faculdade tecsoma curso de graduação em enfermagem · ainda que alguns casos possam ser...

93
FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem CONHECIMENTO DAS GESTANTES ASSISTIDAS PELA CLÍNICA DA MULHER DE PARACATU/MG EM RELAÇÃO AO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO Alline Barbosa de Brito Paracatu 2010

Upload: duongque

Post on 26-Nov-2018

226 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem

CONHECIMENTO DAS GESTANTES ASSISTIDAS PELA CLÍNICA DA MULHER DE PARACATU/MG EM RELAÇÃO AO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO

Alline Barbosa de Brito

Paracatu 2010

Page 2: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

Alline Barbosa de Brito

CONHECIMENTO DAS GESTANTES ASSISTIDAS PELA CLÍNICA DA MULHER DE PARACATU/MG EM RELAÇÃO AO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO

Monografia apresentada à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II, ministrada pelo professor Geraldo Benedito Batista de Oliveira como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Orientadora Temática: MSc. Rosalba Cassuci Arantes

Paracatu 2010

Page 3: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

BRITO, Alline Barbosa de, 1988-

Conhecimento das gestantes assistidas pela clínica da mulher em relação ao pré-natal de alto risco / Alline Barbosa de Brito. - 2010.

90 f. : Il. color.

Orientadora: MSc. Rosalba Cassuci Arantes. Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Faculdade Tecsoma. Curso de Enfermagem,

2010. 1. Pré-natal de alto risco. 2. Doenças Obstétricas. 3. Educação em Saúde. I. Arantes, Rosalba

Cassuci. II. Faculdade Tecsoma. Curso de Enfermagem. III. Título.

CDU: 618.3

Page 4: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

Alline Barbosa de Brito

CONHECIMENTO DAS GESTANTES ASSISTIDAS PELA CLÍNICA DA MULHER

EM RELAÇÃO AO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO

Monografia apresentada à disciplina de

Trabalho de Conclusão de Curso II, do

Curso de Graduação em Enfermagem da

Faculdade Tecsoma.

_______________________________________________

Rosalba Cassuci Arantes - FATEC Orientadora Temática

_______________________________________________

Geraldo Benedito Batista de Oliveira - FATEC Orientador Metodológico

Paracatu, 18 de Junho de 2010.

Page 5: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

Dedico este trabalho aos meus pais, por não medirem

esforços para realizar todos os meus sonhos.

Page 6: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por me dar saúde e força para encarar os desafios da

vida.

Aos meus pais Maura e Ataides pelo exemplo, educação, amor e princípios

de caráter que me fizeram crescer com retidão e honestidade.

A minha irmã Thais companheira de sempre.

Ao meu namorado Daniel por sua paciência, compreensão e carinho durante

o desenvolvimento deste trabalho.

A todos os meus amigos e familiares que demonstraram apoio e incentivo nas

minhas decisões.

À minha orientadora, Rosalba Cassuci, pela dedicação demonstrada durante

as orientações, sempre mostrando o caminho correto para a elaboração deste

trabalho.

Ao professor Geraldo pela ajuda e disponibilidade.

Agradeço também aos demais professores, que com a arte de lecionar, com o

carinho e a atenção constante, muitas vezes com nobres gestos como incluir frases

e poesias junto com as tarefas, me deram inspiração e incentivo para a conclusão

deste trabalho.

Aos colegas de curso pela aprendizagem coletiva, cooperativa e colaborativa.

Destes, em especial agradeço a Renata Santos por sempre se mostrar disponível e

atenciosa.

E a todos que de forma direta ou indireta contribuíram para a concretização

desta grande realização pessoal e profissional.

Page 7: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

“Só existem dois dias no ano em que nada pode

ser feito. Um se chama ONTEM e o outro

AMANHÃ. Portanto, HOJE é o dia certo para amar,

acreditar, fazer, e, principalmente, viver.”

Dalai Lama

Page 8: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

RESUMO

Este estudo teve como objetivo, identificar o conhecimento das gestantes assistidas

pela Clínica da mulher e da criança em relação ao pré-natal de alto risco. Tratou-se

de um estudo quantitativo do tipo exploratório, de natureza descritiva. A coleta de

dados foi realizada no mês de maio de 2010, através de formulários aplicados pela

pesquisadora nos domicílios das entrevistadas. A amostra foi composta por cinco

gestantes de alto risco, assistidas pela Clínica da mulher e da criança de

Paracatu/MG. Através da realização deste estudo foi possível identificar o perfil

sociodemográfico, onde, a maioria das entrevistadas encontra-se na faixa etária de

31 a 35 anos, possuem baixa escolaridade, renda mensal acima de 1 salário mínimo

e são casadas. Em relação aos antecedentes obstétricos as entrevistadas

informaram até três filhos, destas 60% relataram que a gestação foi a termo e o

restante são primígestas. Quanto à história atual da gestação o universo total das

entrevistadas referiu como complicação do risco gestacional a Doença Hipertensiva

Específica da Gestação, sendo que a maioria desenvolveu a patologia no 1°

trimestre da gestação. Em relação às ações educativas/ informativas por parte dos

profissionais de saúde sobre a patologia, sinais e sintomas, complicações e

condutas para amenizá-los as entrevistadas informaram terem recebido tais

informações e possuírem tais conhecimentos. Em relação aos fatores

sociodemográficos e aos antecedentes obstétricos foi possível concluir que alguns

contribuem, outros dificultam a condução da gestação de alto risco. Quanto à

assistência pré-natal prestada, esta está sendo desenvolvida de forma integral, onde

estão sendo oferecidas atividades assistenciais e educativas, contribuindo assim

para a melhoria da qualidade de vida do binômio mãe/filho e conseqüentemente dos

indicadores de saúde.

Palavras-chave: Pré-natal de alto risco. Doenças Obstétricas. Educação em Saúde

Page 9: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

ABSTRACT

This study aimed to identify the knowledge of pregnant women attended the clinic the

woman and child in relation to prenatal high risk. This was a quantitative study is an

exploratory, descriptive in nature. Data collection was performed in May 2010, using

forms used by the researcher in the homes of interviewees. The sample was

composed of five high-risk pregnant women were enrolled in the Clinic of women and

children Paracatu / MG. Through this study it was possible to identify the

sociodemographic profile, where most subjects is in the age group 31-35 years, have

low education, monthly income above a minimum wage and are married. In relation to

obstetric interviewees reported to three children, of these 60% reported that

pregnancy was full term and the remainder are primiparous. As for the current history

of pregnancy the total universe of the women had complications like gestational risk

PE, most of which developed the disease in the 1st trimester of pregnancy. Regarding

educational / informational part of health professionals on the pathology, signs and

symptoms, complications and pipelines to mitigate them women interviewed reported

having received such information and have such knowledge. In relation to

sociodemographic and obstetric history was possible to conclude that some help,

others hinder the conduct of high-risk pregnancy. As for prenatal care provided, this is

being developed comprehensively, where they are being offered assistance activities

and education, thus contributing to improving the quality of life of the mother / child

and consequently of health indicators.

Keywords: Prenatal high risk. Obstetric Diseases. Health Education

Page 10: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

LISTAS DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 Distribuição da quantidade de filhos das entrevistadas. Paracatu/MG -

2010 .................................................................................................................... 69

GRÁFICO 2 Distribuição das entrevistadas em relação a duração da gestação.

Paracatu/MG - 2010 ............................................................................................. 70

GRÁFICO 3 Distribuição das entrevistadas em relação ao período da gestação em

que desenvolveu a complicação. Paracatu/MG - 2010 ........................................ 71

Page 11: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

LISTAS DE TABELA

TABELA 1 Perfil sociodemográfico das entrevistadas. Paracatu/MG - 2010 ..... 68

Page 12: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

LISTAS DE SIGLAS

CIR - Crescimento intra-uterino restrito

DHEG - Doença hipertensiva especifica da gestação

DMG – Diabetes mellitus gestacional

DPP – Descolamento prematuro da placenta

FATEC – Faculdade Tecsoma

IIC - Incompetência istmo-cervical

MH – Mola hidatiforme

HELLP – É uma síndrome que ocorre à gestante com pré-eclampsia, devido a

alterações laboratoriais com clínicas compatíveis com hemólise, alterações das

enzimas e diminuição das plaquetas

Page 13: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 13

1.1 Justificativa .................................................................................................. 14

1.2 Objetivos ...................................................................................................... 16

1.2.1 Objetivo Geral ........................................................................................... 16

1.2.2 Objetivos Específicos .............................................................................. 16

2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................... 17

2.1 Assistência Pré-Natal de Alto-Risco ........................................................... 17

2.2 Doenças Obstétricas Prevalentes na Gestação de Alto Risco ................ 19

2.2.1 Diabetes Mellitus Específico em Gestantes ........................................... 19

2.2.2 Hipertensão Específica da Gestação ....................................................... 21

2.2.3 Pré-Eclâmpsia ........................................................................................... 23

2.2.4 Eclâmpsia .................................................................................................. 25

2.2.5 Síndrome de Hellp na Gestação .............................................................. 26

2.2.6 Abortamento Espontâneo ........................................................................ 28

2.2.7 Abortamento Habitual .............................................................................. 29

2.2 8 Gravidez Ectópica .................................................................................... 30

2.2.9 Mola Hidatiforme ...................................................................................... 32

2.2.10 Placenta Prévia ....................................................................................... 34

2.2.11 Deslocamento Prematuro da Placenta ................................................. 36

2.2.12 Rotura Uterina ........................................................................................ 38

2.2.13 Crescimento Intra-Uterino Restrito ....................................................... 40

2.2.14 Macrossomia Fetal ................................................................................. 42

2.2.15 Incompetência do Istmo-Cervical ......................................................... 45

2.2 16 Gestação Prolongada ............................................................................. 46

2.2.17 Trabalho de Parto Prematuro ................................................................ 48

2.2.18 Oligoâmnio ou Oligoidramnia ............................................................... 50

2.2.19 Polidramnia ou Polidrâmnio .................................................................. 52

2.2.20 Êmese e Hiperêmese .............................................................................. 54

2.2.21 Gestação Múltipla ................................................................................... 56

2.2.22 Amniorrexe Prematura ou Rotura Prematura das Membranas .......... 58

Page 14: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

2.2.23 Corioamnionite ....................................................................................... 60

2.2 24 Óbito Fetal ............................................................................................... 61

2.2.25 Isoimunização Materno Fetal ................................................................ 62

3 METODOLOGIA .............................................................................................. 65

3.1 Tipo de Estudo ............................................................................................ 65

3.2 Local do Estudo .......................................................................................... 65

3.3 Público Alvo ................................................................................................. 65

3.4 Instrumento Utilizado .................................................................................. 66

3.5 Aspectos Éticos .......................................................................................... 66

3.6 Desenvolvimento do Estudo ...................................................................... 66

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................... 68

4.1 Caracterização Sociodemográfica das Entrevistadas ............................. 68

4.2 Antecedentes Obstétricos .......................................................................... 69

4.3 História da Gravidez Atual .......................................................................... 70

4.4 Conhecimento e Informações em Relação às Doenças Obstétricas ...... 71

5 CONCLUSÃO .................................................................................................. 73

REFERÊNCIAS ................................................................................................... 74

APÊNDICE

Page 15: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,
Page 16: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

13

1 INTRODUÇÃO

A gestação é descrita como um fenômeno fisiológico e, por isso, sua evolução

se dá na maior parte dos casos sem intercorrências. No entanto, há pequena parcela

das gestantes que, por terem características específicas, ou por sofrerem alguma

patologia, pode apresentar maiores probabilidades de evolução desfavorável, tanto

para o feto como para elas. Essa parcela constitui o grupo chamado de gestante de

alto risco. (BRASIL, 2000).

Para Ores e outros (2005) a gravidez pode ser considerada como de alto risco

quando o feto e/ou a mulher estão em risco em função de uma doença orgânica

crônica ou aguda, afetando negativamente o resultado da gravidez.

A assistência pré-natal é reconhecida como um componente essencial para a

redução significativa da taxa de mortalidade materna e perinatal, sendo esses

coeficientes importantes indicadores da qualidade da assistência existente em uma

comunidade.

As gestações de alto risco têm se constituído em um problema de saúde

pública a que tem merecido a busca de estratégias de manejo visando a diminuição

dos indicadores de morbimortalidade associados (ORES et al., 2005).

De acordo com o Ministério da Saúde, a assistência pré-natal é prestada

considerando as necessidades de saúde do grupo, onde as classificadas como de

baixo risco são resolvidas, de maneira geral, com procedimentos simples (primeiro

nível de assistência). As do grupo de alto risco geralmente requerem técnicas mais

especializadas. Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível

de assistência, outros necessitarão um segundo nível, com pessoal e equipamento

mais sofisticado. (BRASIL, 2000).

Para ser efetivo, o serviço deve propiciar assistência eficaz às gestantes,

sendo indispensável que toda equipe conheça as normas e rotinas do serviço.

A assistência pré-natal inclui as ações de educação em saúde na rotina da

assistência integral, buscando conhecer os aspectos sociais, econômicos e culturais,

devendo ser desenvolvidas pelos profissionais que assistem as mulheres grávidas,

visando entendê-las no contexto em que vivem, agem e reagem. O conhecimento

das gestantes torna-se uma ferramenta para a organização das ações em saúde.

(SEBASTIÃO et al., 2008).

Page 17: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

14

A educação em saúde tem como objetivo, garantir que as pessoas sejam bem

informadas sobre questões de saúde, tenham habilidade para fazer escolhas sobre

sua saúde e estilos de vida, capacitando-as para implementarem ações,

desenvolverem comportamentos para perseguirem suas escolhas. (BRASIL, 2001).

1.1 Justificativa

A gravidez é um momento especial na vida da mulher o que a torna

realizada. Durante a assistência pré-natal a mulher deverá receber orientações e

informações que a auxilie a compreender as modificações pelas quais seu

organismo será submetido, e assim vivenciar a gravidez com maior satisfação,

além, de receber acompanhamento e a devida avaliação da evolução de sua

gestação. (PAES; MATTIONI; SILVA, 2008).

A assistência pré-natal precisa atender às reais necessidades do binômio

mãe/bebê devendo propiciar o desenvolvimento de atividades educativas, não

esquecendo que a gravidez e todas as modificações fisiológicas, emocionais e

psicológicas ligadas a ela são vivenciadas pela mulher e por seus familiares.

Levando também uma reflexão dos profissionais de saúde, para que esses

repensem sua prática do cuidado na atenção da gestante na sua integralidade.

(BATISTA; SOUZA, 2008).

Educar para a saúde implica dar prioridade a intervenções preventivas e

promocionais, em espaços coletivos, como por exemplo, os grupos educativos ou

em espaços individuais como nas consultas. (NETO; BATISTA, 2007).

A educação em saúde apresenta-se como uma ferramenta instigadora do

cuidado integral e de empoderamento à mulher gestante e sua família, uma vez

que, permite uma aproximação do conhecimento cientificamente produzido no

campo da saúde com a vida cotidiana das pessoas, oferecendo dessa forma

subsídios para a adoção de novos hábitos e condutas em saúde. (PAES;

MATTIONI; SILVA, 2008).

Na gestação de alto risco os profissionais de saúde devem olhar para a

gestante de modo ampliado, direcionando-lhe um enfoque de cuidado voltado à

Page 18: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

15

compreensão do sentido atribuído por este ser gestante sobre a experiência de

esperar por um bebê em uma situação tão adversa. (BATISTA; SOUZA, 2008).

O interesse por desenvolver este estudo partiu do confronto dos conceitos

aprendidos na Disciplina Enfermagem em Saúde da Mulher e da observação

durante as atividades de Ensino Clinico realizada na Clinica da Mulher no município

de Paracatu, unidade de referencia para atendimento a gestantes de alto risco,

onde a assistência pré-natal era restrita ao acompanhamento e evolução da

gravidez, não sendo desenvolvidas atividades de cunho educativo.

Considerando o exposto acima o presente estudo tem por finalidade

descrever o conhecimento sobre o pré-natal de alto risco sob o ponto de vista das

gestantes, em relação aos seus sinais, sintomas e cuidados gerais. Considerando

ser de suma importância para as gestantes o esclarecimento quanto às questões de

possíveis complicações que podem afetar a saúde do binômio mãe/filho, visando

assim contribuir para a melhoria da qualidade de vida e conseqüentemente redução

dos indicadores de morbimortalidade perinatal.

Page 19: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

16

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Identificar o conhecimento das gestantes assistidas pela Clínica da Mulher em

relação ao pré-natal de alto risco.

1.2.2 Objetivos Específicos

Conhecer o perfil sóciodemográfico e de saúde do público em estudo;

Identificar o conhecimento das gestantes em relação aos sinais e sintomas

das patologias associadas ao pré-natal de alto risco;

Identificar as fontes de informação referentes ao pré-natal de alto risco no

público em estudo.

Page 20: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

17

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Assistência Pré-Natal de Alto-Risco

Apesar de a gestação ser um fenômeno fisiológico, existem mulheres que

desenvolvem patologias associadas ao período gestacional, caracterizando-as como

gravidez de alto risco. (VIEIRA, 2002)

Para Almeida e outros (1975) a associação de vários fatores, mesmo que de

pequena importância, podem levar a uma gestação de alto risco. O risco gravídico

deve ser encarado sob dois aspectos, o risco materno e o fetal.

A gestação de alto risco ocorre quando existe alguma doença na gestante ou

qualquer outra condição sócio-biológica que possa prejudicar a sua evolução.

(ABICALAFFE; AMARAL; DIAS, 2009).

Os grupos de fatores de risco para identificação do alto risco estão divididos

em sócios econômicos, comportamentais, biológicos, história ginecológica e

obstétrica pregressa, intercorrências obstétricas e intercorrências clínicas.

(CARVALHO, 2007).

Dentro das patologias que se manifestam ou se agravam na gestação, a

hipertensão e a diabetes são as mais freqüentes na gravidez de alto risco.

(REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

A importância do estudo das gestações de risco decorre do fato de estarem

relacionadas com uma maior morbi-mortalidade materna e perinatal. E que uma vez

identificadas algumas condições de risco podem ser tratadas e eliminadas, enquanto

outras podem ser controladas. (PEIXOTO; MARTINEZ; VALE, 2008).

De acordo com o Ministério da Saúde, a cada hora, morrem duas mulheres no

Brasil acometidas por patologias relacionadas à gestação. (BRASIL, 2000).

A vivência da gestação de alto risco é uma experiência única, que se estende

ao companheiro, família e sociedade, uma vez que envolve transformações

fisiológicas, psicológicas, sociais, econômicas, culturais, espirituais e alterações de

papéis, implicando na aceitação ou não da gravidez. (ZIEGEL; CRANLEY, 1985).

Page 21: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

18

Para Benson (1991) esta vivência é uma experiência estressante em razão

dos riscos a que estão submetidos o feto e a mãe, os quais comprometem o curso

normal da gravidez e repercutem em todo o contexto familiar.

A mulher que tem conhecimento de pertencer a um grupo de alto risco

também está propensa a desenvolver um perigoso desgaste psicológico. Este

desgaste ou estresse psicológico advém do medo ou ansiedade e das incertezas do

dia-a-dia. (SOIFER, 1992).

A cobertura do pré-natal consiste num dos principais indicadores do Pacto da

Atenção Básica do SUS, sendo que a assistência prestada envolve toda a cadeia de

procedimentos que os serviços devem realizar para outras ações de atenção básica.

(GONÇALVES et al., 2008).

Segundo Corrêia (1994) são finalidades do pré-natal, diagnosticar ou

confirmar enfermidades maternas pré-existentes. Acompanhar a gestação

observando as condições intra-uterinas do feto. Diagnosticar e tratar problemas que

surjam no decurso da gravidez. Adotar medidas preventivas recomendadas.

A assistência pré-natal oferece oportunidade única para observar e tratar a

gestante por um período que pode ir além de seis meses. Supervisionar e manter a

normalidade da gestação, evitar e controlar riscos. Dar apoio e educar as pacientes

representam os alicerces da boa assistência pré-natal. (CANDEIAS et al., 1980).

Para Linhares e outros (2009) a assistência pré-natal não deve se restringir às

ações clínico-obstétricas, mas incluir as ações de educação em saúde na rotina da

assistência integral.

Carvalho e Araújo (2007) ressaltam, ainda, que as ações de saúde precisam

estar voltadas para cobertura de toda a população alvo da área de abrangência da

unidade de saúde, assegurando a continuidade no atendimento, o acompanhamento

e a avaliação dessas ações sobre a saúde materna-perinatal.

