famÍlia na escola - diaadiaeducacao.pr.gov.br · que esta sendo ensinado contribuindo para á...

28
Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

Upload: doantuong

Post on 12-Dec-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013

Título: FAMÍLIA NA ESCOLA

Autor: GENI BONATTO ZAMPOLI

Disciplina/Área: PEDAGOGA

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO CASTELO BRANCO

Município da escola: SÃO MIGUEL DO IGUAÇU

Núcleo Regional de Educação: FOZ DO IGUAÇU

Professor Orientador: MARIA RITA SEFRIAN DE SOUZA PEINADO

Instituição de Ensino Superior: UNIOESTE – FOZ DO IGUAÇU

Relação Interdisciplinar:

Resumo:

(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

O PDE (programa de desenvolvimento educacional) tem como um dos objetivos a produção didática pedagógica de 2013, neste caso, direcionado às famílias dos 6º anos do ensino fundamental, a ser aplicado também aos professores e alunos da série respectiva. O caderno pedagógico foi elaborado com o intuito de desenvolver estratégias para mobilizar a participação da família na escola, superando os problemas relacionados ao processo ensino aprendizagem. O objetivo é proporcionar um espaço que possibilite identificar quais motivos dificultam a participação da família na escola, por meio de ações com a equipe pedagógica, com os professores e com os alunos. O caderno está dividido em unidades com abordagem centrada no tema específico contendo textos de fundamentação com as respectivas estratégias de ação e de atividades diversificadas como: textos informativos, filmes, questionários, palestras, mesa redonda. Em reuniões e debates pretende-se ampliar o conceito de participação dos pais no processo escolar e que despertem o interesse em relação ao que acontece na escola em que seu filho estuda e reforcem a importância do

que esta sendo ensinado contribuindo para á efetiva aprendizagem. Casa vez mais se tem consciência da importância da família para a formação do futuro da criança. É notário que nos dias atuais a escola reclama da ausência da família no acompanhamento da criança no seu desenvolvimento escolar, da presença constante na escola.

Palavras-chave: Família, escola, participação.

Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico

Público alvo: Pais, alunos e professores do 6º ano

Apresentação

Esta produção do caderno pedagógico tem a finalidade mobilizar as

famílias e a comunidade escolar para participem ativamente do processo de

ensino-aprendizagem.

Vivemos uma realidade em que a educação escolar pressupõe o

envolvimento da família nesse processo. A escola sozinha não educa e a

família sem escola não é capaz de proporcionar aos seus membros uma

educação que os qualifique como cidadãos capazes de conquistar seu espaço

na sociedade que vivemos. Entendendo, que algumas ações poderão contribuir

para o envolvimento maior da família na comunidade escolar, esse projeto visa

mobilizar os pais através de visitas nos seus lares, em reuniões para a

participação ativa na vida escolar dos filhos.

E não há legado maior para os pais, do que ver o crescimento dos seus

filhos, tornando-se cidadãos capazes, e com o conhecimento adquirido,

contribui com a sociedade na sua transformação.

Sabemos que cuidar, educar, encaminhar a escola são todas funções

importantes da família, porém atitudes simples, como conversar com os filhos,

acompanhá-los na realização do dever de casa, ir a escola para conversar

sobre a dificuldade do filho, podem influenciar substancialmente a vida escolar

dos alunos.

Segundo consta no estatuto da Criança e Adolescente (ECA) Capítulo IV

Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao

pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e

qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - direito de ser respeitado por seus educadores;

III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às

instâncias escolares superiores;

IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do

processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas

educacionais.

Tendo em vista o que está posto no Estatuto da Criança e do

Adolescente, para explicar a preocupação dos pedagogos e dos professores

com a ausência da família na escola, procuramos meios de investigar a

influência dos pais na educação dos filhos através do uso de questionários,

com o intuito de descobrir o que tanto aflige a equipe pedagógica e os

professores com essa ausência que vem acontecendo no ambiente escolar.

Para compreendermos alguns aspectos que influenciam nessa

interação entre escola e família, procurou-se elaborar questionários para

conhecer um pouco mais sobre as condições sócio econômicas das famílias

dos alunos dos sextos anos, o nível de instrução e a opinião que têm da escola

onde seus filhos estudam. Unindo ao papel da escola de estabelecer critérios

para cada vez mais receber os pais com carinho e afetividade.

