças com peso menor que 2500 ainda sofre com doenças

infecciosas. Oliveira et al., (2009) ainda sita o perigo da desnutrição materna pode levar ao

recém nascido a um baixo peso ao nascer e deficiências nutricionais, além de quadro de anemia,

retardo do crescimento intra-uterino e do desenvolvimento mental. Guimarães et al., (1999)

também diz que o peso ao nascer também é citado como um preditor importante de retardo de

crescimento e nutricional. Monte (2000), fala que a desnutrição infantil mesmo podendo está

ligado a causa prevenísseis como as patologias: diarréia, pneumonia, sarampo e malaria, mas na

grande maioria esta ligada não a patologia e sim sobre a ingesta insuficiente de alimentos.

Rissin (2003), diz que os fatores genéticos e externos que envolvem as condições

socioeconômicas e ambientais, a alimentação, a morbidade, além da evolução do crescimento

intrauterino, traduzido pelo peso ao nascer influenciaram diretamente no crescimento pós-natal.

Vários pesquisadores, sita a ingesta inadequada de nutrientes como o fator principal da

desnutrição infantil e como conseqüência o retardo no crescimento e desenvolvimento infantil,

Oliveira et al., (2009) ainda complementa falando da vulnerabilidade do lactente como

fator para o desenvolvimento de desnutrição e que fatores sociais, econômicos e ambientais estão

ligados a desnutrição em todo o mundo. Sarni et al., 2005 reafirma dizendo que a desnutrição

está fatores ambientais e patológico e não somente falta de nutrientes.

Engstrom e Anjos (1999) sita em seu trabalho que houve duas pesquisa onde evidencio

positivamente o baixo peso materno e a desnutrição nas crianças nos primeiros anos de vida e

contra diz o que Nóbrega et al., (1991) fala, onde ele sita um estudo que de modo contrário não

encontrou associação direta entre o estado nutricional da mãe e filhos e que a maioria dos

desnutridos tinham mães com sobrepeso ou obesidade

Para Frota et al., (2005), o estado nutricional da criança dependem da disponibilidade da

salubridade do ambiente, de alimento no domicílio e do cuidado destinado à criança, pois isto

esta relacionado diretamente com a renda familiar, Frota et al., (2005) ainda afirma que ‘O local

onde vive, o nível socioeconômico, político, a formação religiosa e cultural influencia no modo

de cuidar da criança desnutrida’.

Conforme citado pelo MINISTÉRIO DA SAÚDE o planejamento familiar bem como

uma adequada assistência pré-natal, e o puerpério, é uma condição crucial para o crescimento e

desenvolvimento infantil. Ai entra as ESF’s e os seus programas.

De uma visão geral todos os estudos demonstraram que os fatores socioeconômicos,

ambientais, genéticos, influenciam no estado nutricional das crianças. E que o estado nutricional

da criança terá um papel fundamental no desenvolvimento e crescimento infantil.

5. Considerações Finais

A revisão apresentada ressalta a influencia das condições Socioe-conômico e ambiental

sobre o processo de crescimento da desnutrição infantil, destacando com grande importância

como chave explicativa deste processo de desnutrição, identificando também as principais causas

da desnutrição. Podemos verificar que os fatores de risco para a desnutrição e os de mais

relevância foram os inerentes ao meio familiar, como renda, escolaridade, para minimizar ao

máximo o índice de desnutrição infantil é necessária uma ampla intervenção que ultrapasse a

assistência nutricional, e chegando aos pais. Visando uma necessidade de realizar intervenções

que vise a educação nutricional das crianças, bem como de sua família. O ESF,s por sua vez

13

poderá fazer um trabalho preventivo com os programas de suplemento alimentar para

contribuição da manutenção de um estado nutricional satisfatório e minimizando possíveis

retrocessos de desenvolvimento nutricional.

Apesar de várias pesquisas existentes sobre desnutrição, sempre iremos encontrar

diferenças de uma região para outra, no que dizer a respeito sobre cultura, condições sócio

econômico e ambiental, de forma que para uma atuação mais eficaz os ESF”s terão papel

fundamental neste trabalho por está em contato direto com a população.

