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FACULDADE DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ARAÇATUBA DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA

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FACULDADE DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ARAÇATUBA

DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA

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INTRODUÇÃO

Intervenção terapêutica desenvolvida para eliminar comportamento de medo e as síndromes de evitação

Procedimento:

-Ensinar resposta contrária à ansiedade (relaxamento ou

assertividade)

-Exposição graduada ao estímulo provocador de medo

(imaginação ou ao vivo)

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INTRODUÇÃO

DS é uma das técnicas psicoterapêuticas mais pesquisadas e mais empregadas pelos psicólogos e psiquiatras

Wolpe (1958) desenvolveu para reduzir as reações de ansiedade baseia-se nos princípios de condicionamento clássico de Pavlov

Qualquer resposta que seja incompatível com a ansiedade pode ser utilizada para inibi-la

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INTRODUÇÃO

Watson através de um modelo de condicionamento clássico demonstrou que os medos e as fobias que as crianças apresentam nos primeiros anos de vida, não são herdados mas apreendidos por meio do condicionamento

Há literalmente centenas de experimentos e informes de casos que avaliam a eficácia da dessensibilização

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FUNDAMENTOS CONCEITUAIS E EMPÍRICOS

Grande controvérsia sobre mecanismo terapêutico real responsável pela mudança de comportamento da DS tem servido para ampliar a classe de aplicação do procedimento

Wolpe inibição recíproca subjaz à DS um comportamento aumenta sua potência outros comportamentos têm que diminuir a sua

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FUNDAMENTOS CONCEITUAIS E EMPÍRICOS

As alterações corporais associadas com o aumento da ativação autônoma consistem em:

- elevação da pressão sanguínea e do ritmo cardíaco

- aumento da circulação sanguínea nos grandes grupos de músculos voluntários

- diminuição da circulação sanguínea no estômago

- dilatação das pupilas

- secura da boca

Classes da Resposta de Ansiedade

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FUNDAMENTOS CONCEITUAIS E EMPÍRICOS

Wolpe postulou classe da resposta de ansiedade pode ser condicionada a estímulos que passam despercebidos no dia-a-dia do indivíduo

Podendo ser usado o contra-condicionamento

Algumas explicações da DS põem em dúvida a teoria da inibição recíproca sugere-se que simplesmente a exposição ao estímulo temido pelo paciente diminui a ansiedade

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FUNDAMENTOS CONCEITUAIS E EMPÍRICOS

A exposição produz a extinção ou a habituação da resposta de ansiedade

Explicação cognitiva DS reestrutura as cognições do paciente ou muda sua auto-eficácia de modo que já não sentem ansiedade na presença do estímulo temido

Rachman e Lang DS permite que ocorra um processamento emocional, de modo que os estímulos ativadores da ansiedade são incorporados e integrados satisfatoriamente pelo paciente

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FUNDAMENTOS CONCEITUAIS E EMPÍRICOS

Nenhuma das posições teóricas obteve preponderância sobre as demais parece possível que uma série de fenômenos sejam operativos

- Alteram-se os esquemas cognitivos da resposta de ansiedade

- Ocorrem mudanças fisiológicas

- Ocorrem mudanças na resposta comportamental global

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FUNDAMENTOS CONCEITUAIS E EMPÍRICOS

Os três sistemas de resposta estão unidos de alguma maneira cada um deles poderia estar afetados por influências diretas e indiretas compartilhadas

DS proporciona nova informação sobre a situação, objeto ou emoção temidos, informação que se

processa nas áreas cognitiva, fisiológica e comportamental e serve para inibir a experiência da

“ansiedade” e da evitação

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MÉTODO DA DS

Wolpe (1982) quatro passos principais

- Treinamento no emprego da escala “SUDS”

- Uma completa análise comportamental e o desenvolvimento de uma hierarquia de medos

- Treinamento do relaxamento muscular profundo ou algum outro procedimento de relaxamento

- A combinação da exposição, na imaginação, à hierarquia de medos junto com o estabelecimento de uma resposta de relaxamento profundo no paciente – “a dessensibilização propriamente dita”

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MÉTODO DA DS

Distinção entre ansiedade racional e irracional

Irracional se o indivíduo com fobia tem habilidade de enfrentar a situação ou o objeto temido e não existe um perigo claro inerente

Racional se o indivíduo não tem as habilidades para manejar a situação ou se esta é perigosa, então a ansiedade e a evitação são razoáveis

A DS é apropriada para temores irracionais

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MÉTODO DA DS

Deve-se descartar o tratamento de pacientes que apresentam numerosas fobias pode estar relacionado ao Transtorno de Personalidade diminui a eficácia das intervenções comportamentais

Passo seguinte verificar se o paciente pode experimentar uma imagem clara, vívida do estímulo fóbico

Verificar se o paciente pode aprender a conseguir um estado de relaxamento profundo

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MÉTODO DA DS

Escala de Unidades Subjetivas de Ansiedade (SUDS)

