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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE AGRONOMIA IMPLANTAÇÃO DA AQUICULTURA COMO OPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO EM SORRISO-MT CLAUDEIR NASCIMENTO BARBOSA SORRISO MT JULHO DE 2013

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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE

CURSO DE AGRONOMIA

IMPLANTAÇÃO DA AQUICULTURA COMO OPÇÃO DE

DESENVOLVIMENTO EM SORRISO-MT

CLAUDEIR NASCIMENTO BARBOSA

SORRISO – MT

JULHO DE 2013

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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE

CURSO DE AGRONOMIA

IMPLANTAÇÃO DA AQUICULTURA COMO OPÇÃO DE

DESENVOLVIMENTO EM SORRISO-MT

CLAUDEIR NASCIMENTO BARBOSA

Trabalho de monografia de conclusão de curso apresentado ao Curso de Graduação em Agronomia da Faculdade Centro Mato-Grossense sob a orientação da professora Valeria Ciriello.

SORRISO – MT

JULHO DE 2013

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BARBOSA, Claudeir Nascimento. R277f Implantação da aquicultura como opção de

desenvolvimento em Sorriso - MT / Claudeir Nascimento Barbosa, Sorriso. – 2013.

Orientadora: Valeria Ciriello.

Trabalho de monografia apresentado ao curso de Graduação em Agronomia da Faculdade Centro-Mato-Grossense – Sorriso, 2013.

1. Tambaqui I. Custo II. Viabilidade III. BARBOSA, Claudeir Nascimento.

CDU633.34

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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE AGRONOMIA

FOLHA DE APROVAÇÃO

IMPLANTAÇÃO DA AQUICULTURA COMO OPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO EM SORRISO-MT

CLAUDEIR NASCIMENTO BARBOSA

Monografia defendida e aprovada em 12 de julho de 2013 pela banca avaliadora:

Profº Me. Darcio Borges Profª Me. Alan Brasil Faculdade Centro Mato-

Grossense Faculdade Centro Mato-Grossense

Orientador Ma. Valeria Ciriello Coordenador Dr. Eder Novaes Moreira Faculdade Centro Mato-

Grossense Faculdade Centro Mato-Grossense

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AGRADECIMENTOS

A Orientadora e Professora Valeria Ciriello, pela orientação e

principalmente pelo incentivo, simpatia e presteza no auxílio às atividades e

discussões sobre o andamento deste trabalho, ingredientes que possibilitaram

a realização desta Monografia.

Ao Professor Caio, por sua ajuda em conhecimento, presteza no auxílio

às atividades e discussões sobre o andamento e normatização desta

monografia e principalmente pela grande pessoa que esta é.

E, finalmente, a DEUS pela oportunidade e pelo privilégio que nos foram

dados em compartilhar tamanha experiência e, ao frequentar este curso,

perceber e atentar para a relevância de temas que não faziam parte, em

profundidade, das nossas vidas.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS............................................................................................i

LISTA DE TABELAS...........................................................................................ii

RESUMO............................................................................................................iii

ABSTRAT..........................................................................................................iiii

1INTRODUÇÃO...................................................................................................1

2 OBJETIVO GERAL..........................................................................................4

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................5

3.1 TIPOS DE PISCICULTURA..........................................................................5

3.2 PRINCIPAIS ESPÉCIES E SUAS CARACTERÍSTICAS..............................6

3.3TEMPERATURA, pH....................................................................................6

3.3.1 Temperatura...............................................................................................6

3.3.2 ph da Água..................................................................................................7

3.4 CARACTERISTICA LOCAL..........................................................................7

3.4.1 Quantidade da Água...................................................................................8

3.4.2 Característica do Solo.................................................................................9

3.4.3 localização da Piscicultura........................................................................10

3.5 CARACTERÍSTICAS DO ALIMENTO........................................................11

3.5.1 Qualidade das Rações..............................................................................11

3.5.2 Qualidade dos Ingredientes......................................................................12

4 MATERIAS E MÉTODOS...............................................................................13

4.1 LOCAL DA PESQUISA...............................................................................13

4.2 ESPÉCIE TAMBAQUI.................................................................................13

4.3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS.......................................................15

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................16

5.1 RESULTADOS ESPERADOS.....................................................................16

5.2 RESULTADOS OBTIDOS...........................................................................16

6 CONCLUSÕES...............................................................................................21

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................22

8 ANEXOS.........................................................................................................26

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01- Gráfico dos Custos mensal no período de 1 ano...........................18

i

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01- Descrição e Estimativa de Custo dos Itens que Compôs o Projeto de

Piscicultura..................................................................................................................16

Quadro 02- Valores finais..............................................................................................18

ii

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RESUMO

BARBOSA, C. N.. Implantação da aquicultura como opção de desenvolvimento em Sorriso - MT 2013. 23 p. Monografia (Interdisciplinar) - Curso de Agronomia, Faculdade Centro Mato-Grossense.

Este trabalho teve como objetivo avaliar a relação custo-benefício da piscicultura em Sorriso-MT. O estudo foi conduzido na fazenda Dalmolin numa área de 35.4 ha de espelho d’água sendo três represas com 0,8 ha de espelho d’água, e duas represas uma com 15 e outra de 18 ha de espelho d’água. No estudo foi utilizada a espécie de peixe Tambaqui (Colossoma macropomum) por ser altamente apreciada por sua carne firme, de excelente sabor, e por sua grande habilidade de ganho de peso, rusticidade e adaptabilidade aos viveiros. Os alevinos ficaram nos tanques menores durante vinte dias, onde receberam alimentação para fase inicial pelitizada de 42% de proteína três vezes ao dia. Em seguida foram transferidos para os tanques maiores, para se desenvolver e ganhar peso onde passaram a receber a ração de postura com 36% de proteína, e para fase final foi utilizada a ração com 28% de proteína onde foram mantidos no tanque por um ano, onde alcançaram o peso para serem comercializados na indústria. Os peixes apresentaram bom desenvolvimento na qualidade de peso provavelmente por possuir condições adequadas para se desenvolver (físico-químicas), até o final do ciclo.

Pode-se observar que o alto custo inicial foi devido à preparação da área onde foram necessárias muitas horas máquinas para preparo da área, sendo um dos principais custos do projeto, seguido do custo dos alevinos e ração. Observou-se também que nos meses seguintes o custo diminuiu, pois não houve gastos com horas máquinas serviços de mão de obra e alevinos, tornando os meses seguintes o custo mais baixo. Concluiu que é viável economicamente a implantação do projeto de aquicultura com a espécie Tambaqui (Colossoma macropomum), em viveiros escavados na região Sorriso - MT, considerando que a vida útil do projeto foi de 1 ano.

Palavras-chave: Piscicultura, custo-benefício, tambaqui, tanque escavado.

iii

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ABSTRAT

BARBOSA, C. N.. Implementation of aquaculture as a development option in

Smile - MT 2013. 23 p. Monograph (Interdisciplinary) - Course of Agronomy,

Faculty Center Mato Grosso.