A assistência prestada no pré-natal é um instrumento eficaz que pode ser

usado para envolver a mulher no intuito de torná-la uma mãe saudável, com a

possibilidade de dar a luz a uma criança sadia, bem como favorecer maior

integração familiar. (MOREIRA, 2005).

As gestantes, por sua vez, sentem a necessidade de buscar informações

sobre seu estado de saúde e, sobre as mudanças que estão ocorrendo em seu

corpo e principalmente se podem identificar e corrigir precocemente pequenas

Page 22: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

19

atitudes que poderão comprometer o final de sua gestação. (ABICALAFFE;

AMARAL; DIAS, 2009).

Os profissionais de saúde devem dar maior ênfase aos aspectos preventivos

do cuidado, motivando a mulher ao autocuidado e a comunicação de alterações

precocemente. (BRASIL, 1998).

Para proteger a saúde materno-infantil é preciso que a gestante saiba o que

está ocorrendo consigo própria e com o feto, quais as medidas a tomar e o

significado destas. Nesse período, a educação em saúde adquire especial

relevância. (CANDEIAS et al., 1980).

2.2 Doenças Obstétricas Prevalentes na Gestação de Alto Risco

2.2.1 Diabetes Mellitus Específico em Gestantes

Conceitua-se diabetes mellitus gestacional (DMG) a intolerância à glicose em

graus variáveis de intensidade, com início ou reconhecimento pela primeira vez

durante a gestação e que pode ou não persistir depois do parto. Este diagnóstico

não exclui a possibilidade de ter existido diabetes não reconhecido antes da

gravidez. (SOUSA; DIAS, 2008).

As mulheres com diabetes na gravidez podem ser divididas em dois grupos:

as com diabetes diagnosticado antes da gravidez (diabetes pré-gestacional) e

aquelas com intolerância aos carboidratos diagnosticada durante a gestação

(diabetes gestacional); esta última pode representar o primeiro sinal de diabetes

franco. (CARVALHO et al., 2000).

No Brasil, a prevalência do diabetes gestacional em mulheres com mais de 20

anos, atendidas no Sistema Único de Saúde, é de 7,6 por 1.000 conforme critério da

Organização Mundial da Saúde, 94% dos casos apresentando apenas tolerância

diminuída a glicose e 6%, hiperglicemia no nível de diabetes fora da gravidez.

(BRASIL, 2000).

As morbimortalidades materna e fetal, aumentadas em gestantes com

diabetes mellitus têm sido associadas a fatores como hiperinsulinemia, presença de

Page 23: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

20

comorbidades, complicações agudas e crônicas do diabetes e hiperglicemia.

(VALLADARES; KOMKA, 2008).

A mulher que desenvolve DMG é aquela que aumenta desproporcionalmente

a resistência insulínica durante a gravidez e ou apresenta disfunção de célula beta

pancreática. (SOUSA; DIAS, 2008).

Como nos outros tipos de diabetes, a causa exata do DMG é desconhecida.

(MENICATTI; FREGANESI, 2006).

Para Reis e outros (2006) sua fisiopatologia é explicada pela elevação de

hormônios contra-reguladores da insulina, pelo estresse fisiológico imposto pela

gravidez e a fatores predeterminantes (genéticos ou ambientais). O principal

hormônio relacionado com a resistência à insulina durante a gravidez é o hormônio

lactogênico.

São considerados fatores de risco para DMG a idade superior a 25 anos,

deposição central excessiva de gordura, obesidade ou ganho excessivo de peso na

gravidez em curso, história familiar de diabetes mellitus em parentes de primeiro

grau e baixa estatura (< 1,51m) 2. (DODE; SANTOS, 2009).

O sucesso da detecção do diabetes depende do diagnostico o mais precoce

possível, a fim de que a paciente e o feto possam se beneficiar do tratamento.

(VALLADARES; KOMKA, 2008).

Para Corrêia (1994) uma determinação de glicemia plasmática em jejum

superior a 140mg% ou pós-prandial superior a 200 mg% sugere diabetes e dispensa

investigação adicional. A determinação de glicose plasmática no laboratório com

utilização de métodos enzimáticos é necessária.

O DMG costuma aparecer por volta da 26ª semana de gravidez, quando a

placenta começa a produzir maior quantidade de hormônios. (MENICATTI;

FREGANESI, 2006).

Rastreamento com glicemia uma hora após 50g de dextrosol, via oral, deve

ser realizado na primeira consulta e entre a 24ª e 26ª semanas de gestação. Tendo

também como conduta repetir o rastreamento entre a 32ª e 34ª semanas.

(CORRÊIA, 1994).

O esquema terapêutico na paciente com DMG tem três pontos fundamentais:

monitorização glicêmica, orientação nutricional e insulinoterapia. Essa fica restrita a

um menor número de casos, em que não se obtém o controle glicêmico adequado

com a dietoterapia isoladamente. (MONTENEGRO et al., 2000).

Page 24: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

21

O DMG pode ser controlado através de dieta, controle médico e pela atividade

física, deixando baixo o nível glicêmico e outras manifestações clínicas do diabetes.

(MENICATTI; FREGANESI, 2006).

Objetivo básico da dieta é evitar a cetose, que advém de longos períodos sem

alimentação e a hiperglicemia pós-prandial, que ocorre quando grande quantidade

de alimento é integrada. O ideal é fazer pequenas refeições várias vezes ao dia.

Considera-se aceitável um ganho de peso de 10-15 kg na gestação. (CORRÊIA,

1994).

Atividade física leve a moderada, em pacientes sem contra-indicações

clínicas ou obstétricas, contribuem para a redução e o controle da glicemia. Contra

indicado na paciente hipertensa, ou naquela portadora de doença macro ou

microvascular e neuropatia. (REIS et al., 2006).

Os hipoglicemiantes orais estão formalmente contra-indicados na gestação

porque atravessam a barreira placentária e provocam hiperinsulinemia fetal.

(CORRÊIA, 1994).

No tratamento a insulina está indicada apenas quando os objetivos do

tratamento não são atingidos com as medidas não medicamentosas. Cerca de 20%

das mulheres com DMG passam a necessitar de insulina durante a gravidez,

diminuindo o risco de macrossomia fetal e morbidade perinatal. (MENICATTI;

FREGANESI, 2006).

Para Montenegro e outros (2000) há maior freqüência de complicações fetais

tais como malformações, macrossomia, hipoglicemia, hiperbilirrubinemia, policitemia,

hipocalcemia, hipomagnesemia, cardiomiopatia hipertrófica e síndrome do

desconforto respiratório do recém-nascido.

As complicações maternas mais frequentes na gestação diabética são:

polidrâmnios, pré-eclâmpsia, infecção urinária e parto distócico. (CARVALHO, 2007).

2.2.2 Hipertensão Específica da Gestação

A doença hipertensiva especifica da gestação (DHEG) é uma enfermidade

exclusiva do período gestatório, inicia-se, manifesta-se, agrava-se, complica-se

Page 25: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

22

durante a gravidez, desaparecendo completamente após o parto. Na suas formas

puras e bem conduzidas, não deixa seqüelas. (CORRÊIA, 1994).

A DHEG é uma patologia obstétrica que surge após a vigésima semana de

gestação, sendo mais freqüente no terceiro trimestre e estendendo-se até o

puerpério. Podendo culminar com convulsões e coma. (BRASIL, 2000).

A hipertensão arterial é a doença que mais freqüentemente que complica a

gravidez, presente em 5 a 10 % das gestantes, sendo responsável pelo maior índice

de morbidade e mortalidade materna e perinatal. (PEIXOTO; MARTINEZ; VALE,

2008).

Para Carvalho (2007) a DHEG pode ser definida como uma manifestação

clínica e laboratorial resultante do aumento dos níveis pressóricos de uma gestante,

previamente normotensa.

A hipertensão arterial grave está associada também, à insuficiência cardíaca

esquerda, convulsões, insuficiência renal, coagulação intravascular e em 5 a 10%

dos casos ocorre o descolamento prematuro da placenta no terceiro trimestre da

gestação. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Segundo Bezerra e outros (2005) os distúrbios hipertensivos são as

complicações médicas de maior relevância durante o período gravídico-puerperal. O

termo "hipertensão na gravidez" é usualmente utilizado para descrever desde

pacientes com discreta elevação dos níveis pressóricos, até hipertensão grave com

disfunção de vários órgãos.

Sua evolução clínica é variável e imprevisível. Algumas vezes é lenta e

gradual, com pequenas repercussões sobre a gestante e sobre o feto, permitindo

que a gravidez alcance o termo. (CORRÊIA, 1994).

A etiologia da DHEG está relacionada a fatores extrínsecos: raça, idade, nível

sócio econômico, obesidade, hipertensão arterial, principalmente nas nefropatas.

Também fatores intrínsecos ou obstétricos: primiparidade, gestações com maior

massa placentária, sobredistensão uterina e gravidez ectópica avançada. Pode

ocorrer oligúria (diurese inferior a 400 ml por dia), cefaléia, dor epigástrica, cianose

ou edema pulmonar, dor no hipocôndrio direito, trombocitopenia grave, anemia

hemolítica microangiopática: (hemólise, icterícia e/ou elevação das enzimas

hepáticas), e crescimento intra-uterino retardado. (PEIXOTO; MARTINEZ; VALE,

2008).

Page 26: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

23

Para Angonesi (2007) a DHEG classifica-se em duas formas básicas, pré-

eclâmpsia forma não convulsiva marcada pelo inicio da hipertensão e eclampsia,

que se caracteriza pelos episódios convulsivos conseqüentes a efeitos cerebrais

profundos da pré-eclâmpsia.

Considera-se como hipertensão arterial, na gravidez, a constatação de uma

PA sistólica, de pelo menos, 140 mmHg; e PA diastólica, de pelo menos, 90 mmHg.

Também é considerada hipertensão arterial a elevação de 30 mmHg ou mais nos

níveis habituais e sistólica e elevação de 15 mmHg ou mais nos níveis habituais.

(PEIXOTO; MARTINEZ; VALE, 2008).

As complicações da DHEG afetam muitos sistemas orgânicos,

cardiovasculares, renais, hematológicos, neurológicos, hepáticos e uteroplacentario,

causando o descolamento da placenta, prematuridade, retardo do crescimento intra-

uterino, morte materno-fetal, oligúria e entre outros. (ANGONESI, 2007).

Para Corrêia (1994) sua prevenção indiscutível é evitar-se a gravidez.

Provavelmente a doença começa com a implantação do trofoblasto. As medidas

preventivas usadas no passado foram infrutíferas. As atualmente empregadas

podem, no máximo, evitar o aparecimento das formas graves da doença.

De diagnóstico retrospectivo, a pressão arterial volta ao normal cerca de 12

semanas após o parto. Pode ocorrer nas gestações subseqüentes e prediz

hipertensão arterial primária futura. (PEIXOTO; MARTINEZ; VALE, 2008).

O único tratamento eficaz e definitivo na DHEG é a extração do feto e de seus

anexos. A época adequada para se adotar essa conduta varia de acordo com a

forma clínica da doença, com a idade gestacional, com as condições intra-uterinas

do feto e com o estado funcional da placenta. (CORRÊIA, 1994).

2.2.3 Pré-Eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é definida como uma doença multissistêmica peculiar à

gravidez humana e caracterizada por manifestações clinicas e laboratoriais

resultantes do aumento dos níveis pressóricos em uma gestante, previamente

normotensa, a partir da segunda metade da gestação. (REZENDE; MONTENEGRO,

2006).

Page 27: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

24

A causa da pré-eclâmpsia permanece desconhecida até hoje, embora se

tenha aprendido sobre a patologia. As alterações morfológicas e funcionais do

organismo da gestante portadora da pré-eclâmpsia tem como causa fundamental, o

espasmo arteriolar, que provoca alterações na parede. (CORRÊIA, 1994).

Para Carvalho (2007) os principais riscos são os descolamentos prematuros

da placenta, que acarreta 45% de óbito fetal e a prematuridade.

Com danos principalmente para o rim, sistema nervoso central, fígado e

placenta; como resultado as pacientes podem apresentar envolvimento de múltiplos

órgãos com diferentes graus de gravidade. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

As incidências aumentam nas primigestas, com história familiar, com pré-

eclâmpsia anterior e na gestante com aumento de massa tromboblástica.

(CARVALHO, 2007).

O diagnóstico é feito com base nos sinais fundamentais: edema, hipertensão

e proteinúria. Os sintomas aparecem tardiamente durante a evolução da doença. A

paciente que se apresenta com queixas de cefaléia, dor epigástrica, estomas, são

sinais e sintomas de pré-eclâmpsia. (ZIEGEL; CRANLEY, 1985).

Em se tratando de pré-eclâmpsia leve, para seu diagnóstico devem ser

adotados os seguintes critérios: pressão arterial 140/90 mmHg ou maior após 20

semanas de gestação, proteinúria maior que 300mg em uma amostra de 24 horas e

edema. (BANKOWSKI, 2006).

Na pré-eclâmpsia grave, para sua confirmação os critérios são: pressão

arterial em repouso no leito de 160 mmHg de sistólica ou 110 mmHg de diastólica,

proteinúria maior que 5g em uma amostra de urina de 24 horas, oligúria indicada por

um débito menor que 400ml. (ZIEGEL; CRANLEY, 1985).

Além dos seguintes sintomas dor de cabeça, alterações visuais e cerebrais,

náuseas, vômitos, falta de ar, dor pélvica, dor epigástrica ou em quadrante superior

direito, sangramento vaginal, cianose e edema pulmonar, trombocitopenia grave,

icterícia ou alteração da função hepática. (PORTO, 1997).

A principal alterações uteroplacentárias causadas pela pré-eclâmpsia é a

redução da circulação em cerca de 40 a 60%, o que explica a incidência expressiva

de grandes enfartes placentários, crescimento retardado da placenta e seu

deslocamento prematuro, determinantes do sofrimento fetal crônico. (CORRÊIA,

1994).

Page 28: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

25

O tratamento clínico desta condição é empregado de forma particular a cada

paciente respeitando suas características individuais, sempre se baseando em uma

filosofia mais preventiva, menos complexa e menos iatrogênica possível.

(BANKOWSKI, 2006).

O processo só se cura com o parto mesmo com a normalização da pressão

arterial, o edema e a proteinúria desaparecidos, o feto está em perigo à depuração

placentária é 50% inferior a normal. (PORTO, 1997).

Medidas adotadas: repouso no leito em decúbito lateral esquerdo para

melhorar o fluxo sangüíneo renal e a ultraplacentário. Sedação oral com

diazepínicos ou barbituricos para auxiliar no repouso. A dieta hipossódica e diurético

são discutidos entre os profissionais. (CARVALHO, 2007).

De acordo com Rezende e Montenegro (2006) a pré-eclâmpsia grave, a

eclâmpsia e o sofrimento fetal, indicam que a prenhez há de ser terminada. Na pré-

eclâmpsia grave, e na eclâmpsia, antes de interromper a gestação, o quadro clínico

será estabilizado, o que demora em torno de 4 a 6 horas.

2.2.4 Eclâmpsia

Eclâmpsia é definida pela presença de convulsões tônico-clônicas

generalizadas e/ou coma, como manifestação do envolvimento cerebral na pré-

aclâmpsia grave, não relacionadas a qualquer outra condição patológica, a principal

causa de morte materna, com incidência de até 14% do total dos casos. (BRASIL,

2000).

Para Oliveira, Rizzato e Magaldi (1983) a eclâmpsia ocorre durante a

gestação, em particular no último trimestre, no parto e no puerpério, geralmente nas

primeiras 48 horas. É uma das principais causas de mortalidade materna, estima-se

que 5% das mulheres eclâmpticas evoluem para óbito.

Em geral, a eclâmpsia é precedida por cefaléia, alterações visuais, agitação

psicomotora e hiper-reflexia, podendo estar associada a outras queixas, como dor

epigástrica, náuseas e vômitos (síndrome HELLP). (BRASIL, 2000).

Page 29: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

26

De acordo com Peraçoli e outros (1998) em média, a incidência de eclâmpsia

em cada 1.000 partos é de 1,3 nos países em geral, com valor de 0,6 nos países

desenvolvidos e 4,5 nos países em desenvolvimento.

Conforme Brasil (2000) o sulfato de magnésio constitui o agente isolado mais

valioso no tratamento da pré-eclâmpsia grave. Um total de 10g de uma solução de

sulfato de magnésio a 5% (5g injetado profundamente, intramuscular, em cada

nádega), ou duas gramas a 10% injetado lentamente na veia.

Durante a administração do sulfato de magnésio deve-se monitorar: a pressão

arterial de 10 em 10 minutos, controle de diurese acima de 25 ml/h, a freqüência

respiratória acima de 14 – 16 mr/min, fluxo patelar antes, durante e após a

administração. (CARVALHO, 2007).

As convulsões ou coma não relacionadas a qualquer outra patologia evoluem

para a eclâmpsia, é uma emergência que exigem hospitalização e cuidados

intensivos para a redução da taxa de mortalidade. (CORRÊIA, 1994).

A eclâmpsia é responsável por uma parcela significativa dos casos de

mortalidade materna e perinatal sendo frequentemente associada as complicações

de órgãos e sistemas vitais como o sistema nervoso central, o fígado e os rins.

(ANGONESI, 2007).

2.2.5 Síndrome de Hellp na Gestação

A Síndrome de Hellp e uma grave complicação da gestação caracterizada

por: hemólise, enzimas hepáticas elevadas e baixa contagem de plaquetas.

(ANGONESI, 2007).

De acordo com Rezende e Montenegro (2006) aproximadamente 2% das

mulheres com a síndrome de HELLP e 8% dos bebês morrem em decorrência da

síndrome.

É considerada como um outro quadro multisistêmico da pré-eclâmpsia grave,

embora cerca de 15% das parturientes com HELLP não venham nunca a ter

hipertensão arterial e proteinúria. Está associado a um aumento de risco de morbi-

mortalidade materna e fetal. (NUNES et al., 2005).

Page 30: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

27

A síndrome HELLP é o achado extremo do espectro de alterações que

ocorrem na hipertensão induzida pela gestação/ pré-eclâmpsia e como seus sinais e

sintomas são confundidos com os da pré-eclâmpsia grave. (PERAÇOLI et al., 1998).

Para Carvalho (2007) as manifestações clínicas da síndrome HELLP podem

ser imprecisas, sendo comuns sintomas como: dor epigástrica, mal-estar geral,

inapetência, náuseas e vômitos. O diagnóstico precoce é eminentemente laboratorial

e deve ser pesquisado de maneira sistemática nas gestantes com suspeitas de pré-

eclâmpsia ou de eclâmpsia.

O diagnóstico do quadro avançado é alteração de comportamento,

possibilidade de eclâmpsia, gengivorragia, hematúria e/ ou oligúria, icterícia,

distúrbios visuais, hemorragia vítrea, hipoglicemia, hiponatremia, diabetes insípido,

nefrogênico. (BRASIL, 2000).

A conduta básica nas pacientes com síndrome HELLP visa evitar a morte

materna e consiste na interrupção da gestação, depois de avaliada e corrigida a

plaquetopenia e o déficit em fatores de coagulação, ambos responsáveis pelo

obituário materno. (CARVALHO, 2007).

Todas as pacientes com suspeita de HELLP devem ter uma avaliação

hepática por ultra-sonografia ou tomografia computadorizada, com o objetivo de

excluir a presença de um hematoma hepático. (BRASIL, 2000).

Uma complicação grave das pacientes com síndrome HELLP é a ruptura de

um hematoma hepático, com choque hipovolêmico é óbito (60% de mortalidade

materna). A presença de dor no hipocôndrio direito ou epigastralgia intensa

(distensão a cápsula hepática) é sugestiva de hematoma. (REZENDE;

MONTENEGRO, 2006).

Sua profilaxia é a administração, sob injeção intramuscular, de 250 a 300 mg

de imunoglobulina anti-Rho, até 72 horas após abortamento ou parto, previne a

isoimunização, impedindo a doença hemolítica do recém-nascido em gestações

posteriores. (CARVALHO, 2007).

O tratamento médico básico consiste na interrupção da gravidez, quando

houver comprometimento fetal grave, o que deverá ser diagnosticado através de

análises do liquido amniótico. O objetivo é retirar o feto pouco anêmico e com

maturidade suficiente para sobreviver extra-uterinamente. (CORRÊIA, 1994).

Page 31: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

28

2.2.6 Abortamento Espontâneo

No Brasil, a discussão do aborto vem acontecendo com maior ênfase a partir

das décadas de 70 e 80. É na década de 90 que se inicia a busca das causas

determinantes do aborto espontâneo. Em relação ao aborto provocado, que ocorre

em decorrência da gravidez indesejada. (NERY et al., 2006).

De acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS), a incidência de

óbitos por complicações do aborto oscila em torno de 12,5%, ocupando o terceiro

lugar entre as causas de mortalidade materna com variações entre os estados

brasileiros. (DOMINGOS; MERIGHI, 2010).

De acordo com Rezende e Montenegro (2006) é considerado aborto

espontâneo a expulsão de todo o produto da concepção sem que haja interferência

externa, isto é, ocorre por conseqüência de fatores de ordem natural, sendo

bastante comum na primeira gestação. Na maioria dos casos é em decorrência de

anormalidades do feto.

A etiologia do abortamento espontâneo é heterogênea e inclui fatores

genéticos e ambientais. As principais causas são anomalias cromossômicas no

concepto. (NERY et al., 2006).

Para Rodini e outros (2004) aproximadamente 50% das mortes fetais durante

o primeiro trimestre resultam de alterações cromossômicas; embora vários outros

fatores podem resultar ou influenciar no abortamento espontâneo, sendo a maioria

deles, de origem materna como doenças crônicas e infecciosas.

O abortamento espontâneo, na grande maioria das vezes, não causa

problemas sérios. O mesmo não ocorre com os provocados, quase sempre realizado

fora de ambiente hospitalar que, determinam complicações graves, decorrentes,

sobretudo, de infecções. (CORRÊIA, 1994).

Os principais sinais e sintomas de abortamento espontâneo são

caracterizados por sangramento vaginal, acompanhado por dor abdominal. Porém,

para ter certeza de abortamento são necessários exames laboratoriais, ultra-

sonografia e avaliação da história clínica da paciente. (GOLDMAN, 2006).

Para Nery e outros (2006) ocorre antes da 20ª semana de gestação, ou com

peso inferior à 500g. Muitas vezes acontece o abortamento sem que a mulher

perceba que esteja grávida, e o único sintoma pode ser o atraso na menstruação.

Page 32: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

29

Todo sangramento durante a gestação é anormal. Identificar sua origem é o

primeiro passo para se estabelecer a conduta adequada. (CORRÊIA, 1994).

Para Berkow e Fletcher (1995) o aborto pode ser classificado como precoce

(até a 12ª semana de gestação) ou tardio (entre a 12ª e 20ªsemana). Essa

classificação é feita, pois o tratamento do aborto tardio apresenta maiores

dificuldades; a cavidade do útero está obliterada e as possibilidades de perfurá-lo

com a instrumentação são maiores.

Quando existe a interrupção do curso natural da gravidez, por sangramentos

ou dor abdominal sem modificação cervical, é um indicio de ameaça de

abortamento. (GOLDMAN, 2006).

De acordo com Rezende e Montenegro (2006) o sangramento vaginai é mais

abundante que na fase de ameaça de aborto, é o sangue é de cor viva. O quadro

clínico não necessita de exames complementares. É denominado aborto incompleto,

quando partes do produto da concepção é eliminado. Com isso, a hemorragia não

cessa e as cólicas permanecem, porque os restos ovulares impedem o útero de

contrair-se adequadamente. No final, é revelada a expulsão de uma massa carnosa,

dificilmente identificável.

2.2.7 Abortamento Habitual

A definição de abortamento habitual comumente aceita é a de três ou mais

abortos espontâneos consecutivos, embora, na prática, já se adote critério menos

rigoroso de dois ou mais abortos para iniciar a propedêutica. (MATTAR; CAMANO,

2003).

Para Rezende e Montenegro (2006) é condição relativamente rara, com

freqüência estimada entre 0,3 e 0,8% de todas as gestações.

Tendo como etiologia, praticamente os mesmos fatores responsáveis pelo

abortamento em geral, ou seja, incompetência cervical, miomas, cistos ovarianos,

anormalidades no útero (hipoplasia, septo, sinéquias, malformações, tumores),

insuficiência lútea e distúrbios endócrinos. (CORRÊIA, 1994).

Será definido como primário, quando o abortamento não for procedido de

gestação de normal evolução e secundário, se o número de acidentes suceder a

Page 33: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

30

uma ou mais gestações chegadas ao termo. Para um melhor diagnóstico devem ser

pesquisados o hormônio estimulante da tireóide, tirotrofina (TSH) e a prolactina,

realizar biópsia e exame de ultra-som. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Para Corrêia (1994) para seu diagnóstico, considerando sua importância

(perda consecutiva das prenhezes), torna-se indispensável uma investigação

acurada das condições da paciente, precedendo nova gestação.

Essa certeza diagnóstica fundamenta-se na anamnese bem conduzida e no

exame ginecológico completo. Raramente necessita-se recorrer a testes

complementares Em principio toda gestante com sangramento genital só deverá ser

examinada em ambiente hospitalar. (CARVALHO, 2007).

O tratamento para as formas clínicas do aborto, classificação e conduta

conforme o tipo de abortamento e de acordo com os sintomas apresentados pelas

mulheres, tais como uso de medicamentos, aspiração manual intra-uterina nos

casos de abortamento até 12 semanas, dilatação do canal cervical, curetagem

uterina. (DOMINGOS; MERIGHI, 2010).

2.2.8 Gravidez Ectópica

Gravidez ectópica é aquela gestação que se caracteriza pela implantação do

ovo fora da cavidade uterina, pode acontecer numa das trompas, na cavidade

abdominal, dentro de um dos ovários, no corno rudimentar de um útero anômalo ou

num dos ligamentos uterinos. (CORRÊIA, 1994).

Gravidez ectópica é um quadro raro, caracterizado pelo sincronismo de uma

gestação intra e uma gestação extra-uterina (principalmente na tuba), com um difícil

diagnóstico pré-operatório, potencialmente perigoso para a gestante e para a

gravidez intra-uterina. (PIZZATO; JULIANO; FIALHO, 2004).

De acordo com Almeida e outros (2008) em relação à incidência da gravidez

ectópica, existe uma variação de 0,64% a 3% dos casos de gravidez. Dentre as

ocorrências, há uma prevalência da gravidez ectópica do tipo tubária de 96% dos

casos.

Apesar da mortalidade ter diminuído ao longo da última década, através do

diagnóstico precoce, ainda a gravidez ectópica tem sido responsabilizada por 9%

Page 34: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

31

das mortes no primeiro trimestre da gestação. No Brasil, a mortalidade por gestação

ectópica insere-se entre as causas hemorrágicas. (FERNANDES et al., 2004).

De acordo com Barbosa e outros (2004) sua incidência vem crescendo nas

últimas décadas, em virtude do aumento dos fatores de risco que a predispõem,

sendo estes, antecedentes de doença inflamatória pélvica, de cirurgias tubárias e

prenhez ectópica prévias, gravidez após falha de dispositivo uterino ou minipílula,

endometriose e gravidez após reprodução assistida.

Pela sua freqüência se constitui na segunda causa de sangramento genital,

na primeira metade da gestação. A mais comum é a rotura da prenhez quando há

um quadro de abdômen agudo hemorrágico. (CORRÊIA, 1994).

O desenvolvimento e a disponibilidade de métodos mais sensíveis para

diagnóstico desta manifestação com a ultra-sonografia transvaginal, o

dopplerfluxometria colorida, a radioimunoensaio para hormônio gonadotrófico

coriônico e laparoscopia tornou possível à detecção e intervenção precoces.

(BARBOSA et al., 2004).

Com relação ao quadro clínico de prenhez ectópica, a maioria dos sinais e

sintomas são: dores abdominais, atraso menstrual, sangramento vaginal, dor à

mobilização do útero, abaulamento de fundo de saco, choque hipovolêmico em

tumor anexial e distensão abdominal. (CARVALHO, 2007).

Para Corrêia (1994) as causas da gestação ectópica são, alterações no

trajeto tubário, anormalidades no ovo, transmigração (externa/interna) e

endometriose. Predominam alterações do trajeto tubário e anormalidades no ovo.

Na vigência de prenhez tubária, o tratamento pode ser cirúrgico ou clínico,

através do uso de metotrexato sistêmico ou local. (REZENDE; MONTENEGRO,

2006).

A paciente com este diagnóstico deve ser tratada cirurgicamente de maneira

conservadora, na tentativa de preservar a função tubária. A via cirúrgica para o

tratamento da prenhez ectópica pode ser a convencional, laparotômica ou a via

laparoscópica; sendo que ambas apresentam resultados semelhantes. (BARBOSA

et al., 2004).

O atraso no diagnóstico, além de demandar o tratamento cirúrgico, na maioria

das vezes com amputação da tuba ou do anexo, aumenta o período de internação e

as complicações elevam a morbidade e a mortalidade. (FERNANDES et al., 2004).

Page 35: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

32

A prenhez ectópica abdominal é muito rara, freqüentemente acompanha-se

de complicações. Pode ser primária, quando o óvulo é fecundado na própria

cavidade abdominal, e secundária, quando, após um abortamento tubário, o ovo

prossegue na ovulação em alguma região do abdome materno. (CORRÊIA, 1994).

A prenhez abdominal constitui cerca de 1% das ectópicas. Dando maior

precisão nos Estados Unidos há 10,8 para cada 100.000 partos das ectópicas são

abdominais. É o risco de morte materna 7,7 vezes superior ao da prenhez tubária e

90 vezes mais elevada do que na gestação uterina. (REZENDE; MONTENEGRO,

2006).

Para Carvalho (2007) pode o ovo implantar-se em qualquer ponto do

abdômen e nos diferentes órgãos que o peritônio visceral reveste.

O diagnóstico da prenhez ectópica abdominal é realizado por sinais clínicos, e

ultra-sonografia transvaginal. (ALMEIDA et al., 2008).

Dentre os sinais e sintomas clínicos, podemos citar, dor abdominal agravada

pelos movimentos fetais, náuseas, vômitos, alterações do trânsito intestinal, partes

fetais facilmente palpáveis com dificuldade e dor nas tentativas de mobilização fetal;

o colo apresenta-se muito elevado ou retropúbico. (CARVALHO, 2007).

Para Corrêia (1994) excepcionalmente a gravidez abdominal evolui até a

maturidade fetal e, se isso acontece, quase sempre o concepto apresenta algum tipo

de malformação.

O tratamento dependerá da idade e vitalidade fetal. Se o feto estiver vivo,

pode-se optar por atitude conservadora, aguardando a maturidade fetal. Nesse caso,

pratica-se a laparotomia e o momento crucial dessa intervenção é a extração da

placenta, pois o descolamento da mesma pode provocar lesões. (ALMEIDA et al.,

2008).

2.2.9 Mola Hidatiforme

A mola hidatiforme (MH) é uma complicação da gravidez com potencial para

evolução para doença com comportamento maligno e que ocorre, no ocidente, numa

proporção de um caso para 1.000 a 2.000 gestações, sendo a doença trofoblástico

gestacional mais freqüente. (ANDRADE et al., 2009).

Page 36: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

33

Para alguns autores as lesões degenerativas do estroma das vilosidades antecedem as do revestimento trofoblástico: tudo decorre da ausência de circulação vilositária ou de seus distúrbios por causas diversas (deficiência do meio, determinismo genético etc.). Não se há de omitir, antes se fará realçar, os caracteres invasores do trofoblasto e a possibilidade de sua transformação em coriocarcinoma. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006, p. 271).

Para Brasil (2000) sua incidência ocorre grandes variações de país a pais e é

indiscutível a relativa banalidade da mola no Oriente. A incidência oscila entre 1:80 a

1:2000 gestações, maior na população pobre, onde prevalece a má nutrição, fator

que pode estar em jogo na gênese da doença.

São gestações potencialmente molares, mas que terminam em abortamento

antes de ocorrer, o desenvolvimento neoplásico completo. Macroscopicamente exibe

a mola hidatiforme, pequenas vesículas translúcidas, cheias de líquido claro,

semelhando cachos de uva ou hidátides. (CORRÊIA, 1994).

Existem dois tipos de mola a completa e parcial. A mola completa a mais encontrada na prática clinica, apresenta grandes vesículas ausência de feto e de âmnio. Em 90% das vezes ela é de cariótipo 46XX (fertilização de óvulo por espermatozóide 23X, com duplicação do genoma “vazio” (masculino), ausência de embrião, edema generalizado das vilosidades, hiperplasia trofoblástica grosseira, níveis elevado de hCG- beta e maior probabilidade de transformação em coriocarcinoma (2,5%). (REZENDE; MONTENEGRO, 2006 p. 272).

Para Corrêia (1994) a mola parcial, com um feto – 69XXY (óvulo normal com

23X é fertilizado por dois espermatozóides independentes) – e quando se submete

todo o produto abortado ao exame citogenético, do ponto de vista clínico menos

comum. Com presença de pequenas vesículas hidrópicas (até 5mm), raramente

envolve para forma maligna.

Em princípio, assemelha-se a uma gestação normal atraso menstrual,

náuseas, vômitos e crescimento uterino. Ameaçada pelas perdas hemorrágicas

exageradas, também certos distúrbios gravídicos (náuseas, vômitos, sialorréia),

corrimento, emissão de vesículas, anemia, crescimento uterino exagerado, toxemia.

(CARVALHO, 2007).

Seu diagnóstico é difícil pelo simples fato de sua sintomatologia assemelhar-

se a outros problemas obstétricos. No inicio confunde-se com ameaça de

Page 37: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

34

abortamento, mais tarde na mola parcial, pode-se pensar em gestação múltipla.

(CORRÊIA, 1994).

Para seu diagnóstico de certeza da mola, em suas fases iniciais, exige, na

maioria das vezes, exames complementares como, a ultra-sonografia, a dosagem de

gonadotrofina coriônica, e a amniografia. (ANDRADE et al., 2009).

No prognóstico, cerca de 80% deles são de evolução benigna os restantes

20% se malignizam. 18% se transformam em corioadenoma destruens e 2,0%

sofrem degeneração coriocarcinomatosa. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Conforme Carvalho (2007) o tratamento é dilatação e esvaziamento,

quimioterapia quando indicada, tratamento de rotina e histerectomia quando

presente grande tumor uterino, aneos palpáveis, sepse ou intensa hemorragia.

2.2.10 Placenta Prévia

Placenta prévia é a causa mais comum de hemorragia no último trimestre.

Nesta condição, ao invés de se implantar na parte superior do útero, como

normalmente, a placenta está implantada no segmento uterino inferior e cobrindo

parcialmente ou totalmente e o orifício cervical interno. (CARVALHO, 2007).

De acordo com Farias e Nóbrega (2000) a cérvix, no terceiro trimestre de

gestação, modifica-se intensa e gradualmente, ocasionando hemorragia placentária.

Placenta prévia é uma das principais patologias determinantes de morte

materna, tendo em vista a hemorragia que proporciona. Está associada às infecções

e a toxemia, é responsável por 50% das mortes maternas em todo o mundo, sendo

passíveis de prevenção primária. (CORRÊIA, 1994).

A placenta prévia incide em 0,5 a 1,0% das gestações, e sua frequência está

vinculada assim á paridade (1:1,500 nas primigrávidas, 1:20 nas pluríparas), como à

idade da paciente (é ascendente a curva de incidência até o fim da 4.ª década de

vida). (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Quando o diagnóstico é feito precocemente (antes de 20 semanas) pode ser

modificado com tempo pela alta probabilidade de “migração placentária”. (BRASIL,

2000).

Page 38: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

35

Na placenta prévia os cuidados devem ser intensificados e monitorizados,

pois este diagnóstico é um dos principais fatores de prematuridade e letalidade

materna. (FARIAS; NÓBREGA, 2000).

Para Carvalho (2007) sua classificação os três tipos de placenta são, a

placenta prévia total (onde a placenta cobre totalmente o orifício cervical interno). A

placenta prévia Parcial (onde a placenta cobre parcialmente o orifício cervical

interno) e a placenta marginal onde à placenta alcança somente a borda do orifício

cervical interno.

Entre os fatores de risco realçados em todas as estatísticas encontra-se a

paridade, ainda mais expressiva se associada à idade avançada da paciente. Há

outras condições predisponentes; como a história de abortamentos, cesariana e

operações ginecológicas anteriores, prenhez gemelar e malformações fetais.

(REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Sua manifestação clínica é hemorragia vaginal indolor sendo seu principal

sintoma. Pode começar com uma hemorragia difusa, causada pela separação da

placenta, como resultado das alterações que ocorrem no segmento uterino inferior

nos últimos meses da gravidez. (CARVALHO, 2007).

Conforme Brasil (2000) placentas prévias aderidas ao miométrio (acretas)

podem não sangrar, não, sendo, por isso, menos grave.

A separação abre os vasos uterinos dando origem ao sangramento. A

dilatação do orifício cervical interno provoca laceração, também causando

sangramento. Cada hemorragia costuma ser maior que a anterior. Ocorre com mais

freqüência após o 7º mês de gestação. (CARVALHO, 2007).

O diagnóstico é feito pelo quadro clínico e exame ultra-sonográfico. Frente a

um diagnóstico de placenta prévia por ultra-som, é necessário, principalmente em

casos de pacientes com cicatrizes uterinas, solicitar avaliação sobre a existência ou

não de acredismo placentário. (BRASIL, 2000).

Ao exame físico a palpação identificará a estática fetal alterada, situação

oblíqua e transversa (15%), apresentação pélvica (16%) e as cefálicas altas, por

motivo de interposição da placenta entre a cabeça e o andar superior da bacia. Na

auscultação do ventre revela batimentos cardiofetais. (REZENDE; MONTENEGRO,

2006).

De acordo com Farias e Nóbrega (2000) o caminho para a prevenção seria o

engajamento e a prática do autocuidado, tendo por base o conhecimento da

Page 39: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

36

gestante acerca do seu problema, e fatores determinantes e preditivos a ele

associados, onde se acredita que seja possível de ser alcançado através da

operacionalização do processo de enfermagem. (FARIAS; NÓBREGA, 2000).

Conforme Corrêia (1994) tratamento da placenta prévia, contemporização e

intervenção, aquela indicada antes da maturidade do feto (37 semanas), essa uma

vez assegurada a sua vitabilidade.

Tratamento expectante (antes da 37 semanas), é a perda inicial de sangue

habitualmente de pequena monta, permitindo esperar pelo amadurecimento do

produto, a hospitalização é importante. Já no tratamento ativo (neste mesmo período

gestacional) torna-se compulsória a interrupção imediata a prenhez. (REZENDE;

MONTENEGRO, 2006).

No seu prognóstico a adoção do tratamento expectante e a cesariana,

considerando os cuidados dispensados aos prematuros e a facilidade de

hemotrasfusão. (CORRÊIA, 1994).

2.2.11 Deslocamento Prematuro da Placenta

É definida como a separação súbita da placenta normalmente inserida no

corpo uterino, após a vigésima semana de gestação. O deslocamento prematuro da

placenta (DPP), também denominado abruptio placentae, representa causa

importante entre as síndromes hemorrágicas da segunda metade da gestação.

(MESQUITA et al., 2003).

Além do termo deslocamento prematuro da placenta, o mais conhecido e

usado, existe outras denominações para essa enfermidade: Abruptio Placentae,

apoplexia útero – placentário, hemorragia, retroplacentária e acidente hemorrágico

da gravidez. (CORRÊIA, 1994).

Para Mesquita e outros (2003) o DPP é dramático evento que acomete 0,5 a

3,0% das gestações, elevando a morbidade materna, além de ser responsável por

mais de um quarto de todos os óbitos perinatais. Sua incidência e severidade têm

diminuído progressivamente nos últimos anos.

Page 40: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

37

Mais comum em mulheres de paridade elevada e nas de menos de 20 anos e

com história do acidente em gravidez anterior (aumento de 10 vezes). (REZENDE;

MONTENEGRO, 2006).

Sobre sua etiologia, o DPP está longe de inteiramente desvendada, em que

pese o número e a seriedade dos estudos dedicados ao tema, como etiologia ainda

enigmática. Algumas causas aventuadas como hipertensão, fator mecânico e fator

placentário. (CORRÊIA, 1994).

A probabilidade de existir lesão primária nos vasos placentários não pode ser

descartada. (MESQUITA et al., 2003).

Para Rezende e Montenegro (2006) a hipertensão está associada ao DPP

quando a pressão diastólica é igual ou maior de 95 mmHg. A hipertensão materna

(da toxemia ou crônica) é responsável por 50% dos casos de DPP.

O fator mecânico é pouco freqüente, o deslocamento placentário pode

decorrer de traumatismos diretos sobre o útero, especialmente se está a placenta

inserida na sua parede ventral. (CARVALHO, 2007).

A necrose córtico-renal bilateral aguda é a causa mais comum do DPP. Graus

incompletos da afecção ou, para outros, apenas a necrose tubular aguda, levam á

oligúria temporária com eventual recuperação. Formas graves, responsáveis pela

anúria completa, são raras. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

A probabilidade de existir lesão primária nos vasos placentários não pode ser

descartada. (MESQUITA et al., 2003).

