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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE AGRONOMIA AVALIAÇÃO DA INOCULAÇÃO DA SOJA [Glycine max (L.) Merril] NA SEMENTE E NO SULCO DE SEMEADURA, COM E SEM FUNGICIDA (Carboxin+Thiram) ALISON FELIPE KANIGOSKI PICININ SORRISO - MT 2014

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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE AGRONOMIA

AVALIAÇÃO DA INOCULAÇÃO DA SOJA [Glycine max (L.) Merril] NA SEMENTE E NO SULCO DE SEMEADURA, COM E SEM

FUNGICIDA (Carboxin+Thiram)

ALISON FELIPE KANIGOSKI PICININ

SORRISO - MT 2014

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ALISON FELIPE KANIGOSKI PICININ

AVALIAÇÃO DA INOCULAÇÃO DA SOJA [Glycine max (L.) Merril] NA SEMENTE E NO SULCO DE SEMEADURA, COM E SEM

FUNGICIDA (Carboxin+Thiram)

Monografia apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso ao Curso de Agronomia da Faculdade Centro Mato-grossense – FACEM, para obtenção do título de Bacharel em Agronomia sob a orientação do Prof. Me. Ariel Díaz Loaces.

SORRISO - MT 2014

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DEDICATÓRIA

À minha mãe Eliana Kanigoski, por todos esses anos de doação, paciência e amor, concedidos a mim incondicionalmente.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu orientador Ariel Díaz Loaces, pelo tempo e ajuda despendidos, bom humor, paciência e conhecimentos transmitidos.

Agradeço a todos os professores, que de alguma forma colaboraram ao desenvolvimento deste trabalho, em especial a Eder Novaes Moreira e Jacqueline Enéquio.

Agradeço a todos meus amigos, pelo estímulo e companheirismo, e de forma mais inclinada a Max William de Oliveira, que se envolveu ativamente para realização do experimento.

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Desejo que você Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la.

Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes. Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo.

Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la. Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência.

Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina, Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas.

Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que você ama.

Augusto Cury

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RESUMO

A empregabilidade de inoculantes na cultura da soja é recomendada, uma vez que, eleva a fixação biológica de nitrogênio e viabiliza o cultivo da leguminosa. O tratamento de sementes com fungicidas têm o intuito de oferecer proteção contra patógenos às sementes e plântulas delas originadas. Contudo, fungicidas aplicados na semente juntamente com inoculantes, podem reduzir o número de bactérias viáveis. Aliado a isso, a aplicação de inoculantes no sulco de semeadura mostra-se uma alternativa. O trabalho teve como objetivo avaliar o tratamento de inoculação, na semente e no sulco de semeadura, com e sem a presença de fungicida. O experimento foi implantado na Fazenda Águia Dourada, município de Sorriso – MT, na safra de 2013/2014, e conduzido com delineamento em blocos casualizados com seis repetições e cinco tratamentos: 1) testemunha (semente pura), 2) aplicação de fungicida na semente + inoculação no sulco, 3) aplicação de fungicida na semente + inoculação na semente, 4) inoculação no sulco de semeadura, 5) inoculação na semente. Os dados coletados foram submetidos a análise de variância e, quando houve diferença significativa entre tratamentos, realizou-se comparação de médias pelo teste de Tukey, com auxílio do programa de análise estatística SAS®. Foi avaliado o número e tamanho de nódulos das raízes aos 35 dias após a emergência da cultura, como também peso de mil grãos na colheita. Quanto ao tamanho de nódulos, o tratamento com fungicida na semente mais inoculação no sulco apresentou-se superior em relação à testemunha, mas não diferiu significativamente dos demais tratamentos. Em relação ao número de nódulos nas raízes, ambos os tratamentos com inoculação no sulco de semeadura, se sobressaíram à testemunha e ao tratamento com fungicida na semente mais inoculação na semente. Não houve diferença significativa entre os tratamentos para peso de 1000 grãos.

Palavras chave: Nodulação, bactérias nitrificantes, tratamento de semente.

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RESUMEN

La utilización de inoculantes en la soya es recomendada, ya que los mismos elevan la fijación biológica de nitrógeno facilitando el cultivo de esa leguminosa. El tratamiento de semillas con fungicidas agrícolas es realizado para ofrecer protección tanto a la semilla como a la plántula de ella originada. A pesar de esos beneficios la aplicación de fungicidas agrícolas directamente en las semillas junto con inoculantes puede disminuir el número de bacterias beneficiosas para el proceso de fijación biológica de nitrógeno. Para resolver ese problema, es que aparece, como una alternativa, la tecnología de inoculación directa de la semilla en el surco de siembra. El presente trabajo tuvo como objetivo evaluar la inoculación de semillas de soya directamente y en el surco de siembra con y sin la presencia de fungicidas agrícolas. La investigación fue conducida mediante el método experimental. El experimento fue realizado en la Hacienda Águila Dorada del municipio Sorriso, estado de Mato Grosso, en la zafra 2013/2014 y conducido con un delineamiento en bloques casualizados, contando con seis repeticiones y cinco tratamientos siendo ellos: 1) testigo (semillas sin tratamientos), 2) aplicación de fungicida en la semilla + inoculación en el surco, 3) aplicación de fungicida en la semilla + inoculación en la semilla, 4) inoculación en el surco de siembra, 5) inoculación en la semilla. Los datos levantados fueron sometidos a un análisis de varianza y los que tuvieron diferencia significativa fueron sometidos a una comparación de medias utilizando el teste de Tukey, con auxilio del programa de análisis estadístico SAS®. Fue evaluado el número y el tamaño de los nódulos de las raíces a los 35 días después de emerger la planta y el peso de mil granos en la época de colecta. Como principales resultado fueron obtenidos que el tratamiento de con fungicida agrícola en la semilla + inoculación en el surco presento mejores resultados que le tratamiento testigo pero no se diferenció significativamente de los otros tratamientos. Con relación al número de nódulos en las raíces los tratamientos con inoculación en el surco de siembra sobresalieron en relación a los otros y no se encontró diferencia significativa para el peso de mil granos.

