fatores associados à inatividade física e ao comportamento
TRANSCRIPT
2020
Escola de Nutrição
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição
PPGSN
Dissertação
Fatores associados à
inatividade física e ao
comportamento sedentário
em egressos da coorte de
universidades mineiras
(Projeto CUME)
Ana Carla de Alcantara
Ana Carla de Alcantara
FATORES ASSOCIADOS À INATIVIDADE FÍSICA E AO COMPORTAMENTO
SEDENTÁRIO EM EGRESSOS DA COORTE DE UNIVERSIDADES MINEIRAS
(PROJETO CUME)
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Saúde e Nutrição da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), como requisito para obtenção do título de Mestre em Saúde e Nutrição. Área de Concentração: Nutrição em Saúde Coletiva Orientadora: Prof.a Dra. Adriana Lúcia Meireles Coorientadores: Prof.a Dra. Júlia Cristina C. Carraro e Prof. Dr. Fernando Luiz Pereira de Oliveira
Ouro Preto, MG
2020
Alcantara, Ana Carla De .AlcFatores associados à inatividade física e ao comportamentosedentário em egressos da Coorte de Universidades Mineiras (ProjetoCume). [manuscrito] / Ana Carla De Alcantara. - 2020.Alc94 f.: il.: color., gráf., tab..
AlcOrientadora: Profa. Dra. Adriana Lúcia Meireles.AlcCoorientadores: Prof. Dr. Fernando Luiz Pereira de Oliveira, Profa. Dra.Júlia Cristina Cardoso Carraro.AlcDissertação (Mestrado Acadêmico). Universidade Federal de OuroPreto. Escola de Nutrição. Programa de Pós-Graduação em Saúde eNutrição.AlcÁrea de Concentração: Saúde e Nutrição.
Alc1. Exercícios físicos. 2. Comportamento. 3. Doenças crônicas . I.Carraro, Júlia Cristina Cardoso. II. Meireles, Adriana Lúcia. III. Oliveira,Fernando Luiz Pereira de. IV. Universidade Federal de Ouro Preto. V.Título.
Bibliotecário(a) Responsável: Sonia Marcelino - CRB6/2247
SISBIN - SISTEMA DE BIBLIOTECAS E INFORMAÇÃO
A347f
CDU 616-036.12(815.1)
22/01/2021 SEI/UFOP - 0126653 - Folha de Aprovação Dissertação
https://sei.ufop.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=143162&infra_sistema=10000… 1/1
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
REITORIA ESCOLA DE NUTRICAO
PROGRAMA DE POS-GRADUACAO EM SAUDE ENUTRICAO
FOLHA DE APROVAÇÃO
Ana Carla de Alcantara
Fatores associados à ina�vidade �sica e ao comportamento sedentário em egressos de universidades mineiras
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição da Universidade Federalde Ouro Preto como requisito parcial para obtenção do �tulo de Mestre.
Aprovada em 18 de fevereiro de 2020
Membros da banca
Dra. Adriana Lúcia Meireles - Orientadora - Universidade Federal de Ouro PretoDra. Aline Elizabeth da Silva Miranda - Pitágoras
Dra. Milene Cris�ne Pessoa - Universidade Federal de Minas Gerais
Adriana Lúcia Meireles, orientadora do trabalho, aprovou a versão final e autorizou seu depósito no RepositórioIns�tucional da UFOP em 22/01/2021
Documento assinado eletronicamente por Adriana Lucia Meireles, PROFESSOR DE MAGISTERIO SUPERIOR,em 22/01/2021, às 14:18, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decretonº 8.539, de 8 de outubro de 2015.
A auten�cidade deste documento pode ser conferida no site h�p://sei.ufop.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0 , informando o código verificador 0126653 e ocódigo CRC 14DB2197.
Referência: Caso responda este documento, indicar expressamente o Processo nº 23109.000633/2021-48 SEI nº 0126653
R. Diogo de Vasconcelos, 122, - Bairro Pilar Ouro Preto/MG, CEP 35400-000 Telefone: - www.ufop.br
AGRADECIMENTOS
Gratidão é, segundo o Dicionário Aurélio, a tentativa de transmitir a outrem o
agradecimento por aquilo que se recebeu.
Porém, acredito ser impossível descrever, ou ainda, demonstrar o quanto tenho
vontade, necessidade e obrigação de agradecer à Adriana, por ter aceitado por
intermédio de Margareth e, por Deus, a oportunidade a mim concedida.
Todos nós passamos, diariamente, por situações de alegrias, angústias,
vitórias e decepções. Entretanto, algumas, por vezes, machucam ou alegram mais
que outras. E, nesse sentido, vamos construindo as escadas para as superações e
realizações.
Em 2017, quando vim realizar a prova de seleção para o mestrado 2018,
encontrava-me no fundo do poço. Após longos 10 anos de dedicação, havia sido
demitida sem motivo sólido e, ainda que tenha certeza de que sempre fiz o melhor
trabalho, melhor atendimento às pessoas, pautado sempre por respeito e honraria, os
porquês atormentavam, doíam, consumiam-me. E, sentindo-me incapaz, decidi a
duas horas da partida do ônibus, vir realizar a prova. Foram 16 horas de estrada.
Cheguei num domingo frio, chuvoso, no qual só foi possível ir à missa na linda Igreja
do Pilar, pedir forças à Deus entre quase hora e meia de lágrimas, lágrimas e soluços.
Pedidos sinceros de compaixão e piedade para que eu fizesse uma boa prova e
conseguisse me levantar. Após alguns dias, visualizo o resultado de atendimento à
pontuação necessária para a prova escrita, a alegria e gratidão à Deus foi imensa.
Vida seguindo, continuei estudando para uma prova no Tocantins para
trabalhar no SESC. Dia 29 de janeiro de 2018, saíram os dois resultados, lista de
espera do mestrado e aprovação em Palmas. Um balde de água fria no sonho de fazer
o mestrado e alegria pela aprovação na seleção para o trabalho. Desço mil e trezentos
quilômetros para buscar a mudança e retornar, em três dias, para Palmas: ida e volta
sob muita chuva, medos e incerteza. Foram-se, então, três mil quilômetros em três
dias.
Assumi meu emprego, salário de ruim a regular, cidade nova, desafios
inimagináveis, problemas aparentemente com investimento alto necessário, porém
sem perspectivas de liberação de gastos. “- Respira, você vai conseguir”, eu pensava
todos os dias. Mas, o sonho atentava!! “Vá, envie e-mail, verifique se não haverá
segunda chamada”. Negativa seca, nua e crua. “Vá tente de novo, você chegou perto”.
“Não desista, envie e-mails para possíveis orientadores!!!” Assim fiz. Nesse momento,
após alguns dias, recebo uma proposta de reunião em Ouro Preto, às 14 h (salvo
engano). Compro passagem de imediato, sem pensar duas vezes; na correria e na
emoção, deixo o carro no aeroporto de Palmas (pasmem, aberto) e sigo rumo às
Minas Gerais. Entro no ônibus das 09 h da manhã, sentido Belo Horizonte – Ouro
Preto, a sensação era de glória.
Quem disse que é para ser fácil? Tem que ser difícil!!
Uma carreta de álcool tomba na pista, sem previsão de liberação. Uma hora,
duas, três, quatro... nenhuma previsão. Sem água, sem comida, sem banheiro, sem
internet, no meio da estrada e a hora da reunião se aproximava. Ligo na secretaria,
recebo a negativa de obter o celular de Adriana; tento enviar e-mail avisando do
ocorrido e não consigo. Ligo novamente, pedindo para avisá-la do imprevisto, que
minha ausência era mesmo por imprevisto e, novamente, recebo a negativa de que
pudessem avisá-la. Até minha irmã, coloquei para tentar ligar e avisar, mas nada. O
mundo caiu, o chão se abriu. Mas Deus nos ampara!
Eis que me lembro de Margareth Corrêa, pessoa humana, humilde, que foi
nossa professora na graduação e que é sempre muito presente e atuante nos grupos
de Whatsapp e Facebook. Conto-lhe a saga, o desespero e imploro o telefone da
professora Adriana. E, com a Graça de Deus, ela me passou. Ligo. “– Professora, sou
Ana Carla, venho de Palmas para uma reunião, estou na estrada, uma carreta
tombada, sem previsão, etc.”. Do outro lado da linha, uma voz doce, acolhedora,
serena, diz: “- mas por que não avisou que estava em Palmas, poderíamos ter feito
por Skype a reunião!” Conclusão, fizemos a reunião por telefone: eu ali, no meio da
estada. Cheguei a Ouro Preto à meia-noite daquele dia, apenas para comer um caldo
horrível, próximo à praça Tiradentes, tomar um banho e retornar para BH às 06 h da
manhã do dia seguinte e, consequentemente, para Palmas.
Gratidão!! Ah, gratidão!!! Nem se eu lhe escrever em caixa alta: GRATIDÃO,
será possível demonstrá-la e transmiti-la à Adriana, à Margareth e à Deus.
Começava ali, a escalada lá do fundo do poço rumo ao topo.
Cada dia tento ficar sóbria dos pensamentos ruins para vencer e conquistar o
sonho de me tornar mestre. Estar sóbria nesses dois anos só foi possível por que
Deus me concedeu a melhor turma, as melhores amigas e companheiras, a melhor
cidade, a melhor psicóloga, a melhor família.
G R A T I D Ã O! G R A T I D Ã O! G R A T I D Ã O! G R A T I D Ã O!
Agradeço ainda ao meu pai, Otacílio, às minhas irmãs Simone e Carla Maria,
pela família maravilhosa que somos.
Ao Leandro pelo companheirismo, carinho e otimismo diário.
À Jamille, que foi mais que uma amiga, uma irmã de irmandade (Caso Sério) e
de alma. Obrigada pelo acolhimento, ensinamentos, companheirismo e alegrias.
Obrigada pelo pitico lindo que só trouxe beleza, alegria e carinho ao nosso lar.
Agradeço aos amigos da turma de Mestrado 2018: Aniquele, Fátima, Géssica,
Janaína, Laise, Lilian, Patrícia, Thaís, Tiago e Waléria pelo companheirismo, pelos
sorrisos, pela força de sempre, uns pelos outros, que se fez tão importante nos últimos
24 meses. Sem vocês, esse caminho teria sido mais difícil, bem mais difícil. Vocês
foram serenidade em dias de tormentas, foram luz em dias de abismo, foram amor em
dias de vitórias. A união entre amigas, com certeza, torna a vida mais completa.
Gratidão, eterna!
À Magda, agradeço por toda serenidade, lucidez e desprendimento, sempre
pronta a ensinar.
À Raquel Mendonça, agradeço pelo conhecimento transmitido com sorriso e
alegria.
À Júlia, meus agradecimentos pela disponibilidade, pelo conhecimento
transmitido e pelo exemplo de profissionalismo e amor ao que faz. Com certeza, uma
grande educadora. Gratidão!
À Nathalia, agradeço pelo apoio.
À Flávia Perdigão, pela profissional de Psicologia incrível que é: humana,
serena, lúcida, alegre e disponível. Obrigada por me trazer à vida em meu momento
de mais profundo abismo e escuridão.
Agradeço ao grupo de Pesquisa GPENSC pela troca de conhecimento a cada
encontro. Desejo sucesso e vida longa!
Ao Projeto CUME, gratidão pela oportunidade de participar de uma pesquisa
de tamanha grandeza e importância.
À Marcella (secretária PPGSN), obrigada por tudo, ainda que fosse da rotina.
A todos que compartilharam de minhas alegrias e tristezas nesses anos, muito
obrigada. “Na vida, nada é vão ou é benção ou é lição!” (Autor desconhecido).
Epígrafe
E nós, que cremos, reconhecemos o amor que Deus tem para conosco. Deus é
amor: quem permanece no amor, permanece em Deus, e Deus permanece nele.
(1Jo 4,16)
RESUMO
É de extrema relevância conhecer os riscos à saúde que corroboram para o
aparecimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), entre eles os
comportamentos ligados à inatividade física e ao comportamento sedentário da
população brasileira. Diante disso, objetiva-se conhecer a prevalência de inatividade
física, o tempo em minutos dispendidos em comportamento sedentário, e ainda, os
fatores associados a esses comportamentos de maneira individual e combinados nos
participantes da linha de base da coorte de universidades mineiras (CUME). Trata-se
de estudo transversal envolvendo 4.266 indivíduos graduados ou pós-graduados que
responderam ao questionário on-line. Estimou-se o comportamento sedentário por
meio do tempo sentado total que foi em seguida categorizado pela mediana. A prática
de atividade física foi avaliada de acordo com o tempo de atividade física moderada e
vigorosa e categorizada segundo as diretrizes da WHO (2011). As variáveis
explicativas avaliadas foram: sociodemográficas (sexo, idade, renda familiar, estado
civil, cor da pele, escolaridade, situação profissional, área de estudo, estado de
moradia), hábitos de vida (fumo e consumo de álcool), condições de saúde (perfil
nutricional, morbidade referida, autoavaliação de saúde). Utilizou-se o programa
estatístico R (pacote net do Rstudio, versão 1.2.1335). Os resultados apontaram que
a prevalência de inativos fisicamente foi de 41,7% e a mediana do tempo sentado total
foi de 420 minutos por dia (7 horas). Ao avaliar a combinação das variáveis, a
prevalência de alto comportamento sedentário e inativos fisicamente foi de 18,3%; alto
comportamento sedentário e ativos fisicamente foi de 23,3%; baixo comportamento
sedentário e inativos fisicamente foi de 23%; e inativos e baixo comportamento
sedentário foi de 35,3%. Os fatores associados às combinações estabelecidas foram
ter a cor da pele branca com o grupo inativo fisicamente / alto comportamento
sedentário (OR= 0,62; IC95% 0,39 – 0,93) e sobrepeso com inativo fisicamente / baixo
comportamento sedentário (OR= 1,96; IC95% 1,02 – 3,79), sendo referência o grupo
ativo / baixo comportamento sedentário. Concluiu-se, com base nos resultados desta
pesquisa, que os indivíduos adultos mais vulneráveis ao alto comportamento
sedentário e inativos fisicamente (Indesejável) são as pessoas não brancas e, aquelas
mais susceptíveis ao baixo comportamento sedentário e inativos fisicamente
(Intermediário 2) são indivíduos classificados com sobrepeso. As variáveis associadas
ao CS (p<0,05) foram idade, estado civil, escolaridade, estado que vive, situação
profissional e com a prática de AF (p<0,05) foram idade, sexo, estado civil, renda
familiar, hábito de fumar, consumo de bebida alcoólica. A identificação desses grupos
mais vulneráveis aos comportamentos combinados ou não pode colaborar para a
identificação e proposição de ações de controle desses comportamentos na
população estudada.
Palavras-chave: Comportamento sedentário. Atividade física. Doenças crônicas não
transmissíveis.
ABSTRACT
It is extremely important to know the health risks that corroborate the appearance of
Chronic Non-Communicable Diseases (NCDs), including the behaviors linked to
physical inactivity and the sedentary behavior of the Brazilian population. Therefore,
the objective is to know the prevalence of physical inactivity, the time in minutes in
sedentary behavior, as well as the factors associated with these behaviors combined
in the graduates of Minas Gerais universities. To this end, a cross-sectional study was
carried out in the “CUME Project - Cohort of Universities in Minas Gerais: impact of the
Brazilian food pattern and the nutritional transition on non-communicable diseases and
conditions”, involving 4,266 adult individuals, graduates or post-graduates between
1994 and 2018 in Minas Gerais universities (UFV, UFMG, UFOP, UFLA and UFJF),
who answered the online questionnaire. Sedentary behavior was estimated by
dichotomizing the total sitting time by the median. The practice of physical activity was
assessed according to the time of moderate and vigorous physical activity, and was
categorized according to WHO guidelines (2011). The explanatory variables evaluated
were sociodemographic (gender, age, family income, marital status, skin color,
education, professional situation, study area, state in which you live), lifestyle (smoking
and alcohol consumption), living conditions health (BMI, reported morbidity, health self-
assessment). The results showed that the prevalence of physically inactive was 41.7%.
Among the combined variables, the prevalence of high sedentary and physically
inactive behavior was 18.3%; high sedentary behavior and physically active was
23.3%; low sedentary behavior and physically inactive was 23%; and inactive and low
sedentary behavior was 35.3%. The median sitting time was 420 minutes per day (7
hours). When assessing the combination of variables, the prevalence of high sedentary
and physically inactive behavior was 18.3%; high sedentary and physically active
behavior was 23.3%; low sedentary behavior and physically inactive was 23%; and
inactive and low sedentary behavior was 35.3%. The factors associated with the
established combinations were having a white skin color with the physically inactive
group / high sedentary behavior (OR = 0.62; 95% CI 0.39 - 0.93) and being overweight
with physically inactive / low sedentary behavior (OR = 1.96; 95% CI 1.02 - 3.79), with
reference to the active / low sedentary behavior group. It was concluded, based on the
results of this research, that the adult individuals most vulnerable to high sedentary
behavior and physically inactive (Undesirable) are non-white people and those most
susceptible to low sedentary behavior and physically inactive (Intermediate 2) are
individuals classified as overweight. The variables associated with SC (p <0.05) were
age, marital status, education, living status, professional situation and with PA practice
(p <0.05) were age, sex, marital status, family income, smoking, consumption of
alcoholic beverages. The identification of these groups most vulnerable to combined
behaviors or cannot contribute to the identification and proposition of actions to control
these behaviors in the studied population
Keywords: Sedentary behavior. Physical activity. Chronic noncommunicable
diseases.
LISTAS DE FIGURAS
Figura 1 – Organograma e definição operacional para os construtos comportamento
sedentário e atividade física ...................................................................................... 21
Figura 2 – Combinações para as classificações de atividade física e comportamento
sedentário pelas quais podem perpassar os indivíduos ............................................ 31
Figura 3 – Tipos de instrumentos de investigação e pontos de corte para
comportamento sedentário e atividade física leve ..................................................... 34
Figura 4 – Modelo conceitual de associação das variáveis sociodemográficas e estilo
de vida ao comportamento sedentário e à inatividade física ..................................... 35
Figura 5 – Fluxograma de determinação da amostra da linha de base (CUME) para
este subprojeto .......................................................................................................... 38
Figura 6 – Prevalência dos principais fatores de risco para DCNT entre egressos de
universidades mineiras, segundo o sexo .................................................................. 43
Figura 7 – Prevalência dos grupos combinados do comportamento sedentário e
atividade física ........................................................................................................... 51
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Prevalência do comportamento sedentário e de prática de atividade física,
segundo variáveis demográficas, hábitos de vida e condições de saúde entre egressos
de universidades mineiras, Brasil .............................................................................. 45
Tabela 2 - Análise multivariada entre as variáveis sociodemográficas e hábitos de vida
com a variável comportamento sedentário entre os egressos de universidades
mineiras (CUME), Brasil ............................................................................................ 48
Tabela 3 – Análise multivariada entre as variáveis sociodemográficas, hábitos de vida
e condições de saúde com a variável atividade física entre egressos de universidades
mineiras (CUME), Brasil ............................................................................................ 49
Tabela 4 - Regressão multinomial para os hábitos combinados (comportamento
sedentário e prática de atividade física) entre egressos de universidades mineiras
(CUME), Brasil .......................................................................................................... 52
LISTA DE ABREVIATURAS
ACSM American College of Sport Medicine
AFCS Atividade Física e Comportamento Sedentário
AF Atividade Física
AFL Atividade Física Leve
AFM Atividade Física Moderada
AFMV Atividade Física Moderada e Vigorosa
AFV Atividade Física Vigorosa
ATVBCS Ativo fisicamente e baixo comportamento sedentário
ATVACS Ativo fisicamente e alto comportamento sedentário
CS Comportamento Sedentário
CUME Coorte de Universidades Mineiras
DCNT Doenças Crônicas Não Transmissíveis
DF Distrito Federal
FAPEMIG Fundação Amparo à pesquisa do Estado de Minas Gerais
HDL-C Lipoproteína de alta densidade - colesterol
INATBCS Inativo fisicamente e baixo comportamento sedentário
INATACS Inativo fisicamente e alto comportamento sedentário
IMC Índice de Massa Corporal
IPAQ Questionário Internacional de atividade física
MET Metabolic Equivalent of Task
Min/dia Minutos por dia
Min/sem Minutos por semana
NAF Níveis de Atividade Física
NCDs Chronic Non-Communicable Diseases
OMS Organização Mundial da Saúde
PAC Programa de Aceleração do Crescimento
PI Piauí
PNS Pesquisa Nacional de Saúde
PeNSE Pesquisa Nacional sobre Saúde do Escolar
QFCA Questionários de Frequência de Consumo Alimentar
RS Rio Grande do Sul
SM Salário Mínimo
SAPASEN The South American Physical Activity and Sedentary Behavior Network
SC Santa Catarina
SP São Paulo
TST Tempo sentado total
UFJF Universidade Federal de Juiz de Fora
UFLA Universidade Federal de Lavras
UFMG Universidade Federal de Minas Gerais
UFOP Universidade Federal de Ouro Preto
UFV Universidade Federal de Viçosa
VIGITEL Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas
por inquérito telefônico
VLDL-C Lipoproteína de muito baixa densidade - colesterol
WHO World Health Organization
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14
2 REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................. 18
2.1 Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT): conceito e fatores de risco ...... 18
2.2 Atividade Física: conceito e domínios ................................................................. 19
2.2.1 Atividade física: importância para a saúde e recomendações .......................... 21
2.2.2 Prevalência da prática de atividade física na população adulta ....................... 23
2.2.3 Atividade física: políticas internacionais e nacional .......................................... 24
2.3 Comportamento sedentário: definição e classificação ........................................ 26
2.3.1 Comportamento sedentário como fator de risco à saúde e fatores associados
.................................................................................................................................. 29
2.4 Comportamentos associados: comportamento sedentário e inatividade física ... 30
2.5 Comportamento sedentário e atividade física: métodos de avaliação ................. 31
3 MODELO CONCEITUAL ........................................................................................ 35
4 OBJETIVOS ........................................................................................................... 36
4.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 36
4.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 36
5 METODOLOGIA ..................................................................................................... 37
5.1 Coorte de Universidades Mineiras (CUME) ......................................................... 37
5.3 Delineamento do presente estudo ....................................................................... 38
5.4 Variáveis do estudo ............................................................................................. 39
5.4.1 Variáveis dependentes ..................................................................................... 39
5.4.1.1 Atividade física .............................................................................................. 39
5.3.1.2 Comportamento sedentário ........................................................................... 39
5.3.1.3 Variáveis desfecho agrupadas: atividade física e comportamento sedentário
(AFCS) ...................................................................................................................... 40
5.3.2 Variáveis independentes .................................................................................. 40
5.4 Análises estatísticas ............................................................................................ 41
5.5 Cuidados éticos ................................................................................................... 42
6 RESULTADOS ....................................................................................................... 43
7 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 55
8 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 64
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 65
APÊNDICE A – Tabelas com descrição da amostra com a distribuição do tempo
sentado e as variáveis sociodemográficas, hábitos de vida e condições de saúde .. 82
APÊNDICE B – Tabelas com descrição da amostra com a distribuição do tempo de
atividade física com as variáveis sociodemográficas, hábitos de vida e condições de
saúde ........................................................................................................................ 86
ANEXO A - PARECER DA UFV ................................................................................ 90
ANEXO B – PARECER DA UFMG ............................................................................ 91
ANEXO C – PARECER DA UFOP ............................................................................ 92
ANEXO D – PARECER DA UFJF ............................................................................. 93
14
1 INTRODUÇÃO
O corpo humano foi biologicamente preparado para se locomover, porém, ao
longo de anos de mudanças demográficas, epidemiológicas e nutricionais, sobretudo
a partir do século XIX, foram crescentes as alterações ocorridas nos ambientes de
trabalho, lares, transporte e atividades de lazer, que estimularam a permanência
sentada e o aumento de tarefas que requerem cada vez menos movimentação da
musculatura esquelética (KATZMARZYK, 2010, DUNSTAN, 2012, MATTHEWS et al.,
2012, WILLIAMS et al., 2014).