6. Referencias

ANJOS, L. A; 1993. Valores Antropométricos da PopulaçãoAdulta Brasileira: Resultados da

PesquisaNacional sobre Saúde e Nutrição. Tese apresentada ao Departamento de Nutrição Social da Universidade

Federal Fluminense para concorrer à vaga de professor titular em Nutrição e Saúde Pública. Niterói: Universidade

Federal Fluminense.

APOLINARIO, L. A et al.; Desnutrição infantil: fatores culturais e socioeconômicos. Revista Médica de Minas

Gerais 2011; 21(3 Supl1): S1-S144

BATISTA FILHO M, ROMANI S. A. M; Organizadores. Alimentação, nutrição e saúde no Estado de

Pernambuco. Recife: Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP); 2002 (Série Publicações Científicas do

Instituto Materno Infantil de Pernambuco, IMIP, 7).

BATISTA FILHO M. BRASIL; A Situação Nutricional. Rev IMIP, 4: 1-2, 1990.

BARRETO, M. L, Santos L. M. P e Assis A. M. O, Araújo M. P. N, Farenzena G. G, Santos P. A. B, Fiaccone R. L.

Effect of vitamin A supplementation on diarrhoea and acute lower - respiratory - tract infections in young

children in Brazil. Lancet 1994; 344: 228-31

CASTRO, T. G.; ECT al; Caracterização do consumo alimentar, ambiente socioeconômico e estado nutricional

de pré-escolares de creches municipais. Rev. Nutrição. v. 8. n.3. maio/jun, 2005.

DINIZ, R. L. P. Crescimento e desenvolvimento da Crinaça Indígena: Um estudo da Etnia Pitaguary – Ceará.

Tese apresentada ao Programa de Pós-Fraduação em Saúde Pública, da Faculdade de Saúde Pública, Universidade

de São Paulo – Doutorado Inter-instituicional (DINTER-CE) para obtenção do título de Doutor em Saúde Pública.

São Paulo 2010

ELYNE M. ENGSTROM E LUIZ A.; Déficit estatural nas Crianças Brasileiras: relação com condições sócio-

ambientais e estado nutricional materno Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 15(3):559-567, jul-set, 1999

EICKMANN S. H, LIRA P. I. C; Lima M. C; Desenvolvimento Mental e Motor aos 24 meses de Crianças

Nascidas a termo com baixo peso. Arq Neuropsiquiatr 2002; 60: 748-54.

ENGSTROM E. M, ANJOS L. A; Déficit Estatural Nas Crianças Brasileiras: Relação Com Condições Sócio-

Ambientais E Estado Nutricional Materno. Cad Saúde Pública 1999; 15: 559-67.

ENGSTROM, E. M. & ANJOS, L. A., 1996; Relação entre o estado nutricional materno e sobrepeso nas

crianças brasileiras. Revista de Saúde Pública,30:233-239.

FALBO A. R, ALVES J. G. B; Desnutrição grave: alguns aspectos clínicos e epidemiológicos de crianças

hospitalizadas no Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP), Brasil. Cad Saúde Pública. 2002; 18: 1473-

7.

FERNANDES, BENEDITO SCARANCI; Nova abordagem para o grave problema da desnutrição infantil.

Estudos Avançados. São Paulo, v. 17, n. 48,

FERREIRA, H. da S. e OTT, A. M. T; Avaliação do estado nutricional das crianças menores de cinco anos do

estado de Rondônia – Brasil. Revista de Saúde Publica. São Paulo, 22 (3), 1998.

FRAGA, J. A. A et al., A relação entre a desnutrição e o desenvolvimento infatil. Rev. Assoc. Bras. Nutr.: Vol.4,

N.5, jan-jun 2012

14

FROTA, M. A.; BARROSO, M. G. T; Repercussão da desnutrição infantil na família. Rev. Latino-Am.

Enfermagem. v. 13. n.6. nov/dez, 2005.

