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Maria Victoria Ramos Ballester & Reynaldo Luiz Victoria [email protected] O papel dos sistemas fluviais amazônicos no balanço regional e global de carbonoFAPESP, Programa BIOTA-FAPESP-Educação, Terceiro encontro do Ciclo de Conferência - 2014 Biodiversidade e Proteção a Recursos Hídricos 24 de abril 2014

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  • Maria Victoria Ramos Ballester & Reynaldo Luiz Victoria

    [email protected]

    “O papel dos sistemas fluviais amazônicos

    no balanço regional e global de carbono”

    FAPESP, Programa BIOTA-FAPESP-Educação,

    Terceiro encontro do Ciclo de Conferência - 2014

    Biodiversidade e Proteção a Recursos Hídricos

    24 de abril 2014

  • Maior floresta tropical contínua do mundo: 5,1

    milhões de km2

    AMAZÔNIA

    Fonte: NASA

  • Pimm & Jenkins, 2005

    elevada Biodiversidade

    AMAZÔNIA

  • Ocupação acelerada nas últimas 4 décadas:

    Mudanças no uso do solo

    Urbanização

    Desmatamento

    Assentamentos

    Focos de calor

    S. Salgado

    A.Ferran

    Garimpo de Serra

    Pelada

    Mineração:

    Carajás

    Grandes reservatórios

    Abertura e

    pavimentação de

    estradas

    Queimadas

    http://www.peterfetterman.com/artists/salgado/salgado_sm.html

  • • Drena 6.1 milhões de km²,

    • Abrange parte de seis países,

    • 1/5 da água doce da Terra,

    • Descarga = 209,000 m3s-1

    • Planícies de inundação: 100 a 300,000 km2

    • Profundiade máxima 65 metros em Óbidos

    • Largura máxima: 24 km na boca com 30 m de

    profundiade

    A bacia de drenagem do rio Amzonas: dimensões continentais

    Óbidos Marajó

  • Dos andes até o oceano atlântico, percorre 6.992,06 km de extensão (INPE, 2008),

    drenando uma diversidade de paisagens

    Rio beni, Bolívia

    Altitude 6500 m

    Rio Madre de Dios

    Fronteira Bolívia -

    Brasil

    Rio Iça

    Alto rio Negro:

    Parque do jau Tefé Rio Negro

    Rio Amazonas

    Rio Solimões Rio Madeira

  • 7

  • • NSF

    Camrex • FAPESP

    • NASA

    • CNPq

    LBA • FAPESP: Belmont Forum e SPEC

    • More Foundation PFPMCG

    1981 - 1998 1999 – 2007 2008 – atual

    tem um papel importante na

    determinação do ciclo fluvial

    do carbono

  • Pesquisas recentes:

    • rios e águas continentais

    emitem elevadas quantidades

    de CO2 para a atmosfera

    • Globalmente estas águas

    processam, transportam e

    sequestram 2.7 Pg C ano-1 (a)

    • Valor semelhante ao estimado

    para o sequestro de C por

    ecossistemas terrestres

    proveniente de ativiades

    antrópicas (2.8 Pg C ano-1 (b))

    (a) Battin et al., 2009; Tranvik et al., 2009, (b) Canadell et al., 2007;

  • 10

    processamento fluvial tem

    papel critico no transporte

    e reciaclagem do carbono

    e nutrients associados

    tanto nas bacias de

    drenagem mas como nos

    mares que recebem essas

    águas.

    Peter A. Raymond. Nature 436, 469-470(28 July 2005)

  • Desafio: devever ferramentar quepermitam decrever deforma

    compreensiva a biogeoquímica dos sistemas fluviais da amazônia e seu

    papel no ciclo regional do carbono de modo a prever sua resposta em um

    clima em mudança

    Produzir informações científicas sobre o funcionamentento dos rios da

    Amazônia com a acurácia necessaria para alimentar um modelo heurístico da

    biacia dedrenagem ligado ao ciclo regional de carbono, para prever as

    respostas dos mesmos à mudança climática global

    Objetivo Geral

  • Adquisiçãode dados de longa duração em 11 bases e 20 sítios amostrais extensivo