This study aimed to assess the cost-effectiveness of fish in Sorriso-MT. The study was conducted at the farm Dalmolin an area of 35.4 ha of water surface with three dams with 0.8 ha of water surface, and two dams one with 15 and another 18 ha of water surface. In the study we used the fish species Tambaqui (Colossoma macropomum) to be highly appreciated for its firm flesh, excellent flavor, and his great ability to weight gain, hardiness and adaptability to nurseries. The fry were smaller tanks for twenty days, where they were fed for initial pelitizada 42% protein three times a day. They were then transferred to larger tanks for development and weight gain passed to receive the laying diet of 36% protein and was used for the final stage ration containing 28% protein in the tank where they were kept for one year , which reached the weight to be marketed in the industry. Fish showed good development as weight probably because it has the right conditions to develop (physical and chemical), until the end of the cycle. It can be observed that the initial high cost was due to the preparation of the area where it took many hours to prepare the machinery area, one of the major costs of the project, followed by the cost of fingerlings and feed. It was also observed that in the months following the cost dropped because there was no machinery services spending hours of labor and fry, turning the months following the lowest cost. Concluded that it is economically viable to implement the project with aquaculture species Tambaqui (Colossoma macropomum) in ponds in the region Smile - MT, whereas the lifetime of the project was 1 year.

Keywords: Fish, cost-effective, tambaqui tank excavated.

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1 INTRODUÇÃO

No Brasil, a aquicultura vem se firmando como atividade profissional,

tendo em vista a excelente qualidade dos recursos hídricos, com

disponibilidade de 5,3 milhões de hectares de água doce, em reservatórios

naturais e artificiais, e 8 mil quilômetros de costa, com potencial para serem

aproveitados na produção de organismos aquáticos, além das favoráveis

condições climáticas e do aperfeiçoamento dos sistemas de produção

gerados pelas instituições de pesquisa (INPA) Instituto Nacional de Pesquisas

da Amazônia.

Segundo a (SEAP/PR) 2002, no período de 1992 a 2002, o produto da

aquicultura nacional aumentou 825%, enquanto o da mundial, apenas 142%.

Em 2002, a produção total da aquicultura nacional foi de

aproximadamente 235.640 toneladas, sendo que o produto oriundo da

piscicultura representou 67,1% desse total, ou seja, 158.058 toneladas, de

acordo com dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis – IBAMA (SCORVO FILHO, 2005). É importante ressaltar

a grande responsabilidade da atividade na diminuição da pressão sobre os

estoques naturais, considerando-se que os estoques pesqueiros, tanto de

águas oceânicas, quanto de águas continentais (pesca extrativista), não só

estão reduzidos como tendem a isso com o advento de novas técnicas de

engenharia de pesca e com o comprometimento da qualidade do ambiente

aquático continental, decorrente da construção de elevado número de

reservatórios para geração de energia elétrica, da poluição e do uso irracional

dos recursos hídricos.

Diante da análise apresentada, visando ao desenvolvimento sustentável

da atividade, a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA),

como unidade de pesquisa, considera que algumas ações devem ser

implementadas, tais como: Planejamento e gerenciamento técnico e

administrativo da atividade; Utilização de alevinos de qualidade genética

comprovada, produzidos por laboratório cadastrado; Redução do custo de

produção, por meio da utilização de tecnologias de manejo alimentar e

aproveitamento de matéria-prima disponível na região para a elaboração de

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rações; Monitoramento da qualidade da água, visando ao desenvolvimento

adequado dos peixes e à diminuição da incidência de doenças; Aumento da

lucratividade das criações em viveiro escavado, através do policultivo tilápia e

camarão, o qual deverá ser testado em unidades experimentais; Avaliação do

impacto causado na qualidade da água de reservatórios pela implantação de

criações em tanque-rede, visando ao uso racional do recurso hídrico;

Agregação de valor ao pescado por meio do processamento (filetagem,

produção de polpa, nuggets, hamburgers, dentre outros) e do aproveitamento

de subprodutos no preparo de, por exemplo, pele curtida, farinha de peixe,

silagem.

Alirol (2001), diz que a perspectiva da piscicultura é de estabilização da

área de espelho d’água explorada, no sistema de viveiros escavados e de

aumento do número de produtores e da produtividade no sistema de criação

em tanque-rede, visando ao fornecimento de pescado às indústrias

processadoras. Isso se deve ao reduzido custo da produção, a maior

produtividade/m³ obtida através da criação de peixes em sistemas de tanque-

rede, em relação àquela obtida em viveiros escavados, assim como ao fato de

o pescado produzido ser de excelente qualidade para o consumo.

Enquanto isso, Stranz et al. (2009) enfatizam que a demanda mundial

continua crescer em ritmo acelerado, em decorrência do aumento populacional

e da procura por alimentos com baixos teores de gordura e colesterol. Dado

que as possibilidades reais e concretas de expansão da captura pesqueira

estão praticamente esgotadas, a alternativa natural para o suprimento desse

mercado passa a ser o cultivo de organismos aquáticos, a aquicultura que é

definida como o cultivo de organismos aquáticos para o consumo é uma

atividade relativamente nova, apesar das referências sobre cultivo de peixes na

China acontece há mais de 4.000 anos.

Até o final do século XX, pelo menos 2 bilhões de pessoas foram

afetadas por uma dieta inadequada (fome oculta), e 40 milhões de pessoas por

ano morreram de fome e de doenças a ela relacionada, (PIRES et al. 2002).

Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas, 2010), em breve, a criação

de peixes em cativeiro será responsável por metade de todos os peixes

consumidos no mundo.

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Em 2009 a aquicultura mundial contribuiu com mais de 49 milhões de

toneladas, produção que gerou uma renda superior a US$ 62 bilhões para o

produtor e continua crescendo a uma taxa média anual superior a 10%. O

Brasil é um dos países com grande potencial para expansão da aquicultura,

possui uma das maiores faixas costeiras do mundo com mais de 8.500 km de

extensão e abrange uma área superior a 3.5 milhões de km2 de Zona

Econômica Exclusiva. O Brasil também é o detentor da maior quantidade de

água com potencial para a aquicultura continental no mundo.

Em 2001, a aquicultura nacional produziu, aproximadamente, 210.000

t/ano, incluindo peixes, moluscos e crustáceos, valor extremamente baixo

quando comparado ao real potencial do setor (EMBRAPA, 2007). Dessa

produção, os peixes de água doce, concentrados em carpas, tilápias e bagres,

contribuem com mais de 85% do total cultivado, os restantes 15%

correspondem basicamente a camarões marinhos e mexilhões.

De acordo com IBGE (instituto brasileiro geográfico e estatístico), o

consumo de pescado no Brasil é bastante variado e com grande potencial a ser

desenvolvido: na região Norte, especificamente no Estado do Amazonas, o

consumo per capita é de 54 kg/ano, já no Rio de Janeiro é de 16 kg/ per

capita/ano, enquanto que a média brasileira está ao redor de 6 kg/per

capita/ano, bastante baixa quando comparado aos países europeus e

americanos. Contudo, há uma tendência de aumento do consumo,

principalmente, através de produtos beneficiado e industrializados, como filés e

empanados. De acordo com as previsões feitas em 2001 pelo Departamento

de Pesca e Aquicultura – DPA do Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento, caso sejam mantidas as taxas atuais de crescimento da

aquicultura, superiores a 15% ao ano, é possível que o Brasil em poucos anos,

alcance uma produção superior a 300.000 t/ano (EMBRAPA, 2009).

Veiga (2001), “lembra que a modernização da agricultura

tem indicado que um dos entraves para o desenvolvimento do

setor no Brasil tem sido a insuficiência e a dispersão de esforços

em Pesquisa & Desenvolvimento. De um lado, a falta de uma

coordenação nacional das pesquisas relacionadas à aquicultura

tem levado à dispersão e redundância de esforços que nem

sempre atendem as reais necessidades do setor. De outro, a

partir da falta de um programa nacional de apoio ao

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desenvolvimento da aquicultura, não foi possível nos últimos

anos, suprir a redução de 1 milhão para 700 mil toneladas de

pescado da atividade extrativa, embora colocado como meta

nacional. Como consequência, o Brasil desembolsa anualmente

mais de US$ 350 milhões com a importação de pescado”.