Owen e colaboradores (2010) afirmaram que a sociedade moderna está sendo
planejada, física e socialmente, para que os indivíduos estejam principalmente
sentados, seja em casa, no trabalho, no transporte ou no lazer (OWEN et al., 2010).
Essas transições alteraram o perfil de morbimortalidade no Brasil e no mundo, pois
promoveram redução do gasto energético total, potencializando, assim, a ocorrência
de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) (HALLAL et al., 2012a).
Algumas barreiras têm sido levantadas como possíveis fatores que, em geral,
impossibilitam a prática de atividade física de lazer. Alguns estudos identificaram que
a barreira que mais prevalece para a não prática de Atividade Física (AF) são,
segundo Thomaz e colaboradores (2010), em estudo realizado no Brasil (n=469), falta
de tempo (51%); falta de disposição (27,4%); problemas de saúde (5,8%) e outros –
não gosta, clima desfavorável, falta de recursos financeiros, alta de local adequado
(15,8%) (THOMAZ et al., 2010). Outros aspectos sociais podem corroborar para a
diminuição da prática de AF como inexistência de espaços públicos, falta de
segurança durante as práticas e insegurança nos bairros (PITANGA et al., 2014).. Os
autores sugerem, ainda, que, além desses itens, as elevadas jornadas de trabalho e
a alta disponibilidade tecnológica favorecem a adoção do Comportamento Sedentário
(CS) (PITANGA et al., 2014).
Mas há alguns fatores que impactam grupos específicos. Itens como clima,
pouco apoio da família e amigos, falta de motivação, baixa qualidade dos espaços
públicos são encontrados como barreiras mais prevalentes em idosos (CASSOU et
al., 2011). Morar longe do local de trabalho e, assim, acumular maior tempo no trajeto
(deslocamento), acumular duplas jornadas de trabalho e horas extras para
complementação de renda são fatores que reduzem o tempo livre para AF de
15
indivíduos pertencentes às camadas menos favorecidas da população (BURTON;
TURRELL, 2000).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (2015), as DCNT, tais como câncer,
doenças respiratórias, cardíacas, derrames e diabetes, estão entre as principais
causas de morte pelo mundo (WHO, 2015). Muitas delas possuem como origem
fatores genéticos e comportamentais (WHO, 2011). Por se tratar de uma epidemia
silenciosa que prejudica o desenvolvimento econômico de muitos países, muitas
ações de saúde pública são propostas visando o combate dessas doenças com foco
nos aspectos comportamentais, uma vez que os aspectos genéticos não são
modificáveis (WHO, 2014).
Os dados brasileiros da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para
Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) trouxeram dados alarmantes
referentes às DCNT no Brasil, mostrando um aumento, nos últimos 10 anos, em 61,8%
do número de diagnóstico de diabetes, 14,2% de hipertensão arterial, 26,3% para
excesso de peso e 60% para obesidade (BRASIL, 2017). Considerando que as DCNT
representam 72% da taxa de mortalidade no Brasil (SCHMIDT, 2012), que tais
enfermidades podem substancialmente prejudicar a qualidade de vida e,
consequentemente, afetar o processo de envelhecimento saudável (TRIBESS, 2005),
o debate sobre os determinantes das DCNT torna-se ainda mais importante.
Os principais fatores de risco modificáveis comuns a todas essas doenças são
o uso do tabaco, uso nocivo de álcool, dieta não saudável, insuficiência da prática de
AF, sobrepeso/obesidade, elevada pressão arterial, glicemia e colesterol sanguíneo
elevados (WHO, 2015).
O CS e a AF possuem vários fatores sociais, psicológicos, ambientais e
socioeconômicos que os definem (CASSOU et al., 2011). Assim sendo, o estudo
desses comportamentos é importante para que sejam criadas novas estratégias com
ações multidimensionais, tendo como foco as particularidades dos indivíduos.
Caracterizar os determinantes que podem levar à prática desses comportamentos são
importantes para que haja mudanças de práticas não saudáveis: aumentar a AF e
reduzir o CS.
A AF, de maneira geral, é definida como sendo qualquer movimento corporal
que requer gasto de energia ao ser realizado pelos músculos esqueléticos,
considerando os movimentos realizados durante tarefas domésticas, outros trabalhos,
jogos e atividades de lazer, por exemplo (CASPERSEN, 1985). Em contrapartida, o
16
termo Comportamento Sedentário é conceituado como qualquer atividade realizada
por um indivíduo acordado, em postura sentada ou reclinada, com dispêndio
energético igual ou inferior a 1,5 METs (TREMBLAY, 2012; DE REZENDE et al.,
2014). Incluem-se nessas atividades aquelas que não geram gasto energético além
dos níveis de repouso, tais como assistir televisão, sentar, ler, deitar e usar
computador ( COELHO-RAVAGNANI et al., 2013, MIELKE, 2012, AINSWORTH et al.,
2000).
Chaput et al (2014) sugerem que uma nova abordagem integrativa, baseada
no aumento das atividades que geram movimento e na redução das que não geram
(sono e comportamento sedentário), levará a melhores resultados e indicadores de
saúde, visto que os movimentos corporais seguem um continuum de comportamentos
com intensidades diferentes, mas que, combinados de maneira adequada, podem
levar à diminuição de riscos (CHAPUT et al., 2014, TREMBLAY et al., 2010).
Estudos epidemiológicos demostram que a AF regular e moderada traz
benefícios para a manutenção da saúde e que hábitos sedentários estão associados
a um risco elevado de diversas doenças crônicas (BOYLE; JONES; WALTERS, 2010,
PHYSICAL, 2008, MORIMOTO et al., 2006 ). Este fato sugere preocupação, uma vez
que estudos mostram que os adultos gastam a maior parte do tempo acordado em
comportamentos sedentários (MATTHEWS et al., 2012, PATE; O'NEILL; LOBELO,
2008).
É crescente o número de trabalhos que têm interesse em conhecer os fatores
que determinam a ocorrência da AF (FEDERICO et al., 2013, CHINN et al., 1999),
pois sabe-se que a mesma, bem como o comportamento sedentário, pode ser
influenciada por aspectos socioeconômicos (CAPINGANA et al., 2013,
BEENACKERS et al., 2012, MARMOT et al., 2008, GALOBARDES et al., 2006,
GOLDMAN, 2001), e por hábitos de vida como o tabagismo e a alimentação
(DOWLER, 2001, GOLDMAN, 2001).
É necessário, também, entender melhor os fatores associados à inatividade
física e ao comportamento sedentário, para que o aconselhamento para as mudanças
possa ser mais eficaz. Muitos têm sido os fatores indicados como contribuintes para
o aumento de exposição ao comportamento sedentário. Dentre estes fatores podem-
se citar características individuais, fatores ocupacionais, familiares, ambientais,
sociais, culturais e aqueles relacionados a políticas públicas (O’DONOGHUE et al.,
2016, OWEN et al., 2014, HALLAL et al., 2012a, OWEN, 2012).
17
Tendo em vista que a inatividade física é um fator de risco para o aumento das
DCNT bem considerado pelas Organizações Mundiais de Saúde e que, cada vez
mais, são frequentes os alertas para os prejuízos quanto ao aumento das DCNT,
estudos que colaborem para a elucidação dos fatores associados aos
comportamentos que podem contribuir para a melhoria dos hábitos de vida e, por
conseguinte, melhoria da saúde dos indivíduos devem ser incentivados.
Assim, entendendo que o indivíduo é reflexo de todos os seus hábitos diários e
que em sua rotina é capaz de realizar atividade física e de ter um comportamento
sedentário, objetivou-se estudar os fatores que possam identificar os padrões dos
comportamentos do sujeito e suas combinações possíveis tais como: indivíduo com
alto comportamento sedentário e ativo, alto comportamento sedentário e inativo, baixo
comportamento sedentário e inativo e, ainda, baixo comportamento sedentário e ativo
fisicamente.
Além disso, objetivou-se identificar os aspectos combinados que podem
favorecer a elaboração de ações e campanhas que possibilitem mudanças de hábitos
que melhorem as condições de saúde daqueles que estejam acometidos por algum
agravo e, ainda, fortalecer os bons hábitos daqueles que não apresentem.
18
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT): conceito e fatores de risco
Jenicek e Cléroux (1987) definiram DCNT como:
Multiplicidade de fatores de risco complexos; interação de fatores etiológicos conhecidos e desconhecidos; longo período de latência; longo curso assintomático; curso clínico em geral lento, prolongado e permanente; manifestações clínicas com períodos de remissão e de exacerbação; evolução para graus variados de incapacidade ou para a morte (JENICEK; CLÉROUX, 1987, p. 253).
Em 1998, Lessa (1998) propôs que DCNT fosse denominado como grupos de
doenças caracterizadas pela ausência de microorganismos na etiologia da elaboração
do modelo epidemiológico, pela incapacidade de ser transmissível, pelo extenso curso
clínico e pela irreversibilidade.
A WHO (2015) define como DCNT doenças respiratórias, cardiovasculares,
diabetes e câncer, as quais possuem etiologia multifatorial, porém compartilham
fatores de riscos comuns e modificáveis (WHO, 2015).
Com o passar dos anos, essas doenças têm registrado prevalência aumentada
e tornaram-se a principal causa de morte em decorrência das mudanças ocorridas no
quadro epidemiológico das últimas décadas. Além disso, essa situação é
acompanhada por um elevado número de mortes prematuras e déficit na qualidade
de vida, em decorrência das limitações que essas doenças podem desenvolver nos
indivíduos, acometendo pessoas de todas as camadas sociais em diversos países
(BRASIL, 2011; WHO, 2009).
Ainda segundo o relatório da WHO (2015), a maioria das mortes prematuras
causadas por DCNT são evitáveis. Em 2012, dos 38 milhões de vidas perdidas por
DCNT, 16 milhões, ou seja, 42% eram evitáveis (um aumento de 14,6 milhões mortes
em relação ao ano de 2000). É demonstrado, ainda, que as mortes por DCNT podem
ser significativamente minimizadas por meio de políticas governamentais direcionadas
a restringir o consumo de tabaco, o consumo nocivo de álcool, dietas pouco
saudáveis, sedentarismo, e proporcionar cobertura universal em saúde (WHO, 2015).
Neste sentido, a preocupação da OMS com o crescente aumento das DCNT e
da inatividade física é constante, tanto que propôs novo plano de ação global para a
19
AF (2018 - 2030), no qual cita que não atuar em ações que aumentem os níveis de
AF poderá aumentar os custos com saúde, impactando negativamente os sistemas
de saúde, o ambiente, o desenvolvimento econômico, o bem-estar e a qualidade de
vida da comunidade. O sucesso dessa atuação requer ações integradas e sistêmicas,
já que não existe ação isolada capaz de reverter o crescimento da inatividade física
(WHO, 2019).
Entretanto, estudos epidemiológicos sugerem que, além do aumento da AF
regular na intensidade e tempos recomendados oficialmente, é preciso e necessário
compensar o efeito prejudicial de alto tempo sentado que tem sido praticado em casa,
no trabalho, no deslocamento e no lazer (THORP et al., 2011; OWEN et al., 2010;
KATZMARZYK et al., 2009; HAMILTON et al., 2008).
2.2 Atividade Física: conceito e domínios
A AF é definida como movimentos produzidos pela contração do músculo
esquelético que geram um gasto de energia além do nível basal (CASPERSEN;
POWELL; CHRISTENSON, 1985); podendo ocorrer no trabalho, no
transporte/deslocamento, nas atividades domésticas e no lazer (WHO, 2014). Os
principais atributos medidos são frequência, intensidade e duração da AF. Embora a
maioria dos estudos avalie sua prática no período do lazer, os outros domínios da
atividade física também devem ser considerados (CRAIG et al., 2003, GARCIA;
FLORINDO, 2014, HALLAL et al., 2012a). De acordo com Pate et al. (1995) e Florindo
et al. (2009), os domínios da AF podem ser caracterizados da seguinte maneira:
AF no tempo de lazer: prática realizada durante o tempo livre. Habitualmente
essa prática é realizada em parques, clubes, praças, quadras, academias ou mesmo
na rua, tendo como exemplos a prática de futebol, basquetebol, jogos coletivos em
geral, caminhada ou corrida e treino com pesos;
AF de deslocamento (transporte ativo): prática adotada quando as pessoas
se deslocam de um local para outro. Os dois principais tipos de deslocamento são a
caminhada e o uso da bicicleta. O uso de escadas em alternativa ao uso de elevadores
também é um exemplo de atividade nesse domínio;
AF laborais (ocupacional e doméstica): prática decorrente como exigência
das funções específicas do trabalho. Esse domínio inclui as atividades físicas
realizadas em cada profissão ou trabalho, sendo exemplos as atividades executadas
20
por carteiros, que caminham a maior parte do dia; ou serventes de pedreiros, que
carregam muito peso. A AF laboral contempla também as atividades domésticas, tais
como atividades de limpeza (varrer, lavar, fazer a faxina pesada) e atividades de
jardinagem.
Assim, a partir do somatório de atividades desempenhadas ao longo do dia ou
semana, o indivíduo é comumente classificado em:
Ativo fisicamente: quando alcança as metas recomendadas (HASKELL et al., 2007),
que, atualmente, referem-se a 150 minutos de atividade física aeróbica de intensidade
moderada por semana ou 75 minutos de atividade física aeróbica de intensidade
vigorosa por semana (WHO, 2010);
Muito ativo: quando ultrapassa as metas recomendadas (HASKELL et al., 2007);
Inativo fisicamente: indivíduos que não praticam qualquer AF (PATE et al., 1995) no
tempo livre, e que não fazem esforço físico de relevância considerando todas as
dimensões de atividades (deslocamento de trajeto, ocupacional e/ou atividades
domésticas pesadas) (BRASIL, 2019);
Insuficientemente ativo: termo designado a classificar os indivíduos que apresentem
performance insuficiente das quantidades de atividade física moderada e vigorosa
(AFMV) (BRASIL, 2019, TREMBLAY, 2012).
A AF possui ainda uma subdivisão que é o exercício físico. Este é classificado
como um subgrupo da atividade física que deve ser planejado e estruturado com
objetivo de melhorar e, ainda manter, um ou mais componentes do condicionamento
físico, sendo, muitas vezes, realizado de forma repetitiva (WHO, 2014).
Ainsworth et al. (1993) elaboraram um compêndio de atividade física, o qual foi
atualizado em 2000 e 2011. Esse compêndio teve como objetivo padronizar as
estimativas e as classificações de gasto energético de diversas atividades do cotidiano
com diversas intensidades, segundo o MET (equivalente metabólico de uma tarefa).
Um MET equivale a taxa de consumo de oxigênio em repouso absoluto (3,5 ml/kg/min)
(PATE et al., 1995) (AINSWORTH et al., 2000).
Meneguci e colaboradores (2015a) demonstraram a classificação da AF,
segundo o dispêndio de energia em MET, classificando-a em leve, moderada e
vigorosa e comportamento sedentário (atividades que gastam menos que 1,5 METs)
(Figura. 1).
21
Figura 1 – Organograma e definição operacional para os construtos comportamento
sedentário e atividade física
Fonte: adaptado de Meneguci et al., 2015a.
2.2.1 Atividade física: importância para a saúde e recomendações
De acordo com estudos epidemiológicos relativos ao desenvolvimento de
DCNT, um dos fatores de risco que favorece sua ocorrência é a prática de atividade
física insuficiente e o aumento cada vez mais acentuado do comportamento
sedentário.
Alguns autores demonstraram que o maior gasto de energia proveniente da
prática de AF por indivíduos ativos, quando comparados aos insuficientemente ativos,
pode aumentar o número de lipoproteína lipase que, por conseguinte, aceleram o
catabolismo das lipoproteínas ricas em VLDL-C, resultando na transferência de
fosfolipídeos, colesterol e apoproteínas em partículas de HDL-C produzidas pelo
fígado e, consequentemente, aumentando sua concentração (PITANGA et al., 2001,
KOKINOS; FERNHALL, 1999, SUNAMI et al., 1999).
< 1- 1,5METs
22
Outro aspecto positivo que evidencia o benefício da prática de AF foi estudado
por Lourenço et al. (2017). Esses pesquisadores demonstraram, por meio de revisão
sistemática, que a AF possui eficácia terapêutica em pessoas com doenças mentais,
ressaltando a reinserção social com benefícios individuais e coletivos adequados à
promoção da saúde, visto que promove alteração no estilo de vida dos indivíduos
(LOURENÇO et al., 2017).
O domínio mais estudado em AF é o do lazer, além de ser o mais promovido
no Brasil e no mundo, mesmo essa prática não sendo suficiente para alcançar os
gastos energéticos diários recomendados para a prevenção de problemas de saúde,
como o sobrepeso e a obesidade (ALLMAN-FARINELLI et al., 2010, BAUMAN et al.,
2008). Portanto, ressalta-se que é essencial o somatório das atividades realizadas nos
demais domínios da AF (HASKELL et al., 2007), tanto para o bem-estar físico
(FLORINDO et al., 2009, HU et al., 2005, PEETERS et al., 2014), quanto para o bem-
estar mental (MARI; BO; LARS, 2011, FOX et al., 2007, USSHER et al., 2007).
Com o passar dos anos, as evidências científicas têm auxiliado nas
modificações das recomendações com relação à prática de AF para as populações.
Desta maneira, as ações de saúde pública relativas ao movimento do ser humano
podem ser elencadas na seguinte sequência de fases: (a) prática de exercícios
planejados e estruturados com o objetivo de melhorar a aptidão física (CASPERSEN
et al., 1985); (b) prática regular de atividade física de intensidade moderada a vigorosa
(AFMV), que deve ser realizada em 30 minutos por dia (GARBER et al., 2011b); e (c)
orienta totalizar, ao menos, 150 minutos por semana de atividade física aeróbica
moderada e vigorosa (WHO, 2011).
O American College of Sport Medicine (ACSM), em 2011, recomendava, além
de aumentar o nível de AFMV, diminuir o tempo sentado, alertando quanto aos riscos
do comportamento sedentário mesmo para aqueles classificados como ativos
fisicamente (GARBER et al., 2011).
Lee et al. (2012) alertaram que o não cumprimento de recomendações para AF
é responsável por mais de 5 milhões de mortes a cada ano em todo o mundo.
Entretanto, quantidades pequenas de AF no lazer (92 min/semana) também foram
relacionadas a uma redução de 14% no risco de mortalidade e ao aumento de 3 anos
da expectativa de vida, quando comparados com nenhuma atividade (EDWARDSON
et al., 2012).
23
2.2.2 Prevalência da prática de atividade física na população adulta
Em relação à prevalência de AF no mundo, Guthold (2018), em revisão
sistemática realizada em 168 países, com 1,9 milhões de indivíduos, demonstrou uma
prevalência global de atividade física insuficiente de 27,5% (IC 95%: 25,0 – 32,2) em
2016, com uma diferença entre os sexos de mais de 8 pontos percentuais 23,4% (IC
95%: 21,1 – 30,7) em homens versus 31,7%, (IC 95%: 28,6 – 39,0) em mulheres.
Em relação à prevalência de AF no Brasil, os estudos apontam para grandes
variações entre as regiões e entre seus domínios. Em pesquisa nacional, o estudo de
Florindo et al. (2009), com pessoas com mais de 18 anos, residentes em domicílios
portadores de linha telefônica fixa, demonstrou que os inativos no lazer representavam
60% da amostra. Nessa pesquisa, a cidade de Florianópolis (SC) foi a capital com
menor prevalência de inativos no lazer (47,4%) e Teresina (PI) apresentou maior
prevalência (68,2%).
Já o estudo de Rombaldi et al. (2010) demonstra que pessoas que realizam AF
no deslocamento (150 minutos ou mais por semana) eram 40% menos propensas à
inatividade física no lazer quando comparadas àquelas que não praticavam AF de
deslocamento (ROMBALDI et al., 2010; BERRIGAN et al., 2006).
Hallal et al. (2011), utilizando dados do VIGITEL dos anos de 2006 e 2009,
verificaram que indivíduos do sexo masculino foram mais ativos que os do sexo
feminino no tempo livre.
Cruz et al. (2018), em estudo sobre a tendência da prática de AF no lazer, nas
capitais brasileiras e Distrito Federal, identificaram um aumento no percentual de
prática de AF no lazer nos três meses que antecederam a entrevista e no percentual
de indivíduos que atingiram as recomendações de prática de AF: de 30,3 a 37,6%
entre 2009 a 2016. Os aumentos se deram com maior frequência entre as mulheres,
nos indivíduos mais jovens e entre aqueles de maior escolaridade.
Em pesquisa regional, Matsudo et al. (2002) avaliaram a prevalência de prática
de AF entre indivíduos com idade entre 14 e 77 anos, em 29 cidades de pequeno a
grande porte no Estado de São Paulo, considerando todos os domínios. Os autores
encontraram aproximadamente 46% dos avaliados considerados ativos e muito ativos,
ou seja, alcançavam 150 minutos semanais de AF com variação segundo sexo, idade,
nível socioeconômico, região e conhecimento ou não do Programa “Agita São Paulo”.
24
Já o estudo de Florindo et al. (2009), com adultos da cidade de São Paulo,
demonstrou que 22,9% dos indivíduos não alcançaram os 150 minutos de atividade
física semanais necessários, ainda que tenham sido considerados os demais
domínios (AF de deslocamento, laborais e lazer).
Lopes et al. (2010), em Lages/Santa Catarina, demonstraram que cerca de 29%
das pessoas do sexo feminino e 32% do sexo masculino, com idade entre 20 e 59
anos, não atingiram a recomendação de 150 minutos de atividade física semanais.
Pazin et al. (2016), em estudo na cidade de Florianópolis/Santa Catarina.
(n=746), identificou inatividade física no deslocamento de 73,3% (mulheres) e 71,1 %
(homens) e no lazer de 78,4% (mulheres) e 74,9% (homens).
Assim, vale destacar que as barreiras já citadas devem ser identificadas para
que sejam tomadas providências para diminuí-las, a fim de promover maior dispêndio
de energia em AF de todos os domínios.
2.2.3 Atividade física: políticas internacionais e nacional
A promoção de AF moderada e regular é objetivo da Organização Mundial da
Saúde (OMS) (WHO, 2010), que preconiza aos seus Estados membros a elaboração
de políticas que promovam ações e diretrizes nacionais para a promoção da saúde;
elaborem e implementem políticas que permitam o deslocamento ativo e seguro para
escolas e trabalhos; realizem adequações às estruturas urbanas de forma a permitir
a prática de atividade física com a implementação de ciclovias, faixas de pedestres,
calçamentos regulares; estabelecer condições de segurança pública que ofereçam
policiamento e iluminação para acesso e prática de AF em parques, quadras ou pistas,
que devem, também, ser planejados e ofertados à comunidade (WHO, 2010).
Para além disso, a OMS, em 2015, lançou as estratégias de AF para o período
de 2016-2025, definindo como missão “promover a atividade física e reduzir
comportamentos sedentários” (WHO, 2015b, p. 5). Sob o âmbito nacional, a Política
de Promoção da Saúde tem adotado diversas ações relacionadas à alimentação, AF,
prevenção do uso do tabaco e do álcool. No que se refere à AF, projetos como
“Programa Academia da Saúde”, “Plano Nacional de Transporte Ativo e Saudável” e
a “Reformulação de espaços urbanos” (construção e reativação de ciclovias, parques,
praças e pistas de caminhadas) vêm sendo implementados em todo o país (BRASIL,
2011). Além desses, há o Plano de Ações Estratégicas para o enfrentamento das
25
Doenças Crônicas que foi incluído à Política de Promoção da Saúde em 2016
(BRASIL, 2016).