Palabras claves: Nodulación, bacterias nitrificantes, tratamiento de semillas.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9

1 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 11

1.1 A SOJA ............................................................................................................... 11

1.2 O NITROGÊNIO NA CULTURA DA SOJA......................................................... 12

1.2.1 Fixação de Nitrogênio na Soja ...................................................................... 13

1.3 TRATAMENTO DE SEMENTES ......................................................................... 15

1.4 INFLUÊNCIA DO FUNGICIDA NO TRATAMENTO DE SEMENTES ................ 16

2 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 18

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 25

CONCLUSÃO ........................................................................................................... 29

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 30

ANEXOS ................................................................................................................... 33

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INTRODUÇÃO

Segundo Freitas (2011), a soja surgiu no Brasil em 1882 na Bahia, mas foi

em 1914, quando cultivada no Estado do Rio Grande do Sul, que alcançou maiores

proporções, avançando sobre o Sul do país. O desenvolvimento tecnológico e

melhoramento genético possibilitaram o avanço da cultura por praticamente todo

país, e hoje, se destaca no bioma cerrado.

De acordo com Silva et. al. (2011), a importância da soja está firmada por

sua grande quantidade de proteína nos grãos (40%) e alto teor de óleo (20%). Por

seus atributos e ser fonte renovável de proteína, é muito empregada na alimentação

de animais, e também humana. Economicamente destaca-se nas exportações de

soja em grão e derivados, como óleo, farelo e biocombustível.

A Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB (2013), afirma que os

principais estados brasileiros produtores de soja encontram-se no sul e centro-oeste

do país. Mato Grosso possui a maior participação, estimando para a safra 13/14

uma produção de 25 milhões de toneladas. Já no âmbito nacional, a produção deve

alcançar a média de 88,66 milhões de toneladas, e as exportações fiquem em torno

45,9 milhões.

Segundo Campos et al. (2001), a soja durante todo seu ciclo de

desenvolvimento requer, sendo considerado muito importante, o nitrogênio. Este

pode ser disponibilizado à cultura por meio de fertilizantes minerais, decomposição

de matéria orgânica e, pela fixação biológica de nitrogênio, ocasionada pela relação

simbiótica entre planta e bactérias, estirpes Bradyrhizobium japonicum e B. elkanii.

Voss (2002), afirma que a inoculação de sementes é uma prática utilizada há

muito tempo na cultura da soja, e que, o que tornou o cultivo da leguminosa viável,

foi a fixação biológica de nitrogênio realizada pelas bactérias. Uma vez que a soja

requer grande quantidade de nitrogênio, em função do elevado teor de proteína dos

grãos, a relação simbiótica planta-microrganismo, proporciona a minimização de

adubos nitrogenados. Atualmente, além da forma turfosa, é muito empregado o

inoculante na forma líquida, que oferece maior praticidade tanto na inoculação,

quanto na semeadura.

Albrecht et al. (2008), exprimem que o tratamento de sementes têm o intuito

de oferecer proteção contra patógenos e insetos às sementes e às plântulas delas

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originadas. Tal processo proporciona a manutenção da qualidade sanitária da

semente, corroborando para alcançar o estande inicial desejado.

Entretanto, conforme Zilli et al. (2010-b), o tratamento de sementes com

fungicida na cultura da soja pode não trazer o resultado esperado, de modo que, há

possibilidade de ocorrer incompatibilidade da inoculação de sementes com os

fungicidas, apresentando estes, toxicidade às bactérias fixadoras de nitrogênio.

Assim, Albrecht et. al. (2008), cita que como forma de reduzir esses efeitos

prejudiciais e tornar a inoculação mais eficiente, tem se disseminado a aplicação de

inoculantes no sulco de semeadura, no momento de implantação da cultura à

campo.

Deste modo, busca-se aumentar a agilidade do plantio, produtividade e a

rentabilidade do produtor, determinando a forma de inoculação mais vantajosa,

levando em consideração a interação com tratamento fungicida.

Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo avaliar a inoculação de

bactérias fixadoras de nitrogênio, na semente e no sulco de semeadura, bem como,

o comportamento dos dois tipos de inoculação, com e sem a presença de fungicida.

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1 REVISÃO DE LITERATURA

1.1 A SOJA

Freitas (2011) afirma que no Brasil, a soja teve seu surgimento registrado no

Estado da Bahia em meados de 1882, sendo cultivada posteriormente no Estado do

Rio Grande do Sul, de onde, tomou maiores proporções disseminando-se sobre o

sul do país. O fomento da pesquisa visando desenvolvimento de materiais genéticos

mais adaptados às características edafoclimáticas brasileiras, bem como o avanço

tecnológico no sistema de produção, insumos e implementos, possibilitaram a

expansão da cultura pelo país. Atualmente, alavanca a economia das regiões do

cerrado brasileiro pujantemente, tomando cada vez mais espaço.