Para Camano (2005) a coagulação disseminada está presente em 10% dos

casos de DPP. Especialmente naqueles graves, suficientes para determinar o óbito

fetal, associados à toxemia gravídica.

O diagnóstico de DPP basea-se em evidências clínicas de dor abdominal

súbita de intensidade variável, geralmente associado à hipertonia uterina e a

sangramento vaginal ou a hemorragia oculta, com ou sem sinais de estado

hipovolêmico. (MESQUITA et al., 2003).

Para Corrêia (1994) de modo geral, o sangramento genital é continuo e de cor

escura e com coágulos. Outras vezes, não ocorre sangramento externo. O sangue

fica retido atrás da placenta e não se exterioriza. São os casos mais graves e que

terminam sempre com o deslocamento total da placenta e hipertonia uterina

acentuada.

Page 41: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

38

Trata-se de um acidente agudo que leva a complicações graves e, portanto,

exige diagnóstico rápido e conduta precisa. A solução final para o problema é a

retirada do feto e da placenta. (CARVALHO, 2007).

A complicação mais freqüente delas é o chamado Útero de Couvelaire, que

surge em conseqüência da infiltração de sangue na musculatura uterina, formando

pequenos hematomas e dando-lhe um aspecto marmóreo. (CORRÊIA, 1994).

No prognóstico materno a mortalidade chega atingir 3% dos casos.

Ensombrecem o prognóstico a postergação exagerada do parto, antecedentes

toxêmicos, choque, insuficiência renal aguda. É complicação materna tardia a

necrose hipofisária. Fetal, ocorre morte do produto, comumente, em 90% dos casos.

(REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

No que diz respeito o tratamento, pode dividir-se de forma didática em clinico

medicamentoso e na conduta obstétrica. (CARVALHO, 2007).

No estabelecimento da conduta obstétrica o feto vivo e viável impõem

resolução imediata do parto. O feto morto e/ou inviável executar de imediato

aminiotomia. Após a amniotomia, administrar derivados de meperidina, que além da

ação sedativa, favorecem a evolução do parto por coordenar as contrações.

(CAMANO, 2005).

Conforme Carvalho (2007) a cesárea no DPP com feto morto está indicada se

não houver resolução do parto em cerca de 4 a 6 horas e se a hemorragia for

pronunciada e a espera possa agravar sobremaneira o prognóstico materno e

também se ocorrer coagulopatia.

2.2.12 Rotura Uterina

Trata-se da rotura completa ou incompleta da parede uterina, que ocorre,

sobretudo além da 28ª semana gestacional e durante o trabalho de parto, precedida,

em sua maioria, por quadro clínico de iminência de rotura uterina, o que facilita sua

prevenção. (BRASIL, 2000).

De acordo com Rezende e Montenegro (2006) sua frequência é inversamente

proporcional à qualidade da assistência pré-natal e, sobretudo, da dispensada

Page 42: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

39

durante o trabalho de parto. A incidência pode assim variar de 1:415 a 1:2, em 500

partos.

Os fatores predisponentes são, multiparidade, cicatriz de cesárea anterior,

rotura uterina prévia, cirurgias uterinas prévias, anomalias congênitas

uterinas,desproporção céfalo-pélvica, macrossomia fetal, apresentações anômalas e

sobredistensão uterina. (CARVALHO, 2007).

Tipos de rotura são, completos envolve todas as camadas do útero e

Incompleta abrange todo miométrio, porém o peritônio visceral permanece intacto.

(CORRÊIA, 1994).

Classificação se dá por rotura espontânea que resultante de má assistência e

negligência ao parto. Rotura traumática resultante de partos operatórios vaginais mal

indicados ou mal executados. (BARRA et al., 2008).

As roturas uterinas, ocorrentes no início da gravidez, têm quadro clínico igual

ao da prenhez ectópica e o diagnóstico só se confirma por ocasião da laparotomia.

(REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

No diagnóstico clínico os sinais de eminência de rotura uterina são: pacientes

com contração subintrantes intensas e excessivamente dolorosas, síndrome de

distensão segmentar (Bandl-Frommel). (CORRÊIA, 1994).

Os sinais e sintomas de rotura uterina instalada são, dor abrupta e lancinante

no hipogástrio, seguida de acalmia dolorosa transitória, hemorragia intensa e/ou

externa, choque relacionado ao volume da hemorragia, irritação peritonial,

paralisação do trabalho de parto, deformidades abdominais feto “superficial”.

(BRASIL, 2000).

Na segunda metade da prenhez, a sintomatologia é habitualmente mais

discreta. A evolução da rotura é lenta, e mesmo quando completa, a extrusão do feto

faz-se progressiva, no rumo da cavidade abdominal. A palpação revela a presença

de duas massas distintas, a matriz e o feto, esse, geral, inaudível. (REZENDE;

MONTENEGRO, 2006).

Para Barra e outros (2008) o prognóstico depende de vários fatores, como

localização e extensão da rotura, rapidez no diagnóstico e na conduta. A mortalidade

materna varia de 2 a 30 % geralmente devido ao choque hipovolêmico. A

mortalidade fetal é alta , variando de 30 a 85 % , a maioria devida ao descolamento

da placenta.

Page 43: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

40

A profilaxia é avaliação correta da bacia materna; identificação da posição

fetal; evitar o trabalho de parto prolongado; só induzir o parto com uma identificação

precisa. (CARVALHO, 2007).

O tratamento consiste em laparotomia imediata, se a paciente deseja ter mais

filhos, pode-se tentar a regularização das bordas da ferida e a ulterior sutura, em

dois planos, com pontos separados. Nas multíparas, pratica-se a histerectomia

subtotal ou total. A antibioticoterapia e a hemotrasfusão completam. (REZENDE;

MONTENEGRO, 2006).

2.2.13 Crescimento Intra-Uterino Restrito

O crescimento intra-uterino restrito (CIR) é entidade mórbida da maior

importância, porquanto os conceptos incluídos nessa categoria são responsáveis por

mortalidade perinatal 10 vezes maior do que aquela existente em fetos normais. Os

que sobrevivem estão submetidos a maior mortalidade neonatal imediata.

(REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Conforme Sarni e outros (2005) o crescimento fetal é mantido por complexa

interação entre fatores circulatórios, endócrinos e metabólicos. Estudos na última

década mostraram que, mesmo quando discretos, os agravos ao crescimento no

período fetal podem levar agraves conseqüências na vida adulta.

Refere-se a recém-nascido de baixo peso ou pequeno para idade gestacional,

o recém-nascido com peso menor ou igual a 2.500g, independentemente da idade

gestacional. Isto geralmente ocorre em virtude do funcionamento inadequado da

placenta, acarretando o crescimento intra-uterino restrito. (CARVALHO, 2007).

Por definição, feto com CIR é aquele que ao nascimento apresenta peso

inferior ao 10º percentil para a idade gestacional. (REZENDE; MONTENEGRO,

2006).

Os fatores podem ser enquadrados em três grupos: fetal, materno e

placentário. Os fatores predisponentes são, anormalidades da placenta e do leito

placentário, anormalidades na circulação fetoplacentária, adaptação circulatória fetal

a insuficiência placentária, anormalidades estruturais da placenta. (CORRÊIA, 1994).

Page 44: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

41

Para Carvalho (2007) toxemia gravídica, infecções congênitas, tabagismo

materno, drogas e intoxicações, alcoolismo crônico, má nutrição materna.

Fato que origina a desproporção observada entre o tamanho da cabeça (que

permanece com o volume das células normais) e do corpo (que sofre redução no

volume celular), representado principalmente pela redução da circunferência

abdominal, visto que o fígado é um dos órgãos mais afetados. (SANTOS; THOMAZ;

ROCHA, 2005).

Nunca é demais sinalar que 75-80% dos casos de CIR são constitucionais,

sem qualquer anormalidade. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Para Costa e Leone (2009) decorre da observação de maior morbidade e

mortalidade nesses recém-nascidos, além da maior chance de desenvolvimento de

doenças crônicas na vida adulta, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial

sistêmica, obesidade e doenças cardiovasculares.

Os fetos que sobrevivem estão submetidos a maior morbidade neonatal

imediata – hipóxia, síndrome de aspiração de mecônio, hipoglicemia. (REZENDE;

MONTENEGRO, 2006).

Dividem-se os fetos com CIR em dois grupos, simétricos e assimétricos. Os

assimétricos têm preservado a circunferência cefálica, mas pequena circunferência

abdominal. Os simétricos têm ambas as dimensões reduzidas. (CORRÊIA, 1994).

Para Rezende e Montenegro (2006) as desordens cromossomais (trissomia

13,18 e 21) e malformações estruturais têm associação forte entre CIR. Em fetos

com malformações estruturais, cerca de 20% têm CIR. No total, as desordens

cromossomiais e as malformações estruturais são responsáveis por,

aproximadamente, 5 a 10% dos fetos com CIR.

Para Corrêia (1994) placenta “pequena” (mau desenvolvimento viloso

terciário), circunvalada, inserção velamentosa do cordão, corangioma ocasionam

CIR. A gestação múltipla está associada ao CIR. A taxa de crescimento dos

gemelares se diferencia a partir de 32 semanas e 15-30% das gestações gemelares

podem causar com CIR.

A nutrição intra-uterina adequada é condição ímpar para o crescimento e

desenvolvimento normais do feto, constituindo fator primordial para a determinação

do peso ao nascer. (SANTOS; THOMAZ; ROCHA, 2005).

Page 45: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

42

Em gestações bem datadas o melhor critério para diagnosticar o CIR, de

ambos os tipos, é através da medida da circunferência abdominal inferior ao 2,5. °

porcentil. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

O diagnóstico é feito por observação clínica: como pesquisa de antecedentes;

exames obstétricos regulares para controlar o desenvolvimento uterino medida da

altura uterina e palpação abdominal; conhecimento exato da ultima menstruação;

ultra-sonografia; radiografia abdominal; amnioscopia. (CARVALHO, 2007).

O ultra-som é, e por sem dúvida, o procedimento de eleição para o

diagnóstico do CIR, principalmente para separar o CIR simétrico do assimétrico. O

diagnóstico clínico do CIR é precário e mesmo a mensuração do fundo uterino,

incorreta em 30% dos casos. (CORRÊIA, 1994).

Para Carvalho (2007) a conduta na CIR, os resultados perinatais relacionam-

se diretamente à conduta adotada no decorrer da gestação, no momento do parto e

logo após o nascimento.

No prognóstico os com CIR simétricos proporcional-crônico, permanecerão

sempre menores do que os normais, com peso mais baixo e circunferência craniana

menor. Já os CIR assimétrico desproporcional, sub-agudo, recuperam-se nos

primeiros meses de vida. (CORRÊIA, 1994).

O ideal seria preveni-lo. Para isso faz-se necessário melhorar as condições

socioeconômicas da população e fornecer assistência pré-natal adequada. (COSTA;

LEONE, 2009).

O tratamento, fora do campo experimental, o que se propõe é, repouso,

administração de corticóides e administração de aspirina e interrupção da gravidez.

O melhor método para interromper a gestação com CIR é a operação cesariana.

(REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

2.2.14 Macrossomia Fetal

O processo do crescimento e desenvolvimento fetal envolve a mãe, a

placenta e o feto e depende do aporte de nutrientes como glicose, lipídios e

aminoácidos. Fatores genéticos, somados ao estado materno-fetal, também

influenciam no desenvolvimento. (FIORELLI; ZUGAIB, 2007).

Page 46: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

43

Representa risco elevado de morbimortalidade materna e perinatal. A

mortalidade se associa em 0,5% e a morbidade pode atingir cifras de 11,4%.

(KERCHE et al., 2005).

Para Neto e outros (2009), A prevalência mundial de recém-nascidos vivos

com peso superior a 4000 gramas é de aproximadamente 9% com larga variação

entre países. No Brasil esta taxa foi de 5% em 2004 de acordo com os dados do

DATASUS, sendo que neste ano a taxa de parto cesáreo em recém-nascidos

macrossômicos foi de 49,18%.

As definições mais comumente utilizadas referem-se a peso de nascimento

acima de 4000 gramas, 4500 gramas ou 4536 gramas. Considera macrossomia

acima de 4500 gramas devido ao aumento significativo da morbidade a partir deste

peso, porém reconhece o aumento de risco quando o peso é acima de 4000 gramas.

(FIORELLI; ZUGAIB, 2007).

Kerche e outros (2005) classificam os recém-nascidos em pequenos, com

peso inferior ao 10º percentil; adequados, peso entre o 10º e o 90º percentil, e

grandes para a idade gestacional, os de peso superior ao 90º percentil. Nesta última

categoria estão caracterizados os macrossômicos.

Considerando estatísticas populacionais, qualquer feto com peso acima do

90º percentil para a idade gestacional pode ser considerado grande para a idade

gestacional. O percentil de peso para a idade gestacional é considerado melhor para

identificar fetos macrossômicos pré-termo ou a termo. (CARVALHO, 2007).

Na macrossomia há visceromegalia generalizada, maior desenvolvimento da

massa muscular e da adiposidade. O crescimento fetal não está alterado. O fator

primário na macrossomia é a hiperinsulinemia fetal decorrente da hiperglicemia

materna. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Para Fiorelli e Zugaib (2007) os achados epidemiológicos, clínicos e

experimentais indicam que o diabetes mellitus gestacional ou pré gestacional, assim

como a obesidade ou excesso de ganho de peso durante a gravidez, são fatores de

risco significantes para a supernutrição fetal e a macrossomia.

Outros fatores de risco para macrossomia fetal são multiparidade, idade

materna avançada, antecedente de feto macrossômico, feto masculino e pós-

datismo. (KERCHE et al., 2005).

Page 47: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

44

Conforme Neto e outros (2009) os fetos macrossômicos podem ser

considerados, assim, como grupo de risco. Entretanto, 50% a 60% das distócias de

ombro ocorrem em fetos com menos de 4.000 g.

A hipertensão gestacional, o aumento nos índices de cesárea, eletiva ou de

emergência, os traumas e infecções no canal de parto, as hemorragias e as

retenções placentárias, decorrentes da atonia uterina, são complicações maternas,

comumente associadas à macrossomia fetal. (KERCHE et al., 2005).

A hiperglicemia materna resulta em hiperglicemia fetal, com consequente

aumento na produção de insulina, determinando hipertrofia e hiperplasia das células

pancreáticas. (CARVALHO, 2007).

O estado de hiperinsulinismo e excesso de glicose no meio intra-uterino,

comum nas gestações complicadas pelo diabetes, favorecem a organomegalia e a

macrossomia fetal. (CORRÊIA, 1994).

No período neonatal, os macrossômicos têm frequência aumentada de

hipoglicemia, hiperbilirrubinemia, hipocalcemia, síndrome do desconforto respiratório

e cardiomiopatia hipertrófica que, associadas à prematuridade, favorecem a morte

perinatal. (KERCHE et al., 2005).

As complicações maternas são: trabalho de parto prolongado, atonia uterina,

parto operatório, lacerações do trato genital, ruptura uterina e as complicações fetais

são: distocia de bisacromial levando a trauma de parto (lesão de plexo braquial,

fratura de clavícula) e/ou asfixia. (FIORELLI; ZUGAIB, 2007).

As complicações maternas mais freqüentes são lacerações do assoalho

pélvico e hemorragias pós-parto (11%), além da ruptura uterina (1%). A taxa de

infecção materna também é verificada. (NETO et al., 2009).

Mulheres com vasculopatia, retinopatia e hipertensão preexistente têm risco

elevado de pré-eclâmpsia e CIR. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Para Neto e outros (2009), O diagnóstico pode ser feito quando a cabeça fetal

se retrai contra o períneo materno logo que a cabeça é liberada. Outro critério a ser

utilizado para delinear o quadro é identificação de intervalo maior ou igual há

sessenta segundos desde a saída da cabeça até a saída do resto do corpo.

Como medidas preventivas no período pré-natal, ressaltam-se o controle do

ganho ponderal materno, o rastreamento de diabetes gestacional, o controle da

glicemia materna na confirmação do diabete e a identificação de fetos

macrossômicos pelo exame clínico e ultra-sonográfico. (KERCHE et al., 2005).

Page 48: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

45

A macrossomia fetal e precoce e exames ultra-sonográficos mostram já

aumento da circunferência abdominal na gravidez de 18 semanas. A ultra-sonográfia

seriada, a cada 3-4 semanas, para avaliar a circunferência abdominal rastreia a

macrossomia fetal. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Na vigência da distorcia de ombro, o manejo consiste, primeiramente em

realizar manobras e adoções de posições maternas com o intuito de aumentar a

capacidade pélvica. (NETO et al., 2009).

Conforme Corrêia (1994) no tratamento, muitos indicam a interrupção da

gravidez com 38 semanas. Presente a macrossomia fetal deve-se esperar 30% de

distorcia dos ombros; nesse caso a cesárea seria a indicação de escolha.

2.2.15 Incompetência do Istmo-Cervical

A incompetência istmo-cervical (IIC) é entendida clínica como falência do

sistema oclusivo da matriz, de tal modo que a cérvice não se mantém cerrada,

tornando-se incapaz de reter o produto da concepção até o final da gravidez. Sua

incidência é de 1:1000 partos. (CORRÊIA, 1997).

É um defeito mecânico do colo uterino que se torna, assim, incapaz de manter

a gravidez até o termo. Geralmente, o abortamento ocorre no 2° trimestre da

gravidez. (CARVALHO, 2007).

O quadro clínico característico é a IIC, uma das principais causas de

abortamento tardio ou de parto pré-termo habitual (interrupção a partir de 16

semanas). O concepto nasce vivo e morfologicamente normal. (REZENDE;

MONTENEGRO, 2006).

Classifica-se a IIC em primária e secundária. A primária é congênita e pode

coexistir ou não com outras malformações uterinas, principalmente com o útero

unicórnio, e ainda em mulheres com história de exposição ao dietilestilbestrol intra-

uterino durante a gestação de suas mães. (ROZAS; NETO, 2003).

Para Rezende e Montenegro (2006), A IIC secundária ocorre como seqüela

de trauma na região istmo-cervical, principalmente causado por dilatações

intempestivas do colo, aplicação de fórcipe alto em colos não completamente

dilatados e, ainda, por cirurgias do tipo amputação de colo.

Page 49: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

46

O comprimento do canal cervical ao exame cervical permite escolher a via de

abordagem de ressonância magnética é de 33,0 mm e a largura de seu orifício

cirúrgica. Por outro lado, através do ultra-som interno de até 3,3 mm. (ROZAS;

NETO, 2003).

Decorre desse fato à interrupção da prenhez, que se processa por um ou

mais dos seguintes mecanismos: a dilatação istimocervical estimula diretamente a

contratilidade uterina; ficam as membranas sem anteparo; o contato direto do ovo

com a cavidade vaginal e cervical leva á contaminação das membranas. (CORRÊIA,

1994).

O tratamento médico consiste na sutura em forma da bolsa, reforçando o colo

uterino e impedindo o relaxamento e dilatação. Este tratamento é chamado de

cerclagem e deve ser feito ao redor da 14ª ou 18ª semana de gestação, quando o

maior risco de perda espontânea já passou. (CARVALHO, 2007).

2.2.16 Gestação Prolongada

Gestação prolongada, pós-termo ou pós-datada, é aquela que atinge ou

ultrapassa 42 semanas completas (294 dias completos), contado a partir do primeiro

dia do último período menstrual. (BRASIL, 2000).

A gravidez prolongada (≥ 42 semanas) ocorre em cerca de 10% das

gestações, se foi a duração contada pela última menstruação. Se for datada pela

ultra-sonografia, essa incidência pode cair para 1-2%. Mulheres que sofrem uma

gravidez prolongada têm 20% de risco de repeti-la. (REZENDE; MONTENEGRO,

2006).

Segundo Carvalho (2007) pode-se dividir a gravidez prolongada em

fisiológica, na qual não há disfunção placentária, e patológica onde encontramos a

insuficiência placentária com repercussão para o feto.

A mortalidade perinatal é de duas a três vezes maior em crianças nascidas de

gravidez prolongada. É maior em primíparas, principalmente com mais de 35 anos

de idade e em gestantes com complicações como hipertensão arterial,

isoimunização Rh e mau posicionamento fetal. (CORRÊIA, 1994).