GUIMARÃES L. V, LATORRE M. R. D. O, BARROS M. B. A; Fatores de risco para a ocorrência de déficit

estatural em pré-escolares. Cad Saúde Pública 1999; 15: 605-17.

MACHADO, M. F. A. S.; VIEIRA, N. F. C; Participação na perspectiva de mães de crianças desnutridas.

Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 12, p. 76-82, jan./fev. 2004.

MAZZUTTI, E e FERRETO, L. E. A Desnutrição E O Consumo Alimentar Das Crianças Do Bairro São

Francisco Do Município De Salto Do Lontra-Pr. varia scientia | volume 06 | número 11 | agosto de 2006 |

MINISTÉRIO DA SAÚDE; Secretaria de Políticas de Saúde. Saúde da criança; Acompanhamento do crescimento

e desenvolvimento infantil. Brasília, DF; 2002. (Série Cadernos de Atenção Básica, 11. Série A: Normas e

manuais técnicos).

MINISTÉRIO DA SAÚDE; Manual de Atendimento da criança com desnutrição grave em nível hospitalar,

Brasília, DF, 2005)”.

MINISTÉRIO DA SAÚDE; Secretaria de Políticas de Saúde. Saúde da criança. Acompanhamento do crescimento

e desenvolvimento infantil. Brasília (DF): O Ministério; 2002.

MINISTÉRIO DA SAÚDE; Manejo de projetos comunitários de alimentação e nutrição: guia didático. Recife:

A Organização; 2000.

MINISTÉRIO DA SAÚDE; Pré-natal e Puerperio/manual técnico 2005.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Atenção Básica. Brasilia 2012

MINISTÉRIO DA SAÚDE : PRÉ-NATAL E PUERPÉRIO ATENÇÃO QUALIFICADA E HUMANIZADA

MANUAL TÉCNICO. Brasilia 2005

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa Nacional de Suplementação de Ferro, Manual de condutas Gerais.

Brasilia-DF 2013

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento cadernos de atenção básica, n°

33. Brasilia-DF 2012

MONTE, C. M.G; Desnutrição: um desafio secular à nutrição infantil Jornal de Pediatria - Vol. 76, Supl.3, 2000

MONTEIRO, C. A.; BENÍCIO, M. H. D. & GOUVEIA, N. C.; 1992. Saúde e nutrição das crianças brasileiras

no final da década de 80. In: Perfil Estatísticode Crianças e Mães no Brasil – Aspectos de Saúde e Nutrição de

Crianças no Brasil, 1989(Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, org.), pp. 19-42

MONTEIRO, C. A; A Evolução do País e de suas Doenças pp. 93-114, São Paulo 1992: Editora Hucitec/Núcleo

de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde, Universidade de São Paulo.

MONTEIRO, C. A.; BENÍCIO, M. H. D.; NUNES, R.; GOUVEIA, N. C.; TADDEI, J. A. C. & CARDOSO, M. A.

A.; 1992. O estado nutricional das crianças brasileiras: a trajetória de 1975 a 1989. In: Perfil Estatístico de

Crianças e Mães no Brasil – Aspectos de Saúde e Nutrição de Crianças no Brasil, 1989 (Fundação Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística, org.), pp. 43-59,

MONTEIRO, C. A.; BENÍCIO, M. H. D.; IUNES, R. F.; GOUVEIA, N. C. & CARDOSO, M. A.; 1995a.

Evoluções da desnutrição infantil. In: Velhos e Novos Males da Saúde no

MONTEIRO C. A; O panorama da nutrição infantil nos anos 90. Brasília (DF): UNICEF; 1997. (Cadernos de

Políticas Sociais. Série Documentos para Discussão, 1).

NÓBREGA, F. J.; VITOLO, M. R.; BRASIL, A. L. D. & LOPEZ, F. A., 1991. Condição nutricional de mães e

filhos: Relação com o peso ao nascimento, variáveis maternas e sócio-econômicas. Jornal de Pediatria, 67:288-296.