    (Rede Beija-Rio), distribuídos na bacia Amazônica

    Local da instalação

    da torre do eddy

    Local da instalação

    da torre do eddy

  • Conjuntos de amostragem e

    análises em campo

    Protocolo + cursos de

    trainamento decurata duração

    na várias técnicas

    Campanhas intensivas usando avanços tecnológicos

    recentes e testes laboratoriais para monitorar os

    padrões diurnos em todos os pontos da rede, pelo

    menos uama vez em cada período representativo da

    hidrógrafa

  • (Richey et al., 2002)

    Os ecossistemas aquáticos liberam para a

    atmofera cerca de 0,5 Gt C ano-1

    13 vezes mais C do que o descarregado no

    oceano:

    COT: 0,036

    CID: 0,035 Gt.ano-1

    maior do que a quantidade liberada pelo

    desmatamento reional (0,38 GtC ano-1,

    ~25.000 km2. ano-1)

    Evasão de CO2 dos rios da Amazonia é

    Substancial

  • (Mayorga et al., 2005); Ward et al., 2013

    respiração nos canais fluviais de matéria orgânica lábeil jóvem (~5 anos)

    De onde vem o CO2?

    13

    C (‰)

    -30 -25 -20 -15 -10

    1

    4C

    (‰

    )

    -1000

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    60

    CP

    OC

    FP

    OC

    DO

    C

    contemporaryC4 grasses

    contemporarylowland

    C3 plantsatmosphere

    carbonate rocks,solid earth CO2

    CO

    2

    Legend

    Mountain

    Mixed

    Lowland

    1991

    2003

    old

    er

    carbonate weathering bycontemporary plant CO2

  • Evasão de CO2 foi a principal via de

    exportação de carbono: 289 Gg C

    ano−1,

    Cerca de 2,4 vezes a quantidade de

    carbono exportado como carbono

    inorgânico dissolvido (121 Gg C

    ano−1) e 1,6 vezes como carbono

    orgânic dissolvido (185 Gg C ano−1)

    Rios de pequeno porte ( < 100 m)

    Ji-Paraná River Basin

    Rasera et al., 2008

  • ~92% da rede de drenagem do rio

    Amazonas é composta por pequenos rios,

    os quais encntra-se geralmente

    supersaturados de CO2

    • Area superficial dos rios pequenos (<

    100m) 0,3 ± 0,05 milhões de km2,

    • Evação Potencial para a

    atmosfera:170 ± 42 Tg C ano−1 como

    CO2.

    • Esses ecossistemas tem um papel

    relevante no balanço regional de

    carbono

  • 18

    • descoberta mais surpreeendente:

    independentemente da escala ou das

    caractériticas da bacia hidrográficas, a

    distribuição de espécies biogénicas

    apresenta o mesmo padrão sazonal,

    muito intimanete ligada à hidrógrafa

    • Fluxos de CO2 sempre maiores nas águas

    altas

    O que controla a biogeoquímica, e em última

    instância o destino, do carbono nestes

    ecossistemas

  • Neu et al., in press

    Pequenos rios com estaçao seca pronunciada os

    processos que ocorrem no interior do canal sao

    semelhantes aos dos systemas terrestres adjacentes

    • Extremamente importantante para desenvolver

    modelos adequados para descrever o ciclo do c

    nesses sistemas: um padrão sazonal comum

    ligado à hidrógrafa pode simplifcar o

    escalonamento

  • • janeiro de 2006 a dezembro de 2010,

    389 campanhas abrangendo todas as

    fases da hidrógrafa

    • Sete rios representativos da bacia sua

    planície de inundação: Negro,

    Solimões, Teles Pires, Cristalino,

    Araguaia , Javaés e Caxiuanã, com

    tamanhos de 4ta a 9na ordem

    Média mesal de descarga de 2006 a 2010 (fonte:

    ANA). NG, Negro River); SO, Solimões; TP, Teles

    Pires; AR, Araguaia; CX, Caxiuanã

    Série histórica de 5 anos de medidadas do

    fluxo de CO2 em rios amazônicos

  • 21

    Grupo I- drenam terras baixas muito

    inteperizadas com elevados níveis de MOD

    lixiviada de baxios e solos arrenosos com

    baixas concentrações de CID e valores de pH;

    Estes rios podem ser separados em 3

    grupos em termos de suas águas:

    Solimões

    Grupo II- drenam o escudo brasileio (Cristalino,

    Teles Pires, Araguaia e Javaés), com baixo teores

    de sedimentos e MO, concentrações

    intermediárias de CID e pH ~ da neutralidade

    Grupo III- transportam grande

    quantidade de sedimentos dos

    Andes, tem elevadas

    concentrações de CID pH ~ da

    neutralidade

    Negro, Cristalino e

    Caxiuanã

    Teles Pires, Javaés

  • Fluxos mínimos, médios e máximos de CO2

    medidos de 2006 a 2010.