O Ministério da Saúde do Brasil, em consonância com a Estratégia Global para
a Dieta, Atividade Física e Saúde, recomendada pela OMS, procura estimular ações
para a promoção da saúde, combatendo os baixos níveis de AF da população. Nessa
linha, cronologicamente, instituiu-se no ano de 2006 a Política Nacional de Promoção
da Saúde (BRASIL, 2010). Consecutivamente, no ano de 2011, foi criado o “Programa
Academia da Saúde”, no âmbito do Sistema Único de Saúde, que tem como objetivo
incentivar a promoção da saúde da população em geral, a partir da implantação de
polos públicos qualificados para a orientação e supervisão da prática de AF (BRASIL,
2011).
O “Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas
Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011- 2022” tem como objetivo promover o
desenvolvimento de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas
em evidências para a prevenção e o controle das DCNT e seus fatores de risco e
fortalecer os serviços voltados para a atenção aos portadores de doenças crônicas
(MALTA et al., 2016). No Plano, como ação para coibir o aumento da inatividade
física, as ações propostas para promoção da saúde incluem, além do Programa
Academia da Saúde e o Programa “Saúde na Escola”, praças do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), espaços urbanos saudáveis: criação do “Programa
Nacional de Calçadas Saudáveis”, construção e reativação de ciclovias, parques,
praças e pistas de caminhadas. Foram previstas, à época da publicação, campanhas
de comunicação, visto a proximidade da Copa do Mundo de Futebol (2014) e das
Olimpíadas (2016), para o incentivo à prática de AF (MALTA et al., 2016).
No Brasil, o monitoramento e a vigilância das políticas voltadas às prática da AF
ocorrem através de dois inquéritos nacionais: a Pesquisa Nacional sobre Saúde do
Escolar (PeNSE), que acompanha, dentre outros fatores de risco, a ausência de
prática de AF por adolescentes (BRASIL, 2013), e o VIGITEL (BRASIL, 2007), que
avalia fatores de risco para DCNT em adultos nas 26 capitais dos estados e no Distrito
Federal.
Os dados do Vigitel, em 2018, demonstraram que a prática de atividade física,
embora tenha-se registrado aumento da realização no domínio lazer, diminui
conforme o aumento da idade (BRASIL, 2017).
26
Os dados da PeNSE, em sua última publicação (2015), mostraram que apenas
40% ou menos dos escolares realizaram 300 minutos de AF acumulados em 7 dias,
sendo as três capitais com maior índice situadas no centro-sul do país (BRASIL,
2015). Mielke (2012), quando analisou os dados da Pesquisa Nacional de Saúde,
concluiu que metade da população brasileira não atingiu os níveis recomendados de
prática de AF, sugerindo a necessidade do fortalecimento de ações para sua
promoção no país.
Sabe-se que a prática de AF tem, consideravelmente, efeitos benéficos à saúde.
Nos textos científicos, chama-se a atenção para a necessidade de ações que
incentivem a realização dessa prática, tornando-a um hábito. Entretanto, quando se
analisam os dados dos Programas Nacionais existentes no Brasil, percebe-se que
muito ainda precisa avançar para que a prática de AF seja um hábito da população.
Para isso, faz-se necessário conhecer os domínios, os fatores associados e suas
correlações com o contexto que promovem a AF na população. Além disso, é preciso
que as recomendações mundiais de intensidade e frequência sejam atendidas.
2.3 Comportamento sedentário: definição e classificação
A palavra sedentário é originada do latim “sedere”, que significa sentar
(WILMOT et al., 2012). Nos últimos 10 anos, o estudo do comportamento sedentário
tem sido reconhecido como uma questão de saúde pública (HALLAL et al., 2012a), e
investigações colocam em ênfase que este comportamento está relacionado com
efeitos deletérios para saúde (HAMILTON et al, 2008).
Por anos, o comportamento sedentário foi avaliado como sendo o gradiente
menos ativo na escala de caracterização da AF e estimado como inatividade física.
Porém, com o decorrer dos anos, este conceito tem se alterado e ainda falta consenso
na sua definição (GIBBS et al., 2015, TREMBLAY et al., 2017). Em um estudo de
revisão sistemática sobre AF no Brasil, foram identificadas quase trinta definições
diferentes ligadas à variável “sedentarismo” (HALLAL et al., 2007), o que representa
um grande desafio para seu estudo (GIBBS et al., 2015).
Assim, essa multiplicidade de indicadores para expressar os termos para
classificar o CS e a diversidade de tratamentos estatísticos que podem ser aplicados
na pesquisa em CS dificultam a definição conceitual e sua comparabilidade (YOUNG
et al., 2016). Entretanto, há uma definição que atualmente é mais aceita:
27
Comportamento sedentário: qualquer comportamento no tempo acordado, marcado
por um gasto energético ≤ 1,5 MET enquanto numa posição sentado ou reclinada. O
CS apresenta dois componentes: gasto energético (≤1.5 METs) (BAMES, et al., 2012,
PATE, 2008) e postura (sentada ou reclinada) (GIBBS, 2015), incluindo sentar, deitar,
assistir TV e outras formas de entretimento baseado em tela (TREMBLAY et al., 2017,
OWEN et al., 2010).
O CS, tal como a AF, pode ocorrer em vários domínios, como lazer, trabalho,
deslocamento (transporte) e em atividades domésticas. Assistir televisão, fazer uso
de celular ou computador, estudar ou trabalhar sentado são exemplos de atividades
de baixa demanda de energia (SEDENTARY..., 2012, OWEN et al., 2010).
Além disso, os fatores relacionados ao CS tendem a variar segundo o tipo de
comportamento avaliado e o domínio. Dispender muitos minutos à TV diariamente
ocorre mais entre pessoas com pouca escolaridade. Entretanto, pessoas com maior
grau de escolaridade ficam, a maior parte do tempo, sentadas nos domínios trabalho
e deslocamento (DEL DUCA et al., 2015).
O CS tem sido demonstrado e caracterizado como um fator de risco importante
e independente do grau de atividade física para o aparecimento de muitas doenças
crônicas (HARVEY; CHASTIN; SKELTON, 2013, CHAU, 2013, HALLAL et al., 2012a).
Não foi possível determinar o tempo de CS que expõe as pessoas ao risco de
desenvolvimento de DCNT, nem a constância e as interrupções capazes de minimizar
os efeitos prejudiciais do elevado CS ou, ainda, esclarecer quanto de AFMV é
necessária para contrapor os efeitos adversos do tempo sentado (EKELUND et al.,
2016, FARIAS JÚNIOR, 2011, MENEGUCI et al., 2015b).
Além disso, faz-se importante elucidar como o efeito nocivo pode ser alterado
de acordo com o domínio do CS (tempo de TV versus CS ocupacional, como
exemplo); como o CS é acumulado (em períodos contínuos ou pequenos períodos
intercalados com atividade física leve (AFL); e como diferentes grupos (idosos, adultos
ou crianças e adolescentes) podem se favorecer das diversas propostas de redução
do tempo em CS (TREMBLAY et al., 2017). Muitos estudos foram publicados sobre o
tema para diversas faixas etárias tais como crianças e adolescentes (DUMITH et al.,
2012), idosos (SANTOS et al., 2015), trabalhadores da indústria (GARCIA et al., 2015)
e adultos, em Pelotas (RS) (MIELKE et al., 2014) e em Ribeirão Preto (SP) (SUZUKI
et al., 2010).
28
O número de trabalhos científicos que avaliam o risco de morbidade e, ainda,
mortalidade associado ao CS em pessoas ativas, com objetivo de constituir
orientações em prol do equilíbrio entre tempo dispendido em CS e AF, vislumbrando
o envelhecimento saudável, tem crescido. Dessa forma, as novas recomendações
deverão contemplar, além do tempo e tipo de AF, a obrigatoriedade de se reduzir o
tempo em CS, principalmente, para aqueles que atendem as orientações de AF e
estão sob risco de prejuízos à saúde por permanecerem elevado tempo sentados
(PROPER et al., 2011, SCHMID et al., 2011).
Biddle e Batterham (2015) ressaltam, portanto, que novas propostas
direcionadas à diminuição do CS não podem diminuir a importância da AFMV e da
AFL, que são essenciais para a saúde fisiológica, musculoesquelética e psíquica. Por
outro lado, Prince et al. (2014) demonstraram que ações claras e efetivas para
redução do CS devem ser realizadas separadamente das campanhas que ocorrem
para a promoção de AFMV, pois identificaram que medidas que visam aumentar as
práticas de AFMV não foram efetivas, até então, na redução do CS (PRINCE et al.,
2014).
Esta proposta é confirmada por estudo que apresentou ações voltadas para
modificações nos hábitos de vida de maneira geral e conseguiram redução de 24
minutos por dia no CS. Entretanto, as propostas que tinham como objetivo ações no
CS reduziram o dobro deste tempo por dia. Esta metanálise demonstrou que houve
maior eficácia na a redução do CS, quando as ações são focadas na diminuição do
CS e que intervenções direcionadas ao aumento da AF não foram efetivas na redução
deste comportamento (MARTIN et al, 2015).
Muitos têm sido os fatores indicados como contribuintes para o aumento de
exposição a esse comportamento. Dentre estes fatores, podem ser citados, além das
características individuais, os fatores ocupacionais, familiares, ambientais, sociais,
culturais e aqueles relacionados a políticas públicas (O’DONOGHUE et al., 2016;
OWEN et al., 2014, HALLAL et al., 2012a, OWEN, 2012).
Para que haja efetividade das ações para diminuição do CS, é importante que
essas ações sejam seguidas de modificações abrangentes na sociedade, que incluam
desde legislação de mercado, melhorias e incentivos no transporte até educação e
infraestrutura (PIAZZA-GARDNER; BARRY, 2012). De maneira geral, essas ações
deveriam oferecer atividades e ambientes mais dinâmicos, ativos e participativos, com
segurança, acessibilidade e equidade, promovendo, assim, a redução do tempo
29
dispendido em comportamentos sedentários (MIELKE et al., 2014, HALLAL et al.,
2012a).
Ações públicas de promoção da saúde da população devem abranger medidas
de aumento de AF assim como de redução de CS (BIDDLE; BATTERHAM, 2015).
Dessa maneira, deve haver acompanhamento de ambos os comportamentos a fim de
aumentar a prática de AF e reduzir o CS, o que se apresenta como recomendações a
serem adotadas em saúde pública (HALLAL et al., 2012a).
Assim, torna-se fundamental conhecer esses aspectos para melhor definir os
determinantes do CS, seu impacto na saúde dos indivíduos e quais tipos de ações
preventivas na saúde pública são necessárias e factíveis para redução do CS
(TREMBLAY et al., 2017).
2.3.1 Comportamento sedentário como fator de risco à saúde e fatores
associados
O elevado tempo de sentar foi evidenciado, pela primeira vez, em 1950 por
Morris e colaboradores, quando observaram que motoristas de ônibus em Londres
apresentaram aumento duplo no risco de infarto do miocárdio, quando comparados a
condutores ativos (MORRIS, et al., 1953).
Wilmot e colaboradores (2012) avaliaram a associação do comportamento
sedentário com diabetes, doenças cardiovasculares e mortalidade cardiovascular,
considerando todas as causas. Nessa avaliação, identificaram aumento em 112% no
risco relativo de diabetes, 147% no risco de doença cardiovascular e aumento de 90%
no risco de mortalidade cardiovascular e 49% no risco de mortalidade por todas as
causas, quanto mais alto o nível do CS (WILMOT et al., 2012) e obesidade (HARVEY;
CHASTIN; SKELTON, 2013, REZENDE et al., 2014).
Semelhante ao estudo anterior, Chau e colaboradores (2013) demonstraram
associação de um aumento de 2% no risco de morte por todas as causas a cada hora
sentada diariamente. Além disso, esse risco aumenta expressivamente, quando os
indivíduos sentaram por tempo superior a 7 h/dia. Ainda com relação à mortalidade,
independente da AFMV, Schmid e colaboradores (2015) identificaram que o maior
tempo sentado (média de 8,6 horas/dia) estava associado ao elevado risco de
mortalidade por todas as causas (RR= 2,03, IC 95% 1,09 – 3,81) e tiraram como
30
conclusão que o alto tempo dispendido em CS, como também o baixo nível de AFMV
são preditores independentes e fortes de mortalidade precoce.
Em 2018, foi criada a Rede Sul-Americana de Atividade Física e
Comportamento Sedentário (SAPASEN), que tem por finalidade acompanhar a
prevalência específica e os fatores associados à AF e ao CS na América do Sul,
aplicando conjuntos de dados representativos nacionais de cada país (WERNECK et
al., 2019). Como medida de acompanhamento, no Brasil, destaca-se a inovação na
pesquisa do Vigitel (2019), que incluiu questões relacionadas ao CS (Tempo livre
vendo televisão ou usando computador, tablet ou celular) (BRASIL, 2019).
2.4 Comportamentos associados: comportamento sedentário e inatividade
física
Entender esses comportamentos, ainda que sejam com constructos
divergentes, como fatores associados, auxilia na avaliação deles (DEL DUCA et al.,
2015, VAN UFFELEN et al., 2011).
Bames et al. (2012) ao realizarem o projeto de consenso terminológico para o
comportamento sedentário, além da definição dos termos, puderam demonstrar que
ao longo de 24 horas os indivíduos realizam e praticam diversas atividades que geram
ou não gasto energético: sono (menos que 1 MET), comportamento sedentário (menor
ou igual a 1,5 METs) e AFLMV (maior que 1,5 MET).
Assim, considerando o continuun do somatório dos comportamentos como
importante e necessário, Chaput (2014) sugere que os comportamentos combinados
de letargia (sono), atividades reclinadas (CS), atrelados ao movimento AFLMV, podem
ter resultados cumulativos e afetar a saúde de forma que o efeito particular de cada
um desses constructos não pode explicar o todo (CHAPUT, 2014; SAUNDERS, 2016).
Ou seja, os movimentos seguem um continuun que se inicia no sono, segue pelo
comportamento sedentário (ausência/baixo movimento), passa pela AFL e pode
chegar à AFMV (CARSON et al., 2015, CHAPUT et al., 2014, FARIAS JÚNIOR, 2011,
TREMBLAY et al., 2010).
Estudos revisados, combinando os comportamentos, têm avaliado a AFMV e o
comportamento sedentário (SAUNDERS et al., 2016), desconsiderando o efeito do
sono e da AFL que conjuntamente contemplam o período diário como um todo. Assim,
podem impossibilitar a compreensão de como os comportamentos do movimento e
31
não movimento se integram (CHAPUT et al., 2014), levando a diferentes padrões de
comportamento com variados impactos à saúde (FERRAR et al., 2013).
O indivíduo pode atender as recomendações dos níveis de AF (fisicamente
ativo), em contrapartida, pode apresentar alto tempo em CS e vice-versa
(SAUNDERS; CHAPUT; TREMBLAY et al., 2014). As combinações dos dois
comportamentos, para além do sono, podem ser demonstrados na FIG. 2:
Figura 2 – Combinações para as classificações de atividade física e comportamento sedentário pelas quais podem perpassar os indivíduos
Fonte: Elaborado pela autora. Adaptado de Saunders, Chaput e Tremblay (2014) e de Sedentary Behavior Research Network (2017).
A maior concentração de estudos na literatura é de estudos da AF e,
recentemente, tem-se voltado ao CS (DEL DUCA et al., 2015). A abordagem
combinada, que permite explorar mais profundamente essa relação e suas
implicações à saúde, segue incipiente (APARICIO-UGARRIZA et al., 2017).
2.5 Comportamento sedentário e atividade física: métodos de avaliação
A inatividade física e o CS, como já demonstrado nos tópicos anteriores, não
são sinônimos, pois apresentam respostas fisiológicas adversas no âmbito da saúde,
Insuficientemente ativo e alto
comportamento sedentário
Ativo e alto comportamento
sedentário
Ativo e baixo comportamento
sedentário
Insuficientemente ativo e baixo
comportamento sedentário
32
por isso não podem ser medidos e interpretados de maneira igual (FARIAS JÚNIOR,
2011, PATE; O’NEILL; LOBELO, 2008).
Alguns métodos de avaliação da AF apresentam-se descritos e validados na
literatura (KRISKA; CASPERSEN, 1997, REIS; PETROSKI; LOPES, 2000), mas é
necessária a sistematização deles. Os estudiosos concordam que um dos principais
e maiores desafios está relacionado à validação e à padronização dos métodos de
mensuração (BOYINGTON et al., 2015, YOUNG et al., 2016).
Assim, pode-se demonstrar que os instrumentos de medidas podem ser
descritos sob dois parâmetros: os que utilizam informações fornecidas pelos
indivíduos (questionários, entrevistas e diários) (SANTOS et al., 2015) e aqueles que
utilizam marcadores fisiológicos ou sensores de movimento para a avaliação direta de
atividades por determinados períodos de tempo (REIS; PETROSKI; LOPES, 2000).
Os vários métodos para mensuração da AF e do CS foram descritos em recente
revisão bibliográfica (MENEGUCI et al., 2015a).
Dentre os tipos de metodologia que se utilizam para caracterizar o CS, o uso
de questionários em função da viabilidade em estudos populacionais tem sido uma
estratégia bem desenvolvida (LEGNANI et al., 2012, BAUMAN et al., 2011). Hardy et
al. (2013) fazem uma ressalva para análises por métodos objetivos ao considerar que
oferecem maior controle sobre o viés de avaliação, quando mensuram o CS. De
acordo com eles, o emprego de acelerômetros, definidos como padrão-ouro, necessita
de atenção, pois não tem, ainda, protocolos padronizados para sua utilização, nem
para avaliar os dados direcionados a esse comportamento (HARDY et al., 2013). Além
do que, a análise objetiva possui alto custo e dificulta a aplicação em amostras
numerosas (HARDY et al., 2013).
O uso de instrumentos de autorrelato, portanto, tem sido uma ação estratégica
aplicada em estudos epidemiológicos na área da AF e saúde, por terem baixo custo e
serem de fácil acesso (FLORINDO et al., 2004; BAUMAN et al., 2006). Entretanto,
algumas variáveis metodológicas devem ser levantadas como, por exemplo, as
características da população, o tempo do estudo, o instrumento e as atividades
desenvolvidas, uma vez que estas peculiaridades podem dificultar a precisão das
estimativas obtidas (KRISKA; CASPERSEN, 1997). A medida subjetiva (autorrelato)
pode apresentar erro de aferição ou medida, conferindo boa confiabilidade, porém,
baixa validade, considerando a medida de critério, quando comparada a um padrão
ouro (SOUZA; ALEXANDRE; GUIRARDELLO, 2017). Devido ao CS não ser
33
estruturado e objetivo como a AF, ele ocorre durante todo o dia do indivíduo,
naturalmente, de forma que pode dificultar a capacidade dos participantes de
recordarem com precisão o tempo total dispendido em todos os ambientes pelos quais
circulam (RYAN et al., 2018, HEALY et al., 2011, OWEN et al., 2010).
Em 2011, Healy et al. afirmaram que o CS, tal como a AF, pode ser avaliado
das três seguintes maneiras: pela análise específica de comportamentos, como o
tempo de televisão; quantificação de tempo sedentário em domínio específico (no
lazer, trabalho/ocupacional ou deslocamento/transporte) e somatória do tempo
dispendido em todas as maneiras que o CS ocorrer na extensão do dia (HEALY et al.,
2011, VAN UFFELEN et al., 2011).
Entre as várias medidas para se determinar o CS estão o tempo sentado total
(TST) (BAUMAN et al., 2006, KATZMARZYK et al., 2009), tempo sentado diante da
televisão - tempo de TV (DUNSTAN et al., 2004), além do domínio específico
relacionado ao trabalho (HEALY et al., 2011), com diversos pontos de corte, tal como
tempo sentado maior ou igual a 6 horas por dia (PATEL et al., 2010). Esses são os
mais usados na literatura e apresentam boa avaliação quanto aos itens validade,
reprodutibilidade e objetividade (ATKIN et al., 2012).
34
Figura 3 – Tipos de instrumentos de investigação e pontos de corte para comportamento sedentário e atividade física.
Fonte: adaptado de Meneguci et al., 2015a.
35
3 MODELO CONCEITUAL
O modelo conceitual, adotado no presente trabalho, apresenta as variáveis
sociodemográficas, hábitos de vida e condições de saúde que podem explicar o
comportamento sedentário e a inatividade física, os quais são fatores de risco para o
agravamento ou, ainda, o surgimento de DCNT.
Figura 4 – Modelo conceitual de associação das variáveis sociodemográficas e estilo
de vida ao comportamento sedentário e à inatividade física
Fonte: Da autora.
36
4 OBJETIVOS
4.1 Objetivo geral
Avaliar os fatores associados ao comportamento sedentário e à inatividade
física de forma isolada e combinados em egressos participantes da Coorte de
universidades mineiras (Projeto CUME).
4.2 Objetivos específicos
- Descrever o tempo, em minutos, dispendidos em comportamento sedentário e em
atividade física pelos egressos;
- Identificar a prevalência de inatividade física isoladamente, na população estudada;
- Identificar a prevalência de inatividade física e comportamento sedentário
combinados entre os egressos das universidades mineiras;
- Conhecer os fatores associados aos comportamentos (inatividade física e
comportamento sedentário) isoladamente e simultaneamente entre egressos das
universidades mineiras.
37
5 METODOLOGIA
5.1 Coorte de Universidades Mineiras (CUME)
O CUME é um estudo multicêntrico, epidemiológico, observacional do tipo
coorte aberta cujo objetivo é avaliar o impacto do padrão alimentar brasileiro e da
transição nutricional sobre as DCNT em egressos de Instituições de ensino superior
situados no Estado de Minas Gerais.
Iniciado em 2016, o estudo abrangia egressos graduados e pós-graduados da
Universidade de Viçosa (UFV) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
No ano de 2018, foram incluídos os egressos da Universidade Federal de Ouro Preto
(UFOP), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Universidade Federal de
Lavras (UFLA).
Uma das características principais desse estudo é o recrutamento permanente
(em ondas, a cada dois anos), permitindo um crescimento da amostra a cada período
de subsequência. O intervalo de tempo de dois anos tem como objetivo identificar as
alterações nos hábitos alimentares e no estilo de vida, diagnosticar incidências de
novas patologias e o bem-estar geral dos participantes.
A metodologia do projeto CUME é baseada nas coortes Seguimiento
Universidad de Navarra (SEGUÍ-GOMEZ et al., 2006) e Nurses’ Health Study
(JACQUES; TUCKER, 2001).
As coletas de dados foram realizadas entre março e agosto de 2016 e entre
abril e agosto de 2018 em ambiente virtual do Projeto CUME, com participantes em
potencial que foram convidados por e-mail. Para o envio dos convites, a associação
de ex-alunos da UFV e Programas de Pós-graduação e a Diretoria de Tecnologia da
UFMG foram contatados para ciência do presente.
O questionário da linha de base https://www.projetocume.com.br/questionario,
autopreenchido pelos participantes constituiu-se de duas etapas: uma contendo
questões relativas às características demográficas, socioeconômicas,
antropométricas, estilo de vida (consumo de álcool e tabaco, prática de atividade física
e comportamento sedentário) e relacionadas à saúde dos participantes. A outra etapa,
enviada uma semana posteriormente ao preenchimento da primeira, consistiu de um
Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA) e questões relacionadas
38
a práticas alimentares e ambiente alimentar, acompanhado de um registro fotográfico
construído para este fim.
5.2 Critérios de inclusão e de exclusão
Os critérios de inclusão e exclusão são:
- Inclusão: ser egresso das instituições UFV, UFMG, UFOP, UFLA e UFJF, ser
brasileiro nato, ter residido no Brasil no último ano e possuir e-mail de contato.
- Exclusão: nacionalidade estrangeira e não residir no Brasil;
- Critérios de exclusão adicionais adotados neste subprojeto são: indivíduos que não
responderam as variáveis determinantes para a construção das variáveis desfecho,
como não ter respondido as questões relacionadas à prática de atividade física e as
que determinam o comportamento sedentário, tal como está demonstrado na Figura
5.