Page 50: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

47

Na verdade não se sabe a causa da gravidez prolongada. Por vezes está

associada a anomalias fetais, anencefalia, hipoplasia supra-renal, ou à deficiência

de sulfatasse placentária. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Para Corrêia (1994) esse problema não apresenta sinais ou sintomas que o

caracterize. Após a data provável do parto, talvez a única alteração percebida por

algumas gestantes seja a diminuição da movimentação fetal.

As complicações da gravidez prolongada são: desproporção céfalo-pélvica

por fetos grandes. O feto continua crescendo após a data provável do parto.

Distorcia de apresentação: apresentam modo de face, de nádegas etc. disfunção

placentária e morte por causa da insuficiência placentária. (CARVALHO, 2007).

O diagnóstico de gravidez cronologicamente prolongada é fácil naquelas

gestantes que tiveram uma assistência pré-natal adequada, desde o início da

prenhez, é bastante difícil quando isso não acontece. (CORRÊIA, 1994).

Para Rezende e Montenegro (2006) o diagnóstico clínico fundamenta-se na

anamnese, no exame físico geral e local, características do recém-nascido pós-

maturo e alterações placentária.

Os exames de avaliação fetal são: ultra-sonografia realizada na época mais

indicada para se datar a gestação (entre a 12ª 16ª semanas), fornece resultados

plenamente confiáveis e a monitoração fetal anteparto, os testes mais prestimosos

parecem ser a cardiotocografia e a avaliação da oligoidramia. (CARVALHO, 2007).

Nas gestações cronologicamente prolongadas, a conduta expectante se

justifica, quando se comprova que o funcionamento placentário é adequado, as

condições fetais são satisfatórias e se pode monitorá-las periodicamente. Sendo

impossível essa monitoração, o recomendável é comprova-se laboratorialmente.

(CORRÊIA, 1994).

Para Carvalho (2007) o atendimento neonatal na prenhez prolongada há de

ser apurado visando a prevenir a síndrome de aspiração por mecônio e a corrigir

depressão hipóxica.

No prognóstico a pós-maturidade, em primigrávidas, como causa exponencial

de mortalidade fetal e neonatal, vem logo após a prematuridade. A mortalidade

perinatal, em primíparas idosas, chegava a atingir 30%. (REZENDE;

MONTENEGRO, 2006).

Page 51: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

48

Para Corrêia (1994) o prognóstico para o feto é sempre reservado: existe o

risco de sofrimento ou morte intra-útero, intraparto, ou após o momento. Outro risco

importante é o da prematuridade iatrogênica.

A tendência atual é começar o tratamento da gravidez prolongada a partir de

41 semanas. Na complicada por fatores médicos ou obstétricos e naqueles com

sofrimento fetal, a cesárea se impõem. Na gravidez prolongada não-complicada as

condições do colo ditarão a conduta. (CARVALHO, 2007).

2.2.17 Trabalho de Parto Prematuro

É prematuridade a interrupção da gravidez antes de 37 semanas completas

(259 dias completos ou trabalho de parto prematuro é aquele que se inicia antes da

37ª semanas de gestação. (CARVALHO, 2007)).

O nascimento prematuro é um dos maiores problemas ainda não

solucionados da obstetrícia. A sua incidência, morbidade e mortalidade neonatal

continuam elevadas. Além disso, suas complicações estão entre as principais

causas de morte no primeiro ano de vida da criança. (BITTAR; CARVALHO;

ZUGAIB, 2005).

O Nascimento pré-termo está associado a 70% de mortalidade e a

aproximadamente 85% das principais morbidades neonatais em todo o mundo.

(MARTINS et al., 2004).

Para Lorena e Brito (2009) a incidência de nascimentos prematuros

relacionados aos países desenvolvidos é de 5 a 8%, sendo que no Brasil é de 9%.

Aproximadamente 75% dos casos, o parto prematuro é espontâneo, ou seja, a

gestante inicia espontaneamente o trabalho de parto. Nos 25% restantes o parto

prematuro é eletivo, isto é, a interrupção da gestação é realizada em decorrência de

alguma complicação materna e/ou fetal. (BITTAR; CARVALHO; ZUGAIB, 2005).

O parto pré-termo pode ser subdividido em: Parto pré-termo (propriamente

dito) – 32-< 37 semanas. Parto muito pré-termo – 28- < 32 semanas. Parto

extremamente pré-termo – 24- < 28 semanas. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

A maioria da morbiletalidade perinatal está concentrada nos infantes nascidos

com menos de 32 semanas e peso inferior a 1.500g. (CORRÊIA, 1994).

Page 52: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

49

O prematuro é feto cujo desenvolvimento intra-uterino foi interrompido e seus

órgãos, ainda imaturos, terão de assumir funções para as quais não estavam

preparados. O funcionamento deles, portanto, tem características próprias,

denominadas desvantagens fisiológicas do prematuro. (REZENDE; MONTENEGRO,

2006).

Para Corrêia (1994) a etiologia é desconhecida induziu os estudiosos do

assunto a considerar aqueles fatores que frequentemente a ele se associam, como

fatores de risco de parto pré-termo.

Os riscos das causas de parto pré-termo são: rotura prematura pré-termo das

membranas; infecção intra-uterina; prenhez gemelar; polidramnia; patologia uterina;

disfunção placentária; síndrome hemorrágica; deslocamento prematuro da placenta.

(CARVALHO, 2007).

Manifestações clínicas: contrações uterinas regulares e palpáveis. Alterações

progressivas no colo uterino. Às vezes, amniorrexe. (LORENA; BRITO, 2009).

A síndrome da angústia respiratória é a principal causa de morte no recém-

nascido prematuro e deve-se à deficiência de material surfactante (lecitina) nos

alvéolos pulmonares. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Grande fator de risco para o parto pré-termo é a história de prematuridade na

gravidez anterior. As oportunidades de repeti-lo chegam a 20%; após dois partos

pré-termos anteriores o risco ascende para 35-40%. (CORRÊIA, 1994).

A conduta visa diminuir suas repercussões negativas sobre o feto. Quando

ocorre o parto pré-termo, é essencial que se dispense uma assistência neonatal

adequada ao recém-nascido para melhores condições de sobrevida. Com

finalidades e atitudes específicas, como objetivo de prevenir os problemas da

prematuridade. (BRASIL, 2000).

Durante a assistência ao parto prematuro deve-se evitar o uso de analgésicos

e tranquilizantes ou sedativos, que deprimem a respiração. Deve ser instituída

sempre que possível para minimizar a reação de estresse em resposta à dor e à

ansiedade materna e suas conseqüências fetais. (BITTAR; CARVALHO; ZUGAIB,

2005).

Para Rezende e Montenegro (2003) os procedimentos mais utilizados para

avaliar a maturidade fetal necessitam de amostras do líquido amniótico, obtidas por

amniocentese: determinação do teste de clements, da relação lecitina/esfingomielina

e do fosfatidilglicerol (maturidade pulmonar).

Page 53: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

50

Outros exames complementares podem ajudar na identificação das pacientes

de risco pré-termo que são a ultra-sonografia, bacterioscopia, cultura de urina e

cardiotocografia. (CORRÊIA, 1994).

O diagnóstico correto nem sempre é fácil e classicamente baseia-se na

presença de contrações uterinas regulares (pelo menos uma a cada 5 minutos) e

persistentes, dilatação cervical igual ou superior a 1 cm, esvaecimento cervical igual

ou superior a 80% e progressão das alterações cervicais. (BITTAR; CARVALHO;

ZUGAIB, 2005).

No seu prognóstico de parto pré-termo, atualmente a mortalidade perinatal é

mínima após 32-34 semanas, se o concepto nasce em boas condições de

vitabilidade e do mesmo peso dispõe de atendimento em centro terciário.

(REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Para Lorena e Brito (2009) devem ser considerados os seguintes aspectos

para se decidir sobre a melhor via de parto: idade gestacional (viabilidade), peso

estimado do feto, apresentação fetal, condições do colo uterino, integridade das

membranas amnióticas.

O tratamento da prematuridade pode ser dividido em: profilático, assistência

do trabalho de parto prematuro e assistência imediata ao recém-nascido prematuro.

(CARVALHO, 2007).

2.2.18 Oligoâmnio ou Oligoidramnia

O volume do líquido amniótico é o resultado do equilíbrio entre a produção e a

reabsorção do fluido. Na primeira metade da gestação a maioria do líquido amniótico

é resultante do transporte ativo de sódio e de cloro através da membrana amniótica

e da pele fetal, com o consequente movimento passivo de água. (REZENDE;

MONTENEGRO, 2006).

Oligoidramnia é a redução significativa do volume do líquido amniótico. A

quantidade de líquido varia de acordo com o tempo da gestação, atinge seu volume

máximo na 38ª semana (1.000 ml) decrescente até o parto. (CARVALHO, 2007).

A oligoidramnia complica 4% de todas as gestações. A quantidade adequada

do liquido amniótico é indispensável para o desenvolvimento do pulmão fetal,

Page 54: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

51

permite o livre movimento do concepto, e ainda atua como barreira contra a

infecção. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Para Bastos e Nogueira (2003) incide de 3% a 5% das gestações no 3º

trimestre e em cerca de 0,2% no 2º trimestre.

A oligoidramnia pode determinar a compressão fetal contra as paredes

uterinas, deformidades de seus membros, compressão do cordão, hipoplasia

pulmonar e alterações na sua epiderme. (CORRÊIA, 1994).

O liquido amniótico ao tornar-se extremamente escasso (300-400 ml), fica

espesso, viscoso e turvo. Nos casos mais acentuados fala-se em anidramnia.

(REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

As principais causas determinantes são: ruptura prematura das membranas,

insuficiência placentária, anomalias congênita, aneuploidias fetais e uso de

medicações pela mãe durante a gravidez. (BASTOS; NOGUEIRA, 2003).

Para Corrêia (1994) a oligoidramnia ocorre, principalmente, quando existe

insuficiência nas malformações fetais do sistema urinário. A oligoidramnia está

associada as graves condições fetais como: doença renal, CIR, amniorrexe

prematura e pós maturidade.

A conduta é expectante se não houver sofrimentto fetal. Se a diminuição do

liquido for muito grave, pode-se-à optar pela interrupção, mesmo maduro ou com

vitalidade comprometida. Pode-se induzir o parto se não houver contra-indicações

maternas ou fetais. (CARVALHO, 2007).

O diagnóstico clínico da oligoidramnia é tardio. Baseia-se na diminuição da

altura uterina e fácil percepção das partes fetais à palpação obstétrica. A melhor

forma de diagnóstico é por meio da avaliação ultra-sonográfica. Dentre as técnicas

existentes destaca-se o índice de líquido amniótico. (BASTOS; NOGUEIRA, 2003).

Na ultra-sonografia, que mostra o bolsão de líquido amniótico menos de 2 cm

no seu diâmetro vertical. Outros critérios: ausência óbvia de líquido amniótico,

diminuta interface líquido/feto, aconchegamento exagerado das pequenas partes

fetais. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

No prognóstico não importa a causa da oligoidramnia, as complicações fetais

que podem ocorrer incluem a morte do feto, hipoplasia pulmonar (antes de 24

semanas), diversas anormalidades esqueléticas e faciais (síndrome de Potter).

(CORRÊIA, 1994).

Page 55: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

52

A oligoidramnia, quando instalada até o 2º trimestre, tem prognóstico

reservado, e a mortalidade perinatal, relatada em trabalhos anteriores, varia entre 43

e 100%. (CARVALHO. 2007).

Para Corrêia (1994) não existem recursos para o tratamento clinico da

oligoidramnia. A única medida capaz de ajudar o feto é a sua remoção de um

ambiente que lhe é desfavorável à permanência e ao seu desenvolvimento.

2.2.19 Polidramnia ou Polidrâmnio

Polidramnia é o excesso de líquido amniótico, um volume maior que 2.000 ml.

Entretanto, ela pode ser clinicamente insignificante antes de 3.000 ml. (CARVALHO,

2007).

Atualmente, e com maior precisão, define-se polidramnia quando presente

bolsão de líquido amniótico com diâmetro vertical > 8 cm. (REZENDE;

MONTENEGRO, 2006).

Geralmente o aumento do líquido amniótico ocorre por alteração do

mecanismo de circulação, de produção, de dificuldade de absorção ou pela

associação antes destes fatores. (CORRÊIA, 1994).

Conforme Rezende e Montenegro (2003) na etiopatogenia é conhecida a

relação entre a polidramnia e as anomalias congênitas fetais, presentes em cerca de

60% dos casos, especialmente as do sistema nervoso central (anencefalia, defeitos

do tubo neural e as astresias altas do tubo digestivo (esôfago e duodeno).

A incidência de polidramnia varia de 0,4 a 1,5% sendo que destes, 34% são

idiopáticos. (MENDES et al., 1992).

Outros fatores predisponentes são: fatores maternos, diabetes mellitus e

isoimunização Rh, fatores placentários como corioangioma, síndrome transfusor-

transfundido, placenta circunvalada. (CARVALHO, 2007).

Manifestam a polidramnia sobre duas formas: aguda e crônica. Na aguda, há

o aumento súbito do líquido amniótico, provocando uma distensão rápida do útero,

podendo causar compressão de estruturas abdominais. Na crônica, com

repercussões menos nítidas sobre as condições maternas. (CORRÊIA, 1994).

Page 56: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

53

Para Carvalho (2007) o agudo é mais frequente antes da 24ª semanas e o

líquido aumenta em poucos dias. É menos comum e mais grave, com alta

mortalidade perinatal.

Na forma crônica, mais frequente, iniciam-se nos últimos meses; a expansão

do útero é gradativa, mas pode alcançar volume considerável. O prognóstico fetal é

reservado, mas não são pequenas as possibilidades de a gravidez alcançar o termo

ou suas proximidades. (REZENDE; MONTENEGRO 2006).

Os sinais e sintomas dependerão do volume do líquido e do seu grau de

compressão. A gestante pode apresentar dispnéia, taquicardia, palpitação, cianose,

edema dos membros inferiores, desconforto e dores abdominais, dor na região

lombar e nas coxas. (CARVALHO, 2007).

O sofrimento materno pode ser intenso, pela pressão do útero, muito

desenvolvido, sobre o diafragma, com dispnéia acentuada, alentecendo a circulação

venosa de retorno dos membros inferiores, determinando edema, varizes e

hemorróidas. (CORRÊIA, 1994).

Nas repercussões fetais ocorre malformação fetal, prematuridade, hemorragia

intraventricular, maior possibilidade de hipóxia ao nascimento, tocotraumatismos

decorrentes de prolapso de cordão e gemelaridade, anemia hemolítica e alta

mortalidade perinatal. (CARVALHO, 2007).

Para Corrêia (1994) o diagnóstico baseia-se na inspeção e palpação

abdominal. Comprova-se útero bastante volumoso e facilidade na mobilização fetal.

Quando possível, confirma-se o diagnóstico, recorrendo-se à ultra-sonográfico.

A ultra-sonografia sela o diagnóstico e é indispensável para reconhecer a

gemelidade e revelar algumas das anomalias congênitas frequentemente

associadas. A ultra-sonografia mostra bolsão de líquido amniótico com diâmetro

vertical ≥ 8 cm. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

O prognóstico materno é bom, apenas gravado por algumas complicações da

prenhez e do parto. O mesmo não se dá com o feto: muito frequentes as

malformações, a prematuridade, as lesões anóxicas e traumáticas. A mortalidade

perinatal orça em torno de 50%. Nas agudas, a interrupção é a regra. (CORRÊIA,

1994).

Nas formas agudas a conduta é diminuir o desconforto. A solução é remover

parte do líquido amniótico, visando reduzir a distensão uterina excessiva. Essa

Page 57: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

54

remoção se faz por meio de amniocentese transabdominal. Nas crônicas, sem

sintomatologia, a preocupação é com as condições fetais. (CARVALHO, 2007).

Para Mendes e outros (1992) o protocolo de alguns serviços indica

insulinoterapia para diminuir o volume de líquido amniótico. A via de parto

dependerá das condições obstétricas. Entretanto, está aumentando a incidência de

cesárea. Durante o trabalho de parto a amniotomia deve ser cuidadosa, a fim de

evitar o prolapso de cordão.

Não havendo evidência de malformação fetal, consiste a conduta em procurar

prolongar a gravidez, aliviando, simultaneamente, os sintomas decorrentes do

excessivo volume amniótico. As duas indicações se superpõem, pois a

sobredistensão é motivo de maior amadurecimento da cinética uterina. (REZENDE;

MONTENEGRO, 2006).

2.2.20 Êmese e Hiperêmese

Entre a êmese gravídica, vômitos simples do inicio da gestação, e a

hiperêmese gravídica, vômitos incoercíveis ou perniciosos da prenhez, existe

apenas diferença de intensidade, bem assim na repercussão clínica de seus efeitos.

São os mesmo processos, configurando a hiperêmese a forma grave. (REZENDE;

MONTENEGRO, 2006).

A hiperêmese é uma condição clínica rara e de alto risco, que pode

determinar graves alterações hidroeletrolíticas e nutricionais. (CARVALHO, 2007).

Para Carmo e outros (2000) êmese acomete 60 a 70% das gestantes, com

resolução quase sempre espontânea, constituindo a chamada "forma leve". A "forma

grave", também denominada hiperêmese, acomete cerca de 2 a 3 em cada 1.000

gestações.

Na verdade, desconhece-se a causa determinante da afecção. Entre as

aventadas, descrevem-se reações alérgicas da mãe e substâncias produzidas pelo

ovo (toxinas, proteínas), reflexos originados no útero expandido ou nos órgãos

digestivos, alterações hormonais. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Fatores predisponentes: níveis elevados de gonadotrofina coriônica durante o

primeiro trimestre; aumento dos níveis de estrógeno e progesterona; insuficiência

Page 58: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

55

adrenocortical; rejeição inconsciente à feminilidade, à gravidez, coito ou ao marido;

imaturidade psicológica; medo do parto; histeria. (CARVALHO, 2007).

O quadro clínico decorre, inicialmente, das depleções de água e de eletrólitos

(sódio e cloro); mais tarde, nos casos graves, da desnutrição. A baixa dos níveis de

potássio, por ser pequena a sua quantidade no suco gástrico, não é freqüente,

apenas se estabelece nos vômitos. (CORRÊIA, 1994).

Para Carvalho (2007) sua manifestação clínica é: perda de peso - em razão

da anorexia, náuseas e vômitos. Alcalose metabólica – em virtude da perda de suco

gástrico, rico em ácido clorídrico. Acidose – por causa da diminuição do aporte

nutricional. Desidratação – pele e mucosas secas, olhos encovados.

A face e os olhos, encovados; a língua saburrosa, áspera, quebradiça, com

enrugamentos longitudinais. Pode ter quadro de choque, com hipotensão, pulso

rápido (acima de 100) e fino, extremidades frias. A oligúria habitualmente exprime

hipovolemia, polineurite e síndrome de korsakoff. (REZENDE; MONTENEGRO,

2006).

O diagnóstico da Hiperemese gravídica é clínico e laboratorial. O diagnóstico

clínico é, por vezes, dificultado pelo fato da mulher hipervalorizar as

náuseas/vômitos do início da gravidez As alterações do ionograma permitem o

diagnóstico diferencial com as náuseas/vômitos do início da gravidez. (CARMO et

al., 2000).

Conforme Corrêia (1994) No que diz respeito ao prognóstico, se bem que a

situação seja geralmente benigna e autolimitada, podem ocorrer complicações

sérias, inclusive a morte. A maioria dascomplicações resultam da deterioração

metabólica, com envolvimento renal e/ou hepático.

O esquema terapêutico para a forma leve é bastante diversificada e depende

da idade gestacional, da intensidade do processo e do estado clínico da paciente.

Além de eventual terapia de apoio e da dieta alimentar, é necessária prescrição

medicamentosa específica para evitar agravamento dos sintomas. (CARVALHO,

2007).

Se não houver remissão do quadro clínico com o tratamento médico

adequado, o abortamento terapêutico será o único recurso para salvar a vida da

paciente. É, hoje, excepcional a sua indicação. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Page 59: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

56

2.2.21 Gestação Múltipla

A presença simultânea na mulher, de dois ou mais conceptos, no útero ou

fora dele, constitui a prenhez múltipla, classificada em dupla ou gemelar, tripla,

quádrupla, quíntupla, sêxtupla etc. cada produto da prenhez gemelar é um gêmeo.

(REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Trata-se de uma gestação de alto risco, pela possibilidade de complicações

maternas e fetais. (CORRÊIA, 1994).

Para Rezende e Montenegro (2006) a incidência da prenhez gemelar tem

aumentado expressivamente nas duas ultimas décadas: 1/3 do acréscimo deve-se

ao uso de medicação indutora de ovulação, 1/3 decorrente das técnicas de

reprodução assistida e o 1/3 restante pela idade avançada.

