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FACULDADE TECSOMA 8º Período de Administração CAPITAL INTELECTUAL E SUA IMPORTANCIA: UM ESTUDO DE CASO NA OAB/MG SUBSEÇÃO PARACATU -Claudia Fátima da Silva Campos Paracatu 2011

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FACULDADE TECSOMA 8º Período de Administração

CAPITAL INTELECTUAL E SUA IMPORTANCIA: UM ESTUDO DE CASO NA

OAB/MG SUBSEÇÃO PARACATU

-Claudia Fátima da Silva Campos

Paracatu 2011

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Claudia Fátima da Silva Campos

CAPITAL INTELECTUAL E SUA IMPORTANCIA NAS EMPRESAS

PRESTADORAS DE SERVIÇOS: UM ESTUDO DE CASO NA OAB/MG SUBSEÇÃO

PARACATU

Monografia apresentada à disciplina Metodologia do Estágio Supervisionado II, ministrada pelo professor Geraldo B. B. de Oliveira, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração, pela Faculdade Tecsoma.

Orientador: Carlos Alberto Kraemer.

Paracatu

2011

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Campos, Claudia Fátima da Silva

Capital Intelectual e sua importância: um estudo de caso na OAB/MG Subseção Paracatu. / Claudia Fátima da Silva Campos. Paracatu, 2011.

70f. Orientador: Carlos Alberto Kraemer Monografia (Bacharelado)- Faculdade Tecsoma- FATEC, Paracatu- Minas

Gerais, Bacharelado em Administração. 1. Capital Intelectual 2. Capital Humano 3. Conhecimento. I. Kraemer, Carlos

Alberto. II. Faculdade Tecsoma de Paracatu, MG. III. Título.

CDU: 65.011.56/C

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Claudia Fátima da Silva Campos

Capital Intelectual e sua importância nas empresas prestadoras de serviços: um estudo de

caso na OAB/MG Subseção Paracatu

Trabalho apresentado ao curso de Administração da Faculdade Tecsoma.

_____________________________________________________________

Fernando Antônio Antunes

Coordenador do Curso de Administração e

Professor Supervisor de Estágio Supervisionado II

______________________________________________________________

Carlos Alberto Kraemer

Professor Orientador

______________________________________________________________

Geraldo Benedito Batista de Oliveira

Professor de Metodologia de Estágio II

Paracatu, 10 de junho de 2011.

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Ao meu esposo Denis, que foi o meu

maior incentivador e que sempre esteve ao meu lado,

me apoiando e não deixando que eu desistisse deste

sonho.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pelo dom da vida e de onde tiro forças para continuar

a minha caminhada.

Aos meus pais, esposo, irmãos, cunhados, sobrinhos, por me fazerem tão felizes e com

isso me incentivam a querer sempre ir além para orgulhá-los. A vocês, todo o meu amor, e a

quem dedico esta vitória.

Aos colegas de classe que estiveram ao meu lado nesta caminhada, em especial ao

meu grupo de estudo, que estivemos unidos em todos os momentos e que crescemos e

adquirimos conhecimentos juntos, Alan, Aloísio, Karla, Victor e principalmente minha amiga

Rose.

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“Enquanto estiver vivo, sinta-se vivo.

Se sentir saudades do que fazia, volte a fazê-lo.

Não viva de fotografias amareladas...

Continue, quando todos esperam que desistas.

Não deixe que enferruje o ferro que existe em você.

Faça com que em vez de pena, tenham respeito por você.

Quando não conseguir correr através dos anos, trote.

Quando não conseguir trotar, caminhe.

Quando não conseguir caminhar, use uma bengala.

Mas nunca se detenha.”

Madre Tereza de Calcutá

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RESUMO

O presente trabalho tem por finalidade trazer informações sobre o Capital Intelectual,

diferencial competitivo identificado nas empresas como de maior valor. Foi feito um estudo

de caso na OAB/MG Subseção Paracatu, com a finalidade de estudar a importância que a

empresa demonstra quanto à valorização do capital intelectual. A aplicação do conhecimento

vem impactando, sobremaneira, o valor das organizações, pois, a materialização da utilização

desse recurso, mais as tecnologias disponíveis e empregadas para atuar num ambiente

globalizado, produz benefícios intangíveis que agregam valor a elas. Na era do conhecimento

observa-se que empresas estão sendo vendidas por valores muito acima do valor contábil, que

é o seu valor patrimonial. Podemos definir como valor da empresa, aquele que os potenciais

adquirentes estão dispostos a pagar pela compra do patrimônio líquido de uma empresa, ou

seja, um valor de negociação. Os gestores do conhecimento devem desenvolver uma

exposição clara e prática dos fatores que condicionam a capacidade de aprendizado da

organização, assim como os resultados esperados do aprendizado, devendo demonstrar a

conexão existente entre a estrutura organizacional, a cultura, as lideranças, os mecanismos de

aprendizagem, as atitudes das pessoas, o trabalho em equipe, a dependência desses

relacionamentos. A criatividade e a inovação é a base de tudo, e essas características são

encontradas somente nas pessoas, daí a importância das pessoas dentro das organizações. A

gestão de pessoas de uma empresa não deve ser voltada somente para captar e aplicar as

pessoas, deve estar preocupada em manter seus talentos satisfeitos a longo prazo na

organização, pois, a manutenção de pessoas exige um conjunto de cuidados especiais, entre os

quais sobressaem os estilos de gerência, as relações com os empregados e os programas de

higiene e segurança do trabalho que assegurem qualidade de vida na organização. Mantendo

as pessoas na organização satisfeitas e motivadas, assegurando condições físicas, psicológicas

e sociais de permanecer na empresa, os gestores conseguirão obter dos funcionários

compromisso e dedicação. Quando o mercado de ações avalia empresas em três, quatro ou

dez vezes mais que o valor contábil de seus ativos, está contando uma verdade simples, porém

profunda, os ativos físicos de uma empresa baseada no conhecimento contribuem muito

menos para o valor de seu produto final do que os ativos intangíveis, os talentos de seus

funcionários, a eficácia de seus sistemas gerenciais, o caráter de seus relacionamentos com os

clientes, que, juntos, constituem seu capital intelectual.

Palavras-chave: Capital Intelectual. Capital Humano. Conhecimento

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ABSTRACT

The current work aims to present information about Intellectual Capital, identified at the

companies as the competitive advantage with highest value. This was a case study in OAB /

MG Subsection Paracatu, in order to study the importance that the company give about the

valuation of intellectual capital. The value of the organizations has been greatly impacted by

the application of the knowledge. The use of this feature plus the available technology and

used in a globalized environment, produces tangible benefits that add value to them. In the

knowledge era, the companies are been sold above their book value. The value of a company

is the value that potential buyers are willing to pay for its net worth. The managers must

develop knowledge of the factors that influence the learning capacity at the organization, as

well as the expected outcomes of this learning in order to demonstrate the connection between

the organizational structure, culture, leadership, learning mechanisms , people's attitudes,

teamwork and the dependence of these relationships. Creativity and innovation are the

foundation of everything and these characteristics are found only in people, hence the

importance of people at the organizations. The people management in a company shouldn't be

directed only to hiring people, but should be concerned with maintaining their talents in long-

term. The maintenance of a number of people requires special care, among which stand out

styles of management, relations with employees and the health and safety work programs to

ensure quality of life in the organization. Keeping people motivated and satisfied in the

organization, ensuring the physical, psychological and social to staying in business, the

managers will be able to obtain the employee's commitment and dedication. When the stock

market evaluates companies in three, four or ten times above their assets value, it means a

simple truth: the physical assets of a business based on knowledge contribute much less to

the final value of its product than the intangible assets. And the talents of its employees, the

effectiveness of their management systems, the quality of its relationships with customers, are

the factors that constitute intellectual capital of a organization.

Keywords: Intellectual Capital. Human Capital. Knowledge.

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LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 Organograma da empresa.................................................................................. 16

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LISTA DE TABELAS

TABELA 01 Cronograma de atividades ............................................................................. 20

TABELA 02 Demonstração dos Recursos Humanos envolvidos no presente estudo....... 21

TABELA 03 Recursos Financeiros e Materiais necessários ............................................... 21

TABELA 04 Quadro diretivo da organização ..................................................................... 55

TABELA 05 Colaboradores da organização ....................................................................... 55

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 Questão nº01 ..................................................................................................... 56

GRÁFICO 2 Questão nº02 ..................................................................................................... 57

GRÁFICO 3 Questão nº03 ..................................................................................................... 58

GRÁFICO 4 Questão nº04 ..................................................................................................... 59

GRÁFICO 5 Questão nº05 ..................................................................................................... 61

GRÁFICO 6 Questão nº06 ..................................................................................................... 62

GRÁFICO 7 Questão nº07 ..................................................................................................... 63

GRÁFICO 8 Questão nº08 ..................................................................................................... 64

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LISTA DE ABREVIATURAS

Ex. - Exemplo

Ed. – Editora

Org. – Organizador

RH – Recursos Humanos

OAB – Ordem dos Advogados do Brasil

OAB/MG – Ordem dos Advogados do Brasil Seção Minas Gerais

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SUMÁRIO

1 INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA ................................................................................... 141.1 Local do Estágio ......................................................................................................................... 141.2 Razão Social da Empresa .......................................................................................................... 141.3 Nome fantasia ............................................................................................................................. 141.4 Endereço da Empresa ................................................................................................................ 141.5 Inscrições .................................................................................................................................... 141.6 Forma Jurídica ........................................................................................................................... 151.7 Capital Social .............................................................................................................................. 151.8 Objetivo Social ............................................................................................................................ 151.9 Missão da Empresa .................................................................................................................... 151.10 Público Alvo da Empresa ........................................................................................................ 161.11 Organograma da Empresa ...................................................................................................... 161.11.1 Quadro Diretivo ...................................................................................................................... 16

2 INFORMAÇÕES SOBRE O ESTÁGIO .................................................................................... 172.1 Coordenador do Estágio ............................................................................................................ 172.2 Professor Orientador ................................................................................................................. 172.3 Supervisor de Estágio na Empresa ........................................................................................... 172.4 Área de conhecimento do Estágio ............................................................................................. 172.5 Características da organização ................................................................................................. 17

3 PROJETO MONOGRÁFICO ..................................................................................................... 183.1 Título ........................................................................................................................................... 183.2 Tema ............................................................................................................................................ 183.4 Objetivos ..................................................................................................................................... 183.4.1 Objetivo Geral ........................................................................................................................... 183.4.2 Objetivos Específicos ................................................................................................................ 183.5 Problematização ......................................................................................................................... 193.6 Hipótese ....................................................................................................................................... 193.7 Justificativa ................................................................................................................................ 193.8 Resultados Esperados ................................................................................................................ 203.9 Metodologia ................................................................................................................................ 203.10 Cronograma .............................................................................................................................. 203.11 Recursos .................................................................................................................................... 213.11.1 Recursos Humanos ................................................................................................................ 213.11.2 Recursos Materiais ................................................................................................................. 213.11.3 Recursos Financeiros e Materiais ......................................................................................... 21

4 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 22

5 DOS PRIMÓRDIOS ATÉ O CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO .......................... 23

6 A ERA DA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO ................................................................... 266.1 Definição do conhecimento ........................................................................................................ 266.2 Característica da Sociedade do Conhecimento ....................................................................... 286.3 Talento ......................................................................................................................................... 296.4 Inteligência .................................................................................................................................. 30

7 VALORES DE UMA ORGANIZAÇÃO .................................................................................... 327.1 Ativos Tangíveis ......................................................................................................................... 327.2 Ativos Intangíveis ....................................................................................................................... 33

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8 GESTÃO DO CONHECIMENTO .............................................................................................. 348.1 Mensuração da Gestão do Conhecimento ................................................................................ 35

9 GOODWILL ................................................................................................................................. 37

10 A IMPORTÂNCIA DAS PESSOAS NA ORGANIZAÇÃO ................................................... 38

11 MOTIVAÇÃO ............................................................................................................................. 39

12 COMO ATRAIR, DESENVOLVER, RETER E RECOMPENSAR TALENTOS .............. 40

13 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO .............................................................................. 42

14 CAPITAL INTELECTUAL ...................................................................................................... 4314.1 Formação do Capital Intelectual ............................................................................................ 4414.2 Composição do Capital Intelectual ......................................................................................... 4414.2.1 Capital Intelectual ................................................................................................................. 4514.2.2 Capital Humano ..................................................................................................................... 4514.2.3 Capital Estrutural ................................................................................................................... 4614.2.4 Capital Organizacional .......................................................................................................... 4714.2.5 Capital de Inovação .............................................................................................................. 4814.2.6 Capital de Processo ................................................................................................................ 4814.2.7 Capital de Clientes .................................................................................................................. 4814.3 Mensuração do Capital de Intelectual ................................................................................... 49

15 CAPITAL INTELECTUAL NAS EMPRESAS PÚBLICAS .................................................. 51

16 ESTUDO DE CASO NA OAB/MG SUBSEÇÃO PARACATU ............................................. 5316.2 Ramo de atividades .................................................................................................................. 5416.3 Composição da Organização ................................................................................................... 5416.4 Pesquisa ..................................................................................................................................... 5516.5 Resultado da pesquisa e análise dos resultados ..................................................................... 5616.5.1 Questão número 01 do questionário ...................................................................................... 5616.5.2 Questão número 02 do questionário....................................................................................... 5716.5.3 Questão número 03 do questionário....................................................................................... 5816.5.4 Questão número 04 do questionário....................................................................................... 5916.5.5 Questão número 05 do questionário....................................................................................... 6116.5.6 Questão número 06 do questionário....................................................................................... 6216.5.7 Questão número 07 do questionário....................................................................................... 6316.5.8 Questão número 08 do questionário....................................................................................... 6416.6 Proposta para o processo de valorização do Capital Intelectual ......................................... 65

17 CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 66

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 67

APÊNDICE ....................................................................................................................................... 69

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1 INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA

1.1 Local do Estágio

31ª Subseção da OAB/MG.