A soja, por possuir notáveis teores de proteína e óleo nos grãos, em torno de

40% e 20% respectivamente, é fortemente utilizada na alimentação de animais, na

formulação de rações, e humana. Movimenta grande parte das exportações e da

balança econômica do país, na forma de grãos e derivados, sendo estes, farelo, óleo

e biocombustíveis, elucidam Silva et al. (2011).

Os maiores estados produtores do país, de acordo com a CONAB (2013),

localizam-se na região sul e centro-oeste. A produção nacional esperada para a

safra 13/14 é de aproximadamente 88,66 milhões de toneladas, sendo que destas,

45,9 milhões devem ser comercializadas para exportação. O Estado de Mato Grosso

participa com a maior parte da produção nacional, com uma estimativa de 25

milhões de toneladas do grão.

Para Nepomuceno et al. (2013), a soja [Glycine max (L.) Merril] é uma planta

herbácea, dicotiledônea, anual, ereta, pertencente a família Fabaceae. As folhas são

alternadas, de pecíolos longos, e podem ser diferenciadas em quatro tipos durante o

ciclo de desenvolvimento: cotiledonares, folhas primárias, trifolioladas e prófilos

simples. Variam da cor verde pálido ao verde escuro. O caule é ramoso, oscilando

entre 60 e 110cm. A soja é uma espécie autógama e as flores são axilares, podendo

estas ocorrer nas cores branca, púrpura diluída ou roxa, de 3 até 8 mm de diâmetro.

Ainda segundo Nepomuceno et al. (2013), a soja é dotada de um sistema

radicular com eixo principal e uma grande quantidade de raízes secundárias, sendo

predominantes nos primeiros 15 cm de profundidade. Os frutos são do tipo vagem,

levemente arqueados, pilíferos, medindo de 2 a 7cm, compostos de 1 a 5 sementes.

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As sementes são lisas e ovais, globosas ou elípticas. Podem deter cor amarela,

preta ou verde, sendo o hilo marrom, preto ou cinza.

1.2 O NITROGÊNIO NA CULTURA DA SOJA

De acordo com Crispino et al. (2001), o nitrogênio (N) é o elemento mais

necessário à soja, pois seus grãos possuem elevada quantidade de proteína,

demonstrando uma média de 6,5% de N. Para se alcançar uma produção de 3000

Kg.ha-1 de grãos, é necessária a utilização de 240 Kg de N, sendo destes 195 Kg

carreados da lavoura através dos grãos.

Campos et al. (2001) afirmam que o nitrogênio preponderante à cultura pode

ser disponibilizado na forma mineral, pelos fertilizantes nitrogenados, pela

decomposição de matéria orgânica (M.O.), e pelo processo de fixação biológica de

nitrogênio, que ocorre de forma simbiótica na associação entre planta e as bactérias

Bradyrhizobium japonicum e Bradyrhizobium elkanii.

Campos et al. (2001), expõem que a quantidade de N oriunda da M.O.

existente no solo é pequena, podendo ser finita depois de algum tempo de cultivo.

As condições de temperatura e umidade geralmente encontradas no Brasil

proporcionam rápido avanço do processo de decomposição da matéria orgânica e,

consequentes perdas de N, promovendo assim solos pobres nos teores desse

nutriente, que podem fornecer em torno de 10 a 15 kg de nitrogênio a cada cultura.

Deve-se atentar também para a relação carbono(C)/nitrogênio adequada para

manutenção de microrganismos do solo, uma vez que, a continuidade destes, influi

diretamente na viabilidade e sustentabilidade da produção agrícola.

Os fertilizantes nitrogenados possuem uma forma assimilável mais

rapidamente pelas plantas, entretanto, predispõem de um custo elevado. Além

disso, estes apresentam baixa taxa de aproveitamento, já que, apenas em torno de

50% é utilizado pelas plantas, sendo o restante perdido por lixiviação no perfil do

solo ou em transformações gasosas. Considerando o custo/beneficio da

empregabilidade de adubos nitrogenados, a cultura da soja se tornaria

economicamente inviável. Outro fator preocupante é que o uso intensivo desses

fertilizantes pode gerar poluição ambiental, pela contaminação e acúmulo de formas

nitrogenadas em cursos d`água e reservas subterrâneas, podendo ocorrer em níveis

tóxicos (HUNGRIA et al., 2001).

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Hungria et al. (2001), dizem que o nitrogênio fornecido pela fixação biológica

é acarretado por várias espécies que existem no solo. Apesar do gás nitrogênio (N2)

constituir 80% dos gases atmosféricos, as plantas não conseguem utilizá-lo nessa

forma, devido a uma fortíssima ligação tripla entre os dois átomos de N. As bactérias

que realizam a fixação biológica de N2 detém uma enzima denominada

dinitrogenase, capaz de romper essa ligação e transformar nitrogênio atmosférico

(N2) em amônia (NH3).

1.2.1 Fixação de Nitrogênio na Soja

Segundo Hungria et al. (2001), na soja, Bradyrhizobium japonicum e

Bradyrhizobium elkanii são as espécies de bactérias que formam os nódulos nas

raízes. Para o desenvolvimento dos nódulos, são necessários processos complexos

com várias etapas. Primeiramente, as sementes que estão germinando e as raízes,

exsudam moléculas que quimicamente: atraem os rizóbios, outras instigam o

crescimento das bactérias nas raízes, e outras que promovem a expressão de vários

genes na bactéria, como também na planta. Posteriormente, as bactérias penetram

a raiz e ocasionam o crescimento de células especificas, produzindo os nódulos.

