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Cesar S. Machado

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Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 2

REDES - Copright by COMUNICAÇÃO DIGITAL LTDA - 1996 - Todos os direitosreservados.

A reprodução parcial ou integral desta apostila por quaisquer meios éexpressamente proibida salvo com autorização por escrito emitida pelaCOMUNICAÇÃO DIGITAL. Os infratores estão sujeitos as penalidades previstas emlei.

Elaboração: Cesar de Souza Machado

Atualização desta Edição: 20/11/99 - Versão 19

COMUNICAÇÃO DIGITAL LTDA: SETOR COMERCIAL NORTE, QUADRA 01, EDQUADRA 01, CENTRAL PARK SL 507, BRASÍLIA - DF CEP 70710-500

TEL: 55 (061) 328-0517 FAX: 55 (061) 326-1110EMAIL: [email protected]

Programa do Curso&

Índice

BREVE HISTÓRICO PAG. 02CONCEITOS BÁSICOS DE REDES PAG. 03CABEAMENTO PAG. 09PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO PAG. 15INTERNET E INTRANET PAG. 20HARDWARE PARA REDES LOCAIS PAG. 23SISTEMAS OPERACIONAIS PAG. 31WINDOWS 95 PAG. 33WINDOWS NT PAG. 37

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1. Breve HistóricoA história das redes locais pode ser dividida em três fases.

REDES EXPERIMENTAIS (1969 a 1981)

Surgimento das primeiras redes, tal como a ARPANet nos EUA. Primeiras experiênciascom redes locais na Universidade do Hawai. Surgimento do protocolo Ethernet. Lançamentodos primeiros microcomputadores comerciais em 1977. Lançamento da arquitetura deredes SNA da IBM e OSI da ISO.

REDES PROPRIETÁRIAS (1982 a 1995)

Surgimento dos primeiros microcomputadore mais poderosos, de 16 bits, tais como o IMB-PC e o Apple Macintosh. Início das vendas de placas de rede Ethernet. Surgimento dasprimeiras redes locais para microcomputadores empregando arquitetura proprietárias eoperando a velocidades em torno de 10 Mbps. Dezenas de empresas, inclusive no Brasil,desenvolvem produtos para redes. Surgimento e crescimento da Novell. Surgempadronizações para sistemas de cabeamento aceitas internacionalmente.

REDES DA INTERNET (1995 até Hoje)

Surgimento das primeiras redes de 100 Mbps empregando protocolos FDDI e ATM. AMicrosoft lança o Windows NT que passa a disputar o mercado com o Netware.Paralelamente, o Windows For Workgroups elimina do mercado os fabricantes de pequenasredes. A Internet ganha uma interface gráfica padrão denominada WWW, através da qualmilhões de pessoas leigas passaram a acessar a agora denominada grande rede, quepassa a crescer de forma explosiva. Surgem as Intranets. Disseminação das redes de altavelocidade com 100 Mbps ou mais, lançamento de produtos Ethernet Gigabit comvelocidade superior a 1. O TCP/IP é aceito como protocolo universal. Internet e Intranetspassam a ser uma das principais vertentes do mercado de redes. Estimativas apontam ovolume de Ecomerce no ano 2000 em pelo menos 200 Bilhões de dólares.

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2. Conceitos Básicos de RedesDEFINIÇÃO: O QUE É UMA REDE ?

Rede De Computadores pode ser definido como um conjunto de dois ou maiscomputadores interligados por meio de um canal de comunicação sustentado por hardwaree software específicos. A rede pode ser local (LAN) ou de longa distância (WAN).

COMPONENTES BÁSICOS DE UMA LAN:

As redes são compostas por onze elementos básicos:

3 34

5

66

8

9

102

1

11

7

1 - ESTAÇÕES: Qualquer microcomputador que seja ligado a rede. As estações derede também recebem as seguintes denominações: Cliente, Nó, Nodo, Ponto, Workstation(estação de trabalho) ou terminal.