Atualmente é consenso no setor, inclusive da comunidade acadêmica,

que o sistema de Pesquisa e Desenvolvimento, em especial da Embrapa, deva

nos próximos 10 anos, dar prioridade às cadeias produtivas da tilápia, do

camarão marinho e dos moluscos, anteriormente definidas pelo DPA, e

paralelamente, estimular novos projetos de pesquisa em áreas que poderão

compor no futuro, novas cadeias produtivas. Desta forma pode-se mostrar ao

agricultor que é possível crescer, é possível ampliar os horizontes e conseguir

um lugar ao sol, (RODRIGUES, 2009). Entre as demandas específicas

colocadas, também consensual do setor aqüícola nacional, cada vez mais

visível nas discussões relacionadas à sustentabilidade e competitividade dos

sistemas de produção, encontra-se a questão ambiental, pela sua

característica de usuária direta de recursos hídricos captados ou ainda pelo

uso do meio ambiente na produção. Dessa forma, percebe-se que estabelecer

um projeto de desenvolvimento local, municipal ou regional, baseado na

agricultura familiar sustentável é ao mesmo tempo, necessidade e condição de

fortalecimento da economia de um grande número de municípios brasileiros

(XAVIER, 2004).

A rápida expansão da aquicultura em várias partes do mundo, muitas

vezes de forma desordenada e sem a devida regulação social, tem levado a

preocupações quanto aos impactos que essa atividade pode causar ao meio

ambiente, o que pode ser em grande medida aplicado também no caso

brasileiro.

Este trabalho tem como objetivo avaliar a relação custo - beneficio na

implantação da aquicultura no município de Sorriso – MT, como

desenvolvimento de renda e a viabilidade econômica para a família no campo.

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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 TIPOS DE PISCICULTURA

Para Alencar (2007) o cultivo de peixes é constituído por três fases: os

alevinos, a recria e a engorda, sendo que cada uma delas constitui um tipo

especifico de piscicultura. Para que cada fase seja bem conduzida é

necessário que o piscicultor conheça as formas de manejo e os cuidados que

cada uma dessas etapas requer, visando manter as condições adequadas para

o desenvolvimento dos peixes.

A alevinagem é a produção dos alevinos, que são os filhotes dos

peixes os quais, quando atingem o tamanho e o peso ideal, passam por um

treinamento alimentar que os deixará aptos a se alimentar com ração farelada

ou balanceada, isso facilitará o início da recria e a condução da engorda

melhorando o potencial de desenvolvimento dos peixes, onde será

comercializado para outras pisciculturas, que se encarregarão de fazer recria e

a engorda dos mesmos.

Aquicultura e pesca do estado a que pertencem as quais são

responsáveis pela produção dos alevinos de forma eficiente. Nessa fase,

utilizam matrizes selecionadas e de alto potencial genético e reprodutivo

(MARTINS et al., 2001). No caso das tilápias os ovos são retirados diretamente

da boca das matrizes fêmeas, quando elas se encontram no período de

ovulação, e depois são colocados para encubarem artificialmente.

A segunda fase do processo é a recria até se tornarem peixes juvenis,

a recria poderá ser feita de duas formas, de maneira independente, quando a

piscicultura se especializa apenas em recriar os alevinos até se tornarem

peixes juvenis, quando serão comercializados para as pisciculturas de engorda,

ou em conjunto com a terceira fase do processo que é a engorda dos peixes, a

qual consiste em cultivar os peixes juvenis em outros ambientes de cultivo até

atingirem o ponto de comercialização (MARTINS et al., 2001).

Quando se tratar de uma piscicultura responsável por realizar apenas a

fase de engorda dos peixes juvenis, esse serão adquiridos diretamente das

pisciculturas especializadas na recria dos mesmos e, em seguida, transferidos

para a piscicultura de engorda onde serão comercializados para o mercado

consumidor (OSTRENKSY et al., 2000).

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3.2 PRINCIPAIS ESPÉCIES E SUAS CARACTERÍSTICAS

As espécies de peixes mais produzidas para comercialização podem ser

subdivididas em três categorias: peixes tropicais, peixes de clima mais frio ou

temperado e peixes ornamentais (MEROLA, 1988).

Os peixes tropicais são aqueles que apresentam o maior potencial de

desenvolvimento, quando a temperatura da água se encontrar entre 22 e 30°C.

Estes são comercializados para pesque e pague, ou abatidos para servirem de

alimentos para a população em geral, e o que era um modo de vida converteu-

se numa profissão, numa forma de trabalho (ABRAMOVAY, 1992).

3.3 TEMPERATURA, pH.

Independente da espécie de peixe que se pretende produzir é muito

importante que o piscicultor tenha conhecimento das exigências dos peixes e

os principais fatores que influenciam diretamente no seu desenvolvimento.

3.3.1 Temperatura

Os peixes pertencem a uma classe de animais aquáticos classificados

como pecilotérmico isto significa que a temperatura do seu corpo varia em

função da temperatura da água (ALIROL, 2001). Essa relação térmica

influência no consumo de alimentos pelos peixes e, também no seu

metabolismo.

Conforme Kubitza (1999), se por acaso a temperatura da água estiver

longe da ideal o desenvolvimento dos peixes será reduzido, implicando em

maior tempo de cultivo para obter o peso ideal para sua comercialização,

reduzindo os lucros do piscicultor.

Segundo Veiga (2001), as temperaturas ideais para o desenvolvimento

dos peixes mais cultivado no Brasil são: Carpa capim 24 a 27 °C, Dourado 20 a

28 °C, Lambari 19 a 29 °C, Matrinxã 28 a 32 °C, Pacu 25 a 30 °C, Piau 21 a 27

°C, Pintado 22 a 28 °C, Tambaqui 26 a 28 °C, peixes ornamentais 20 a 30°C. A

temperatura da água é um fator que influencia diretamente na quantidade de

alimentos consumidos pelos peixes, ou seja, deve-se acompanhar a

temperatura da água por meio de sua medição, para determinar a quantidade

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de ração que deverá ser fornecida aos peixes. A quantidade de alimento a ser

fornecida esta relacionada com o peso médio e temperatura média da água,

(XAVIER, 2004).

A medição da temperatura da água dos viveiros pode ser feita duas

vezes ao dia, e em duas profundidades, podendo utilizar um termômetro

comum preso a um barbante ou utilizar um termômetro que já faz parte do

oxímetro possibilitando desta forma, a medição da temperatura da água e do

oxigênio ao mesmo tempo (ESTEVES, F. A 1998).

3.3.2 ph da Água

Segundo Ayroza (2008), para se obter melhor desenvolvimento dos

peixes, o ph da água de cultivo deverá estar entre 6,5 e 8,0, quando os valores

de ph são inferiores a 6,5 o crescimento será retardado e, também conforme ph

decresce de 6,5 há um aumento de solubilidade de alumínio (Al) e do ferro

(Fe), que são compostos tóxicos para os peixes, quando o ph e acima de 8,5

os peixes podem ficar mais suscetíveis a doença, sendo necessário toda

semana medir o ph da água em duas profundidades, uma mais próxima ao

fundo e outra próxima da metade da profundidade do viveiro.

Conforme Castagnolli (2005), se o valor encontrado na medição do ph

for abaixo de 6,5 será necessário fazer a renovação de parte da água do

viveiro, e em seguida promover uma calagem aplicando de 1.000 a 1.500

quilos de calcário dolomítico ou calcítico por hectare de área alagada.

