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  • EMPRESA MUNICIPAL DE URBANIZAO

    Cap.II-1

    5.3) MEIO SOCIOECONMICO

    5.3.1) Caracterizao da Dinmica Demogrfica

    5.3.1.1) rea de Influncia Indireta - AII

    A dinmica demogrfica de uma regio pode ser traa da utilizando-se os ndices referentes populao absoluta ou por meio de diferentes variv eis populacionais. Neste sentido, o Quadro 5.3.1.1-1 apresenta de forma sinttica as principai s variveis utilizadas para o diagnstico do perfil demogrfico da AII, a qual corresponde ao mu nicpio de So Paulo - SP.

    Os dados foram extrados do Sistema de Informaes dos Municpios Paulistas IMP, que compe a Fundao Sistema Estadual de Anlise de Da dos SEADE. As informaes a respeito da Populao Urbana e Rural, bem como Taxa de Urbanizao, referem-se ao ano de 2000, j que esses dados provenientes do Censo Demogrfico (IBGE) no foram divulgados para os anos subsequentes. Os demais dados correspondem realidade do presente ano, 2009.

    A AII composta pelo municpio de So Paulo, o qua l est inserido na Regio Metropolitana de So Paulo RMSP, formada por 39 municpios, onde se encontra 50% da populao do Estado de So Paulo. Segundo a EMPLASA Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande So Paulo, de cada 10 brasileiros 1 (um) mora na RMSP. Portanto, pode-se dizer que a AII encontra-se na regio metropolitana mais populosa e povoada do pas.

    De acordo com o Relatrio Perspectivas Mundiais de Urbanizao - Rev iso de 2007 , de autoria da Organizao das Naes Unidas ONU, a RMSP co nsiderada atualmente a 4 regio metropolitana mais populosa do mundo, com cerca de 20 milhes de habitantes, ficando atrs apenas das regies metropolitanas de Tquio (35,7 m ilhes de habitantes), Nova York, Cidade do Mxico e Mumbai. O mesmo relatrio conclui que a populao da RMSP continuar a crescer nos prximos anos e chegar ao prximo ano, 2010, c omo a terceira maior do mundo.

    Quadro 5.3.1.1-1Principais Indicadores Demogrficos da AII, RMSP e Estado de So Paulo

    Populao Residente Localidade Territriokm 2 Total Urbano* Rural*

    Densidade demogrfica

    hab/km !

    Taxa de Urbanizao*

    (%)

    T.G.C.A.2000 2009 (em % a.a.)

    AII So Paulo 1.522,99 10.998.813 9.805.787 620.597 7.221,86 94,05 0,6

    RMSP 7.943,82 19.917.608 17.094.161 758.476 2.507,31 95,75 1,2

    Est de So Paulo 248.209,43 41.633.802 34.538.004 2.436.374 167,74 93,41 1,3 * Dados referentes ao ano de 2000 RMSP Regio Metropolitana de So Paulo Fonte: SEADE (2009). Dados referentes ao ano de 200 9

    O municpio de So Paulo classificado como o 5 mais populoso do mundo, com um total de 10.998.813 habitantes em 2009. A TGCA Taxa Geomtrica de Crescimento Anual (0,6% a.a) a metade da RMSP e menos da metade do Estado de So Paulo. Contudo, esses valores no indicam estagnao da populao, tampouco decrscim o da populao, mas pode ser considerado um indicador de desconcentrao demogr fica. Vale ressaltar que, os movimentos pendulares em direo ao municpio de So Paulo est o na ordem de mais de 500 mil pessoas.

    A TGCA do Municpio, da Regio Metropolitana e do E stado de So Paulo no perodo entre 1980 a 1991 foi, respectivamente, de 1,15%, 1,86% e 2,12%, e no perodo seguinte de 1991 a

  • EMPRESA MUNICIPAL DE URBANIZAO

    Cap.II-2

    2000 foi de 0,91%, 1,68% e 1,82%. Estes dados demonstram o ritmo decrescente desta taxa nas ltimas dcadas, tanto no Municpio como na Reg io Metropolitana e no Estado de So Paulo. Observando o Grfico 5.3.1.1-1, verifica-se que o ndice de queda da TGCA foi mais abrupto entre 2000 e 2009. No municpio de So Paul o, este decaimento foi constante, com valores menores que da RMSP e do Estado de So Paul o.

    Fonte: SEADE (2009)

    Grfico 5.3.1.1-1 - Comportamento da TGCA (em %) no Municpio, Regi o Metropolitana e Estado de So Paulo

    A Figura 5.3.1.1-1, a seguir ilustra a diferena en tre a TGCA dos municpios da RMSP.

    Fonte: EMPLASA (2009) Figura 5.3.1.1-1 - TGCA dos municpios da RMSP entre 1991 e 2000

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    0,5

    1

    1,5

    2

    2,5

    1991 2000 2009

    So Paulo RMSP Estado SP

    TGA em %

  • EMPRESA MUNICIPAL DE URBANIZAO

    Cap.II-3

    O Projeto de Interiorizao do Desenvolvimento inic iado na dcada de 70, pelo governo do Estado de So Paulo, visando desconcentrao do p arque industrial da RMSP, acarretou na transferncia de parte das indstrias para o interi or do Estado, e provocou o aumento do crescimento demogrfico nestas localidades.

    Como consequncia, os imigrantes de outras localida des do Brasil partiram tanto para a RMSP como para as outras cidades de mdio porte do inter ior paulista como Campinas, Araraquara, Ribeiro Preto, entre outras (CAIADO, 2004). No Gr fico 5.3.1.1-2, possvel consultar a evoluo do nmero de habitantes no Municpio, na R egio Metropolitana e no Estado de So Paulo, no perodo de 1980 a 2009.

    Entre 1980 e 2009 verifica-se maior crescimento no Estado de So Paulo seguido pela Regio Metropolitana e pelo municpio de So Paulo. Porm cabe destacar que, no municpio de So Paulo houve crescimento demogrfico, o qual pode se r visualizado por meio da TGCA, apresentada anteriormente (Grfico 5.3.1.1-1).

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    1980 1985 1990 1995 2000 2009

    So Paulo RMSP Estado SP

    Fonte: SEADE (2009)

    Grfico 5.3.1.1-2 - Evoluo do nmero de habitantes no Municpio, R egio Metropolitana e no Estado de So Paulo de 1980 a 2009

    A densidade demogrfica da AII no ano de 2002 est apresentada na Figura 5.3.1.1-2, na qual possvel comparar os valores dos diversos municpios da RMSP.

  • EMPRESA MUNICIPAL DE URBANIZAO

    Cap.II-4

    Fonte: EMPLASA (2009)

    Figura 5.3.1.1-2 - Densidade demogrfica nos municpios da RMSP no ano de 2002

    No municpio de So Paulo a densidade demogrfica c hegou a 7.221,86 hab/km! em 2009 (ver Quadro 5.3.1.1-1). Desta forma, o municpio de So Paulo est em destaque entre os que compem a RMSP, ficando atrs apenas de Taboo da S erra, Diadema e So Caetano do Sul.

    As projees demogrficas para o Municpio, a Regi o Metropolitana e o Estado de So Paulo, esto apresentados no Quadro 5.3.1.1-2, adiante, co rroborando com a situao demogrfica atual dos territrios em tela. Esses dados foram ex trados do Sistema SEADE de Projees Populacionais, sendo projetados a partir da metodologia amplamente aceita.

    Esta metodologia consiste em utilizar a pesquisa realizada mensalmente, nos Cartrios de Registro Civil de todos os municpios do Estado de So Paulo, coletando informaes detalhadas sobre o registro legal dos eventos vitais nascimentos, casamentos e bitos. Estas informaes, associadas s provenientes dos Censos Demogrficos , possibilitam Fundao SEADE aplicar a metodologia de projeo , que se trata do mtodo dos componentes demogrficos, que destaca o papel da fecundidade, da mortalidade e da migrao no crescimento populacional, permitindo a construo d e hipteses de projees mais seguras e eficazes. O modelo de projeo adota uma hierarquia, que parte da projeo para o total do Estado e se desagrega em regies administrativas e municpios. Na primeira etapa de execuo deste modelo, so preparadas as projees de populao por sexo e grupos de idade, para o Estado de So Paulo e suas regies administr ativas; no segundo momento, so elaboradas as projees municipais, cujos resultados posteriormen te so compatibilizados, de modo que a soma de suas populaes corresponda pr ojeo populacional de cada regio administrativa, em cada perodo de projeo (SEADE, 2009).

  • EMPRESA MUNICIPAL DE URBANIZAO

    Cap.II-5

    Quadro 5.3.1.1-2Projeo da populao para o ano de 2010

    Territrios N de Habitantes

    AII So Paulo 11.057.629

    RMSP 20.141.759

    Estado de So Paulo 42.136.277 Fonte: SEADE (2009)

    A pirmide etria do municpio de So Paulo apres entada no Grfico 5.3.1.1-3. Verifica-se que a base (0 a 19 anos) est menor que o meio (entre 2 0 a 29 anos). Esta situao consequncia da diminuio da fecundidade, oriunda de diversos a spectos, como por exemplo, maior divulgao dos mtodos anticoncepcionais, homens e mulheres esto dedicando tempo maior as suas carreiras e casando mais tarde, a insero das mulheres no mercado de trabalho e ao maior nvel de informao sobre os custos de vida q uando h um nmero elevado de filhos.

    A constatao da maioria da populao com 20 a 29 a nos no municpio de So Paulo, ou seja, uma populao mais jovem, no contexto de um projeto urbano pode ser um indicativo da necessidade de mais equipamentos esportivos e reas de lazer.

    15 10 5 0 5 10 15

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    10 a 19

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    80 e +

    Fai

    xa E

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    (an

    os)

    Percentual da Populao Masculino

    Feminino

    Fonte: Dados extrados da Fundao SEADE (2009)

    Grfico 5.3.1.1-3 - Pirmide Etria do municpio de So Paulo no ano de 2008

    A Razo de Sexo o nmero de homens para cada 100 mulheres na populao residente em determinada rea, no ano considerado. Quando a Raz o 100, significa que h o mesmo nmero de homens e mulheres. Em ambas as Unidades d a Federao analisadas, at na faixa etria dos 19 anos, a razo entre mulheres e homens mostra que h mais homens que mulheres; dos 20 aos 29 anos, a razo entre os sexo s semelhante e, a partir da, o nmero de mulheres supera o de homens de maneira constantemente crescente (ver Grfico 5.3.1.1-4).

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    Cap.II-6

    Conforme o SEADE, em 2009 a Razo de Sexo no munic pio de So Paulo ficou em 91,32, na Regio Metropolitana em 93,35 e no Estado de So Pa ulo em 95,65.

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    ano

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    com

    mais

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    So Paulo RMSP Estado de So Paulo

    Fonte: SEADE (2009)

    Grfico 5.3.1.1-4 - Razo de Sexo nos municpios da AII por faixa et ria em 2009

    A esperana de vida ao nascer o nmero mdio de a nos de vida esperados para um recm-nascido, mantido o padro de mortalidade existente, na populao residente em determinado espao geogrfico, para o ano considerado. Dessa fo rma, esse indicador pode ser utilizado para analisar o nvel socioeconmico de um municpio, po is est relacionado estrutura de sade e ao saneamento bsico.