2 - SERVIDOR: Qualquer micro ligado a rede e que centralize as operações dosusuários desta rede. Em termos de hardware, o servidor pode ser idêntico as estaçõesembora, geralmente, devido as exigências de servir as estações acabe tendo um hardwaremais poderoso.

3 - PLACA DE REDE: É o dispositivo que permite aos micros (estações eservidores) acessarem o meio de transmissão da rede (canal de comunicação), geralmenteum cabo.

4 - MEIO DE TRANSMISSÃO: É o canal de comunicação por onde circulam osdados através da rede. Normalmente é um cabo especial, mas também pode ser um canalde rádio, luz, etc.

5 - CONECTOR: Interface física entre o cabo e as placas de rede, hubs e tomadas.Cada cabo tem seu próprio conector.

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6 - TOMADA: Dispositivo para engate que interliga o cabo da estação ao cabo quesegue até o hub. Seu objetivo é flexibilizar a mudança de posição do micro. Se este forremovido para uma distância maior da tomada, basta confeccionar um pequeno cabo deinterligação, sem ter de se mexer no cabo principal que vai do hub a tomada que pode tersido passado por dutos, forros, etc.

7 - HUB: Concentrador da fiação da rede. É o coração da rede. Seu uso éobrigatório para que seja possível o emprego dos cabos trançados, os mais utilizados naatualidade.

8 - SINAL DE REDE: É o sinal elétrico digital do micro especialmente codificado deforma a passar pelo meio de transmissão com um mínimo de atenuação.

9 - PACOTES: Forma pela qual os dados trafegam na rede. Todos os arquivos,mensagens ou dados transmitidos que ultrapassarem um certo tamanho (1516 bytes nocaso do Ethernet) tem de ser fragmentados em pacotes para fluirem pela rede. Com isto avelocidade global da rede fica maior pois enquanto uma estação monta um pacote umaoutra pode transmitir um pacote já montado. Outra vantagem deste processo, é que averificação e correção de erros fica mais fácil.

10 - SOR: Sistema Operacional de Rede. Poderoso sistema operacional que rodaem um ou mais micros servidores e que sustenta a rede. Exemplos: Novell Netware,Windows NT, etc.

11 - SO: Sistema Operacional Cliente. Sistema operacional comum que roda nasestações. Ex: DOS ,Windows 3.11, Windows 95, Netware, Windows NT etc.

COMPONENTES BÁSICOS DE UMA WAN:

Lan: Rede que se interliga a outra.

Rotador: Equipamento capaz de interligar redes distintas enviando os pacotes dedados através de rotas (caminhos).

Lan Lan

Roteado Roteado

Canal decomunicação

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Canal de Comunicação: Cirtcuito por onde trafegam os dados. Geralmente é umaLP (Linha Privativa) mas pode ser um link de rário, cabo ótico ou satélite.

FACILIDADES DE UMA REDE:

-Troca rápida e eficiente de dados-Troca de Mensagens-Compartilhamento de periféricos-Compartilhamento de programas-Compartilhamento de acessos

ESTAÇÕES

A estação mais comum é um micro do tipo IBM-PC com uma placa de rede padrão Ethernetempregando um Windows 95 configurado para operar em rede ou com um módulo especialfornecido pelo fabricante da rede. Outros micros tais como Macintosh também podem serconectados como estações de rede.