1.2 Razão Social da Empresa

Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de Minas Gerais - Subseção Paracatu.

1.3 Nome fantasia

OAB/MG Subseção Paracatu.

1.4 Endereço da Empresa

Avenida Olegário Maciel, nº 193, Centro, nesta cidade de Paracatu-MG.

Telefone: (38) 3671.6332

1.5 Inscrições

CNPJ: 19.984.848/0001-20.

Inscrição Estadual: Isento.

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1.6 Forma Jurídica

A OAB constitui serviço público federal; é uma organização não governamental,

sendo esta isenta de qualquer imposto ou contribuição.

1.7 Capital Social

Não foi informado.

1.8 Objetivo Social

A Ordem dos Advogados do Brasil, é o órgão de seleção, defesa e disciplina da classe

dos advogados em todo o País, bem como de seus estagiários inscritos na Ordem dos

Advogados.

1.9 Missão da Empresa

Defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os

direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida

administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas;

promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos

advogados em toda a República Federativa do Brasil.

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1.10 Público Alvo da Empresa

Advogados e Estagiários inscritos na OAB, e o público em geral que tenham dúvidas

ou reclamações referentes aos advogados.

1.11 Organograma da Empresa

Figura 01 – Organograma da Empresa.

Nota: Organograma elaborado pela autora a partir de observação.

1.11.1 Quadro Diretivo

Nelson Ivan Biulchi: Presidente.

Max Botelho Victor Rodrigues: Vice-Presidente.

Denis Fernando Soares de Campos: Tesoureiro.

Paulo Afonso Anacleto Torres: Secretário Geral.

Beatriz Andreata Gonçalves: Secretária Geral Adjunto.

PRESIDENTE

VICE-

PRESIDENTE

TESOUREIRO

SECRETÁRIO

GERAL

SECRETÁRIO

GERAL ADJUNTO

AUXILIAR

ADMINISTRATIVO

AUXILIAR DE

SERVIÇOS

ESTAGIÁRIOS

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2 INFORMAÇÕES SOBRE O ESTÁGIO

2.1 Coordenador do Estágio

Professor Fernando Antônio Antunes

2.2 Professor Orientador

Professor Carlos Kraemer

2.3 Supervisor de Estágio na Empresa

Dr. Nelson Ivan Biulchi – Presidente da OAB/MG Subseção Paracatu

2.4 Área de conhecimento do Estágio

Administração de Recursos Humanos - ARH

2.5 Características da organização

A OAB/MG Subseção Paracatu é uma empresa prestadora de serviços, que deve

primar pela qualificação dos seus funcionários, para atender as necessidades do cliente com

qualidade e eficiência. E para que esse processo possa ter um bom andamento os

colaboradores da empresa devem estar bem treinados, motivados e engajados com a empresa.

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3 PROJETO MONOGRÁFICO

3.1 Título

Capital Intelectual e sua importância: um estudo de caso na OAB/MG Subseção

Paracatu.

3.2 Tema

O presente estudo aborda o tema Capital Intelectual, mostrando a sua importância.

3.4 Objetivos

3.4.1 Objetivo Geral

Demonstrar importância e os benefícios da valorização do Capital Intelectual para a

OAB/MG Subseção Paracatu.

3.4.2 Objetivos Específicos

• Mostrar a importância do Capital Intelectual para a organização;

• Mostrar a importância da retenção do Capital Intelectual pela empresa;

• Abordar os benefícios que a empresa terá com a valorização do Capital Humano.

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3.5 Problematização

Devido a sua importância, a gestão do Capital Intelectual está cada vez mais presente

nas organizações, uma vez que a gestão de pessoas passa a ser um fator crítico de sucesso

para o desempenho das organizações. Muitas empresas são administradas com ênfase em

valorização dos seus bens imóveis, poucas possuem um mecanismo claro para garantir que os

melhores talentos sejam alinhados com as oportunidades novas e atraentes.

Devido a falta de valorização do capital intelectual da organização os seus

colaboradores se sentem desmotivados a colaborar com a empresa. A empresa não treina seu

pessoal, com isso não valoriza o Capital Humano da organização, que deveria agregar valor à

organização, não conseguindo manter seus talentos, sabendo que em uma empresa prestadora

de serviços como é o caso da OAB/MG Subseção Paracatu, os colaboradores são a essência

da empresa.

3.6 Hipóteses

A competição de empresas é uma realidade no cenário mundial, ofertas mais atraentes

por outras empresas, instabilidade econômica, política salarial e de benefícios, falta de política

e estratégias para crescimento, falta de reconhecimento, estes são alguns dos fatores que

podem estar causando a falta de motivação dos colaboradores da OAB/MG Subseção

Paracatu, em trabalhar na empresa. Para isso cabe a organização desenvolver políticas, a fim

de aprimorar o capital intelectual da organização.

3.7 Justificativa

A justificativa deste estudo se deve à relevância do Capital Intelectual no cenário

global contemporâneo. Eventos internacionais destacam a gestão de talentos como variável

crítica para o sucesso das organizações, indicando uma disputa acirrada por talentos entre as

empresas.

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3.8 Resultados Esperados

Espera-se que com esse trabalho, possamos mostrar a importância do Capital

Intelectual para a organização em estudo, propondo um plano de valorização deste capital na

organização, para que ela consiga atrair, desenvolver, reter e recompensar seus talentos. Pois

hoje o bem mais precioso dentro das empresas são os Recursos Humanos.

3.9 Metodologia

A metodologia do estudo será através de pesquisa bibliográfica e exploratória por

meio de estudo de caso, buscando contribuições teóricas de vários autores reconhecidos e

eleitos, que realizaram estudos sobre o Capital Intelectual nas organizações, em livros, artigos

publicados e sites. O estudo de caso será realizado por meio da observação e vivência na

empresa, com aplicação de questionários a todos colaboradores da OAB/MG Subseção

Paracatu, bem como conversa informal junto aos diretores e colaboradores administrativos da

organização.

3.10 Cronograma

ETAPAS DA MESES

MONOGRAFIA Fev Mar Abr Mai Jun Jul

Pesquisa bibliográfica X

Projeto X

Metodologia X

Coleta e análise de dados X

Elaboração do Trabalho X X

Revisão Gramatical e Ortográfica X

Relatório Final X

Tabela 01: Cronograma das Atividades Fonte: Tabela elaborada pela autora, a partir das atividades realizadas, 2011.

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3.11 Recursos

3.11.1 Recursos Humanos

CARGO NOME

Coordenador do estágio Fernando Antônio Antunes

Orientador do estágio Carlos Alberto Kraemer

Funcionários da organização Amanda, Elísia, Nathália, Meriany, Rangel, Rosinei, Thiago

Acadêmica estagiária Claudia Fátima da Silva Campos

Tabela 02: Demonstração dos Recursos Humanos envolvidos no presente estudo Fonte: Tabela elaborada pela autora.

3.11.2 Recursos Materiais

• Computador;

• Impressora;

• Máquina fotocopiadora;

• Livros e Artigos sobre o tema.

3.11.3 Recursos Financeiros e Materiais

Materiais Quant. Valor Unit. Total

Papel A4 01 R$ 12,50 R$ 12,50

Cartucho 02 R$ 10,00 R$ 20,00

Livros 05 R$ 59,18 R$ 295,90

Materiais Quant. Valor Unit. Total

Encadernação 01 R$ 25,00 R$ 25,00

Cópias 250 R$ 0,10 R$ 25,00

Total Material R$ 378,40

TOTAL GERAL DO PROJETO R$ 378,40

Tabela 03: Recursos Financeiros e Materiais necessários Fonte: Tabela elaborada pela autora.

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4 INTRODUÇÃO

O Capital Intelectual é um tema que vem ganhando espaço tanto no campo acadêmico

quanto no organizacional, em todo o mundo. É um novo conceito de administração de

empresas. Entende-se que o grande desafio para as organizações atuantes na economia

baseada no conhecimento é gerenciar o capital intelectual, encontrar e estimular, armazenar e

compartilhar este Capital.

Estamos diante de grandes mudanças, onde a fonte de conhecimento agregada às

organizações está gerando maiores valores aos produtos e serviços, tornando-se o diferencial

para aquelas empresas que estão investindo em capital humano. Um exemplo é a Microsoft

que desestabilizou a gigante IBM ao lançar o Personal Computer (PC). Hoje, a empresa de

Bill Gates tem valor de mercado cinco vezes maior do que a da Big Blue; e o segredo é a

inovação, o conhecimento aplicado para gerar novas tecnologias ou novas formas de executar

antigos processos.

Segundo Chiavenato (2004) “em um mundo mutável e competitivo, em uma economia

sem fronteiras, as organizações precisam preparar-se continuamente para os desafios da

inovação e da concorrência”.

O Capital Humano vem sendo cada vez mais valorizado e as empresas a cada dia vem

investindo mais nesse potencial, em busca de melhores qualidades e retorno mais rápido de

capital investido. Na OAB/MG Subseção Paracatu não poderia ser diferente, por ser uma

empresa prestadora de serviços, ela precisa ter pessoas altamente qualificadas e preparadas

para atingir seus objetivos com maior eficiência.

O Capital Intelectual está presente e cada vez mais relevante na formação do valor das

empresas. Cada vez mais ele se torna relevante no processo de agregação de valor às

instituições em geral, inclusive nas de fins não lucrativos, que é o caso da OAB/MG Subseção

Paracatu, pois, elas não estão à venda, mas nem por isso deixamos de avaliar o que elas

significam para a sociedade.

A influência do Capital Intelectual na gestão empresarial fez surgir um novo

comportamento e uma nova atitude em relação ao mesmo. Desta forma através do presente

estudo definiremos o que é capital intelectual e os assuntos que o rodeiam, bem como

buscaremos identificar o que a organização em estudo está fazendo para atrair e manter os

seus talentos, qual é o valor dado aos seus colaboradores e através de pesquisa aplicada

veremos se há satisfação dos funcionários da empresa.

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5 DOS PRIMÓRDIOS ATÉ O CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO

Segundo Andrade e Amboni (2009), “a administração é praticada desde o início da

humanidade, desde que surgiram os primeiros agrupamentos humanos. Nas sociedades

primitivas, as expedições para a caça de grandes animais eram empreendimentos coletivos

precedidos de decisões de planejamento, divisão do trabalho e logística”. Os egípcios, por

exemplo, durante a construção das pirâmides, praticavam ações que legitimam as teorias

administrativas.

Muitas idéias e técnicas da atualidade têm raízes antigas e procuram resolver

problemas que as organizações sempre enfrentam.

Com a vinda das pessoas do campo para vilas e aglomerados de pessoas, surgiram as

cidades e os estados. E com isso, as primeiras organizações foram criadas, essas demandaram

a criação de práticas administrativas que se estabilizariam e evoluiriam nos séculos seguintes.

No século XVIII, aconteceu a Revolução Industrial, que foi produto de dois eventos: o

surgimento das fábricas e a invenção das máquinas a vapor. A Revolução Industrial

revolucionou também a produção e aplicação de conhecimentos administrativos. Com os

novos conhecimentos administrativos surgiu a empresa industrial. As condições de trabalho

nas fábricas dessa época eram rudes. Os trabalhadores ficavam totalmente à disposição do

industrial e capitalista, não podiam reclamar dos salários, horários de trabalho, barulho e

sujeira nas fábricas. As crianças também eram obrigadas a trabalhar até 14 horas por dia.

Segundo Araújo (2004), “as práticas administrativas no início da Revolução Industrial

eram rudimentares. Pagavam-se baixos salários e usavam-se capatazes para fazer o controle

cerrado da mão-de-obra”. As grandes fábricas e a preocupação com a eficiência atraíram a

atenção de pessoas que lançaram as bases da ciência econômica e das teorias da

administração, eles apontavam a necessidade de reduzir ao mínimo o número de tarefas de

cada trabalhador, a fim de aumentar a velocidade e a eficiência, sugeriram ainda que tempos e

movimentos deveriam ser analisados e sistematizados para produzir a combinação mais

eficiente.

Sobre a Revolução Industrial o autor Andrade e Amboni, citam:

No decorrer do século XVIII, a Europa Ocidental passou por uma grande transformação no setor da produção, em decorrência dos avanços das técnicas de cultivo e da mecanização das fábricas, à qual se deu o nome de Revolução Industrial. A invenção e o uso da máquina permitiram o aumento da produtividade, a diminuição dos preços e o crescimento do consumo e dos lucros. (ANDRADE e AMBONI, 2009, p. 45).

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No século XX, a Revolução Industrial se consolida na Europa e chega à América do

Norte. Com esse movimento, surgiram as grandes corporações de negócios, os gerentes

profissionais e as bases das idéias e técnicas para administrar as organizações. A

administração sofre um grande avanço, esse foi impulsionado pela expansão da Revolução

Industrial na América, que criou uma nova realidade para as organizações.

Segundo Chiavenato (2003), “com a abertura de grandes empresas/indústrias, isso

exigiu o desenvolvimento de métodos totalmente novos de administração, essa evolução teve

a participação de muitas pessoas, uma das mais importantes foi Frederick Winslow Taylor, ele

e seus seguidores transformaram a administração da eficiência do trabalho em um corpo de

conhecimentos com vida própria”. Taylor adotou uma combinação de pagamento elevado,

proporcional à quantidade movimentada, seleção dos melhores trabalhadores e orientação

para realizar a tarefa. Porém, Taylor percebeu que os trabalhadores iriam começar a realizar

suas atividades correndo, para ganhar bastante, e rapidamente ficariam exaustos, sendo

obrigados a interromper o trabalho muito antes de terminá-lo. Taylor, então, descobriu que

homens de físico adequado conseguiriam aumentar a quantidade de toneladas movimentadas,

com total segurança, desde que os supervisores os obrigassem a descansar a intervalos

freqüentes, com conseqüência, os homens passaram a produzir muito mais. Taylor

demonstrou que os níveis mais altos de produtividade resultam na utilização eficiente da

energia, ou seja, trabalhar menos produzir mais.