    Foram coletados dados para o Municpio, a Regio Me tropolitana e o Estado de So Paulo. A esperana de vida em 1991 corresponde a mortalidade observada no perodo 1990/1991/1992 e a populao em 1 de julho de 1991, e a esperana de vida de 2000 corresponde a mortalidade observada no perodo 1999/2000/2001 e a populao e m 1 de julho de 2000.

    Para todas as Unidades da Federao analisadas a es perana de vida ao nascer variou em torno de 68 anos em 1991 para 70 anos em 2000 (ver Quadro 5.3.1.1-3).

    Quadro 5.3.1.1-3Esperana de vida ao nascer em 1991 e 2000

    Esperana de vida ao nascer (em anos) Localidade1991 2000

    AII So Paulo 68,63 70,84

    RMSP 68,03 70,29

    Estado de So Paulo 68,85 70,98 Fonte: SEADE 2009

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    Cap.II-7

    O saldo migratrio anual a diferena entre o nme ro de pessoas que entrou e o nmero de pessoas que saiu do municpio durante o perodo intercensitrio. No municpio de So Paulo, este valor em 1991 foi de -68.724 e em 2000 foi de -50.824, ou seja, mais pessoas saram do que entraram no municpio.

    Portanto, no municpio de So Paulo, o saldo migrat rio anual aumentou em 26%, no perodo entre 1991 e 2000. A taxa lquida de migrao por m il habitantes corrobora esses ndices apresentados e mostra que houve maior ndice migratrio no Estado e na Regio Metropolitana do que na AII, que em comparao com estas Unidades da Federao apresentou baixa taxa lquida de migrao. A taxa lquida de migrao por mil habitantes foi, em 2000, -5,07 para AII, 1,47 para Regio Metropolitana de So Paulo e 4,31 para o Estado de So Paulo. (ver Grfico 5.3.1.1-5).

    4,31

    1,47

    -5,07-6

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    SP RMSP Municpio deSo

    Paulo/AII

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    Fonte: SEADE (2009)

    Grfico 5.3.1.1-5 - Taxa lquida de migrao por mil habitantes no E stado de So Paulo, na RMSP e na AII em 2000

    A fonte de dados a respeito do movimento pendular consiste nos microdados da amostra do Censo Demogrfico de 2000, que so de responsabilid ade do IBGE. Esta fonte de dados define como movimento pendular o trajeto dos indivduos acima de 15 anos de idade que trabalham ou estudam em um municpio diferente daquele em que residem (ARANHA, 2005:96).

    Conforme NTICO (2005:110-115), a RMSP no ano de 20 00 foi responsvel por 54,8% de todo movimento pendular brasileiro. Sendo que o municpio de So Paulo recebeu 57% de todo movimento pendular da RMSP. Desta forma, o municpio de So Paulo registra o maior acrscimo populacional devido aos deslocamentos pen dulares: da ordem de 508 mil. Caracterizando-se como o principal receptor da pendularidade metropolitana (ARANHA, 2005:99).

    CUNHA (1993) relaciona os deslocamentos pendulares com os movimentos migratrios intrametropolitanos e demonstra como o municpio de So Paulo constitui simultaneamente o principal territrio de origem dos movimentos migra trios rumo aos demais municpios da RMSP, e a principal rea de destino dos deslocamentos pen dulares ocorridos no interior da RMSP. Sendo assim, o municpio de So Paulo tem duplo pap el na mobilidade populacional metropolitana. Se por um lado o municpio expulsa pelo processo migratrio uma parcela da populao em direo aos municpios do entorno m etropolitano contribuindo para a intensificao do processo de periferizao e de cr escimento da metrpole, por outro, So Paulo

  • EMPRESA MUNICIPAL DE URBANIZAO

    Cap.II-8

    permanece como o principal local de destino dos seus ex-residentes que a continuam se deslocando para trabalhar, estudar ou buscar servi os de lazer, cultura, sade e etc.

    A justificativa deste movimento migratrio para a p eriferia da RMSP est calcada em duas realidades. Uma relacionada a ocupao de baixa ren da nas reas perifricas da RMSP, que resultado da reduo do emprego industrial, diversi ficao das atividades tercirias e aquisio imobiliria compatvel com a renda. A outra, relaci ona-se a ocupao de alto padro que busca reas verdes e pouco ocupadas, vislumbrando baixos ndices de criminalidade, rudo e trnsito de veculos. Com isso, tanto a populao de baixa r enda como de alto poder aquisitivo, que residem na periferia da RMSP, continuam trabalhando nos plos de servios, que em sua maior parte localizam-se no municpio de So Paulo (ver F igura 5.3.1.1-3). Vale lembrar que 84,1% dos deslocamentos pendulares so motivados pelo tra balho (ARANHA, 2005:106).

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    Cap.II-9

    Fonte: Pesquisa Origem e Destino Companhia do Met ropolitano de So Paulo (METR/SP) (2007:73-74)

    Figura 5.3.1.1-3 - Densidade de postos de trabalho na RMSP em 1997 e 2007

    A rea central do municpio de So Paulo aparece na Figura 5.3.1.1-3 como a que apresenta maior densidade de empregos. justamente nessa re a que se localizam os 10 distritos do entorno do empreendimento, sendo destacado com uma flecha o distrito da Barra Funda que sofrer as intervenes diretas do empreendimento. Em 1997, os distritos, da Lapa e da Barra Funda possuam 75 a 100 empregos por hectares, e em 2007 aumentaram respectivamente para 100 a 150, e mais de 150. Perdizes manteve-se na mesma situao no perodo entre 1997 e 2007, com 100 a 150 empregos por hectares. Destacam-se tambm em 2007 os distritos da Consolao, Santa Ceclia e Bom Retiro com 150 empr egos por hectares.

    Segundo os dados disponibilizados no T.R. Termo de Referncia elaborado para a execuo do presente Estudo de Impacto Ambiental - EIA/RIMA, estudos do Plano Integrado de Transportes Urbanos - PITU 2025, indicam que a relao ideal de nmero de postos de trabalho por habitantes da ordem de 0,4. No ano 2000, segundo informaes constantes do mat erial elaborado por DEINFO-SEMPLA sobre RAIS, a relao n o distrito da Barra Funda da ordem de 3,3 (3,3 postos de trabalho por habitante) revelando que h espao para a substituio de parte das construes no residenciais por constru es residenciais, de modo a aumentar a densidade populacional sem comprometer as atividades geradoras de emprego e renda, promovendo equilbrio de usos. (Termo de Referncia, 2009).

    Considerando a relao ideal de nmero de postos de trabalho por habitantes de 0,4 indicada pelo PITU 2025, a relao citada de 3,3 postos de trabalho em 2000 alta. No estudo Elaborao de Modelagens Estatsticas e Mtodo de Abordagem dos Aspectos Relacionados Avaliao de Desempenho, Quantificao e Qualifica o dos Sistemas de Circulao, Acessibilidade e Mobilidade, Na rea de Abrangncia e Influncia da Operao Urbana gua Branca elaborado pela Alvim Engenharia Planejamento Urbano e Transporte essa relao de

  • EMPRESA MUNICIPAL DE URBANIZAO

    Cap.II-10

    empregos por habitantes calculada utilizando como fonte os dados da Pesquisa OD 2007 e da TPCL 2006. Os valores para o ano de 2007 indicam uma relao ainda mais alta, de 8,1 empregos por habitantes no permetro da Operao Ur bana Consorciada gua Branca.

    Com isso, pode-se justificar a necessidade da reestruturao urbana por meio da Operao Urbana Consorciada gua Branca, que incentivar p roduo residencial no distrito da Barra Funda. Sendo o municpio de So Paulo a principal rea de destino dos deslocamentos pendulares ocorridos no interior da RMSP evidencia-se tambm a necessidade de melhoria de sua estrutura viria, que tambm um dos objetivos da Operao Urbana: implantar um conjunto de melhoramentos virios visando ligaes de longo percurso. (Termo de Referncia, 2009).

    Dando maior enfoque e direcionamento ao diagnstico da dinmica demogrfica da AII, segue no Quadro 5.3.1.1-4 informaes sobre os 10 distrit os onde esto localizadas as zonas de pesquisa (OD RMSP -2007) que foram utilizadas para delimitar a AID rea de Influncia Direta.

    Quadro 5.3.1.1-4Principais indicadores demogrficos dos distritos o nde esto localizadas as Zonas de

    Pesquisa O.D., com dados de 2009.

    Distritos rea(em km !)

    PopulaoDensidade

    Demogrfica (habitantes/km 2)

    T.G.C.A - 2000/2009 (em % a.a.)

    Barra Funda 5,89 12.989 2.205,26 0,00

    Bom Retiro 4,18 28.371 6.787,32 0,69

    Casa Verde 7,13 76.390 10.713,88 -1,02

    Consolao 3,78 45.805 12.117,72 -1,94

    Freguesia do 11,09 138.831 12.518,58 -0,48

    Lapa 10,28 59.112 5.750,19 -0,22

    Limo 6,39 80.697 12.628,64 -0,2

    Perdizes 6,31 98.229 15.567,19 -0,47

    Santa Ceclia 3,79 64.285 16.961,74 -1,15

    Santana 13,14 113.311 8.623,36 -1,07 Fonte: SEADE, 2009

    Destacam-se no Quadro 5.3.1.1-4 dois distritos, a Barra Funda que est inteiramente na ADA do empreendimento e a Lapa que est na AID. O distrito da Barra Funda com a menor populao e densidade demogrfica dentre todos, possui 12.989 h abitantes, nmero cerca de 11 vezes menor do que o encontrado no distrito da Freguesia do , o qual apresenta a maior populao. O distrito da Lapa aparece com a 4a menor populao e a 2 a menor densidade demogrfica.

    Na Figura 5.3.1.1-4, observa-se os 10 distritos destacados classificados pela densidade demogrfica.

  • EMPRESA MUNICIPAL DE URBANIZAO

    Cap.II-11

    Fonte : SEADE, 2009

    Figura 5.3.1.1-4 - Densidade Demogrfica nos 10 distritos onde est o inseridas as zonas de pesquisa da AID

    Destaca-se na Figura 5.3.1.1-4 o distrito da Barra Funda com a menor densidade demogrfica, menos que 3.000 hab/km!. Ao contrrio, os distritos de Perdizes e Santa Ceclia obtiveram as maiores densidades demogrficas, ambos com mais de 15.000 hab/km!.

    5.3.1.2) rea de Influncia Direta AID

    Aspectos Metodolgicos

    A rea de Influncia Direta AID para o Meio Socio econmico foi delimitada atravs das Zonas de Pesquisa (OD-RMSP 2007), localizadas no entorno imediato ao permetro da Operao Urbana Consorciada gua Branca. Esta delimitao le vou em considerao a dimenso

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    Cap.II-12

    territorial deste empreendimento, com 540 ha, bem como a disponibilidade de dados atuais que abrangesse toda a rea do seu entorno.