5.3 Delineamento do presente estudo
Trata-se de um estudo transversal referente à análise da linha de base do
Projeto CUME.
Figura 5 – Fluxograma de determinação da amostra da linha de base (CUME) para
este subprojeto
39
5.4 Variáveis do estudo
5.4.1 Variáveis dependentes
5.4.1.1 Atividade física
A atividade física foi avaliada usando uma lista de 23 atividades de lazer,
expressas em minutos ou horas por semana. Inicialmente houve transformação de
todos os tempos para minutos por semana.
Para a determinação da variável atividade física, avaliou-se a média em
minutos dos intervalos selecionados pelos indivíduos, conforme questionário
(https://www.projetocume.com.br/questionario). Estes valores foram multiplicados
pela frequência da prática de cada atividade e os resultados somados para a obtenção
do tempo total de prática de AF no domínio lazer.
A classificação da intensidade foi baseada no METs. Atividades como leves
(<3 METs) se yoga, pilates e outros; moderadas (3 – 6 METs) se caminhada,
caminhada na esteira, musculação, ginástica, hidroginástica, ginástica geral, natação,
vôlei, peteca, mountain bike; e vigorosas (> 6 METs) se corrida, corrida na esteira,
luta, bicicleta, bicicleta ergonômica, futebol de campo, futebol de quadra, basquete,
handebol, montanha, tênis.
Segundo a recomendação da WHO (2010) indivíduos que realizam 150
minutos ou mais por semana de AFM ou pelo menos 75 minutos por semana de AFV
ou uma combinação das duas foram considerados ativos. Assim, os indivíduos foram
classificados como insuficientemente ativos se realizaram menos que 150 minutos de
atividades tidas como moderadas e menos que 75 minutos de atividades vigorosas.
5.3.1.2 Comportamento sedentário
Uma vez que não há consenso na literatura em como operacionalizar a medida
do comportamento sedentário, analisou-se a variável tempo sentado total de forma
contínua através das medidas de tendência central e variabilidade. A determinação
do comportamento sedentário, então, foi categorizada pela mediana (p50), conforme
proposto por Mielke (2014), segundo a variável tempo sentado total (BAUMAN et al.,
2006, KATZMARZYK et al., 2009).
40
5.3.1.3 Variáveis desfecho agrupadas: atividade física e comportamento
sedentário (AFCS)
A fim de analisar os fatores associados aos dois comportamentos
simultaneamente, foi criada a variável AFCS, classificando os indivíduos da seguinte
maneira:
- Ativo fisicamente e baixo comportamento sedentário (ATVBCS) ou
Desejável: ativos (≥ 150 minutos AFVM) e possuem baixo comportamento sedentário
(p50 < 420 minutos);
- Ativo fisicamente e alto comportamento sedentário (ATVACS) ou
Intermediário 1: ativos (≥ 150 minutos AFVM) e possuem alto comportamento
sedentário (p50 ≥ 420 minutos);
- Insuficientemente ativo e baixo comportamento sedentário (INATBCS)
ou Intermediário 2: insuficientemente ativo (< 150 min AFMV) e baixo comportamento
sedentário (P50 < 420 minutos);
- (Insuficientemente ativo e alto comportamento sedentário (INATACS) ou
Indesejável: insuficientemente ativo (< 150 min AFMV) com alto comportamento
sedentário (P50 ≥ 420 minutos).
5.3.2 Variáveis independentes
Para analisar os aspectos associados à inatividade física e ao CS, foram selecionadas
as variáveis demográficas, socioeconômicas, hábitos de vida e condições de saúde
para caracterização da população, tais comosexo (homens / mulheres), idade (18 a
24; 25 a 34; 35 a 44; 45 a 54; 55 a 64; mais de 65 anos) (VIGITEL, 2018), nível de
escolaridade (graduação, especialização, mestrado, doutorado e pós doutorado),
status socioeconômico familiar categorizados em cinco grupos de acordo com um
protocolo padronizado de A (mais rico) a E (mais pobre) (IBGE,2018), região em que
vive, o qual foram agrupados segundo as regiões oficiais do país (Norte, Nordeste,
Sul, Sudeste e Centro Oeste), área de formação (Exatas, Humanas e Saúde,
categorizados, posteriormente em outros e saúde), Cor da pele (Parda, amarela,
41
indígena e branca – categorizados em não branca e branca). Além disso, foram
questionados sobre o estado civil (casados, união estável, solteiro, separado, viúvo e
outros) e para situação profissional (aposentado, desempregado, do lar, estudante,
do lar, trabalha em tempo integral, parcial ou informal). Para varáveis de hábito de
vida foram questionados quanto ao hábito de fumar e beber (sim e não). Para as
variáveis condições de saúde, a variável IMC foi categorizada segundo as
classificações de adulto (WHO, 1998) e idoso (LIPSCHITZ, 1994). A classificação foi
realizada nos quatro grupos existentes para adultos: baixo peso, eutrófico, sobrepeso
e obesidade e, para idoso, estes foram classificados em baixo peso, eutrófico e
sobrepeso. Portanto, a categoria obesidade apresentada refere-se aos indivíduos
adultos. E, também, foi recategorizada em sem excesso de peso (baixo peso e
eutróficos) e com excesso de peso (sobrepeso e obesidade).
A variável morbidade referida foi categorizada segundo a sinalização de que
havia recebido o diagnóstico do médico para alguma morbidade apresentada,
independentemente da idade assinalada. Aqueles indivíduos que autorelataram que
nunca tiveram a doença foram classificados na opção de não tem.
5.4 Análises estatísticas
Os dados foram exportados da plataforma on-line para o programa Microsoft
Office Excel e, posteriormente, foram submetidos a uma análise de consistência para
verificar coerência dos dados, presença de erros de digitação ou ausência de
informações. Após caracterização das variáveis, foi realizada análise descritiva,
utilizando-se frequências absolutas e relativas. As variáveis quantitativas foram
apresentadas através de análise de medidas de tendência central (média e mediana)
e de variabilidade (desvio padrão e amplitude), teste qui-quadrado para comparação
das proporções para verificação das taxas de prevalência do nível de AF.
Posteriormente, foram feitas análises univariada e multivariada para a
comparação dos desfechos de interesse categorizados e demais variáveis
independentes, por meio do teste da regressão de Poisson com variância robusta
(FRANCISCO et al, 2008).
A fim de avaliar a variável desfecho na forma combinada (AFCS), foi realizada
análise de regressão logística multinomial para determinação dos fatores associados
para as categorias combinadas da variável desfecho.
42
As análises descritivas, teste de Qui-quadrado e a regressão de Poisson foram
realizadas no programa STATA (Data Analysis and Statistical Software) versão 13 e
a análise multimomial foi realizada utilizando o pacote nnet do Rstudio, versão
1.2.1335. Para todos os testes, foi utilizado um nível de significância de 5%.
5.5 Cuidados éticos
O estudo “Coorte das Universidades Mineiras (CUME): impacto do padrão
alimentar brasileiro e da transição nutricional sobre as doenças e agravos não
transmissíveis” foi aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa com Seres
Humanos da UFMG, da UFV, UFOP, UFJF e UFLA sob os pareceres CAAE:
07223812.3.3001.5153, 44483415.5.1001.5149, 44483415.5.2003.5150,
44483415.5.2004.5133; 44483415520045133, respectivamente (ANEXOS A, B, C e
D).
Todos os indivíduos tiveram conhecimento e informaram aceite no Termo de
Consentimento de Livre Esclarecido (TCLE) na primeira tela do questionário, sendo
sua resposta item obrigatório para continuidade do preenchimento.
43
6 RESULTADOS
O estudo incluiu 4266 indivíduos, sendo encontrado 41,7% de prevalência de
inatividade física como pode ser avaliado pela Figura 6. Esta também apresenta a
prevalência dos outros principais fatores de risco para o aparecimento de doenças
crônicas, tais como os hábitos de fumar e consumo de bebida alcoólica.
Figura 6 – Prevalência dos principais fatores de risco para DCNT entre egressos de
universidades mineiras, segundo o sexo
Fonte: Da autora.
Em relação às variáveis independentes, 69,3% dos indivíduos são do sexo
feminino, 73,2% pós-graduados, 29,1% mestrado, 26,8% formados na área da saúde
e 87,2% residem em Estados da região sudeste. A maioria declarou-se casada
(49,9%), que trabalhava em tempo integral (60,8%) e mais de 56,7% possuem renda
familiar entre 2 e 10 salários mínimos (Tabela 1). O IMC médio foi de 24,7Kg/m2 (DP
= 4,5Kg/m2) e a idade média dos participantes foi de 36,0 anos (DP = 9,4 anos).
Pode-se observar, ainda, que associaram ao CS os fatores idade, estado civil,
escolaridade, estado em que vive, situação profissional e consumo de álcool. Em
relação, à AF foram associados os fatores sexo, idade, estado civil, renda, cor da pele,
consumo de álcool, hábito de fumar e IMC (Tabela 1).
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Inativos Ativos Sim Não Sim Não
AF Hábito de fumar Consumo de bebida alcoólica
Mulheres Homens
44
Em média, o tempo sentado total (TST) autorreferido foi de 373,8 min/dia (IC
95%= 369 – 378,3 e DP = 149,96). A distribuição dos dados foi assimétrica e o valor
da mediana do TST foi de 420 minutos/dia (Intervalo interquartil de 240 a 540 min)
(APÊNDICE A) e a média do tempo de realização de atividade física moderada e
vigorosa foi de aproximadamente 210 min/semana (DP=776,4 min/semana)
(APÊNDICE B).
45
Tabela 1 – Características sociodemográficas, hábitos de vida e condições de saúde dos participantes da linha de base de acordo com o comportamento sedentário e prática de atividade física. Projeto CUME (n=4.266), 2019
Variáveis
Total Comportamento sedentário Atividade Física
Baixo Alto p
Insuficientemente Ativo Ativo p
n % n % n % n % n %
Idade (anos) (n=4.265) 4.265 100 2.503 58,7 1.762 41,3 <0,001 1.777 41,7 2.488 58,3 0,007 Estado civil
Casado(a) / União estável 2.128 49,9 1.327 53,0 801 45,4 <0,001 949 53,4 1.179 47,4 <0,001 Solteiro(a) 1.877 44,0 1.021 40,8 856 48,6 714 40,2 1.163 46,7
Separado(a) / Viúvo(a) / Outros 261 6,1 155 6,2 106 6,0 115 6,4 146 5,9
Escolaridade <0,001 0,325 Graduação 1.143 26,8 641 25,6 502 28,5 494 27,8 649 26,1
Especialização 1.046 24,5 657 26,3 389 22,1 430 24,2 616 24,8 Mestrado 1.241 29,1 685 27,4 556 31,5 509 28,6 732 29,4 Doutorado 597 14,0 378 15,0 219 12,4 235 13,2 362 14,5
Pós-doutorado 239 5,6 142 5,7 97 5,5 110 6,2 129 5,2
Renda familiar * (n=3.867) 0,775 <0,001 Menor que 2 salários mínimos 132 3,4 81 3,6 51 3,2 69 4,3 63 2,8 Entre 2 e 4 salários mínimos 514 13,3 298 13,1 216 13,5 237 14,7 277 12,3 Entre 4 e 10 salários mínimos 1.677 43,4 989 43,6 688 43,1 725 44,9 952 42,3 Entre 10 e 20 salários mínimos 1.181 30,5 681 30,0 500 31,3 451 27,9 730 32,3 20 salários mínimos ou mais 762 9,4 221 9,7 142 8,9 132 8,2 466 10,3
Cor da pele 0,819 0,015 Não branca 1.499 35,1 876 35 623 35,3 662 37,2 837 33,6
Branca 2.767 64,9 1.627 65 1.140 64,7 1.116 62,8 1.651 66,4
Estados em que vive 0,029 0,164 Minas Gerais 3.400 79,7 2.025 80,9 1.375 78,0 1.439 80,9 1.961 78,8 Rio de Janeiro 121 2,8 59 2,4 62 3,5 42 2,4 79 3,2
*com base no salário mínimo (SM) vigente de 2016 e 2018; ** IMC definido para adulto (WHO, 1998) e idoso (LIPSCHITZ, 1994), [Comportamento Sedentário (CS): p50=420min (Baixo CS: ≤ 420 e Alto CS: > 420 min/dia)]; [Atividade Física (AF): Ativo ≥ 150 minutos/semana (min/sem) de Atividade
Física Moderada e > 75 min/sem Atividade Física Vigorosa; Insuficientemente ativo <150min/sem Atividade Física Moderada e <75min/sem AFV]. Teste Qui-quadrado de Pearson; p: p-valor
46
Tabela 1 – (Continuação) Prevalência do comportamento sedentário e prática de atividade física, segundo variáveis demográficas, hábitos de vida e condições de saúde entre egressos de universidades mineiras, Brasil
Total Total Comportamento sedentário Atividade Física Baixo Alto p Inativo Ativo p
n % n % n % n % n %
São Paulo 200 4,7 106 4,2 94 5,3 86 4,8 114 4,6 Outros 545 12,8 313 12,5 232 13,2 211 11,9 334 13,4
Situação Profissional <0,001 0,103
Estudante 633 14,8 341 13,6 292 16,5 239 13,4 394 15,8 Desempregado/Aposentado/Do
lar 370 8,7 256 10,2 114 6,5 162 9,1 208 8,4
Trabalha parcial e informal 668 15,7 466 18,6 202 11,5 294 16,5 374 15,0
Trabalha integral 2.595 60,8 1.440 57,6 1.155 65,5 1.083 61,0 1.512 60,8
Hábitos de Vida Hábito de fumar 0,754 0,029
Não 3.905 91,5 2.294 91,7 1.611 91,4 1.608 90,4 2.297 92,3 Sim 361 8,5 209 8,3 152 8,6 170 9,6 191 7,7
Consumo de bebida alcoólica Não 1.178 27,6 722 29,0 451 25,6 0,013 592 33,3 586 23,5 < 0,001 Sim 3.088 72,4 1.776 71,0 1.312 74,4 1.186 66,7 1.902 76,5
Condições de Saúde
IMC ** 0,366
0,007 Sem excesso de peso 2.568 60,2 1.521 60,8 1.047 59,4 1.028 57,8 1.540 61,9 Com excesso de peso 1.698 39,2 982 39,2 716 40,6 750 42,2 948 38,1
Morbidade referida (n=1.234) 0,772 0,379
Não tem 1.023 82,9 595 82,6 428 83,3 451 81,9 572 83,8 1 ou mais 211 17,1 125 17,4 86 16,7 100 18,1 111 16,2
IC95%: intervalo de confiança de 95%; *com base no salário mínimo (SM) vigente de 2016 e 2018; ** IMC definido para adulto (WHO, 1998) e idoso (LIPSCHITZ, 1994), [Comportamento Sedentário (CS): p50=420min (Baixo CS: ≤ 420 e Alto CS: > 420 min/dia)]; [Atividade Física (AF): Ativo ≥ 150 minutos/semana (min/sem) de AFM e > 75 min/sem AFV; Inativo<150min/sem AFM e <75min/sem AFV]. Teste Qui-quadrado de Pearson; p: p-valor
47
Tabela 1 – (Continuação) Prevalência do comportamento sedentário e prática de atividade física, segundo variáveis demográficas, hábitos de vida e condições de saúde entre egressos de universidades mineiras, Brasil
Variáveis
Total Comportamento sedentário Atividade Física Baixo Alto Inativo Ativo
n % n % n % p n % n % p
Estado de Saúde Autoavaliação de saúde
(n=2.589) 0,426
0,127 Muito ruim/ Ruim/ Regular 474 18,3 268 17,8 206 19 207 19,7 267 17,3
Bom/ Muito bom 2.115 81,7 1.238 82,2 877 81 843 80,3 1.272 82,7
IC95%: intervalo de confiança de 95%; *com base no salário mínimo (SM) vigente de 2016 e 2018; ** IMC definido para adulto (WHO, 1998) e idoso (LIPSCHITZ, 1994), [Comportamento Sedentário (CS): p50=420min (Baixo CS: ≤ 420 e Alto CS: > 420 min/dia)]; [Atividade Física (AF): Ativo ≥ 150 minutos/semana (min/sem) de AFM e > 75 min/sem AFV; Inativo<150min/sem AFM e <75min/sem AFV]. Teste Qui-quadrado de Pearson; p: p-valor
48
As variáveis da Tabela 1 que se associaram às variáveis CS (p<0,05) foram
levadas para a regressão multivariada, conforme dados apresentados na Tabela. 2.
Com nível significância de 5%, é possível identificar que quanto maior a idade menor
a chance de estar em CS. A prevalência de comportamento sedentário em
separados/viúvos foi 1,23 vezes maior quando comparados aos casado em união
estável (p<0,05). Aquelas pessoas que moram no Estado do Rio de Janeiro
apresentam-se com 1,12 vezes maior tempo em CS que aquelas que moram em
Minas Gerais. Assim como, aquelas que se declararam como estudante 1,27 vezes e
trabalhar em tempo integral 1,15 vezes maior tempo, quando comparados ao grupo
de pessoas que se denominaram aposentado(a)s, desempregado(a)s ou do lar.
Aqueles que se autodeclararam com titulação de mestrado possuem 1,17 vezes maior
tempo em CS que os graduados 1,13 em relação a quem tem especialização.
Tabela 2 - Análise multivariada entre as variáveis sociodemográficas e hábitos de vida com a variável comportamento sedentário entre os egressos participantes Projeto CUME, Brasil, 2019
Variáveis Comportamento Sedentário
RP IC 95% p
Idade(anos) 0,99 0,98 - 0,99 < 0,001
Estado civil
União Estável/casado 1
Separado(a) / Viúvo(a) / Outros 1,23 1,05 - 1,44 0,009
Solteiro(a) 1,15 1,06 - 1,25 < 0,001
Escolaridade
Graduação 1,13 1,02 – 1,26 0,020
Especialização 1
Mestrado 1,17 1,06 – 1,30 0,002
Doutorado 0,97 0,85 – 1,11 0,679
Pós-doutorado 1,03 0,87 - 1,23 0,704
Estado que vive
Minas Gerais 1
Rio de Janeiro 1,27 1,07 - 1,51 0,006
São Paulo 1,13 0,98 - 1,32 0,103
Outros 1,06 0,95 - 1,18 0,270
Situação Profissional
Desempregado/Aposentado/Do lar 1
Estudante 1,27 1,07 - 1,52 0,007
Trabalha integral 1,15 1,25 - 1,72 < 0,001
Trabalha parcial/informal 0,75 0,79 - 1,16 0,656
Consumo de bebida alcoólica
49
Não 1
Sim 1,07 0,98 - 1,16 0,110
RP: Razão de Prevalência; IC95%: intervalo de confiança de 95%; [Comportamento Sedentário (CS): p50=420min (0 < 420 e 1 ≥ 420min/dia)]; p<0,05; Teste: Regressão de Poisson
Da mesma forma, as variáveis explicativas que se associaram (p<0,05) com a
variável desfecho atividade física (AF) também foram levadas para a regressão
multivariada e os dados podem ser avaliados na Tabela 3. Com 95% de confiança,
pode-se afirmar que a cada aumento de um ano na idade dos indivíduos diminui-se a
prática de atividade física. Indivíduos do sexo masculino possuem 1,2 maior tempo
em prática de AF que as do sexo feminino. Aqueles que se autodenominaram solteiros
(1,15) ou separados/viúvos/outros (1,23) maior tempo em AF que os casados ou em
união estável. Quanto maior a renda maior o tempo autodeclardo em prática de AF
que estejam dentro das recomendações oficiais de no mínimo 150 minutos por
semana de AFM ou 75 minutos/semana de AFV. Indivíduos não fumantes
aprensentam 1,23 maior tempo em pratica de AF quando comparados aos fumantes.
Em contrapartida, aqueles que bebem autorelataram 1,21 maior tempo em prática de
AF que os que não bebem. Indivíduos sem excesso de peso têm 1,9 vezes maior
tempo para prática de AF do que aqueles com excesso de peso.
Tabela 3 – Análise multivariada entre as variáveis sociodemográficas, hábitos de vida e condições de saúde com a variável atividade física entre egressos de universidades mineiras (CUME), Brasil
Variáveis Atividade física
RP IC p
Idade(anos) 0,99 0,989 - 0,996 < 0,001
Sexo
Feminino 1
Masculino 1,2 1,13 - 1,27 < 0,001
Estado civil
Casado(a) / União estável 1
Separado(a) / Viúvo(a) / Outros 1,23 1,05 – 1,44 0,009
Solteiro(a) 1,15 1,06 – 1,25 0,001
Renda familiar (n=3.867)
Menor que 2 SM* 1
Entre 2 e 4 SM 1,14 0,94 - 1,38 0,175
Entre 4 e 10 SM 1,23 1,03 - 1,48 0,022
Entre 10 e 20 SM 1,37 1,14 - 1,64 < 0,001
20 SM ou mais 1,44 0,18 - 1,75 < 0,001
50
Cor da pele
Não branca 1
Branca 1,04 0,98 - 1,01 0,159
Hábitos de Vida
Hábito de fumar
Não 1,23 1,11 - 1,37 < 0,001
Sim 1
Consumo de bebida alcoólica
Não 1
Sim 1,21 1,13 - 1,29 < 0,001
Condições de Saúde
IMC
Com excesso de peso 1
Sem excesso de peso 1,09 1,03 - 1,15 0,004
RP: Razão de Prevalência; IC95%: intervalo de confiança de 95%; *SM: Salário Mínimo vigente em 2016 e 2018 [Atividade Física (AF): Ativo ≥ 150 minutos/semana (min/sem) de AFM e > 75
min/sem AFV; Inativo<150min/sem AFM e <75min/sem AFV]; p<0,05; Teste: Regressão de Poisson.
A análise das variáveis combinadas foi realizada por regressão multinomial. A
Figura 7 apresenta a prevalência dos comportamentos (atividade física e
comportamento sedentário) combinados. Observou-se que 18,3% dos indivíduos da
amostra encontravam-se inativos e com alto comportamento sedentário (Indesejável).
51
Figura 7 – Prevalência dos grupos combinados do comportamento sedentário e
atividade física
Fonte: Da autora.
As principais características desses grupos estão descritas na Tabela 4. A
chance de o indivíduo de pele branca ser insuficientemente ativo com alto
comportamento sedentário (indesejável) em relação ao grupo de indivíduos ativos
com baixo comportamento sedentário (desejável) diminui 40% em relação ao
indivíduo de pele não branca. Além disso, a chance de o indivíduo com sobrepeso ser
inativo com baixo comportamento sedentário (Intermediário 2) em relação ao grupo
de indivíduos ativos com baixo comportamento sedentário (desejável) é 1,96 vezes
maior em relação ao indivíduo eutrófico (TAB. 4).