A escola, na gestão democrática, trabalha com a participação como

proposta que oriente os caminhos que possam ser construídos e percorridos

pela comunidade escolar, juntamente com a família e com outros grupos que

apoiem o trabalho realizado por todos os envolvidos com o desenvolvimento

cognitivo, psicológico, afetivo do filho/aluno. A tarefa de mudar uma cultura leva

tempo, mas como dito anteriormente, ‘’participação é um processo’’, como

afirma Teixeira (2000):

Não obstante, é necessário delimitar o conceito de participação. Para isso, é fundamental na sua caracterização o elemento poder político, que não se confunde com autoridade nem com Estado, mas supõe uma relação em que atores, usando recursos disponíveis nos espaços públicos, fazendo valer seus interesses, aspirações e valores, construindo suas identidades, afirmando-se com sujeitos de direitos e obrigações (TEIXEIRA, 2000, p.37).

Essa participação deve ser vista como uma ampliação das

possibilidades na educação do filho/aluno, visível à criança com seus

problemas e potencialidades. Afinal, a escola é um lugar que possibilita novas

experiências, uma vivência social diferente daquela do grupo familiar, no

sentido, em que proporciona um universo de interações pessoais e ambientes

diferentes, capazes de provocar transformações no processo de aprendizagem

e desenvolvimento na formação do individuo.

As metodologias usadas são pautadas em atividades diversas, como a

realização de palestra, depoimento, filme que envolva diretamente a

participação dos alunos, dos pais, dos professores ressaltando a importância

da participação da família na escola, levando em consideração as

transformações pela qual a família passou até os dias de hoje.

Tradicionalmente, a família tem sido vista como parte fundamental do

êxito ou fracasso escolar. A busca de um equilíbrio entre família e escola de

fazer parte de trabalhos educativos tem como objetivo a formação do cidadão

consciente de seus direitos e deveres.

A escola também exerce uma função educativa junto com os pais

discutindo, informando, aconselhando encaminhando os mais diversos

assuntos, numa perspectiva conjunta de promover a educação.

Segundo a LDB de 1996, e educação passou a ser um direito da criança

assegurado legalmente conforme o artigo 205, da Constituição Federal (1988)

“a educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e

incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno

desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho”.

Heidrich (2009, 14) reconhece: Todos têm direito de aprender. A

educação deve visar ao pleno desenvolvimento da personalidade humana e

capacitar todos a participar efetivamente de uma sociedade livre. Assim as

crianças, os jovens devem ter seus direitos garantidos não só pela família, mas

pela sociedade e pelo Estado.

FAMÍLIA: DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM

A família é o primeiro grupo com o qual a pessoa convive e seus

membros são exemplos para a vida. É no lar, no seio da família, que começa a

ser formado o cidadão consciente de seus deveres e direitos. Pode-se definir

também família como um conjunto de pessoas que se unem pelo desejo de

estarem juntas, de construírem algo e de se complementarem.

Uma família tradicional é normalmente formada por um homem e uma

mulher, unidos por matrimônio ou união de fato; os filhos que vierem a existir

compõem uma família nuclear ou elementar. Ela é unida por múltiplos laços

capazes de manter os membros normalmente materialmente e reciprocamente

durante uma vida e durante as gerações.

Segundo Morgan (apud Yaegashi, 2007), a primeira etapa da família é a

família consanguínea. Nela os grupos conjugais classificam-se por gerações:

todos os avôs, e avós, nos limites da família são maridos e mulheres entre si; o

mesmo sucede com seus filhos, quer dizer, com os pais e mães; os filhos

destes, por sua vez, constituem o terceiro círculo de cônjuges comuns; e os

seus filhos, isto é, os bisnetos dos primeiros, o quarto circulo.

Exemplo típico de tal família seriam os descendentes de um casal, em

cada uma de cujas gerações sucessivas todos fossem entre si irmãos e irmãs

e, por isso mesmo, maridos e mulheres uns dos outros.

Entre os povos nômades, os pais saiam em busca de alimento e as

mães eram as responsáveis pelos filhos. Em cada sistema familiar houve a

preservação e o cuidado com a espécie humana. Primeiro apenas como

membro de um grupo e depois surge o afeto, a companhia a necessidade de

se proteger entre si.