3.4 CARACTERÍSTICAS DO LOCAL

Segundo Martins et al. (2001), na maioria dos casos, não será

necessário fazer uma análise bioquímica da água para ser utilizada na

piscicultura, bastando apenas se certificar de que nela não são jogados

agentes contaminantes.

Sendo que a água pode ser contaminada por defensivos agrícolas

aplicados nas lavouras próximas dos tanques, por descarga de dejetos de

instalações de animais e por redes de esgoto das residências, por descargas

de efluentes de agroindústrias, por deposição de lixos nas proximidades dos

mananciais. Esses contaminantes alem de provocar sabor desagradável na

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carne dos peixes, causam intoxicações aos mesmos e também ao homem,

após o consumo do produto (RESENDE et AL., 1985).

Segundo Seprod (1999), os defensivos e os fertilizantes químicos que

são aplicados com frequência nas lavouras poderão alcançar os mananciais de

água, através de infiltração da água de irrigação no solo, até atingir o lençol

freático ou através do escoamento superficial que, geralmente ocorre após as

chuvas mais intensas. Essa água que não infiltrou no solo, arrastará os

resíduos químicos depositados sobre o solo até os mananciais. Já as

contaminações de instalações animais de redes de esgoto das residências, das

descargas de efluentes de agroindústria e depósitos de lixos, ocorrem quando

as mesmas são lançadas nos cursos d’água, sem que tenham sofrido nenhum

tipo de tratamento adequado.

3.4.1 Quantidade da Água

Segundo Benites (2000), no sistema de produção quanto maior for à

densidade de peixes utilizada, maior deverá ser a vazão de água para manter

uma constante renovação da água que fluirá através dos tanques. A

quantidade de água por sua vez deverá ser suficiente para permitir uma

constante renovação de água dentro dos viveiros, reduzindo ao máximo a

competição entre os peixes principalmente por oxigênio.

Segundo Kubitza (2003) depois que os viveiros estiverem cheios

haverá perdas de água por evaporação e por infiltração da mesma. O volume

de água necessário para o abastecimento dos viveiros dever à ser definido

também em função das condições climáticas da região e do tipo de solo onde

eles serão construídos. Para Von Sperling, M. (1997), devemos considerar as

perdas de água nos viveiros por evaporação que ocorrem na forma de vapor,

por causa de fenômenos climáticos (temperatura ambiente, umidade relativa,

incidência da radiação solar e do vento). Portanto a qualidade da água

evaporada dos viveiros dependerá das condições climáticas de cada local, nos

locais quentes de clima seco ocorre maior taxa de evaporação de água

represada requerendo maior vazão de abastecimento dos viveiros. Nas regiões

úmidas, em média ocorre a evaporação de 1.000 l de água por metro quadrado

no ano, de repesa.

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3.4.2 Características do Solo

Segundo Ono, E. A. et al, (2002), uma atenção muito especial precisa

ser dada também, ao tipo de solo do local onde os tanques serão construídos,

pois os solos arenosos exigem maior vazão de água para o abastecimento dos

viveiros, tornando-os neles a perda de água por percolação para as camadas

mais profundas do solo, será maior que em solos argilosos. Por isso

recomenda-se que a piscicultura seja planejada de tal forma que os tanques

sejam dimensionados para serem abastecidos com a vazão existente no final

do período da estiagem. Assim se a vazão for suficiente para atender aos

objetivos propostos, tem a garantia que nos outros meses o abastecimento

necessário também será garantido. De modo geral, vazões de três a dez litros

por segundo são suficiente para abastecer e para manter cheio um viveiro de

dez mil metros quadrados de área alagada.

Pesquisas Instituto. Brasileiro de Mineração IBRAM em 1992,

concluíram que existe uma interação entre a água e o tipo de solo, sendo que a

qualidade do solo irá influênciar diretamente na qualidade da água. Quanto

menor forem as partículas do solo, maior será a capacidade de retenção de

água no mesmo. Os solos arenosos não são adequados para a construção dos

tanques, sendo muito permeáveis e com baixa capacidade de retenção de

água, ou seja, exigirão muito mais vazão de água de abastecimento dos

tanques ou represas. Sendo que tendem a apresentar baixa concentração de

nitrogênio, o que dificulta a fertilização dos viveiros, pois como não encontram

nitrogênio suficiente no solo, às bactérias retiram o nitrogênio disponível da

água reduzindo sua concentração, o que dificulta o desenvolvimento das

microalgas Zimermann (2001).

Para Pires et al. (2002) os solos mais recomendados são os de textura

média e os pesados mais argilosos, para construção dos viveiros ou das

barragens para as represas, onde nesses solos, a permeabilidade é baixa

fazendo com que as perdas de água por percolação, para as camadas mais

profundas sejam bem menores que nos arenosos, resultando na economia da

água.

Além das características físicas e químicas é desejável que a

topografia do local permita a construção de canais de terra com facilidade e

com um mínimo possível de movimentação de terra, por onde a água será

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desviada da fonte de captação e conduzida para os viveiros (STRANZ et al.

2009). Para isso é necessário que exista um pequeno desnível entre a fonte de

água utilizada (curso d’ água ou nascente) e o local onde os tanques serão

construídos, para permitir que o abastecimento de água dos viveiros seja feito

por gravidade, evitando a necessidade de se utilizar bombas e,

consequentemente diminuindo o custo de implantação da piscicultura Xavier

(2009).

3.4.3 Localização da Piscicultura

Conforme Martin, N. B. et al. (1998), para que a piscicultura torne um

negócio economicamente viável, é preciso ainda na fase de planejamento,

avaliar também a sua localização geográfica. Um dos pontos importante é a

proximidade da piscicultura com os fornecedores e consumidores. O local onde

a piscicultura vai ser instalada deverá ser o mais próximo possível dos

principais mercados fornecedores de insumos e consumidores de peixes. Os

custos com transporte é uma parcela que será somada ao custo total de

produção, e quanto menor ela for menor será esse custo possibilitando que o

produto chegue ao consumidor mais barato, aumentando os lucros do produtor.

Outra forma de reduzir os custos segundo Stranz et al. (2009), é

instalar a piscicultura em numa fazenda com uma boa infraestrutura, o local

deverá ser abastecido com rede de energia elétrica, telefone, fax e internet se

possível. O fornecimento de energia elétrica permitira a utilização de

computadores, que auxiliarão na contabilidade da piscicultura, no cálculo da

quantidade de ração a ser comprada e consumida nos viveiros. Já a utilização

de telefones, fax e internet permite que os insumos possam ser comprados

sem a necessidade de deslocamento do piscicultor ou de outro funcionário, até

o estabelecimento de venda para os compradores e os demais negócios.

O estado de conservação das estradas que ligam a propriedade aos

mercados fornecedores de insumos e consumidor de peixes deverá ser bom,

permitindo o transporte sem dificuldades em qualquer época do ano,

principalmente nas ocasiões de chuvas. A piscicultura deve ser implantada em

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região que tenha um mercado consumidor capaz de absorver a produção,

(ZIMERMANN, S. et al 2001).

3.5 CARACTERÍSTICAS DO ALIMENTO

Para que as melhores respostas de custos e benefícios sejam obtidas,

é necessário considerar os aspectos qualitativos e quantitativos da

alimentação. Qualquer desvio da composição ideal modificará sua exigência

quantitativa (CECCARELLI et AL., 2000). A garantia de obtenção de melhores

resultados depende da certeza de que os peixes estão recebendo a fração

correspondente as suas exigências nutricionais (SEBRAE et al., 2006).