SERVIDORES

Uma rede pode ter um ou mais servidores, conforme as necessidades. O usual é criar maisservidores para distribuir o processamento de rede de forma a melhorar o desempenho deum servidor que esteja sobrecarregado. Desta forma podemos ter:

§ Servidor de Arquivos: Armazena arquivos e programas para os clientes.§ Servidor de Aplicação: Armazena um aplicativo específico.§ Servidor de Impressão: Gerenciam a impressão em rede.§ Servidor de Comunicação: Disponibiliza canais de dados para a rede.§ Servidor de Fax: Disponibiliza placas modem/fax para as estações clientes.§ Servidor de CD-ROM: Disponibiliza CD-ROMs para as estações clientes.§ Servidor Web: Disponibiliza uma intranet para a Rede

Servidor

Único

VáriosServidores

SuperservidorRisc

Grande porte

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Um único microcomputador pode incorporar as funções de servidor de arquivos, deimpressão, de comunicação, etc. Obviamente seu desempenho será proporcionalmentereduzido. Na prática, redes pequenas que não tenham uma demanda de serviços muitogrande empregam um único servidor que opera como servidor de arquivos, de impressão,etc. Não é obrigatório o uso de micros para atuarem como servidores de impressora,comunicação, etc, pois existem dispositivos apropriados que podem ser conectados a redecom estas mesmas funções.

Crescimento da Rede: A medida que a rede cresce, mais servidores vão sendoacrescentados. Em certo ponto é inevitável o emprego de superservidores, ou seja,máquinas Pentium multiprocessadas ou Computadores Risc cuja capacidade deprocessamento e velocidade são muito superiores as de um micro comum. Por fim redesmilhares de usuários poderão usar mainframes (computadores de grande porte).

A figura apresentada a seguir mostra os componentes de um típico servidor de rede.

CPU PENTIUM200 MHZ

MEMÓRIA RAMCOM 64 MBYTES

DUAS PLACASDE REDEETHERNET

DISCO RÍGIDOSCSI DE 10 GBYTES

UNIDADE DE FITADAT PARA BACK-UP

CD-ROM

VELOCIDADE DE OPERAÇÃO

Atualmente podemos classificar as redes em:

§ Baixa velocidade: 10 Mbps§ Alta velocidade: 100 Mbps§ Velocidade Super Alta: 1000 Mbps

TAMANHO DA REDE

Para fins didáticos, vamos classificar as redes conforme a realidade brasileria em:

§ Redes Pequenas: de 2 a 25 computadores§ Redes Médias: de 26 a 100 computadores

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§ Redes Grandes: Mais de 100 computadores

Segundo a Novell, em 1997 uma rede local no Brasil tem em média 22 estações.

TRÁFEGO

É o volume da dados que flui pela rede. Pode ser pequeno e rápido ou grande econgestionado, conforme o tamanho da rede e os recursos de hardware da mesma. Emprincípio, quanto maior a rede maior é o tráfego.

BANDA

Canais digitais empregam sinalização banda base. A transmissão se faz por meio depacotes que ocupam banda de frequência do canal. Canais analógicos empregamsinalização analógica que pode ocupar apenas parte da banda do canal permitindo assim amultiplexação (divisão da banda em vários canais simultâneos).

ACESSO REMOTO

O acesso remoto (a distância) é feito através de um micro dotado de um modem. Ao seremcarregados os drives de rede um módulo para modem é usado no lugar do módulo paraplaca de rede. Em seguida um programa de comunicação disca pela linha telefônicaconvencional e estabelece a conexão com a rede local. Acessando o servidor remoto faz-seo logon e uma seção é aberta no servidor.

PONTOS SERVIDORES ADMIN GERENCIAM. SIST. ADMINIST.

PEQUENA 02 - 25 1 0 Não precisa Não precisa

MÉDIA 26 - 250 + 1 1 Pode usar Pode usar

GRANDE + 250 Vários + 1 Indispensável Pode usar

Voz Dados VideoTransmissão Banda Base

Voz

Dados

Video

Transmissão Banda Larga

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ORGÃOS DE NORMATIZAÇÃO

Existem diversos organismos, a maioria nos EUA, que trabalham para estabelecer padrõestécnicos para cabos, equipamentos e protocolos de rede. Dentre eles podemos destacar:

§ ANSI: American National Standarts Institute: Padroniza especificações já existentes.§ EIA: Electronic Industries Assossiation: Cria padrões para produtos eletrônicos.§ IEEE: Institute of Electrical and Electronic Engineers: Cria padrões para protocolos.§ ISO: International Standarts Organization: Cria diversos padrões para redes§ ITU: International Telecommunications Union: Cria padrões para telecomunicações§ UL: Underwriters Laboratóries: Cria e confere padrões

TOPOLOGIAS DE REDE

Topologia é a forma pela qual uma rede se distribui quanto ao traçado do sistema decabeamento ou outros canais de comunicação. Existem inúmeros modelos teóricos ouexperimentais de topologia. Na prática, pode-se encontrar no mercado redes com topologiaBarra, Estrela e Anel. A topologia Barra é implementada com cabos coaxiais; a Estrela comcabos trançados e a Anel com cabos Óticos.

Ao definirmos qual será a topologia física a ser implementada praticamente estará definidoqual será o tipo de cabeamento a ser utilizado e vice versa.

ABRANGÊNCIA DAS REDES

As redes podem ser classificadas pela sua abrangência, ou seja, a área espacial ougeográfica em que elas se localizam fisicamente. Assim temos a Lan, a Man e a Wan.

LAN (Local Area Network): É uma rede local circunscrita numa área ou espaçogeográfico, bem limitado, pôr exemplo: Um prédio ou um conjunto de prédios. A interligaçãodas máquinas se faz normalmente por meio de cabos, a menos que o número de máquinasseja tão grande que seja preciso utilizar-se bridges e routers. Mesmo estes porém, tambémse interligam por meio de cabos.

BARRA

ESTRELAANELMISTA

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CAN (Campus Area Network): Rede campus é a que se distribui por um campusuniversitário ou planta industrial numa área com aproximadamente 5 Km de ráio.

MAN (Metropolitam Área Network): É um conjunto de duas ou mais redes locaisque se distribuem por uma área ou espaço geográfico amplo, que pode englobar toda umacidade ou grupo de cidades (região metropolitana). O uso de bridges e routers é obrigatórioe sua interligação se faz pôr canais tais como Lps, rádio, satélite ou ainda pôr fibra ótica.

WAN (Wide Area Network): É um conjunto de várias redes locais que se distribuempôr uma área ou espaço geográfico irrestrito, que pode englobar vários estados ou váriospaíses. A interligação tal como na MAN se faz por meio de bridges e routers, porém estesdevem ser cuidadosamente dimensionados prevendo-se por exemplo o fluxo de dados,rotas alternativas, suporte a múltiplos protocolos, etc.

HIERARQUIA DE REDES

Existem basicamente dois tipos de arquiteturas de redes locais de computadores: Peer-to-peer e Client/Server.

REDES NÃO HIERÁRQUICAS: Estas redes caracterizam-se pelo fato de todos osmicros serem clientes e servidores uns dos outros. Não existe servidor de rede dedicado, ouseja, um micro que centralize as operações da rede. O processamento, armazenamento e autilização de periféricos é feito de forma distribuída. Todas as máquinas interligadascompõem um grupo de trabalho ou Workgroup. O Workgroup é uma maneira de seorganizar este tipo de rede de forma a facilitar a procura e a utilização dos recursoscompartilhados, tais como impressoras, modems, etc. O custo destas redes é relativamentebaixo, no entanto, sua eficiência, devido a ausência de um servidor central é baixa e cairapidamente com o aumento do número de estações. Exemplos de redes peer-to-peer:Lantastic, Personal Netware, Windows For Workgroups e Windows 95.

