farmacologia para a enfermagem prof. esp. glória coelho colegiado de enfermagem univasf

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Farmacologia para Farmacologia para a Enfermagem a Enfermagem Prof. Esp. Glória Coelho Prof. Esp. Glória Coelho Colegiado de Enfermagem Colegiado de Enfermagem UNIVASF UNIVASF

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Page 1: Farmacologia para a Enfermagem Prof. Esp. Glória Coelho Colegiado de Enfermagem UNIVASF

Farmacologia para a Farmacologia para a EnfermagemEnfermagem

Prof. Esp. Glória CoelhoProf. Esp. Glória Coelho

Colegiado de EnfermagemColegiado de Enfermagem

UNIVASFUNIVASF

Page 2: Farmacologia para a Enfermagem Prof. Esp. Glória Coelho Colegiado de Enfermagem UNIVASF

Farmacologia BásicaFarmacologia Básica Compreender os princípios da administração de Compreender os princípios da administração de

medicamentos;medicamentos;

Conhecer as abreviações mais comuns relacionadas à Conhecer as abreviações mais comuns relacionadas à via de administração e à freqüência das doses;via de administração e à freqüência das doses;

Demonstrar exatidão na conversão de um sistema de Demonstrar exatidão na conversão de um sistema de medidas;medidas;

Identificar as substâncias de acordo com o uso clínico;Identificar as substâncias de acordo com o uso clínico;

Reconhecer os sintomas das reações adversasReconhecer os sintomas das reações adversas

Page 3: Farmacologia para a Enfermagem Prof. Esp. Glória Coelho Colegiado de Enfermagem UNIVASF

Responsabilidades da enfermagemResponsabilidades da enfermagem

Eficácia do agenteEficácia do agente – produzir função orgânica – produzir função orgânica próximo do normal;próximo do normal;

MedicamentoMedicamento – uso ou abuso; dosagens corretas; – uso ou abuso; dosagens corretas; métodos de administração; sintomas de métodos de administração; sintomas de intoxicação e reações anormais; intoxicação e reações anormais;

Administração de medicamentosAdministração de medicamentos – organização – organização das rotinas (preparação, distribuição e anotação);das rotinas (preparação, distribuição e anotação);

Enfermagem Enfermagem combina:observação atenta e combina:observação atenta e inteligente, integridade moral, bom senso na inteligente, integridade moral, bom senso na administração da droga, conhecimento técnico e administração da droga, conhecimento técnico e científico.científico.

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DefiniçõesDefinições Medicamento é toda substância tecnicamente

elaborada que, introduzida no organismo humano, vai preencher uma das finalidades enunciadas a seguir:

Preventiva ou profilática - quando evita o aparecimento de doenças ou diminui a gravidade das mesmas;

Diagnóstica - quando não só auxilia o médico em decidir o que está causando a sintomatologia apresentada pelo paciente,como também localiza a área exata afetada pela doença;

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DefiniçõesDefinições Terapêutica - quando é usada no tratamento das

doenças. Existe grandevariedade de substância químicas cujas ações terapêuticas mais comuns são:

Curativa ou específica - quando remove o agente causal das doenças. Ex.:antibiotico antimalárico;

Paliativa ou sintomática – quando alivia determinados sintomas de uma doença, destacando-se entre eles a dor.

Ex.: analgésico;

Substitutiva - quando repõe outra substância normalmente encontrada no organismo, mas que por um desequilíbrio orgânico, está em quantidade insuficiente ou mesmo ausente. Ex.: insulina.

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DefiniçõesDefinições FarmáciaFarmácia: arte de preparar, compor e distribuir : arte de preparar, compor e distribuir

drogas para uso médico;drogas para uso médico;

FarmacologiaFarmacologia: termo genérico que inclui o : termo genérico que inclui o estudo das drogas e suas ações no organismo;estudo das drogas e suas ações no organismo;

DrogaDroga - substância ou matéria-prima que tenha a finalidade medicamentosa ou sanitária. As drogas incluem:substancias químicas(sintéticas), partes ou produtos de plantas, produtos animais, certas substancias alimentares (vitaminas, minerais).

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DefiniçõesDefinições Medicamento prescrito – substância que pode ser

usada com segurança apenas sob supervisão de um profissional de saúde licenciado para prescrever ou ministrar medicamentos de acordo com as leis federais;

Medicamento sem prescrição - substância que pode ser usada com segurança pelos

consumidores sem a supervisão de um profissional de saúde licenciado, desde que sejam seguidas as orientações;

Medicamento controlado – substância controlada por leis federais, estaduais e municipais porque sua utilização pode levar ao uso abusivo ou à dependência.