Existem dois tipos de alimento, natural e artificial. Os alimentos naturais

são aqueles produzidos no viveiro e que são consumidos pelos peixes, como

por exemplo, as Fitoplancton (Algas), Zooplancton (microrganismos animais), e

matéria orgânica morta.

Os alimentos artificiais são as rações balanceadas para peixes ou

similares, extrusadas, peletizadas, ou em pó e todos os subprodutos

agropecuários locais que o aquicultor possa oferecer aos peixes, a exemplo de

raízes, grãos e farelos, verduras, legumes e frutas.

Segundo Pillay, (2004), sabe-se que a eficiência de aproveitamento da

ração para o máximo crescimento depende principalmente de sua composição

ideal. A certeza de que os peixes estão recebendo a fração correspondente a

sua exigência garante a obtenção de ótima conversão alimentar. Quando a

ração apresenta deficiência em qualquer nutriente essencial para o

crescimento como aminoácido, vitamina ou mineral será necessário maior

quantidade de alimento para satisfazer essa exigência, tendo como

consequência menor eficiência alimentar.

3.5.1 Qualidade das Rações

Os peixes por serem organismos aquáticos, precisam que as rações

sejam processadas para reduzirem as perdas de nutrientes por lixiviação. Em

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uma criação de peixe intensiva, a produção de ração na propriedade rural

torna-se uma prática economicamente difícil, pela dificuldade de aquisição da

matéria prima e de maquinário para o processamento. A indústria no sentido de

proporcionar maior coesão entre as partículas alimentares submete a mistura

ao processo de peletização. Fator que reduz tanto sua possível desintegração

ou sua dissolução, proporcionando melhor eficiência produtiva e nutricional, por

Casaca et al., (1997).

De acordo com Kubitza, (1998), no mercado existem dois tipos de

ração peletizada, a densa que imerge após contato com a água e a extrusada,

que geralmente mantém-se a superfície, mediante umedecimento com água

(peletizada a frio) ou com vapor (peletizada com calor) e mediante pressão

passa pelos orifícios de uma matriz, contribuindo assim para sua estabilidade

na água. Os peletes extrusados são obtidos mediante processo que submete a

mistura a maior umidade e temperatura, além de alta pressão no extrussor.

Praticamente todo amido é gelatinizado e o pelete sai do extrussor

parcialmente expandido, fato que lhe confere estabilidade na água de até 24

horas.

3.5.2 Qualidade dos Ingredientes

Segundo Alencar (2007), a qualidade de um ingrediente depende de

sua composição em aminoácidos, da presença de fatores antinutricionais, de

seu potencial energético, além de seus níveis de vitaminas e minerais. Como

consequência, seu valor ou potencial de utilização como ingrediente em uma

ração está na dependência das respostas que sua presença reflete no

crescimento dos peixes e também no preço final da ração.

A farinha de carne, resíduos dos tecidos de animais é encontrada no

mercado como farinha de carne 50, com níveis de fósforo menores que 4,0%.

Sua contribuição, quando da formulação de uma ração destaca-se por

apresentar níveis altos de Ca e P (totalmente biodegradáveis) e equilíbrio em

aminoácidos essenciais, principalmente nos sulfurados, (LOGATO, P. V. R.

1999).

Segundo Kubitza (2000), a farinha de peixe produto desidratado e

moído, geralmente composta por vísceras, cabeça, pele e etc., de diferentes

espécies e composições químicas e discutíveis resultados de digestibilidade.

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Quando de boa qualidade apresenta níveis de matéria graxa não superior a 3%

e proteicos de 50 a 60%, cuja qualidade depende do processo de secagem

principalmente considerando que a elevação de temperatura pode promover a

degradação de nutrientes, especialmente a da proteína. A adição de ácidos

orgânicos ou inorgânicos até o nível de 0,5% reduz o ph, impedindo o

desenvolvimento de microrganismos (STRANZ et al., 1992). A farinha de

abatedouro avícola, produzida mediante autoclavagem, secagem e moagem de

sangue, vísceras, pés, cabeças, penas etc., apresenta-se abundante nas

regiões sudeste e sul do país.

Outro derivado da industrialização avícola é a farinha de penas,

produzida mediante sob pressão e vapor indiretos, que melhora sua

digestibilidade em até 75% apresenta teor proteico de 84%, mas por ser rica

em queratina, resulta em menor digestibilidade Veiga (2001).

De acordo com Castagnolli (1979), para espécies de peixes tropicais,

as farinhas elaboradas a base de resíduo resultante da extração de óleo das

sementes de oleaginosas como a soja, girassol, algodão, colza (canola), coco

etc., podem ser empregadas como fontes proteicas sucedâneas. Segundo

Tristão (2010), também apresenta, menor digestibilidade e são deficientes em

metionina e lisina, e com alguns fatores antinutricionais. Entretanto apresenta

como opção mais econômica para a confecção de rações. Para Rodrigues

(2002) esses ingredientes disponíveis em quantidade e qualidade em nosso

país têm sido empregados em rações para peixes, substituindo a farinha de

peixe ou outras fontes proteicas de origem animal, com resultados

considerados excelentes.

O farelo de soja, subproduto resultante da extração de óleo do grão de

soja, é o mais estudado como fonte proteica vegetal para peixes. Apresenta

razoável balanço de aminoácidos essenciais, podendo substituir em até 50% a

farinha de peixe, por seu alto teor de lisina, em relação aos demais, pelos bons

níveis de vitaminas do complexo B e minerais (Ca e P), sendo

indiscutivelmente a mais importante fonte proteica para espécies tropicais,

(BOMFIM et al., 2005).

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4 MATERIAS E MÉTODOS

4.1 LOCAL DA PESQUISA

O presente trabalho foi conduzido na fazenda Dalmolin situada na

estrada moroco sentido Lucas do Rio Verde no município de Sorriso, em

tanque escavado com uma área de 35.4 hectares de represa.

4.2 ESPÉCIE TAMBAQUI

Será utilizada a espécie nativa do Brasil, o tambaqui (Colossoma

macropomum), na Região Norte, é a espécie mais explorada comercialmente

(VAL et al., 2000), caracídeo nativo da bacia amazônica habitante dos rios do

Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia (TAPHORN,1992). Na natureza há

registros de que ele atinge peso aproximado de 30 kg, sendo considerado um

dos maiores peixes de escamas da bacia amazônica, superado em tamanho

somente pelo Pirarucu (Arapaima gigas) (KUBITZA, 2004). O Tambaqui

apresenta grande facilidade de obtenção de juvenis, bom potencial de

crescimento e alta produtividade, bem como a aceitação pela população

humana, destacando-se como uma das espécies de peixes mais importantes

para a economia regional (ARAÚJOLIMA; GOULDING, 1998), que apresenta

grande potencial para a piscicultura. Inclusive, já existe o hábito de pescá-los

nos locais de origem, onde são consumidos em larga escala.

Além disso, as técnicas para sua criação são mais conhecidas que as

das demais espécies nativas. São altamente apreciados por sua carne firme,

de excelente sabor, e por sua grande habilidade de ganho de peso, rusticidade

e adaptabilidade aos viveiros. São espécies de desova total, com migração

reprodutiva ocorrendo no período em que as águas dos rios apresentam maior

volume, ou seja, na época das chuvas. Possuem elevada prolificidade, e em

cativeiro, só se reproduzem por indução hormonal Valduga (2002).