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Desejável (ATVBCS)
Intermediário 1 (ATVACS)
Intermediário 2 (INATBCS)
Indesejável (INATACS)
Prevalência
Desejável (ATVBCS)
Intermediário 1 (ATVACS)
Intermediário 2(INATBCS)
52
Tabela 4 - Regressão multinomial para os hábitos combinados (comportamento sedentário e prática de atividade física) entre egressos de universidades mineiras (CUME), Brasil
Variáveis
Insuficientemente ativo / Alto CS (Indesejável)
Ativo /Alto CS (Intermediário 1)
Insuficientemente ativo / Baixo comportamento sedentário
(Intermediário 2)
Ativo / Baixo comportamento sedentário (Desejável)
n=780 p OR (95% IC) n=983 p OR (95% IC) n=998 p OR (95%
IC) n=1.505 Ref
Fatores Demográficos e Socioeconômicos
Sexo
Masculino 200 - - 340 - - 253 - - 518 -
Feminino 580 0,078 1,558 [0,951; 2,552] 643 0,517 1,161 [0,74; 1,821] 745 0,130 1,441 [0,898; 2,313] 987 -
Idade (anos) 4.266 0,147 0,978 [0,949; 1,008] 0,022 0,966 [0,939; 0,995] 0,616 1,007 [0,98; 1,034] -
Estado civil
Casado(a) / União estável 382 - - 419 - - 567 - - 760 -
Solteiro(a) 346 0,926 1,024 [0,62; 1,691] 510 0,974 0,992 [0,614; 1,602] 368 0,140 0,696 [0,43; 1,126] 653 -
Separado(a) / Viúvo(a) / Outros 52 0,536 1,334 [0,535; 3,326] 54 0,345 1,526 [0,635; 3,663] 63 0,636 0,813 [0,345; 1,915] 92 -
Escolaridade
Graduação 231 - - 271 - - 263 - - 378 -
Especialização 158 0,293 0,712 [0,378; 1,341] 231 0,215 0,686 [0,378; 1,244] 272 0,753 0,909 [0,502; 1,647] 385 -
Mestrado 249 0,522 1,216 [0,669; 2,212] 307 0,414 0,786 [0,442; 1,4] 260 0,809 0,929 [0,51; 1,693] 425 -
Doutorado 98 0,111 0,537 [0,25; 1,154] 121 0,070 0,524 [0,26; 1,054] 137 0,243 0,658 [0,326; 1,329] 241 -
Pós-doutorado 44 0,887 0,918 [0,283; 2,983] 53 0,908 0,939 [0,324; 2,72] 66 0,825 1,133 [0,375; 3,419] 76 -
Renda familiar * (n=3.867)
Menor que 2 SM 25 - - 26 - - 44 - - 37 -
Entre 2 e 4 SM 103 0,459 0,632 [0,187; 2,132] 113 0,446 1,797 [0,398; 8,122] 134 0,935 0,951 [0,282; 3,208] 164 -
Entre 4 e 10 SM 315 0,175 0,45 [0,142; 1,425] 373 0,601 1,471 [0,346; 6,255] 410 0,473 0,656 [0,207; 2,077] 579 -
Entre 10 e 20 SM 209 0,211 0,459 [0,136; 1,554] 291 0,454 1,767 [0,399; 7,834] 242 0,275 0,508 [0,151; 1,714] 439 -
20 SM ou mais 55 0,287 0,469 [0,116; 1,892] 87 0,347 2,139 [0,439; 10,433] 77 0,441 0,588 [0,152; 2,271] 144 -
IC95%: intervalo de confiança de 95%; *com base no salário mínimo (SM) vigente de 2016 e 2018; [Comportamento Sedentário (CS): p50=420min (Baixo CS: ≤ 420 e Alto CS: > 420 min/dia)]; [Atividade Física (AF): Ativo ≥ 150 minutos/semana (min/sem) de AFM e > 75 min/sem AFV; Inativo<150min/sem AFM e <75min/sem AFV]; p: p-valor
53
Tabela 4 (Continuação) – Regressão multinomial para os hábitos combinados (comportamento sedentário e prática de atividade física) entre egressos de universidades mineiras, Brasil
Variáveis
Insuficientemente ativo / Alto CS (Indesejável)
Ativo / Alto CS (Intermediário 1)
Insuficientemente ativo / Baixo CS (Intermediário 2)
Ativo / Baixo CS
(Desejável)
n=780 p OR (95% IC) n=983 p OR (95% IC) n=998 p OR (95% IC) n=1.505 Ref
Cor da pele
Não branca 287 - - 336 - - 375 - - 501 -
Branca 493 0,043 0,621 [0,391; 0,985] 647 0,321 0,796 [0,506; 1,25] 623 0,536 0,868 [0,555; 1,358] 1.004 -
Região que vive
Minas Gerais 620 - - 755 - - 819 - - 1.206 -
Rio de Janeiro 17 0,618 0,702 [0,174; 2,831] 45 0,833 0,88 [0,269; 2,879] 25 0,358 0,524 [0,132; 2,082] 34 -
São Paulo 41 0,449 1,435 [0,563; 3,659] 53 0,691 1,203 [0,484; 2,989] 45 0,896 0,937 [0,352; 2,49] 61 -
Outros 102 0,557 1,23 [0,617; 2,454] 130 0,417 1,307 [0,685; 2,492] 109 0,768 1,106 [0,565; 2,165] 204 -
Situação Profissional
Estudante 120 - - 172 - - 119 - - 222 -
Desempregado/Aposentado/Do lar
58 0,446 0,696 [0,274; 1,767] 56 0,179 0,501 [0,183; 1,372] 104 0,441 0,702 [0,286; 1,726] 152 -
Trabalha parcial e informal 90 0,085 0,468 [0,197; 1,11] 112 0,418 0,721 [0,328; 1,589] 204 0,788 0,899 [0,414; 1,953] 262 -
Trabalha integral 512 0,233 1,516 [0,765; 3,004] 643 0,256 1,469 [0,756; 2,851] 571 0,634 1,183 [0,593; 2,357] 869 -
Hábitos de Vida
Hábito de fumar
Não 704 - - 907 - - 904 - - 1.390 -
Sim 76 0,390 1,386 [0,658; 2,922] 76 0,898 1,049 [0,505; 2,181] 94 0,843 1,083 [0,493; 2,377] 115 -
Consumo de bebida alcoólica
Não 235 - - 216 - - 357 - - 370 -
Sim 545 0,637 1,127 [0,685; 1,855] 767 0,101 1,505 [0,923; 2,454] 641 0,315 0,795 [0,508; 1,244] 1.135 -
IC95%: intervalo de confiança de 95%; *com base no salário mínimo (SM) vigente de 2016 e 2018; [Comportamento Sedentário (CS): p50=420min (Baixo CS: ≤ 420 e Alto CS: > 420 min/dia)]; [Atividade Física (AF): Ativo ≥ 150 minutos/semana (min/sem) de AFM e > 75 min/sem AFV; Inativo<150min/sem AFM e <75min/sem AFV]; p: p-valor
54
Tabela 4 (Continuação) – Regressão multinomial para os hábitos combinados (comportamento sedentário e atividade física) entre egressos de universidades mineiras, Brasil
Variáveis
Insuficientemente ativo / Alto comportamento sedentário
Ativo / Alto Comportamento Sedentário
Insuficientemente ativo / Baixo comportamento sedentário
Ativo / Baixo
comportamento sedentário
n=780 p OR (95% IC) n=983 p OR (95% IC) n=998 p OR (95% IC) n=1.505 Ref
Condições de Saúde
IMC**
Eutrofia 412 - - 579 - - 534 - - 900 -
Baixo peso 34 0,253 2,267 [0,557; 9,234] 22 0,923 1,08 [0,227; 5,146] 48 0,096 2,913 [0,826; 10,266] 39 -
Sobrepeso 212 0,101 1,839 [0,887; 3,813] 286 0,356 1,394 [0,688; 2,824] 269 0,044 1,963 [1,018; 3,787] 448 -
Obesidade 122 0,169 1,406 [0,865; 2,286] 96 0,770 0,932 [0,584; 1,489] 147 0,675 0,903 [0,561; 1,454] 118 -
Morbidade referida (n=1.703)
Não tem 204 - - 97 - - 110 - - 348 -
1 ou mais 38 0,212 1,496 [0,794; 2,818] 379 0,063 1,77 [0,97; 3,23] 464 0,142 1,554 [0,863; 2,796] 63 -
Estado de Saúde
Autoavaliação de saúde (n=2.589)
Muito ruim / Ruim / Regular 97 - - 109 - - 110 - - 158 -
Bom / Muito bom 379 0,173 1,433 [0,854; 2,406] 498 0,177 1,405 [0,857; 2,302] 464 0,354 1,266 [0,769; 2,084] 774 -
IC95%: intervalo de confiança de 95%; *com base no salário mínimo (SM) vigente de 2016 e 2018; ** IMC definido para adulto (WHO, 1998) e idoso (LIPSCHITZ, 1994) [Comportamento Sedentário (CS): p50=420min (Baixo CS: ≤ 420 e Alto CS: > 420 min/dia)]; [Atividade Física (AF): Ativo ≥ 150 minutos/semana (min/sem) de AFM e > 75 min/sem AFV; Inativo<150min/sem AFM e <75min/sem
AFV]; p: p-valor
55
7 DISCUSSÃO
O presente estudo populacional analisou a associação de CS e AF, baseado
no tempo sentado total e no tempo realizado de AFMV com os fatores
sociodemográficos, hábitos de vida e condições de saúde em adultos graduados e
pós-graduados brasileiros de ambos os sexos. Identificou-se prevalência de
indivíduos inativos fisicamente, tempo por dia dispendido em comportamento
sedentário. Tais comportamentos, quando combinados, foram significativamente
associados à cor da pele branca e ao sobrepeso.
Vários estudos têm sido conduzidos com o objetivo de analisar os efeitos do
CS em relação à saúde dos indivíduos (RAMIRES et al., 2014, OWEN et al.,2011,
SALMON et al., 2011, THORP et al., 2011, TREMBLAY et al, 2010, DUNSTAN et al.,
2010, OWEN et al., 2010, PATE et al., 2008). Os resultados desses estudos reforçam
que, cada vez mais, a sociedade tem exigido, nas atividades diárias, elevado tempo
sentado, seja no trabalho, nos lares, no deslocamento ou no lazer (GARCIA et al.,
2015). Somado a outros hábitos de vida inadequados, esse comportamento pode
maximizar o aparecimento de doenças tais como diabetes, doenças cardiovasculares
e mortalidade por todas as causas, como observado em alguns estudos longitudinais
(WILMOLT et al., 2012, PROPER et al., 2011) e de metanálise (PATTERSON et al.,
2018).
São coincidentes os achados desta pesquisa (69,3%) com estudos nacionais e
internacionais quanto à predominância do sexo feminino no que se refere ao CS e à
inatividade física: 57,6% (SOUSA et al., 2018), 57,9% (CLEMENTE et al., 2016),
60,1% (GARCIA PUELLO; HERAZO BELTRÁN; TUESCA MOLINA, 2015), 50,7%
(GASPARATTO et al., 2013), 61,3% (PANTIC et al., 2011). Além disso, pode-se
destacar, ainda, que vem acontecendo uma transformação demográfica no Brasil, que
se caracteriza pela feminização do envelhecimento (SOUSA et al., 2018). Entretanto,
como este estudo foi realizado com graduados e pós-graduados, a alta prevalência
de pessoas do sexo feminino pode ser justificada pelo maior número de mulheres nas
universidades, conforme apontam estudos recentes (VASCONCELOS, 2010).
A prevalência do CS (41,3%) e da inatividade física (41,7%), avaliados neste
estudo, pode diferir da de outros, tal como os resultados da Pesquisa Nacional de
Saúde no Brasil de 2013. Este último identificou uma prevalência de indivíduos
insuficientemente ativos de 46% enquanto que, para o hábito de assistir televisão (≥
56
3 horas por dia), foi de apenas 28,9% (MIELKE, 2012). Rosenberg et al. (2008)
conduziram um estudo transversal com 289 pessoas em três países (EUA, Inglaterra
e Holanda) e identificaram que os participantes que pertenciam ao maior tercil de
tempo sentado – 44% – foram classificados como fisicamente ativos (ROSENBERG
et al., 2008). Além disso, as diferenças encontradas podem ser justificadas pelas
diversas definições dos termos e domínios considerados para a categorização do CS
e AF nos estudos, fato este confirmado por Hallal e colaboradores (2007), em revisão
sistemática com dados coletados no Brasil, na qual verificaram que a prevalência do
CS variou entre 26,7% a 78,2%.
O presente estudo abordou uma tendência de se analisar a integração dos
movimentos enquanto continuum no período diário, ou seja, o indivíduo acumulando
o comportamento sedentário e a prática de AF (PARUTHI et al., 2016; AMORIM;
FARIA, 2012). Por um aspecto de movimento e de gasto de energia, o CS está em
uma extremidade de um contínuo fisiológico, desconsiderando o sono, e na outra
extremidade tem-se a AFMV (TREMBLAY et al., 2010). Assim, ao combinar os dois
movimentos: tempo sentado total e tempo destinado à AF ou ausência dela – e
associá-los aos vários potenciais correlatos sociodemográficos e relacionados à
saúde (HADGRAFT NT et al., 2015), apenas os atributos cor da pele e índice de
massa corporal (sobrepeso) foram significativos. Ainda são poucos os achados
científicos que avaliaram os comportamentos combinados. Omorou et al. (2015), na
França (n=4.714) com adultos, identificaram cinco grupos com variadas combinações
por cluster, tendo as seguintes prevalências dos achados: (i) 'AF total baixa, transporte
ativo e baixo CS' (41%); (ii) 'AF total baixa e CS moderada' (22%); (iii) 'AF total baixa,
tempo de AF no lazer e alta CS '(15%); (iv) 'alta AF total, moderada ocupação
profissional e moderada CS '(17%); e (v) 'alta AF total, vigorosa ocupacional e baixa
CS' (5%). Outro estudo, porém com adolescentes na China (n=13.659), identificou
quatro grupos: (i) com alto nível de AFMV / baixo CS (64,7%), (ii) baixo nível de AFMV
/ baixo CS (26,7%), (iii) baixo nível de AFMV / alto nível de CS (4,8%) e (iv) baixo nível
de AFMV / moderado CS (3,9%) com sintomas de depressão e ansiedade. Os
pesquisadores concluíram que aqueles pertencentes ao baixo nível de AFMV e alto
CS estavam mais propensos a desenvolver depressão e, segundo os fatores
sociodemográficos, esse mesmo grupo apresentou melhor renda e os pais eram
casados (LIU et al., 2019). Esses achados reforçam a importância da prática de AF e
da redução do CS a fim de promover condutas que melhorem a saúde, de maneira
57
que se alcance o universalismo (promover ações cuja magnitude seja ajustada às
necessidades de cada grupo da população) pode ser o mais desejável.
O passo inicial importante para a determinação do CS ou da AF é identificar o
tempo de realização de cada atividade. Diante disso, a princípio, é necessária a
existência de pontos de corte de consensos oficiais a fim de os definir. É sabido, diante
de inúmeros estudos, que os consensos para a recomendação de tempo e tipo de AF
ideais podem oferecer um norte para a população, bem como para o profissional de
saúde, sobre a frequência/intensidade de AF que promova benefícios à saúde (WHO,
2011). Neste estudo, o tempo médio de AFMV realizadas foi superior às diretrizes
(WHO, 2011), com valor de 439,9 minutos por semana. Entretanto, não existe
consenso para CS. Contudo, Petterson et al. (2018), em recente metanálise
(n=1.33.468), identificaram um limiar de 6 a 8h de tempo total sentado e de 3 a 4h por
dia de tempo de TV como ponto de corte para o aumento da mortalidade por todas as
causas e doenças cardiovasculares. Limiar esse que contempla os valores
encontrados neste estudo, que utilizou, para categorizar, o valor da mediana de 420
minutos por dia, assim como Mielke (2012) propôs a utilização da mediana como ponto
de corte.
Jans, Proper e Hildebrandt (2007), em estudo temporal de 2000 a 2006 com
população adulta (n= 7.720) trabalhadora, também identificaram média de tempo
sentado de 420 min/dia. Valores esses superiores ao encontrado por Bauman e
colaboradores (2011), que identificaram, para população adulta no Brasil, Portugal e
Colômbia, mediana de 180 min/dia enquanto que, para países como Taiwan, Noruega,
Hong Kong, Arábia Saudita e Japão, identificaram os maiores tempos em
comportamento sedentário (360 min / dia) (BAUMAN et al., 2011). Outro estudo,
realizado em Ribeirão Preto – SP, Brasil, em 2006 (n = 2197), teve média de tempo
sentado menor ao deste estudo (306,2 minutos dia para homens e 270,3 minutos por
dia para as mulheres) (SUZUKI et al., 2010). Essas diferenças, nos tempos médios
desempenhados, podem ser justificadas pela diferença nas métricas utilizadas nos
estudos citados, seja pelo questionário utilizado, pelo domínio avaliado (individual,
parcial ou total), seja pelas particularidades de cada população, região, dentre outros.
Esses resultados são relevantes face às atuais implicações de que o alto tempo
dispendido em CS e em inatividade física estejam associados ao aumento do impacto
negativo e de agravos à saúde (EKELUND et al., 2016; CARSON et al., 2016;
TREMBLAY et al., 2010). Isso sugere que o alto engajamento em atividades
58
sedentárias pode elevar os riscos metabólicos para o surgimento de DCNT,
independentemente de atender às recomendações de AF, da faixa etária, renda
familiar, região em que vive, nível de escolaridade dentre outros (STAIANO et al.,
2014; SALMON et al., 2011; HEALY et al., 2008).
Tremblay (2010) sugere que uma das hipóteses para esse agravo seja que o
CS, por diferentes mecanismos, influencie o risco de doenças crônicas, uma vez que
a baixa frequência de contrações musculares durante o tempo sentado pode
ocasionar, dentre outras respostas, a supressão da lipoproteína lipase (LPL),
resultando em aumento de lipoproteínas LDL, VLDL circulantes (TREMBLAY et al.,
2010, HAMILTON et al., 2007). Thyfault e colaboradores (2015) reforçaram as
recomendações a respeito da importância da realização de estudos do CS somado
aos efeitos da AF sobre os variados sistemas fisiológicos, uma vez que possuem
mecanismos distintos sobre o organismo (THYFAULT et al., 2015, THORP et al.,
2011, HAMILTON, HAMILTON, ZDERIC, 2007).
Hu e colaboradores (2003), em estudo de coorte (n= 50277) com mulheres,
identificaram a associação do CS ao elevado risco de desenvolverem doença
cardiovascular, diabetes e câncer e encontraram, ainda, que atividades leves, como
caminhar em casa, foram associadas à prevenção de ocorrência de diabetes e
obesidade (HU, et al., 2003). Uma robusta metanálise (n=1.005.791) demonstrou que
os efeitos deletérios do tempo sentado (mais de 480 minutos por dia) podem ser
mitigados quando se realiza cerca de 60 a 75 minutos por dia de atividade física
moderada (EKELUND et al., 2016).
Outro importante estudo de coorte na Noruega (n=45.810), realizado por Jiang
et al. (2019), não identificou associação entre o tempo sentado total e a incidência de
câncer de pulmão. Porém, quando compararam os participantes que sentaram menos
que 8h/dia e eram ativos com aqueles que sentaram mais que 8h/dia e eram inativos
tiveram incidência aumentada de câncer, mesmo ajustando as análises pelo cigarro,
o efeito do fumo como variável de confusão não foi desconsiderado (JIANG et al.,
2019).
Celis-Morales et al (2019), em recente estudo, identificaram que indivíduos que
possuíam maior predisposição genética para a obesidade e que foram classificados
com baixos níveis de AF e alto CS tiveram 2,9 vezes mais chances de ter aumento no
IMC, quando comparados a indivíduos que tinham altos índices de AF e menor tempo
sedentário, o que os permitiu inferir que indivíduos com alta predisposição genética
59
para obesidade podem minimizar a adiposidade, se realizarem altos níveis de AF e
baixo tempo sentado (CELIS-MORALES et al., 2019). Ainda que a associação do
presente estudo para o sobrepeso tenha sido no grupo daqueles indivíduos que são
insuficientemente ativos e apresentam baixo CS (Intermediário 2), nota-se que há um
impacto negativo para a saúde a falta de AF, mesmo estando associada ao tempo
sentado (CS) em nível mais baixo.
Os aspectos sociodemográficos são mediadores dos padrões de
morbimortalidade e elucidar quais são os grupos mais expostos é importante (WHO,
2010). Entretanto, vale ressaltar que a variabilidade desses determinantes frente ao
CS e prática de AF nem sempre são semelhantes ao longo de um território. As
diferenças de magnitude econômica, demográfica, climática, social e de infraestrutura
sofrem variabilidade a depender da região, do Estado ou do país do estudo (BRASIL,
2019, O’DONOGHUE et al., 2016, OWEN et al., 2011). Além disso, as medidas de
intervenção que visam à redução do tempo sentado para além do aumento da prática
de AF necessitam identificar e compreender os fatores que promovem ou não esses
comportamentos. Rocha et al., (2019) objetivaram conhecer alguns desses fatores,
propondo um modelo socioecológico com multiníveis de determinantes, tais como:
características individuais, fatores ocupacionais/organizacionais, fatores familiares e
interpessoais, fatores de mercado, sociais, governamentais e ambientais (ROCHA et
al., 2019, O’DONOGHUE et al., 2016).
Dessa forma, é de suma importância para a saúde pública desenvolver ações
que promovam melhores acessos a ambientes e locais que propiciem a prática de AF
e, mais ainda, elaborar estratégias com objetivo de diminuir e gerenciar o tempo
dispendido em CS pelos indivíduos de forma peculiar e definida para as diversas
regiões, considerando a multiplicidade de cultura, clima e aspectos econômicos.
Esses achados reforçam que essas ações promovem igualdade e equidade de acesso
às campanhas de divulgação do risco do CS, tal como ocorre com a promoção de AF.
No presente estudo os aspectos sociodemográficos encontrados com as
variáveis CS e AF separadamente, observa-se a associação inversa da idade ao CS,
ou seja, quanto mais jovem, maior o tempo sentado total. Bauman et al. (2011), em
revisão sistemática, em 20 países, demonstrou que adultos jovens (18-39 anos)
dispendem mais tempo sentado que adultos mais velhos (40-65 anos), tal como o
estudo realizado por Mielke et al. (2014), no Brasil (n=2927). Dados do VIGITEL
(2018) também mostram que pessoas mais jovens e com maior escolaridade
60
dispendem maiores tempo em comportamento sedentário, ainda que se observe que
as formas de categorização desses estudos sejam diferentes. Porém, O’donoghue et
al. (2016), em outra revisão (n=246.920) com 74 artigos, verificou que 20 abordavam
a relação da idade com CS e, destes, 14 identificaram que o aumento da idade
aumentava também o CS e apenas 5 apresentaram relação inversa, como neste
estudo.
Com relação à AF, foi positiva a associação com a idade, mas inversamente
proporcional: quanto maior a idade, menor o tempo de realização de AF no lazer. Esse
achado é similar ao apresentado pelo Vigitel (2018) que encontrou prevalência de
50,6% para os jovens ativos e 24,4% para os mais velhos. Hallal et al. (2012a), em
estudo com adultos de 122 países, identificaram que a inatividade aumenta com a
idade, sendo maior entre as mulheres e em países de maior renda. Porém, Duijvestijn
et al. (2020), na Holanda, em estudo retrospectivo, identificaram maior adesão à
prática de AF entre 2001 (39,9%) e 2018 (46,0%), sendo maior entre os adultos que
entre os adolescentes.
De acordo com o perfil do público do presente estudo, era esperado que o CS
fosse maior quanto maior fosse a idade, pois estão expostos a fatores e a demandas
ocupacionais mais exigentes que demandam maior tempo sentado. Em contrapartida,
para AF, observa-se o inverso, sendo um dos fatores a sociabilidade que os indivíduos
mais jovens buscam para se integrar (WANG et al., 2016), tendo como objetivo
motivação social (GARCIA PUELLO; HERAZO BELTRÁN; TUESCA MOLINA, 2015).
Para o aspecto renda, que teve associação à variável AF, Rech et al (2015),
em estudo de análise da tendência da prática de AF e CS no período de 2006 a 2013,
identificaram aumento da AFL nas capitais do Sul do Brasil, onde houve, nas últimas
décadas, empenho na implementação de políticas de promoção de AF. Eles
defendem que seria possível justificar essa ocorrência pela maior escolaridade e
renda na região Sul (RECH et al., 2015). Entretanto, no último Vigitel (2018), esse
dado se apresentou diferente, tendo os maiores índices de prática de AFL ocorrido
nas capitais Palmas (47%), Macapá (46,8%). Já nas capitais do Sul, houve menores
índices: Porto Alegre (35,6%) e Curitiba (41,3%) (BRASIL, 2019). A presente pesquisa
acompanhou a nova tendência divulgada pelo Vigitel, tendo maior tempo autorrelatado
de AFMV as regiões Norte e Nordeste. Em contrapartida, as pessoas que relataram
menor renda declararam maior tempo em AFMV. Mas é importante registrar que em
61
dados autorrelatados há tendência de relatar hábitos mais positivos que podem ser a
realidade praticada.