REDES HIERÁRQUICAS: Nessa redes, a maior parte do processamento é feito porum servidor que centraliza os arquivos e gerencia a rede. Às estações cabe uma pequenaparcela do processamento. Esta arquitetura permite a utilização de softwares comuns, maspara tirar o máximo proveito desta arquitetura eles podem obedecer a filosofia Cliente-Servidor, onde, no servidor roda um módulo do software chamado back-end, que éresponsável pelo grosso do processamento e nas estações rodam módulos do software quenada mais são do que interfaces para os usuários, chamados de front-end. Nesta arquiteturaas estações podem ser micros mais simples e o servidor deve ser, obrigatoriamente, umamáquina bem mais poderosa. Exemplos de redes client-server: Netware 3.12, Netware 4.1,Windows NT Server.

AMBIENTE

As redes podem ser classificadas pelo fato de seu ambiente ser homogêneo ouheterogêneo.

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Redes Homogêneas: São aquelas que utilizam um mesmo sistema operacional e,portanto, um mesmo conjunto de protocolos de rede, tal como por exemplo a dupla Netwaree Ethernet. Todas as pequenas redes são homogêneas.

Redes Heterogêneas: São aquelas que utilizam mais de um sistema operacional eportanto protocolos de rede diferentes. As grandes redes frequentemente são heterogêneas.Com isto, é necessário empregar-se conversores de protocolo para permitir suainterligação, dentre outros procedimentos visando uma plena compatibilização. Estas redessão portanto bem mais complexas do que as redes homogêneas.

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3. CabeamentoAs redes locais tem de se interligar por meio de um canal de comunicação por ondecircularão os dados sob a forma de sinais elétricos. O canal de comunicação mais comum éalgum tipo de cabo condutor, outros canais, eventualmente, podem ser utilizados, tais comorádio, microondas, infravermelho, luz (cabo ótico) e laser.

CABOS

COAXIAL

TRANÇADO

ÓTICO

CABOS COAXIAIS

Primeiro tipo de cabeamento empregado. Atualmente seu uso está restrito a backbones ouem redes de até cinco estações ou a interligação de equipamentos. O cabo coaxial éformado por um condutor elétrico central e por uma malha composta por fios de aço queserve como "terra" do sinal, ou seja, é o retorno para o sinal elétrico. A malha, que seinterliga a carcaça dos conectores deve ser aterrada para eliminar eventuais diferenças depotencial elétrico entre os micros e para proporcionar um isolamento elétrico contrainterferências eletromagnéticas sobre o condutor. Entre o condutor central e a malha existeuma ou mais camadas de plástico isolante e, externamente ao conjunto, uma camada deisolamento plástico na cor preta, amarela ou vermelha.

REVESTIMENTO

MALHA

ISOLANTE

CONDUTORCENTRAL

O padrão Ethernet emprega dois tipos de cabos coaxiais, denominados pelo IEEE de10Base2 e 10base5. O 10Base2 é usado para interligar as estações e o servidor entre sí. Ocabo 10Base5, mais grosso, era usado para interligar segmentos de rede através detransceivers, já estando fora de uso.

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O cabo 10Base2 também é conhecido por: BNC, RG58A/U ou simplesmente RG58, ThinEthernet, Cheapernet, Cabo Coaxial Fino, etc. O cabo 10Base5 também é conhecido porThick Ethernet, Cabo Coaxial Grosso ou Yellow Cable.

Terminação: Uma rede formada por cabos coaxiais em topologia barra deve,obrigatoriamente, ter dois terminadores BNC de 50 ohms em suas extremidades de forma afechar o circuito elétrico formado pelo conjunto condutor/malha, caso contrário, com ocircuito aberto, os sinais elétricos não fluirão.

Terminadores

Impedância: resistência elétrica do cabo a passagem dos sinais elétricos digitaisprovenientes das placas de rede. Os cabos coaxiais 10Base2 e 10Base5, tem umaimpedância de 50 ohms, de forma que os conectores empregados neste cabo devem ter omesmo valor. Caso haja diferenças significativas nestes valores, por exemplo, da ordem de20%, as estações não conseguem se comunicar devido a degradação dos sinais elétricostransmitidos. Como existem cabos e conectores com outras impedâncias, deve-se tomarcuidado para evitar-se problemas de compatibilidade.