    Ciclo sazonal dos fluxo de CO2

    • Fluxos de CO2 na interfce água-ar nas

    águas altas e baixas nos: Variabilidade

    elevada entre os rios e as fases da

    hidrógrafa,

    • Faixa observada: -0,8 a 15,3 mmol CO2

    m-2 s-1

    padrões com sazonalidade

    marcada: fluxos

    significativamente maiores

    durante águas altas 01000

    2000

    3000

    4000

    5000

    6000

    7000

    8000

    9000

    Ris

    ing

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    Low

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    Low

    2006 2007 2008 2009 2010

    pC

    O2

    (at

    m)

    Solimões

    Caxiuanã

    Negro

    Araguaia

    Javaés

    Teles Pires

    Cristalino

    ATM

    Median of pCO2 at each hydrography stage for the seven studied rivers

    from 2006 to 2010. The horizontal line represents atmospheric pCO2 and

    blue bars highlight values at high water.

  • 5.0

    5.5

    6.0

    6.5

    7.0

    7.5

    8.0

    8.5

    A-0

    4

    A-0

    4

    N-0

    4

    F-0

    5

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    5

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    5

    D-0

    5

    M-0

    6

    J-0

    6

    O-0

    6

    J-0

    7

    A-0

    7

    A-0

    7

    N-0

    7

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    8

    J-0

    8

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    8

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    8

    M-0

    9

    J-0

    9

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    9

    J-1

    0

    pH

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    800

    900

    co

    ta (

    cm

    )

    3

    4

    5

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    A-0

    4

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    4

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    5

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    5

    M-0

    6

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    6

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    6

    J-0

    7

    A-0

    7

    A-0

    7

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    7

    F-0

    8

    J-0

    8

    S-0

    8

    D-0

    8

    M-0

    9

    J-0

    9

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    9

    J-1

    0

    O2 (

    mg

    L-1

    )

    200

    300

    400

    500

    600

    700

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    900

    co

    ta (

    cm

    )

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    7

    A-0

    4

    A-0

    4

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    4

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    5

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    5

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    5

    M-0

    6

    J-0

    6

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    6

    J-0

    7

    A-0

    7

    A-0

    7

    N-0

    7

    F-0

    8

    J-0

    8

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    8

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    8

    M-0

    9

    J-0

    9

    O-0

    9

    J-1

    0

    CO

    D (

    mg

    L-1

    )

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    800

    900

    co

    ta (

    cm

    )

    c)

    b)

    a)

    • Outros parâmetros como COD,

    pH e OD, também

    apresentaram uma

    sazonalidade associada à

    hidrógrafa a qual é consistente

    ao longo de todos os sistemas

    fluviais

    • COD: também é mais elevado

    durante as águas altas

    • OD e pH são mais baixos

    durante as águas altas

  • Bacia do rio Ji-Paraná: 75. 400 km2

    Estado de Rondônia - elevadas taxas de desmatamento na

    Amazônia.

    2011: 34% da floresta nativa da bacia tinham sido

    convertidos em pastagens

    65°0'W

    65°0'W 62°30'W

    62°30'W

    60°0'W

    60°0'W

    12

    °30

    'S

    12

    °30

    'S

    10

    °0'S

    10

    °0'S

    1978

    1986

    1992

    1996

    2001

    Desmatamento: mais intenso ao longo da BR

    364, no eixo Cuibá-Porto Velho e nos

    assentamentos

    Fatores responsáveis pelo desmatamento:

    1- crescimento populacional e projetos de

    colonização

    2- expansão da pecuária

    3- melhoramento e pavimentação da BR-364 e

    abertura de novas estradas

    4- solos “mais férteis” Ballester et al., 2003; 2008

    12°30' 12°30'

    11°00' 11°00'

    9°30' 9°30'

    8°00' 8°00'

    65°30'

    65°30'

    64°00'

    64°00'

    62°30'

    62°30'

    61°00'

    61°00'

    59°30'

    59°30'