Este trabalho teve associação positiva dos indivíduos com maior nível de
escolaridade com maior TST, assim como outros estudos (GEBEL et al., 2017,
O'DONOGHUE et al., 2016, RHODES; MARK; TEMMEL, 2012). Uma das
possibilidades é que indivíduos com maior nível de escolaridade tendem a ocupar
níveis mais altos no trabalho (públicos ou privados), com maior tempo sentado total
que requerem menor esforço físico (AF) e, muitas vezes, além de estenderem as
jornadas de trabalho, ainda buscam, com elevada frequência, capacitarem-se
constantemente em atividades que exigem maior tempo sentado e menor tempo livre
para a prática de AF.
Burton et al. (2000) e Salmon (2000), em estudos nos quais foi utilizada medida
subjetiva de autorrelato, demonstraram que pessoas que realizavam atividade
ocupacional com menor renda realizavam níveis elevados de AFL. Outro estudo,
associando ocupação e AF, identificou resultados mistos, porém, a maioria
demonstrou que pessoas com ocupação com mais alto grau realizavam maior AFL
(KIRK, RHODES, 2011). Esses resultados controversos reforçam que as
variabilidades metodológicas podem influenciar os resultados e dificultar a
comparação entre as pesquisas. Ainda que o tempo de AFMV tenha sido alto neste
estudo, há uma alta prevalência de inativos. Dessa forma, observa-se que a
ocupação, tendo em vista a alta escolaridade, pode estar contribuindo para este valor.
O estilo de vida possui uma grande influência na qualidade de vida e na
prevenção para as DCNT. Os principais fatores, que exigem maior atenção, são tal
como citado anteriormente: a inatividade física, o consumo de álcool e o hábito de
fumar. Diversos são os fatores que podem favorecer o consumo de álcool e o hábito
de fumar, tais como contexto familiar, sociabilidade, crenças, custo, acessibilidade,
disponibilidade comercial. Neste estudo, houve associação da AF com dois destes
fatores de risco: consumo de álcool e hábito de fumar (p<0,05). Brunori et al. (2015)
encontraram fraca associação entre a AF e a dependência por nicotina, a prevalência
foi maior entre os indivíduos ativos fisicamente e a dependência média de nicotina.
Quanto ao álcool, não houve associação com AF. Dodge, Clarke e Dwan (2017), em
recente metanálise, que encontrou 16 estudos sobre AF e álcool nos Estados Unidos
com adultos, estudantes universitários e não estudantes, concluíram que o maior
consumo de álcool esteve associado a maiores índices de prática de AF, porém não
62
ficou claro qual o fator que impulsiona esta relação. Assim como este, o estudo de
Leasure et al. (2015), mas que analisou uma variada amostra –estudantes
universitários, adolescentes, atletas e a população em geral, encontrou o mesmo
resultado que Dodge, Clarke e Dwan. Niedrmeier et al (2018) e Kopp et al. (2015)
também realizaram estudos com estudantes austríacos, considerando a relação entre
álcool e AF, mas não encontraram relação de significância entre essas duas variáveis,
mas, sim, influência de variáveis como sexo, idade, estado civil, escolaridade e área
de estudo.
Outro fator significativo encontrado neste estudo refere-se à cor da pele. Ser
branco foi associado de forma positiva (protetiva) ao grupo insuficientemente ativo e
com alto CS (Indesejável). Dessa forma, percebe-se que a cor da pele pode estar
diretamente relacionada ao status socioeconômico como reflexo de maior
escolaridade desses indivíduos, por conseguinte, atividades ocupacionais que
requeiram maior tempo sentado, maior frequência de uso de veículos, melhores
oportunidades de moradia e lazer, nas quais a prática de AF e o acesso aos
equipamentos tecnológicos estão mais disponíveis (SALVO et al., 2017). Embora não
sejam característicos dessa população, no Brasil, infelizmente, os trabalhos braçais
ainda são desempenhados, em sua maioria, pela população negra, ao passo que
cargos de chefia (que demandam mais tempo sentado) são normalmente
desempenhados por brancos. Somados a isso, a falta de infraestrutura, iluminação
pública, vias apropriadas e segurança pública são outros aspectos encontrado, na
maioria dos bairros de cidades e grandes centros (aglomerados subnormais), que
dificultam o acesso e a prática de AF. Muito há o que se avançar nesse sentido.
A principal limitação deste estudo é o seu desenho de natureza transversal, que
não permite análises de causalidade. Entretanto, estes estudos são fundamentais
para a elaboração de hipóteses investigativas e de políticas públicas de intervenção
no contexto.
A literatura internacional despende atenção especial para pesquisas de
delineamento populacional e o tipo de delineamento utilizado, neste estudo, foi
adequado, pois permitiu uma descrição pontual dos eventos na população de forma
rápida, objetiva e com custo muito mais baixo (RAMIRES et al., 2014, OWEN et al.,
2010). Mielke (2012) reforça a escassez de pesquisa sobre essa temática em países
de renda média como o Brasil, com amostras tão grandes.
63
Além disso, as informações autorreferidas de comportamento sedentário e de
atividade física podem não ser fidedignas. No entanto, Kang (2015) cita que as
medidas subjetivas têm sido preferidas pela eficiência e prática, além do fato de que
vários métodos validados na literatura para a avaliação da prática de AF também são
autorreferidos como IPAQ (Questionário Internacional de Atividade Física) em versão
longa e curta (BENEDETTI et al., 2007). A limitação das informações autorreferidas
tende a ser minimizada pelo alto grau de escolaridade da amostra, conferindo melhor
confiabilidade nos retornos com ferramentas subjetivas (CELI-MORALES, 2019).
Um ponto forte a ser considerado é que este estudo avalia de forma combinada
a existência dos dois comportamentos (atividade física e comportamento sedentário)..
64
8 CONCLUSÃO
Considerando esse contexto, objetivou-se, neste estudo, conhecer a
prevalência de inatividade física, o tempo dispendido em comportamento sedentário,
bem como os fatores associados a esses comportamentos combinados e
separadamente nos egressos das universidades mineiras. Após coleta e tratamento
dos dados, verificou-se que, na população desta pesquisa, os indivíduos mais
vulneráveis ao CS para além de 7h/dia são indivíduos mais adultos,
solteiros/separados/viúvos ou outros, pós-graduados, residentes no estado do Rio de
Janeiro, estudantes e aqueles que trabalham em tempo integral. Para a inatividade
física os indivíduos mais vulneráveis são também são adultos mais velhos, do sexo
feminino, casados ou em união estável, com poder aquisitivo menor, fumantes,
aqueles que não fazem uso de bebida alcoólica e com excesso de peso. Conclui-se
ainda que, segundo as variáveis combinadas, são mais vulneráveis ao alto
comportamento sedentário e insuficientemente ativos (Indesejável) as pessoas não
brancas e, aquelas mais susceptíveis ao baixo comportamento sedentário e inativos
fisicamente (Intermediário 2) são indivíduos classificados com sobrepeso. A
identificação desses grupos mais vulneráveis pode colaborar para a identificação e a
proposição de ações conjuntas para o controle do comportamento sedentário e da
inatividade física na população estudada.
65
REFERÊNCIAS
AINSWORTH, B. E. et al. Compendium of Physical Activities: an update of activity codes and MET intensities. Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 32, n. Supplement, p. S498–S516, 2000. AINSWORTH, Barbara E. et al. Compendium of Physical Activities: a second update of codes and MET values. Medicine & science in sports & exercise, v. 43, n. 8, p. 1575-1581, 2011. ALLMAN-FARINELLI, M. A. et al. Occupational risk of overweight and obesity : an analysis of the Australian Health Survey. Journal of Occupational Medicine and Toxicology, v. 5, n. 14, p. 1–9, 2010. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2894850/>. Acesso em: 14 abr. 2019. AMAGASA, S. et al. Associations of sedentary and physically-active behaviors with cognitive-function decline in community-dwelling older adults: compositional data analysis from the NEIGE study. Journal of epidemiology, p. JE20190141, 2019.
AMORIM, P. R.; FARIA, F. R. Dispêndio energético das atividades humanas e sua repercussão para a saúde. Motricidade, Ribeira de Pena (Portugal), v. 8, n. S2, p. 295-302, 2012. Disponível em: < APARICIO-UGARRIZA, R. et al. A Novel Physical Activity and Sedentary Behavior Classification and Its Relationship with Physical Fitness in Spanish Older Adults: The PHYSMED Study. Journal of Physical Activity and Health, v. 14, n. 10, p. 815–822, 2017. ATKIN, A. J. et al. Methods of Measurement in epidemiology: sedentary Behaviour. International journal of epidemiology, v. 41, n. 5, p. 1460–1471, Oct. 2012. BAMES, J. et al. Letter to the Editor: Standardized use of the terms" sedentary" and" sedentary behaviours". Applied Physiology Nutrition and Metabolism, Ottawa (Canada), v. 37, n. 3 p. 540-542, 2012. Disponível em: <https://www.nrcresearchpress.com/doi/pdf/10.1139/h2012-024>. Acesso em: 15 jan. 2019. BAUMAN, Adrian et al. Physical activity measurement-a primer for health promotion. Promotion & education, v. 13, n. 2, p. 92-103, 2006.
BAUMAN, A. et al. Leisure-time physical activity alone may not be a sufficient public health approach to prevent obesity – a focus on China. Obesity reviews: an official journal of the International Association for the Study of Obesity, v. 9, s. 1, p. 119–126, mar. 2008. Disponível em:
66
<https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1467-789X.2007.00452.x>. Acesso em: 10 dez. 2018. BAUMAN, A. et al. The descriptive epidemiology of sitting. A 20-country comparison using the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). American journal of preventive medicine, v. 41, n. 2, p. 228–235, Aug. 2011. BEENACKERS, M. A. et al. Socioeconomic inequalities in occupational, leisure-time, and transport related physical activity among European adults: a systematic review. The international journal of behavioral nutrition and physical activity, v. 9, p. 116, Sep. 2012. BENEDETTI, T. R. B. et al. Reproducibility and validity of the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) in elderly men. Revista Brasileira de Ciência do Movimento, v. 13, n. 1, p. 11-16, 2007. BERRIGAN, D. et al. Active transportation increases adherence to activity recommendations. American Journal of Preventive Medicine, v. 31, n. 3, p. 210-216, Sep. 2006. BIDDLE, S. J. H.; BATTERHAM, A. M. High-intensity interval exercise training for public health : a big HIT or shall we HIT it on the head ? International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, v. 12, n. 95, p. 1–8, 2015. Disponível em: <https://ijbnpa.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12966-015-0254-9>. Acesso em: 18 mar. 2019. BOYINGTONJ, J. E. et al. Sedentary Behavior Research Priorities--NHLBI/NIA Sedentary Behavior Workshop Summary. Medicine and science in sports and exercise, v. 47, n. 6, p. 1291-1294, 2015. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4362877/>. Acesso em: 14 out. 2018. BOYLE, S. E.; JONES, G. L.; WALTERS, S. J. Physical activity, quality of life, weight status and diet in adolescents. Quality of Life Research, v. 19, n. 7, p. 943–954, 2010. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2015. Rio de Janeiro: IBGE; 2015. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2012. Rio de Janeiro: IBGE; 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa; MORAIS NETO, O. L. VIGITEL Brasil 2006: vigilância de fatores e risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Ministério da Saúde, 2007. BRASIL. Ministério da Saúde, 2011. Ações e programas. Brasília, 2011. Disponível em: <http://saude.gov.br/acoes-e-programas>. Acesso em: 10 jul. 2019.
67
BRASIL. Ministério da Saúde. VIGITEL Brasil 2016: vigilância de Fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. VIGITEL Brasil 2018: vigilância de Fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. BURTON, Nicola W.; TURRELL, Gavin. Occupation, hours worked, and leisure-time physical activity. Preventive medicine, v. 31, n. 6, p. 673-681, 2000. CAMILO, B. F. Comportamento sedentário, atividade física e estado nutricional de idosos. 2017. 71f. Dissertação (Mestrado em Educação Física). Pós-Graduação em Educação Física, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2017. CAPINGANA, D. P. et al. Prevalence of cardiovascular risk factors and socioeconomic level among public-sector workers in Angola. BMC public health, v. 13, p. 732, Aug. 2013. CARSON, V. et al. Patterns of movement behaviors and their association with overweight and obesity in youth. International journal of public health, v. 60, n. 5, p. 551-559, 2015. CARSON, V. et al. Systematic review of sedentary behaviour and health indicators in school-aged children and youth: an update. Applied Physiology, Nutrition, and Metabolism, v. 41, n. 6, p. S240-S265, 2016. CASPERSEN, C. J. et al. Physical Activity Exercise, and Physical fitness: definitions and distinctions for health-related research. Public Health Reports, v. 100, p. 126–131, 1985. CASSOU, Ana Carina Naldino et al. Barriers to physical activity among Brazilian elderly women from different socioeconomic status: a focus-group study. Journal of Physical Activity and Health, v. 8, n. 1, p. 126-132, 2011. CELIS‐MORALES, C. A. et al. The Combination of Physical Activity and Sedentary Behaviors Modifies the Genetic Predisposition to Obesity. Obesity, v. 27, n. 4, p. 653-661, 2019. CHAIMOWICZ, F. Epidemiologia do Envelhecimento no Brasil. In: FREITAS, E. V.; PY, L. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. cap. 6, p. 236-260. CHAPUT, J. P. et al. Importance of all movement behaviors in a 24 hour period for overall health. International journal of environmental research and public health, v. 11, n. 12, p. 12575-12581, 2014. CHAU, Josephine Y. et al. Daily sitting time and all-cause mortality: a meta-analysis. PloS one, v. 8, n. 11, 2013.
68
CHINN, D. J. et al. Barriers to physical activity and socioeconomic position: implications for health promotion. Journal of Epidemiology & Community Health, London, v. 53, n. 3, p. 191–192, 1999. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1756843/pdf/v053p00191.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2019. CLEMENTE, Filipe Manuel et al. Physical activity patterns in university students: Do they follow the public health guidelines?. PLoS One, v. 11, n. 3, 2016. COELHO-RAVAGNANI, C. F. et al. Estimation of metabolic equivalent (met) of an exercise protocol based on indirect calorimetry. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 19, n. 2, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbme/v19n2/13.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2019. CRAIG, C. L. et al. International physical activity questionnaire: 12-Country reliability and validity. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 35, n. 8, p. 1381–1395, 2003. CRUZ, M. S.; BERNAL, R. T. I.; CLARO, R. M. Tendência da prática de atividade física no lazer entre adultos no Brasil (2006-2016). Cadernos de Saúde Pública, v. 34, p. e00114817, 2018. DA SILVA GASPAROTTO, Guilherme et al. Associação entre fatores sociodemográficos e o nível de atividade física de universitários. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 21, n. 4, p. 30-40, 2013. Disponível em: <https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/view/4050>. Acesso em: 15 fev. 2019. DE REZENDE, L. F. M. et al. Sedentary behavior and health outcomes: An overview of systematic reviews. PLoS ONE, v. 9, n. 8, 2014. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4140795/>. Acesso em: 18 jan. 2019. DEL DUCA, G. F. et al. Inatividade física, comportamento sedentário e saúde. In: Edison Roberto de Souza, Juarez Vieira do Nascimento, Edson Souza de Azevedo, Beatriz Oliveira Pereira (Ed.). Educação física, lazer e saúde: interfaces ao desenvolvimento humano. Florianópolis: UDESC, 2015. p. 253-276. DODGE, T.; CLARKE, P.; DWAN, R. The relationship between physical activity and alcohol use among adults in the United States: a systematic review of the literature. American Journal of Health Promotion, v. 31, n. 2, p. 97-108, 2017.
DOWLER, E. Inequalities in diet and physical activity in Europe. Public Health Nutrition, v. 4, n. 2B, p. 701–709, Apr. 2001. DUMITH S.C. et al. Predictors and health consequences of screen-time change Dunstan D. et al. Physical Activity and Television Viewing in Relation to Risk of Undiagnosed Abnormal Glucose Metabolism in Adults. Diabetes Care, v. 27, n. 11, p. 2603-2609, nov. 2004.
69
DUMITH S. C. et al. Predictors and health consequences of screen-time change during adolescence – 1993 Pelotas (Brazil) birth cohort study. Journal of Adolescent Health, v. 51, n. 6, p. 16-21. 2012. DUNSTAN D. W. et al. Too much sitting and metabolic risk - has modern technology caught up with us? EurEndocrinol, v. 6, n. 1, p. 19-23, 2010. DUNSTAN, David W. et al. Too much sitting–a health hazard. Diabetes research and clinical practice, v. 97, n. 3, p. 368-376, 2012. EDWARDSON, C. L. et al. Association of sedentary behaviour with metabolic syndrome: a meta-analysis. PLoS ONE, v. 7, n. 4, p. 3-7, 2012. EKELUND, U. et al. Does physical activity attenuate, or even eliminate, the detrimental association of sitting time with mortality? A harmonised meta-analysis of data from more than 1 million men and women. The Lancet, v. 388, n. 10051, p. 1302–1310, 2016. FARIAS JÚNIOR, J. C. (In) Atividade física e comportamento sedentário: estamos caminhando para uma mudança de paradigma? Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, Florianópolis, v. 16, n. 4, p. 279–280, 2011. Disponível em: <http://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/613/619>. Acesso em: 15 set. 2019.
FEDERICO, B. et al. Socioeconomic differences in sport and physical activity among Italian adults. Journal of sports sciences, v. 31, n. 4, p. 451–458, 2013. FERRAR, Katia et al. Clusters de uso do tempo na adolescência: uma revisão sistemática. Revista de Saúde do Adolescente, v. 52, n. 3, p. 259-270, 2013. FIORAVANTI, C. H. Brazilian fitness programme registers health benefits. The Lancet, v. 380, n. 9838, p. 206, 2012. Disponível em: <https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(12)61201-X/fulltext>. Acesso em: 15 ago. 2019. FLORINDO, A. A. et al. Epidemiology of leisure, transportation, occupational, and household physical activity: prevalence and associated factors. Journal of physical activity & health, v. 6, n. 5, p. 625–632, Sep. 2009. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19953839>. Acesso em: 10 set. 2018. FLORINDO, A. A. et al. Methodology to evaluation the habitual physical activity in men aged 50 years or more. Revista de Saúde Pública, v. 38, n. 2, p. 307-314, 2004. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rsp/v38n2/19793.pdf>. Acesso em: 15 set. 2019. FLORINDO, A. A. et al. Practice of physical activities and associated factors in adults, Brazil, 2006. Revista de saúde pública, v. 43, p. 65-73, 2009b. FORD, Earl S.; CASPERSEN, Carl J. Sedentary behaviour and cardiovascular disease: a review of prospective studies. International Journal of Epidemiology, London, v. 41, n. 5, p. 1338-1353, 2012. Disponível em:
70
<https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22634869-sedentary-behaviour-and-cardiovascular-disease-a-review-of-prospective-studies/>. Acesso em: 10 abr. 2019. FOX, K. R. et al. Physical activity and mental well-being in older people participating in the Better Ageing Project. European journal of applied physiology, v. 100, n. 5, p. 591–602, Jul. 2007. FRANCISCO, P. M. S. B. et al. Medidas de associação em estudo transversal com delineamento complexo: razão de chances e razão de prevalência. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 11, n. 3, p. 347-355, 2008. GALOBARDES, B. et al. Indicators of socioeconomic position (part 1). Journal of Epidemiology & Community Health, v. 60, n. 1, p. 7–12, 2006. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2465546/>. Acesso em: 10 fev. 2019. GARBER, C. E. et al. American College of Sports Medicine position stand. Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing exercise. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 43, n. 7, p. 1334–1359, Jul. 2011b. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21694556>. Acesso em: 10 abr. 2019. GARCIA; L. M. T.; FLORINDO, A. A. Epidemiologia da atividade física. In: CARDOSO, M. A. (Ed.) et al. São Paulo: Atheneu. Nutrição em saúde coletiva. 2014, cap. 15, p. 181-193. GARCIA, L. M. et al. Socio-demographic factors associated with three sedentary behaviors in Brazilian workers. Cadernos de saúde pública, Rio de Janeiro, v. 31, n. 5, p. 1015-1024, 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csp/v31n5/0102-311X-csp-31-5-1015.pdf>. Acesso em: 15 set. 2019. GARCÍA PUELLO, F.; HERAZO BELTRÁN, Yaneth; TUESCA MOLINA, Rafael. Factores sociodemográficos y motivacionales asociados a la actividad física en estudiantes universitarios. Revista médica de Chile, v. 143, n. 11, p. 1411-1418, 2015. GEBEL, Klaus et al. Patterns and predictors of sitting time over ten years in a large population-based Canadian sample: Findings from the Canadian Multicentre Osteoporosis Study (CaMos). Preventive Medicine Reports, v. 5, p. 289-294, 2017. GIBBS, Bethany Barone et al. Cross-sectional and longitudinal associations between objectively measured sedentary time and metabolic disease: the Coronary Artery Risk Development in Young Adults (CARDIA) study. Diabetes Care, v. 38, n. 10, p. 1835-1843, 2015. GOLDMAN, N. Social inequalities in health disentangling the underlying mechanisms. Annals of the New York Academy of Sciences, v. 954, p. 118–139, Dec. 2001.
71
GUTHOLD, Regina et al. Worldwide trends in insufficient physical activity from 2001 to 2016: a pooled analysis of 358 population-based surveys with 1.9 million participants. The Lancet Global Health, v. 6, n. 10, p. e1077-e1086, 2018. HADGRAFT, Nyssa T. et al. Excessive sitting at work and at home: Correlates of occupational sitting and TV viewing time in working adults. BMC Public Health, v. 15, n. 1, p. 899, 2015. HALLAL, P. C. et al. Evolution of the epidemiological research on physical activity in Brazil: a systematic review. Revista de saúde pública, v. 41, n. 3, p. 453-460, 2007. HALLAL, P. C. et al. Global physical activity levels: Surveillance progress, pitfalls, and prospects. The Lancet, v. 380, n. 9838, p. 247–257, 2012a. HALLAL, P. C. et al. Socioeconomic Trajectories From Birth to Adolescence and Risk Factors for Noncommunicable Disease: Prospective Analyses. The Journal of Adolescent Health, v. 51, n. 6, p. S32-7, Dec. 2012b. HALLAL, Pedro C. et al. Time trends of physical activity in Brazil (2006-2009). Revista brasileira de epidemiologia, v. 14, p. 53-60, 2011. HAMILTON, M. T. et al. Too little exercise and too much sitting: Inactivity physiology and the need for new recommendations on sedentary behavior. Current Cardiovascular Risk Reports, v. 2, n. 4, p. 292–298, Jul. 2008. HAMILTON, M. T.; HAMILTON, D. G.; ZDERIC, T. W. Papel de baixo gasto energético e obesidade, síndrome metabólica, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Diabetes, v. 56, n. 11, p. 2655-2667, 2007. HARDY, L. L. et al. A hitchhiker's guide to assessing sedentary behaviour among young people: Deciding what method to use. Journal of science and medicine in sport, v. 16, n. 1, p. 28-35, 2013. HARMOUCHE-KARAKI, M. et al. Combined effect of physical activity and sedentary behavior on body composition in university students. Clinical Nutrition, 2019.
HARVEY, J.; CHASTIN, S.; SKELTON, D. Prevalence of sedentary behavior in older adults: a systematic review. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 10, n. 12, p. 6645–6661, 2013. HASKELL, W. L. et al. Physical activity and public health: updated recommendation for adults from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 39, n. 8, p. 1423–1434, 2007. HEALY, G. N. et al. Objectively measured sedentary time, physical activity, and metabolic risk: the Australian Diabetes, Obesity and Lifestyle Study (AusDiab). Diabetes care, v. 31, n. 2, p. 369–71, 1 Feb. 2008.