Houve outros grandes nomes que ajudaram a sistematizar a administração, que

ajudaram a mostrar a sua importância. No início do estudo da administração, dava-se ênfase

somente na quantidade que se era produzido, e os operários eram tratados como escravos.

Com o estudo e experiências no meio administrativo, veio se formando novos conceitos a

cerca do modo de se administrar.

Com o crescimento das empresas, estas começaram a demandar mais do que a

organização do chão de fábrica, mais do que a produção, era preciso explorar mais a

administração, e saber como administrar e atrair as pessoas para a organização treiná-las e

mantê-las, pois a rotatividade de pessoas nas organizações era muito grande. Com isso veio a

preocupação com a eficiência total da empresa, e não apenas com os operários (chão de

fábrica).

Como vimos, no início do estudo da administração o enfoque predominante eram nas

máquinas, na produção, enfatizando os métodos de trabalho, e a importância dos recursos

materiais das empresas. É o enfoque da administração científica, do processo administrativo e

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de grande parte da teoria das organizações. As necessidades, interesses e sentimentos das

pessoas que trabalham nas organizações, sequer estão entre as cogitações de quem adota

exclusivamente o enfoque técnico, ou seja, não havia interesse no bem estar dos funcionários,

e o que importava era só a quantidade que ele produzia.

Com o estudo da administração, ficou claro que a produtividade e o desempenho das

organizações dependem também do comportamento das pessoas, e não apenas da eficiência

dos sistemas técnicos empregados na empresa. As pessoas precisavam ser motivadas a

trabalhar, deveriam gostar do que faziam. Era preciso estudar o comportamento humano nas

organizações, para poder entendê-las, e recompensá-las por sua dedicação à empresa. Era

preciso entender as suas necessidades.

Segundo Andrade e Amboni (2009), “para entender essas necessidades Abraham

Maslow, desenvolveu a idéia de que as necessidades humanas dispõem-se numa hierarquia.

De acordo com essa teoria, as pessoas estão em processo de desenvolvimento contínuo”. As

pessoas tendem a progredir ao longo das necessidades, buscando atender uma após a outra, e

orientando-se para a auto-realização. De acordo com Maslow a hierarquia das necessidades

humanas é: Necessidades básicas; Necessidades de segurança; Necessidades sociais;

Necessidades de estima e Necessidade de auto-realização. Essa é a mais famosa teoria, sobre

as necessidades humanas.

Para que as pessoas se sintam bem dentro das organizações, é preciso que as suas

necessidades pessoais sejam supridas. Isso gera satisfação e motivação, para que o

funcionário continue sendo produtivo e fiel a organização em que trabalha.

Segundo Andrade e Amboni (2009), “no começo do terceiro milênio, surgiu o

conceito de Qualidade de Vida Total no Trabalho, que se baseia em uma visão integral das

pessoas”. Segundo esse conceito, saúde não é apenas ausência de doenças, mas também o

completo bem-estar biológico e social. Quanto maior a satisfação dos funcionários, mais alta é

a qualidade de vida no trabalho.

Nasce uma nova era, uma era focada na qualidade de vida no trabalho, visando

assegurar o bem-estar de seus empregados. O funcionário é considerado o bem mais

importante da empresa. Essa grande mudança que tem acontecido nos últimos anos, para que

a empresa possa ser competitiva no mercado, mostra que quem produz e cria são as pessoas,

então elas precisam ser valorizadas, para que possam continuar dentro das organizações.

Surge então a Era do Conhecimento, onde o valor da empresa se encontra nas pessoas e não

somente em seus bens tangíveis.

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6 A ERA DA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

Segundo Santiago Júnior e Santiago (2007), “as organizações atuais vivem na Era da

Sociedade do Conhecimento, que substitui a sociedade industrial e cujas principais

características, consideradas como forças econômicas, são o talento, a inteligência e o

conhecimento. Que são considerados os bens mais valiosos de uma organização”.

Atribui-se o nome Era do Conhecimento porque o conhecimento é considerado fator

de produção, com a terra, o capital e o trabalho, e sua existência e aplicação passam a ser

fundamentais para a continuidade da Sociedade e o significado do conhecimento precisa ser

redimensionado.

Sobre o conhecimento Stewart, cita:

O conhecimento é mais valioso e poderoso do que os recursos naturais, grandes indústrias ou polpudas contas bancárias. Em todos os setores, as empresas bem-sucedidas são as que têm as melhores informações ou as que as controlam de forma mais eficaz – não necessariamente as empresas mais fortes. (STEWART, 1998, p. XIII, prefácio).

A aplicação do conhecimento vem impactando, sobremaneira, o valor das

organizações, pois a materialização da utilização desse recurso, mais as tecnologias

disponíveis e empregadas para atuar num ambiente globalizado, produzem benefícios

intangíveis que agregam valor a elas.

6.1 Definições de conhecimento

Para Santiago Júnior e Santiago (2007), “o conhecimento, nas últimas décadas, tornou-

se o capital principal, o centro de custo e o recurso crucial da economia. Isso muda as forças

produtivas e o trabalho; o ensino e o aprendizado; e o significado do conhecimento e suas

políticas. Mas também cria o problema das responsabilidades dos novos detentores do poder,

os homens do conhecimento”. Na nova economia o conhecimento não é apenas um recurso,

ao lado dos tradicionais fatores de produção, mas sim o único recurso significativo

atualmente, o conhecimento se tornou o mais importante recurso da empresa.

Com raras exceções, o poder econômico e produtivo de uma moderna corporação está

mais na capacidade de serviços intelectual do que nos ativos tangíveis. Está no valor do

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desenvolvimento do conhecimento baseado nos intangíveis, como Know-how de tecnologia,

desenhos de produtos, marketing, compreensão das necessidades dos clientes, criatividade

pessoal e inovação. Grande parte do valor agregado a um produto deriva do conhecimento

previamente embutido nele, ou seja, para que um produto seja criado, é preciso primeiramente

de aplicação de conhecimento.

Segundo Klein (1998), “para a compreensão das principais características da

Sociedade baseada no Conhecimento, julga-se importante uma breve discurção sobre o que se

entende por conhecimento na sociedade assim denominada”.

Segundo Ferreira (2009), podemos definir conhecimento, como “Ato ou efeito de

conhecer. Idéia, noção. Informação, notícia, ciência. Prática da vida; experiência.

Discernimento, critério, apreciação. Consciência de si mesmo; acordo.”

O conhecimento surgiu como uma força motriz da economia, aliado a Tecnologia de

Informação que permitiu a quebra das barreiras físicas. Podemos então conceituar

Conhecimento como fator de produção, que vem se aliar aos já existentes, ou mesmo como

seu substituto definitivo, instalando-se um período de transformações cujos efeitos estão se

espalhando, mundialmente, alterando os sistemas político, social e econômico dos países que

se encontram em tal estágio de desenvolvimento, onde as riquezas de uma organização não se

encontram mais em seus bens tangíveis, e sim principalmente no intangível, que são as

pessoas.

Podemos concluir que somente o ser humano é capaz de utilizar-se, da informação,

pois esta, para ter valor precisa ser transformada em conhecimento, e quem tem essa

capacidade fundamental são as pessoas. O Conhecimento é diferenciado, pois a pessoa

humana é considerada por suas características particulares, físicas e psíquicas. O indivíduo

permite predicados, mas ele mesmo não pode ser predicado de outros; ele é único e o emprego

de seu conhecimento torna-se uma habilidade. Por isso que o controle do conhecimento e dos

meios de comunicações na Sociedade baseada no Conhecimento passa a ser uma vantagem

competitiva.

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6.2 Características da Sociedade do Conhecimento

Na Sociedade do Conhecimento, o recurso do conhecimento é essencial, pois a

máquina substitui a força física humana na produção e a atividade econômica é centrada na

prestação de serviços baseados no conhecimento dos que o possuem. A localização dos

demais recursos não é mais fator determinante para a concentração de riqueza, pois o uso da

tecnologia, das comunicações e dos transportes veio possibilitar a globalização da economia.

Segundo Antunes e Martins (2011), “o conhecimento é utilizado como base para o

desenvolvimento de novas habilidades, pois, sem esta, passa a ser improdutivo. O acesso ao

ensino formal para obtenção do conhecimento específico não é mais um fator diferencial, pois

a oferta desses profissionais é grande”. As empresas percebem que podem, no mínimo,

manter-se eficiente com menos recursos físicos e mão-de-obra especializada. Entram em cena

atributos como a criatividade, a versatilidade e a capacidade de pensar, mas, não apenas

racionalmente.

Podemos dizer que na Sociedade Agrícola, os detentores da terra tomavam as

decisões; na Sociedade Industrial, o poder de decisão passou para os detentores do capital; na

Sociedade do Conhecimento, os possuidores do conhecimento centralizam o poder, são os

verdadeiros capitalistas, pois detém o capital e dependem da aplicação de seu capital.

Segundo Santiago Júnior e Santiago (2007), podemos citar ainda como característica

da Sociedade do Conhecimento:

• Uma economia global integrada, cuja atividade econômica central é a provisão de

serviços baseados em conhecimento;

• Maior fusão entre produtor e consumidor;

• Organizações empreendedoras de pequeno porte;

• O capital humano é o recurso fundamental;

• O indivíduo é o centro com diversos tipos de família e fusão dos papéis sexuais

com ênfase na auto-ajuda e em instituições mortais;

• Os valores sociais enfatizam a diversidade, o igualitarismo e o individualismo;

• Instituições são modeladas com base na propriedade e no controle do

conhecimento. As principais unidades de governo e a democracia participativa definem as

normas;

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6.3 Talento

Segundo Klein (1998), “nunca se falou tanto em buscar e reter talentos no mundo

corporativo. No entanto, algumas empresas perdem profissionais que podem fazer a diferença

para o negócio porque não conseguem trabalhar os talentos natos de cada pessoa e isso, em

certos casos, desmotiva as equipes”.

Para Santiago Júnior e Santiago (2007), “talentos são capacidades natas de cada um e

que nos levam a um desempenho naturalmente excelente, associando prazer e facilidade tanto

na aprendizagem quanto na execução, ou seja, existem pessoas que têm talentos para se

comunicar, negociar, liderar, inventar, curar, motivar, empreender e atuar”. Também existem

talentos que se mostram como atitudes e não como atividades como, por exemplo, humildade,

atenção, lealdade, sinceridade e alegria. Às vezes, um talento pode ser tão natural que a

pessoa não o percebe ou o valoriza. Não entende porque para outras pessoas parece ser tão

complicado o que para ela é fácil e espontâneo. O conjunto de talentos de uma pessoa indica

sua individualidade, sua vocação e missão.

Para gerir e encontrar os seus talentos as organizações precisam primeiramente definir

quem realmente deve gerir os talentos e qual o tipo de pessoa competente para fazer essa

gestão, que deve ser o Gestor Competente, que tenha o talento de encontrar as pessoas certas

para os trabalhos certos. Voltando aos métodos, para se encontrar talentos, as empresas que

usam a gestão de talentos identificam, direcionam e desenvolvem o perfil dos candidatos

utilizando um conjunto de técnicas: testes, entrevistas individuais, dinâmicas grupais, trainees,

estágios, avaliação de desempenho, feedback 360 graus, banco de talentos, planificação da

carreira, premiação e remuneração por desempenho, entre outros.

Descobrir talentos em princípio é uma responsabilidade da área de RH, porque se

supõe que os profissionais responsáveis pela área de RH são aqueles que mais têm o talento, a

competência e o tempo para dedicar-se a investigar, descobrir, selecionar, contratar, treinar,

avaliar seu desempenho como pessoas e como profissionais, motivar, corrigir e multiplicar

líderes. Essa é a melhor forma de reter os talentos. É um enfoque positivo do RH. No entanto,

esse labor só pode ter sucesso se todos contribuem em todas as etapas descritas.

Não adianta muito o RH dar o melhor de si na gestão de talentos e por outro lado a

presidência, a diretoria ou outras áreas da empresa seguirem enfocados em criticar, reduzir

custos, corrigir debilidades, investir mais na técnica que na pessoa. Ou seja, a cultura da

empresa deve ser coerente com o trabalho do RH. É como um corpo humano: o RH é o

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coração da organização e a diretoria o cérebro que vê longe e dá direção. O coração deve

compreender as necessidades e os desejos de cada um e encontrar os acordos flexíveis para

que todos sejam felizes no dia-a-dia.

Existem empresas com um forte coração, mas com cérebro débil e vice-versa. Ambos

devem estar fortes e sincronizados para que as mãos e os pés trabalhem a favor do conjunto.

Na prática, isso quer dizer que todos na empresa ajudem na identificação dos talentos de cada

um, na melhor organização das pessoas, no desempenho de excelência. As atitudes são

contagiosas, tanto as vencedoras quanto as que levam ao fracasso, como o desânimo, o papel

de vítima e a falta de comprometimento, por exemplo. O sucesso das empresas nos próximos

anos dependerá de contar com uma equipe de talentos em inovação e adaptação constantes.

Também da capacidade de criar redes de contatos e gerar oportunidades de negócios.

6.4 Inteligência

Segundo Ferreira (2009), podemos definir Inteligência, como “faculdade de aprender,

apreender ou compreender; percepção, apreensão, intelecto, intelectualidade. Qualidade ou

capacidade de compreender e adaptar-se facilmente; capacidade, penetração, agudeza,

perspicácia. Maneira de Intender ou interpretar.”