Distância Máxima: O comprimento máximo do cabo é por norma do IEEE 185metros para o cabo coaxial fino e 500 metros para o cabo coaxial grosso.

Distancia Mínima: Recomenda-se para os cabos coaxiais finos uma distânciamínima de pelo menos 0,5 metro entre cada ponto.

Número Máximo de Estações: Com relação ao número máximo de estações oIEEE recomenda um máximo de 30 estações para cada segmento de 185 metros de cabos.Se excedido este limite, os sinais elétricos podem ser distorcidos, tornando suarecuperação impossível. Para conexão de um número maior de estações deve-se empregarmúltiplos segmentos de cabos partindo de várias placas de rede instaladas no servidor ouempregando-se repetidores para cabo coaxial.

CABOS TRANÇADOS

São cabos formados por 2 ou 4 pares de fios telefônicos entrelaçados dois a dois. Existemtrês variações deste cabo:

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§ UTP (Unshielded Twisted Pair - par trançado não blindado)§ FTP (Foil Unshielded Twisted Pair - par trançado foleado não blindado)§ STP (Shielded Twisted Pair - par trançado blindado).

A utilização de um concentrador de rede (hub) é obrigatória para se interligar os dispositivospor meio destes cabos.

CABO TRANÇADO UTP

Os cabos trançados são classificados por categorias, conforme a velocidade máxima dosdados que podem por eles ser transmitidos.

CATEGORIAS DE CABOS TRANÇADOSCategoria 1 - Usado para transmissões de até 1 MbpsCategoria 2 - Usado para transmissões de até 4 MbpsCategoria 3 - Usado para transmissões de até 16 MbpsCategoria 4 - Usado para transmissões de até 20 MbpsCategoria 5 - Usado para transmissões de até 100 Mbps

ALCANCE

O alcance máximo recomendado para cada cabo depende do protocolo. Em redes Etherneto alcance normalmente é de 100 metros.

Nas extremidades do cabo são afixados conectores telefônicos com oito pinosdenominados RJ45. Cada pino corresponde a um tipo de sinal conforme descrito a seguir. Atabela apesentada a seguir mostra a pinagem padrão para os padrões Ethernet e Fast-Ethernet.

PINO SINAL1 Transmissão -2 Transmissão +3 Recepção -4 Não Utilizado5 Não Utilizado6 Recepção +7 Não Utilizado8 Não Utilizado

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PINO 1

TRAVA

CONECTOR RJ45

CABO MONTADO

LIGAÇÃO

A ligação do hub a placa de rede é 1:1, ou seja:

Pino 1 - Pino 1Pino 2 - Pino 2Pino 3 - Pino 3Pino 6 - Pino 6

A distribuição dos cabos mais empregada é a definida pela norma EIA/TIA 568A, queestabelece o seguinte:

Pino 1 Branco do VerdePino 2 VerdePino 3 Branco do LaranjaPino 4 AzulPino 5 Branco do AzulPino 6 LaranjaPino 7 Branco do MarromPino 8 Marrom

Cabeamento Estruturado: Sistema pelo qual os cabos trançados da rede sãodispostos através de Patch Panels e outros dispositivos de distribuição de cabos.

O cabeamento estruturado facilita a operação, manutenção e expansão da rede. Os paineis,cabos, conectores, tomadas devem obedecer as padronizações internacionais paracabeamento estruturado EIA/TIA 568A e ISO-DIS1108.