72
HEALY, G. N. et al. Sedentary time and cardio-metabolic biomarkers in US adults: NHANES 2003–06. European heart journal, v. 32, n. 5, p. 590-597, 2011. Disponível em: <https://www.who.int/mediacentre/news/releases/2015/noncommunicable-diseases/en/>. Acesso em: 10 nov. 2019.
HU, Frank B. et al. Television watching and other sedentary behaviors in relation to risk of obesity and type 2 diabetes mellitus in women. Jama, v. 289, n. 14, p. 1785-1791, 2003. HU, G. et al. Leisure time, occupational, and commuting physical activity and the risk of stroke. Stroke, Waltham, v. 36, n. 9, p. 1994–1999, Sep. 2005. Disponível em: <https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/01.str.0000177868.89946.0c>. Acesso em: 10 fev. 2019. JACQUES, P. F.; TUCKER, K. L. Are dietary patterns useful for understanding the role of diet in chronic disease? The American journal of clinical nutrition, v. 73, n. 1, p. 1-2, 2001. JANS, Marielle P.; PROPER, Karin I.; HILDEBRANDT, Vincent H. Sedentary behavior in Dutch workers: differences between occupations and business sectors. American Journal of Preventive Medicine, v. 33, n. 6, p. 450-454, 2007. JENICEK, M.; CLÉROUX, R. Epidemiologia general de las enfermedades no infecciosas. In: JENICEK, M.; CLÉROUX, R. Epidemiologia: princípios, técnicas, aplicaciones. Barcelona: Salvat, 1987. p. 247-271. JIANG, L. et al. Prolonged sitting, its combination with physical inactivity and incidence of lung cancer: prospective data from the HUNT Study. Frontiers in oncology, v. 9, p. 101, 2019. KAHLER, C. W. et al. Alcohol consumption and quitting smoking in the international tobacco control (ITC) four country survey. Drug and alcohol dependence, v. 100, n. 3, p. 214-220, 2009. KANG, M.; ROWE, D. A. Issues and challenges in sedentary behavior measurement. Measurement in Physical Education and Exercise Science, v. 19, n. 3, p. 105-115, 2015. KATZMARZYK, P. T. et al. Sitting time and mortality from all causes, cardiovascular disease, and cancer. Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 41, n. 5, p. 998-1005, 2009. KATZMARZYK, P. T. Physical Activity, Sedentary Behavior, and Health: Paradigm Paralysis or Paradigm Shift? Diabetes, v. 59, n. 11, p. 2717-2725, nov. 2010. KOKINOS, P. F.; FERNHALL B. Physical activity and high density lipoprotein cholesterol levels: what is the relationship? Sports Medicine, v. 28, n. 5, p. 307-314, 1999. Disponível em: <https://link.springer.com/article/10.2165%2F00007256-199928050-00002>. Acesso em: 15 out. 2019.
73
KOPP, M. et al. Is there a link between physical activity and alcohol use?. Substance use & misuse, v. 50, n. 5, p. 546-551, 2015.
KRISKA, A. M.; CASPERSEN, C. J. Introduction to a collection of physical activity questionnaires. Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 29, n. 6, p. 5-9, 1997. LEASURE, J. L. et al. Exercise and alcohol consumption: what we know, what we need to know, and why it is important. Frontiers in psychiatry, v. 6, p. 156, 2015.
LEE, I. M. et al. Effect of physical inactivity on major non-communicable diseases worldwide: An analysis of burden of disease and life expectancy. The Lancet, v. 380, n. 9838, p. 219–229, 2012. LEGNANI, E. et al. Comportamentos de risco à saúde e excess de peso corporal em escolares de Toledo, Paraná, Brasil. Motricidade, Ribeira de Pena (Portugal), v. 8, n. 3, p. 59–70, 2012. Disponível em: <https://revistas.rcaap.pt/motricidade/article/view/1157 >. Acesso em 14 jan. 2019. LESSA, I. Doenças crônicas não-transmissíveis. In. LESSA, I. O adulto brasileiro e as doenças da modernidade: Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis. São Paulo, Rio de Janeiro: Hucitec/Abrasco, 1998. cap. 2, p. 29-40. LIPSCHITZ, David A. Screening for nutritional status in the elderly. Primary care, v. 21, n. 1, p. 55-67, 1994. LIU, M. et al. Combined patterns of physical activity and screen-related sedentary behavior among Chinese adolescents and their correlations with depression, anxiety and self-injurious behaviors. Psychology research and behavior management, v. 12, p. 1041, 2019.
LOPES, J. A. et al. Factors associated with insufficient physical activity: a population-based study in southern Brazil. Revista brasileira de epidemiologia= Brazilian journal of epidemiology, v. 13, n. 4, p. 689-698, 2010. LOURENÇO, B.S. et al. Atividade física como uma estratégia terapêutica em saúde mental: revisão integrativa com implicação para o cuidado de enfermagem. Escola Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 21, n. 3, p. 01-08, 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ean/v21n3/pt_1414-8145-ean-2177-9465-EAN-2016-0390.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2019. MALTA, D. C. et al. Avanços do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil, 2011-2015. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 25, n. 2, p. 373-390, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2237-96222016000200373&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 10 ago. 2019. MALTA, D. C.; DA SILVA, J. B. Policies to promote physical activity in Brazil. The Lancet, v. 380, n. 9838, p. 195-196, 2012.
74
MARI, A.; BO, S.; LARS, L. Role of physical and sedentary activities in the development of depressive symptoms in early adolescence. Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology, London, v. 46, n. 5, p. 431–441, 2011. Disponível em: <https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00127-010-0208-0>. Acesso em: 15 jan. 2019. MARMOT, M. et al. Closing the gap in a generation: health equity through action on the social determinants of health. Lancet, London, v. 372, n. 9650, p. 1661–1669, Nov. 2008. MARTIN A et al. Interventions with potential to reduce sedentary time in adults: systematic review and meta-analysis. Br J Sports Med, v. 49, p. 1056-1063, 2015. Disponível em: <https://bjsm.bmj.com/content/bjsports/49/16/1056.full.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2019. MATSUDO, Victor et al. Promotion of physical activity in a developing country: the Agita Sao Paulo experience. Public health nutrition, v. 5, n. 1a, p. 253-261, 2002. MATTHEWS, C. E. et al. Amount of time spent in sedentary behaviors and cause-specific mortality in US adults. The American journal of clinical nutrition, v. 95, n. 2, p. 437–445, Feb. 2012. MENEGUCI, Joilson et al. Comportamento sedentário: conceito, implicações fisiológicas e os procedimentos de avaliação. Motricidade, Ribeira de Pena (Portuga.), v. 11, n. 1, p. 160-174, 2015a.Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-107X2015000100016>. Acesso em: 10 jul. 2019. MENEGUCI, Joilson et al. Sitting time and quality of life in older adults: a population-based study. Journal of Physical Activity and Health, v. 12, n. 11, p. 1513-1519, 2015b. MIELKE, G. I. et al. Physical activity and television viewing among Brazilian adults: National Health Survey 2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 24, n. 2, 2015. MIELKE, G. I. et al. Time trends of physical activity and television viewing time in Brazil: 2006-2012. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, v. 11, p. 101, Aug. 2014. Disponível em: <https://ijbnpa.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12966-014-0101-4>. Acesso em: 20 mar. 2019. MIELKE, G. I. Comportamento sedentário em adultos. 2012. 149f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2012. Disponível em: <http://www.epidemio-ufpel.org.br/uploads/teses/Dissert%20Gregore%20Mielke.pdf>. Acesso em: 15 dez. 2019.
75
MORIMOTO, T. et al. Gender differences in effects of physical activity on quality of life and resource utilization. Quality of Life Research, v. 15, n. 3, p. 537–546, 2006. MORRIS, J. N. et al. Coronary heart-disease and physical activity of work. The Lancet, v. 262, n. 6796, p. 1111-1120, 1953. O’DONOGHUE, G. et al. A systematic review of correlates of sedentary behaviour in adults aged 18–65 years: a socio-ecological approach. BMC Public Health, v. 16, n. 163, p. 1-25, 2016. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4756464/>. Acesso em: 24 nov. 2018. OMOROU, Abdou Y. et al. Patterns of physical activity and sedentary behaviour in the general population in France: cluster analysis with personal and socioeconomic correlates. Journal of Public Health, v. 38, n. 3, p. 483-492, 2016. OWEN, N. et al. Too much sitting: the population health science of sedentary behavior. Exercise and Sport Sciences Reviews, v. 38, n. 3, p. 105–113, Jul. 2010. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3404815/>. Acesso em: 15 ago. 2019. OWEN N. et al. Adults’ sedentary behavior - determinants and interventions. American journal of preventive medicine, New York, v. 41, n. 2, p. 189-196, 2011. Disponível em: <https://www.ajpmonline.org/article/S0749-3797(11)00322-9/fulltext>. Acesso em: 15 out. 2019. OWEN, N. et al. Sedentary Behaviour and Health: Mapping Environmental and Social Contexts to Underpin Chronic Disease Prevention. British Journal of Sports Medicine, v. 48, p. 174–177, 2014. Disponível em: <https://bjsm.bmj.com/content/bjsports/48/3/174.full.pdf>. Acesso em: 14 out. 2018. OWEN, N. The emerging public-health science of sedentary time: what is the relevance to low and middle income countries? Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, Florianópolis, v. 17, n. 6, p. 457–460, 2012. Disponível em: <http://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/2359>. Acesso em: 10 dez. 2018. PANTIC, Igor et al. Screen viewing, body mass index, cigarette smoking and sleep duration in Belgrade University student population: results of an observational, cross-sectional study. Rev Med Chil, v. 139, n. 7, p. 896-901, 2011. PARUTHI, Shalini et al. Recommended amount of sleep for pediatric populations: a consensus statement of the American Academy of Sleep Medicine. Journal of Clinical Sleep Medicine, v. 12, n. 06, p. 785-786, 2016. PATE R. R., O'NEILL J. R., LOBELO F. The evolving definition of "sedentary". Exercise and Sport Sciences Reviews, New York, v. 36, n. 4, p. 173-178, 2008. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18815485-the-evolving-definition-of-sedentary/>. Acesso em: 10 mar. 2019.
76
PATE, R. R. et al. Physical activity and public health: A recommendation from the Centers for Disease Control and Prevention and the American College of Sports Medicine. Jama, v. 273, n. 5, p. 360-436, 1995. Disponível em: <https://jamanetwork.com/journals/jama/article-abstract/386766>. Acesso em: 10 abr. 2019. PATEL A. V. et al. Leisure time spent sitting in relation to total mortality in a prospective cohort of US adults. Am J Epidemiol, v. 172, n. 4, p. 419-429, Aug. 2010. PATTERSON, R. et al. Sedentary behaviour and risk of all-cause, cardiovascular and cancer mortality, and incident type 2 diabetes: a systematic review and dose response meta-analysis. European journal of epidemiology, Rome, v. 33, n. 9. p. 811-829, 2018. Disponível em: <https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10654-018-0380-1>. Acesso em: 10 jan. 2019. PAZIN, Joris, et al. Atividade física no lazer, deslocamento, apoio social e percepção do ambiente urbano em homens e mulheres de Florianópolis/SC. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 30, n.3, p. 743-755, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v30n3/1807-5509-rbefe-30-03-0743.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2019. PEETERS, G. et al. Contribution of house and garden work to the association between physical activity and well-being in young, mid-aged and older women. British Journal of Sports Medicine, v. 48, n. 12, p. 996–1001, 2014. PHYSICAL ACTIVITY GUIDELINES ADVISORY COMMITTEE et al. Physical activity guidelines advisory committee report, 2008. Washington, DC: US Department of Health and Human Services, v. 2008, p. A1-H14, 2008. PIAZZA-GARDNER, Anna K.; BARRY, Adam E. Examining physical activity levels and alcohol consumption: are people who drink more active?. American Journal of Health Promotion, v. 26, n. 3, p. e95-e104, 2012. PITANGA, F. J. G. Atividade física e lipoproteínas plasmáticas em adultos de ambos os sexos. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 9, n. 4, p. 25-32, 2008. PITANGA, Francisco Godim, et al. Prevalência e fatores sociodemográficos e ambientais associados à atividade física no tempo livre e no deslocamento em adultos. Motricidade, Ribeira de Pena (Portugal), v. 10, n .1, p. 03-13, 2014. PRINCE, S. A. et al. Individual, social and physical environmental correlates of sedentary behaviours in adults: A systematic review protocol. Systematic Reviews, v. 3, n. 1, p. 1–8, 2014. PROPER, K. I. et al. Sedentary behaviors and health outcomes among adults: a systematic review of prospective studies. American Journal of Preventive Medicine, v. 40, n. 2, p. 174–182, Feb. 2011.
77
RAMIRES, V. et al. Evolução da pesquisa epidemiológica em atividade física e comportamento sedentário no Brasil: atualização de uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 19, n. 5, p. 529-529, 2014. RECH, Cassiano et al. Tendências temporais de atividade física e comportamento sedentário nas capitais da Região Sul do Brasil: 2006-2013. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 20, n. 1, p. 47-47, 2015. REIS, R. S.; PETROSKI, E. L.; LOPES, A. S. Medidas da atividade física: revisão de métodos. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 2, n. 1, p. 89-96, 2000. RHODES, R. E.; MARK, R. S.; TEMMEL, C. P. Adult sedentary behavior: a systematic review. American journal of preventive medicine, v. 42, n. 3, p. e3-e28, 2012. ROCHA, B. M. C. et al. Comportamento sedentário na cidade de São Paulo: ISA-Capital 2015. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 22, p. e190050, 2019. ROMBALDI, A. J. et al. Leisure-time physical activity: association with activity levels in other domains. Journal of physical activity & health, v. 7, n. 4, p. 460–464, Jul. 2010. Disponível em: <https://journals.humankinetics.com/view/journals/jpah/7/4/article-p460.xml>. Acesso em: 10 maio 2019. ROSENBERG, D. E. et al. Assessment of sedentary behavior with the International Physical Activity Questionnaire. Journal of Physical Activity and Health, v. 5, n. s1, p. S30-S44, 2008. RYAN, D. J. et al. Reliability and validity of the international physical activity questionnaire compared to calibrated accelerometer cut-off points in the quantification of sedentary behaviour and physical activity in older adults. PLOS ONE, v. 13, n. 4, p. 1-17, 2018. SALMON, J. et al. Leisure-time, occupational, and household physical activity among professional, skilled, and less-skilled workers and homemakers. Preventive medicine, v. 30, n. 3, p. 191-199, 2000. SALMON J. et al. Health risks, correlates, and interventions to reduce sedentary behavior in young people. American Journal of Preventive Medicine, v. 41, n. 2, p. 197-206, 2011. Disponível em: <https://www.ajpmonline.org/article/S0749-3797(11)00298-4/fulltext>. Acesso em: 14 set. 2019. SALVO, Deborah et al. Where Latin Americans are physically active, and why does it matter? Findings from the IPEN-adult study in Bogota, Colombia; Cuernavaca, Mexico; and Curitiba, Brazil. Preventive medicine, v. 103, p. S27-S33, 2017. SANTOS, R. G. et al. Comportamento sedentário em idosos: uma revisão sistemática. Motricidade, Ribeira de Pena (Portugal), v. 11, n. 3, p. 171–186, dez.
78
2015. Disponível em: < http://www.scielo.mec.pt/pdf/mot/v11n3/v11n3a16.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2019. SAUNDERS, .T. J. et al. Combinations of physical activity, sedentary behaviour and sleep: relationships with health indicators in school-aged children and youth. Applied physiology, nutrition, and metabolism, v. 41, n. 6, p. S283-S293, 2016. SAUNDERS, T. J.; CHAPUT, Jean-Philippe; TREMBLAY, Mark S. Sedentary behaviour as an emerging risk factor for cardiometabolic diseases in children and youth. Canadian journal of diabetes, v. 38, n. 1, p. 53-61, 2014. SCHMID, D.; RICCI, C.; LEITZMANN, M. F. Associations of objectively assessed physical activity and sedentary time with all-cause mortality in US adults: the NHANES study. PloS one, v. 10, n. 3, 2015. SCHMIDT, M. I. et al. Chronic non-communicable diseases in Brazil: burden and current challenges. Lancet, London, v. 377, n. 9781, p. 1949–1961, Jun. 2011. SCHMIDT, M. Predictors of Self-rated Health and Lifestyle Behaviours in Swedish University Students. Global Journal of Health Science, v. 4, n. 4, p. 1–14, jul. 2012. SEDENTARY BEHAVIOUR RESEARCH NETWORK. Terminology Consensus Project. Summary Presentation. 2017. Disponível em: <https://www.sedentarybehaviour.org/2017/07/12/sbrn-terminology-consensus-project-powerpoint-presentation/>. Acesso em: 15 out. 2019. SEGUÍ-GÓMEZ M. et al. Cohort profile: The ‘ Seguimiento Universidad de Navarra’ (SUN) study. International Epidemiological Association, London, v. 35, n. 6, p. 1417-1422, 2006. SILVA, I.; SASAKI, J.; GONÇALVES, P. Mensuração da atividade física e tempo sedentário por meio de acelerômetros: cenário atual, perspectivas e demandas futuras. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 21, n. 4, p. 293-296, 2016. SOUSA, N. F. S. et al. Envelhecimento ativo: prevalência e diferenças de gênero e idade em estudo de base populacional. Cadernos de Saúde Pública, v. 34, n. 11, p. 1-16, 2018. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csp/v34n11/1678-4464-csp-34-11-e00173317.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2019. SOUZA, A. C.; ALEXANDRE, N. M. C.; GUIRARDELLO, E.B. Psychometric properties in instruments evaluation of reliability and validity. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 26, p. 649-659, 2017. STAIANO, A. E. et al. Sitting time and cardiometabolic risk in US adults: associations by sex, race, socioeconomic status and activity level. Br J Sports Med, v. 48, n. 3, p. 213-219, 2014.
79
SUNAMI, Yoshiyuki et al. Effects of low-intensity aerobic training on the high-density lipoprotein cholesterol concentration in healthy elderly subjects. Metabolism, v. 48, n. 8, p. 984-988, 1999. SUZUKI, C. S. et al. Média diária de tempo sentado e fatores associados em adultos residentes no município de Ribeirão Preto-SP, 2006: Projeto OBEDIARP. Revista Brasileira de Epidemiologia, Rio de Janeiro, v. 13, n. 4, p. 699-712, 2010. Disponível em: <https://www.scielosp.org/pdf/rbepid/2010.v13n4/699-712>. Acesso em: 15 nov. 2019. THOMAZ, Priscilla Marcondelli Dias et al. Fatores associados à atividade física em adultos, Brasília, DF. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 44, n . 5, p. 894-900, 2010. THORP, Alicia A. et al. Sedentary behaviors and subsequent health outcomes in adults: a systematic review of longitudinal studies, 1996–2011. American Journal of Preventive Medicine, v. 41, n. 2, p. 207-215, 2011. Disponível em: <https://www.ajpmonline.org/article/S0749-3797(11)00312-6/fulltext>. Acesso em: 10 maio 2019. THYFAULT, John P. et al. Physiology of sedentary behavior and its relationship to health outcomes. Medicine and science in sports and exercise, v. 47, n. 6, p. 1301, 2015. TREMBLAY, M. S. et al. Physiological and health implications of a sedentary lifestyle. Applied physiology, nutrition, and metabolism, Ottawa (Canada), v. 35, n. 6, p. 725-740, 2010. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21164543-physiological-and-health-implications-of-a-sedentary-lifestyle/>. Acesso em: 10 nov. 2019. TREMBLAY, Mark S. et al. Physical activity of children: a global matrix of grades comparing 15 countries. Journal of physical activity and health, v. 11, n. s1, p. S113-S125, 2014. TREMBLAY, M. S. et al. Sedentary Behavior Research Network (SBRN) – Terminology Consensus Project process and outcome. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, v. 14, n. 1, 2017. Disponível em: http://ijbnpa.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12966-017-0525-8. Acesso em: 02 out. 2018. TREMBLAY, M. Standardised use of the terms" sedentary" and" sedentary behaviours": letter to the editor. African Journal for Physical Health Education, Recreation and Dance, v. 18, n. 1, p. 200-204, 2012. TRIBESS, S. Prescrição de exercícios físicos para idosos. Saúde.com, [S.l.], v. 1, n. 2, p. 163-172, dez. 2005. ISSN 1809-0761. Disponível em: <http://periodicos2.uesb.br/index.php/rsc/article/view/58>. Acesso em: 28 jan. 2020. USSHER, M. H. et al. The relationship between physical activity, sedentary
80
behaviour and psychological wellbeing among adolescents. Social Psychiatry And Psychiatric Epidemiology, London, v. 42, n. 10, p. 851–856, Oct. 2007. Disponível em: < https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00127-007-0232-x>. Acesso em: 10 fev. 2019. VAN UFFELEN, Jannique GZ et al. A qualitative study of older adults' responses to sitting-time questions: do we get the information we want?. BMC Public Health, v. 11, n. 1, p. 458, 2011. WANG, Yu et al. A review on the effects of physical built environment attributes on enhancing walking and cycling activity levels within residential neighborhoods. Cities, v. 50, p. 1-15, 2016. WERNECk, A. O. et al. Leisure time physical activity reduces the association between TV – viewing and depressive symptoms: a large study among 59,401 Brazilian adults. Journal of Affective Disorders, v. 252, p. 310-314, 2019. WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION. Quality control methods for medicinal plant materials. World Health Organization, 1998. WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION. 2008-2013 Action Plan for the Global Strategy for the Prevention and Control of Noncommunicable Diseases. Geneva, Switzerland: WHO Document Production Services, 2009. Disponível em: <https://www.who.int/nmh/publications/9789241597418/en/>. Acesso em: 10 jun. 2019. WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION. A conceptual framework for action on the social determinants of health. Geneva, WHO, 2010. Disponível em: <https://www.who.int/sdhconference/resources/ConceptualframeworkforactiononSDH_eng.pdf>. Acesso em; 10 abr. 2019. WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION et al. WHO report on the global tobacco epidemic, 2011: warning about the dangers of tobacco. Geneva: World Health Organization, 2011. WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION et al. Global status report on noncommunicable diseases 2014. World Health Organization, 2014. WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION. World health statistics 2015. Luxemburgo: WHO Graphics, 2015a. Disponível em: <https://www.who.int/gho/publications/world_health_statistics/2015/en/>. Acesso em: 08 ago. 2019. WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION. Physical activity strategy for the WHO European Region 2016–2025. Vilnius, Lithuania: WHO, 2015b. Disponível em: <http://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0010/282961/65wd09e_PhysicalActivityStrategy_150474.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2019.
81
WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global action plan on physical activity 2018-2030: more active people for a healthier world. World Health Organization, 2019. WILLIAMS, J. et al. A systematic review of the influence of the retail food environment around schools on obesity-related outcomes. Obesity reviews: an official journal of the International Association for the Study of Obesity, v. 15, n. 5, p. 359–374, May 2014. WILMOT, Emma G. et al. Sedentary time in adults and the association with diabetes, cardiovascular disease and death: systematic review and meta-analysis. Diabetologia, v. 55, n. 11, p. 2895-2905, 2012. Disponível em: <https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00125-012-2677-z>. Acesso em: 15 fev. 2019. YOUNG D.R. et al. Sedentary Behavior and Cardiovascular Morbidity and Mortality: A Science Advisory from the American Heart Association. Circulation, Dallas, v. 134, n.13, p. 262-279, 2016. Disponível em: <https://www.ahajournals.org/doi/pdf/10.1161/CIR.0000000000000440>. Acesso em: 13 jul. 2019.