Em condições naturais eles são onívoros, alimentando-se de frutos,

sementes e outros vegetais. Em cativeiro, aceitam muito bem as rações

balanceadas e podem ser fisgados com minhocas, massa ou iscas artificiais.

O pacu pode ultrapassar 1,1 kg em um ano e resiste bem a

temperaturas até cerca de 15ºC. Já o tambaqui pode alcançar até 1,4 kg em

um ano e não se desenvolve bem em temperaturas inferiores a 20ºC. Além

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desses, seus híbridos, ou seja, o cruzamento da fêmea do tambaqui com o

macho do pacu produz o tambacu, peixe menos sensível ao clima do que o

tambaqui, podendo se adaptar a temperaturas abaixo de 20ºC.

Além das condições climáticas necessárias ao bom desenvolvimento

dessas espécies, é muito importante conhecer suas exigências nutricionais e

as características que a água deve apresentar. As exigências nutricionais, por

sua vez, variam de acordo com a espécie, fase de desenvolvimento e sistema

de criação. Quanto às características da água, o pH e a concentração de

oxigênio dissolvido são dois fatores essenciais.

4.3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

Foi realizado na fazenda Dalmolin, no mês de Novembro de 2011,

numa área de 35.4 ha de espelho d’água de represa, com elaboração de

projeto dentro das normas do órgão responsável do meio ambiente. A represa

foi esgotada e usada uma retro escavadeira para limpeza, e para ajustar o

tamanho dos 3 tanques para 0,8 ha com 0,5 a 4 metros de profundidade e 1

represa de 15 e outra 18 ha de espelho d’água, para um total de 210 mil

alevinos.

Em seguida, iniciou o aterro e o ladrão com suporte das madeiras para

dar mais resistências contra desmoronamento e colocados os tubos e as

grades para saída da água nos três tanques menores e após se prosseguiu

para os dois maiores, com uma contenção de grade na boca dos tubos para

evitar a saída dos peixes.

Em todas as barragens dos tanques foram plantadas grama para

prevenção contra erosão das enxurradas e realizado a limpeza do tanque

catando restos de madeiras e raiz. Depois de realizado as adequações

necessárias foi jogado cal virgem manualmente no tanque para regular ph, e

sulfato de cobre para matar os microrganismos, fungos e bactérias indesejáveis

que poderiam vir a prejudicar o desenvolvimento dos alevinos. Dando inicio

assim a transferência dos alevinos para os três tanques escavados de 0,8 ha.

A alimentação foi realizada três vezes ao dia, manualmente,

trabalhando com a ração presence inicial com 42% de proteína por 60 dias, em

Page 26: FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE …...desenvolver (físico-químicas), até o final do ciclo. Pode-se observar que o alto custo inicial foi devido à preparação da área

seguida utilizou a de postura com 36% proteína durante 7 meses, e por fim a

final com 28% de proteína ate a despesca. Foi coletada semanalmente amostra

da água para verificar níveis ideais do ph, e a qualidade da água do ambiente

para cultivo dos peixes. A cada 30 dias realizou um acompanhamento de

pesagem dos peixes para observar como estava seu desenvolvimento e ganho

de peso, e se porventura havia alguma doença, e também, se havia a

necessidade de modificar a estrutura e sua alimentação.

Em seguida, foram coletados todos os dados de despesas com horas

maquinas mão de obra, materiais, insumos onde foi feito um balanço do custo

para o aquicultor.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 RESULTADOS ESPERADOS

Este estudo também poderá contribuir de forma efetiva para

incrementar a fonte de renda e melhoria na qualidade de vida familiar, inserindo

a aquicultura nos sistemas de produção viável da região.

De forma mais específica os resultados esperados podem ser

visualizados da seguinte forma, adequação do sistema existente, utilizar

práticas de manejo para elevar a produtividade; aumento da área de cultivo;

aumento da produção nos sistemas de cultivo de peixes; geração de emprego.

5.2 RESULTADOS OBTIDOS

Após os 120 dias de monitoramento os juvenis de Tambaqui (C.

macropomum) apresentaram aumento nas medidas de peso e comprimento.

O custo estimado para a implantação do projeto de piscicultura em 35.4

hectares de espelho d’água na fazenda Dalmolin, foi equivalente a R$

232.248,81, conforme demonstra a (Quadro 1) a baixo.

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Quadro 1 - Descrição e Estimativa de Custo dos Itens que Compôs o Projeto

de Piscicultura.

De acordo com Scorvo Filho; Martin; Ayroza (1998), os investimentos

fixos para implantação de três hectares de piscicultura no Estado de São

Paulo, na safra 1996/97, correspondiam a R$25.982,70 por hectare. Podemos

observar, portanto, que o custo no presente trabalho foi de R$ 19.682.10 em

três hectares, sendo R$6.560,70 por há, menor que ao comparado por Scorvo

Filho; Martin; Ayroza (1998), no estado de São Paulo.

Esse fato deve-se, provavelmente, às condições de solo da região

analisada, o que interfere diretamente no sistema de construção e preparo dos

viveiros e custo de implantação do projeto aquícola (quantidade de horas-

máquina e horas-homem) e dos materiais necessários.

O tempo da análise para deferir o licenciamento para construção e

instalação da piscicultura nos órgãos competentes varia de 6 a 8 meses.

Observou-se que o alto custo inicial foi devido à preparação da área

onde necessitou de muitas horas máquinas um dos principais custos, seguindo

dos alevinos e ração, posteriormente segue outros materiais de uso que foram

necessários para desenvolver o projeto, para deixar o tanque adequado para

Item

Descrição R$

Projeto Elaboração do projeto e

levantamento da área 4.800,00

Equipamentos Oxímetro, balança pesagem, duas

redes, seis baldes e outros.

153.154,54

Construção e preparo dos

viveiros

Marcação, escavação, nivelamento do piso, impermeabilização, construção dos diques, do sistema de abastecimento, esvaziamento ou drenagem e de renovação de água, serviços gerais e outros.

74.294,27

Total (R$)

232.248,81

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instalação. Observando, portanto que foi numa área de 35.4 há de tanque e

comparando o custo final por há se da a um valor baixo de investimento para o

aquicultor.

Para que a atividade piscicola seja lucrativa, é necessário forte

investimento em tecnologia, como forma de melhorar o desempenho produtivo,

e muitos piscicultores não possuem condições em aplicações altíssimas, pois

não possuem capital o suficiente para esse investimento (OLIVEIRA, 2009).

Podemos ver também que após o sexto mês o custo caiu, pois não

houve mais com horas maquinas serviços de mão de obra e alevinos, tornando

o custo mais baixo sendo gasto somente com manutenção e ração como se

observar no gráfico 1 abaixo.

GRÁFICO 1. Gráfico dos custos mensal do período 1 ano.

Vera-Calderón e Ferreira (2004), “estudando economia de

escala na piscicultura em tanques-rede, no estado de São Paulo,

constataram que uma das formas de se determinar a viabilidade

econômica de um sistema de produção no curto prazo, ao longo de

um ciclo é a partir do estudo do desempenho de sua produção e dos

insumos utilizados, ou seja, por meio da análise de custos e receitas

geradas no sistema produtivo”.

0,00

10.000,00

20.000,00

30.000,00

40.000,00

50.000,00

60.000,00

nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12

total

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QUADRO 2. Valores finais.