A inteligência pode ser entendia como a capacidade de realizar atividades

caracterizadas como difíceis, complexas e abstratas, econômicas e adaptáveis a um objetivo,

de valor social e carente de modelos, mantendo-se em circunstâncias que requerem

concentração de energias e resistência diante das forças afetivas. A realização de atividades

concretas, simples e fáceis também provavelmente forneceria dados a respeito da inteligência,

na medida em que o indivíduo mais inteligente por certo realizaria com maior destreza e

rapidez essas atividades. A inteligência é o grau de eficácia que a experiência tem para

solucionar problemas presentes e prevenir futuros, porém, é provável que a experiência não

seja o único elemento para a solução de problemas. Por exemplo, a capacidade que o

indivíduo tem para improvisar, independente da experiência adquirida, seria outro elemento

importante para a solução de questões com que o indivíduo se defronta.

Segundo Oliveira (2008), “existe um conjunto de comportamentos profissionais que

devem ser desenvolvidos, para que um profissional possa obter melhor desempenho no seu

trabalho, e com isto alcançar maior sucesso e reconhecimento profissional”. É o que podemos

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chamar de Inteligência Profissional. É uma forma inteligente de utilizar o raciocínio,

competências adquiridas, habilidades natas, força interior e capacidade de relacionamento

com a sociedade de maneira organizada e com planejamento, para alcançar objetivos

profissionais.

Sobre a inteligência o autor Stewart, fala:

A inteligência torna-se um ativo quando se cria uma ordem útil a partir da capacidade intelectual geral, ou seja, quando assume uma forma coerente (uma mala direta, uma banco de dados, uma agenda para uma reunião, a descrição de um processo); quando capturada de uma forma que permite que seja descrita, compartilhada e explorada; e quando pode ser aplicada a algo que não poderia ser realizado se continuasse fragmentado como moedas em um bueiro. (STEWART, 1998, p. 61).

Um profissional para ser bem sucedido precisa desenvolver, além da competência em

sua área de especialização, também sua inteligência emocional e inteligência social.

Por exemplo, encontramos diversos tipos de chefias desajustadas às características e

possibilidades profissionais de sua equipe e da organização, que provocam influências

negativas na produtividade do setor em que atuam. São chefes centralizadores ou

incompetentes, omissos ou paranóicos, irresponsáveis ou preguiçosos, enfim, profissionais

que demonstram baixo quociente de inteligência profissional. Prejudicam a si próprios, aos

seus colaboradores e a organização em que trabalham.

Também encontramos vários tipos de profissionais com baixo índice de Inteligência

Profissional, que não conseguem construir uma carreira de sucesso em sua organização,

porque lhes falta uma ou várias das competências necessárias para um desempenho

satisfatório. Por vezes, são capacitados tecnicamente, mas não conseguem trabalhar em

equipe, falta-lhes a inteligência social. Outras vezes, sua carência maior está no baixo grau de

inteligência emocional, pois são pessoas instáveis, mal humoradas ou desmotivadas.

Pessoas com inteligência profissional apresentam as seguintes características:

estabilizadas emocionalmente; motivadas; boa comunicação; bom relacionamento; dispensam

atenção e interesse aos colegas; esforçam-se por trabalhar em equipe; espírito de iniciativa e

liderança; têm objetivos pessoais e profissionais definidos; têm um plano de marketing

pessoal; orientam sua carreira profissional como se fosse uma empresa, orientadas para o

sucesso, mas sabe conviver com a possibilidade de eventuais fracassos.

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7 VALORES DE UMA ORGANIZAÇÃO

Na era do conhecimento observa-se que empresas estão sendo vendidas por valores

muito acima do valor contábil, que é o seu valor patrimonial. Podemos definir como valor da

empresa, aquele que os potenciais adquirentes estão dispostos a pagar pela compra do

patrimônio líquido de uma empresa, ou seja, um valor de negociação.

Sobre valores de uma organização Oliveira, fala:

No meio empresarial, muito se tem falado sobre a importância das pessoas nas organizações. É comum o pensamento de que seres humanos não devem ser tratados como despesa. No mínimo, devem ser vistos como ativos da empresa. No entanto, este ativo produz a partir de movimentos intangíveis – o pensamento, o raciocínio, a síntese e análise, e assim torna-se difícil contabilizar... (OLIVEIRA, 2008, p. 45).

O modelo tradicional de Contabilidade, não tem conseguido acompanhar a revolução

que está ocorrendo no mundo dos negócios, pois as demonstrações financeiras das grandes

empresas mostram-se cada vez mais ultrapassadas e obsoletas para acompanhar a organização

moderna, com sua estrutura fluida, parceria estratégica, empregados com alto potencial,

trabalho em equipe, marketing e vitais recursos humanos intelectuais. Como valor contábil

está completamente morto, pois trata-se de uma artefato da Era Industrial, a inteligência

humana e os recursos intelectuais constituem presentemente os ativos mais valiosos de

qualquer empresa.

Segundo Santiago Júnior e Santiago (2007), “não existe ainda hoje, instrumento capaz

de medir a nova fonte de riqueza das empresas, que é o seu conhecimento”. O novo papel

exercido pelo conhecimento no desenvolvimento das atividades organizacionais diz respeito à

existência de significativa diferença entre o valor de mercado e o dos ativos de uma

organização. Tal diferença se deve, principalmente, ao fato do valor de mercado de uma

organização ser composto por dois tipos de ativos: os tangíveis e os intangíveis.

7.1 Ativos Tangíveis

Os ativos tangíveis são os que podem ser mensurados por meio dos tradicionais

indicadores, entre eles os contábeis, ou seja, são aqueles que possuem existência física. Estes

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possuem corpo e não necessitam de uma avaliação com maior grau de subjetividade, levando-

se em conta algumas considerações quanto à valorização do preço de custo, ou de realização.

Sobre os ativos tangíveis Santiago Júnior e Santiago, fala:

Os valores tangíveis são aqueles que podem ser facilmente notados, calculados e/ou observados, características que permitem que eles sejam passíveis de valorização sem que, muitas vezes, sequer seja questionada a forma utilizada para identificação de sua efetiva relevância. (SANTIAGO JÚNIOR E SANTIAGO, 2007, p. 28).

7.2 Ativos Intangíveis

Quando mencionamos a palavra intangível logo pensamos em algo que não pode ser

tocado ou que não possui existência física. Os ativos intangíveis, não possuem existência

física, e por isso, tem sua medição prejudicada principalmente por causa do entendimento

geral da necessidade da realização de análises e avaliações interpretativas, o que as tornam

subjetivas.

Para Klein (1998), “as organizações necessitam investir cada vez mais no ser humano,

detentor do conhecimento, e em sistemas de informação, pois a informação constitui-se na

matéria-prima para a aplicação do conhecimento”.

Sobre os Ativos Intangíveis de uma organização Santiago Júnior e Santiago, fala:

As mudanças ocorridas desde a era agrícola e industrial até hoje, a época da informação, tem refletido de forma significativa no modo de operação das organizações e na composição de seu valor. Atualmente, sabe-se que os valores intangíveis já contribuem com cerca de 70% do valor de uma organização, algo impensável quando comparado com o que ocorria a alguns anos, quando seu valor se limitava à contabilização de seus recursos físicos e, por tal motivo, tangíveis. (...) os valores intangíveis, por apresentarem características subjetivas, nem sempre são facilmente notados por todos, da mesma forma que se observa quanto aos ativos tangíveis. Mesmo quando há concordância quanto à existência dos ativos intangíveis, é possível não haver o consenso quanto à intensidade da relevância deles. (SANTIAGO JÚNIOR E SANTIAGO, 2007, p. 28).

Hoje se deve considerar como nova fonte de riqueza de uma organização não somente

a inteligência dos funcionários, mas, sobretudo, a capacidade de adquirir e aplicar

conhecimentos, o que efetivamente fará com que a inteligência por si só, possa inpactar de

forma objetiva as atividades desenvolvidas por uma organização.

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8 GESTÃO DO CONHECIMENTO

A influência do conhecimento no processo de sobrevivência e crescimento das

organizações é inevitável. O financeiro que não pensa e máquinas que não criam deixaram de

ser essenciais dentro das organizações e sendo a capacidade humana com sua criatividade e

percepção inovadora, cada vez mais valorizada. Para sobreviver e competir na Sociedade do

conhecimento, as organizações devem aprender a conservar os ativos intelectuais que

possuem em seus quadros funcionais. O conhecimento é o tesouro oculto na mente dos

colaboradores, e é fator fundamental para as organizações alcançarem mais competitividade

no mercado. O conhecimento faz diferença e se torna muito importante quando é aliado a uma

gestão estratégica do conhecimento. O mais novo desafio a ser enfrentado pelas empresas é a

criação, a implementação e a disseminação do conhecimento.

Segundo Oliveira (2008), “o gerenciamento do intelecto humano e sua conversão em

produtos e serviços úteis transforma-se rapidamente na habilidade executiva crítica de nossa

era e torna imprescindível o reconhecimento de se quantificar e qualificar o conhecimento

individual dos valores humanos e sua capacidade no uso da informação”.

Sobre a relevância da Gestão do Conhecimento Santiago Júnior e Santiago, fala:

O grande diferencial de uma empresa não está mais relacionado com a quantidade de equipamentos utilizados no processo produtivo, e, sim, com a soma de uma série de requisitos referentes ao conhecimento coletivo gerado e adquirido, às habilidades criativas e inventivas, aos valores, atitudes e motivação das pessoas e ao grau de satisfação dos clientes. A partir desse entendimento, nota-se que os ativos intangíveis da organização assumem importância significativa, ainda mais pelo fato de ser freqüente a necessidade de se desenvolver novas formas de criar, multiplicar e utilizar, eficaz e adequadamente, conhecimentos e habilidades. (SANTIAGO JÚNIOR E SANTIAGO, 2007, p. 20).

Extremamente complexa é a gestão do conhecimento para as organizações, em virtude

das peculiaridades de cada empreendimento, suas necessidades e agentes a serem

monitorados, estimulados, visando a sua criação e disseminação.

Os gestores do conhecimento devem desenvolver uma exposição clara e prática dos

fatores que condicionam a capacidade de aprendizado da organização, assim como os

resultados esperados do aprendizado, devendo demonstrar a conexão existente entre a

estrutura organizacional, a cultura, as lideranças, os mecanismos de aprendizagem, as atitudes

das pessoas, o trabalho em equipe, a dependência desses relacionamentos. Deve ainda acelerar

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o fluxo de informações que tem valor, dos indivíduos para a organização e de volta para os

indivíduos, de modo que se possa usar a informação para criar valor apara os clientes.

8.1 Mensuração da Gestão do Conhecimento

Uma importante fase do ciclo vital da gestão do conhecimento visa fixar, em

determinado contexto, alternativas para ajudar a Organização a medir o valor agregado pelas

estratégias, programas e projetos de gestão do conhecimento. É possível medir o retorno de

investimento utilizando-se métodos quantitativos e qualitativos.

Segundo Stewart (1998), “a gestão do conhecimento é como um oceano recém-

descoberto, que ainda não consta no mapa, e poucos executivos entendem suas dimensões ou

sabem como navegá-lo”. Podem saber um pouco sobre ativos intelectuais codificados, como

patentes e direitos autorais. Podem intuir que o treinamento e a experiência obtidos na curva

de aprendizado fazem parte, de alguma forma, de sua base de ativos. Mas o talento também é

capital intelectual. O valor de um laboratório, por exemplo, inclui a capacidade de seus

cientistas de fazer novas descobertas no futuro. Não se pode colocar uma etiqueta de preço no

conhecimento deles. Saber como avaliar os aspectos intangíveis, como projeto, serviço e

customização, que distinguem vencedores de perdedores. O chefe da contabilidade pode

informar ao gerente o tamanho da folha de pagamento, mas não pode lhe informar o custo de

substituição das habilidades dos funcionários, e menos ainda se elas estão sofrendo

valorização ou depreciação. O diretor de recursos humanos pode saber quanto à empresa gasta

com treinamento formal, mas não sabe quanto de aprendizado o treinamento realmente gerou.

A contabilidade mede o acúmulo e a concentração de capital de uma empresa e baseia-

se em custos, ou seja, pressupõe que o custo de aquisição de um ativo diz razoavelmente

quanto vale o ativo. Este modelo cai por terra quando os ativos em questão são intangíveis.

Com a separação do conhecimento e sua embalagem, a relação entre o valor atual e os custos

históricos se diluiu. O custo de produção do conhecimento está muito menos relacionado a

seu valor ou preço do que o custo de produção. Ainda não há um método eficiente capaz de

mensurar o capital intelectual da empresa, este é um grande desafio para os contadores, que

deverão indicar meios eficientes para a sua mensuração, enquanto isso não acontece o

mercado é quem estipula o preço.

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Sobre o desafio da Gestão do Conhecimento em se mensurar conhecimento o autor

Santiago Júnior e Santiago, fala:

Apesar de ainda ser grande a discussão sobre a efetiva possibilidade de se medir os benefícios devidos ao gerenciamento dos conhecimentos e do capital intelectual existentes nas organizações, hoje já é possível observar empresas que atribuem os seus sucessos à existência de atividades voltadas para a gestão d o conhecimento, por mais que essa mensuração, de forma objetiva, ainda seja difícil. Observa-se que a falta de entendimento sobre como avaliar e mensurar os impactos do conhecimento tem sido o maior obstáculo para que as organizações, de um modo geral, façam os devidos investimentos para tornar a gestão do conhecimento uma de suas verdadeiras vantagens competitivas. (SANTIAGO JÚNIOR E SANTIAGO, 2007, p. 44 e 45).

A compreensão do conhecimento como fator estratégico para as organizações é antiga,

assim como a sua própria mensuração, que sempre foi considerada um grande desafio. No

entanto, isso não significa que ele não possa ser medido devidamente, uma vez que o mercado

já o faz quando avalia as ações de algumas organizações baseadas no conhecimento com

valores bem acima daquele registrado em seus livros contábeis. A questão básica que

fundamenta essa diferença entre os valores de mercado e os contábeis de uma organização

está muito envolvida com o conhecimento. Assim, o desfio recai na verificação do valor

agregado pelo capital intelectual ao valor de uma empresa, o que não pode ser sustentado

estritamente pelos conceitos da contabilidade tradicional.