    A Pesquisa Origem e Destino 2007 (OD-RMSP 2007) foi coordenada pela Companhia do Metropolitano de So Paulo METR. Essas atividade s contaram com a colaborao de tcnicos cedidos pela EMPLASA, CPTM, SPTrans e CET. O municpio de So Paulo foi regionalizado em 320 zonas de pesquisa, com a denominao Sub-regio Centro da RMSP.

    De acordo com o METR (2008:07), uma caracterstica importante da Pesquisa Origem e Destino que ela permite a localizao espacial da populao, dos empregos, das matrculas escolares e das origens e destinos das viagens realizadas pela populao nas suas atividades dirias, na Regio Metropolitana de So Paulo. Na P esquisa Origem e Destino 2007 essas variveis, alm de serem agregadas por zonas, foram tambm georreferenciadas

    Em estudo sobre a estrutura intraurbana do municpio de So Paulo a partir da anlise espacial, Ramos (2002:48), afirma que alm dos dados relativos a mobilidade, a pesquisa OD do METR de So Paulo, tambm levanta dados sobre as c aractersticas socioeconmicas da populao. A abrangncia da pesquisa e a competnci a com que realizada, torna a Pesquisa OD uma importante fonte de dados, j utilizada em v rios estudos sobre a metrpole paulistana durante estas quatro dcadas.

    Pode-se dizer que a pesquisa OD do METR uma font e direta de dados socioeconmicos, em nvel censitrio (domiciliar). Isto se deve ao fato de que nesta pesquisa so levantadas informaes socioeconmicas como escolaridade, rend a e faixas etrias da populao residente por domiclios (RAMOS, 2002).

    Portanto, a Pesquisa OD-RMSP 2007 possui credibilidade, periodicidade e confiabilidade de informao, bem como preciso espacial. Considerand o que a referida pesquisa abrange toda RMSP, o universo de pesquisa da AID est totalmente contemplado, possibilitando a compreenso de aspectos socioeconmicos atuais, inc luindo demografia, renda, emprego e escolaridade desta populao, assim como diversas q uestes sobre mobilidade pendular (produo e atrao de viagens, motivo de viagem, m eio de transporte e etc.).

    Em relao aos critrios para delimitao das Zonas de Pesquisa, a OD-RMSP 2007 levou em conta os seguintes pontos: comparabilidade com o zoneamento da OD-RMSP 1997, compatibilidade com os limites de municpios e de distritos no municpio de So Paulo, considerando tambm os limites de setores censitri os de 2000 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica).

    O METR disponibiliza em formato digital ( MapInfo), os limites georreferenciados dos polgonos das zonas de pesquisa. Cada zona de pesquisa (polgono) possui um cdigo que correlato a um banco de dados com diversas variveis socioecon micas e de deslocamento pendular. O Mapa de Localizao das Zonas de Pesquisa da AID (Mapa AB 01 5P 013 - 0 ) e o Cartograma 5.3.1.2-1 apresentam os limites territoriais, a localizao e os cdigos de cada zona de pesquisa que foram consideradas para o diagnstico da AID do meio socioeconmico.

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    Cap.II-13

    Fonte: Elaborado com informaes do METR/SP Pesq uisa Origem e Destino 2007 (OD-RMSP)

    Cartograma 5.3.1.2-1 - Localizao, denominao e cdigo das zonas de p esquisa (OD-RMSP 2007) inseridas na AID

    Na Tabela 5.3.1.2-1, esto listados os cdigos das zonas de pesquisa OD-RMSP 2007 que compem a AID e a respectiva rea territorial de ca da uma, bem como a rea total da AID. Tambm esto apresentados os distritos da Capital que pertence cada zona de pesquisa inserida na AID

    Sem Escala

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    Cap.II-14

    Tabela 5.3.1.2-1Dimenso territorial das zonas de pesquisa e total da AID

    Cdigo da Zona de Pesquisa

    Denominao da Zona de Pesquisa

    Nome do Distrito

    Dimensoterritorial(Hectares)

    Valorrelativoda rea

    (%) 8 Bom Retiro Bom Retiro 140,91 4,45

    34 FAAP Consolao 74,40 2,35 36 Marechal Deodoro Santa Ceclia 141,91 4,49 37 Rudge Santa Ceclia 84,69 2,68 83 PUC Perdizes 73,23 2,32 84 Cardoso de Almeida Perdizes 63,34 2,00 87 Perdizes Perdizes 168,44 5,33 89 Pompia Perdizes 60,25 1,90 90 Santa Marina Barra Funda 291,45 9,21 91 Barra Funda Barra Funda 116,59 3,69 92 Francisco Matarazzo Barra Funda 105,54 3,34 93 gua Branca Barra Funda 72,60 2,30 98 Lapa de Baixo Lapa 239,85 7,58 99 Lapa Lapa 226,00 7,15

    125 Freguesia do Freguesia do 486,34 15,38 130 Parque Anhembi Santana 316,54 10,01 134 Casa Verde Casa Verde 330,14 10,44 136 Limo Limo 170,80 5,40

    Total da AID 3.163,02 100,00Fonte: METR/SP Pesquisa Origem e Destino 2007 (O D-RMSP)

    De acordo os dados da Tabela 5.3.1.2-1, a AID com posta por 18 zonas de pesquisa, distribudas entre 10 distritos da Capital, com destaque, pela dimenso territorial, para Santa Ceclia, Freguesia do , Santana, Perdizes, Barra F unda e Lapa. A rea total da AID perfaz 3.163,02 ha.

    A dinmica demogrfica da AID foi analisada utiliza ndo os dados das variveis de populao absoluta, distribuio da populao por gnero ho mens e mulheres residentes na AID e estrutura etria. Com base nessas variveis, foram produzidos os indicadores de Densidade Demogrfica (hab./hectares), Mdia de Moradores por Domiclio (hab./domiclios), Razo de Sexo e Carga de Dependncia.

    Sempre que possvel, as variveis e indicadores est aro espacializadas em cartogramas, que so elaborados a partir da correlao do dado (vari vel e indicador) com o SIG Sistema Geogrfico de Informao. Os cartogramas tm como p ropsito, ampliar o conhecimento da AID a partir da distribuio geogrfica das variveis e indicadores, permitindo avaliar diversas temticas sob a perspectiva espacial.

    Anlise da populao residente no conjunto das Zona s de Pesquisa da AID

    Conforme a Tabela 5.3.1.2-2, a populao absoluta d a AID de 237.530 habitantes. Deste total, 22,41% pessoas encontram-se na zona 125 (Freguesia do ). No entanto, esta mesma zona apresenta ainda a maior dimenso territorial (486,3 4 ha). Vale destacar outras zonas, como a 87 (Perdizes), com 15,73% da populao da AID, seguida das zonas 36 (Marechal Deodoro) e 134 (Casa Verde), com respectivamente, 13,36% e 12,15% do contingente demogrfico da AID.

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    Cap.II-15

    Na AID existiam em 2007, 80.006 famlias. A zona 125 (Freguesia do ), ainda se destaca, com um total de 15.953 famlias. Contudo, no h uma ex ata relao de proporcionalidade entre nmero de habitantes e nmero de famlias, j que a zona 87 (Perdizes) apresenta nmero maior (13.282 famlias) do que o esperado, caso seguisse esta relao de proporcionalidade. Na Tabela 5.3.1.2-2, a coluna Valor Relativo do N. de Famlias, retrata que ora existem zonas com proporo menor e ora apresentam-se com proporo m aior de nmero de famlias em relao ao nmero de habitantes.

    A zona 130 (Parque Anhembi), localizada na poro n ordeste da AID, no apresenta nenhum dado para estas variveis. De acordo com a OD-RMSP 2007, em zonas que correspondem a equipamentos urbanos ou de baixa densidade demogrf ica no foram realizadas pesquisas e, portanto nesses casos considerou o valor 0 (zero). Durante os trabalhos de campo foi identificada nesta zona, a existncia de equipament os urbanos, com destaque para o Aeroporto/Base Area Campo de Marte, o Hotel Holida y Inn e o Anhembi Parque. O Hotel Holiday Inn considerado o maior hotel em nmero d e quartos (780 quartos) da Amrica Latina. O Anhembi Parque classificado como o maior Centro de Eventos da Amrica Latina, composto por 4 grandes estruturas em uma rea de 400m !, incluindo neste local, o Sambdromo, o Palcio das Convenes, o Auditrio Elis Regina, a Arena Anhembi e o Pavilho de Exposies.

    Embora no exista uma populao residente nesta zon a de pesquisa, ela atrai diariamente 15.131 pessoas, conforme os dados da OD-RMSP 2007. Portanto, essa zona no pode ser considerada como um vazio demogrfico permanente, m as deve-se ponderar o fluxo dirio de pessoas e sua permanncia neste espao.

    Tabela 5.3.1.2-2Dados gerais da demografia da AID

    Zona Denominao Populaoabsoluta

    PopulaoRelativa (%)

    Nmero de Famlias

    Valor Relativo do N. de Famlias

    8 Bom Retiro 6.202 2,61 1.953 2,44 34 FAAP 7.073 2,98 2.451 3,06 36 Marechal Deodoro 31.736 13,36 12.138 15,17 37 Rudge 2.578 1,09 861 1,08 83 PUC 15.462 6,51 5.504 6,88 84 Cardoso de Almeida 5.044 2,12 1.668 2,08 87 Perdizes 37.368 15,73 13.282 16,60 89 Pompia 9.293 3,91 3.585 4,48 90 Santa Marina 2.228 0,94 552 0,69 91 Barra Funda 676 0,28 222 0,28 92 Francisco Matarazzo 6.318 2,66 2.615 3,27 93 gua Branca 1.644 0,69 640 0,80 98 Lapa de Baixo 7.709 3,25 2.562 3,20 99 Lapa 14.318 6,03 5.057 6,32

    125 Freguesia do 53.220 22,41 15.953 19,94 130 Parque Anhembi 0 0,00 0 0,00 134 Casa Verde 28.863 12,15 8.840 11,05 136 Limo 7.798 3,28 2.123 2,65

    Total da AID 237.530 100,00 80.006 100,00Fonte: METR/SP Pesquisa Origem e Destino 2007 (O D-RMSP)

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    Cap.II-16

    Para melhor visualizar a distribuio da populao na AID foi elaborado o Cartograma 5.3.1.2-2. Nele est representada, em forma de Nuvem de Ponto s, a populao da AID por zonas de pesquisa (OD-RMSP 2007). Cada ponto equivale a 50 pessoas, podendo-se fazer uma leitura da figura, a qual expe claramente que as zonas 90 (Santa Marina), 91 (Barra Funda), 92 (Francisco Matarazzo) e 93 (gua Branca), inseridas no permetro da Operao Urbana Consorciada gua Branca, situadas na poro central da AID, so reas de ocupao rarefeita, com baixa concentrao populacional qua ndo comparadas com a poro sul e noroeste da AID. Essas mesmas concluses tambm pod em ser observadas pelo Cartograma 5.3.1.2-3, que mostra a distribuio da populao ( valor absoluto) atravs da representao por crculos proporcionais.