No mês de novembro os peixes foram vendidos, numa média de 2,8

kg, pois já tinha peso suficiente para ser comercializado sendo este o peso

ideal para o consumo final. Obteve-se 529,200 toneladas de peixe vivo, que foi

comercializado para o frigorifico de pescados da região pelo preço de R$ 3,20

o kg vivo, obtendo valor total de R$ 1, 693,440. 00 na venda. Analisando a

relação custo-benefício é um valor extremamente significativo considerando o

custo da implantação pelo período de retorno em um ano, conforme quadro 2

abaixo.

Fica claro a viabilidade econômica do projeto de piscicultura, podendo

o empresário levar adiante esse negócio, pois o mesmo gerará lucros para

si aumentando com isso o seu capital investido, maximizando, com essa

cultura, a renda de sua propriedade e aproveitando áreas não

aproveitadas antes.

Visto que, a aquicultura é cultivada em espaços pequenos e áreas

úmidas não aproveitadas para outros fins, favorecido pela região que oferece

condições de água, assistência e comercialização para o produto, um mercado

que tem forte tendência de crescimento, comparando o custo do investimento

por há relativamente baixo.

Além dos fatores econômicos deve-se levar em consideração a

qualidade da água e dos alimentos ofertados como, adequar à estratégia de

manejo para obter altas produtividades por unidade de área e,

consequentemente, de receita líquida com melhores taxas de conversão

alimentar e menor potencial poluente. O aumento na produtividade requer a

utilização de rações bem balanceadas, pois, o alimento natural não é capaz de

atender as exigências dos peixes, principalmente quando criados em taques no

qual a elevada biomassa por área e as deficiências ou desbalanços de

Total venda R$ 1, 693,440. 00

Total investimento

R$ 232,248. 81

Valor liquido R$ 1, 461,191. 19

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nutrientes podem acarretar perdas de produtividade e, consequentemente,

menor retorno econômico (FURUYA et al., 2001).

A assistência técnica constitui um indicador importante de qualidade de

produção, pois revela a importância dada pelo piscicultor a sua produção,

sendo que a não adoção de boas práticas de manejo pelo piscicultor inviabiliza

a comercialização e agregação de valor ao seu produto.

O pH manteve-se próximo de 7 ao longo do estudo, podendo ser aceito

como adequado ao cultivo de peixes.

Além da produção do Tambaqui, existe ainda a possibilidade para a

produção de outras espécies como, a tilápia e as carpas, mesmo tendo uma

procura menor do que a espécie de peixe analisada pode ser uma alternativa

de produção aos piscicultores, uma forma de aumentar sua renda. Lembrando

que é de uso comum nas propriedades de produção familiar os piscicultores

não terem somente esta atividade como fonte de renda, os mesmos têm

lavouras temporárias, avicultura e outras.

Lembrando que a vida útil dos tanques implantado é de 10 anos,

necessitando somente de manutenção durante e após o vencimento desse

prazo.

É importante salientar que os procedimentos e os cálculos realizados

neste projeto não são definitivos e que os dados, informações, valores e

situações criados se aplicam à região estudada. Os conceitos, cálculos e o

processo de desenvolvimento da análise financeira devem ser adaptados às

necessidades de cada situação específica. Aqueles que buscarem a atividade

devem superar alguns pontos fracos como: amadorismo falta de espírito

associativista, redução de custos, ausência de incentivo governamental,

burocracia para legalização junto aos órgãos responsáveis para legalização

ambiental e outorga do direito de uso da água e assim obterem resultados

favoráveis à implantação da piscicultura em suas propriedades.

O mercado da piscicultura vem em grande crescimento e mostrando

um caminho bem rentável para o produtor. Apesar das riquezas naturais, a

piscicultura não é explorada no município de Sorriso, visto que isso poderia

maximizar a renda e melhorar as condições de vida da comunidade rural.

Sendo possível a partir das condições climáticas favoráveis a este tipo de

negócio, que o município de Sorriso apresenta.

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6 CONCLUSÕES

Concluiu-se que é viável economicamente a implantação do projeto de

aquicultura com a espécie Tambaqui Colossoma macropomum em viveiros

escavados na região Sorriso - MT, considerando que a vida útil do projeto foi

de 1 ano. Porém, como a maioria das propriedades da região médio norte, é

utilizada para plantio de grandes culturas como Soja, Milho e Algodão que

movimenta a economia do país, poderá ocorrer desestímulo na instalação de

novos projetos de aquicultura, e também devido ao elevado investimento inicial

e o tempo retorno do capital.

A região de Sorriso além da fábrica de rações conta ainda com um

frigorífico de pescados que é um importante ponto positivo para o piscicultor

vender a sua produção, e, além disso, conta também com um mercado local de

produtos agropecuários, máquinas agrícolas e ferramentas, resultado do

próprio desenvolvimento da agricultura em toda a região, o que permite que o

produtor não encontre grandes dificuldades em adquirir a infraestrutura básica

para a produção do peixe cultivado.

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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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11 ANEXOS

TABELA 01. Mês 11/2011

Plano de Contas do Mês Novembro de 2011.

Data Compra Fornecedor Valor Pago Aplicação

01/12/2011 Tormaq 900,00 Tampas Monges

01/12/2011 Parana Materias 998,99 Acabamentos

02/12/2011 Cerenger 620,00 Abastecimento Tanques

03/12/2011 Mercado Del Moro 194,52 Almoço

07/12/2011 Metalurgica Rio Verde 270,00 Tela 10 metros

07/12/2011 Agroclin Aquarius 18,00 Tela Plastica

08/12/2011 Só Tubos 224,00 Cano 300 mm e Cap.

09/12/2011 Pedreiro Mujica 200,00 Gratificação

12/12/2011 Madereira Zibetti 504,00 Madeira Caixaria Monges

12/12/2011 Diaristas Cata Raiz 200,00 Catas Raiz Lago 01

13/12/2011 Maria de Fatima Golveia 347,00 13 Dias Cozinheira

14/12/2011 Gaspar Imobiliaria 41.810,00 Hora de Maquina

19/12/2011 Madereira Laranja 35,00 Tabua para Bocas de lobos

19/12/2011 Aurelio 991,50 Gratificação Horas Retro

20/12/2011 Mercado Rovaris 642,44 Compra Comida P/ Fazenda

28/12/2011 Guarapari Material para Const 55,52 Tubo PVC 100 mm

29/12/2011 Parana Materias 57,80 Pá

09/01/2012 Diesel 1.657,76 Pagamento de 797 Litros

Total 49.726,53

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TABELA 02. Mês 12/2011

TABELA 03. Mês 01/2012

Plano de Contas Piscicultura do Mês de Janeiro 2012 Data

Compra Fornecedor Valor Pago Aplicação

02/01/12 Grupo Gaspas Dellicius R$ 44.000,00 210.000 Alevinos Tambaqui

02/01/12 Waldemar de Assis R$ 660,00 Frete Calcario

02/01/12 Copacel Calcarios R$ 742,56 26,52 Ton. De Calcario Moroco

05/01/12 David Miranda R$ 140,00 Pagamento 2 Diarista Calcario Moroco

11/01/12 Imposto Erador R$ 2.644,63 Imposto Erador

17/01/12 Evialis Zoofort Suplementação R$ 4.559,96 Pagamento de 116 Sacos Ração R$ 39,31sc