Com a descoberta da agricultura, o homem torna-se sedentário e o

pai se faz presente se constitui em autoridade máxima da família. Na família

monogâmica a fidelidade conjugal dá o direto a reconhecimento dos filhos, os

bens são passados de geração para geração, a demarcação de território levou

a mudanças, pois o casamento deixa de ser apenas fidelidade, passa a ser

uma transição de troca.

Desde a Idade Média que a Igreja tenta determinar social, politica e

religiosamente a composição familiar, pois nela estão inseridos laços que vão

muito além de fidelidade ou bens.

Segundo Osório (1996 apud Yaegashi, 2007), a família pode ser um

tipo de unidade grupal, com o objetivo genético de preservar a espécie,

independente de seu formato, tendo como dinâmica a própria cultura que gera

o processo de socialização, a transmissão de ética e valores. Sendo que para

Orsi (2003 apud, Yaegashi, 2007), a família gera uma cultura própria que

determina as modificações e as construções sociais.

Nas décadas de 1980 e 1990, a compreensão do que significa a

família sofre alterações significativas isso por fatores como: a inserção da

mulher no mercado de trabalho, a globalização, os movimentos feministas e o

controle sobre a reprodução humana. Organizam-se assim novos formatos de

família, com novos conceitos de casamento e com a presença constante da

mãe como figura materna e paterna. É a família do século XXI. Segundo a

Yaegashi (2003), a forma de família que temos atualmente é uma extensão da

família preconizado pela modernidade e pelas diferentes formas culturais, na

qual se enfatiza o amor romântico e representando uma concepção

diferenciada da família tradicional e patriarcal pela redefinição de valores e

papéis e pela nova forma de poderes.

Para Osório (1996 apud Yaegashi, 2007), a família é uma instituição

de extrema importância, tendo como função principal assegurar a reprodução

da espécie e a sobrevivência da mesma, oferecer afeto, transmitir cultura,

preparando os filhos para exercer a cidadania. Pais presentes nas

necessidades dos filhos com atitudes e exemplos, fatores importante para a

socialização humana.

Para Soifer (1983apud Yaegashi, 2007), o principal objetivo da família

é a defesa da vida, enquanto que para Aclserman (1986 apud Yaegashi,

2007),) a estabilidade familiar está no padrão de equilíbrio e intercâmbio

emocional. Orsi (2003 apud Yaegashi, 2007), se refere à família como ponto

inicial do sujeito, de onde se extrai sua individualidade e seu lugar no mundo.

Entende-se que instituição familiar organiza-se conforme cada época,

mostrando comportamentos diferenciados na história. Seres humanos viveram

em comunidades compartilhando o conhecimento essencial para a

sobrevivência dos indivíduos na família. Com as mudanças sociais,

econômicas políticas e religiosas, com o passar do tempo houve o aumento da

população, com ela o início das grandes obras. O conhecimento deixou de ser

compartilhado pela comunidade e passou a ser privilégio de algumas famílias.

O poder de planejar e de decidir a vida da comunidade começa a se tornar

prioridade de poucos. Mudanças sociais tornam-se mais acentuadas e a

procura por um lugar na sociedade.

A mãe passa a trabalhar fora para ajudar na economia doméstica e

proporcionar maior conforto a sua família. A tecnologia passa a fazer parte da

vida familiar, os filhos agora voltam a atenção para a comunicação falada e

principalmente a imagem que impressiona e causa uma falsa sensação de

felicidade. A influência da nova dinâmica familiar para o infanto-juvenil é um

dos fatores determinantes.

Soifer, (1983 apud Yaegashi, 2007),) aponta vários transtornos, entre

eles a timidez, a explosão de raiva, a mentira, os furtos, condutas antissociais,

atraso na aquisição da linguagem, transtornos do sono, transtorno alimentar e

transtorno da aprendizagem. Entre outras, essa são consequências das

mudanças ocorridas na estrutura familiar e que a criança não consegue

administrá-las, como exemplo a separação dos pais, os fracassos econômicos,

a falta de atenção dos pais, são fatores que refletem diretamente na vida da

criança.