Hungria et al. (2001), afirmam que os nódulos quando apresentam total

atividade, demostram internamente coloração rósea intensa. Essa coloração é

oriunda da ação da leghemoglobina, responsável pelo transporte de oxigênio,

imprescindível às atividades vitais dos microrganismos. Nos nódulos, os íons

hidrogênio (H+), disponíveis em grande quantidade nas células, são incorporados à

amônia (NH3), convertendo-se em íons amônio (NH4+). Estes agora, serão

remanejados para a planta e incorporados sob várias formas de nitrogênio orgânico,

como amidas e aminoácidos.

De acordo com Albrecht et al. (2008), o ideal é que a inoculação das

sementes seja realizada à sombra. As sementes devem ser semeadas no mesmo

dia em que foram inoculadas. E se necessário, após inoculadas, as sementes

precisam ser deixadas ao abrigo do sol e do calor, como também, evitar que estas

permaneçam nos depósitos de semente na semeadora, pois aquecem e causam a

diminuição de bactérias viáveis.

Com cinco a oito dias após a emergência (DAE), pode-se ver a formação

dos primeiros nódulos com tamanho bom a campo. E, dos dez a doze (DAE)

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apresentam-se numa quantidade de quatro a oito. Posteriormente ao estágio inicial,

a nodulação intensifica-se até a fase de formação das vagens.

Conforme Hungria et al. (2001), os nódulos que se desejam, que estejam

presentes nas raízes, são aqueles que expressam tamanho superior ou igual a

2mm, pois possuem maior potencial de fixação de N2. Em condições de campo, uma

planta de soja com nodulação bem desenvolvida deve apresentar, no florescimento,

de 15 a 30 nódulos ou 100 a 200 mg de nódulos secos por planta. Geralmente

observa-se após florescimento, formação secundaria de nódulos, que também

auxiliam na demanda por N. Os nódulos podem manter-se ativos ainda que no

estágio de enchimento de grãos, quando, a partir deste momento, dá-se inicio à

senescência, e os nódulos tendem a apresentar tons verdes ou marrons.

De acordo com Campos et al. (2001), a eficiência de todo processo de

fixação depende de vários fatores como luz solar, umidade, temperatura, fatores

físicos do solo, fatores genéticos e nutricionais da planta, da eficiência das estirpes

em fixar o nitrogênio atmosférico no solo e em formar nódulos.

Albrecht et al. (2008), explicam que cuidados devem ser tomados para que a

eficiência do inoculante seja a melhor possível. Quanto maior for a população de

bactérias na semente maior será a competição entre as estirpes do solo e as

inoculadas, resultando na formação de nódulos pelas bactérias inoculadas, devido

serem mais eficientes no processo de fixação de nitrogênio. Além disso, as bactérias

inoculadas se fixam nas raízes principais fazendo com que sejam mais eficientes

que as existentes nas raízes secundárias. Os fungicidas aplicados na semente

juntamente com o inoculante, podem causar a diminuição das células viáveis,

consequentemente reduzindo a nodulação e fixação de nitrogênio pelas raízes.

Hungria et al. (2001), informam que no quadro atual, mínimas áreas ainda

não receberam inoculação. A população de bradirrizóbio encontrada nos solos,

algumas vezes é alta, podendo alcançar 106 bactérias por grama de solo. Contudo,

apesar do solo conter um número expressivo de microrganismos, essas bactérias

estão limitadas por diversos adventos ambientais e, particularmente, nutricionais.

Prevê-se que em sua magnitude, somente 10% dos microrganismos do solo estejam

ativos. Em se tratando de reinoculação em áreas tradicionalmente cultivadas, já

inoculadas anteriormente, diversos experimentos demonstram que essa técnica

promove incrementos significativos em media de 4,5%. Entretanto, houve casos em

que foram obtidos incrementos de até 23%.

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Assim como já afirmado, Hungria et al. (2001), ponderam ainda que quando

a soja começa a germinar, compostos são liberados pelas sementes, e em seguida

pelas raízes, que atraem as bactérias e incitam sua multiplicação. Os segmentos de

raíz somente são passíveis à formação de nódulos, durante o seu desenvolvimento,

por poucas horas. Deste modo, os bradirrizóbios presentes no solo, só alcançam as

raízes e são capazes de formar nódulos, depois que já ocorreu certo crescimento

das mesmas. No entanto, nas sementes inoculadas, estas trazem consigo milhares

de bactérias que possibilitam a nodulação instantânea, propiciando um farto número

de nódulos na raiz principal. Esses nódulos são primordiais para a implantação da

fixação biológica, e sanar deficiências iniciais de N.

Hungria et al. (2001), corroboram ainda explicando que a reinoculação,

mostra-se favorável, uma vez que, reduz utilização de fertilizantes nitrogenados,

aumenta a produtividade e rentabilidade do produtor, enriquece o solo com os restos

culturais da cultura, que teve grande fixação de nitrogênio, e é insumo de baixo

valor, apresentando ótimo custo/benefício. A empregabilidade da reinoculação no

sistema de plantio direto também se apresenta promissora, uma vez que,

experimentos demonstram elevação no número de bactérias viáveis no solo, na

nodulação, no crescimento das plantas, nas taxas de fixação de nitrogênio e no

rendimento de grãos.