23/01/12 Samar Agricola R$ 200,00 Carriola Tratar Peixe

23/01/12 Madeireira Palotina R$ 45,00 Tabua e Ripa Prateleira Telas

23/01/12 Nutriverde R$ 170,00 Sulfato de Cobre

23/01/12 Paraná Materiais R$ 31,00 Cal Pintura, Broxa

Total 53.193,15

Plano de Contas do Mês Dezembro de 2011. Data

Compra Fornecedor Valor Pago Aplicação

10/11/2011 Vanzella- Compensados 570,00 Recria 01

21/10/2011 Centro de Produções Livro/DVD 690,85 Humano

12/11/2011 Paraná Materiais 1.730,00 Recria 01

14/11/2011 Cerenge Tubos Concreto 2.400,00 Recria 01/02/03

14/11/2011 TRR- Lubridiesel 10.400,00 Recria 01/02/03

17/11/2011 Madereira Palotina 97,00 Recria 01

17/11/2011 Paraná Materiais 1.027,29 Recria 01

17/11/2011 Paraná Materiais 104,54 Recria 01

22/11/2011 Vanzella- Compensados 224,00 Recria 01

24/11/2011 Paraná Materiais 418,00 Recria 01/02/03

25/11/2011 Vanzella- Compensados 280,00 Recria 01

25/11/2011 Madereira Palotina 190,00 Recria 01

29/11/2011 Paraná Materiais 200,00 Recria 03

30/11/2011 Paraná Materiais 418,00 Recria 03

Total 18.749,68

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TABELA 04. Mês 02/2012

Plano de Contas Piscicultura do Mês de Fevereiro 2012 Data

Compra Fornecedor Valor Pago Aplicação

04/02/12 Ferragens Indamar R$ 278,02 Ferramentas Morocó

09/02/12 Zé Lino R$ 10.500,00 101.000 Alevinos Tambq.

10/02/12 E Defante ME R$ 5.900,00 RETRO

10/02/12 E Defante ME R$ 1.600,00 RETRO

13/02/12 Ferro Velho Casa Grande R$ 70,00 Um Tambor Plastico P/ Ração

14/02/12 Comagran R$ 28,00 Mangueira

14/02/12 CB Agricola Lucas R$ 113,00 Corda p/ Erador e Abraçadeira Gerador

15/02/12 Aguapé Piscina R$ 32,00 Medidor PH Agua

15/02/12 Africano Caça e Pesca R$ 30,00 Passagua

16/02/12 Estofados Dalinha R$ 120,00 Telas para Saida de Agua

16/02/12 Oxinorte R$ 254,00 Fluxometro e Coneção Y

20/02/12 Só Tubos R$ 298,48 Pagamento de Tubo 300mm e Curva 200 mm

25/02/12 Pirapó Comercio e Repres. LTDA R$ 108,00 Cal Virgem Itaipu 20kg - Emal

29/02/12 Nutriverde Fertilizantes R$ 510,00 Sulfato de Cobre.

Total 19.841,50

TABELA 05. Mês 03/2012

Plano de Contas Piscicultura do Mês de Março 2012 Data

Compra Fornecedor Valor Pago Aplicação

05/03/12 Indamar - Mazzardo & Polesello R$ 53,99

Aquisição de Mangueira e Chave Combinada

05/03/12 Eletro Center R$ 1.390,80 Aquisição de Materiais Elétricos

05/03/12 Só Tubos R$ 53,00 Pagamento de PVC Tubozan Esgoto 200mm MT

05/03/12 Eduardo Trevejo Marchiore R$ 2.500,00 Pagamento de Salário Eduardo T. Marchiore

05/03/12 Eviales R$ 22.927,07 Aquisição de Ração para Peixe

13/03/12 Jose M F Arruda R$ 7.450,00 02 Caixa para Transporte de Peixes

14/03/12 Engepesca LTDA R$ 3.333,00 Aquisição de Rede Arrasto Malha

14/03/12 Engepesca LTDA R$ 3.333,00 Aquisição de Rede Arrasto Malha

Total R$ 41.040,86

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TABELA 06. Mês 04/2012

TABELA 07. Mês 05/2012

Plano de Contas Piscicultura do Mês de Maio 2012 Data

Compra Fornecedor Valor Pago Aplicação

04/05/12 Eduardo Trevejo Marchiore R$ 2.500,00 Salário Eduardo T.Marchiore

07/05/12 ICMS - Diferencial de Alíquota R$ 150,63 Dif. Sobre Alíq. NF.372

07/05/12 Guia - Inscrição Estadual R$ 50,00 Guia Inscrição Estadual

21/05/12 Embali Embalagens R$ 13,80 Aquisição de Sacos Plasticos

21/05/12 Agro Boi R$ 47,03 Aquisição de Terramicina

21/05/12 Oxigênio Nortão LTDA R$ 160,00 Compra de Gas Oxigênio

Total R$ 2.921,46 -

TABELA 08. Mês 06/2012

Plano de Contas Piscicultura do Mês de Abril 2012

Data Compra Fornecedor Valor Pago Aplicação

04/04/12 Eduardo Trevejo Marchiore R$ 2.500,00 Salário Eduardo T.Marchiore

05/04/12 Evialis R$ 23.132,31 Aquisição de Ração para Peixe 580 um.

Total R$ 25.632,31

Plano de Contas Piscicultura do Mês de Junho 2012

Data Compra Fornecedor Valor Pago Aplicação

04/06/12 Eduardo T. Marchiore R$ 2.500,00 Salário Eduardo - Maio/2012

15/06/12 Comercial Paulista Com. Varej. R$ 230,00 Aquisição de Caixa Água Fibra

11/06/12 Ferragens Indamar R$ 1.800,00 Aquisição de Moto Bomba

11/06/12 Ferragens Indamar R$ 21,83 Aquisição de Conexões

11/06/12 Só Tubos R$ 640,25 Material Caixa de Água, Registro.

Total R$ 5.192,08

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TABELA 09. Mês 07/2012

TABELA 10. Mês 08/2012

TABELA 11. Mês 09/2012

TABELA 12. Mês 10/2012

Plano de Contas Piscicultura do Mês de Julho 2012

Data Compra Fornecedor Valor Pago Aplicação

05/07/12 Eduardo T. Marchiore R$ 2.500,00 Salário Eduardo T. Marchiore

23/07/12 Nutriverde Fertilizantes R$ 510,00 03sc Sulfato de Cobre

25/07/12 West Dive Company R$ 445,00 Roupa e Sapato Mergulho

27/07/12 Transcamelo Gilberto Luiz R$ 1.887,00 Frete Calcario Moroco

Total R$ 5.342,00

Plano de Contas Piscicultura do Mês de Agosto 2012

Data Compra Fornecedor Valor Pago Aplicação

05/08/12 Eduardo T. Marchiore R$ 2.500,00 Salário Eduardo T. Marchiore

Total R$ 2.500,00

Plano de Contas Piscicultura do Mês de Setembro 2012

Data Compra Fornecedor Valor Pago Aplicação

05/09/12 Eduardo T. Marchiore R$ 2.500,00 Salário Eduardo T. Marchiore

17/09/12 Auto Peças União R$ 24,20 Oleo Motor 2 Litros

Total R$ 2.524,20

Plano de Contas Piscicultura do Mês de Outubro 2012

Data Compra Fornecedor Valor Pago Aplicação

05/10/12 Eduardo T. Marchiore R$ 2.500,00 Salário Eduardo T. Marchiore

19/10/12 Só Tubos R$ 785,04 Tubo e Registro CX Moroco

Total R$ 3.285,04

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TABELA 13. Mês 11/2012

Plano de Contas Piscicultura do Mês de Novembro 2012

Data Compra Fornecedor Valor Pago Aplicação

05/11/12 Eduardo T. Marchiore R$ 2.500,00 Salário Eduardo T. Marchiore

Total R$ 2.500,00