    Destacam-se, pela concentrao populacional, as sei s zonas localizadas ao sul da AID (89-Pompia, 87-Perdizes, 83-PUC, 84-Cardoso de Almeida , 34-FAAP e 36-Marechal Deodoro) e duas na poro noroeste (zonas 125-Freguesia do e 136-Limo).

    Cartograma 5.3.1.2-2 - Distribuio da populao da AID entre as Zonas de Pesquisa Mtodo de representao Nuvem de Pontos

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    Cap.II-17

    Cartograma 5.3.1.2-3 - Distribuio da populao da AID entre as Zonas de Pesquisa Mtodo de representao Crculos Proporcionais

    O adensamento populacional deve ser analisado pelo indicador de densidade demogrfica, que representa o nmero de habitantes por cada hectare. Na Tabela 5.3.1.2-3 e no Mapa da Densidade Demogrfica da AID (MAPA AB 01 5P 014-0 ) possvel compreender a distribuio desse indicador por toda a AID.

    Quando se observa este indicador na AID como um todo, verifica-se um baixo adensamento populacional, com 75,10 habitantes por hectare. Contudo, ao analisar as particularidades internas da rea, verifica-se que h uma grande dif erena entre as zonas de pesquisa, sobretudo quando se compara as zonas localizadas dentro do permetro da Operao Urbana e as que esto localizadas fora desse limite.

    As zonas 36 (Marechal Deodoro), 87 (Perdizes) e 83 (PUC) so as que apresentam o maior adensamento populacional da AID, com densidade demogrfica superior a 200 hab/ha. Por outro lado, as zonas 90 (Santa Maria) e 91 (Barra Funda) poro central da AID, inserida na Operao Urbana possuem densidade demogrfica aba ixo de 8 hab/ha.

    Observando o Mapa da Densidade Demogrfica da AID (MAPA AB 01 5P 014 - 0) , fica claro onde se localizam os grandes conglomerados urbanos. Nota-se que nos locais onde h maior grau de verticalizao, a densidade demogrfica m ais acentuada, como acontece nos condomnios residenciais dos bairros de Perdizes e Santa Ceclia localizados dentro das zonas de pesquisas, 87 - Perdizes, PUC - 83 e Marechal Deodoro - 36.

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    Cap.II-18

    Alguns autores mencionam ndices ideais de densidade demogrfica, entre eles, Nucci (2001: 164) estudando metodologias para avaliao da quali dade e adensamento urbano, afirma que reas com valores acima de 400hab/ha deve-se imped ir um maior adensamento e que as reas abaixo dos 400hab/ha poderiam ser adensadas se as outras variveis do ambiente assim permitirem. Para este autor, essas outras variveis so: cobe rtura vegetal, espaos livres pblicos e lazer, reas verdes, nveis de poluio e verticalizao, entre outros.

    De acordo com Campos Filho (1972), o adensamento ideal tambm varia segundo outros elementos da geografia urbana, como por exemplo, r eas de lazer pblicas, praas arborizadas, capacidade de transporte pblico, nveis de rudo e poluio. Segundo este autor, pode-se desenvolver com qualidade ambiental urbana, reas c om adensamento entre 400 a 500hab/ha.

    O padro recomendado pela Associao Norte-American a de Sade Pblica de 312,5 hab/ha (TUAN, 1983).

    Desta forma, nenhuma zona apresentou valores de densidade demogrfica superiores aos recomendados na literatura tcnica-cientfica. No e ntanto, todos os especialistas no assunto qualidade ambiental urbana reiteram a necessidade de compatibilizar outras variveis para se chegar a uma boa qualidade ambiental em reas urban as.

    Tabela 5.3.1.2-3Nmero de domiclios, densidade demogrfica e mdia de moradores por domiclio na

    AID

    Zona Denominao Nmero de Domiclios

    Densidade Demogrfica (hab./hectare)

    Mdia de moradores

    por domiclios

    8 Bom Retiro 1.910 44 3,25

    34 FAAP 2.451 95 2,89

    36 Marechal Deodoro 12.138 223 2,61

    37 Rudge 836 30 3,08

    83 PUC 5.504 211 2,81

    84 Cardoso de Almeida 1.646 80 3,06

    87 Perdizes 13.282 222 2,81

    89 Pompia 3.536 154 2,63

    90 Santa Marina 552 8 4,04

    91 Barra Funda 222 6 3,05

    92 Francisco Matarazzo 2.615 60 2,42

    93 gua Branca 640 23 2,57

    98 Lapa de Baixo 2.562 32 3,01

    99 Lapa 5.057 63 2,83

    125 Freguesia do 15.953 109 3,34

    130 Parque Anhembi 0 0 0

    134 Casa Verde 8.840 87 3,27

    136 Limo 2.087 46 3,74 Total da AID 79.831 75,10 2,98

    Fonte: METR/SP Pesquisa Origem e Destino 2007 (O D-RMSP)

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    Cap.II-19

    Outra forma de analisar o adensamento populacional verificar a quantidade de habitantes por domiclios. Este dado tambm pode ser utilizado par a complementar a anlise da situao socioeconmica de uma rea, pois, via de regra, qua nto maior o nmero de pessoas por domiclio, menor o grau de escolarizao e renda, p ortanto, maior a vulnerabilidade social. A mdia de habitantes por domiclios na AID ficou em 2,98. No Cartograma 5.3.1.2-4, possvel consultar a distribuio espacial deste indicador.

    A correlao entre o maior nmero de habitantes por domiclio e o grau de vulnerabilidade social pode ser feita quando se constata a existncia de c onglomerados de habitao subnormal (favela). Ao comparar o Cartograma 5.3.1.2-4 com o Cartograma 5.3.1.2-5, percebe-se que justamente nas zonas (90, 125, 134 e 136) onde existe maior nmero de favelas que este indicador (Hab./Domiclio) apresenta-se em faixas maiores.

    Cartograma 5.3.1.2-4 - Distribuio da mdia de habitantes por domicli o na AID entre as Zonas de Pesquisa (OD-RMSP-2007)

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    Cap.II-20

    Cartograma 5.3.1.2-5 - Localizao das favelas inseridas na AID

    Os dados de distribuio da populao por gnero po dem ser consultados na Tabela 5.3.1.2-4. A populao masculina da AID corresponde a 106.084 pessoas, enquanto a feminina de 131.446, mostrando que h maior quantidade de mulhe res na AID. A Razo de Sexo mostra a predominncia de homens ou mulheres em cada zona. E ste indicador corresponde ao nmero de homens para cada 100 mulheres na populao resid ente em uma determinada rea, no ano considerado. Quando a Razo igual a 100, signific a que h o mesmo nmero de homens e mulheres. Se a razo for menor que 100, entende-se que h menor nmero de homens. A razo de sexo na AID foi de 81, mostrando que h ma ior participao feminina, contudo na zona 90 (Santa Marina), ocorreu o inverso, pois a razo de sexo ficou acima de 100, demonstrando que existia em 2007, maior nmero de homens nesta rea.

    Sem Escala

    Fonte: EMURB (2009); CEM Centro de Estudos da Met rpole

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    Cap.II-21

    Tabela 5.3.1.2-4Distribuio da populao da AID por gnero

    Zona Homens Mulheres Razo de Sexo

    8 2.626 3.576 73 34 3.067 4.006 77 36 12.439 19.297 64 37 1.190 1.388 86 83 6.671 8.791 76 84 2.133 2.911 73 87 15.789 21.579 73 89 4.283 5.010 86 90 1.164 1.064 109 91 297 379 78 92 2.910 3.408 85 93 723 921 78 98 3.174 4.535 70 99 7.080 7.238 98 125 25.379 27.841 91 130 0 0 - 134 13.555 15.308 89 136 3.602 4.196 86

    Total da AID 106.084 131.446 81Fonte: METR/SP Pesquisa Origem e Destino 2007 (O D-RMSP)

    A Tabela 5.3.1.2-5 traz os dados absolutos para cada zona e do total da AID em relao ao nmero de habitantes por faixa etria.

    De forma geral, todas as zonas inseridas na AID possuem uma estrutura etria em fase de envelhecimento e no jovem, como pode ser visto por meio do Grfico 5.3.1.2-1, o qual apresenta base (at 3 anos) estreita e topo (60 e m ais) alargado. Porm, em alguns casos o processo de envelhecimento apresenta-se mais desenvolvido como o caso da zona 36 (Marechal Deodoro) e em outros ainda em estgio int ermedirio de envelhecimento, como acontece na zona 136 (Limo) ver Grfico 5.3.1.2- 1.

    Como pode ser observado na ltima linha da Tabela 5 .3.1.2-5, a faixa etria onde concentra maior nmero de populao na AID, corresponde aos i dosos com mais de 60 anos de idade, seguido da faixa dos 30 at 59 anos. Como resultado do processo de envelhecimento da regio, verifica-se que as faixas etrias mais ausentes na AID so respectivamente: 4 a 6 anos e at 3 anos.

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    Cap.II-22

    Tabela 5.3.1.2-5Distribuio da populao da AID por faixa etria

    Populao por Faixa Etria (em anos) Zona

    at 3 4 a 6 7 a 1011 a 14

    15 a 17

    18 a 22

    23 a 29

    30 a 39

    40 a 49

    50 a 59

    60 e mais Total

    8 367 237 347 404 190 389 828 918 846 629 1.047 6.20234 200 107 233 147 58 395 642 950 903 1.083 2.354 7.07336 126 471 1.194 1.371 1.554 2.978 2.593 4.721 5.356 4.385 6.986 31.73637 141 72 126 71 125 156 284 438 297 299 570 2.57883 315 184 315 684 499 1.507 2.068 1.651 2.250 2.277 3.712 15.46284 92 76 108 110 150 357 717 294 616 881 1.643 5.04487 694 681 1.535 1.227 672 1.626 5.196 5.120 6.056 6.347 8.214 37.36889 364 182 394 415 485 901 969 1.375 1.662 1.331 1.215 9.29390 57 49 70 56 117 171 286 485 189 301 447 2.22891 32 20 16 15 5 56 122 63 107 79 161 67692 206 74 218 67 77 222 984 828 903 801 1.938 6.31893 22 0 43 33 33 99 221 265 197 240 490 1.64498 417 102 101 265 149 452 966 1.470 841 1.494 1.451 7.70999 321 395 240 219 166 769 1.899 2.820 1.807 1.914 3.766 14.318

    125 1.222 459 2.556 2.423 1.680 5.095 7.881 7.242 7.064 7.916 9.682 53.220130 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0134 1.204 993 2.029 1.386 948 2.598 2.887 5.024 3.404 2.617 5.773 28.863136 359 149 397 355 473 937 872 822 1.547 990 898 7.798

    Total daAID

    6.137 4.251 9.925 9.248 7.381 18.707 29.414 34.487 34.046 33.585 50.349 237.530

    Total daAID(%)

    2,6 1,8 4,2 3,9 3,1 7,9 12,4 14,5 14,3 14,1 21,2 100,0

    Fonte: METR/SP Pesquisa Origem e Destino 2007 (O D-RMSP)

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    Cap.II-23

    Zona 36 (Marechal Deodoro) Zona 136 (Limo)

    Total da AID

    Fonte: METR/SP Pesquisa Origem e Destino 2007 (O D-RMSP)

    Grfico 5.3.1.2-1 - Estrutura etria da AID

    Utilizando as variveis de estrutura etria poss vel gerar o indicador denominado Carga de Dependncia (Cartograma 5.3.1.2-6), o qual mostra a participao da populao de crianas, adolescentes e idosos, em tese, dependente da populao em idade ativa (PIA), que so as pessoas entre 15 e 65 anos de idade. Ou seja, este indicador mostra a proporo (%) da populao abaixo de 15 anos e acima de 60 anos em r elao ao total de habitantes que residem na AID.