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9 GOODWILL

O valor apresentado nos relatórios contábeis sobre os resultados financeiros das

grandes organizações apresenta expressiva discrepância quando comparado ao real valor de

mercado delas. Nota-se, a existência de muitas dúvidas quanto á efetiva importância e

relevância desses relatórios como sendo uma base confiável que permita subsidiar o

desenvolvimento dos processos decisórios das empresas em geral.

A abordagem patrimonial ignora a existência de valiosos ativos intangíveis, como

marcas, redes de relacionamento, carteira de clientes, recursos humanos, capital intelectual

dos funcionários, reputação da empresa, entre outros itens que não são refletidos no balanço

patrimonial de uma empresa. Essa diferença existente entre o valor contábil e o valor de

mercado de uma entidade é chamada de Goodwil, também conhecido como fundo de

comércio.

A contabilidade tradicional não enquadra o conhecimento de forma adequada em

virtude da existência de alguns fatores que não repercutem, ou que exigem melhor

interpretação, na efetiva mensuração de resultado imediato para a organização. Isso se deve ao

fato de o conhecimento ser um ativo de natureza intangível, que não possui existência física, o

que torna mais difícil sua avaliação.

Sobre Goodwill, o autor Santiago Júnior e Santiago, fala:

(...) bens que não são passíveis de uma adequada identificação são tratados, na contabilidade, como goodwill, fatores que, por serem de difícil conceituação e identificação, são traduzidos como o resultado de tudo aquilo que não é aceito pela contabilidade como integrante do ativo de uma organização. O valor dos resultados financeiros que uma empresa apresenta em seus relatórios contábeis também apresenta diferença quando comparado ao valor de mercado dela, em razão, principalmente, do que na linguagem contábil se chama de goodwill. O goodwill corresponde à diferença entre o valor da empresa, em termos de geração de lucros futuros, e o valor contábil de seus ativos. (SANTIAGO JÚNIOR E SANTIAGO, 2007, p. 33 e 34).

Segundo Oliveira (2008), “o Goodwil é definido como a diferença entre o valor de um

negócio como um todo e a soma dos ativos individuais avaliados pelo seu valor justo”.

Concluindo, podemos explicar Goodwil como uma espécie de ágio, de um valor

agregado que tem a empresa em função da lealdade dos clientes, da imagem, da reputação, do

nome da empresa, da marca de seus produtos, do ponto comercial, de patentes registradas, de

direitos autorais, de direitos exclusivos de comercialização, de treinamento e habilidade de

funcionários, etc.

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10 A IMPORTÂNCIA DAS PESSOAS NA ORGANIZAÇÃO

Segundo Chiavenato (2004) “as pessoas constituem o principal patrimônio das

organizações. Para serem bem sucedidas, as organizações precisam de pessoas espertas, ágeis,

empreendedoras e dispostas a assumir riscos. São as pessoas que fazem as coisas acontecer”.

Pessoas que conduzam os negócios produzam os produtos e prestem os serviços de maneira

excepcional.

Que as organizações não existem sem as pessoas, isso é um fato. Há algumas décadas

as organizações exigiam dos funcionários um comportamento burocrático, repetitivo e

reprodutivo, sem pensar na qualidade e conforto destes. O foco se concentrava na eficiência,

ou seja, fazer as coisas exatamente de acordo com as regras, métodos e procedimentos das

organizações. As pessoas não podiam pensar, mas apenas executar e seguir as ordens dadas.

Hoje, as organizações estão impondo um novo e diferente padrão de comportamento das

pessoas, um comportamento criativo e inovador. Já não basta a eficiência, nem a repetição

continuada na execução das tarefas.

Sobre a importância das pessoas na organização, a autora Oliveira, fala:

Na economia de hoje, em que as inovações são ultrapassadas diariamente, é inegável que a ferramenta mais importante de uma entidade é seu capital humano, composto que é pela soma de diversas peculiaridades como: conhecimento, habilidades individuais, valores, cultura, filosofia da empresa, ou seja, a somatória de diversos ativos intangíveis. Intangíveis e que podem ser perdidos pelas entidades com muita facilidade. (OLIVEIRA, 2008, p. 61).

A criatividade e a inovação são à base de tudo, e essas características são encontradas

somente nas pessoas. Daí a importância das pessoas dentro das organizações.

Segundo Stewart (1998), “hoje, quando o conhecimento tornou-se a principal matéria-

prima e resultado da atividade econômica, a inteligência organizacional, ou seja, pessoas

inteligentes trabalhando de formas inteligentes deixaram de ter um papel coadjuvante e

assumiu o papel principal”. Para as pessoas que alocam dinheiro às empresas, o capital

intelectual tornou-se tão vital que não é justo dizer que uma organização que não está

gerenciando o conhecimento, não está prestando atenção ao negócio. E quem tem o

conhecimento são as pessoas.

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11 MOTIVAÇÃO

Motivação é o fator principal que move as pessoas, esse é o novo paradigma do

trabalhador do conhecimento, e é altamente desafiante: o trabalho precisa ter significado,

produzir motivação e prazer, gerar prosperidade, fortalecer a auto-estima, produzir

reconhecimento, sinergia com os talentos das outras pessoas da equipe, equilibrar realização

pessoal e profissional, terem oportunidade de fazer amizades, usar a criatividade, servir à

organização e humanidade.

França (2002) define motivação “como um impulso à ação. É também traduzido como

necessidade ou tendência. Por tratar-se de impulso ou necessidade, é óbvio que é originada

basicamente no interior dos indivíduos. Assim sendo, a fala comum: você tem que motivar

seus empregados, perdeu seu uso prático, pois sugere algo impossível de realizar”.

Existem várias teorias que explicam a motivação, cada uma com sua forma peculiar.

Todas elas são expressão de uma maneira especial de ver o ser humano, mas segundo alguns

autores, nenhuma representa ainda a verdade absoluta sobre o tema. Teoria da hierarquia das

necessidades de Abraham Maslow; Teoria dos dois fatores de Frederick Herzberg; Teoria da

determinação de metas de Edwin Locke. Existem várias outras teorias, mas não é interesse de

nosso estudo especificar cada uma delas ou relacionar todas.

Sobre motivação, o autor Chiavenato, fala:

A motivação procura explicar por que as pessoas se comportem. A Administração cientifica baseava-se na concepção do homus economicus, segundo a qual o comportamento do homem é motivado exclusivamente pela busca do dinheiro e pelas recompensas salariais e materiais do trabalho. Toda a Abordagem Clássica da Administração se alicerçava nessa estreita teoria de motivação. A Experiência de Hawthorne teve mérito de demonstrar que a recompensa salarial, mesmo quando em bases justas ou generosas, não é o único fator decisivo na satisfação do trabalhador dentro da situação de trabalho. Elton Mayo e equipe propuseram uma nova teoria de motivação antagônica a homus economicus; o ser humano é motivado, não por estímulos salariais e econômicos, mas por recompensas sociais simbólicas. (CHIAVENATO, 2003, p.116).

A motivação é um elemento essencial para uma aprendizagem eficiente. Os lideres

devem conhecer as necessidades de cada colaborador, saber onde necessitam ser motivados,

pois um simples elogio faz com aumente a produção e deixando os funcionários mais

satisfeitos. Ainda que a maioria de nós espere ser remunerado pelo trabalho o dinheiro em si

raramente é suficiente para manter altos níveis de esforços e dedicação.

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12 COMO ATRAIR, DESENVOLVER, RETER E RECOMPENSAR TALENTOS

Tentar identificar e gerenciar os ativos baseados no conhecimento é como tentar

pescar com as mãos. Não é impossível, mas torna-se extremamente difícil capturar o objeto

do esforço. Os talentos são ativados pro certos ambientes, temas e circunstâncias favoráveis.

Quando se desenvolvem através do conhecimento, técnica e experiência se convertem em

talentos de alto desempenho, produzindo excelência, plenitude e inovação.

Para gerir os talentos as empresas precisam de líderes que motivem a sua equipe e que

ajudem a empresa a reter as pessoas talentosas, através do reconhecimento e da oportunidade

de desenvolver ainda mais as suas capacidades intelectuais.

Sobre atrair pessoas Chiavenato, fala:

Os processos de agregar pessoas constituem as rotas de ingressos das pessoas na organização. Representam as portas de entrada que são abertas apenas para os candidatos capazes de ajustar suas características e competências pessoais com as características predominantes na organização. Há um verdadeiro esquema de filtragem: cada organização codifica as características humanas que são importantes para o alcance dos objetivos organizacionais e para sua cultura interna e passa a escolher aquelas pessoas que as possuem em elevado grau. O processo seletivo nada mais é do que a busca de adequação entre aquilo que a organização pretende e aquilo que as pessoas oferecem. Contudo, não são apenas as organizações que selecionam. As pessoas também escolhem as organizações onde pretendem trabalhar. Assim, trata-se de uma escolha recíproca. (CHIAVENATO, 2004, p.98).

Um aspecto importante dentro de uma organização, para manter pessoas, é o processo

de avaliação de desempenho, que deve ser bem aplicado e o funcionário avaliado deverem

receber retroação a respeito de seu desempenho para saber como está fazendo seu trabalho.

Desenvolver pessoas vai bem além de dar informação para que os colaboradores

aprendam novos conhecimento, habilidades e se tornem mais eficientes naquilo que fazem, é

sobretudo dar-lhes a formação básica para que aprendam novas atitudes, soluções, idéias,

conceitos e que modifiquem seus hábitos e comportamentos e se tornem mais eficazes naquilo

que fazem. Para desenvolver pessoas podemos citar três fatores que podem ajudar:

treinamento, desenvolvimento de pessoas e o desenvolvimento organizacional.

Investir em treinamento é acumular conhecimento na organização, e as organizações

mais bem-sucedidas investem pesadamente em treinamento para obterem um retorno

garantido. Estas empresas não tratam o treinamento como uma despesa, mas, como um

precioso investimento, seja na organização como nas pessoas que nela trabalham, trazendo

benefícios diretos aos clientes.

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Sobre recompensar as pessoas Chiavenato, fala:

Os processos de recompensar as pessoas constituem os elementos fundamentais para o incentivo e motivação dos funcionários da organização, tendo em vista de um lado os objetivos organizacionais a serem alcançados e, de outro lado, os objetivos individuais a serem satisfeitos. Por essa razão, os processos de oferecer recompensas ocupam lugar de destaque entre os principais processos de gerir as pessoas dentro das organizações. A palavra recompensa significa uma retribuição, prêmio ou reconhecimento pelos serviços de alguém. A recompensa é elemento fundamental na condução das pessoas em termos de retribuição, retroação ou reconhecimento do seu desempenho na organização. (CHIAVENATO, 2004, p.252).

A gestão de pessoas de uma empresa não deve ser voltada somente para captar e

aplicar as pessoas, deve estar preocupada em manter seus talentos satisfeitos a longo prazo na

organização. Segundo Chiavenato (2004) “a manutenção de pessoas exige um conjunto de

cuidados especiais, entre os quais sobressaem os estilos de gerência, as relações com os

empregados e os programas de higiene e segurança do trabalho que assegurem qualidade de

vida na organização”. Mantendo as pessoas na organização satisfeitas e motivadas,

assegurando condições físicas, psicológicas e sociais de permanecer na empresa, os gestores

conseguirão obter dos funcionários compromisso e dedicação.

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13 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Muitas empresas se preocupam em ser mais competitivas, produzir mais e melhor a

custo menor, mas os empregados buscam no interior das empresas onde trabalham a

compensação do estresse causado pela busca frenética desses resultados. A conscientização

do desejo de viver com qualidade é algo que deve ser palpável para os trabalhadores precisa

ser trabalho pela empresa.

As pessoas, hoje, são o coração da empresa, e devem ser valorizadas. Essa valorização

vem também do respeito ao direito da vida particular, com horários que dê para a pessoa ter

uma vida tranquila fora do trabalho.

Sobre qualidade de vida no trabalho Chiavenato, fala:

A qualidade de vida no trabalho assimila duas posições antagônicas: de um lado, a reivindicação dos empregados quanto ao bem-estar e satisfação no trabalho; e, de outro, o interesse das organizações quanto aos seus efeitos potenciadores sobre a produtividade e a qualidade. A qualidade de vida no trabalho tem sido utilizada como indicador das experiências humanas no local de trabalho e o grau de satisfação das pessoas que desempenham o trabalho. O conceito de qualidade de vida no trabalho implica profundo respeito pelas pessoas. Para alcançar níveis elevados de qualidade e produtividade, as organizações precisam de pessoas motivadas, que participem ativamente nos trabalhos que executam e que sejam adequadamente recompensadas pelas suas contribuições. Para bem atender o cliente externo a empresa não pode esquecer o cliente interno. (CHIAVENATO, 2004, p.448).

França (2002) define qualidade de vida no trabalho como “o conjunto das ações de

uma empresa no sentido de implantar melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e

estruturais no ambiente de trabalho”.

A aplicação do processo de qualidade de vida no trabalho dentro das organizações

evidencia os colaboradores como detentores de merecida importância pela instituição que

envolvidos em diversos níveis, são abordados como parceiros e, não mais como recursos

humanos, mas integrando indivíduos à organização de forma harmoniosa, mantendo sua

integridade física e mental, valorizando-o literalmente como pessoa, considerando fatores

psicológicos, políticos, econômicos e sociais do trabalhador. No mundo do trabalho

ocorreram inúmeras mudanças não só no processo produtivo devido inovações tecnológicas,

mas no impacto causado na saúde do trabalhador tanto na esfera física como psíquica.