1.3 TRATAMENTO DE SEMENTES

O tratamento de sementes, de acordo com Albrecht et al. (2008),

simplesmente, visa conferir proteção contra patógenos e insetos às sementes e às

plântulas delas originadas. Tal processo proporciona a manutenção da qualidade

sanitária da semente, colaborando para a obtenção de estande inicial almejado,

além de diminuir rigorosamente a dispersão desses organismos prejudiciais.

Albrecht et al. (2008), complementam que o tratamento de sementes

apresenta como benefícios principais fácil utilização, custo reduzido, proteção eficaz,

danos inexpressíveis ao ambiente, animais e aos microrganismos. Contudo, também

pode evidenciar algumas desvantagens, tais como pouca eficiência em situações de

sementes comprovadamente infectadas, e alguns produtos podem ter difícil fixação

e baixa eficácia de uniformização da distribuição do produto em todas as sementes

tratadas.

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Aliado a isso, Albrecht et al. (2008), afirmaram que as sementes constituem

um dos mais eficientes meios de disseminação e transmissão de patógenos e,

constantemente, introduzem novos patógenos em áreas livres de contaminação.

Entre outros fatores, danos mecânicos, geralmente não visíveis, causados durante a

colheita, pós-colheita e o armazenamento, proporcionam o aumento da

suscetibilidade da infecção da semente através das fissuras causadas por estes.

Segundo Albrecht et al. (2008), para as sementes, constantemente, são

utilizados os processos químicos, sendo que a definição da necessidade do

tratamento deverá ser baseada no histórico da área, existência constante de

patógenos e insetos-pragas; qualidade fisiológica da semente, problemas de

secagem, evidencias de fissuras e probabilidade de danificação mecânica; e

condição climática por ocasião da semeadura, principalmente solos frios e úmidos.

De acordo com Goes et al. (2005), a temperatura também influencia na

possibilidade de incidência de fungos, uma vez que, quanto maior for a temperatura

do ambiente, mais tempo levará para que ocorra a germinação, e quanto maior for o

tempo de permanência da semente no solo até a germinação, maior será sua

exposição à fatores redutores de produtividade. No caso da nossa região, essa

exposição é bem menor, já que, o plantio ocorre numa época em que a temperatura

ambiente está em média 27ºC. A germinação lenta predispõe a semente e a plântula

à menor resistência a condições ambientais adversas, bem como ao ataque de

patógenos.

1.4 INFLUÊNCIA DO FUNGICIDA NO TRATAMENTO DE SEMENTES

Bacchi et al. (2004), expressam que os rizóbios apresentam sensibilidade a

fungicidas, herbicidas e nematicidas e, por isso, devem ser empregados com

cuidado. Com a ampliação da cultura da soja, houve também aumento na incidência

de patógenos para todas as áreas de cultivo. Dessa forma, o número de princípios

ativos de fungicidas recomendados, como também de misturas destes, cresceu

proporcionalmente. Como resultado disso, observa-se os efeitos negativos da

toxicidade dos fungicidas, na fixação biológica de N, elevando a mortalidade das

bactérias inoculadas nas sementes, e consequente perda de nodulação e

produtividade dos grãos.

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Segundo Campos et al. (2001), trabalhos mostram que fungicidas à base de

metais pesados, como Zn, Cu e Pb, são minimamente compatíveis com a

inoculação. Os fungicidas orgânicos, embora em menor intensidade que os metais

pesados, também são tóxicos, podendo afetar a sobrevivência das bactérias na

semente ou ainda, se a mesma permanecer viva, perder a capacidade de infectar as

raízes e formar nódulos.

Bacchi et al. (2004), expõem que os fungicidas agem diretamente na

redução da sobrevivência das bactérias nas sementes. Acredita-se que além do

principio ativo e do pH, os solventes utilizados nas formulações estejam entre os

responsáveis pela mortalidade dos microrganismos. A redução da nodulação da soja

pela aplicação de fungicida ocorre pelo contato direto destes com as bactérias. A

presença de fungicidas na rizosfera altera os exsudatos das raízes e, por

consequência, a emissão de sinais químicos, alterando os estágios iniciais da

infecção radicular, diminuindo a nodulação e a fixação.

Zilli et al. (2010-a), complementam ainda afirmando que, estudos recentes

têm mostrado que tratamento com fungicidas imediatamente antes da inoculação

das sementes, como é normalmente recomendado, pode influir na redução da

nodulação superior a 80% e produtividade de grãos acima de 20%, dependendo da

textura do solo, do ingrediente ativo do fungicida e do histórico de cultivo da área.

Sobre essa questão Zilli et al. (2010-b), explicam que a inoculação no sulco

de semeadura vem como uma estratégia oportuna a tornar compatível o processo

de inoculação com o tratamento de sementes com fungicida. Essa forma de

inoculação também é interessante, quando se faz necessário o uso de altas doses

de inoculante, com o intuito de aumentar o número de células viáveis na semente.

Outra informação importante é que, quando a inoculação é feita apenas na

semente, produz nodulação nos primeiros pelos radiculares. A nodulação inicial se

degenera antes da completa formação de grãos, o que acontece em R5, período

crítico de demanda de nitrogênio pela planta. Os nódulos formados posteriormente

nas raízes, em solo com população estabelecida de bactérias, prolongam o período

de fixação biológica de nitrogênio na soja. Eventualmente, em áreas ainda não

inoculadas, a inoculação no solo poderia oferecer essa inoculação de maior

duração. Dessa maneira, quando a inoculação é empregada no sulco, pode

favorecer o estabelecimento de rizóbios no solo e incremento na nodulação (ZILLI,

2010-a).