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DefiniçõesDefinições Insumo Farmacêutico - droga ou matéria-prima aditiva

ou complementar de qualquer natureza, destinada ao emprego em medicamentos,

quando for o caso, e seus recipientes;

Correlato - a substância, produto, aparelho ou acessório não enquadrado nos conceitos anteriores, cujo uso ou aplicação esteja ligado à defesa e proteção da saúde individual oucoletiva, à higiene pessoal ou de ambientes, ou a fins diagnósticos e analíticos, os cosméticos e perfumes, e, ainda, os produtos dietéticos, óticos, de acústica médica,odontológicos e veterinários;

Dispensação - ato de fornecimento ao consumidor de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não

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DefiniçõesDefinições

Denominação Comum Brasileira (DCB) - denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo aprovada pelo órgão federal responsável pela vigilância sanitária.

Denominação Comum Internacional (DCI) – denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo recomendada pela Organização Mundial de Saúde.

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DefiniçõesDefinições

MARCAMARCA Anta® princípio ativo:

ranitidina 500mg Venda sob Prescrição

médica Laboratório XX

Medicamento de Referência – produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e

qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro;

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DefiniçõesDefinições

SIMILARESSIMILARES ZiliumZilium princípio ativo: ranitidina 500mg venda sob prescrição

médica Laboratório X

Medicamento Similar – aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos,

apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e

indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado no

órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em

caracteristicas relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem,

rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou

Marca.

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DefiniçõesDefinições GENÉRICOGENÉRICO RANITIDINA medicamento Genérico Lei 9787/99 500mg venda sob Prescrição

médica Laboratório Y

Medicamento Genérico – medicamento similar a um produto de referência ou

inovador, que se pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a

expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade,

comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB ou, na sua

ausência, pela DCI;

Page 13: Farmacologia para a Enfermagem Prof. Esp. Glória Coelho Colegiado de Enfermagem UNIVASF

DefiniçõesDefinições Psicotrópico - Substância que pode determinar

dependência física ou psíquica e relacionada, como tal, nas listas aprovadas pela Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas, reproduzidas nos anexos deste Regulamento Técnico;

Preparação Magistral - Medicamento preparado mediante manipulação em farmácia, a partir de fórmula constante de prescrição médica;

Receita - Prescrição escrita de medicamento, contendo orientação de uso para o paciente, efetuada por profissional legalmente habilitado, quer seja de formulação magistral ou de produto industrializado;

Substância Proscrita - Substância cujo uso está proibido no Brasil.

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Administração de medicamentos no processo de enfermagem

Anamnese terapêutica: informações sobre medicações que o paciente já fez uso e, principalmente, sobre as que usa atualmente, reações alérgicas a drogas e alimentos, razão pela qual uso medicações, reações adversas, dosagem,

uso prolongado e via de administração.

Monitorar mudança metabólicas como:diabético, execute o controle de glicemia antes de administrar insulina.

uso de digoxina, verifique o pulso radial. Orientar pacientes sobre os efeitos da terapia.

Uso prolongado de medicação merece uma avaliação mais precisa, porque esse fato pode levar a inibição ou potencialização do efeito da droga prescrita na internação; por exemplo, o ácido acetil salicílico (AAS) potencializa o efeito de anticoagulantes como heparina.

História clínica detalhes sobre o tratamento medicamentoso do paciente.

Relato dos hábitos alimentares, porque estes podem afetar a ação da droga. Por exemplo, um paciente que faz uso de anticoagulantes

não deve comer folhas verdes, porque contém vitamina K que pode pode antagonizar o efeitoda droga.

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Avalie se o paciente interage apropriadamente com a família, se sua conversa é clara, se o seu comportamento e sua expressão estão coerentes. Verifique se sua memória recente ou passada apresenta alterações. Este tipo de possibilita a identificação da capacidade do paciente dar continuidade ao tratamento proposto.

Identificar os problemas através do histórico do paciente usando as informações colhidas, definindo problemas relacionados às drogas e fazendo o diagnóstico de enfermagem. Dentre os problemas,podemos relatar os mais comuns, como: falta de conhecimento, submissão a rotinas do tratamento e interrupção do tratamento.

Elaborar um plano de cuidados e estímulos ao auto-cuidado. A participação do paciente no tratamento encaminha-o para um prognóstico positivo.