    Este indicador permite inferir, indiretamente, rea s com disponibilidade de mo-de-obra em relao a oportunidades de emprego e/ou demanda por educao e formao profissional. Quando este indicador cruzado com a informao do nmero de postos de trabalho, podem-se inferir concluses a respeito da migrao pendular ou mesmo justificar o adensamento populacional. Por exemplo, caso uma rea possua alt a carga de dependncia e numerosos postos de trabalho, certo que grande parte da mo -de-obra que vai trabalhar todos os dias nesta rea, provm de outras regies.

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    Cap.II-24

    Moreira (2002) apresenta os grandes traos e as mud anas estruturais j ocorridas e as previstas para as prximas dcadas para a populao brasileira. Para tanto, analisa os contingentes populacionais brasileiros entre 1950 e 2050, observando a posio dos grupos de idades de 0 a 14 anos, de 15 a 64 anos e os acima de 65 anos de idade, para assim indicar as Cargas de Dependncia Total para cada dcada, entre outros indicadores.

    Nessa anlise, Moreira apresenta dados referentes a evoluo ocorrida no perodo entre 1950 e 2000 e projeta a evoluo esperada para o prximo, entre 2000 e 2050, mostrando como a Carga de Dependncia Total de 80,3% em 1950 vem cai ndo at alcanar o patamar de 51,4% em 2000. Considera que dever decrescer ainda mais at 2010, quando alcanaria 46,2%, e que ento comear a crescer novamente, at 59,6% e m 2050, como consequncia do incremento do contingente de idosos.

    Mostra ainda as caractersticas do perodo, que se estender at 2020/25 aproximadamente, que foi denominado por Carvalho e Wong (1995, apud MOREIRA, 2002) como uma windowopportunity, tambm chamada de bnus demogrfico . Caracterizado como a oportunidade de eliminar, ou pelo menos reduzir, no mbito das pol ticas pblicas, a grande defasagem dos nveis de escolaridade e de atendimento sade hoj e existente. Correspondendo ao perodo em que a dependncia jovem estar cada vez mais reduzi da e a dependncia idosa ainda estar crescendo de forma pouco acelerada.

    Os percentuais definidos nesse trabalho foram adotados aqui como uma escala, correspondentes ao grau da transio demogrfica oc orrida em cada um desses momentos no pas como um todo, de modo a constituir uma refern cia para a anlise dos dados da AID e ADA.

    Os patamares adotados para o Brasil foram: entre 73,1% e 64,1%, Cargas de Dependncia Total correspondentes s de 1980 e 1990; entre 64,1 % e 51,4%, Cargas de Dependncia Total correspondentes s de 1990 e 2000; entre 51,4% e 43 , Cargas de Dependncia Total correspondentes de 2000 e estimada para 2010 estas foram as Cargas de Dependncia Total adotadas no trabalho de Moreira (2002). Calculando a carga de dependncia das zonas de pesquisa da AID, nota-se que a maioria delas, encontra-se em patamar menor que o mnimo estipulado por Moreira (2002), que foi de 43% para o ltimo perodo (2000 a 2010). Portanto, foram criadas classes especficas para acomodar os dados encontrados, a saber: entre 43% a 35%, 35% a 30% e 30% a 27%, como pode ser visto no Cartograma 5.3.1.2-6.

    Na Tabela 5.3.1.2-6 esto exibidos os valores de Ca rga de Dependncia entre as zonas de pesquisa que perfazem a AID. A partir desta tabela e do cartograma 5.3.1.2-6, pode-se dizer que predominam o intervalo de cargas de dependncia ent re 35% a 30%, sobretudo na poro oeste da AID. A carga de dependncia entre 43% a 35% ve rificada no permetro da Operao Urbana Consorciada gua Branca, o que corresponde a s zonas 91, 92 e 93. Entretanto, esse intervalo tambm aparece nas zonas 134, 37, 08, 84 e 34, localizadas na poro leste da AID.

    Na AID como um todo, a Carga de Dependncia ficou e m 33,6%. A composio demogrfica da AID na poro oeste possui maior nmero absoluto e relativo (proporcional) de pessoas em idade produtiva, comparando-se com a ADA na poro centro-leste.

    Os indicadores de densidade demogrfica e carga de dependncia permitem considerar que a AID na poro central permetro da Operao Urban a Consorciada gua Branca comporta baixa densidade demogrfica e alta carga de depend ncia, quando comparado com as demais reas da AID. Ou seja, a poro central da AID poss ui ocupao rarefeita, com poucos residentes, e composta por menor nmero absoluto e relativo de pessoas em idade produtiva (15 a 65 anos). Isto demonstra um potencial para adensamento residencial. Contudo, vale

  • EMPRESA MUNICIPAL DE URBANIZAO

    Cap.II-25

    ressaltar a importncia de analisar outros indicado res, como reas verdes e espaos pblicos para lazer, capacidade de transporte pblico, reas com potencial de enchente e poluio (ar, solo, gua e rudo) e etc. Tudo isso para se chegar a uma situao tima da qualidade ambiental urbana, visando manter e ampliar a qualidade de vida da atual e futura populao que ocupar o territrio do permetro da Operao Urbana Consorci ada gua Branca.

    Tabela 5.3.1.2-6Distribuio da Carga de Dependncia na AID entre a s Zonas de pesquisa (OD-RMSP

    2007)

    Zona Denominao Carga de

    Dependncia (%)

    8 Bom Retiro 38,7 34 FAAP 43,0 36 Marechal Deodoro 32,0 37 Rudge 38,0 83 PUC 33,7 84 Cardoso de Almeida 40,2 87 Perdizes 33,1 89 Pompia 27,7 90 Santa Marina 30,5 91 Barra Funda 36,1 92 Francisco Matarazzo 39,6 93 gua Branca 35,8 98 Lapa de Baixo 30,3 99 Lapa 34,5 125 Freguesia do 30,7 130 Parque Anhembi 0 134 Casa Verde 39,4 136 Limo 27,7

    Total da AID 33,6Fonte: METR/SP Pesquisa Origem e Destino 2007 (O D-RMSP)

  • EMPRESA MUNICIPAL DE URBANIZAO

    Cap.II-26

    Cartograma 5.3.1.2-6 - Distribuio da Carga de Dependncia na AID entr e as Zonas de Pesquisa (OD-RMSP 2007)

    Sem Escala

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  • EMPRESA MUNICIPAL DE URBANIZAO

    Cap.II-29

    5.3.1.3) rea Diretamente Afetada ADA

    Aspectos Metodolgicos

    A rea Diretamente Afetada ADA para o Meio Socioeconmico foi delimitada por meio das zonas de pesquisa (OD-RMSP 2007), localizadas dentro do permetro da Operao Urbana Consorciada gua Branca, alm dos setores censitri os do IBGE (2000) onde esto previstas as intervenes no virio recomendadas pela CET (Compa nhia de Engenharia de Trfego), cuja localizao extrapola os limites do permetro da Op erao Urbana. Esta delimitao levou em considerao a dimenso territorial deste empreendi mento, com 540 ha, bem como a disponibilidade de dados atuais que abrangesse toda sua rea.

    No Item 5.3.1.2 Caracterizao da Dinmica Demogrfica da AID foram descritos os procedimentos metodolgicos e as fontes de dados ut ilizadas, que por sua vez tambm foram adotados para este diagnstico da rea Diretamente Afetada ADA. Vale lembrar que, as zonas de pesquisa da ADA, por estarem inseridas na AID, tambm foram contempladas no diagnstico da AID, no entanto, em um contexto mais amplo, englobando as zonas localizadas no entorno da Operao Urbana Consorciada gua Branca.

    Para este diagnstico da ADA o enfoque ser dado ex clusivamente para a regio do permetro da Operao Urbana Consorciada gua Branca e s re as onde tero interveno (recomendadas pela CET) fora do permetro. Portanto, sero consideradas para fins de diagnstico, 4 (quatro) zonas de pesquisa, a saber, 90 Santa Marina, 91 Barra Funda, 92 Francisco Matarazzo e 93 gua Branca e 13 setores censitrios, como pode ser consultado na Tabela 5.3.1.3-1, na qual tambm esto apresentados os valores de rea e a denominao do distrito da Capital que pertencem.

    Conforme a Tabela 5.3.1.3-1, a ADA possui 771,86 hectares, estando a maior parte inserida no permetro da Operao Urbana, representada pelas zo nas de pesquisa (OD-RMSP 2007), que juntas possuem 586,18 hectares, o equivalente a 76% do total da ADA.

    Conforme j mencionado anteriormente, a Pesquisa Or igem e Destino 2007 (OD-RMSP 2007) foi coordenada pela Companhia do Metropolitano de So Paulo METR. Essas atividades contaram com a colaborao de tcnicos cedidos pela EMPLASA, CPTM, SPTrans e CET. O municpio de So Paulo foi regionalizado em 320 Zon as de Pesquisa, com a denominao Sub-regio Centro da RMSP.

    De acordo com o METR (2008:07), uma caracterstica importante da Pesquisa Origem e Destino que ela permite a localizao espacial da populao, dos empregos, das matrculas escolares e das origens e destinos das viagens realizadas pela populao nas suas atividades dirias, na Regio Metropolitana de So Paulo. Na P esquisa Origem e Destino 2007 essas variveis, alm de serem agregadas por zonas, foram tambm georreferenciadas.

    Cabe ressaltar que, em estudo sobre a estrutura intraurbana do municpio de So Paulo a partir da anlise espacial, Ramos (2002:48), afirma que alm dos dados relativos a mobilidade, a pesquisa OD do METR de So Paulo, tambm levanta d ados sobre as caractersticas socioeconmicas da populao. A abrangncia da pesq uisa e a competncia com que realizada, torna a Pesquisa OD uma importante fonte de dados, j utilizada em vrios estudos sobre a metrpole paulistana durante estas quatro d cadas.

    Portanto, pode-se considerar que a pesquisa OD do METR uma fonte direta de dados socioeconmicos, em nvel censitrio (domiciliar). I sto se deve ao fato de que so levantadas

  • EMPRESA MUNICIPAL DE URBANIZAO

    Cap.II-30

    informaes socioeconmicas como escolaridade, rend a e faixas etrias da populao residente por domiclios (RAMOS, 2002).

