falando em filosofia; falando em doutrina

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Falando em filosofia; falando doutrina Pedro Francisco de Moraes Me. Em Teologia A corporeidade em Platão: O homem como ser corpóreo e espiritual, O homem é corpo e espírito (alma). Sêneca entende por soma a corporeidade e por psychêa alma, traduzida para o latim como animus. Como Platão e, antes, os órficos e os pitagóricos, Sêneca proclama uma antropologia dualista, em que o corpo é prisão da alma. ), o corpo como sepultura da alma. O orfismo: trata-se de uma tradição filosófico-religiosa originária do séc. VII a. C.. na Grécia antiga, inspirada na figura mítica de Orfeu, famoso por seus poemas e canções. A seita dos iniciados nos Mistérios de Elêusis foi a principal representante do orfismo, tendo seus ensinamentos sobre a criação do mundo, a reencarnação e a natureza da alma influenciando filósofos como Pitágoras e Platão. O pitagorismo, fundado por Pitágoras, na colônia grega de Crotona, no sul da Itália, tendo grande influência em toda a antiguidade. O pitagorismo divide-se em duas tendências: uma semi-religiosa de caráter mais mítico e espiritualista, desenvolvendo uma concepção de reencarnação da alma, caracterizando-se por considerar o número como representando toda a realidade, que seria, em essência, matemática.Por extensão, denomina-se “pitagorismo” toda concepção que atribui papel central à matemática no conhecimento do mundo natural e do universo em geral. Consoante com este pensamento, em 1803, nasce na França, Hippolyte-Léon Rivail. (Allan Kardec), que traz como missão, decodificar o Espiritismo, para a compreensão dos povos. Ele é conhecido como o apóstolo do espiritismo. Sua missão, é de capital importância para o estabelecimento dessa doutrina que surge em meio a um período obscurecido da história, pois neste interim, a Europa está ainda sacudindo suas vestes para livrar-se da poeira rançosa do medievo, onde falar em teorias espíritas era deveras um grande risco. A pouco era superada as marcas deixadas pelas doutrinas Órfico-Pitagóricas, sem deixar de lado o problema do maniqueísmo difundido nas entranhas do cristianismo nas suas origens, tais pregações de núcleos bem constituídos, levara a adesão de grandes sábios como Agostinho de Hipona, que logo se dera conta do simplismo conduto entre as forças do bem e do mal, e então abandona essa... Allan Kardec, com a orientação dos espíritos, traça uma nova leitura para a vida cíclica de Platão, agora, aquelas teorias da lei do eterno retorno, traduzidas antes como sendo o corpo a sepultura da alma, ganha um novo sentido, agora o ciclo de reencarnação, ocorrerá até que o Espírito alcance o seu melhoramento como criatura amada de Deus, ou seja, a esperança da virtude teologal, baseada na fé esperança e caridade, se dará nos tratamentos e ensinamentos, aqui na terra e nas outras esferas onde este Espirito esteja cumprindo sua missão peregrina rumo a Pátria Celeste, a casa para onde todos esperam voltar...

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Falando em filosofia; falando doutrina

Pedro Francisco de Moraes

Me. Em Teologia

A corporeidade em Platão:

O homem como ser corpóreo e espiritual,

O homem é corpo e espírito (alma). Sêneca entende por soma a corporeidade e por psychêa alma,

traduzida para o latim como animus. Como Platão e, antes, os órficos e os pitagóricos, Sêneca proclama uma

antropologia dualista, em que o corpo é prisão da

alma.), o corpo como sepultura da alma.

O orfismo: trata-se de uma tradição filosófico-religiosa originária do séc. VII a. C.. na Grécia antiga,

inspirada na figura mítica de Orfeu, famoso por seus poemas e canções. A seita dos iniciados nos Mistérios de

Elêusis foi a principal representante do orfismo, tendo seus ensinamentos sobre a criação do mundo, a

reencarnação e a natureza da alma influenciando filósofos como Pitágoras e Platão.

O pitagorismo, fundado por Pitágoras, na colônia grega de Crotona, no sul da Itália, tendo grande

influência em toda a antiguidade. O pitagorismo divide-se em duas tendências: uma semi-religiosa de caráter

mais mítico e espiritualista, desenvolvendo uma concepção de reencarnação da alma,

caracterizando-se por considerar o número como representando toda a realidade, que seria, em essência,

matemática.Por extensão, denomina-se “pitagorismo” toda concepção que atribui papel central à matemática no

conhecimento do mundo natural e do universo em geral.

Consoante com este pensamento, em 1803, nasce na França, Hippolyte-Léon Rivail. (Allan Kardec), que

traz como missão, decodificar o Espiritismo, para a compreensão dos povos. Ele é conhecido como o apóstolo

do espiritismo.

Sua missão, é de capital importância para o estabelecimento dessa doutrina que surge em meio a um

período obscurecido da história, pois neste interim, a Europa está ainda sacudindo suas vestes para livrar-se da

poeira rançosa do medievo, onde falar em teorias espíritas era deveras um grande risco.

A pouco era superada as marcas deixadas pelas doutrinas Órfico-Pitagóricas, sem deixar de lado o

problema do maniqueísmo difundido nas entranhas do cristianismo nas suas origens, tais pregações de núcleos

bem constituídos, levara a adesão de grandes sábios como Agostinho de Hipona, que logo se dera conta do

simplismo conduto entre as forças do bem e do mal, e então abandona essa...

Allan Kardec, com a orientação dos espíritos, traça uma nova leitura para a vida cíclica de Platão, agora,

aquelas teorias da lei do eterno retorno, traduzidas antes como sendo o corpo a sepultura da alma, ganha um

novo sentido, agora o ciclo de reencarnação, ocorrerá até que o Espírito alcance o seu melhoramento como

criatura amada de Deus, ou seja, a esperança da virtude teologal, baseada na fé esperança e caridade, se dará

nos tratamentos e ensinamentos, aqui na terra e nas outras esferas onde este Espirito esteja cumprindo sua

missão peregrina rumo a Pátria Celeste, a casa para onde todos esperam voltar...