Yaegashi (2007) explica que existem ainda os transtornos psicológicos

advindos de tratamentos que não atendem as necessidades básicas: respeito

entre os pais; pais sem expectativas de vida; a violência tanto na família quanto

na sociedade, os pais vivem o stress do trabalho, da insegurança e até mesmo

da ambição e da conquista de poder social que refletem no ambiente escolar. A

dificuldade de sociabilidade e a dificuldade de compreensão causam o

transtorno na aprendizagem.

Pais, professores e equipe pedagógica em sintonia podem detectar se

há transtornos familiares ou se o professor deve mudar a sua estratégia

pedagógica. O pedagogo desempenha um importante papel como mediador

entre as partes, sem, contudo, colocar o peso da responsabilidade em

nenhuma e sim das partes procurar conhecer, compreender e auxiliar.

Quando o aluno apresenta problemas de comportamento e

aprendizagem a escola é afetada e procura logo achar um culpado que,

geralmente, é o próprio aluno. Aí este aluno passa por mudanças de turmas,

horários, recuperações ou até a transferência para outra escola, muda-se o

problema de lugar, apenas tentativas fracassadas. As dificuldades só tendem a

crescer, e vêm as dificuldades do sistema educacional e familiar.

A formação pedagógica precisa ter um olhar bem além dos problemas

corriqueiros e ser um pedagogo que busca a fundo estabelecer um elo entre

escola, alunos e pais. Faz-se necessário a compreensão do que é ética,

valores morais, ser imparcial e profissional no papel que lhe cabe. Ser

dinâmico, prezar pelo diálogo, tornar um ambiente escolar de aprendizagem e

confiança entre todo o corpo docente, pais e alunos.

É no lar, no seio da família que começa a ser formado o cidadão

consciente de seus deveres e direitos.

Segundo Platão, a educação visa aprimorar a juventude e preparar o

homem para atingir o ideal da cidadania, apresentando-lhes seus deveres e

direitos, ensinando-os a obedecer e a mandar.

Conclui-se que, a instituição familiar passou e passa por mudanças e

que com erros e acertos a família e a escola devem andar juntas em busca do

mesmo objetivo: formar cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres.

Seguem as atividades propostas nesse caderno pedagógico para o

desenvolvimento do projeto: Família e Escola: Fatores que interferem nesta

relação

ATIVIDADE 1 – 2 aulas

Apresentação do projeto na semana Pedagógica

Objetivo: apresentar e debater com os professores do Colégio Estadual

do Campo Castelo Branco, no município de São Miguel do Iguaçu, PR, sobre o

projeto PDE que será desenvolvido com os alunos, pais e professores,

ressaltando a importância da participação da família na escola, o empenho

escolar dos pais junto a seus filhos, bem como o trabalho dos professores junto

aos educandos.

Apresentação e debate com a direção, equipe pedagógica, corpo

docente e agentes Educacionais 1 e 2 sobre o projeto PDE Família e Escola:

Fatores que interferem nesta relação, expondo a justificativa, os objetivos e

as atividade que serão realizadas no 1º semestre de 2014.

A implementação do projeto justifica-se pelo fato de que atualmente,

discute-se tanto assuntos como falta de limites, desrespeito em sala de aula,

quanto desmotivação dos alunos. Observam-se professores cansados e muitas

vezes, doentes física e mentalmente. Alguns sentimentos de impotência e

frustração estão presentes na vida escolar, por essa razão, dentro das escolas

as discussões que procuram compreender esse quadro tão complexo e muitas

vezes, caótico, no qual a educação se encontra mergulhada, são cada vez

mais frequentes. Professores debatem formas de tentar superar todas essas

dificuldades e conflitos, pois percebem que se nada for feito, em breve não se

conseguirá mais ensinar.

Cada vez mais se tem consciência da importância da família para a

formação da criança. Embora muitos proclamem a sua falência, sabemos que

ela não só é necessária, mas ela está entrando em sua fase áurea, pois será a

promotora do desenvolvimento pessoal, isto é, a família deve ser uma força

viva da sociedade, transformando essa sociedade em “comunidade de amor”.