    Tabela 5.3.1.3-1Dimenso territorial das Zonas de Pesquisa e Setore s Censitrios que compem a ADA

    Cdigo da Zona de Pesquisa

    Denominao da Zona de Pesquisa Nome do Distrito

    Dimensoterritorial (Hectares)

    Valor relativo da rea (%)

    90 Santa Marina Barra Funda 291,45 37,76

    91 Barra Funda Barra Funda 116,59 15,11

    92 Francisco Matarazzo Barra Funda 105,54 13,67

    93 gua Branca Barra Funda 72,60 9,41

    848000032 Lapa

    848000033 Lapa

    848000034 Lapa

    848000035 Lapa

    848000094 Lapa

    848000096 Lapa

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    860000121 Perdizes

    860000122 Perdizes

    860000137 Perdizes

    860000138 Perdizes

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    869000038 Santa Ceclia

    869000039 Santa Ceclia

    Setores Censitrios

    869000044 Santa Ceclia 55,46 7,19

    Total da ADA 771,86 100,00

    Fontes: Pesquisa Origem e Destino 2007 (OD-RMSP) Companhia do Metropolitano de So Paulo (METR/SP); IBGE Censo Demogrfico de 2 000 (Base de Informaes por Setor Censitrio).

    Conforme especificado no item 5.3.1.2 a Pesquisa OD-RMSP 2007 abrange toda RMSP, portanto o universo de pesquisa da ADA est totalme nte contemplado, possibilitando a compreenso de aspectos socioeconmicos atuais.

    Alm dos dados da OD-RMSP 2007, sero utilizados os dados e informaes oriundos do Censo Demogrfico de 2000, produzidos e divulgados pelo IBGE. Optou-se pelo uso da Basede Informaes por Setor Censitrio , que a menor unidade territorial de pesquisa cen sitria do IBGE. Segundo Barbieri e Umbelino (2008:4), o IBGE produz dados na escala intraurbana, com abrangncia nacional, possuindo alto grau de confia bilidade e periodicidade (10 anos). Assim, os dados produzidos pelo IBGE so os mais utilizados n a demografia brasileira. Contudo, em regies metropolitanas como a de So Paulo, da Baix ada Santista e Campinas, foram geradas pesquisas Origem e Destino, tambm com periodicidad e e confiabilidade, sendo tambm fonte de dados para pesquisas acadmicas e para tomadas d e decises no planejamento urbano.

    O IBGE disponibiliza em formato digital (shapefile), os limites georreferenciados dos polgonos dos setores censitrios de municpios acima de 20.0 00 habitantes, portanto, o municpio de So Paulo esta contemplado por este universo de pesquisa. Cada setor censitrio (polgono) possui um cdigo que correlato a um banco de dados com d iversas variveis socioeconmicas.

  • EMPRESA MUNICIPAL DE URBANIZAO

    Cap.II-31

    O Mapa de localizao das Zonas de Pesquisa e Setore s Censitrios da ADA (AB 01 5P 015 - 0) apresenta os limites territoriais, a localizao e os cdigos de cada zona e setor censitrio que foram considerados para o diagnstico da ADA do meio socioeconmico.

    O setor censitrio 848000032 est em destaque por s ua maior dimenso territorial quando comparado com os demais setores. Nessa rea existe uma ocupao residencial de baixa densidade, havendo o predomnio de atividades econ micas de grande porte, sejam indstrias ou empresas prestadoras de servios, como por exemp lo, a indstria Saint Cobain (antiga vidraaria Santa Marina).

    O fato que explica o tamanho rea dos setores censitrios o prprio conceito que o define. Segundo o IBGE (2002), o setor censitrio a unida de de controle cadastral, formada por rea contnua urbana ou rural, cuja dimenso e nmero de domiclios ou de unidades no-residenciais permitem ao recenseador cumprir suas atividades censitrias em um prazo determinado. Portanto, de forma geral, quanto menor a rea do setor censitrio maior a quantidade de domiclios e/ou a dificuldade do levantamento de dados por parte do agente recenseador.

    Da mesma forma que na AID, a dinmica demogrfica d a ADA foi analisada utilizando os dados das variveis de populao absoluta, distribuio d a populao por gnero homens e mulheres residentes na ADA e estrutura etria. Com base nessas variveis, foram produzidos os indicadores de Densidade Demogrfica (hab./hectares ), Mdia de Moradores por Domiclio (hab./domiclios), Razo de Sexo e Carga de Depend ncia.

    Anlise da populao residente no conjunto das Zona s de Pesquisa e Setores Censitrios da ADA

    Conforme a Tabela 5.3.1.3-2, a populao absoluta d a ADA corresponde a 17.734 habitantes. Deste total, 34,72% encontra-se na zona 92 (Francisco Matarazzo), embora esta possua menor rea territorial quando comparada com as outras tr s zonas inseridas na ADA.

    As quatro zonas juntas comportam 10.866 habitantes, representando 59,72% da populao da ADA. A maioria dessas pessoas reside na zona 92, conforme mencionado anteriormente, porm existe um vazio demogrfico nas zonas 90 e 91, loca lizadas ao norte da ferrovia.

    Esta realidade facilmente observada por meio dos Cartogramas 5.3.1.3-1 e 5.3.1.3-2, que trazem a quantidade absoluta de habitantes das zonas e setores censitrios localizados na ADA. No Cartograma 5.3.1.3-1 est representada, em forma de Nuvem de Pontos, a populao da ADA por zonas de pesquisa (OD-RMSP 2007) e setor censitrio (IBGE, 2000). Cada ponto equivale a 30 pessoas, podendo-se fazer uma leitura da figura, a qual expe claramente que as zonas 90 e 91 inseridas no permetro da Operao Ur bana Consorciada gua Branca, situadas na poro norte da ferrovia so reas de ocupao rarefeita, com baixa concentrao populacional quando comparadas com a poro sul da linha frrea. Essas mesmas informaes tambm podem ser observadas por meio do Cartograma 5.3.1.3-2, que mostra a distribuio da populao (valor absoluto) atravs da representao por crculos proporcionais.

    De fato, nas reas onde concentram maior nmero de habitantes, ao sul da ferrovia, existe uma ocupao residencial de padro vertical. Por outro lado, quando se observa a realidade das zonas 90 e 91, verifica-se que no h um adensament o residencial e sim industrial, comercial e institucional. Nessas reas, esto localizados gran des equipamentos urbanos como, por exemplo, os Fruns (Criminal e Trabalhista), o Play center, os Centros de Treinamento do Palmeiras e do So Paulo entre outros equipamentos urbanos. Tambm existem indstrias que ocupam grandes reas, como a Duratex Deca.

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    Cap.II-32

    A descrio dessa ocupao na ADA est detalhada no item 5.3.12.1 Caracterizao do Uso e da Ocupao do Solo na ADA , porm deve-se destacar essa realidade para compre ender a dinmica demogrfica desta rea ao norte da ferrovi a.

    Alguns setores censitrios se sobressaem em relao ao adensamento populacional, sobretudo aqueles localizados tambm ao sul da ferrovia. Entr e eles, temos os setores 860000122 e 860000121, pertencentes ao distrito de Perdizes.

    A poro oeste da ADA composta por trs pequenos setores (848000033, 848000034 e 848000035) que esto densamente ocupados, onde se l ocaliza o Condomnio Residencial Spirale Lapa.

    Na ADA existem 6.404 famlias, onde a zona 93 (Francisco Matarazzo), ainda se destaca, com um total de 2.615 famlias, o equivalente a 40,83% do total de famlias da ADA.

    Tabela 5.3.1.3-2Dados gerais da demografia da ADA

    Zona Denominao Populaoabsoluta

    PopulaoRelativa

    (%)

    Nmero de

    Famlias

    ValorRelativo do

    N. de Famlias

    90 Santa Marina 2.228 12,25 552 8,62

    91 Barra Funda 676 3,72 222 3,47

    92 Francisco Matarazzo 6.318 34,72 2.615 40,83

    93 gua Branca 1.644 9,04 640 9,99

    848000032 435 2,39 177 2,76

    848000033 704 3,87 262 4,09

    848000034 660 3,63 247 3,86

    848000035 680 3,74 262 4,09

    848000094 544 2,99 177 2,76

    848000096 358 1,97 113 1,76

    860000121 574 3,15 209 3,26

    860000122 885 4,86 306 4,78

    860000137 232 1,28 76 1,19

    860000138 365 2,01 111 1,73

    869000038 466 2,56 128 2,00

    869000039 547 3,01 180 2,81

    Setores Censitrios

    869000044 418 2,30 127 1,98 Total da ADA 17.734 97,47 6.404 100,00

    Fontes: Pesquisa Origem e Destino 2007 (OD-RMSP) Companhia do Metropolitano de So Paulo (METR/SP); IBGE Censo Demogrfico de 2 000 (Base de Informaes por Setor Censitrio).

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    Cap.II-33

    Fontes: Pesquisa Origem e Destino 2007 (OD-RMSP) Companhia do Metropolitano de So Paulo (METR/SP); IBGE Censo Demogrfico de 2000 (Base de Informaes por Setor Censitrio).

    Cartograma 5.3.1.3-1 - Distribuio da populao da ADA entre as Zonas de Pesquisa e Setores Censitrios Mtodo de representao Nuvem de Pontos

    Sem escala

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    Cap.II-34

    Fontes: Pesquisa Origem e Destino 2007 (OD-RMSP) Companhia do Metropolitano de So Paulo (METR/SP); IBGE Censo Demogrfico de 2000 (Base de Informaes por Setor Censitrio).

    Cartograma 5.3.1.3-2 - Distribuio da populao da ADA entre as Zonas de Pesquisa Mtodo de representao Crculos Proporcionais

    Alm da populao absoluta, o adensamento populacio nal deve ser analisado pelo indicador de densidade demogrfica, que representa o nmero de h abitantes por cada hectare. Na Tabela 5.3.1.3-3 e no Mapa da Densidade Demogrfica da ADA (AB 01 5P 016 0) possvel compreender a distribuio desse indicador ao longo da ADA e inferir relaes entre as reas internas da ADA.

    Quando se observa este indicador na ADA como um todo, verifica-se um baixo adensamento populacional, com 23 habitantes por hectare. No entanto, ao analisar as especificidades internas da ADA, verifica-se uma grande diferena entre as z onas de pesquisa e setores censitrios, sobretudo quando se compara as zonas localizadas ao norte e ao sul da ferrovia. Ou mesmo ao comparar os setores censitrios pertencentes aos di stritos de Perdizes (860000122 e 860000121) e Santa Ceclia (apenas o 869000038) com os demais, j que esses trs setores comportam densidades acima de 220 habitantes por hectare.

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    Cap.II-35

    Observando o Mapa da Densidade Demogrfica da ADA (AB 01 5P 016 0), fica claro onde se localizam os grandes conglomerados urbanos. Conforme j exposto anteriormente, nos locais onde h maior grau de verticalizao, a densidade d emogrfica mais acentuada, como nos setores censitrios dos distritos de Perdizes e San ta Ceclia, onde esto localizados os Condomnios Residenciais Ana Capri e Cabo Frio (Perdizes) e Mundo Apto Barra Funda (Santa Ceclia).