Uma gravidez gemelar pode resultar da fecundação de 2 óvulos por dois

espermatozóides (gêmeos bivitelinos, dizigóticos ou “falsos”) ou da subdivisão em

duas unidades geneticamente idênticas de um único ovo fecundado por um

espermatozóide (gêmeos univitelinos, monozigóticos ou “verdadeiros”).

(CARVALHO, 2007).

Embora a prenhez gemelar represente apenas 2,4% do total de nascimento.

(REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Para Geraldo, Garcias e Roth (2008) os gêmeos monozigóticos ocorrem

como um evento embriológico ao acaso, sem influência ambiental ou determinação

genética, assim, esta taxa tem permanecido praticamente constante na maioria dos

países, em torno de 3,5-4,0/1000.

Com relação a gêmeos dizigóticos, seu acontecimento está na dependência

de diversos fatores, como: nível socioeconômico, idade materna, paridade, raça,

nutrição, hereditariedade, entre outros. A principal causa do aumento verificado na

taxa de dizigóticos tem sido o uso da reprodução assistida. (REZENDE;

MONTENEGRO, 2006).

A taxa de mortalidade perinatal é quatro vezes mais alta para gêmeos e seis

vezes mais elevada para triplos do que para gestações únicas. Em média, gêmeos

pesam 1/3 menos e triplos a metade do peso de únicos. (GERALDO; GARCIAS;

ROTH, 2008).

Page 60: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

57

Para Rezende e Montenegro (2006) a incidência de prenhez gemelar vem

crescendo com risco de indutores da ovulação e das técnicas de fertilização in vitro,

e pelo porcentual elevado de mulheres que engravidam após os 35 anos.

Gêmeos nascem, em média, três semanas antes de únicos e 41,2% dos

triplos nascem antes de completarem 33 semanas. Os gemelares têm uma chance

seis vezes maior do que os únicos de apresentarem restrição no crescimento fetal e

apresentam um risco duas vezes maior de anemia em relação aos únicos.

(GERALDO; GARCIAS; ROTH, 2008).

Segundo Corrêia (1994) as complicações na gravidez gemelar são: êmese e

hiperêmese, toxemia tardia, anemia, polidramnia, dispnéia, edema, estrias

gravídicas, abortamento, amniorrexe prematura, parto pré-termo, placenta prévia e

hemorragia no pós-parto.

Complicações fetais são, aumento da incidência de morte fetal intra-útero,

prematuridade, apresentação anômala, prolapso do cordão, tocotraumatismo,

deslocamento da placenta antes do nascimento do 2°gêmeo, colisão: dois fetos se

insinuam simultaneamente (um pélvico e outro cefálico). (CARVALHO, 2007).

Os problemas associados a gestações múltiplas não acabam com o parto.

Dificuldades da criança relativas à leitura e fala, o déficit de atenção e hiperatividade

podem aparecer mais tarde, além do aumento no risco de morbidade até os cinco

anos de idade. (GERALDO; GARCIAS; ROTH, 2008).

O crescimento fetal discordante ocorre em aproximadamente 1/3 a 1/4 dos

gemelares, especialmente na prenhez multifetal. (REZENDE; MONTENEGRO,

2006).

O diagnóstico pré-natal da prenhez gemelar é de grande importância sob o

ponto de vista obstétrico, que exige uma assistência pré-natal adequada para se que

possa reduzir as suas complicações. O diagnóstico se faz com base na anamnese,

no exame físico e em exames complementares. (CORRÊIA, 1994).

Para Carvalho (2007) métodos de eleição para o diagnóstico são: ultra-

sonografia, radiografia, eletrocardiografia, bioquímica: HCG e enzimas.

A elevada frequência de apresentações anômalas, de discinesias, de

distócias e de acidentes específicos da prenhez gemelar e da prematuridade,

empioram o prognóstico fetal no parto. (BRASIL, 2000).

Segundo Corrêia (1994) muito frequentemente o parto é pré-termo é mais

prolongado com distócias de contração, rotura uterina, desprendimento do segundo

Page 61: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

58

feto nem sempre se faz espontaneamente e a incidência de hipotonia uterina. Se

ambos os fetos estão na situação longitudinal, o parto vaginal é possível.

A conduta sempre que não ocorre o desprendimento imediato do segundo

feto, é retirá-lo fazendo uma versão interna de extração podal. (CARVALHO, 2007).

Na prenhez multifetal os fetos geralmente são muito prematuros e de baixo

peso, a via de parto, na maioria das vezes, é abdominal. (REZENDE;

MONTENEGRO, 2006).

O risco de parto por cesárea é duas vezes maior para mães de gemelares.

(GERALDO; GARCIAS; ROTH, 2008).

2.2.22 Amniorrexe Prematura ou Rotura Prematura das Membranas

Rotura prematura das membranas amnióticas: todas as vezes que as

membranas se rompem espontaneamente, qualquer que seja a idade gestacional

(acima de 20 semanas) e antes do inicio do trabalho de parto (sem contrações

uterinas de parto). (CORRÊIA, 1994).

Quando a amniorrexe ocorre antes de 37 semanas ela é denominada rotura

prematura pré-termo das membranas, e sua incidência é de 3% das gestações e é

responsável por cerca de 30% dos partos pré-termo. (REZENDE; MONTENEGRO,

2003).

Para Mont e outros (2003) quando se trata de gestação a termo ou perto do

termo (34 semanas em diante), o feto já completou as principais etapas de sua

maturação e a resolução da gestação, espontânea ou terapêutica, não implica alto

risco neonatal.

Rotura prolongada das membranas amnióticas quando a rotura ocorreu há 24

horas ou mais, antes do início do parto. Período de latência: tempo decorrido entre a

rotura das membranas e o início do parto. (CORRÊIA, 1994).

A rotura prematura das membranas tem sido associada ao aumento da

mortalidade e da morbidade maternas e, especialmente, da perinatal. (REZENDE;

MONTENEGRO, 2006).

Conforme Carvalho (2007) às vezes, a rotura é discreta, sendo confundida

com as perdas habituais da vagina. Com amniorrexe prematura há o risco de

Page 62: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

59

infecção ovular e dilatação precoce do colo uterino, levando ao trabalho de parto

prematuro.

A morbiletalidade perinatal decorre da infecção amniótica, prematuridade,

hipoplasia pulmonar, síndrome de angustia respiratória, prolapso e circulantes do

cordão, apresentação pélvica, sofrimento fetal. (CORRÊIA, 1994).

O intervalo entre a ruptura das membranas e o início do trabalho de parto é

denominado período de latência. Quanto mais longo for, maiores os riscos

infecciosos maternos, fetais ou neonatais. Vale destacar, ainda, que quanto menor a

idade gestacional maior tende a ser o período de latência. (MONT et al., 2003).

A causa básica tem sido atribuída á infecção vaginocervical (vaginose

bacteriana) produtora de enzimas que enfraquecem as membranas. A vaginose

bacteriana acomete 10-40% das grávidas e está caracterizada pela redução da flora

anormal de lactobacilos. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

O diagnóstico é feito através de anamnese e exame especular com exposição

ampla do colo uterino e observação cuidadosa, na tentativa de visualizar o líquido

amniótico fluindo através deste. Poderão ser feitos testes do pH vaginal e teste de

cicatrização do líquido amniótico. (CARVALHO, 2007).

A presença de infecção no concepto pode ser diagnosticada pela utilização da

ultra-sonografia. (CORRÊIA, 1994).

Para Carvalho (2007) no prognóstico está aumentada a morbiletalidade

materna e fetal. A amniorrexe prematura ainda é causa expressiva de infecção

puerperal.

O tratamento dependerá da idade da gravidez e da presença ou não de

corioamnionite e também da prematuridade e a infecção fetal. Gestação menor que

34 semanas interromper a gravidez, quase sempre cesariana. Interromper após 32

semanas, atestada a maturidade pulmonar fetal. (REZENDE; MONTENEGRO,

2006).

Na extração fetal eliminar as possibilidades de asfixia, hipóxia e traumatismo.

Na cesariana fazer histerotomia corporal, sempre que for julgada benéfica ao feto.

Ter atendimento neonatal adequado em unidades de terapia intensiva para recém-

nascidos. (CORRÊIA, 1994).

Page 63: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

60

2.2.23 Corioamnionite

Subsecutiva à amniorrexe prematura é a infecção amniótica ascendente e

provém de germes do meio vaginal. A infecção envolve mistura de anaeróbicos,

além de micoplasma e de clamídia. (REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Para Araújo e outros (1994) consideram-se fatores de risco para infecção

neonatal precoce as seguintes situações: rotura prolongada de membranas

amnióticas, febre materna, corioamnionite, trabalho de parto prolongado ou

traumático, prematuridade, condição sócio-econômica e geográfica desfavorável.

Os sintomas clínicos de infecção amniótica são hipertermia materna

geralmente maior do que 37,8 graus, taquicardia materna ou fetal, hiperreatividade

uterina, aumento do número de leucócitos maternos, odor fétido do líquido amniótico

e dor abdominal. (CARVALHO, 2007).

Entretanto, a presença de febre materna isoladamente pode não se relacionar

com infecção amniótica em até 30% dos casos, não sendo por si só uma boa

indicadora de infecção amniótica. A relação entre sintomas maternos de infecção

amniótica e a infecção neonatal é encontrada de 22 a 92% dos casos. (CORRÊIA.

1994).

Mães com rotura prematura das membranas. e com sintomas de infecção

podem aumentar a incidência de infecção neonatal em 10 vezes ou mais. (ARAÚJO

et al., 1994).

Alcançada a cavidade amniótica, há imediata disseminação infecciosa ao feto.

Mais comuns e importantes, as seguintes afecções fetais e neonatais são

pneumonia, otite, sinusite, meningite, gastrenterite, oftalmia e septicemia.

(REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Para Corrêia (1994), Os exames bacteriológicos podem confirmar a presença

de bactérias, porém há que se considerar as possibilidades de colonização onde a

positividade não representa infecção, e a de contaminação do material.

O tratamento ou conduta é repouso no leito no hospital por 72 horas,

administração de corticoíde e antibiótico profilático. (REZENDE; MONTENEGRO,

2006).

Page 64: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

61

2.2.24 Óbito Fetal

Morte fetal intra-útero pode acontecer em qualquer fase da gestação, ou

durante o desenrolar do trabalho de parto. Nessa fase, a expulsão do concepto

morto não difere do que acontece com os vivos; Raramente exige condutas

especiais. (CORRÊIA, 1994).

A incidência é muito variável nos diversos serviços universitários, oscilando

entre 0,2% a 4,5%. Quanto à resolução dos casos, embora 75% a 90% das

gestantes com diagnóstico de óbito fetal evoluírem para parto espontâneo em duas

semanas. (SCHUPP; MIYADAHIRA; ZUGAIB, 2002).

É importante conhecer a causa do óbito, através de pesquisa da etiologia,

para prevenir recidiva, as causas maternas são: hipertensão arterial, nefropatia,

doença hipertensiva específica da gravidez, diabetes, incompatibilidade do fator Rh,

infecções agudas ou latentes. (CARVALHO, 2007).

De acordo com Noronha e outros (2000) causas ovulares são, infecções

amnióticas, placenta prévia hemorrágica, deslocamento prematuro da placenta, as

malformações, patologia funicular, gravidez prolongada, com anóxia fetal, por

senescência placentária.

As principais causas obstétricas são: anóxia (por quaisquer patologias),

hipertonia uterina, gemelaridade, intercorrências durante o trabalho de parto.

(REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

Para Aquino e outros (1998) essas mulheres apresentam e também pela

possibilidade da ocorrência de coagulação intravascular disseminada quando há

retenção do feto morto por período superior a quatro semanas.

O atendimento pré-natal em muito pode contribuir na detecção precoce de

alterações no desenvolvimento fetal, diminuindo não só os problemas após o parto,

e, portanto reduzindo a mortalidade infantil, bem como o número de mortes intra-

uterinas. (NORONHA et al., 2000).

O diagnóstico torna-se mais fácil quando o óbito acontece em gestações mais

avançadas. Fundamenta-se na anamnese, em exames complementares.

(CORRÊIA, 1994).

Pela ausência de batimento cárdio-fetal ao sonar ou ultra-sonografia. Através

do exame clínico: ausência de batimento cárdio-fetal e movimentos fetais, útero

Page 65: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

62

amolecido e relaxado, discordância entre volume uterino e idade gestacional,

acavalgamento dos ossos do crânio, amnioscopia. (CARVALHO, 2007).

O trabalho de parto desencadeia-se, com frequência, nos 15 dias

subsequentes ao óbito. O parto costuma ser difícil, pois o feto e desarticulado e a

bolsa amniótica flácida ocasionam má acomodação, contrações ineficientes e

dilatação difícil. O feto nasce macerado. (AQUINO et al., 1998).

Induzir o parto, com misoprostol e/ou oxitocina. Após o parto sempre há a

necessidade de avaliar se ainda existem restos ovulares e nos casos em que isso

ocorre deve ser realizada a curetagem uterina. (SCHUPP; MIYADAHIRA; ZUGAIB,

2002).

Diante de alguns problemas obstétricos, mesmo no feto morto, a cesariana

está indicada e é a melhor solução para a paciente. Isso ocorre no caso de: bacias

extremamente pequenas, tumores pélvicos, placenta prévia-central, deslocamento

prematuro da placenta, estenose cervical, câncer cervical e outros. (CORRÊIA,

1994).

A conduta no feto morto varia de acordo com a idade gestacional.

(REZENDE; MONTENEGRO, 2006).

2.2.25 Isoimunização Materno Fetal

A isoimunização Rh na gestação foi durante muito tempo importante causa de

morbi-mortalidade perinatal. Atualmente apesar do avanço significativo da medicina

fetal continua sendo uma patologia de grande impacto. Ela é responsável por

aproximadamente 1,2% dos óbitos neonatais. (CORRÊIA, 1994).

A doença hemolítica perinatal, isoimunização Rh ou mais antigamente

conhecida como eritroblastose fetal é uma doença decorrente da produção de

anticorpos maternos contra antígenos presentes no sangue fetal, causada por algum

tipo de incompatibilidade sanguínea materno-fetal. (CARVALHO, 2007).

Para Corrêia (1994) os antígenos ABO e Rh são os principais responsáveis

por este processo. A incompatibilidade ABO é a maior causa, porém a doença

decorrente da produção de anticorpos anti-Rh é mais relevante devido à sua maior

gravidade.

Page 66: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

63

Os anticorpos permanecem na corrente sanguínea materna e, numa gravidez

subsequente, os anticorpos Rh atacam os glóbulos vermelhos do feto causando

doença hemolítica. (REZENDE; MONTENEGRO, 2003).

Com uma prevalência que varia entre 1 e 6 por 1000 nascimentos, e a

consequente falta de experiência das unidades pediátricas e obstétricas poderá

conduzir a morbimortalidade fetal e neonatal potencialmente evitável. (MACHADO;

BARINI, 2006).

O grupo sanguíneo Rh é composto por três pares de antígenos: Dd, Cc e Ee.

A presença do antígeno D é o que determina se o indivíduo é Rh positivo, e a

ausência dele caracteriza o Rh negativo. Existem outros também, chamados de

irregulares, que raramente levam à anemia fetal. (MONTEIRO et al., 1996).

Para Lobato e Soncini (2009) no Brasil o antígeno Rh(D) está presente em

torno de 85% dos indivíduos da raça branca, 90-95% dos negros e quase que 100%

dos amarelos e índios. Números semelhantes são encontrados na população

americana.

Como já foi dito, ocorre passagem de hemácias fetais Rh positivo para a

circulação materna. Esta pode ocorrer em qualquer etapa da gestação, incluindo

prenhez ectópica, gestação molar e abortamento. A hemorragia espontânea

aumenta de freqüência e volume com o aumento da idade gestacional. (CORRÊIA,

1994).

As transfusões de sangue incompatível são responsáveis por 1 a 2% dos

casos de sensibilização materna, principalmente pelos antígenos irregulares.

(VITORELLO et al., 1998).

Conforme Santiago e outros (2008), estima-se que a hemorragia feto-materno

ocorra em 75% das gestações. Em 60%destes casos será inferior a 0,1 ml; em cerca

de 1% será superior a 5 mL; e em apenas 0,25% será maior que 30 ml. A

sensibilização materna e a produção de anticorpos crescem proporcionalmente ao

volume da hemorragia.

Nas formas graves, a hemólise acentuada leva à congestão hepática,

hipoalbuminemia e hidropisia fetal associadas à insuficiência cardíaca. Nessas

situações, o risco de óbito perinatal torna-se elevado e a conduta obstétrica, nos

casos de maturidade pulmonar comprovada, é a interrupção da gravidez.

(VITORELLO et al., 1998).

Page 67: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

64

Para sua prevenção se não houver evidência de isoimunização na gestante

Rh negativa deve ser administrada 300 microgramas da imunoglobulina

intramuscular com 28 semanas de gestação. Esta prática reduz a incidência de

isoimunização antenatal de 2% para 0,1%. (MONTEIRO et al., 1996).

Para Carvalho (2007) os protocolos recomendam sua administração nas

primeiras 72 horas após o parto, mas pode ser feita até o 14⁰ dia (nestes casos com

menor eficácia) e/ou em casos de hemorragia durante a gestação.

O diagnóstico materno é o primeiro passo da investigação. O passado

obstétrico é de grande valia. História de recém-nascidos submetidos à fototerapia ou

exsanguineotransfusão em gestações anteriores indica maior gravidade. (CORRÊIA,

1994).

O teste de Coombs indireto no início da gestação determinará as primeiras

condutas: se negativo deverá ser repetido mensalmente ou no mínimo em cada

trimestre. Além disso, deve ser realizado também no pós-parto imediato, juntamente

com o fator Rh e o Coombs direto do recém-nascido. (CARVALHO, 2007).

Segundo Machado e Barini (2006) sem tratamento, 25,0% a 30,0% dos fetos

terão algum grau de anemia hemolítica e hiperbilirrubinemia, e outros 20,0% a

25,0% desenvolverão hidropisia grave. A transfusão intra-uterina (TIU) é o único

tratamento específico para a doença hemolítica perinatal durante o período pré-natal

disponível atualmente.

O objetivo é retirar um feto pouco anêmico e com maturidade suficiente para

sobreviver extra-uterinamente. (REZENDE; MONTENEGRO, 2003).

Page 68: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

65

3 METODOLOGIA

3.1Tipo de Estudo

Trata-se de um estudo quantitativo do tipo exploratório, de natureza

descritiva, que será realizado com gestantes de alto risco assistidas na Clínica da

Mulher e da Criança de Paracatu, Minas Gerais.

O estudo descritivo/quantitativo está relacionado como um estudo que permite

ao pesquisador a obtenção de uma melhor compreensão do comportamento de

diversos fatores e elementos que influenciam determinado fenômeno e por

quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações, assim como

também o emprego de recursos e técnicas estatísticas desde a mais simples, como

porcentagem, desvio-padrão, até as de uso mais complexo. (OLIVEIRA, 2000).

3.2 Local do Estudo

O estudo será realizado na Clínica da Mulher e da Criança, localizada no

Município de Paracatu, Minas Gerais, sendo esta a unidade de saúde onde são

referenciadas todas as gestantes de alto risco.

3.3 Público Alvo

O presente estudo será realizado com todas as gestantes cadastradas e que

realizam acompanhamento ao pré-natal de alto risco na Clínica da Mulher e da

Criança de Paracatu, sem restrição de idades ou meses de gestação.

Page 69: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

66

3.4 Instrumento Utilizado

Será realizada uma entrevista para a coleta de dados através de um

formulário estruturado composto de perguntas fechada (Apêndice A). Segundo

Lakatos e Marconi (2005), a entrevista estruturada é aquela em que o entrevistador

segue um roteiro previamente estabelecido.

3.5 Aspectos Éticos

O estudo será embasado na Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de

Saúde, que regulamenta as diretrizes e normas de pesquisas envolvendo seres

humanos, respeitando todos os aspectos éticos. (BRASIL, 1996).

A autorização para a coleta de dados será concedida as pacientes de acordo

com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice B) com linguagem

acessível a todas as informações necessárias para a realização das entrevistas,

contendo os seguintes aspectos, segundo a resolução citada acima:

A justificativa, os objetivos e os procedimentos que serão utilizados na pesquisa;

A garantia de esclarecimentos, antes e durante o curso da pesquisa, sobre a

metodologia;

A liberdade do sujeito se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em

qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu cuidado;

A garantia do sigilo que assegure a privacidade dos sujeitos quanto aos dados

confidenciais envolvidos na pesquisa.