A evolução possibilita ao enfermeiro implementar mudanças no plano de cuidado, criando uma contínua e criteriosa reavaliação, o que torna cada intervenção de enfermagem um sucesso.

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Conceitos de FarmacologiaConceitos de Farmacologia Farmacodinâmica (do grego dýnamis = força): Estuda o

mecanismo de ação dos fármacos, as teorias e conceitos relativos ao receptor farmacológico, a interação droga-receptor, bem como os mecanismos moleculares relativos ao acoplamento entre a interação da droga com o tecido alvo e o efeito farmacológico;

Interação Droga/Receptor: Os fármacos ou seus metabólitos ativos, para produzirem efeitos

devem atingir o local de ação em concentrações adequadas. F+R ↔ FR → Efeito

Interação Entre Drogas: administração simultânea (mesmo preparo) de duas drogas pode fazer com que o efeito de uma delas seja quantitativamente alterado. Geralmente tem a finalidade de aumentar ou reduzir os efeitos de uma delas, facilitar a dissolução, a conservação ou melhorar as propriedades organolépticas. Pode também fazer com que obtenhamos o efeito desejado de um dado fármaco utilizando doses menores e conseqüentemente com a possibilidade de menores efeitos colaterais. O uso de drogas associadas pode resultar em uma série de interações que são classificadas em sinergismo e antagonismo.

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Antagonismo – efeito combinado de duas drogas, menor que o efeito de cada droga tomada isoladamente.

Sinergismo – ação conjunta de fármacos, na qual a combinação de seus efeitos é mais intensa ou mais duradoura que a soma de seus efeitos individuais.

Adição - efeito combinado de duas drogas, cujo resultado é igual a soma dos efeitos de cada droga isoladamente.

Potencialização – quando uma droga aumenta ou prolonga a ação de outra droga, sendo o efeito total maior que a soma dos efeitos de cada droga isoladamente.

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FarmacocinéticFarmacocinética (do grego knetós = móvel): Estuda o caminho percorrido pelomedicamento no organismo. Farmacocinética corresponde às fases de absorção,distribuição e eliminação (biotransformação e excreção) das drogas. Através da farmacocinética se consegue estabelecer relações entre a dose e as mudanças de concentração das drogas nos diversos tecidos em função do tempo.

AbsorçãoAbsorção: a absorção ocorre quando o medicamento atravessa as membranas até atingir a circulação.

Lipossolubilidade Fluxo sangüíneo na área de absorção Área de superfície absorvente Número de barreiras a serem transposta

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Preparações farmacêuticasPreparações farmacêuticas Preparações líquidas:Preparações líquidas:

Soluções – Misturas homogêneas do soluto que é base farmacológica com o solvente que é o veículo. Pode se destinar ao uso sob a forma de gotas.

Suspensões – Misturas heterogêneas, sendo que o soluto se deposita no fundo do recipiente necessitando de homogeneização no momento do uso.

Emulsões – Substâncias oleosas dispersas em meio aquoso, apresentando

separação de fases. Xaropes – Soluções aquosas onde o açúcar em altas concentrações é

utilizado como corretivo. Pode conter cerca de dois terços do seu peso em sacarose.

Elixires – Soluções hidroalcoólicas para uso oral, açucaradas ou glicerinadas contendo substâncias aromáticas e as bases medicamentosas.

Loções – Soluções alcoólicas ou aquosas para uso tópico. Linimentos - Similares aos anteriores, mas com veículo oleoso.

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Preparações farmacêuticasPreparações farmacêuticas Preparações sólidas:

Comprimidos – Forma farmacêutica de formato variável, em geral discóide, obtida por compressão. Na maioria dos casos contém uma ou mais drogas, aglutinante e excipiente adequados, prensados mecanicamente.

Drágeas – Similares aos anteriores, mas com revestimento gelatinoso que impede a desintegração nas porções superiores do trato digestivo. O revestimento protetor apresenta várias camadas contendo substâncias ativas ou inertes. Costumam ser coloridas e polidas utilizando-se cera carnaúba no polimento.

Cápsulas – Uma ou mais drogas mais excipientes não prensados e colocados em um invólucro gelatinoso ou amiláceo.

Pílulas – Associação do princípio ativo com um aglutinante viscoso. Supositórios - Apresentações semi-sólidas para uso retal, que se

fundem à temperatura corporal pela presença de manteiga de cacau, glicerina ou polietilenoglicol.