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2 MATERIAIS E MÉTODOS

O experimento foi implantado a campo, no ano agrícola de 2013/2014, na

Fazenda Águia Dourada, de propriedade do produtor rural Adenir Francisco Picinin.

A área fica localizada no município Sorriso – MT, Rodovia Estadual MT – 140, Km

30, sentido Sorriso – MT ao Distrito de Boa Esperança do Norte, Sorriso – MT.

Segundo IBGE (2014), o clima predominante na região de acordo com a

classificação de Koppen, é o tipo climático AWI – clima tropical úmido, com estação

seca bem definida (inverno/verão). A diferença de temperatura média entre o mês

mais quente (outubro) e o mais frio (junho) em torno de quinze graus. A precipitação

média anual está em torno 2.000mm, sendo que 85% desse total está concentrado

no período de outubro a março. A temperatura média anual é de 30 graus. A

umidade relativa do ar é de 80%, mas nos períodos de junho até o final de agosto a

umidade relativa do ar é de em média 22%.

Na área escolhida para semeadura, de coordenadas 13º19’02”S e

55º14’50”O e solo classificado como Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico, houve

coleta de amostras, análise e correção do solo. O resultado da análise de solo,

fornecido pela empresa Ubersolo Tecnologia Agrícola Ltda, pode ser observado na

Tabela 1 e Tabela 2. A propriedade utiliza sistema de adubação por taxa variável,

onde ocorre a dosagem de acordo com a necessidade de cada ponto, havendo uma

melhor distribuição. A quantidade média de adubo foi de 170 Kg.ha-1 de cloreto de

potássio (KCl) e 200 Kg.ha-1 de fosfato monoamônico (MAP).

Tabela 1 Resultado da análise química de solo

Profundidade (cm)

CTC Ca Mg K P_res pH

cmolc/dm3 mg/dm3

0-20 6,36 1,75 0,55 0,06 13,95 4,75 Fonte: Dados produzidos pelo laboratório Ubersolo Tecnologia Agrícola Ltda.

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Tabela 2 Resultados da análise granulométrica do solo

Profundidade

(cm)

Areia Silte Argila

g/kg

0-20 475,00 13,00 512,00

Fonte: Dados produzidos pelo laboratório Ubersolo Tecnologia Agrícola Ltda.

As sementes utilizadas foram do material convencional Monsoy – 8757.

Caracterizado pelo alto potencial produtivo, resistência a nematóide de cisto (raças 1

e 3) e doenças como Cancro da Haste, Haste Negra e Pústula bacteriana. Possui

hábito de crescimento determinado com ciclo entre 120 e 128 dias. É recomendado

para plantio em áreas com solo de alta fertilidade. Foram empregados em torno de

40 Kg.ha-1 de semente.

O experimento foi conduzido com o delineamento em blocos casualizados

(DBC), pois atende de forma mais satisfatória à heterogeneidade e tamanho da área

para análise estatística. Foram implementados cinco tratamentos e seis repetições,

totalizando 30 parcelas. Os tratamentos foram distribuídos aleatoriamente dentro de

cada bloco. Cada unidade experimental tem 8 metros de largura e 200 metros de

comprimento, compondo uma área experimental de 4,8 hectares, segundo mostra o

Quadro 1.

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Quadro 1 Croqui da área experimental

Fonte: Elaboração própria

Foi avaliado o método de inoculação com bactérias Bradyrhizobium

japonicum estirpes SEMIA 5079 e SEMIA 5080, por veículo líquido, no

dimensionamento de uma dose (100 ml) por hectare para inoculação na semente e

três doses (300ml) por hectare no sulco de plantio. Os dois modos de inoculação

também foram avaliados quando aliados com tratamento com fungicida comercial, à

base de Carboxin (50g de ingrediente ativo – por 100 kg de semente) + Thiram (50g

de ingrediente ativo por 100 kg de semente). A testemunha não recebeu inoculação

e nem tratamento com fungicida.

A semeadura ocorreu com auxílio da semeadora com sistema de sucção a

vácuo, Stara Absoluta, com 32 linhas e espaçamento entre linhas de 0,5 metros. O

implemento de plantio foi acoplado e rebocado por um trator Valtra – S353, com 375

cavalos de potência.

A plantadeira foi seccionada em duas partes e, cada metade (16 linhas),

implantou um tratamento. Dessa forma, a cada passada da plantadeira foram

semeados dois tratamentos simultaneamente.

20

0 m

etr

os

Somente inoculação no sulco

Somente inoculação na semente

Bloco 6

8,0 metros

Testemunha

Tratamento com fungicida na semente + inoculação no sulco

Tratamento com fungicida na semente + inoculação na semente

Bloco 1 Bloco 2 Bloco 3 Bloco 4 Bloco 5

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Quando a inoculação foi realizada na semente, foi feita com a utilização de

máquina automática (Figura 1), de modo que, conforme as sementes passaram pelo

instrumento, estas foram pulverizadas com inoculante. A operação de tratamento

com fungicida procedeu-se da mesma maneira. Tanto na semente, quanto no sulco

de plantio, o tratamento com fungicida foi aplicado antecipadamente à inoculação. A

inoculação foi realizada instantes antes da semeadura.

Figura 1- Máquina de tratamento de semente Grazmec – MTS 60 Elétrica Fonte: Fotografia tomada pelo autor.