3.6 Desenvolvimento do Estudo

Inicialmente foi encaminhado ao Gestor Municipal do Sistema Único de Saúde

(SUS) um ofício (Apêndice C), solicitando autorização para coleta de dados para

elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso.

Page 70: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

67

Após aprovação do Gestor, foi realizada uma visita à Clinica da Mulher e da

Criança, onde foi apresentado o referido oficio e solicitado os dados (nome e

endereço) referentes as gestantes de alto risco assistidas na unidade de saúde,

onde foi informado se tratarem de 05 gestantes.

Objetivando a coleta de dados, foi realizado um primeiro contato com cada

gestante, através de visita domiciliar, onde foi explicada a justificativa e os objetivos

do estudo e apresentado o termo de consentimento livre e esclarecido.

As entrevistas foram realizadas pela própria pesquisadora no mês de maio

de 2010, nos domicílios das entrevistadas, após consentirem sua participação no

estudo.

Os dados provenientes das entrevistas foram digitados em uma planilha do

Programa Microsoft Excel 2003 e analisadas suas razões e proporções.

Posteriormente, foi realizada a discussão dos dados, embasadas pelo

referencial bibliográfico e finalmente procedeu-se a conclusão do estudo.

Page 71: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

68

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Caracterização Sociodemográfica das Entrevistadas

Os resultados referentes ao perfil sócio-econômico do público estudado

podem ser visualizados na tabela 1.

TABELA 1 - Perfil sociodemográfico das entrevistadas. Paracatu/MG – 2010

Perfil Nº gestantes %

Faixa etária

25 a 30 anos 2 40%

31 a 35 anos 3 60%

Renda familiar mensal

Menor que 1 salário mínimo 0 0%

1 salário mínimo 1 20%

Acima de 1 salário mínimo 4 80%

Escolaridade

Analfabeta 0 0%

Ens. Fundamental I 0 0%

Ens. Fundamental II 3 60%

Ens. Médio 1 20%

Ens. Superior 1 20%

Estado civil

Solteira 0 0%

Casada 4 80%

Amigada 1 20%

TOTAL 5 100%

Fonte: Dados coletados pela acadêmica Alline Barbosa de Brito durante entrevista realizada com gestantes de alto risco assistidas pela Clínica da Mulher – Paracatu- MG, Maio de 2010.

De acordo com o perfil sociodemográfico, Tabela 1, a maioria das

entrevistadas encontra-se na faixa etária de 31 a 35 anos, possuem baixa

escolaridade, renda mensal acima de 1 salário mínimo e são casadas.

Segundo CARVALHO (2007) gestantes com idades abaixo de 17 anos e

acima de 35 anos representam fator de risco à vida ou saúde da mãe, do feto, do

recém-nascido ou ambos.

O nível sócio-econômico, além dos fatores maternos, fetais e placentários,

que podem interferir no desenvolvimento fetal. Além disso, dá ênfase às condições

Page 72: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

69

físicas (nutricionais e de saúde geral) da mãe na determinação da higidez do feto e

da própria gestação. (OLIVEIRA; RIZZATO; MAGALDI, 1983).

A escolaridade materna é um dos indicadores do nível socioeconômico e

importante influenciador dos índices de saúde materno-infantil. Além disso, é

apontada como fator de proteção para o desenvolvimento saudável da criança. A

escolaridade amplia a consciência sobre si mesmo, e no caso da gestante, amplia

sua consciência sobre suas necessidades e de controle reprodutivo. (MELO, 2007).

A conscientização está intimamente relacionada ao grau de informação que a

gestante consegue assimilar. Refletem melhor qualidade das informações

necessárias ao autocuidado. (BRASIL, 2005).

A presença do companheiro ou do pai pode ajudar na redução da

necessidade de medicações para alívio da dor, na redução do tempo de trabalho de

parto, do número de cesáreas e dos casos de depressão. (FERRAZ, 1986).

A psicologia pré-natal, com seus estudos avançados, tem demonstrado

claramente a importância para o feto do contato precoce com a figura paterna.

(SIMOÊS, 1998).

4.2 Antecedentes Obstétricos

GRÁFICO 1 - Distribuição da quantidade de filhos das entrevistadas. Paracatu/MG – 2010

60%

0%

40%Até 3 filhos

4 a 6 filhos

Primigesta

Fonte: Dados coletados pela acadêmica Alline Barbosa de Brito durante entrevista realizada com gestantes de alto risco assistidas pela Clínica da Mulher – Paracatu- MG, Maio de 2010.

Page 73: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

70

GRÁFICO 2 - Distribuição das entrevistadas em relação à duração da gestação. Paracatu/MG - 2010

0%

40%

60%

A termo

Pré-termo

Primigesta

Fonte: Dados coletados pela acadêmica Alline Barbosa de Brito durante entrevista realizada com gestantes de alto risco assistidas pela Clínica da Mulher – Paracatu- MG, Maio de 2010.

Em relação aos antecedentes obstétricos a maioria (60%) das entrevistadas

informou até três gestações anteriores e que estas foram a termo. E 40% são

primigestas (Gráficos 1 e 2).

Segundo Carvalho e outros (2000) gestação múltipla representa fator de risco

na gravidez, tanto para mãe quanto para o feto ou recém-nascido, pois a

vascularização materna pode estar comprometida devido a hipertensão arterial.

Os programas de planejamento familiar têm exercido um papel fundamental

na diminuição da fecundidade, principalmente naquelas que estão propensas a

terem uma gestação de risco visando evitar as possíveis complicações.

(CARVALHO et al., 2004).

De acordo com Mariotoni e Filho (2000) a gestação de termo é aquela

compreendida entre 37 semanas completas e 42 semanas incompletas, a partir do

primeiro dia da última menstruação.

Os nascidos a termo não são prematuros nem pós-maturos, nascem com

condições de sobrevivência igual aos nascidos no período considerado ideais para o

parto (de 38 a 40) semanas. (MORAIS FILHO et al., 2005).

Page 74: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

71

4.3 História da Gravidez Atual

Conforme os resultados do gráfico 3, a maioria das entrevistadas relatou ter

desenvolvido a complicação no 1º Trimestre da Gestação e quando questionadas

em relação ao tipo da complicação 100% informou se tratar de DHEG.

A DHEG consiste em pressão arterial elevada e costuma desaparecer até dez

dias após o parto (hipertensão transitória). De acordo Rezende; Montenegro, (2006)

por volta da 9ª à 12ª semana ou seja, no 1° trimestre de gestação, os níveis da

pressão arterial mesmos elevados, permanecem mais baixos, podendo elevar a

partir deste período gestacional.

GRÁFICO 3 - Distribuição das entrevistadas em relação ao período da gestação em que desenvolveu a complicação. Paracatu/MG – 2010.

Fonte: Dados coletados pela acadêmica Alline Barbosa de Brito durante entrevista realizada com gestantes de alto risco assistidas pela Clínica da Mulher – Paracatu- MG, Maio de 2010.

4.4 Conhecimento e Informações em Relação às Doenças Obstétricas

O universo total das entrevistadas informou ter conhecimento sobre os sinais,

sintomas e complicação da patologia obstétrica, bem como dos hábitos e condutas

capazes de minimizar os riscos a que estão expostas. E que estas informações

foram repassadas pelos profissionais de saúde durante a assistência pré-natal.

A gestação é uma condição fisiológica e o pré-natal uma prática preventiva.

Ao tornar-se gestante, a mulher tem o direito de ser informada ao conhecer o próprio

20%

20% 0%

60%

1º trimestre da gestação

2º trimestre da gestação

3º trimestre da gestação

Antes da gestação

Page 75: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

72

corpo, aprender seus deveres de gestante e mãe e viver para criar o filho.

(CANDEIAS et al., 1980).

A importância da compreensão dos sinais e sintomas de sua patologia

contribui para a prevenção de suas complicações, pois a lógica que concebe um

sintoma que traz importantes conseqüências para a mulher. (FERREIRA; NAKANO,

2001).

Uma das formas mais simples de evitar as complicações da patologia é a

prevenção. Através das orientações de enfermagem esse grau de interesse

(principalmente pela gestante) o que torna uma melhor qualidade de vida para

mãe/filho. (TOMÉ, 2007).

Torna-se prioridade máxima, a oferta de orientações e informações

fundamentais para assegurar a saúde do binômio mãe-filho. O período gestacional é

um período especial da vida da mulher, requerendo, portanto, cuidadoso trabalho

educativo. (ÉVORA et al., 1988).

Durante o acompanhamento da gestante, os profissionais da saúde devem

realizar intervenções preventivas, educativas e terapêuticas, as gestantes devem ser

orientadas, incentivadas e ajudadas a realizar o autocuidado necessário. Ressalta-

se a relevância destas intervenções, e que, se estes cuidados não forem efetivados,

mão e filho correm risco de vida. (FARIAS; NÓBREGA, 2000).

Page 76: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

73

5 CONCLUSÃO

Através da realização deste estudo foi possível identificar o perfil

sociodemográfico, onde, a maioria das entrevistadas encontra-se na faixa etária de

31 a 35 anos, possuem baixa escolaridade, renda mensal acima de 1 salário mínimo

e são casadas. Em relação aos antecedentes obstétricos as entrevistadas

informaram até três (03) filhos, destas 60% relataram que a gestação foi a termo e o

restante são primígestas. Quanto à história atual da gestação o universo total das

entrevistadas referiu como complicação do risco gestacional a DHEG, sendo que a

maioria desenvolveu a patologia no 1° trimestre da gestação. Em relação às ações

educativas/ informativas por parte dos profissionais de saúde sobre a patologia,

sinais e sintomas, complicações e condutas para amenizá-los as entrevistadas

informaram terem recebido tais informações e possuírem tais conhecimentos.

Em relação aos fatores sociodemográficos e aos antecedentes obstétricos foi

possível concluir a que alguns contribuem, outros dificultam a condução da gestação

de alto risco. Quanto a assistência pré-natal prestada, esta está sendo desenvolvida

de forma integral, onde estão sendo oferecidas atividades assistenciais e

educativas, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida do binômio

mãe/filho e conseqüentemente dos indicadores de saúde.

Page 77: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

74

REFERÊNCIAS

ABICALAFFE, César Luiz Lacerda; AMARAL, Vivian Ferreira; DIAS, João da Silva. Aplicação da rede Bayesiana na prevenção da gestação de alto risco. Programa de pós-graduação em tecnologia em saúde – PPGTS. 2009. Disponível em: <http://www.sbis.org.br/Clis2009/arquivos/461.pdf>. Acesso em: 3 maio 2010. ALMEIDA, Guilherme et al. Gravidez ectópica abdominal primária precoce rota: Relato de caso. Cadernos UNIFOA. 7.ed. Volta Redonda, n. 07, ago, 2008.

Disponível em: <http://www.webserver.foa.org.br/cadernos/edicao/07/60.pdf>. Acesso em: 19 abr. 2010. ALMEIDA, Pedro Augusto Marcondes et al. Identificação e avaliação dos fatores clínicos da gestação de alto risco. Revista de Saúde pública. São Paulo, v. 9, n. 1, jan. 1975. 417-25. Disponível em: <http://www.scielo.sp.org/pdf/rsp/v9n3/15.pdf>. Acesso em: 3 maio 2010. ANDRADE, Jurandyr Moreira et al. Mola hidatiforme e doença trofoblástica gestacional. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro, v. 31, n. 2, fev. 2009. 94-101. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v31n2/08.pdf>. Acesso em 16 nov. 2009. ANGONESI, Janaina. Doença hipertensiva especifica da gestação, incidência á evolução para a síndrome de HELLP. Revista Brasileira de Análises Clínicas. Maringá. v. 39, n. 4, maio. 2007. 243-245. Disponível em: <http://www.sbac.org.br/pt/pdfs/rbac/rbac_39_04/rbac_39_04_01.pdf>. Acesso em: 5 out. 2009. ARAÚJO, Maria Cristina Korbage et al. Infecção neonatal, rotura prematura de membranas amnióticas e corioamnionite. Revista de Pediatria de São Paulo. São Paulo, v. 16, n.3, mar/abr. 1994. 94-101. Disponível em: <http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/162.pdf>. Acesso em: 30 abr. 2010. AQUINO, Márcia M. A. et al. Conduta Obstétrica no óbito fetal. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. São Paulo, v. 20, n. 3, ago/set. 1998. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v20n3/a04v20n3.pdf>. Acesso em: 30 abr. 2010. BANKOWSKI, B. J. Manual de ginecologia e obstetrícia do Johns. Hoptins. 2. ed. Porto Alegre: Artemed, 2006.

Page 78: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

75

BARBOSA, Caio Parente et al. Concordância de gestação tópica e ectópica. Arquivo Médico ABC. São Paulo, v. 29 n. 1, jan/jun. 2004. Disponível em: <http://www.fmabc.br/admin/files/revista/29amabc057.pdf >. Acesso em: 19 abr. 2010. BARRA, Daniela de Abreu et al. Medida da espessura do segmento uterino inferior em gestantes com cesárea prévia: análise da reprodutibilidade intra e interobservador por ultra-sonografia bi e tridimensional. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro, v. 30, n. 3, fev/mar. 2008. 142-8. Disponível em: <http://scielo.br/pdf/rbgo/v30n3/3200.pdf>. Acesso em: 21 abr. 2010. BASTOS, Germana Zélia Gomes; NOGUEIRA, Orquendo; Júnior Carlos Augusto Alencar. Repercussões perinatais do Oligoidrâmnio sem rotura prematura das membranas detectado até a 26ª semana de gravidez. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro, v. 25, n. 6, jul. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script-sci-arttext&pid=S0100-72032003000600006>. Acesso em: 28 abr. 2010. BATISTA, C.S.D.; SOUZA, D. F. Avaliação em enfermagem: Uma análise os registros dos cuidados prestados a gestantes de alto risco. 2008. Disponível em: <http://www.uff.br/anaissegerenf/premio/Trabalho%20Segerenf.pdf2008>. Acesso em: 16 nov. 2009. BENSON, R. C. Manual de Obstetrícia e Ginecologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. BERKOW, R.; FLETCHER, A. J. Manual Merk de medicina. 16. ed. São Paulo: Rocca, 1995. BEZERRA, Elmiro Hélio Martins et al. Mortalidade materna por hipertensão: índice e análise de suas características em uma maternidade – escola. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetricia. Rio de Janeiro, v. 27, n. 9, set/out 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010072032005000900008&script=sci_arttext> Acesso em: 30 abr. 2010. BITTAR, Roberto Eduardo; CARVALHO; Márcio Henrique Burlacchini; ZUGAIB, Marcelo. Condutas para o trabalho de parto prematuro. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro, v. 27, n. 9, set. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci-arttext&pid=S010070032005000900010>. Acesso em: 27 abr. 2010.

Page 79: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

76

BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 196/96. Dispõe sobre as diretrizes e normas regulamentares de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: 1996. BRASIL, Ministério da saúde. Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Brasília: Ministério da Saúde, 1998. BRASIL. Ministério da saúde. Secretária de políticas de saúde. Gestação de alto risco. Manual técnico. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. BRASIL. Ministério da Saúde. Guia prático do Programa de Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. BRASIL, Ministério da Saúde. Avaliação para melhoria da qualidade qualificação da estratégia Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. CAMANO, Luiz. Guia de Obstetrícia. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar. 1. ed. São Paulo: Manole Ltda, 2005. CANDEIAS, Nelly Martins Ferreira et al. Assistência pré-natal: Conhecimentos, atitudes e práticas de mulheres internadas no serviço de obstetrícia de um hospital do município de São Paulo, Brasil. Revista de Saúde Publica. São Paulo, v. 14. n. 4, Dez. 1980. Disponível em: <http://www.scielo.org/scielo.php?pid=S0034-89/01980000400002&script=sci-arttext>. Acesso em: 3 maio 2010. CARMO, Arykerne Chamon do. et al. Ação da domperidona sobre a prenhez da rota Albina. Revista Brasilieira de Ginecologia e Obstetrícia.Rio de Janeiro, v. 22, n. 2, mar. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.php?script=sci-arttext&pid=S0100-72032000000200008>. Acesso em: 29 abr. 2010. CARVALHO, Geraldo Mota de. Enfermagem em obstetrícia. 3. ed. São Paulo: E.P.U, 2007. CARVALHO, Luiz Eduardo Campos et al. Número ideal de filhos como fator de risco para laqueadura tubária. Caderno de saúde pública. Rio de Janeiro, v. 20, n. 6, nov/dez. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-311x20040006000148script=sci_arttext>. Acesso em: 19 abr. 2010.

Page 80: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

77

CARVALHO, Micheline Monte et al. Estudo comparativo dos resultados maternos e perinatais entre pacientes com diabetes pré-gestacional tipo I e tipo II. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetricia. Rio de Janeiro, v. 22. n. 5. jun/fev. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci-arttex&pid=S0100-7203000000500pt>. Acesso em: 1 abr. 2010. CARVALHO, Váleria Conceição Passos; ARAÚJO, Thália Velho Bareto. Adequação da assistência pré-natal em gestantes em dois hospitais de referência para gravidez de alto risco do sistema Único de Saúde, na cidade de Recife, Estado de Pernambuco. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. Recife, v. 7, n.3, jul/set. 2007. 309-317. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1519-38292007000300010&script=sci_arttext>. Acesso em: 3 maio 2010. CORRÊIA, Mário Dias de. Noções práticas de obstetrícia. 11.ed. Belo Horizonte: Coopmed, 1994. COSTA, Igor Tadeu da; LEONE, Cléa Rodrigues. Influência do crescimento intrauterino restrito sobre a evolução nutricional e crescimento de recém-nascidos pré-termo até a alta hospitalar. Revista Paulista de Pediatria. São Paulo, v. 27, n. 1, mar. 2009. 15-20. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822009000100003&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 23 abr. 2010. DODE; Maria Alice Souza de Oliveira; SANTOS; Iná da Silva. Fatores de risco para diabetes mellitus gestacional na coorte de nascimento de pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, 2004. Cadernos de Saúde pública. Rio de Janeiro, v. 25. n. 5, maio. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.org/saude.php?script=sci-arttex&pid=s0102-311x2009.000500021>. Acesso em: 21 mar. 2010. DOMINGOS, Selisvane Ribeiro da Fonseca; MERIGHI, Miriam Aparecida Barbosa. O aborto como causa de mortalidade materna: um pensar para o cuidado de enfermagem. Escola Anna Nery revista de Enfermagem. São Paulo, v. 14, n. 1, jan/mar. 2010. 177-81. Disponível em: <http://www.eean.ufrj.br/revista_enf/20101/artigo%2024.pdf>. Acesso em: 16 abr. 2010. ÉVORA, Yolanda Dora Martins et al. Orientações ministradas à gestante durante a assistência pré-natal: atuação dos profissionais de enfermagem. Revista escola de Enfermagem. São Paulo, v. 22, n. 3, jan/fev. 1988. Disponível em: <http://gepecopen.eerp.usp.br/filies/artigos/artigo126fin.pdf>. Acesso em: 21 abr.2010.

Page 81: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

78

FARIAS, Maria do Carmo Andrade Duarte; NÓBREGA, Maria Miriam Lima. Diagnóstico de enfermagem numa gestante de alto risco baseados na teoria do autocuidado de OREM: Estudo de Caso. Revista Latino-Americana de Enfermagem. Ribeirão Preto, v. 8, n. 6, dez. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-11692000000600009&script=sci-arttext>. Acesso em: 20 abr. 2010. FERNANDES, Arlete Maria dos Santos et al. Prevalência de gestação ectópica de tratamento cirúrgico em hospital público de 1995-2000. Revista da Associação Médica Brasileira. São Paulo, v. 50, n. 4, out/dez. 2004.413-6. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302004000400032&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 19 abr. 2010. FERRAZ, J. A. É importante seu marido estar com você na sala de parto? Tudo sobre Parto. São Paulo: Única, p. 8-11, dez. 1986. FERREIRA, Cristine Homsi Jorge; NAKANO, Ana Márcia Spanó. Reflexões sobre as bases conceituais que fundamentam a construção do conhecimento acerca da lombalgia na gestação. Revista Latino-Americana de Enfermagem. Ribeirão Preto, v. 9, n. 3, maio. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104_116920010003000158script=sci_arttext>. Acesso em: 20 abr. 2010. FIORELLI, Lílian Renata; ZUGAIB, Marcelo. Resultado perinatal na macrossomia fetal. Revista de Medicina (São Paulo). São Paulo, v. 86, n. 3, jul/set. 2007. 144-7. Disponível em: <http://medicina.fm.usp.br/gdc/docs/revistadc_104_144-147%20863.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2010. GERALDO, César Fernando; GARCIAS, Gilberto de Lima, ROTH, Maria da Graça Martino. Prevalência de nascimentos gemelares em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. Recife, v. 8, n. 4, out/dez. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1519-38292008000400006&scropt=sci-arttext>.Acesso em: 29 abr. 2010. GOLDMAN, Rosely Erlach. Síndromes hemorrágicas da gravidez. In: BARROS, S. M. O. (Org.). Enfermagem no ciclo gravídico-puerperal. Barueri: Manole, 2006. GONÇALVES, Roselane et al. Avaliação da efetividade da assistência pré-natal de uma unidade de saúde da família em um município da grande São Paulo. Revista Brasileira de Enfermagem. Brasília, v. 61, n. 3, maio/jun. 2008. 349-53. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v61n3/a12v6n3.pdf>. Acesso em: 3 maio. 2010.