    Por outro lado, nas zonas 90-Santa Marina e 91-Barra Funda, os ndices de densidade demogrfica no ultrapassam os 8 hab/ha. Desta form a, atualmente na regio do permetro da Operao Urbana entre a linha frrea e a Marginal d o Tiet, onde esto previstos os adensamentos residenciais, existe baixa densidade demogrfica, que por sua vez poder ser acentuada, desde que sejam mantidas as condies pa ra boa qualidade ambiental urbana, incluindo dentre outras aes a implementao de r eas verdes, melhorias virias e de caladas, bem como a equidade do nmero de habitant es com a oferta de equipamentos urbanos de lazer, sade e educao.

    No livro Qualidade Ambiental e Adensamento Urbano Joo Carlos Nucci fala da dificuldade em se delimitar ndices para espaos livres e cita alg uns exemplos utilizados para a realidade brasileira, como o proposto por Medeiros (1975), que considerou 40m! de espao livre por habitante, a Emplasa (1994) que citou o valor de 41,7m!/hab como internacionalmente aceito e, mais recentemente, a Sociedade Brasileira de Arborizao Urbana, que props como ndice mnimo 15m!/hab para reas verdes pblicas destinad as recreao. (SBAU, 1996). Vale ressaltar que para o distrito Santa Ceclia, devido inexistncia de um ndice amplamente aceito e que pudesse ser aplicado realidade de seu estud o, Nucci considerou como ndice 5m! de espao livre pblico por habitantes (SBAU, 1996).

    Para a anlise da relao ideal de equipamentos de sade por habitante no existem padres nacionais ou internacionais validados para anlises comparativas, pois o indicador expressa uma combinao de fatores inerentes a realidades re gionais ou locais distintas. Dessa forma, no item 5.3.6.1 deste diagnstico, no Quadro 5.3.6.1-2 foi feito uma comparao entre o municpio de So Paulo e o Estado de So Paulo, sendo possve l verificar a disponibilidade de infraestrutura para o atendimento dos servios de s ade na AII. A mesma situao se aplica aos equipamentos de educao, que podem ser analisados no item 5.3.4.

    Conforme ocorreu na AID, para a ADA, nenhuma zona apresentou valores de densidade demogrfica superiores aos recomendados na literatu ra tcnica-cientfica, ou seja, maior que 400 hab/ha. No entanto, conforme especificado no item 5.3.1.2 deste relatrio, todos os especialistas no assunto qualidade ambiental urbana reiteram a necessidade de compatibilizar outras variveis para se chegar a um a boa qualidade ambiental em reas urbanas.

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    Cap.II-36

    Tabela 5.3.1.3-3Nmero de domiclios, densidade demogrfica e mdia de moradores por domiclio na

    ADA

    Zona Denominao Nmero de Domiclios

    Densidade Demogrfica

    (Hab./Hectare)

    Mdia de moradores

    pordomiclios

    90 Santa Marina 552 8 4,04

    91 Barra Funda 222 6 3,05

    92 Francisco Matarazzo 2.615 60 2,42

    93 gua Branca 640 23 2,57

    848000032 178 32 2,44

    848000033 262 32 2,69

    848000034 247 32 2,67

    848000035 262 32 2,60

    848000094 190 63 2,86

    848000096 121 63 2,96

    860000121 229 222 2,51

    860000122 306 222 2,89

    860000137 88 154 2,64

    860000138 129 154 2,83

    869000038 166 223 2,81

    869000039 199 30 2,75

    Setores Censitrios

    869000044 142 30 2,94 Total da ADA 6.548 23 2,71

    Fontes: Pesquisa Origem e Destino 2007 (OD-RMSP) Companhia do Metropolitano de So Paulo (METR/SP); IBGE Censo Demogrfico d e 2000 (Base de Informaes por Setor Censitrio).

    Outro dado demogrfico que ajuda a compreender a co ndio socioeconmica a mdia de moradores por domiclios, pois, geralmente, quanto maior o nmero de pessoas por domiclio, menor o grau de escolarizao e renda, portanto, ma ior a vulnerabilidade social. A mdia de habitantes por domiclios na ADA ficou em 2,71. No Mapa da Mdia de Moradores por Domiclio na ADA (AB 01 5P 017 0), possvel compreender a distribuio espacial d este indicador.

    A correlao entre o maior nmero de habitantes por domiclio e o grau de vulnerabilidade social pode ser feita quando se constata a existncia de c onglomerados de habitao subnormal (favela). Ao comparar o Cartograma 5.3.1.3-3 com os dados da Tabela 5.3.1.3-3, percebe-se que justamente na zona 90 onde existe a favela do Sapo que este indicador (Hab./Domiclio) apresenta-se maior (4,04).

    Quanto mdia de 2,71 habitantes por domiclios na ADA, pode-se dizer que baixa, pois no compreende nem um casal com um filho, que seriam 3 habitantes por domiclios. Comparando com o distrito de Santa Ceclia, por meio de dados por distritos disponveis no SEADE, a mdia de habitantes por domiclios nos dois distritos q uase igual. Sendo na Barra Funda 2,71 e na Santa Ceclia 2,72 habitantes por domiclios.

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    Cap.II-37

    Fonte: CEM Centro de Estudos da Metrpole (2000)

    Cartograma 5.3.1.3-3 - Localizao da favela inserida na ADA

    Os dados de distribuio da populao por gnero po dem ser consultados na Tabela 5.3.1.3-4. A populao masculina da ADA corresponde a 8.185 pe ssoas, enquanto a feminina de 9.550, mostrando que h maior quantidade de mulheres na AD A. Conforme explicado no item 5.3.1.2 ,ressalta-se que a Razo de Sexo mostra a predominn cia de homens ou mulheres em cada zona. Este indicador corresponde ao nmero de homen s para cada 100 mulheres na populao residente em uma determinada rea, no ano considera do. Quando a Razo igual a 100, significa que h o mesmo nmero de homens e mulhere s. Se a razo for menor que 100, entende-se que h menor nmero de homens. A razo de sexo na ADA foi de 86, mostrando que h maior participao feminina, contudo na zona 90 (Santa Marina), ocorreu o inverso, pois a razo de sexo foi de 109, ficando, portanto acima de 100, demonstrando que existia em 2007, maior nmero de homens nesta rea.

    Tabela 5.3.1.3-4Distribuio da populao da ADA por gnero

    Zona/Setor Homens Mulheres Razo de Sexo

    90 1.164 1.064 109 91 297 379 78

    92 2.910 3.408 85 93 723 921 78

    848000032 184 251 73

    848000033 313 391 80

    848000034 290 370 78

    848000035 303 378 80

    Sem Escala

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    Cap.II-38

    Zona/Setor Homens Mulheres Razo de Sexo

    848000094 237 308 77

    848000096 169 190 89

    860000121 255 320 80

    860000122 418 468 89

    860000137 107 126 85

    860000138 160 206 78

    869000038 207 260 80

    869000039 259 289 90

    869000044 193 225 86

    Total da ADA 8.185 9.550 86Fontes: Pesquisa Origem e Destino 2007 (OD-RMSP) Companhia do Metropolitano de So Paulo (METR/SP); IBGE Censo Demogrfico de 2000 (Base de Informaes por Setor Censitrio).

    A Tabela 5.3.1.2-5 apresenta os dados absolutos para dada zona e do total da ADA em relao ao nmero de habitantes por faixa etria.

    De forma geral, todas as zonas e setores inseridos na ADA possuem uma estrutura etria em fase de envelhecimento e no jovem, como pode ser v isto por meio do Grfico 5.3.1.2-1, o qual apresenta base (at 3 anos) estreita e topo (60 e m ais) alargado. Porm, em alguns casos o processo de envelhecimento apresenta-se mais desenvolvido como o caso da zona 93 (gua Branca) e em outros ainda em estgio intermedirio de envelhecimento, como acontece na zona 91 (Barra Funda) ver Grfico 5.3.1.2-1.

    Da mesma forma que verificado na AID, pode ser observado na ltima linha da Tabela 5.3.1.2-5, que a faixa etria onde concentra maior nmero de p opulao na ADA, corresponde aos idosos com mais de 60 anos de idade, com 22,2% da popula o, seguido da faixa dos 30 at 39 anos, englobando 15% da populao da ADA. Como resultado do processo de envelhecimento de uma regio, v-se que as faixas etrias mais ausent es na ADA so respectivamente: 4 a 6 anos e at 3 anos.

    Na estrutura etria da zona 91 (Barra Funda), verif ica-se que a base (at 3 anos) apresenta-se consideravelmente maior que o tero inferior (15 a 17 anos). Fato que no foi observado com essa intensidade nas outras zonas.

    O nmero expressivo de idosos e o fato de todas as zonas e setores inseridos na ADA possurem estrutura etria em fase de envelheciment o pode ser assumido como tendncia para o adensamento populacional no local, pois este suprir a falta de populao economicamente ativa, aumentando a oferta de mo-de-obra no local.

    Como j citado, no ano 2000, segundo informaes co nstantes do material por DEINFO-SEMPLA sobre RAIS, a relao de postos de trabalho por habitantes no distrito da Barra Funda de 3,3, quando a relao ideal segundo estudos do PITU 2025 seria da ordem de 0,4 postos de trabalho por habitantes (Termo de Referncia, 20 09). Isso demonstra que possvel um adensamento populacional na ADA sem comprometer as ofertas de emprego.

    Conforme salientado anteriormente cabe aqui destacar que, considerando a relao ideal de nmero de postos de trabalho por habitantes de 0,4 indicada pelo PITU 2025, a relao citada

  • EMPRESA MUNICIPAL DE URBANIZAO

    Cap.II-39

    de 3,3 postos de trabalho em 2000 alta. No estudo Elaborao de Modelagens Estatsticas e Mtodo de Abordagem dos Aspectos Relacionados Ava liao de Desempenho, Quantificao e Qualificao dos Sistemas de Circulao, Acessibi lidade e Mobilidade, Na rea de Abrangncia e Influncia da Operao Urbana gua Br anca elaborado pela Alvim Engenharia Planejamento Urbano e Transporte essa relao de em pregos por habitantes calculada utilizando como fonte os dados da Pesquisa OD 2007 e da TPCL 2006. Os valores para o ano de 2007 indicam uma relao ainda mais alta, de 8,1 empregos por habitantes no permetro da Operao Urbana Consorciada gua Branca.

    Tabela 5.3.1.2-5Distribuio da populao da ADA por faixa etria

    Populao por Faixa Etria (em anos) Zona/Setor at

    34 a 6

    7 a 10

    11 a 14

    15 a 17

    18 a 22

    23 a 29

    30 a 39

    40 a 49

    50 a 59

    60 e mais Total

    90 57 49 70 56 117 171 286 485 189 301 447 2.228 91 32 20 16 15 5 56 122 63 107 79 161 676 92 206 74 218 67 77 222 984 828 903 801 1.938 6.318 93 22 0 43 33 33 99 221 265 197 240 490 1.644

    848000032 21 10 22 23 24 39 40 73 69 43 71 435

    848000033 27 22 32 41 44 76 61 96 141 88 76 704

    848000034 21 23 32 41 27 55 73 113 109 86 80 660

    848000035 28 17 24 28 30 71 77 97 118 100 90 680

    848000094 18 16 26 34 29 50 56 98 79 64 74 544

    848000096 22 6 17 22 18 32 39 64 56 34 48 358

    860000121 21 7 18 32 34 57 59 71 88 73 114 574

    860000122 25 18 24 71 57 82 94 96 171 137 110 885

    860000137 12 7 9 12 7 16 22 39 43 22 43 232

    860000138 15 12 19 27 22 36 42 49 83 34 26 365

    869000038 23 9 16 24 22 69 67 69 83 47 37 466

    869000039 30 14 21 36 36 51 46 89 84 59 81 547

    869000044 25 15 36 25 21 34 56 71 57 30 48 418 Total da

    ADA 605 319 643 587 603 1.216 2.345 2.666 2.577 2.238 3.934 17.734

    Total da ADA (%)

    3,4 1,8 3,6 3,3 3,4 6,9 13,2 15,0 14,5 12,6 22,2 100,0

    Fontes: Pesquisa Origem e Destino 2007 (OD-RMSP) Companhia do Metropolitano de So Paulo (METR/SP); IBGE Censo Demogrfico de 2 000 (Base de Informaes por Setor Censitrio).