Óvulos e Velas - Apresentações semi-sólidas para uso ginecológico, cuja diferença entre si é a forma.

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Preparações Pastosas:

São preparações semi-sólidas normalmente destinadas ao uso tópico. Como exemplos temos as seguintes: geléias, cremes, pomadas, ungüentos e pastas, em ordem crescente de viscosidades.

Diferem também pelos veículos que são gelatinosos nas geléias, oleosos nas pomadas e aquosos nos demais.

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Fatores Modificadores Considerados na Administração de Medicamentos

Idade do paciente, tem influência sobre a ação e o efeito global de um medicamento. Os idosos exibem função hepática diminuída, menos massa muscular e função renal diminuída portanto precisam de doses menores e, por vezes, intervalos de dosagens longos para evitar a intoxicação;

Os recém-natos demonstram sistemas enzimáticos metabólicos subdesenvolvidos e função renal inadequada, o que também pode levar à toxicidade. Fazem-se necessárias a eles dosagens altamente individualizadas e de monitoração cuidadosa.

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Tolerância e dependência A administração repetida ou prolongada de alguns medicamentos

resulta em uma resposta farmacológica diminuída. O corpo adapta-se à contínua presença da droga. Comumente, são dois os mecanismos responsáveis pela tolerância:

O metabolismo da droga é acelerado (mais freqüentemente porque aumenta a atividade das enzimas que metabolizam os medicamentos no fígado);

Diminui o número de receptores ou sua afinidade pelo medicamento.

Resistência é utilizado para descrever a situação em que uma pessoa não mais responde satisfatoriamente a um medicamento antibiótico, antiviral ou quimioterápico para o câncer.

Dependendo do grau de tolerância ou resistência ocorrente, o médico pode aumentar a dose ou selecionar um medicamento alternativo.

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Principais Vias de Administração de Medicamentos

As ações de medicamentos no organismo vivo podem ser classificadas em quatro categorias principais:

Ação Local: quando o efeito ocorre no ponto de aplicação;

Ação Sistêmica: para aqueles que atingem a circulação;

Ação Remota: nos casos em que a ação do medicamento em um alvo interfere no funcionamento de outro;

Ação Local/geral: quando a droga produz efeito no ponto de aplicação, sendo absorvida posteriormente para ter ação sistêmica.

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Cinco certezas para a correta Cinco certezas para a correta administração de medicamentosadministração de medicamentos

1 Paciente certo1 Paciente certo 2 Tempo e freqüência de 2 Tempo e freqüência de

administração certosadministração certos 3 Dose certa3 Dose certa 4 Via de administração certa4 Via de administração certa 5 Droga certa5 Droga certa

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A escolha do método e da via de administração depende de alguns parâmetros:rapidez desejada para inicio da ação , natureza e quantidade a ser administrada e das condições do paciente.

Administração de drogas: efeito local e sistêmico.

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PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E APRESENTAÇÃO

Oral (sólida)

Oral (líquida)

Parenteral

Cápsula Pó Comprimido Elixir Emulsão Solução Suspensão Xarope Solução

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Retal

Vaginal

Tópica (ouvido, nariz, olho, pele)

Solução Supositório Espuma Gel Solução Supositório Comprimido Aerossol Creme Loção Pomada Pasta Pó

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Administração enteral (oral) - a ingestão é o método mais comum de prescrição de um fármaco. Além disso, é o mais seguro, mais conveniente e o mais econômico;

Administração sublingual - a absorção pela mucosa oral tem importância essencial no caso de determinados fármacos;

Administração retal - com freqüência, a via retal é usada quando a ingestão não é possível por causa de vômitos ou porque o paciente se encontra inconsciente. Cerca de 50% dos fármacos que são absorvidos pelo reto não passam pelo fígado;

Administração parenteral - disponibilidade é mais rápida e mais previsível.A dose eficaz pode, portanto, ser escolhida de forma mais precisa.