    #

    Porto Velho

    #

    Vilhena

    #

    Ji-Paraná

    #

    Rolim de Moura

    Mato

    Grosso

    Acre

    Rondonia

    Amazonas

    Bol ivia

    Ji-Parana basin

    City

    Roads

    BR 364

    Pavement

    Dirt

    Legend

    N

    50 0 50 100 Kilometers

  • • Setores com maior cobertura de pasto

    apresentam menores valores de

    evapotranspiração e precipitação

    • A conversão para pastagem resulta na redução

    da quantidade de água disponível para a

    evapotranspiração e na interceptação pela

    vegetação, aumentando o escoamento

    superficial

    Mudanças no ciclo da água

    (Victoria et al. 2007).

    Variação do Déficit e Excedente Hídrico

  • Desmatado (%)

    Conteúdo

    de cátions

    Conteúdo

    iônico Cabeceiras

    Composição química das águas do rio Ji-

    Paraná

    Legend

    Soil unit (area)

    Alfisol (12.6%)

    Entisol (16.2%)

    Eptisol (1.8%)

    Oxisol (46.1%)

    Ultisol (23.1%)

    Water (0.3%)

    Mais Florestado, CE e

    Conteúdo iônico menores

    Desmatado, CE e

    conteúdo iônico

    Mais elevados

    P < 0.05

    Ballester et al., 2003; Krusche et al., 2005;

    Ballester et al., no prelo

  • Ca

    4 - 45

    46 - 90

    91 - 128

    K

    5 - 33

    34 - 66

    67 - 103

    Na

    6 - 45

    46 - 90

    91 - 140

    Mg

    3 - 30

    31 - 60

    61 - 94

    EC

    8 - 25

    26 - 50

    51 - 75

    Ballester et al., 2003; Krusche et

    al., 2005; Ballester et al., 2013

    Desmatamento: resultou na alteração do

    transporte de sedimentos, matéria orgânica e

    nutrientes associados para os rios

    Potássio

    Sódio

    Cálcio

    Magnésio Condutividade

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    0 20 40 60 80

    Co

    nce

    ntr

    ação

    (

    g/L

    )

    Área de pastagem (%)

    Na

    Ca

    Mg

    K

    Cl

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    0 20 40 60 80

    Co

    nce

    ntr

    ação

    (

    g/L

    )

    CE

    (

    Scm

    )

    Area de pastagem (%)

    CE COD PO4

  • Maiores concentrações de COD relacionadas com valores mais elevados de

    STS geradas que, por sua vez ocorrem nas áreas de pastagem

    concentração de carbono orgânico

    dissolvido em função do impacto do uso

    do solo

    Impacto Area % COD Min COD MAX

    Baixo 37 4 313

    Médio 16 170 399

    Alto 16 183 367

    Muito alto 32 296 423 Ballester et al., 2010

  • Concentrações de COD mais elevadas estavam relacionadas com os

    maiores valores de STS originados nas pastagens

    • solos mais compactados,

    • menor infiltração,

    • maior escoamento superficial

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    0 20 40 60 80

    CO

    D (

    mg

    /L)

    STS (mg/L)

    promove lixiviação das

    camadas superficiais,

    carreando mais COD para os

    rios

  • Floresta: maior infiltração nas camadas mais profundas do solo e

    interceptação pelo dossel

    Rios de 1ra ordem drenando

    pastagem apresentam fluxos de

    COD até 36 vezes maiores do que

    os que drenam floresta

    Gouveia Neto, 2006

    A vegetação desempenha um papel fundamental na composição das

    águas fluviais, particularmente dos teores de carbono trasportados para o

    interior dos canais

  • • Canal com vegetação aquática (paspallum sp)

    • Baixos teores de OD

    • Teores elevados de PO4-3 (liberação de óxidos

    de Fe e Al nos sedimentos)

    • Baixas concentrações de NO3- devido a um

    aporte menor da bacia, onde aumenta a

    desnitrificação

    • N limita a PP

    • Canal sem vegetação aquática

    • Sombreamento do dossel

    • Elevados teores de OD

    • Baixos teores de PO4-3 (complexação por Fe

    e Al em solos e sedimentos)

    • Elevados teores de NO3- originados na bacia

    de drenagem

    • P e luz limitam a PP

    Remoção da floresta e substituição por pasto

    (Thomas et al., 2004 )