Do outro lado a escola, vista como uma instituição de ensino seja ela

pública ou privada, que tem como intuito de repassar o conhecimento científico

aos alunos, que desde pequenos já são encaminhados a ela, se depara com

uma realidade para a qual ela não se encontra preparada, a rebeldia e a

violência dos alunos, que forçados a virem para a escola, já não conseguem

mais encontrar um sentido para o estudo.

Essa relação, um tanto quanto conflituosa nos dias atuais, vem apontar

uma nova abordagem para a questão do ensino nas escolas, pois a criança

não está preparada para compreender o papel da escola em suas vidas e os

valores que resgatam a importância do estudo ficam, muitas vezes, relegadas

ao esquecimento pela instituição família.

Perante isto, faz-se necessário que os estudos para compreender a

relação família e escola aconteçam e que essas instituições se unam para o

fortalecimento e a qualidade da educação das suas crianças e adolescentes,

cumprindo com o papel social frente ao ato de educar para uma convivência

social mais humana, mais harmoniosa e menos violenta, visando seres

humanos capazes e atuantes convivendo, de fato, numa sociedade mais justa

e fraterna.

Para tanto, estabeleceu-se como objetivo geral analisar algumas

situações familiares que interferem na integração família e escola e quais são

as dificuldades enfrentadas para que haja essa integração, a qual propicia

condições para o processo de ensino-aprendizagem.

E como objetivos Específicos: compreender a organização da família em

diferentes períodos e nas diferentes sociedades; compreender o papel da

família e da escola no desempenho escolar do aluno; buscar a qualidade do

ensino em conjunto com a família; integrar a família com a escola visando

estabelecer ajuda mútua.

ATIVIDADE 2 – 2 horas aula

Reunião com os pais dos alunos dos 6ºs anos.

Objetivo: Apresentar para os pais o projeto PDE que será implementado

durante o 1º semestre de 2014 no Colégio Estadual do Campo Castelo Branco.

Desenvolvimento: Apresentação do Projeto Família e Escola: Fatores

que afetam esta relação. Através do uso de Slides e conversação com as

famílias dos alunos expondo de que forma será realizada cada uma das

atividades desenvolvidas e conversação ressaltando que as experiências e

sentimentos do relacionamento cotidiano familiar são de grande influência no

comportamento da criança.

Exemplos de atividades

1º Preenchimento e devolução do questionário para os pais.

Perguntas aos pais:

1- Quando convidado, você participa das reuniões na escola de seu

filho(a)?

( ) sim ( ) não ( ) as vezes

2- Para você, quais são as responsabilidades da família na educação dos

seus filhos?

( ) Cuidar/Educar ( ) Acompanhar desenvolvimento ( ) mandar à escola ( )

outras funções.

3- Em sua opinião, qual a função da escola?

( ) cuidar das crianças/adolescente/jovens ( ) Ensinar a ler, escrever e fazer

cálculos ( ) Ensinar a conviver com as outras pessoas ( ) Preparar para o

vestibular.

4- Você vai a escola com freqüência?

( ) sim ( ) não

5- Como você avalia o dialogo entre a escola e a família?

( ) Boas ( ) Regular ( ) Ruim

6- Como você tem acompanhado o estudo de seu filho (a)?

( )não tenho tempo para acompanhar ( )não tenho paciência ( )ajudo estudar

as lições ( )vou as reuniões bimestrais ( ) outros

7- Você considera que a sua participação junto à escola pode melhorar o

desempenho de seu filho (a) na escola?

( )sim acredito ( ) só comportamento ( )talvez ( ) não

ATIVIDADE 3 – 4 aulas

Participação dos pais no encontro em que haverá uma Mesa redonda:

Relatos de histórias de vida de algumas famílias, com a participação da

professora orientadora: Maria Rita Sefrian de Souza Peinado.

-Objetivos:

Analisar a formação e a transformação das famílias durante diversos

períodos da história.

Demonstrar através da fala de um pai, a importância do estudo e da

participação da família no dia-dia escolar.

-Motivar os pais a participarem da vida escolar dos filhos.

Problematização

O que gostariam de saber mais sobre as famílias em outras épocas e

sociedades?

Em todas as comunidades as famílias se organizam da mesma

maneira?

Esta organização sempre foi assim?

Como estão organizadas as famílias hoje?

Que ações dos pais podem incentivar os filhos?