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Intravenosa - a concentração desejada de um fármaco no sangue é obtida com uma precisão e rapidez que não são possíveis com outros procedimentos;

Subcutânea - só pode ser usada para substâncias que não são irritantes para os tecidos. A absorção costuma ser constante e suficientemente lenta para produzir um efeito persistente. A absorção de substâncias implantadas sob a pele (sob forma sólida de pellet) ocorre lentamente ao longo de semanas ou meses. Alguns hormônios são administrados de forma eficaz dessa maneira;

Intramuscular - a absorção depende do fluxo sanguíneo no local da injeção. A velocidade de absorção no músculo deltóide ou no grande lateral é maior do que a absorção no músculo grande glúteo. A velocidade de absorção em homens é maior que a absorção em mulheres quando a injeção é feita no grande glúteo;

Intrarterial - é aplicada para localizar seu efeito em determinado órgão ou tecido. Exige extremo cuidado e só deve ser feita por pessoas treinadas e experientes;

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Intratecal - quando se desejam efeitos locais e rápidos nas meninges ou no eixo cérebro-espinhal, como na anestesia espinhal ou nas infecções agudas do SNC, os fármacos algumas vezes são injetados diretamente no espaço subaracnóideo espinhal;

Intraperitoneal - por essa via, os fármacos penetram rapidamente na circulação através da veia porta. A injeção intraperitoneal é um procedimento laboratorial comum,embora raramente seja empregado na prática clínica;

Inalatória - os fármacos gasosos e voláteis podem ser inalados e absorvidos através do epitélio pulmonar e das mucosas do trato respiratório. As vantagens são a quase instantânea absorção para o sangue, ausência de perda hepática de primeira passagem e, no caso das doenças pulmonares, a aplicação local do fármaco no ponto de ação desejado.

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Aplicação tópica:

- Mucosas - a absorção através das mucosas ocorre rapidamente. Na verdade, os anestésicos locais aplicados para efeito local algumas vezes são absorvidos tão rapidamente que provocam efeitos tóxicos sistêmicos;

- Pele - poucas substâncias penetram facilmente a pele íntegra. A absorção daquelas que o faz é proporcional à superfície sobre a qual são aplicadas e à sua lipossolubilidade. A absorção ocorre com maior facilidade através de pele com abrasão, queimaduras ou soluções de continuidade. As reações inflamatórias e outros tipos de

problemas que aumentam o fluxo sanguíneo cutâneo também aumentam a absorção;

- Olho - os fármacos oftálmicos de aplicação tópica são prescritos basicamente por causa de seus efeitos locais. Em geral, não é desejável a absorção sistêmica que resulta da drenagem através do canal nasolacrimal.

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A via oral é normalmente contra-indicada por: - O medicamento irritar a mucosa gástrica; - O medicamento interferir na digestão; - O paciente não poder deglutir.

Desvantagens da via oral: - a impossibilidade de absorção de alguns

agentes por causa de suas características físicas; - os vômitos em resposta à irritação da mucosa

gastrintestinal; - destruição de alguns agentes por enzimas

digestivas ou pelo pH gástrico ácido; - irregularidades de absorção ou propulsão na

presença de alimentos e outros fármacos; - necessidade de cooperação por parte do

paciente.

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A administração de drogas via retal, por supositórios, tem como objetivo deixar o fármaco livre do metabolismo de primeira passagem, no fígado, pois a droga entra em vasos que a levam direto à veia cava inferior. Entretanto, muitas vezes, o supositório penetra um pouco mais, entrando em uma região drenada por veias que vão ao fígado e, dessa forma, não evitando o efeito de primeira passagem.

Deve-se ressaltar o desconforto que a via retal pode proporcionar ao paciente. Além disso, a absorção retal costuma ser irregular e incompleta e muitos fármacos provocam irritação da mucosa retal.

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Desvantagens da administração via pulmonar (inalatória):

Controle insatisfatório da dose;

O método de administração;

Muitos fármacos voláteis e gasosos provocam irritação do epitélio pulmonar;

Administração via cutânea:não é recomendada a prescrição de grandes quantidades de drogas. Essas devem ainda ser de fácil absorção e não irritantes do tecido.

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Características de substancias para injeção venosa: - Não ser hemolítica; - Não ser cáustica; - Não coagular as albuminas; - Não produzir embolia ou trombose; - Não conter pirogênio.

Sobre as condições do paciente, podemos citar: - A dificuldade de se encontrar veias pérvias; - A presença tecidos com muitos hematomas ou mesmo

feridos; - A intensa dor sentida pelo paciente à aplicação, devida a

sua doença ou outro motivo. A via venosa necessita maiores cuidados quanto à

administração, pois promove maior chance da ocorrência de reações desfavoráveis. Uma vez injetado um fármaco, não há maneira de retirá-lo. Injeções intravenosas repetidas dependem da capacidade em manter uma veia permeável.

Em geral, a injeção intravenosa deve ser administrada lentamente e com monitorização constante das reações do paciente.

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Obrigada!Obrigada!