Em se tratando de inoculação no sulco de plantio, o inoculante ficou

primeiramente armazenado em tanque térmico, que garantiu maior viabilidade do

produto, protegido de insolação, altas temperaturas e oscilações de umidade

relativa. O equipamento armazenador fica fixado à estrutura da plantadeira e visível

ao operador dentro do trator. Todas as funções da máquina são acionadas por

comandos elétricos dentro da cabine. Do tanque, o inoculante é bombeado

individualmente para cada linha de plantio por mangueiras, onde foi jateado

direcionalmente, entre os discos de corte, no sulco de plantio (Figura 2).

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Figura 2 - Equipamento de inoculação no sulco de semeadura modelo H3M KSP 1200 Fonte: Fotografia tomada pelo autor

O inoculante Nitro Geo Soja Liquído, que foi empregado na realização dos

experimentos, contém em sua formulação adesivos e dispersantes especiais que

conferem maior homogeneidade e fixação na semente. Possui também aditivos que

maximizam a sobrevivência das bactérias em situações de estresse hídrico. Detêm

uma cultura de bactérias de elevada fixação biológica, ofertando padrões de alta

qualidade de indústria de última geração. Esses atributos proporcionam maior

qualidade e quantidade final de indivíduos viáveis no campo.

Foi avaliado aos 35 dias após a emergência da cultura (DAE), o número de

nódulos por planta, bem como também, o tamanho desses nódulos em milímetros,

sendo coletadas aleatoriamente 10 plantas por parcela, em zigue-zague (Figura 3).

As linhas de plantio das extremidades de cada tratamento foram descartadas. As

raízes foram extraídas do solo com emprego de enxada, cavadeira, pá e marreta,

com o intuito de retirar o sistema radicular por completo. Posteriormente, as raízes

coletadas foram analisadas e os dados obtidos registrados em planilha digital.

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Figura 3 – Coleta de raízes aos 35 DAE da cultura Fonte: Fotografia tomada pelo autor

Além do número e tamanho dos nódulos, no momento que a cultura

alcançou o ponto de maturação fisiológica, os tratamentos foram colhidos

manualmente para aferição do peso de 1000 grãos, sendo coletados da mesma

maneira que aos 35 DAE. No entanto para essa variável, houve o acréscimo do

processo de medição da umidade do grão, sendo realizado na unidade

armazenadora da propriedade rural (Figura 4). Para avaliação da umidade mediu-se

em balança 250g de grãos de soja, de cada parcela, que depois foram

acondicionados em equipamento para classificação de grãos, Motomco Standard®.

De posse dessas informações, o teor de umidade encontrado foi descontado do

peso bruto da parcela.

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Figura 4 – Colheita e medida da umidade dos grãos Fonte: Fotografia tomada pelo autor

Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e,

quando os efeitos dos tratamentos foram significativos, procedeu-se a comparação

de médias pelo teste de Tukey a 5% de significância, utilizando-se para os cálculos

o programa estatístico SAS® Learning Edition 2.0, desenvolvido por SAS Institute

Inc. (Statistical Analisys System Institute Incorporation).

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em análise aos dados obtidos, foi observado que tanto para tamanho, quanto

para número de nódulos das raízes, houve diferença significativa entre os

tratamentos a 5% e 1% de probabilidade (Tabela 3).

Tabela 3 Resumo da análise de variância com os quadrados médios de tratamento, blocos, planta, erro, coeficiente de variação (CV%) e médias para as variáveis: tamanho de

nódulos (mm), número de nódulos e peso de mil grãos (g)

Fonte: Dados produzidos pelo programa estatístico SAS®. NS – não significativo pelo teste F a 5%. ** – significativo pelo teste F a 1%.

O tratamento de fungicida na semente mais inoculação no sulco, assim como

o tratamento de inoculação no sulco sem fungicida, foram superiores em suas

médias aos demais tratamentos, em relação ao tamanho de nódulos. Apesar das

médias desses dois tratamentos serem estatisticamente semelhantes, o primeiro foi

o que apresentou resultado mais elevado, e os tratamentos com inoculação

realizada ao sulco, perfizeram as melhores médias. Contudo, não ocorreu diferença

estatística significativa entre os tratamentos, em função da forma de inoculação

utilizada, na semente ou no sulco, nem quanto a presença ou não, de fungicida, para

o tamanho de nódulos (Tabela 4).

FV GL Tam. Nódulos N.º Nódulos Peso 1000 grãos

Tratamento 4 0,37** 248,56** 32,82 NS

Bloco 5 1,75** 32,07** 17,09 NS

Planta 1 0,004 NS 3,38 NS -

Erro 289/289/20 0,1 7,07 20,35

CV - 10,76% 6,38% 3,17%

Média - 2,89 41,7 142,07

Quadrado Médio

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Tabela 4 Comparação de médias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade

para tamanho de nódulos das raízes

Fonte: Dados produzidos pelo programa estatístico SAS®. Nota: As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

A prática do tratamento de semente com fungicida, propiciou uma condição

sanitária de desenvolvimento as sementes e as plântulas mais satisfatória, livre de

patógenos. E, por estar aliado à inoculação no sulco, não ocorrendo contato direto

do principio ativo com os microrganismos, a presença do fungicida não acarretou na

diminuição da população de bactérias viáveis no solo, promovendo um melhor

resultado ao tamanho de nódulos.

Os tratamentos que tiveram a inoculação realizada no sulco, resultaram nas

maiores médias quanto ao tamanho de nódulos, como também, em relação ao

número de nódulos (Tabela 5). O fato do número de bactérias aplicadas em sulco de

semeadura ter sido três vezes superior à quantidade empregada na semente,

promoveu esse resultado. Somado a isso, a área de solo abrangida por bactérias

quando a inoculação é realizada no sulco, também é superior, atingindo um maior

volume de raízes e melhorando a fixação de nitrogênio.