Dimensões do conteúdo

Conceitual:

Qual a diferença que vemos nas famílias de hoje?

Histórica

Como eram constituídas as famílias no inicio da colonização Brasileira?

E como estão constituídas hoje?

Econômica

Quanto custa manter o básico para sustento de uma família?

Social

Pelo fato da mãe trabalhar fora, para ajudar no sustento da casa, quais

influências a família sofre?

Instrumentalização

Mesa redonda: Relatos de histórias de vida de algumas famílias e

debate sobre a formação da família no decorrer da história com a participação

da professora Maria Rita Sefrian de Souza Peinado, da Unioeste de Foz do

Iguaçu.

Catarse: relato dos participantes sobre o que entenderam do trabalho

proposto.

-Atualmente como estão organizadas as famílias?

-De que forma você contribui com a vida escolar dos seus filhos?

-Qual a participação da família na escola?

-Pratica Social final

Intenções dos Pais: espera-se que os pais tomem consciência de

importância da participação na vida escolar dos filhos.

Ações dos Pais: assiduidade na participação das reuniões que forem

convidados.

ATIVIDADE 4 – 4 aulas

Filme com os pais – Filme: “Um sonho possível”.

Objetivo: Analisar junto aos pais a vida escolar dos seus filhos por meio

do filme.

Conscientizar os pais da importância do apoio que podem dar aos filhos

quanto às tarefas diárias.

Estimular a participação dos pais nas reuniões escolares.

O filme conta a historia de Michael Other (Quinton Aoron), um jovem

negro vindo de um lar destruído, que é ajudado por uma família branca,

liderada por Leigh Anne (Sandra Bullock) que acredita em seu potencial. Com a

ajuda do treinador de futebol, de sua escola e de sua nova família, Oher terá de

superar diversos desafios a sua frente, o que também mudará a vida de todos

a sua volta.

No desenvolvimento do diálogo com os pais sobre o filme, a ênfase é na

atitude de acompanhamento que a nova família tem com Michael na vida

escolar, no acompanhamento da mãe e da família nos treinos de futebol

americano, ou seja, na vida esportiva do novo filho, bem como na vida social.

Prática Social Inicial:

Você acompanha seu filho nas tarefas escolares?

Participa das reuniões da escola quando convidado?

Problematização:

Que atitudes os novos pais de Michael tiveram diante do desempenho

escolar do novo filho?

Que atitudes temos diante das dificuldades dos nossos filhos?

Incentivamos ou brigamos?

Acompanhamos ou deixamos de lado?

Participamos com atenção?

Buscamos ajuda especializada quando necessária?

Instrumentalização:

Filme “Um Sonho Possível” e discussão pertinente ao interesse dos pais.

Catarse:

Verificar através de diálogo com os pais sobre o que compreenderam e

colocarão em prática no seu dia-a-dia referente à participação na vida escolar

dos filhos.

Prática Social Final:

Incentivo na execução das tarefas escolares.

Proporcionar um ambiente adequado para a realização das tarefas

escolares, de modo que os filhos adquiram o hábito de estudar em casa.

ATIVIDADE 5 – 4 aulas

Objetivo: Verificar e analisar a participação da família durante as lições de

casa, na visão do aluno.

Problematização

1- Você aluno tem em seu lar, um lugar adequado para fazer suas tarefas

diárias?

2- Seus pais, avós, outros ... ajudam ou colaboram na realização das

tarefas escolares ?

3- Na sua casa, você tem acesso a internet para fazer pesquisa, fazer

trabalhos, quando tem tarefas de casa?

Dimensões do conteúdo

Conceitual:

Qual a importância, na sua opinião, das tarefas de casa?

Histórica - A partir do momento que você iniciou suas atividades de estudante,

no ensino fundamental sua família acompanha e estimula seus estudos?

Dimensão econômica

Na sua opinião, as tarefas escolares influenciam no orçamento doméstico,

quando é preciso fazer pesquisa, maquete, ou outros.

Social: Quais pessoas de sua família auxiliam no desempenho das tarefas

escolares?

Instrumentalização

Aplicação do questionário.

Palestra do pai de um dos alunos dos 6º anos para conversar e os benefícios

que os estudos lhe proporcionaram e do apoio familiar.