NOVAES, A. P. T. Desnutrição - Uma Visão Mais Ampla. 5º Amostra Academica UNIMEP 23 a 25 de outrubro

de 2007

OLIVEIRA, A. A, MACEDO, V. S E SERRANO, H. M. S; Fatores para Desnutrição Infantil, Nutri Gerais –

Revista Digital de Nutrição, Ipatinga, v 3, n. 4, p 384-395, fev./jul. 2009.

OLIVEIRA, J. E. D. de; MARCHINI, S; Ciências nutricionais. São Paulo: Sarvier, 1998.

15

OLIVEIRA, V. A, Assis, A. M. O, Pinheiros, S. M. C e Barreto, M. L; Determinantes dos déficits ponderal e de

crescimento linear de crianças menores de 4/7 dois anos. Rev. Saúde Pública. v. 40. n.5. out, 2006.

Paulilo, M. A. S e Rodolpho, I. P.; A desnutrição infantil e seu significado social.. Serviço Social em Revista,

Londrina-PR, v. 5, n. 2, 2003.

RAMONI S. A. e M E LIRA P. I. C; Fatores determinantes do Crescimento infatil, Ver. Saúde Matern. Infant.,

Recife, 4(1): 15-23, jan/marc. 2004.

RECINE, E. e RADAELLI, P; Obesidade e Desnutrição. Brasília NUT/FS/UnB – ATAN/DAB/SPS/MS.

RICCO, R. G.; DEL CIAMPO, L. A.; ALMEIDA, C. A. N; Puericultura: princípios e práticas: atenção integral

à saúde da criança. São Paulo: Atheneu, 2000.

RISSIN A; Desnutrição em crianças menores de cinco anos no Estado de Pernambuco: uma análise de

relações causais hierarquizadas [tese doutorado]. Recife: Departamento de Nutrição. Centro de Ciências da Saúde

da Universidade Federal de Pernambuco; 2003

SARNI, R. O. S.; SOUZA, F. I. S.; CATHERINO, P.; KOCHI, C.; OLIVEIRA, F. L. C.; NOBREGA, F.J.

Tratamento de crianças com desnutrição grave. Arquivos Latino-Americanos de Nutrição, São Paulo, v. 55, n. 4,

2005.

SANTOS, I. S, SANTOS, S. A e OLIVEIRA, R. C; Os avanços do Programa de Saúde da Família(PSF)do

Brasil retirado de http://www.webartigos.com/artigos/os-avancos-do-programa-de-saude-da-familia-psf-no-

brasil/21277/ as 13:00h do dia 07/11/2009

SILVA L. S. M, GIUGLIANI E. R. J, AERTS D. R .G. C; Prevalência e determinação de anemia em crianças de

Porto Alegre, RS, Brasil. Rev Saúde Pública 2001; 35: 66-73

SOUSA F. J. P. S; Pobreza, desnutrição e mortalidade infantil: condicionantes socioeconômicos. Fortaleza:

UNICEF; l992.

TEXEIRA, J. C e Heller, L. Fatores ambientais associados à diarréia infantil em áreas de assentamento subnormal

em Juiz de Fora, Minas Gerais. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, 5 (4): 449-455, out. / dez., 2005.

UNICEF; A Sociedade Brasileira e os Objetivos do Milênio para a Infância e a Adolescência II Relatório; São

Paulo, 2007.

VICTORA, C. G, GIGANTE, D. P, BARROS, A. J. D, MONTEIRO, C. A, D e ONIS M; Estimativa da

prevalência de déficit de altura/idade a partir da prevalência de déficit de peso/idade em crianças brasileiras.

Rev. Saúde Pública 1998; 32: 321-7.

YUNES, J. e DIAZ, A.; 1997. A situação da saúde materno- infantil e suas tendências na América Latina e

Caribe. In: Ações de Saúde Materno-infantil a Nível Local Segundo as Metas da Cúpula Mundial em Favor

da Infância (Y. Benguigui, S. Land, J. M.Paganini & J. Yunes, org.), pp. 3-16, Washington: Organização

Panamericana da Saúde.