    Efeito da substituição da floresta por pasto em rios de pequena ordem

  • Paspalum sp

    F

    P

    Conversão de floresta para pasto: crescimento no

    interior dos canais de Paspalum, valores de COD

    e taxas respiratórias mais elevados

    Krusche et al., 2005; Ballester et al., 2013

    DO

    C (

    mg

    .L-1

    )

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    Min-Max

    25%-75%

    Median value

    F

    P

    Re

    sp

    ira

    tio

    n R

    ate

    s (

    µM

    .h-1

    )0.1

    0.2

    0.3

    0.4

    0.5

    0.6

    Min-Max

    25%-75%

    Median value

    P

    F

  • Na bacia do Ji-Paraná: a vegetação C3 (13C de

    -28 a -34‰) foi susbtituída por plantas C4

    (principalmente por Braquiária, 13C de -11 a -

    14‰)

    -32

    -30

    -28

    -26

    -24

    -22

    -20

    -18

    -16

    -14

    -12

    0 5 10 15 20 25 30 35 40

    C:N

    1

    3C

    (‰

    )

    WetCSS

    WetFSS

    WetUDOM

    DryCSS

    DryFSS

    DryUDOM

    Tree leaves

    C4 - leavesPasture, 80years

    Pasture, 20 years

    Pasture, 7 to 13 years

    Pasture, 3 to 5 yearsAmazon coarse

    sediments

    Amazon Fine sediments

    Forest soil

    Mudanças no uso da

    terra relativamente

    recentes já

    modificaram a

    composição da

    MOD e MOP dos

    rios,

    Análise de componentes

    Legend

    Pasture areas

    13C

    -23.

    -22.

    -21

    -20

    -19

    Legend

    Pasture areas

    13C

    -23.

    -22.

    -21

    -20

    -19

    Pasture ages Model isotopic

    composition

    1978 1986

    1992 1996 2001

    Ballester et al., 2013

  • NO 3

    -

    CBOM

    2

    FBOM

    3

    Live grass

    53

    SPOM

    10

    STORAGE

    58%

    EXPORT

    21%

    Unknown

    21%

    STORAGE

    1%

    EXPORT

    67%

    NO 3

    -

    CBOM

    0

    FBOM

    0

    Leaf detritus

    1

    NH 4

    +

    59

    NO 3

    -

    8

    SPOM

    0.1

    Unknown

    32%

    NH 4 +

    100

    NH 4 +

    11

    NO 3

    -

    0

    NH 4

    +

    100

    Deegan et al., 2011

  • Comunidade de

    invertebrados

    No. de indivíduos /amostra

    Impactos na biodiversidade aquática

    • 35 espécies em 800 m

    de rio drenando

    floresta

    • 1 espécie em 500 m

    rio drenando pasto

    Ictiofauna

    Deegan et al., 2011; 2013

    Floresta Pasto

    Decapodos 2 0

    Efemenoptera 16 0

    Tricoptera 3 0

    Odonota 5 1

    Heteroptera 1 0

    Diptera 35 29

    Coleoptera 0 76

    Gastropodos 0 3

  • O que aprendemos em 10 anos?

    • Canal principal e sua planície:

    fluxos semelhantes

    • Principais diferenças: tributários e

    rios menores emitem o dobro do

    estimado inicialmente

    Consequências

    Emissão de CO2nos rios à montante

    de Óbidos, que cobrem ~ 70% da

    bacia Fluxo :

    0,5 0,8 Pg C ano-1

    0

    5 0

    1 00

    1 50

    2 00

    2 50

    C an alpr inc ipal

    Pl an íc ie deinundaç ão

    Tr ibu t ár io s(c anais +pl an íc ies )

    Rio s < 1 00 m

    2 01 3

    2 00 2

  • 37

    Este valor é 60% mais elevado que nossas estimativas anteriores

    Evassão fluvial: próxima à TLE Terrestres

  • papel dos rios no ciclo regional do carbono:

    • rios mobilizam e remineralizam um componente significativo do

    reservatório considerado como sequestrado nos solos

    • Papel fundamental dos rios no ciclo regional: realocam quantidades

    significativas do c sequestrado nos ecossistemas terrestres e

    transportam para a atmosfera

    • Mudanças no uso do solo podem resultar em perdas significativas de

    funções e serviços ecossistêmicos

  • OBRIGADA PELA ATENÇÃO