Catarse: Redigir um texto mostrando a importância de se fazer as atividades

escolares no cotidiano escolar.

Prática final social: Intenção dos alunos.

A necessidade de se tomar consciência da importância quanto a realização das

tarefas de casa, bem como do apoio familiar.

Ações dos alunos: Realização das tarefas escolares e responder ao

questionário:

1- Você recebe em casa apoio e/ou incentivo, dos seus pais, para realizar

as tarefas escolares?

( )sim ( ) não

2- Nas reuniões de pais que a escola convoca, seus pais participam?

( ) sim ( ) não

3- Na sua casa, você tem acesso a internet para fazer pesquisa, fazer

trabalhos quando tem tarefas de casa?

( ) sim ( ) não

4- Na sua sala de aula, a relação professor x aluno é bom?

( ) sim ( ) não

5- Você e seus pais, conversam bastante em casa?

( ) sim ( ) não

ATIVIDADE 6 – 4 aulas

Filme com os alunos: “Um sonho possível”.

Objetivos:

Discutir com os alunos sobre o esforço de Michael para alcançar o

objetivo no treinamento esportivo, bem como nos estudos.

Conscientizar os alunos sobre a necessidade de assumir a

responsabilidade nas atividades escolares.

Promover a conscientização crítico-social dos alunos dos sextos anos

como forma de mudança da realidade, tornando-os cidadãos atuantes na

sociedade.

Assistir ao filme: “Um Sonho Possível” e encaminhar o diálogo com os

alunos sobre a atitude de Michael diante dos desafios.

Prática Social Inicial:

Que atitude você toma diante de situações desafiadoras?

Problematização:

Quais atitudes seriam adequadas diante de situações difíceis? Michael

defendeu o irmão caçula no acidente de carro.

Instrumentalização:

Filme “Um Sonho Possível” e discussão pertinente ao interesse dos

alunos.

Catarse:

Produção dos alunos de uma encenação sobre a realização das tarefas

escolares.

Antes e depois, as condições apropriadas para a realização das tarefas

escolares.

Prática Social Final:

Assiduidade na execução das tarefas escolares.

Procurar leituras complementares para desenvolver o hábito de estudar

em casa.

ATIVIDADE 7 – 4 aulas

Objetivo: verificar junto aos professores a realização das atividades de casa,

bem como a participação dos pais nas tarefas.

Problematização: Professor, você tem acompanhado se o seu aluno recebe

apoio da família nas tarefas escolares?

Você professor, percebe a diferença do aluno que em casa, tem

acompanhamento, daquele que não tem?

Dimensão do conteúdo:

Conceitual:

Qual a importância de se fazer as tarefas em casa?

Histórica – Você professor, quando era estudante, sua família o estimulou para

estudar, mostrando também a importância dos estudos para a vida das

pessoas?

Dimensão econômica: As tarefas passadas aos seus alunos dão custos ás

famílias?

Social: Professor, você tem procurado conhecer as condições sociais do seu

aluno, ao propor tarefas mais elaboradas?

Instrumentalização – Mesa redonda com os professores, sobre o projeto de

intervenção pedagógica.

Catarse: Construir uma linha de ação para trabalhar com os alunos dos 6º

anos.

Prática social final: intenção dos professores.

Espera-se que os professores coloquem em prática a linha de ação construída

com os alunos, visando a qualidade do ensino aprendizagem.

Ações dos professores: Aplicação da linha de ação e responder o questionário.

1- A escola na qual você trabalha costuma convocar regularmente os pais

para as reuniões e promover a integração escola x comunidade?

( ) sim ( ) não

2- Os pais de seus alunos comparecem na escola todas as vezes que são

convocados para as reuniões ?

( ) sim ( ) não

3- Na sua opinião há diferença na aprendizagem dos alunos cuja a família

comparece regularmente na escola ?

4- Você considera importante estar na pauta das reuniões temas como:

desempenho escolar, (aprovação, repetência e evasão) ?

5- O comportamento apático de um aluno(a) no cotidiano escola, pode ser

consequência dos problemas familiares ?

( ) sim ( ) não

ATIVIDADE 8 – 4 aulas

Objetivos:

Assistir com os professores o filme: “Um sonho possível”.