Tratamentos Tam. Nódulos (mm)

Tratamento com fungicida na semente + inoculação no sulco 2,999 A

Somente inoculação no sulco 2,942 AB

Tratamento com fungicida na semente + inoculação na semente 2,893 AB

Somente inoculação na semente 2,857 AB

Testemunha 2,794 B

Diferença Mínima Significativa 0,156

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Tabela 5 Comparação de médias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade

para número de nódulos por planta

Fonte: Dados produzidos pelo programa estatístico SAS®. Nota: As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Analisando o número de nódulos por planta, pode-se observar que apesar

dos resultados dos tratamentos serem semelhantes, quando foi adicionado fungicida

aos tratamentos, independente da forma que foi realizada a inoculação, houve

redução nas médias (Tabela 5). Esse comportamento também foi verificado por Zilli

et al. (2010-a), onde esse efeito negativo do fungicida sobre as bactérias,

aparentemente ocorreu por sua toxidez ao contato direto. Assim, o distanciamento

das bactérias em relação ao fungicida, juntamente com a maior dose de inoculante,

ambos proporcionados pela inoculação no sulco, explicam a melhor desenvoltura

das médias.

Zilli et al. (2010-a) chegaram a conclusão em seu trabalho, que a aplicação

do inoculante no sulco de semeadura mostrou-se uma alternativa viável para a

inoculação da soja quando as sementes forem tratadas com fungicidas. Isso

também pode ser notado na comparação de médias para tamanho de nódulos das

raízes, onde o tratamento com fungicida aliado à inoculação no sulco se destacou

(Tabela 4).

Vieira Neto et al. (2008), também compartilham em seu artigo, resultados

próximos aos encontrados neste trabalho, onde ambas as formas de inoculação

desempenharam superioridade estatística, em relação às testemunhas. Além disso,

esboça como tendo melhor resposta em termos de nodulação, em áreas onde

ocorreu a inoculação no sulco de semeadura, mesmo sendo em áreas com anos de

cultivo de soja.

Tratamentos N.º Nódulos

Somente inoculação no sulco 43,85 A

Tratamento com fungicida na semente + inoculação no sulco 42,92 AB

Somente inoculação na semente 41,93 BC

Tratamento com fungicida na semente + inoculação na semente 41,28 C

Testemunha 38,50 D

Diferença Mínima Significativa 1,333

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Para a variável peso de 1000 grãos, não houve diferença significativa entre os

tratamentos, como pode ser aferido na Tabela 3. As diferenças existentes entre os

tratamentos inicialmente, encontradas em tamanho e número de nódulos por raiz,

foram sendo diluídas por fatores ambientas ao decorrer do tempo. A elevada

quantidade de precipitação pluviométrica durante o período de maturação fisiológica

da cultura e colheita, foi a principal causa desse resultado.

Aliado a isso, de acordo com Zilli et al. (2010-b) os efeitos negativos de

fungicidas no rendimento de grãos nem sempre são visíveis, principalmente em

áreas cultivadas com soja e com elevada população de bactérias nodulantes,

estabelecidas no solo ao longo dos anos de cultivo, com a prática de inoculação.

Entretanto, em áreas novas, nunca antes inoculadas, a percepção da importância

das bactérias fica muito mais evidente, frisa o autor apoiando-se em seus resultados

de pesquisa.

De forma geral, todos os tratamentos alcançaram um número de nódulos

entre 15 e 30, assim como também o tamanho de nódulos adequados, que, de

acordo com EMBRAPA (2009), seriam suficientes para promover o fornecimento de

nitrogênio requerido por uma planta para seu desenvolvimento. Assim, os diferentes

métodos de inoculação, se portaram de forma eficiente, e conseguem garantir a

fixação biológica necessária a cultura da soja.

Nessa prerrogativa, muito embora a percepção de aumento de produção final

não ter ficado explicita, Hungria et al. (2001) informa que a reinoculação em áreas

tradicionalmente cultivadas, em diversos experimentos demonstram que essa

técnica promove incrementos significativos em média de 4,5%.

Assim, Hungria et al. (2001) corroboram ainda explicando que a reinoculação,

mostra-se favorável, uma vez que, mesmo que a longo prazo, reduz utilização de

fertilizantes nitrogenados, eleva o número de bactérias viáveis no solo, a nodulação,

o crescimento das plantas, as taxas de fixação de nitrogênio, a quantidade de

matéria seca produzida e o rendimento de grãos. É um insumo de baixo valor,

apresentando ótimo custo/benefício.

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CONCLUSÃO

Não houve diferença estatística significativa quanto a forma de inoculação,

nem quanto a presença ou não de fungicida, para tamanho de nódulos, embora os

tratamentos com inoculação no sulco de semeadura tenham apresentado as

melhores médias. Além disso, o tratamento com fungicida na semente + inoculação

no sulco foi superior à testemunha.

Para número de nódulos, quando empregado o uso de fungicida no

tratamento de sementes, a inoculação no sulco de semeadura foi significativamente

melhor do que a realizada na semente. E, nos tratamentos sem utilização de

fungicida, a inoculação no sulco também foi superior à inoculação na semente.

Não houve diferença significativa entre os tratamentos para peso de 1000

grãos.

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ANEXOS

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Anexo A – Cultura com 26 DAE

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