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14 CAPITAL INTELECTUAL

Segundo Stewart (1998), quando o mercado de ações avalia empresas em três, quatro

ou dez vezes mais que o valor contábil de seus ativos, está contando uma verdade simples,

porém profunda, os ativos físicos de uma empresa baseada no conhecimento contribuem

muito menos para o valor de seu produto (ou serviço) final do que os ativos intangíveis, os

talentos de seus funcionários, a eficácia de seus sistemas gerenciais, o caráter de seus

relacionamentos com os clientes, que, juntos, constituem seu capital intelectual.

A predominância da informação na cadeia de valor, o investimento em equipamento

capital da Era do Conhecimento, a substituição de materiais e ativos físicos pelo

conhecimento, a iniciativa dos mercados de trabalho em recompensar o trabalho baseado no

conhecimento, nos diz que alguém que investe em uma empresa está comprando um conjunto

de talentos, capacidades, habilidade e idéias, ou seja, capital intelectual e não capital físico.

Não se compra produtos da Microsoft por causa de suas fábricas de software, a empresa não

as tem. Compra-se sua capacidade de desenvolver programas, definir padrões de programas

para computadores pessoais, explorar o valor de seu nome e forjar alianças com outras

empresas.

A era do conhecimento, desafia todas as organizações a saberem gerir

estrategicamente o capital intelectual. O êxito de uma empresa numa economia pautada no

capital intelectual dependerá de suas capacidades e habilidades para lidar com este ativo

intangível. O capital intelectual é uma realidade da qual não se pode mais fugir, a sua

influência na gestão empresarial fez surgir um novo código de comportamento e uma nova

atitude em relação ao mesmo.

Santiago Júnior e Santiago (2007) diz que o capital intelectual ”deve ser considerado

um recurso empresarial e um ativo que precisa ser qualificação, principalmente pelo seu

potencial de geração de benefícios futuros para a organização”.

Sobre Capital Intelectual, o autor Soto, fala:

Falar de capital intelectual é falar do futuro, do conhecimento e da informação, de cultura organizacional e valores, de educação integral, do êxito empresarial e institucional, de produtividade, de qualidade de serviço e, portanto de competitividade. As organizações que se preocupam com a otimização de seu capital intelectual o fazem para satisfazer as necessidades do cliente e dessa forma manter-se no mercado, ser mais competitivas e desenvolver-se estratégica e integralmente. (SOTO, 2010, p. 238).

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Stewart (1998) diz que o capital intelectual representa o conjunto de todos os ativos

intangíveis da empresa e também é a capacidade organizacional que uma empresa possui de

suprir e até superar as exigências do mercado. No entanto o capital intelectual não representa

somente o conhecimento, mas também, a combinação, a aplicação e a interação deste

conhecimento com a estrutura física, com a organização e com processos da empresa e

também de seus clientes.

14.1 Formação do Capital Intelectual

O capital intelectual é a soma de todo conhecimento reunido da empresa, em outras

palavras, é a soma do que todos sabem na empresa, o que dá a ela uma vantagem competitiva,

sendo elas os seus processos, patentes, habilidades, tecnologias, informação relacionada a

clientes e fornecedores, pessoas, e experiência acumulada.

14.2 Composição do Capital Intelectual

O material pesquisado para a realização deste estudo sobre Capital Intelectual

apresenta formas variadas de se compreender os elementos que o compõem. Cabe ressaltar

que os componentes abaixo descritos são praticamente indissociáveis e a articulação entre os

mesmos forma o capital intelectual, ou seja, um não existe sem o outro.

Sobre a composição do capital intelectual Santiago Júnior e Santiago, fala:

O capital intelectual de uma organização é constituído por patentes, processos, habilidades dos funcionários, tecnologias, informações sobre clientes e fornecedores e toda a sua experiência, sendo que, toda organização possui valiosos materiais intangíveis sob a forma de ativos e recursos, perspectivas e capacidades tácitas e explícitas, dados, informação, conhecimento e talvez sabedoria. (SANTIAGO JÚNIOR E SANTIAGO, 2007, p. 35).

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14.2.1 Capital Intelectual

Segundo Eduardo Soto (2010), o capital intelectual fala da identidade, capacidade e

potencial para fundamentar a existência, competitividade e destino de qualquer empresa ou

instituição que de maneira visionária pretenda participar neste mundo globalizado. As

empresas visionárias, excelentes e de nível mundial têm como prioridade estratégica sua

própria construção e fortalecimento interno e a otimização do seu capital intelectual. Somente

dessa maneira podem responder às necessidades do mercado e do cliente, por essa ração,

serem empresas altamente rentáveis.

Sobre a capital intelectual Santiago Júnior e Santiago (2007), diz que o “Capital

intelectual indica a capacidade de ganhos futuros sob o ponto de vista humano, considerando

que existia a capacidade contínua de se criar e proporcionar valor de qualidade superior.”

O conhecimento do capital intelectual identifica os recursos necessários em ativos

intangíveis, cujo desconhecimento, por vezes, impede a consecução de um planejamento

estabelecido; isso significa que o planejamento estratégico pode ser prejudicado por depender

de alguns elementos intangíveis e a organização não ter certeza de que dispõe ou não de tais

recursos e, em caso positivo, a quantidade e possibilidade de geração futura.

14.2.2 Capital Humano

O capital humano é um dos principais geradores de riqueza nas empresas.

O capital humano de uma empresa é a sua força de trabalhos, são todas as pessoa s que

trabalham pela organização, são os funcionários, gerentes, etc., que agregam valor a ela, que

geram resultados financeiros e estabelecem relações sociais estão inclusas nesse capital.

Gerenciar ou liderar o capital humano compreende aplicar ações para que a

contribuição das pessoas com a organização seja potencializada, estimulando-as a aplicar

todos os seus conhecimentos para o crescimento da empresa. Segundo Chiavenato (2004) o

“Capital Humano das organizações é composto de pessoas, que vão desde o mais simples

operário ao seu principal executivo, chefe ou presidente, passou a ser uma questão vital para o

sucesso do negócio, o principal diferencial competitivo das organizações bem sucedidas”.

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Sobre o capital humano Santiago Júnior e Santiago (2007), diz que “o Capital Humano

é o valor acumulado de investimento em treinamento e programas de capacitação dos

colaboradores. Contempla as capacidades, habilidades, experiências e valores dos

funcionários.”

É o capital humano, ou seja, as pessoas que dão vida a uma organização. São elas que

atendem e conquistam os clientes, usam e aplicam recursos, criam novos produtos/serviços e

que fazem as coisas acontecer.

Sobre o Capital Humano, a autora Oliveira, fala:

Esse capital, exatamente por sua peculiaridade que é de ser formado por pessoas, está sujeito às oscilações do mercado, às melhores condições e ofertas de trabalho, extremamente volúvel em sua concepção. Por isso, as entidades criam sistemas que contemplam remuneração por competência, em que se avalia o valor que o empregado agrega ao empreendimento, criando produtos e serviços de qualidade, fatores que fazem os clientes procurarem a entidade e não seus concorrentes. (OLIVEIRA, 2008, p. 61).

O capital humano é composto pelo conhecimento, poder de inovação e habilidade dos

empregados mais os valores, a cultura e a filosofia da empresa, compreendendo os benefícios

que o indivíduo pode proporcionar para a organização por meio desses compostos. Este

capital não pertence à empresa, pois é conseqüência direta da soma das habilidades e

especialidades de seus empregados. O capital humano determina o futuro da empresa, sem o

seu gerenciamento adequado, a entidade dificilmente alcançará as suas metas, objetivos e os

resultados esperados.

Segundo Antunes e Martins (2011), “se ocorrer à redução do número de funcionários

em uma empresa, o conhecimento do capital humano impede que os cortes afetem pessoas

com capacidade e conhecimentos valiosos para as organizações.” O conhecimento do capital

humano também contribui para a decisão de investimento em treinamentos direcionados às

necessidades identificadas em seus ativos humanos, bem como proceder a uma avaliação

posterior, a fim de mensurar os benefícios a si trazidos.

14.2.3 Capital Estrutural

O capital estrutural é formado pela infra-estrutura que apóia o capital humano, ou seja,

tudo o que diz respeito à própria empresa, excluindo os funcionários. O capital estrutural

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pertence à empresa e pode ser negociado, sendo o ambiente real construído pela companhia

para administrar e gerar seu conhecimento de forma adequado. É composto por todos os

processos internos e externos que existem dentro da empresa e entre ela e seus outros

parceiros.

Como exemplo de capital estrutural, dentro de uma empresa, podemos citar:

tecnologias, softwares, banco de dados, marcas e patentes, sistemas informatizados, imagem

da empresa, conceitos organizacionais. Etc.

Santiago Júnior e Santiago (2007) diz que o “Capital estrutural diz respeito ao valor -

base de dados, lista de clientes, manuais e procedimentos, etc. - que permanece na empresa

sempre que os colaboradores deixam a organização.”

Ao tentar medir o capital estrutural, busca-se retratar ativos intelectuais estruturais

classificados em medidas do valor acumulado dos estoques de conhecimento da empresa, e

medidas de eficiência organizacional, ou seja, até que ponto os sistemas da empresa ampliam

e aprimoram o trabalho pessoal.

Segundo Antunes e Martins (2011), “por meio do conhecimento do capital estrutural

pode-se distinguir as diferenças entre criação de patentes, desenvolvimento de novos designs

e de novos produtos, compreendendo as vantagens competitivas que cada um desses

elementos possui.” O conhecimento do capital estrutural traz ainda, foco no processo, ou seja,

contribui para a decisão de investimento em tecnologia da informação.

14.2.4 Capital Organizacional

O capital organizacional é o investimento da empresa em sistemas, instrumentos,

filosofia operacional, que agilizam o fluxo do conhecimento pela organização, bem como em

direção a áreas externas, como aquelas voltadas para os canais de suprimentos.

Santiago Júnior e Santiago (2007) diz que “capital organizacional abrange os sistemas

que alavancam os pontos fortes inovadores da empresa e da capacidade organizacional de

criar valor”.

São elementos do capital do capital organizacional: patentes, marcas secretas, marcas

registradas, direitos de pesquisa, filosofia gerencial, cultura corporativa, processos gerenciais,

relações financeiras, etc.

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14.2.5 Capital de Inovação

O capital de inovação é a capacidade de renovação e os resultados da inovação sob

forma de direitos comerciais amparados por lei, propriedade intelectual e outros ativos e

talentos intangíveis utilizados para criar e colocar rapidamente no mercado novos produtos e

serviços.

Santiago Júnior e Santiago (2007) diz que o “Capital de inovação considera o

potencial de renovação de uma organização, medida como propriedade intelectual, que é

protegida por direitos comerciais, bem como outros ativos e valores intangíveis, entre os quais

o conhecimento, segredos industriais, etc.”

O capital de inovação é uma consequência direta da cultura da empresa e de sua

capacidade de criar conhecimento novo com base no conhecimento existente.

14.2.6 Capital de Processo

O Capital de processo é constituído por processos, técnicas semelhantes às normas

ISSO 9000 e a programas direcionados aos empregados.

Santiago Júnior e Santiago (2007) diz que “capital de processo diz respeito aos

processos de criação ou de não-criação de valor para a empresa”.

14.2.7 Capital de Clientes

Segundo Edvinsson e Malone (1998), o capital de clientes está no relacionamento da

empresa com os clientes. Quando uma empresa é vendida por um valor maior que o contábil,

a diferença significa o reconhecimento que a empresa possui junto à sua carteira de clientes, e

que para mensurar esse relacionamento do capital de clientes, basta aplicar o valor presente

líquido descontado do lucro médio por cliente ao longo dos anos de relacionamento.

Entretanto, medir tal solidez e lealdade é o grande desafio para a categoria do capital de

clientes.

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Segundo Antunes e Martins (2011), o conhecimento detalhado do capital de clientes

fornece uma visão bem mais abrangente das condições atuais e futuras da empresa,

relacionadas a esse foco.

Sobre capital de clientes Stewart, fala:

Se não for possível demonstrar a ligação entre o aumento da satisfação do cliente e melhores resultados financeiros, sua empresa não está avaliando a satisfação do cliente corretamente. Clientes satisfeitos devem exibir pelo menos uma de três características mensuráveis: lealdade (índice de retenção), maior volume de negócio (fatia de carteira) e insuscetibilidade ao poder de persuasão de seus rivais (tolerância de preço). (STEWART, 1998, p. 215).

No que se refere ao capital de clientes, ficou claro que é o valor dos relacionamentos

que a empresa mantém com os clientes que transforma o capital intelectual em dinheiro. A

parceria entre uma empresa e seu cliente pode ser bastante beneficiada quando existe a

divisão de ganhos, contribuindo para a fidelização do cliente e um diferencial competitivo

para a empresa.

14.3 Mensuração do Capital Intelectual

Na era do conhecimento os ativos intelectuais que são a chave da vantagem

competitiva sustentável, têm um papel primordial na avaliação patrimonial das empresas, pois

são os verdadeiros agregadores de valor às organizações.

Santiago Júnior e Santiago (2007) diz que “apesar de ainda ser grande a discussão

sobre a efetiva possibilidade de se medir os benefícios devidos ao gerenciamento dos

conhecimentos e do capital intelectual existentes nas organizações, hoje já é possível observar

empresas que atribuem os seus sucessos à existência de atividades voltadas para a gestão do

conhecimento”.

Antunes e Martins (2011) diz que “atribuir valor a um ativo tangível é mais fácil do

que a um ativo intangível, pois os ativos tangíveis possuem corpo e necessitam de uma

avaliação com maior grau de subjetividade, levando-se em conta algumas considerações à

valorização, a preço de custo, de mercado ou de realização”.

Vários são os exemplos de empresas que desembolsaram quantias fabulosas,

superando o valor contábil e até mesmo o de mercado na aquisição de outras empresas,

apostando no retorno futuro decorrente da valorização do capital intelectual encontrado.