  • EMPRESA MUNICIPAL DE URBANIZAO

    Cap.II-40

    Zona 90(Santa Marina)

    0 100 200 300 400 500 600

    at 3

    4 a 6

    7 a 10

    11 a 14

    15 a 17

    18 a 22

    23 a 29

    30 a 39

    40 a 49

    50 a 59

    60 e mais

    Zona 91 (Barra Funda)

    0 50 100 150 200

    at 3

    4 a 6

    7 a 10

    11 a 14

    15 a 17

    18 a 22

    23 a 29

    30 a 39

    40 a 49

    50 a 59

    60 e mais

    Zona 92 (Francisco Matarazzo)

    0 500 1000 1500 2000 2500

    at 3

    4 a 6

    7 a 10

    11 a 14

    15 a 17

    18 a 22

    23 a 29

    30 a 39

    40 a 49

    50 a 59

    60 e mais

    Zona 93 (gua Branca)

    0 100 200 300 400 500 600

    at 3

    4 a 6

    7 a 10

    11 a 14

    15 a 17

    18 a 22

    23 a 29

    30 a 39

    40 a 49

    50 a 59

    60 e mais

    Total da ADA

    0 1000 2000 3000 4000 5000

    at 3

    4 a 6

    7 a 10

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    50 a 59

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    Fontes: Pesquisa Origem e Destino 2007 (OD-RMSP) Companhia do Metropolitano de So Paulo (METR/SP); IBGE Censo Demogrfico de 2000 (Base de Informaes por Setor Censitrio).

    Grfico 5.3.1.2-1 - Estrutura etria da ADA

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    Cap.II-41

    Utilizando as variveis de estrutura etria poss vel gerar o indicador denominado Carga de Dependncia (espacializado no Mapa da Carga de Dependncia da ADA AB 01 5P 018 0), o qual mostra a participao da populao de crianas , adolescentes e idosos, em tese, dependente da populao em idade ativa (PIA), que s o as pessoas entre 15 e 65 anos de idade. Ou seja, este indicador mostra a proporo ( %) da populao abaixo de 15 anos e acima de 60 anos em relao ao total de habitantes que re sidem na ADA.

    Este indicador permite inferir, indiretamente, rea s com disponibilidade de mo-de-obra em relao a oportunidades de emprego e/ou demanda por educao e formao profissional. Quando este indicador cruzado com a informao do nmero de postos de trabalho, podem-se inferir concluses a respeito da migrao pendular ou mesmo justificar o adensamento populacional. Por exemplo, caso uma rea possua alt a carga de dependncia e numerosos postos de trabalho, certo que grande parte da mo -de-obra que vai trabalhar todos os dias nesta rea, provm de outras regies.

    Conforme dito anteriormente, Moreira (2002) apresenta os grandes traos e as mudanas estruturais j ocorridas e as previstas para as pr ximas dcadas para a populao brasileira. Para tanto, analisa os contingentes populacionais brasileiros entre 1950 e 2050, observando a posio dos grupos de idades de 0 a 14 anos, de 15 a 64 anos e os acima de 65 anos de idade, para assim indicar as Cargas de Dependncia Total p ara cada dcada, entre outros indicadores.

    Enfatiza-se o fato de que nessa anlise, Moreira (2 002) apresenta a evoluo ocorrida entre 1950 e 2000 e projeta a evoluo esperada entre 200 0 e 2050, mostrando como a Carga de Dependncia Total de 80,3% em 1950 vem se reduzindo at alcanar o patamar de 51,4% em 2000, devendo decrescer ainda mais at 2010, quando alcanaria 46,2%, e que ento deve comear a crescer novamente, at 59,6% em 2050, dev ido ao incremento do contingente de idosos.

    Mostra ainda o momento, que se estender at 2020/2 5 aproximadamente, que foi caracterizado por Carvalho e Wong (1995, apud MOREIRA, 2002) como uma window opportunity, tambm chamada de bnus demogrfico , que seria a oportunidade de eliminar, ou pelo menos reduzir, no mbito das polticas pblicas, a grande defasage m dos nveis de escolaridade e de atendimento sade hoje existente. Esse correspond e ao perodo em que a dependncia jovem estar cada vez mais reduzida e a dependncia idosa ainda estar crescendo de forma pouco acelerada.

    Da mesma forma que para a AID, os percentuais definidos nesse trabalho foram adotados aqui como uma escala, correspondentes ao grau da transi o demogrfica ocorrida em cada um desses momentos no pas como um todo, de modo a constituir uma referncia para a anlise dos dados da AID e ADA.

    Os patamares adotados para o Brasil foram: entre 73,1% e 64,1%, Cargas de Dependncia Total correspondentes s de 1980 e 1990; entre 64,1 % e 51,4%, Cargas de Dependncia Total correspondentes s de 1990 e 2000; entre 51,4% e 43 %, Cargas de Dependncia Total correspondentes de 2000 e estimada para 2010 estas foram as Cargas de Dependncia Total adotadas no trabalho de Moreira (2002). Calculando a carga de dependncia das zonas de pesquisa da ADA, nota-se que a maioria delas, encontra-se em patamar menor que o mnimo estipulado por Moreira (2002), que foi de 43% para o ltimo perodo (2000 a 2010). Portanto, foram criadas classes especficas para acomodar os dados encontrados, sendo elas: entre 43% a 35%, 35% a 30%, 30% a 27% e 27% a 23% como pode ser visto no Mapa da Carga de Dependncia da ADA AB 01 5P 018 0.

    Na Tabela 5.3.1.3-6 esto exibidos os valores de Ca rga de Dependncia entre as zonas de pesquisa e setores censitrios que perfazem a ADA. A partir desta tabela e do mapa, pode-se

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    Cap.II-42

    dizer que predominam o intervalo de cargas de dependncia entre 35% a 30%, sobretudo na poro noroeste e oeste da ADA.

    A carga de dependncia entre 43% a 35% est present e na rea do permetro da Operao Urbana Consorciada gua Branca, nas zonas 91, 92 e 93. Entretanto, esse intervalo tambm aparece nos setores 869000044 (leste da ADA) e 860000137 (sudoeste da ADA).

    Na ADA como um todo, a Carga de Dependncia ficou e m 34,3%. Com isso, pode-se dizer que a composio demogrfica da ADA na poro oeste pos sui maior nmero absoluto e relativo (proporcional) de pessoas em idade produtiva, quando comparada com a poro sudeste.

    Os indicadores de densidade demogrfica e carga de dependncia permitem considerar que a ADA na regio do permetro da Operao Urbana Conso rciada gua Branca ao norte da ferrovia comporta baixa densidade demogrfica, quando comparado com as demais reas. Ou seja, a poro central da ADA possui ocupao rare feita, com poucos residentes.

    Isto demonstra um potencial para adensamento residencial. Contudo, como j mencionado no diagnstico da AID, de suma importncia analisar outros indicadores para avaliar a possibilidade de adensamento residencial. Dentre os diversos indicadores, deve-se atentar para a existncia de reas verdes e espaos pblicos par a lazer, capacidade de transporte pblico, reas com potencial de enchente e poluio (ar, sol o, gua e rudo), equipamentos urbanos de sade e educao e etc. Tudo isso para se chegar a uma situao tima da qualidade ambiental urbana, visando manter e ampliar a qualidade de vida da atual e futura populao que ocupar o territrio criado pela Operao Urbana Consorciada gua Branca.

    Tabela 5.3.1.3-6Distribuio da Carga de Dependncia na ADA

    Zona Denominao Carga de Dependncia (%)

    90 Santa Marina 30,5

    91 Barra Funda 36,1

    92 Francisco Matarazzo 39,6

    93 gua Branca 35,8

    848000032 33,8

    848000033 28,1

    848000034 29,8

    848000035 27,5

    848000094 30,9

    848000096 32,1

    860000121 33,4

    860000122 28,0

    860000137 35,8

    860000138 27,1

    869000038 23,4

    869000039 33,3

    Setor Censitrio

    869000044 35,6 Total da ADA 34,3

    Fontes: Pesquisa Origem e Destino 2007 (OD-RMSP) Companhia do Metropolitano de So Paulo (METR/SP); IBGE Censo Demogrfico de 2 000 (Base de Informaes por Setor Censitrio).

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    Cap.II-43

    5.3.1.4) Sntese dos Aspectos Relevantes

    9 A rea Diretamente Afetada ADA para o Meio Socioeconmico foi delimitada atravs das zonas de pesquisa (OD-RMSP 2007), localizadas dentro do permetro da Operao Urbana Consorciada gua Branca, alm dos setores ce nsitrios do IBGE (2000) onde esto previstas as intervenes no virio recomenda das pela CET (Companhia de Engenharia de Trfego), cuja localizao extrapola os limites do permetro da Operao Urbana.

    9 A populao absoluta da ADA corresponde a 17.734 h abitantes.

    9 As zonas 90 (Santa Marina) e 91 (Barra Funda) inseridas no permetro da Operao Urbana Consorciada gua Branca, situadas na poro norte da ferrovia so reas de ocupao rarefeita, com baixa concentrao popula cional quando comparadas com a poro sul da linha frrea.

    9 De fato, nas reas onde concentram maior nmero de habitantes, ao sul da ferrovia, existe uma ocupao residencial de padro vertical. Por outro lado, quando se observa a realidade das zonas 90 (Santa Marina) e 91 (Barra Funda), verifica-se que no h um adensamento residencial e sim industrial, comercial e institucional. Nessas reas, esto localizados grandes equipamentos urbanos como, por exemplo, os Fruns (Criminal e Trabalhista), o Playcenter, os Centros de Treinamento do Palmeiras e do So Paulo entre outros equipamentos urbanos. Tambm existem i ndstrias que ocupam grandes reas, como a Duratex Deca.

    9 Atualmente na regio do permetro da Operao Urba na entre a linha frrea e a Marginal do Tiet, onde esto previstos os adensamentos resi denciais, existe baixa densidade demogrfica, que por sua vez poder ser acentuada, desde que sejam mantidas as condies para boa qualidade ambiental urbana, incl uindo dentre outras aes a implementao de reas verdes, melhorias virias e de calada, bem como a equidade do nmero de habitantes com a oferta de equipamento s urbanos de lazer, sade e educao.

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