Analisar com os professores dos sextos anos a metodologia de trabalho

dos professores do colégio, do treinador de futebol-americano e da professora

contratada, apresentadas no filme.

Como os professores do colégio fizeram para adequar a avaliação ao

novo aluno que se sentia um estranho no ambiente escolar?

O esforço do treinador de Michael para alcançar o resultado, no caso, a

vitória nos jogos.

E ainda, o trabalho da professora particular, juntamente com o esforço

de Michael para alcançar o objetivo de ter notas suficientes para ingressar na

Universidade que ele queria.

Discutir sobre as avaliações, tendo o cuidado de rever as estratégias de

ensino e da própria avaliação, quando necessário.

Todos esses aspectos demonstram que a ação coletiva escola, família e

aluno tem possibilidade de atingir os objetivos traçados pela comunidade

escolar.

Prática Social Inicial:

Que atitude você toma diante de situações desafiadoras?

Problematização:

Que atitudes adequadas os professores podem ter diante de situações

diferentes, de alunos que não se adaptam à rotina escolar?

Instrumentalização:

Filme “Um Sonho Possível” e discussão pertinente ao interesse dos

professores.

Catarse:

Síntese sobre a importância de conhecer métodos diferentes que se

tornem instrumentos para avaliar de maneiras diferentes o aprendizado dos

alunos.

Prática Social Final:

Atribuir a execução das tarefas escolares para os alunos realizarem em

casa.

Sugerir leituras complementares para desenvolver o hábito de estudar

em casa.

ATIVIDADE 9 – 2 aulas

Objetivo: Avaliar a participação dos pais, alunos e professores nas atividades,

bem como os resultados apresentados pelos alunos, cujos pais tiveram maior

participação nas atividades do projeto.

Desenvolvimento: a avaliação será realizada em cada encontro, seja ele com

pais, alunos ou professores, analisando em conjunto como estão sendo

desenvolvidas cada uma das atividades.

Cronograma

Para organizar melhor o trabalho, pretendemos cumprir o seguinte

cronograma. Ressaltamos, porém que o mesmo apresenta uma característica

flexível, podendo ser alterado de acordo com o desenvolvimento do trabalho.

Fev.

Ma

r

Ab

Ma

i

Ju

n.

Ju

l

Ag

o

Se

t.

Ou

t.

Nov.

Dez

1ªS

/14

14

20

14

2ªS

/14

Definição do tema e

apresentação da

intenção de pesquisa ao

orientador

X

Estudo do referencial

teórico

X X X X X X X X X X X

Apresentação da

intenção de pesquisa ao

colégio

X

Participação dos

encontros na Unioeste

Cascavel e Foz.

X X X X X

Elaboração do projeto de

intervenção pedagógica

X X X X X X

Elaboração da Produção

Didático-pedagógica

X X X X X

Implementação da

Produção Didático-

pedagógica na escola

X

Elaboração do trabalho

final do PDE

X

REFERÊNCIAS

CAMPOS, Alexandra R. Família e escola: um olhar histórico sobre as origens dessa relação no contexto educacional brasileiro. Disponível em: <http://www.ufsj.edu.br/portal2-Campos.pdf > Acesso em 20 de junho de 2013. BRASIL, Constituição Federal. 1988. BRASIL, Estatuto da criança e do adolescente – ECA. Brasília, Distrito Federal: Senado 1990. BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases Da Educação Nacional. Brasília, 1996. PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública. 3 ed. São Paulo: Editora Ática: 2000. ENGUITA, Mariano Fernández. Do lar à fábrica, passando pela sala de aula: A gênese da escola de massas. A face oculta da escola: educação e trabalho no capitalismo. Traduzido por Tomaz Tadeu da Silva. Porto Alegre: Artes médicas, 1989. GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2003. GASPARIN, João Luiz. Esquema de projeto de trabalho docente-discente na perspectiva histórico-crítica. In: ALTOÉ, Anair ET AL. (Org.) Didática: Processos de trabalho em salas de aula. Maringá: Eduem, 2005. YAEGASHI, Solange Franci Raimundo. Família, desenvolvimento e aprendizagem: um olhar psicopedagógico. In: Infâncias e práticas educativas. Elaine Rodrigues e Sheila Maria Rosin (org.). Maringá: Eduem, 2007.