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Até o momento, a contabilidade não tem um método de avaliação do capital

intelectual, causando uma grande distorção entre a avaliação apresentada pela contabilidade e

aquela atribuída pelo mercado. A contabilidade tem o desafio de encontrar mecanismos

adequados para reconhecer, mensurar, registrar e divulgar as informações sobre o capital

intelectual de modo a complementar e enriquecer as demonstrações e relatórios elaborados em

consonância com as normas e os procedimentos da contabilidade tradicional, pois só assim a

contabilidade estará cumprindo o seu papel informacional com competência.

Sobre a mensuração do capital intelectual Stewart, fala:

A avaliação da aquisição e uso dos ativos do conhecimento desperta grande interesse e grande ceticismo. Até as pessoas que condenam a inadequação da contabilidade praticada atualmente preocupam-se com medidas não-comprovadas, possivelmente subjetivas e não-financeiras nos relatórios anuais. Os demonstrativos de resultados das empresas são suficientemente confusos com valor do patrimônio, encargos de reestruturação e outros itens, que muitos alegam já não descrever claramente o desempenho financeiro. (STEWART, 1998, p. 199).

O ativo intangível é o núcleo da economia do conhecimento. O balanço de uma

empresa pode mostrar como ela está hoje, mas não é ferramenta confiável para perceber seu

desempenho. Stewart (1998) relata que os contadores são incapazes de medir o capital

intelectual de uma empresa. E esse tesouro escondido é hoje o que realmente importa em uma

sociedade em constante ebulição. O conhecimento substituiu a terra, o trabalho e o capital

como o insumo de empresas baseadas no conhecimento. Apesar dos avanços feitos na

compreensão da natureza do conhecimento e seus mecanismos, ainda há um longo e árduo

caminho de negociação antes que se possam ter medições confiáveis para esse capital

intangível.

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15 CAPITAL INTELECTUAL NAS EMPRESAS PÚBLICAS

A teoria do capital intelectual tem sido largamente utilizada no setor privado. No setor

público não se vê falar tanto no assunto. Stewart (1998) relata que “é difícil encontrar um

único setor de qualquer empresa ou organização, que não tenha se tornado dependente do

conhecimento, como fonte de atração para consumidores e clientes, e da tecnologia da

informação, como instrumento gerencial”. À medida que a internet tornou-se mais acessível, o

redesenho de processos na área pública vai se tornando uma realidade, levando todos os níveis

de uma organização a uma busca por maior eficiência, eficácia e efetividade.

A importância de ativos intangíveis para uma corporação e mesmo para países e outros

tipos de organizações, incluindo as sem fim lucrativo, tem sido crescentemente.

Diferentemente do setor privado, cuja performance pode ser avaliada por medidas financeiras,

órgãos públicos têm objetivos múltiplos de natureza não financeira. Além disso, embora

usando insumos produtivos semelhantes, como recursos humanos, conhecimento, capital,

matéria-prima e instalações, o setor público aproveita-se principalmente dos dois primeiros

recursos, que são ativos intangíveis.

Sobre capital intelectual em qualquer tipo de empresa Oliveira, fala:

Não importa em que situação a entidade se encontre, a ascensão do capital intelectual é inevitável e, provavelmente, veio com a intenção de alterar a tradicional concepção de ativos humanos nas empresas. (OLIVEIRA, 2008, p. 46).

O principal resultado gerado pelo setor público é serviço e não produto, e serviços não

podem ser medidos diretamente. As organizações públicas não possuem valor de mercado,

uma maneira alternativa deve ser buscada, como por exemplo, seguir os avanços relativos aos

valores democráticos, tais como: igualdade, dignidade humana, participação, transparência e

responsabilidade.

Embora a área pública seja regida pelos mesmos pressupostos legais e procedimentos

administrativos, cada órgão público tem sua própria identidade e cultura específica, com seus

valores, regimentos, procedimentos, códigos, símbolos etc. Consequentemente, a análise

prévia da cultura organizacional das organizações envolvidas em projetos é de fundamental

importância. Além disso, o capital organizacional das organizações públicas pode ser

incrementado quando iniciativas de projetos voltados para o capital intelectual propiciam

processos inovadores.

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As instituições públicas têm diversas restrições quanto aos aspectos remuneratórios, e

esse é um fator muito importante para a gestão do capital intelectual. A maioria dos servidores

públicos não tem perspectiva de melhoria salarial ou ascensão na carreira. Portanto, não existe

qualquer mecanismo que incentive o bom servidor, pois ele sabe que não terá chance de

progredir na carreira. Mesmo assim, a maioria dos servidores públicos é constituída de

pessoas engajadas com o sucesso da Instituição, que torcem por ela, que querem vê-la na

vanguarda dos acontecimentos e que mostram capacidade de criatividade e superação de

obstáculos.

Nada melhor do que a elaboração de um projeto que, sem ferir a legislação, incentive

o bom servidor, quando este demonstrar interesse, motivação e criatividade, e estimule a

participação das pessoas em busca da melhoria do ambiente de trabalho e do desempenho

operacional e financeiro da instituição. O projeto poderia contemplar a criação de mecanismos

de recompensa para aqueles servidores que apresentarem sugestões de melhoria da gestão da

instituição.

Um projeto como este demonstraria o reconhecimento da instituição para com aqueles

que se empenham em favor da instituição. Dentre as diversas maneiras de reconhecimento e

recompensa, sugere-se: elogio por escrito feito pela Presidência, entrega de diploma de

reconhecimento, entrega de placa de homenagem, viagem a passeio, brindes, etc. Todos estes

prêmios devem ser entregues através de uma cerimônia, ao final de cada ano.

Para isso será importante uma avaliação de desempenho adequada e eficaz, o que é

difícil de encontrar em instituições públicas. Poderia existir um sistema que, através de

negociação de metas e compromissos entre gerentes e servidores, será possível medir o

comprometimento das pessoas.

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16 ESTUDO DE CASO NA OAB/MG SUBSEÇÃO PARACATU

O estudo de caso realizado na organização, tem a finalidade de demonstrar a

importância que a organização dá ao seu capital intelectual, a partir de observações e

questionário aplicado para este trabalho. Após tais procedimentos, tabularemos os resultados

das pesquisas, caso seja constatado a baixa valorização deste capital faremos a proposta para o

processo de valorização do capital intelectual da organização.

16.1 Histórico Organizacional

A OAB/MG é uma organização não governamental que constitui serviço público

federal. Entidade representativa da classe dos advogados, à Ordem cumpre essencialmente

assistir, disciplinar, representar e defender os profissionais do direito, punindo ao mesmo

tempo os que discrepam dos princípios éticos ou codificados que regem a instituição e o

exercício da advocacia. Essas finalidades basilares assinaladas, incluídas aquelas outras que

partem da defesa da Constituição.

A organização, desenvolve sem tréguas o seu trabalho em defesa da classe que

representa, mantendo a sua presença solidária e eficaz em prol do correto exercício

profissional. A entidade não se omite de seus deveres disciplinares com rigoroso efeito

punitivo.

A organização cuida também de proporcionar assistência cultural à classe dos

advogados promovendo cursos, simpósios ou conferências sobre importantes temas da

Ciência Jurídica. E preocupa-se também com os aspectos práticos que visam à atualização de

conhecimentos do advogado, porque o direito está em constante evolução.

A empresa desenvolve, ainda, sua missão cultural e social de forma ampla, prevista

estatuariamente, mantendo diversas comissões que tratam de Direitos Humanos, Meio

Ambiente e Defesa do Consumidor. O trabalho dessas comissões contribuem de igual modo

para aperfeiçoamento das instituições jurídicas. Nesse sentido, sobressai ainda a Comissão de

Exame de Ordem, que coordena e aplica as provas exigidas dos bacharéis recém-formados e

pretendentes à inscrição na OAB, sem a qual, legalmente, não se estará habilitado ao exercício

da profissão de advogado.

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A OAB/MG Subseção Paracatu, conta com 08 (oito) colaboradores, sendo 06 (seis)

funcionários e 02 (dois) estagiários. A organização é dividida em 04 (quatro) salas, sendo uma

sala na OAB/Vara do Trabalho com um funcionário lotado nesta, uma sala na OAB/Justiça

Federal com um funcionário lotado nesta, uma sala na OAB/Fórum com dois funcionários e

dois estagiários lotados nesta e a OAB/Sede com dois funcionários lotados nesta.

16.2 Ramo de atividades

Empresa prestadora de serviços, que tem como objetivo principal a representatividade

da classe dos advogados, onde cumpre essencialmente assistir, disciplinar, representar e

defender os profissionais do direito, punindo ao mesmo tempo os que discrepam dos

princípios éticos ou codificados que regem a instituição e o exercício da advocacia.

A organização desenvolve, ainda, cursos e simpósios de atualização jurídica, pois o

direito está em constante evolução, organiza também bailes e confraternizações, para os

advogados e demais servidores do judiciário, e em alguns casos tais eventos envolvem

também, estudantes do curso de direito.

16.3 Composição da Organização

A empresa possui uma diretoria, que é eleita a cada três anos, composta com cinco

pessoas, esta diretoria que consta neste estudo, estará à frente da Subseção até dezembro de

2012. A diretoria da organização realiza um trabalho sem ônus para a organização, ou seja,

elas não têm pró-labore.

A OAB/MG Subseção Paracatu, conta com 08 (oito) colaboradores, sendo 06 (seis)

funcionários e 02 (dois) estagiários. A organização é dividida em 04 (quatro) salas, sendo uma

sala na OAB/Vara do Trabalho com um funcionário lotado nesta, uma sala na OAB/Justiça

Federal com um funcionário lotado nesta, uma sala na OAB/Fórum com dois funcionários e

dois estagiários lotados nesta e a OAB/Sede com dois funcionários lotados nesta. Os salários

desses colaboradores são pagos pela matriz, OAB/MG que tem sua sede na cidade de Belo

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Horizonte-MG, os pagamentos são feitos através de depósitos bancários, feitos diretamente na

conta destes.

QUADRO DIRETIVO

CARGO NOME

Presidente Nelson Ivan Biulchi

Vice-Presidente Max Botelho Victor Rodrigues

Tesoureiro Denis Fernando Soares de Campos

Secretário Geral Paulo Afonso Anacleto Torres

Secretário Geral Adjunto Beatriz Andreata Gonçalves

Tabela 04: Quadro diretivo da organização Fonte: Tabela elaborada pela autora.

COLABORADORES

CARGO NOME

Auxiliar Administrativo I Claudia Fátima da Silva Campos

Auxiliar Administrativo II Rosinei Aparecida Bonfim

Auxiliar Administrativo III Merinany Daniela Pereira Ramos

Auxiliar Administrativo IV Elisia José de Souza

Auxliar de Serviços I Nathália Silva Machado Lima

Auxiliar de Serviços II Amanda Cristan Lima Rodrigues

Estagiário I Rangel Ramos Silva

Estagiário II Thiago André Nascimento Lisboa

Tabela 05: Colaboradores da organização Fonte: Tabela elaborada pela autora.

16.4 Pesquisa

Antes da pesquisa ser aplicada, durante o estágio da autora deste estudo, foram feitas

diversas observações a respeito do assunto em estudo, será apontado alguns dados e opiniões

com base nestas observações.

A pesquisa foi feita através de questionário aplicado, com questões de livre escolha,

sendo envolvido os oito colaboradores internos da organização. O foco do questionário

aplicado foi a valorização do capital intelectual na organização. Foi aplicado somente entre os

colaboradores, pois eles são o principal patrimônio da empresa, Chiavenato (2004) diz que “o

capital humano das organizações, composto de pessoas, que são desde o mais simples

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operário ao seu principal executivo, passou a ser uma questão vital para o sucesso do

negócio,” sem as pessoas a organização em estudo não existiria, principalmente por se tratar

de uma empresa prestadora de serviços, que não depende de máquinas e sim da força humana,

por tal motivo a avaliação foi aplicada somente entre os funcionários. O questionário

elaborado é composto de oito questões. Conforme modelo a seguir:

16.5 Resultado da pesquisa e análise dos resultados

16.5.1 Questão número 01 do questionário

A quanto tempo você trabalha na empresa?

A primeira questão tem a finalidade de fazer o levantamento para saber se há uma

grande rotatividade de pessoas na empresa.

Mais de 05 anos (25%)

Mais de 03 anos (25%)

Mais de 01 ano (25%)

Menos de 01 ano (25%)

Gráfico 01 – Questão nº 01. Fonte: Pesquisa Aplicada na OAB/MG Subseção Paracatu

Nota: Elaborado pela autora.

Conforme pode ser observado, o gráfico 01 mostra que o nível de tempo de serviço de

cada colaborador é intermediário, sendo a metade dos funcionários com mais de 03 anos de

trabalho dentro da organização, o que é um bom sinal.

Esse é um dos importantes processos do Capital Intelectual, manter as pessoas na

organização, segundo Chiavenato (2004) “a rotatividade de pessoal é o resultado da saída de

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alguns funcionários e a entrada de outros para substituí-los no trabalho. As organizações

sofrem um processo contínuo e dinâmico de negentropia, ou seja, de entropia negativa, para

poderem manter sua integridade e sobrevier. Isso significa que eles estão sempre perdendo

energia e recursos.” A alta rotatividade tem um custo elevado para a empresa, além disso, o

novo funcionário gastará tempo para adquirir as habilidades que a empresa necessita.

O baixo índice de rotatividade também seria importante se a empresa investisse em

treinamento para o pessoal, pois, a empresa não perderia tão rápido o valor agregado do

capital humano.

16.5.2 Questão número 02 do questionário

Quando da sua contratação na organização, você recebeu treinamento:

A questão de número 02 é de grande importância, pois, vai nos dar a oportunidade de

saber se a empresa se preocupa com a excelência nos serviços prestados pelos novos

funcionários ou estagiários da organização.