82
APÊNDICE A – Tabelas com descrição da amostra com a distribuição do tempo
sentado e as variáveis sociodemográficas, hábitos de vida e condições de
saúde
Tabela 5 – Descrição da amostra pela distribuição do tempo sentado total / (min/dia) autorreferido, segundo variáveis socidemográficas dos egresos de universidades mineiras (CUME), Brasil
Variáveis % N Média IC 95% Mediana (25-75) p***
Tempo sentado (min/dia)
100,0 4.266 373,8 369,3 - 378,3 420 240 - 540
Sexo 0,979
Masculino 30,7 1.311 375,9 367,7 - 384 420 240 - 540
Feminino 69,3 2.955 372,9 367,5 - 378,3 420 240 - 540
Faixa etária
18 - 24 3,8 163 394,2 371,5 - 417 420 300 - 540 < 0,001
25 - 34 49,8 2.123 388,8 382,5 - 395,1 420 300 - 540
35 - 44 28,9 1.231 359,2 350,8 - 367,5 360 240 - 480
45 - 54 12,2 520 357,8 345,04 - 370,7 360 240 - 480
55 - 64 4,5 191 345,3 323,5 - 367,1 360 240 - 480
> 65 0,9 38 284,2 230,2 - 338,1 240 180 - 480
Estado civil < 0,001
Viúvo 0,5 21 305,7 222,9 - 388,5 240 180 - 540
Casado 41,3 1.762 357,7 350,6 - 364,7 360 240 - 480
Separado 4,8 203 372,3 351,6 - 393,1 420 240 - 480
União Estável 8,6 366 379,6 364,3 - 395 420 300 - 540
Outros 0,9 37 382,7 339,4 - 426 420 300 - 480
Solteiro 44,0 1.877 388,6 382 - 395,3 420 300 - 540
Escolaridade
Especialização 24,5 1.046 350,2 340,5 - 359,9 360 240 - 480 < 0,001
Doutorado 14,0 597 367,8 356,2 - 379,4 360 240 - 480
Graduação 26,8 1.143 379,6 370,72 - 388,4 420 300 - 540
Pós-doutorado 5,6 239 382,6 365,1 - 400,1 420 300 - 540
Mestrado 29,1 1.241 389,6 381,8 - 397,5 420 300 - 540
Situação Profissional
< 0,001
Do lar 0,5 21 247,9 182,6 - 313,1 240 120 - 360
Aposentado 1,8 78 286,5 251,9 - 321,08 240 180 - 480
Trabalho parcial 13,0 554 333,8 321,1 - 346,4 360 240 - 480
Trabalho informal 2,7 114 342,2 312,3 - 372,1 360 240 - 480
Desempregado 6,4 271 342,6 323,2 - 362 360 240 - 480
Trabalho Integral 60,8 2.595 384,9 379,3 - 390,5 420 300 - 540
Estudante 14,8 633 397,4 386,5 - 408,3 420 300 - 540
IC95%: intervalo de confiança de 95%; *com base no salário mínimo (SM) vigente 2018 (R$ 880,00) e 2018 (R$ 954,00); ** IMC definido para adulto (WHO, 1998) e idoso (LIPSCHITZ, 1994), [Comportamento Sedentário (CS): p50=420min (Baixo CS: ≤ 420 e Alto CS: > 420 min/dia)]; [Atividade Física (AF): Ativo ≥ 150minutos/semana (min/sem) de AFM e < 75 min/sem AFV; Insuficientemente ativo<150 min/sem AFM e > 75 min/sem AFV). Teste Qui-quadrado de Pearson; ***p=p-valor
83
Tabela 5 (Continuação) - Descrição da amostra pela distribuição do tempo sentado total / (min/dia) autorreferido, segundo variáveis socidemográficas dos egresos de universidades mineiras (CUME), Brasil Variáveis % N Média IC 95% Mediana (25-75) p***
Renda Familiar (n=3.867)
< 2 SM 3,4 132 369,8 373,7 - 395,8 360 300 - 540 0,27
≥ 2 < 4 SM 13,3 514 368,2 354,4 - 381,9 420 240 - 540
≥ 4 < 10 SM 43,4 1.677 370,2 362,9 - 377,5 360 240 - 480
≥ 10 < 20 SM 30,5 1.181 380,3 372 - 389 420 300 - 540
≥ 20 SM 9,4 363 376,3 366 - 386,7 360 300 - 540
Cor da Pele 0,001
Não Branca 35,1 1.499 366,8 358,8 - 374,7 360 240 - 540
Branca 64,9 2767 377,6 372,2 - 383,1 420 300 - 540
Área Estudo < 0,001
Outros 73,3 3.125 384,2 379,0 - 389,4 420 300 - 540
Saúde 26,7 1.141 345,3 336,5 - 354,2 360 240 - 480
Estado em que vive
0,157
Minas Gerais 79,7 3.400 370,9 365,8 - 375,9 360 240 - 540
Rio de Janeiro 2,8 121 402,6 377,8 - 427,3 480 300 - 540
São Paulo 4,7 200 391,6 371,3 - 411,8 420 300 - 540
Outros 12,8 545 379,3 366,7 - 391,8 420 300 - 540
IC95%: intervalo de confiança de 95%; *com base no salário mínimo (SM) vigente 2018 (R$ 880,00) e 2018 (R$ 954,00); ** IMC definido para adulto (WHO, 1998) e idoso (LIPSCHITZ, 1994), [Comportamento Sedentário (CS): p50=420min (Baixo CS: ≤ 420 e Alto CS: > 420 min/dia)]; [Atividade Física (AF): Ativo ≥ 150minutos/semana (min/sem) de AFM e < 75 min/sem AFV; Insuficientemene ativo<150 min/sem AFM e > 75 min/sem AFV). Teste Qui-quadrado de Pearson; ***p=p-valor
84
Tabela 6 – Descrição da amostra pela distribuição do tempo sentado total (min/dia) autorreferido, segundo variáveis hábitos de vida entre os egressos de universidades mineiras (CUME), Brasil
Variáveis % N Média IC 95% Mediana (25-75) p***
Hábito de Fumar
0,763
Não 91,5 3.905 373,4 368,7 - 378,1 420 240 - 540
Sim 8,5 361 378,2 362,1 - 394,3 420 300 - 540
Consumo de bebida alcoólica
0,013
Não 27,6 1.178 361,3 352,6 - 370,1 360 240 - 480
Sim 72,4 3.088 378,6 373,3 - 383,8 420 300 - 540
Atividade Física 0,016
Ativo 58,3 2488 368,9 363,1 - 374,8 360 240 - 480
Inativo 41,7 1778 380,7 373,7 - 387,7 420 300 - 540 IC95%: intervalo de confiança de 95%; *com base no salário mínimo (SM) vigente 2018 (R$ 880,00) e 2018 (R$ 954,00); ** IMC definido para adulto (WHO, 1998) e idoso (LIPSCHITZ, 1994), [Comportamento Sedentário (CS): p50=420min (Baixo CS: ≤ 420 e Alto CS: > 420 min/dia)]; [Atividade Física (AF): Ativo ≥ 150minutos/semana (min/sem) de AFM e < 75 min/sem AFV; Inativo<150 min/sem AFM e > 75 min/sem AFV). Teste Qui-quadrado de Pearson; ***p=p-valor
85
Tabela 7 – Descrição da amostra pela distribuição do tempo sentado total (min/dia) autorreferido, segundo variáveis condições de saúde entre os egressos de universidades mineiras (CUME), Brasil
Variáveis % N Média IC 95% Mediana (25-75) p***
Avaliação Nutricional
0,367
Baixo Peso 3,4 143 367,2 342 - 392,5 360 240 - 540
Eutrofia 56,8 2.425 372,7 366,7 - 378,6 360 240 - 480
Sobrepeso 28,5 1.215 375,2 366,9 - 383,6 420 300 - 540
Obesidade 11,3 483 377,9 363,9 - 392 420 240 - 540
Morbidade Referida (n=1.234)
Não tem 82,9 1.023 378,1 369,0 - 387,3 420 300 - 540 0,385
1 ou mais 17,1 211 371,0 350,5 - 391,4 420 240 - 480
Autoavaliação de saúde (n=2.589)
0,057
Ruim/ Muito ruim/ Regular 18,3
474 384,4 370,8 - 397,9 420 300 - 540
Bom / muito bom 81,7 2.115 372,5 366,06 - 378,9 360 240 - 540 IC95%: intervalo de confiança de 95%; *com base no salário mínimo (SM) vigente 2018 (R$ 880,00) e 2018 (R$ 954,00); ** IMC definido para adulto (WHO, 1998) e idoso (LIPSCHITZ, 1994), [Comportamento Sedentário (CS): p50=420min (Baixo CS: ≤ 420 e Alto CS: > 420 min/dia)]; [Atividade Física (AF): Ativo ≥ 150minutos/semana (min/sem) de AFM e < 75 min/sem AFV; Inativo<150 min/sem AFM e > 75 min/sem AFV). Teste Qui-quadrado de Pearson; ***p=p-valor
86
APÊNDICE B – Tabelas com descrição da amostra com a distribuição do tempo de
atividade física com as variáveis sociodemográficas, hábitos de vida e condições de
saúde
TABELA 8 – Descrição da amostra pela distribuição do tempo de atividade física (min/semana) autorreferido, segundo variáveis sociodemográficas entre os egressos de universidades mineiras
Variáveis % N Média IC 95% Mediana (25-75) p***
Tempo atividade física modera e vigorosa (min/semana)
100,0 4.266 439,9 369,3 - 378,3 210 0 - 559
Sexo < 0,001
Masculino 30,7 1.311 480,5 438,2 - 522,8 243,5 49 - 630
Feminino 69,3 2.955 421,9 393,9 - 449,8 194,5 0 - 534,5
Faixa etária
18 - 24 3,8 163 538,4 418,2 - 658,7 309 0 - 750 < 0,001
25 - 34 49,8 2.123 481,9 446,8 - 517,0 234,5 24,5 - 630
35 - 44 28,9 1.231 424,0 379,4 - 468,5 204,5 0 - 534,5
45 - 54 12,2 520 326,2 283,6 - 368,9 180 0 - 420
55 - 64 4,5 191 281,4 227,3 - 335,5 180 24,5 - 420
> 65 0,9 38 538,3 57,0 - 1019,6 222,25 15 - 420
Estado civil < 0,001
Viúvo 0,5 21 359,9 232,8 - 486,9 270 0 - 559
Casado 41,3 1.762 401,8 366,0 - 437,5 180 0 - 480
Separado 4,8 203 384,0 307,8 - 460,2 194,5 0 - 524,5
União Estável 8,6 366 373,3 311,5 - 436,3 193,5 0 - 434,5
Outros 0,9 37 382,7 232,8 - 486,9 420 300 - 480
Solteiro 44,0 1.877 496,5 458,5 - 534,5 258 14,5 - 660
Escolaridade
Especialização 24,5 1.046 421,5 381,6 - 461,5 210 0 - 534,5 < 0,001
Doutorado 14,0 597 474,9 391,0 - 558,9 210 24,5 - 570
Graduação 26,8 1.143 485,7 434,1 - 537,4 210 0 - 642,5
Pós-doutorado 5,6 239 369,2 293,5 - 444,9 180 24,5 - 510
Mestrado 29,1 1.241 409,9 375,5 - 444,3 210 24,5 - 564,5
Situação Profissional 0,196
Trabalho informal 2,7 114 489,1 368,5 - 609,6 241,75 53,5 - 660
Estudante 14,8 633 479,8 420,5 - 539,0 234,5 24,5 - 654,5
Do lar 0,5 21 479,2 172,4 - 786,1 324,5 0 - 720
Trabalho Integral 60,8 2.595 437,7 407,2 - 468,2 210 0 - 554,5
Aposentado 1,8 78 424,6 187,3 - 661,9 210 24,5 - 444,5
Desempregado 6,4 271 417,9 342,5 - 493,3 204,5 0 - 553,5
Trabalho parcial 13,0 554 406,1 341,3 - 470,9 191,25 0 - 529 IC95%: intervalo de confiança de 95%; *com base no salário mínimo (SM) vigente 2018 (R$ 880,00) e 2018 (R$ 954,00); ** IMC definido para adulto (WHO, 1998) e idoso (LIPSCHITZ, 1994), [Comportamento Sedentário (CS): p50=420min (Baixo CS: ≤ 420 e Alto CS: > 420 min/dia)]; [Atividade Física (AF): Ativo ≥ 150minutos/semana (min/sem) de AFM e < 75 min/sem AFV; Inativo<150 min/sem AFM e > 75 min/sem AFV). Teste Qui-quadrado de Pearson; ***p=p-valor
87
TABELA 8 (Continuação) - Descrição da amostra pela distribuição do tempo de atividade física (min/semana) autorreferido, segundo variáveis sociodemográficas entre os egressos de universidades mineiras
Variáveis % N Média IC 95% Mediana (25-75) p***
Renda Familiar (n=3.867)
< 2 SM 3,4 132 399,8 279,2 - 520,4 110,8 0 - 507,25 < 0,001
≥ 2 < 4 SM 13,3 514 437,9 368,7 - 507,2 210 0 - 554,5
≥ 4 < 10 SM 43,4 1.677 400,2 368,5 - 431,9 210 0 - 532,5
≥ 10 < 20 SM 30,5 1.181 488,9 436,5 - 541,2 224,5 24,5 - 630
≥ 20 SM 9,4 363 431,5 364,2 - 498,7 363 58 - 510
Cor da Pele < 0,001
Não Branca 35,1 1.499 447,7 402,7 - 492,7 210 0 - 588
Branca 64,9 2.767 435,7 409,2 - 462,06 210 14,5 - 540
Área Estudo 0,375
Outros 73,3 3.125 438,2 410, 1 - 466,2 210 0 - 544
Saúde 26,7 1.141 444,7 403,5 - 485,8 219 0 - 593,5
Estado que vive
0,303
Minas Gerais 79,7 3.400 425,4 401,7 - 449,1 210 0 - 540
Rio de Janeiro 2,8 121 525,5 319 - 731,7 249 24,5 - 684,5
São Paulo 4,7 200 458,6 317,4 - 599,7 210 0 - 469
Outros 12,8 545 504,3 422,2 - 586,4 224,5 14,5 - 628
IC95%: intervalo de confiança de 95%; *com base no salário mínimo (SM) vigente 2018 (R$ 880,00) e 2018 (R$ 954,00); ** IMC definido para adulto (WHO, 1998) e idoso (LIPSCHITZ, 1994), [Comportamento Sedentário (CS): p50=420min (Baixo CS: ≤ 420 e Alto CS: > 420 min/dia)]; [Atividade Física (AF): Ativo ≥ 150minutos/semana (min/sem) de AFM e < 75 min/sem AFV; Inativo<150 min/sem AFM e > 75 min/sem AFV). Teste Qui-quadrado de Pearson; ***p=p-valor
88
Tabela 9 – Descrição da amostra pela distribuição do tempo de atividade física (min/semana) autorreferido, segundo variáveis hábitos de vida entre os egressos de universidades mineiras (CUME), Brasil
Variáveis % N Média IC 95% Mediana (25-75) p***
Hábito de Fumar
0,005
Não 91,5 3.905 440,6 416,0 - 465,3 210 0 - 554,5
Sim 8,5 361 432,0 364 - 500,0 180 0 - 630
Consumo de bebida alcoólica
< 0.001
Não 27,6 1.178 362,1 324,9 - 399,3 119 0 - 453,5
Sim 72,4 3.088 469,6 440,7 - 498,4 224,5 24,5 - 610,8
Comportamento Sedentário
< 0.001
Baixo 58,7 2.503 447,0 421,06 - 473 210 14,5 - 630
Alto 41,3 1.763 429,8 387,1 - 472,5 204,5 0 - 510
IC95%: intervalo de confiança de 95%; *com base no salário mínimo (SM) vigente 2018 (R$ 880,00) e 2018 (R$ 954,00); ** IMC definido para adulto (WHO, 1998) e idoso (LIPSCHITZ, 1994), [Comportamento Sedentário (CS): p50=420min (Baixo CS: ≤ 420 e Alto CS: > 420 min/dia)]; [Atividade Física (AF): Ativo ≥ 150minutos/semana (min/sem) de AFM e < 75 min/sem AFV; Inativo<150 min/sem AFM e > 75 min/sem AFV). Teste Qui-quadrado de Pearson; ***p=p-valor
89
Tabela 10 – Descrição da amostra pela distribuição do tempo de atividade física (min/semana) autorreferido, segundo variáveis condições de saúde entre os egressos de universidades mineiras (CUME), Brasil
Variáveis % N Média IC 95% Mediana (25-75) p***
Avaliação Nutricional (IMC) < 0,001
Baixo Peso 3,4 143 269,7 194,9 - 344,6 39,0 0 - 330
Eutrofia 56,8 2425 475,5 443,2 - 507,7 224,5 24,5 - 630
Sobrepeso 28,5 1215 447,3 401,5 - 493,2 210,0 0 - 551,5
Obesidade 11,3 483 293,1 247,3 - 339,02 90,0 0 - 354,5
Morbidade Referida (n=1.234)
Não tem 82,9 1.023 379,2 344,2 - 414,2 180 0 - 480 0,688
1 ou mais 17,1 211 387,6 309,3 - 466,0 180 0 - 554,5
Autoavaliação de saude (n=2.589)
0,386
Ruim/ Muito ruim/ Regular 18,3
474 396,7 341,5 - 451,9 184 0 - 510
Bom / muito bom 81,7 2.115 453,9 422,0 - 485,8 210 14,5 - 600
IC95%: intervalo de confiança de 95%; *com base no salário mínimo (SM) vigente 2018 (R$ 880,00) e 2018 (R$ 954,00); ** IMC definido para adulto (WHO, 1998) e idoso (LIPSCHITZ, 1994), [Comportamento Sedentário (CS): p50=420min (Baixo CS: ≤ 420 e Alto CS: > 420 min/dia)]; [Atividade Física (AF): Ativo ≥ 150minutos/semana (min/sem) de AFM e < 75 min/sem AFV; Inativo<150 min/sem AFM e > 75 min/sem AFV). Teste Qui-quadrado de Pearson; ***p=p-valor
90
ANEXO A - PARECER DA UFV
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - UFV
Endereço: Universidade Federal de Viçosa, prédio Arthur Bernardes, piso inferior
Bairro: campus Viçosa CEP: 36.570-000
UF: MG
Telefone:
Município:
(31)3899-2492
VICOSA
Fax: (31)3899-2492 E-mail: [email protected]
Página 1 de 02
PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP
Elaborado pela Instituição Coparticipante
DADOS DO PROJETO DE PESQUISA
Título da Pesquisa: COORTE DAS UNIVERSIDADES MINEIRAS (CUME): IMPACTO DO PADRÃO
ALIMENTAR BRASILEIRO E DA TRANSIÇÃO NUTRICIONAL SOBRE AS DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS
Pesquisador: Adriano Marçal Pimenta
Área Temática:
Versão: 3
CAAE: 07223812.3.3001.5153
Instituição Proponente: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Patrocinador Principal: Financiamento Próprio
DADOS DO PARECER
Número do Parecer: 596.741-0
Data da Relatoria: 18/01/2013
Apresentação do Projeto:
Trata-se de Protocolo de Pesquisa que analisa Coorte das Universidades Mineiras (CUME) Impacto do
Padrão Alimentar Brasileiro e da Transição Nutricional sobre as doenças e Agravos não transmissíveis
Objetivo da Pesquisa:
Realizar análise comparativa com relação às Instituições Universidades Mineiras referentes ao padrão
alimentar do Brasileiro
Avaliação dos Riscos e Benefícios:
Não há riscos para os indivíduos
Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:
Trata-se de Protocolo de pesquisa relevante e que oferecere retorno para a sociedade
Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:
Todos os documentos pertinentes ao Protocolo de Pesquisa foram apresentados.
Recomendações:
Recomenda-se a aprovação
91
ANEXO B – PARECER DA UFMG
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Endereço: Av. Presidente Antônio Carlos,6627 2º Ad Sl 2005
Bairro: Unidade Administrativa II CEP: 31.270-901
UF: MG
Telefone:
Município: BELO HORIZONTE
(31)3409-4592 E-mail: [email protected]
Página 1 de 02
PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP
DADOS DA EMENDA
Título da Pesquisa: Coorte de Universidades MinEiras (CUME): impacto do padrão alimentar brasileiro e da transição nutricional sobre as doenças crônicas não transmissíveis - fase 2
Pesquisador: Adriano Marçal Pimenta
Área Temática:
Versão: 2
CAAE: 44483415.5.1001.5149
Instituição Proponente: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Patrocinador Principal: FUNDACAO DE AMPARO A PESQUISA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
DADOS DO PARECER
Número do Parecer: 2.491.366
Apresentação do Projeto:
Mesma apresentação que consta no parecer 1.137.860 de 03/07/2015.
Objetivo da Pesquisa:
Mesmos objetivos que constam no parecer 1.137.860 de 03/07/2015.
Avaliação dos Riscos e Benefícios:
Mesmos riscos e benefícios que constam no parecer 1.137.860 de 03/07/2015.
Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:
Pesquisador solicita a inclusão de participantes da UFOP, UFLA e UFJF no projeto CUME.
Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:
Foi acrescentado novo TCLE para a linha de base de inclusão e novo projeto adaptado à emenda.
Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:
SMJ, sou favorável à aprovação da emenda.
Considerações Finais a critério do CEP:
Tendo em vista a legislação vigente (Resolução CNS 466/12), o COEP-UFMG recomenda aos Pesquisadores:
comunicar toda e qualquer alteração do projeto e do termo de consentimento via emenda na Plataforma Brasil,
informar imediatamente qualquer evento adverso ocorrido durante o
92
ANEXO C – PARECER DA UFOP
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
Endereço: Morro do Cruzeiro-ICEB II, Sala 29 -PROPP/UFOP
Bairro: Campus Universitário CEP: 35.400-000
UF: MG
Telefone:
Município:
(31)3559-1368
OURO PRETO
Fax: (31)3559-1370 E-mail: [email protected]
Página 1 de 03
PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP
DADOS DO PROJETO DE PESQUISA
Título da Pesquisa: Coorte de Universidades MinEiras (CUME): impacto do padrão alimentar brasileiro e da transição nutricional sobre as doenças crônicas não transmissíveis - fase 2
Pesquisador: JULIA CRISTINA CARDOSO CARRARO
Área Temática:
Versão: 1
CAAE: 44483415.5.2003.5150
Instituição Proponente: Universidade Federal de Ouro Preto
Patrocinador Principal: FUNDACAO DE AMPARO A PESQUISA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
DADOS DO PARECER
Número do Parecer: 2.565.240
Apresentação do Projeto:
"Tratar-se de um estudo epidemiológico, observacional, de delineamento transversal na sua linha de base e
longitudinal no seu seguimento, que está sendo realizado, desde março de 2016, com indivíduos graduados
na UFMG e na UFV a partir de janeiro de 1994. A principal característica deste estudo é o recrutamento
permanentemente aberto, permitindo um contínuo crescimento da amostra a cada onda de seguimento, uma
vez que ao mesmo tempo em que se aplica um novo questionário (Q_2, Q_4, ..., Q_n) a cada dois anos aos
participantes recrutados previamente, envia-se o questionário da linha de base (Q_0) para o recrutamento
de novos participantes. Neste sentido, o Q_0 será enviado a novos participantes da UFMG e da UFV e, a
presente emenda, prevê o envio deste instrumento também a egressos da Universidade Federal de Ouro
Preto (UFOP), Universidade Federal de Lavras (UFLA) e Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF),
ampliando a amostra de participantes do projeto CUME."
Objetivo da Pesquisa:
"Objetivo Primário:
Avaliar o impacto do padrão alimentar brasileiro no desenvolvimento de DCNT em indivíduos graduados na
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Universidade Federal de Viçosa (UFV), na Universidade
Federal de Ouro Preto (UFOP), na Universidade Federal de Lavras (UFLA) e na Universidade Federal de Juiz
de Fora (UFJF).
93
ANEXO D – PARECER DA UFJF