Graduar as situações de estímulos segundo seu potencial provocador de ansiedade convertendo-se, assim, em um aspecto central da construção da hierarquia

Proporcionar um padrão para julgar a eficácia do treino em relaxamento

Terapeuta pode obter uma estimativa do nível de ansiedade dos pacientes do começo das sessões de tratamento e durante a apresentação das cenas

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MÉTODO DA DS

Escala de Unidades Subjetivas de Ansiedade (SUDS)

100 ansiedade mais aterrorizante

0 experiência mais tranqüila e agradável

Conforme os pacientes adquirem mais experiência com a escala SUDS, normalmente tornam-se mais seguros e habilidosos com seu emprego e são capazes de fazer discriminações cada vez mais precisas de seus medos

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MÉTODO DA DS

Treinamento de Relaxamento

Componente habitual da DS (progressivo de Jacobson ou outras técnicas como meditação ou uso de imaginação para relaxar)

É importante que o paciente pratique de 15 a 20 minutos por dia (melhores momentos: primeira hora pela manhã, antes de ir ao trabalho e à noite antes de deitar)

Procedimentos básicos de meditação e imagens mentais agradáveis e relaxamento progressivo (pág. 178-80)

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MÉTODO DA DS

A construção da Hierarquia

É uma lista de estímulos evocadores de ansiedade, relacionados em conteúdo e ordenados segundo a quantidade de ansiedade que provocam

Estímulos: objetos, pessoas, lugares, sentimentos internos ou uma combinação destas classes de estímulos numa hierarquia completa

Freqüentemente são extrínsecos ao indivíduo

Estímulos internos: podem ser um componente da resposta do indivíduo aos estímulos externos ou podem evocar uma reação de temor por si mesmos

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MÉTODO DA DS

A construção da Hierarquia

As modificações e ajustes das hierarquias têm lugar conforme se produzem novas informações

A melhor fonte de informação sobre a fobia do paciente é o próprio paciente

O terapeuta ajuda-o a discutir quando, onde e sob que condições, acontece a resposta de ansiedade

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MÉTODO DA DS

A construção da Hierarquia

Pede-se ao paciente que pense e descreva situações passadas e futuras que poderiam provocar a resposta

Encoraja-se o paciente a gerar tantos detalhes quantos sejam possíveis sobre a situação estimulante total

Quanto mais detalhes se obtenham sobre os estímulos externos e internos, mais capaz será o terapeuta de

desenvolver uma cena clara, provocadora

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MÉTODO DA DS

A construção da Hierarquia

Quando se conhece os temores centrais e se especificam suas dimensões, pede-se ao paciente que escreva todas as possíveis situações provocadoras de ansiedade que possa se lembrar e que as descreva detalhadamente em cartões (tarefa de casa) revisada na sessão com o terapeuta

Colocar os cartões numa determinada ordem de acordo com o nível de ansiedade que provoquem as situações estimulares

Posteriormente, pontuar cada situação de acordo com a escala SUDS

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O PROCEDIMENTO DA DS

Após hierarquias e relaxamento início a DS

Verificar acontecimentos da semana do paciente

aumentam

diminuemAnsiedade

Se o paciente estiver nervoso usar mais tempo no relaxamento

Durante o tratamento são realizadas tantas modificações quantas sejam necessárias

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Ensinar o paciente a dizer “agora” quando atinge relaxamento zero ou pelo menos 15 na escala SUDS

Introduzir uma cena inócua para garantir que o paciente consegue boa visualização

Inicia-se a visualização das cenas ensina o paciente a levantar o dedo para indicar que conseguiu visualizar (deixar por 5 segundos)

“Deixe de visualizar a cena” pergunta o grau de ansiedade (SUDS)

O PROCEDIMENTO DA DS

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Não passar ao outro item da hierarquia até atingir ansiedade zero

Passar a outro item

Geralmente paciente tolera 20 minutos DS na sessão

Se na sessão anterior o item não atingiu ansiedade zero, deve retornar na sessão seguinte ao mesmo item

Se houver recuperação espontânea de alguma cena anteriormente trabalhada, voltar nela

O PROCEDIMENTO DA DS

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VARIAÇÕES TÉCNICAS

DS automatizada terapeuta grava fitas de relaxamento e visualização paciente escuta fita (substitui o terapeuta ou auxilia na sessão)

Formato grupal pacientes com temores muito similares aplica-se as mesmas hierarquias, administrando o procedimento no grupo

Economia de Tempo

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VARIAÇÕES TÉCNICAS

Alguns pacientes não se encaixam nas técnicas de relaxamento podendo ser utilizados medicamento

Quando paciente não pode aprender a relaxar-se utiliza-se dessensibilização “ao vivo”

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DS “AO VIVO”

Exposição direta

graduada

Terapeuta utiliza a relação terapêutica para provocar a ansiedade e inibir a respostas emocionais

Construção de hierarquias

Terapeuta como contra-ansiedade e um mecanismo corretor dos pensamentos irracionais