Da empresa (0%)

De uma empresa especializada (0%)

Dos colegas de trabalho (100%)

Gráfico 02 – Questão nº 02.

Fonte: Pesquisa Aplicada na OAB/MG Subseção Paracatu Nota: Elaborado pela autora.

Conforme podemos observar o treinamento do novo funcionário fica totalmente na

responsabilidade dos colegas de trabalho e isso é ruim para a empresa, pois, o funcionáriosque

treinar o novo colega, poderá passar seus vícios e seus erros de trabalho para o outro.

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Se a empresa tivesse um funcionário preparado para capacitar os novos contratados,

ou uma empresa terceirizada para este fim, não haveria tantos erros, conforme observado.

Pelo que se pôde observar, os novos funcionários ou estagiários, são treinados pelos

colegas que estão no mesmo nível deste, e as falhas que esses treinadores costumam fazer são

repassados para os novos funcionários, o que dá continuidade na cadeia de erros.

16.5.3 Questão número 03 do questionário

Qual o intervalo de tempo da reciclagem/treinamento da empresa para os funcionários?

Esta questão vem de encontro com o fator principal para uma empresa prestadora de

serviço ter excelência nos serviços prestados: o treinamento. Chiavenato (2004) diz que as

organizações devem “investir pesadamente em treinamento para obterem um retorno

garantido. Para elas, treinamento não é despesa, mas um precioso investimento.

06 em 06 meses (0%)

uma vez ao ano (0%)

nunca recebeu treinamento (100%)

Gráfico 03 – Questão nº 03 .

Fonte: Pesquisa Aplicada na OAB/MG Subseção Paracatu Nota: Elaborado pela autora.

Chiavenato (2004) conceitua treinamento como “o processo pelo qual a pessoa é

preparada para desempenhar de maneira excelente as tarefas específicas do cargo que deve

ocupar”.

O investimento da empresa em treinamento é zero, como pode ser observado. A

empresa precisa investir mais em seu capital humano, para que se torne mais produtivo, para

contribuir melhor buscando alcançar assim os objetivos da organização e se tornar referência

em qualidade e competência.

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O treinamento deve ser um processo contínuo dentro de qualquer organização, a

OAB/MG Subseção Paracatu, por não treinar o funcionário quando da sua contratação,

deveria proporcionar no mínimo semestralmente um curso de capacitação profissional, para

ter um serviço de qualidade e do qual a empresa possa cobrar excelência, pois sem

treinamento os funcionários trabalham “do jeito que dá”, conforme relatado por um deles.

16.5.4 Questão número 04 do questionário

A empresa proporciona ao funcionário um plano de incentivo para estimular a busca do

conhecimento?

Esta questão nos ajudará a saber se a empresa está investindo no conhecimento dos

funcionários, no que diz respeito a cursos, faculdades, especializações, etc., ajudando os

colaboradores nos custos com estes.

Sim (13%)Não (87%)

Gráfico 04 – Questão nº 04.

Fonte: Pesquisa Aplicada na OAB/MG Subseção Paracatu Nota: Elaborado pela autora.

Como podemos observar, a maioria dos funcionários responderam negativamente a

esta questão, ou seja, a empresa não tem planos de incentivo para os colaboradores. Conforme

vimos nas questões anteriores, a empresa não investe em treinamento para os colaboradores, e

o incentivo seria uma ótima forma de agregar valor no capital humano da empresa, os

colaboradores da Subseção Paracatu, conforme observado pela autora deste estudo, estão

dispostos a estudar, a se qualificar, mas falta ajuda da organização, um incentivo da empresa

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para que possam estudar. Chiavenato (2004) diz que “as pessoas estão dispostas a arcar com

certos custos pessoais para obter certos retornos ou benefícios da organização. Também as

organizações estão dispostas a arcar com certos custos para obter certos retornos ou

contribuições das pessoas. Nesse permanente intercâmbio, cada uma das partes faz

investimentos para obter retornos da outra, comparando custos e benefícios e decidindo o

melhor caminho”.

A empresa deveria disponibilizar um plano de incentivo para os funcionários,

ajudando nos custos com os cursos, faculdade e especializações que estes possam realizar.

Assim conseguiria agregar mais conhecimento para a empresa, e os colaboradores

conseguiriam prestar serviço com qualidade e eficiência.

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16.5.5 Questão número 05 do questionário

Quanto a valorização do funcionário, qual o seu grau de satisfação dentro da empresa

hoje?

Esta questão nos ajudará a saber se o colaborador da organização em estudo está

satisfeito em trabalhar na empresa, se ele se sente valorizado.

Ruim (0%)Regular (63%)Bom (37%)Excelente (0%)

Grafíco 05 – Questão nº 05.

Fonte: Pesquisa Aplicada na OAB/MG Subseção Paracatu Nota: Elaborado pela autora.

Como podemos observar, a maioria dos funcionários optaram pela segunda pior

opção, ou seja, deram nota regular para o seu grau de satisfação dentro da empresa, o que

mostra a desmotivação destes colaboradores quanto a estar trabalhando na empresa.

A organização deve propor um plano de valorização dos colaboradores, pois sendo

esta uma empresa prestadora de serviços, deve primar pela excelência no atendimento, e para

que o colaborador, que é a frente da empresa, esteja disposto a vestir a camisa da empresa tem

que estar motivado e se sentir valorizado na organização em que trabalha, e conforme

pudemos observar não é isso que acontece na opinião dos colaboradores.

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16.5.6 Questão número 06 do questionário

Sobre a remuneração, você acha que o valor pago pela empresa é compatível com as

atividades exercidas? Você se sente valorizado, como o salário recebido?

A sexta questão vem de encontro com um dos maiores problemas das organizações

públicas: a remuneração. Esta questão busca mostrar se o funcionário acha que sua

remuneração condiz com o trabalho exercido.

Sim (0%) Não (100%)

Gráfico 06 – Questão nº 06.

Fonte: Pesquisa Aplicada na OAB/MG Subseção Paracatu Nota: Elaborado pela autora.

Conforme pudemos observar 100% (cem por cento) dos entrevistados não acham que

a remuneração percebida por esses está compatível com as tarefas executadas, e se sentem

desvalorizados com isso.

Uma remuneração compatível que satisfaça o cliente interno da empresa, é sem dúvida

uns dos processos para manter as pessoas dentro da organização. A empresa em estudo

precisa estudar tal problema e deve propor um plano de cargos e salários que satisfaça os

colaboradores, e que esses possam se sentir valorizado.

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16.5.7 Questão número 07 do questionário

A estrutura da empresa, para que você possa desempenhar bem o seu trabalho, atende às

suas espectavias?

Nesta questão procuramos entender se a estrutura física da empresa corresponde aos

trabalhos que nela tem que ser executados.

Sim (100%)Não (0%)

Gráfico 07 – Questão nº 07.

Fonte: Pesquisa Aplicada na OAB/MG Subseção Paracatu Nota: Elaborado pela autora.

Conforme podemos observar todos os colabores entrevistados concordam que a

estrutura física da empresa atende às suas expectativas, para que possam desempenhar bem

sua função dentro da organização.

Este é um ponto positivo para a organização, se as condições físicas da empresa

condizem com o que é executado na empresa, isso ajuda o funcionário a prestar serviços com

excelência, pois, o seu espaço de trabalho proporcionará os meios necessários que isso

aconteça.

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16.5.8 Questão número 08 do questionário

A empresa lhe passa segurança, quanto à estabilidade?

Nesta última questão, queremos saber se a empresa passa segurança para os

funcionários ou se eles trabalham com insegurança, quanto a sua carreira dentro desta.

Sim (37%) Não (63%)

Gráfico 08 – Questão nº 08.

Fonte: Pesquisa Aplicada na OAB/MG Subseção Paracatu Nota: Elaborado pela autora.

Como podemos ver no gráfico de interpretação dos resultados, a empresa passa

segurança para a maioria dos funcionários. Isso é muito positivo para a organização, pois

esses funcionários se sentem seguros, e todo o conhecimento agregado dos colaboradores

desta empresa poderá ser mantido nela.

Uma empresa que não dá estabilidade para o funcionário, faz com que estes, trabalhem

com receio do amanhã, com incerteza de que terão ou não futuro dentro da organização. Isso é

de suma importância, pois trabalhando com segurança os colaboradores poderão prestar

serviço com tranquilidade, procurando adquirir mais conhecimento para melhor o seu meio de

trabalho.

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16.6 Proposta para o processo de valorização do Capital Intelectual da OAB/MG

Subseção Paracatu

Não há na empresa um plano de valorização do capital intelectual, não sendo

fornecido aos seus colaboradores o treinamento, ferramenta importante para manter as

pessoas com conhecimento agregado e valorizar mais a organização.

Os funcionários estão desmotivados por falta de perspectiva de crescimento na

organização, baixos salários praticados, a tecnologia utilizada não condiz com o esperado.

Propõe-se para esta organização, que seja feito um plano de carreira, não sendo este

elaborado somente no sentido de melhores salários, mas também na evolução de cargos e

funções da organização.

Propomos ainda, que a empresa possa organizar no primeiro momento treinamentos

voltados para as rotinas administrativas dentro da organização, pois, conforme sobservao a

empresa não tem um pessoal treinado para as rotinas administrativas corretamente, o trabalho

para os novos contratados são passados pelos próprios colegas de serviço, que também não

receberam treinamento, o que pode acarretar em erros. Logo após este primeiro treinamento

indicado para as rotinas administrativas, a empresa poderá propor uma reciclagem semestral,

para sentir a evolução dos colaboradores e agregar mais conhecimento.

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17 CONCLUSÃO

Compreendendo que o conhecimento tornou-se o principal propulsor do desempenho

empresarial, é fundamental que os gestores modernos saibam administrar adequadamente este

ativo intangível. O conhecimento, associado à tecnologia, transforma-se em um valioso

instrumento para as empresas, quando investido em estrutura para o desenvolvimento de

idéias, criações e inovações.

O conhecimento é o novo recurso econômico. Esse recurso consiste em um processo

no qual o indivíduo, por meio dos conhecimentos adquiridos formalmente, somados à visão

que possui do mundo, trabalha e utiliza a informação, criando valor. Nesse conceito,

informação passa a ser matéria-prima do conhecimento.

O surgimento da noção de capital intelectual acarreta para as empresas a necessidade

de utilização de novas estratégias e revisão de conceitos e princípios administrativos de forma

a contemplar o recurso do conhecimento. O conhecimento só gerará valor para uma entidade

se esta puder ter contato com os novos conhecimentos produzidos e ser acessada, de forma

que isso possa conduzir novos conhecimentos. A aplicação do conhecimento mais os

investimentos necessários para operar em um ambiente globalizado geram benefícios

intangíveis, que agregam valor às organizações, impactando seu valor global.

Não foi ainda publicado um estudo que consiga mensurar o valor do capital

intelectual, mas como vimos à contabilidade precisa se apressar para conseguir passar tal

valor para as empresas. O desafio de reconhecimento e mensuração do capital intelectual

continua. Nenhuma experiência é dada como concluída, muito pelo contrário, existe a

consciência da necessidade de continuá-la, a fim de tornar o capital intelectual uma

ferramenta gerencial cada vez mais eficiente, ou mesmo uma demonstração como parte das

demonstrações contábeis.

A organização em estudo, OAB/MG Subseção Paracatu, precisa de um plano de

valorização do capital intelectual, principalmente do capital humano, buscando motivá-los e

treiná-los para que possam desenvolver a produtividade dos colaboradores. Por ser uma

organização prestadora de serviço precisa de um serviço com excelência. Para que os

objetivos da empresa possam ser alcançados ela precisa das pessoas, e estas pelo resultado da

pesquisa aplicada, não estão motivadas a vestir a camisa da empresa. Pois falta incentivo,

treinamento e o principal: reconhecimento.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICE A – Questionário aos funcionários

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA

VALORIZAÇÃO DO CAPITAL INTELECTUAL

Acadêmica: Claudia Fátima da Silva Campos

Curso: Administração da Faculdade Tecsoma

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

Não escreva seu nome no formulário.

Use de toda a sinceridade ao responder as perguntas.

Marque com x a resposta que você escolher.

PESQUISA

Vivemos hoje na era do conhecimento, onde o talento, a inteligência e o conhecimento

aplicado na empresa pelos colaboradores é o bem mais precioso. Sabendo disso,

responda o questionário abaixo, sobre seu trabalho na OAB/MG Subseção Paracatu:

1) Há quanto tempo você trabalha na empresa? ___________________________________

2) Quando da sua contratação na organização, você recebeu treinamento:

a) ( ) da empresa; b) ( ) de empresa especializada; c) ( ) dos colegas de trabalho.

3) Qual o intervalo de tempo da reciclagem/treinamento da empresa para os funcionários?

a) ( ) 06 em 06 meses; b) ( ) uma vez ao ano; c) ( ) nunca recebeu treinamento.

4) A empresa proporciona ao funcionário um plano de incentivo para estimular a busca do

conhecimento (estudo)? a) ( ) sim; b) ( ) não.

5) Quanto à valorização do funcionário, qual o seu grau de satisfação dentro da empresa hoje?

a) ( ) ruim; b) ( ) regular; c) ( ) bom; d) ( ) excelente.

Page 72: FACULDADE TECSOMA 8º Período de Administração - CLAUDIA.pdf · Ao meu esposo Denis, que foi o meu maior incentivador e ... adquirentes estão dispostos a pagar pela compra do

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6) Sobre a remuneração, você acha que o valor pago pela empresa é compatível com as

atividades exercidas? Você se sente valorizado, com o salário recebido?

a) ( ) sim; b) ( ) não.

7) A estrutura da empresa, para que você possa desempenhar bem o seu trabalho, atende às

suas expectativas? a) ( ) sim; b) ( ) não.

8) A empresa lhe passa segurança, quanto à estabilidade? a) ( ) sim; b) ( ) não.