Page 82: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

79

KERCHE, Luciane Tereza Rodrigues Lima et al. Fatores de risco para macrossomia fetal em gestações complicadas por diabete ou por hiperglicemia diária. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro, v. 27, n. 10, out. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v27n10/27571.pdf>. Acesso em: 25 abr. 2010. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005. LINHARES, José Juvenal et al. Adequação dos encaminhamentos de gestação de alto risco na rede básica de atenção á saúde de Sobral, Ceará, Brasil. Revista de Einstein. Ceará, v.7, n. 2, maio. 2009. 182-6. Disponível em: <http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/1262-Einsteinv7n2p182-6.pdf>. Acesso em: 3 maio. 2010. LOBATO, Gustavo; SONCINI, Cristina Silveira. Resultados perinatais em gestações aloimunizadas pelo anticorpo anti-Rh (D) e submetidas à transfusão intra-uterina no Rio de Janeiro, Brasil: Uma série de casos entre 1996 e 2006. Revista Colombiana de Obstetrícia e Ginecologia. Rio de Janeiro, v. 60, n. 1, ago/set. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.org.co/pdf/rcog/v60n1/v60n1a09.pdf>. Acesso em: 30 abr. 2010. LORENA, Silvia Helena Tavares; BRITO, José Martins Siqueira. Estudos retrospectivos de crianças pré-termo no ambulatório de especialidades Jardim Peri-Peri. Arquivo Brasileiro de Oftalmologia. São Paulo, v. 72, n. 3, mai/jun. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.php?pid=S0004=27492009000300015%script=sci-arttext>. Acesso em: 27 abr. 2010. MACHADO, Isabela Nelly; BARINI, Ricardo. Doença hemolítica perinatal: Aspectos atuais. Revista de Ciências Médicas. Campinas, v. 15 n. 1, jan/fev, 2006. 69-74. Disponível em: <http://www.puccampinas.edu.br/centros/ccv/revcienciasmedicas/artigos/901.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2010. MARIOTONI, Gladys Gripp Bicalho; FILHO, Antônio de Azevedo. A gravidez na adolescência é fator de risco para o baixo peso ao nascer? (Brasil). Revista Chilena de Pediatria. Santiago, v. 71, n. 5, set/out. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.cl/scielo.php?pid=S0370-41062000000500016&script=sci_arttext>. Acesso em 18 abr. 2010. MARTINS, Maria de Glória et al. Trabalho de parto pré-termo: Fatores de risco associados e medidas terapêuticas. Revista Femina. São Paulo, v. 32, n. 5, jun.

Page 83: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

80

2004. 353-357. Disponível em: <http://bases.bireme.br/cg-bin/wxislind.exe/iah/online>. Acesso em: 27 abr. 2010. MATTAR, Rosiane; CAMANO, Luiz. Aborto espontâneo de repetição e actopia. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro, v. 25, n. 5, jun. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci-arttext&pid=S0100-72032003000500005>. Acesso em: 14 abr. 2010. MELO, Juliano Mendes. Conhecendo a captação de informações de mães sobre cuidados com o bebê na estratégia saúde da família. Texto & contexto-Enfermagem. Florianópolis, v. 16, n. 2, abr/jun. 2007. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-070720070002000108script=sci-arttext>. Acesso em: 20 abr. 2010. MENDES, Eliane Terezinha Rocha et al. Polidrâmnio agudo idiopático recorrente. Relato de um caso. Arquivo Médico ABC. São Paulo, v. 15, n. 2, ago/set. 1992. 25-27. Disponível em: <http://www.fmabc.br/admin/files/revistas/15amabc28.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2010. MENICATE, Maurício; FREGONESI, Cristina Elena PradoTeles. Diabetes gestacional: aspectos fisiopatológicos e tratamento. Arquivo de Ciências da Saúde Unipar. Umuarama, v. 10, n. 2 maio/ago. 2006. Disponível em: <http://revistas.unipar.br/saude/article/viewFile/1357/1208>. Acesso em: 20 mar. 2010. MESQUITA, Maria Rita de Souza et al. O leito placentário no deslocamento prematuro da placenta. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro, v. 25, n. 8, set. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-72032003000800007&script=sci_arttext>. Acesso em: 17 abr. 2010. MONT, Alessandra Maria et al. Repercussões maternas e perinatais da ruptura prematura das membranas até a 26ª semana gestacional. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Ceará, v. 25, n. 2, mar. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v25n2/v25n2a06.pdf>. Acesso em: 30 abr. 2010. MONTEIRO, Marco Antonio G. et al. Aspectos imunohematológicos, genéticos e Clínicos da aloimunização por anticorpo Anti-e-Relato de dois Casos. Revista Paulista de Pediatria. São Paulo, v. 18, n. 2, jan. 1996. 95-98. Disponível em: <http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/227.pdf>. Acesso em: 30 abr. 2010.

Page 84: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

81

MONTENEGRO, José Rodrigues et al. Protocolo de detecção, diagnóstico e tratamento do diabetes mellitus, na gravidez. Revista de Medicina. Ribeirão Preto, v. 33, out/dez. 2000. 520-527. Disponível em: <http://wwwfmrp.usp.br/revista/2000/vol33n4/ptotocolo_detecção.pdf>. Acesso em: 22 mar. 2010. MORAIS FILHO, Olímpio Barbosa de et al. Misoprostol sublingual versus vaginal para indução do parto a termo. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro, v. 27, n. 1, jun/ago. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v27n1/24288.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2010. MOREIRA, Rita de Cássia R. Compreendendo a mulher com doença hipertensiva especifica da gestação: Uma abordagem fenomenológica, 2005./ 30f. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal da Bahia, Escola de Enfermagem. Disponível em: <http://www.efba.br/tedesimples/tdearquivos/39/TDE-2005-09-2t-11:49:21z-144/publico/ritadecassia-sec.pdf>. Acesso em: 3 maio. 2010. NERY, Ines Sampaio et al. Vivência de mulheres em situação de aborto espontâneo. Rio de Janeiro: Revista de Enfermagem UERJ. Rio de Janeiro, v. 14, n. 01, jan/mar. 2006. 67-73. Disponível em: <http://www.facenf.uerj.br/v14n1/v14n1a11.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2010. NETO, Artur da Rocha Moreira et al. Extração do feto grande pela manobra. Revista de associação médica de Brasília. Brasília, v. 46, n. 3, ago/out. 2009. 245-280. Disponível em: <http://www.ambr.com.br/rb/arquivos/13_bsb_med_46%283%29_2009_extracao_de_feto_grande.pdf>. Acesso em: 25 abr. 2010. NETO, Pedro Joaquim; BATISTA, Patrícia Serpa. Projeto educação em saúde na atenção a gestantes e puérperas. 2007. Disponível em: <http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/x_enex/ANAIS/Area6/6CCSDEMCAOUT2007.pdf>. Acesso em 16 nov. 2009. NORONHA, Lúcia de. et al. Mortalidade intra-uterina e perinatal: análise comparativa de 3.904 necropsias do Hospital de Clínicas de Curitiba no período de 1960 a 1995. Jornal de pediatria. Rio de Janeiro, v. 76, n. 3, jan/mar. 2000. Disponível em: <http://www.jped.com.br/conteudo/00-76-03-213/port.pdf>. Acesso em: 30 abr. 2010. NUNES, Filomena et al. Corticoterapia na síndrome de Hellp. Acta Médica Portuguesa. São Paulo, v. 18, n. 1, mar/maio. 2005. 177-182. Disponível em: <http://www.actamedicaportuguesa.com/pdf/2005-18/3/177-182.pd>. Acesso em: 2 abr. 2010.

Page 85: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

82

OLIVEIRA, Luiz Roberto; RIZZATO, Águeda Beatriz Pires; MAGALDI, Cecília. Saúde materno infantil. Visão critica dos determinantes e dos programas assistenciais. Revista de saúde Pública. São Paulo, v. 17, n. 3, jun/ago. 1983. Disponível em: <http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0034-89101983000300003&cript=sci_arttext>. Acesso em: 19 abr. 2010. OLIVEIRA, Silvio Luiz. Tratado de Metodologia Cientifica. 2.ed. São Paulo: Pioneira, 2000. ORES, Liliane da Costa et al. Gestantes de alto risco e fatores psicológicos. 2005. Disponível em: <http://www.ufpel.edu.br/cic/2005/arquivos/CH_00380.rtf>. Acesso em: 5 de out. 2009. PAES, Lucilene Gama; MATTIONI, Fernanda Carlise; SILVA, Sabrina Guterres. Educação em saúde: Ferramenta instigadora do cuidado integral e em boderamento. 2008. Disponível em: <http://www.forummundialeducacao.org/img/pdf_educacao_em_saude_ferramenta_instigadora_do_cuidado.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2009. PEIXOTO, Magda Vieira; MARTINEZ, Michele Dutra; VALE, Norma Sueli Braga. Síndromes hipertensivas na gestação, estratégias e cuidados de enfermagem. Revista Educação, Meio Ambiente e Saúde. São Paulo, v. 3, n. 1, jan/mar. 2008. 208-222. Disponível em: <http://www.metodogerar.com.br/wp-content/uploads/2009/09/sindromes-hipertensivas-revisao.pdf>. Acesso em: 5 out. 2009. PERAÇOLI, José C. et al. Síndrome Hellp recorrente: Relatos de dois casos. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro, v. 20, n. 3, abr. 1998. 165-167. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-72031998000300008&script=sci_arttext>. Acesso em: 3 abr. 2010. PIZZATO, Felipe Buares; JULIANO, Hésio Vicente; FIALHO, Carlos Jóse. Videocirurgia na prenhez ectópica rota com prenhez tópica concomitante. Revista Brasileira de Videocirurgia. Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, jul/set. 2004. 148-151. Disponível em: http://www.sobracil.org.br/revista/rv020203/rbv020203-148.pdf>. Acesso em: 19 abr. 2010. PORTO, A. M. Hipertensão na gravidez: Manual de orientações. Federação Brasileira de ginecologia e obstetrícia, 1997. REIS, Miranda Pac et al. Diabetes mellitus gestacional. Sociedade Brasileira de endocrinologia e metabologia, 2006, Projeto diretrizes associação médica Brasileira

Page 86: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

83

e Conselho Federal de medicina. Disponível em: <http://www.telessaudebrasil.org.br/lildbi/docsonline/6/3036-diabetes=mellitus-gestacional.pdf>. Acesso em: 22 de mar. 2010. REZENDE, Jorge de; MONTENEGRO, Carlos Antônio Barbosa. Obstetrícia fundamentada. 9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. REZENDE, Jorge de; MONTENEGRO, Carlos Antônio Barbosa. Obstetrícia Fundamental. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. RODINI, Elaine S. O et al. Abortamentos espontâneos: estudos citogenéticos e riscos de recorrência. Arquivo ciência Saúde. São Paulo, v. 11, n. 1, jan/mar. 2004. Disponível em: <http://www.cienciasdasaude.famerp.br/racs_ol/Vol-11-1/ac08.pdf>. Acesso em: 11 de abr. 2010. ROZAS, Antonio; NETO, Luiz Ferraz de Sampaio. Incompetência cervical: Conceito, diagnóstico e conduta. Revista da Faculdade de ciências médicas de Sorocaba. São Paulo, v. 5, n. 2, jan/fev. 2003.1-9. Disponível em: <http://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/viewFile/132/97>. Acesso em: 26 abr. 2010. SANTIAGO, Mônica Deolindo et al. Cálculo do volume de sangue necessário para a correção da anemia fetal em gestantes isoimunizadas. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro, v. 30, n. 4, abr. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci-arttext&pid=S0100-72032008000400007>. Acesso em: 30 abr. 2010. SANTOS, Adehilde Maria Martins; THOMAZ, Ana Claire Pimenteira; ROCHA, José Elias Soares da. Crescimento intra-uterino restrito diagnosticado pelo índice ponderal de Rohrer e sua associação com morbidade e mortalidade neonatal precoce. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Maceió, v. 27, n. 6, jan/mar. 2005. 303-9. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v27n6/a03v27n6.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2010. SARNI, Roseli Oselka Saccardo et al. Baixo peso ao nascer: Influência na pressão arterial, composição corporal e antropometria. Arquivo Médico ABC. São Paulo, v. 30, n. 2, out/dez. 2005. 76-82. Disponível em: <http://www.fmabc.br/admin/files/revistas/30amabc076.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2010. SCHUPP, Tânia Regina; MIYADAHIRA, Seizo; ZUGAIB, Marcelo. Qual é a conduta atual no óbito fetal?. Revista da Associação. Médica Brasileira. São Paulo, v. 48,

Page 87: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

84

n. 4, out/dez. 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci-arttext&pid=S0104-42302002000400017>. Acesso em: 30 abr. 2010. SEBASTIÃO, Junior Duarte et al. O significado do pré-natal para mulheres grávidas: uma experiência no município de Campo Grande, Brasil. Revista de saúde e sociedade. São Paulo, v. 17, n. 2, abr/jun. 2008. Disponível em: <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S0104-12902008000200013&script=sci_arttext>. Acesso em: 2 de nov. 2009. SIMÕES, S. M. F. O ser parturiente: Um enfoque vivencial, Rio de Janeiro: EDUFF, 1998. SOIFER, R. Psicologia da gravidez, parto e puerpério. 6. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992. SOUSA, Patrícia Braga; DIAS, Maria Stela. Diabetes mellitus gestacional: diagnóstico e manejo. Revista de Brasília Médica. Brasília, v. 45, n. 3, ago/set. 2008. 183-190. Disponível em: <http://www.ambr.com.br/rb/arquivos/bsbmed_45_3_2008_diabetes_gestacional.pdf>. Acesso em: 21 mar. 2010. TOMÉ, José Pedro Boléo. Doença respiratória e gravidez. Acta medica Portuguesa. São Paulo, v. 20, n. 1, fev/mar. 2007. Disponível em: <http://www.actamedicaportuguesa.com/pdf/2007-20/4/359-368.pdf>. Acesso em: 21 abr. 2010. VALADARES, Carolina Gasparotto; KOMKA, Sarah Blamires. Prevalência de diabetes mellitus gestacional em gestantes de um centro de saúde em Brasília-DF. Revista comunicação em ciências da saúde. Brasília, v. 19, n. 1, jan/mar. 2008. 11-17. Disponível em: <http://www.fepecs.edu.br/revista/Vol19_1art01.pdf>. Acesso em: 22 de mar. 2010. VIEIRA, E. M. A. Medicalização do corpo feminino. 1. ed. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2002. VITORELLO, Dorival Antonio et al. Tranfusão Intra-uterina em Fetos Afetados pela doença hemolítica parinatal grave: Um Estudo Descritivo. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro, v. 20, n. 3, abr. 1998. Disponível em: <http://www.scielo.php?pid=S0100-72031998000300003&script=sci-arttext>. Acesso em: 29 abr. 2010.

Page 88: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

85

ZIEGEL, Erna E; CRANLEY, Mecca S. Enfermagem obstetrícia. 8.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1985.

Page 89: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

86

APÊNDICE A – Questionário

Data da aplicação: ___/___/___

Nome da gestante: ____________________________________________________

Idade: __________ anos

1) Renda Mensal familiar das gestantes portadoras de risco: ( ) 1 salário mínimo ( ) abaixo de 1 salário mínimo ( ) acima de um 1 salário mínimo

2) Escolaridades das gestantes portadoras de risco: ( ) analfabeta ( ) Ensino fundamental Ι ( ) Ensino fundamental ΙΙ ( ) Ensino Médio ( ) Ensino Superior

3) Estado Civil das gestantes portadoras de risco: ( ) Solteira ( ) casada ( ) amigada

4) Quantidade de filhos das gestantes portadoras de risco: ( ) até 3 filhos ( ) 4 a 6 filhos ( ) acima de 7 filhos

5) Em que período de gestação desenvolveu a complicação:

( ) 1° trimestre da gestação ( ) 2° trimestre da gestação ( ) 3° trimestre da gestação ( ) antes da gestação

6) Tipos de partos das gestações anteriores em gestantes portadoras de risco: ( ) ao termo ( ) pré-termo ( ) primeiro filho

Page 90: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

87

7) Qual a sua complicação de risco na gestação? ____________________________________________________________

8) Você tem conhecimento dos sinais e sintomas de sua patologia na gestação: ( ) sim ( ) não ( ) pouco

9) Você tem conhecimento sobre as complicações a que está exposta devido a as complicações da gestação?

( ) sim ( ) não

( ) pouco 10) Você recebeu orientação educativa de algum profissional de saúde sobre sua

patologia? ( ) sim ( ) não ( ) pouco

11) Você está ciente quanto aos hábitos e condutas capazes de amenizar os riscos a que esta exposta?

( ) sim ( ) não ( ) pouco

Page 91: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

88

APÊNDICE B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

NOME DA PESQUISA: Conhecimento das gestantes assistidas pela Clínica da Mulher e da Criança em relação ao pré-natal de alto risco – Paracatu/MG, 2009. PESQUISADORA: Alline Barbosa de Brito. ORIENTADORA: MSc. Rosalba Cassuci Arantes INSTITUIÇÃO: Faculdade Tecsoma

Prezada Senhora:

Estamos realizando uma pesquisa com gestantes de alto risco. Os objetivos deste estudo é Identificar o conhecimento das gestantes assistidas pela Clinica da Mulher e da Criança em relação ao pré-natal de alto risco.

Considerando ser de suma importância para as gestantes de alto risco o esclarecimento quanto as questões de possíveis complicações que podem afetar a saúde do binômio mãe/filho, visando assim contribuir para a melhoria da qualidade de vida e conseqüentemente redução dos indicadores de morbimortalidade perinatal.

Diante disso, necessitamos realizar uma entrevista e gostaríamos de pedir sua colaboração para responder às questões contidas nos questionários. Desde já, asseguramos que sua identidade será preservada e que esta pesquisa não trará prejuízos ao seu acompanhamento ao pré-natal. Solicitamos, sua autorização, enquanto participante desta pesquisa, para divulgação do conteúdo de sua entrevista, o que muito contribuirá para a realização deste trabalho. As informações fornecidas serão utilizadas para fins de pesquisa científica. Sua participação nesta pesquisa não lhe trará despesas, gastos ou danos e nem mesmo nenhuma gratificação. A senhora terá total liberdade para se recusar a participar da pesquisa, deixar de responder questões, podendo inclusive, retirar-se da mesma em qualquer etapa e isso não lhe causará nenhum prejuízo. Poderá, também pedir esclarecimentos sobre a pesquisa a qualquer momento que achar necessário através dos contatos abaixo. Muito obrigada pela atenção, ____________________________ Alline Barbosa de Brito. Graduanda do Curso de Enfermagem da Faculdade Tecsoma. Telefone: (38) 9912 1570 E-mail: [email protected]

Page 92: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

89

Eu, ____________________________________________, tenho conhecimento de minha participação voluntária na pesquisa “Conhecimento das gestantes assistidas pela Clinica da Mulher e da Criança em relação ao pré-natal de alto risco – Paracatu/MG, 2009”, desenvolvida pela acadêmica Alline Barbosa de Brito sob a orientação da MSc. Rosalba Cassuci Arantes do curso de Enfermagem da Faculdade Tecsoma, e que esta estará restrita às avaliações necessárias para o estudo, ao qual se limita à aplicação de questionários.

Tenho consciência de que minha participação como voluntário (a) não me causará nenhum risco e que os procedimentos aplicados serão gratuitos.

Poderei, a qualquer momento, me retirar do projeto de pesquisa por qualquer motivo, sem que isso acarrete prejuízo a assistência a mim prestada.

Paracatu, ____ de ____________________ de _______.

________________________________ Assinatura do Paciente

Page 93: FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem · Ainda que alguns casos possam ser solucionados no primeiro nível de assistência, outros necessitarão um segundo nível,

90