PAR 2

PAR 3 PAR 4PAR1

1 2 3 4 5 6 7 8

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CABOS ÓTICOS

No cabo ótico, os pacotes enviados por um dispositivo de rede são convertidos em sinaisluminosos por um fotodiodo (led) e são enviados pela fibra ótica do cabo até outrodispositivo de rede onde um fototransistor converte os sinais luminosos em sinais elétricosnovamente. O interior do cabo é formado por dois ou mais condutores óticos (fibras) feitosde um tipo de vidro puríssimo, especialmente criado para este fim, de forma a atenuar omínimo possível o sinal luminoso. Ao seu redor uma camada de material refletor impede adispersão do sinal luminoso. Duas ou mais camadas de material plástico ou kevlar envolvemo conjunto proporcionando resistência ao cabo e isolamento do ambiente externo.

CABO ÓTICO 62,5/125 EMPREGADO NO 10BASEF

Não basta utilizar o cabo ótico para obter ganho de velocidade pois as placas e dispositivosobedecem a protocolos cujas velocidades já estão definidas. Assim, a principal aplicaçãodos cabos óticos se dá em ambientes hostis, com ruído eletromagnético muito elevado (emfábricas por exemplo) ou na interligação de redes localizadas em instalações prediaisdistintas. Como o cabo ótico não conduz eletricidade as redes ficam isoladas eletricamente,evitando assim que surtos de tensão (devido a ráios) avariem as redes.

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Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 18

Existem vários tipos de cabos óticos. Para redes locais o padrão mais utilizado é o Foril(Fiber optic Inter-Repeater Link) denominado pelo IEEE como 10BaseF.

Dentre os tipos mais empregados de cabos óticos, destaca-se pelo seu uso predominante ocabo 62,5/125 micrometros.

CONCLUSÕES

A tabela apresentada a seguir mostra um resumo com os tipos de cabos e suas atuaisaplicações.

CABO APLICAÇÃOCOAXIAL FINO Pequenas redes com até 5 pontosCOAXIAL GROSSO Fora de UsoAUI Fora de UsoTRANÇADO Redes de todos os tiposTRANÇADO BLINDADO Redes Token-Ring da IBMÓTICO Ambientes ostis ou longa distância

CABO ÓTICOT T

R R

62,5 125

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4. Protocolos de ComunicaçãoProtocolo é um “conjunto de regras que regem a interação entre dois ou maisprocessos”. Uma rede local normalmente emprega um conjunto de protocolosinterdependentes e complementares que tem por objetivo assegurar a transmissão confiáveldos dados entre os diversos pontos da rede. Alguns protocolos controlam o acesso ao meiofísico, sendo implementado nas placas de rede ao passo que outros devem ser carregadosnas estações e servidores para permitirem o acesso a rede.

Comutação Por Pacotes: É o método empregado por todas as redes paratransmitir dados. Mensagens pequenas são transmitidas intagralmente. Mensagens maioressão fragmentadas em pacotes para serem transmitidas de forma mais eficiente.

Protocolos de Rede

Placa deRede

Placa deRede

Aplicativos

ESTAÇÃO

SOR

SERVIDOR

Protocolos de Rede

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Modelo OSI: Arquitetura de redes dividida em sete camadas, cada qual com umafunção bem específica.

PROTOCOLOS DE ACESSO AO MEIO

ETHERNET: Protocolo criado pela Xerox, padronizado posteriormente como IEEE802.3 com algumas modificações. É o protocolo de rede mais utilizado no mundo com 120milhões de portas instalados em fins de 1997. Seu princípio de operação é baseado numaarquitetura de difusão com detecção de colisão de pacotes denominado CSMA/CD (CarrierSense Multiple Access/Collision Detection). Este processo tem as seguintes características:

Principais características do método CSMA/CD

DadosAplicaçã

Transport

Rede

Enlac

DadosHeader

DadosHeader

DadosHeader

Aplicação

Apresentação

Sessão

Transporte

Rede

Enlace

Física

Camadas

7654321

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-Todas as placas são interligadas eletricamente entre sí-O acesso ao cabo é feito contudo por uma placa de rede de cada vez-Todas as placas possuem um endereço próprio e único-Normalmente os pacotes transmitidos são endereçados a uma única placa de rededestinatária.-Qualquer placa recebe todos os pacotes, logo, tem de filtrá-los permitindo apenas a entradados pacotes que estão endereçados a ela.-Pacotes especiais porém podem ser irradiados para grupos de placas (multicast) ou paratodas as placas (broadcasting).-As placas monitoram a portadora no cabo com um sensor (CS)-Uma placa só pode acessar o cabo se este estiver desocupado-Um sensor de colisão (CD) monitora a ocorrência de colisões entre pacotes na rede.-Uma colisão provoca a suspenção momentânea da transmissão de todas as placas docircuito.-O aumento do comprimento dos cabos além dos limites permitidos acarreta na distorçãodos sinais e em colisões.

A velocidade nominal do Ethernet é 10 MBPS seja em cabos coaxiais, trançados ou óticos.

FAST ETHERNET: Protocolo desenvolvido pela 3Com em associação com dezenasde empresas americanas. Seu objetivo é permitir a comunicação a taxas de até 100 MBps,mantendo contudo a plena compatibilidade com a tecnologia Ethernet de 10 MBps.

Principais Características do Fast Ethernet:

-Tecnologia CSMA/CD idêntica ao Ethernet de 10 Mbps-Operação a 100 ou 10 Mbps-Nova codificação de dados para operar a 100 Mbps-Autonegociação da velocidade-Operação com cabos trançados (100 metros) e óticos (2000 metros)

ETHERNET GIGABIT: Protocolo de alta volocidade totalmente compatível com oEthernet e com o Fast-Ethernet porém operando a velocidades de 1 GBps (1 bilhão de bitspor segundo) ou mais. Promovido pela 3Com e por uma associação de empresas. Devidoao custo elevado, os produtos Ethernet Gigabit estão sendo empregados inicialmente parainterligar backbones entre switches e servidores de rede.

Principais Características do Ethernet Gigabit:

-Tecnologia CSMA/CD idêntica ao Ethernet de 10 Mbps-Operação a 1000, 100 ou 10 Mbps-Nova codificação de dados para operar a 1000 Mbps-Autonegociação da velocidade-Operação com cabos trançados (100 metros) e diversos cabos óticos

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OUTROS PROTOCOLOS

§ ARCNET: Protocolo de 20 Mbps criado pela Datapoint.§ ATM: Protocolo 25 à 622 MBps criado por um conjunto de empresas.§ CDDI: Protocolo de 100 MBps definido pela ANSI.§ FDDI: Protocolo de 100 MBps definido pela ANSI.§ TCNS: Protocolo de 100 Mbps criado pela Thomas Conrad§ TOKEN RING: Protocolo de 32 Mbps da IBM§ 100VG-AnyLAN: Protocolo de 100 Mbps criado pela HP

PROTOCOLOS DE TRANSPORTE E REDE

Os protocolos de transporte e de redesão responsáveis pela fragmentação dos dados aserem transmitidos em pacotes, seu endereçamento e pela confirmação de recebimentodos mesmos. Existem vários protocolos criados com este mesmo fim. Em redes locaisdestacam-se três tipos: TCP/IP, IPX/SPX e NETBEUI.

TCP/IP: (Transport Control Protocol/Internet Protocol) É o protocolo de transportemais antigo, desenvolvido inicialmente para a ARPAnet. Possui implementação para quasetodos os ambientes (Unix, Windows NT, Netware, Risc, Mainframe, etc). É o protocolo daINTERNET. A porção IP é responsável pelo endereçamento e a porção TCP é responsávelpela confirmação do recebimento.

IPX/SPX: Protocolo de transporte nativo do Novell Netware. A porção IPX éresponsável pelo endereçamento e a porção SPX é responsável pela confirmação dorecebimento.

NET-BEUI: (NetBios Extended User Interface) Protocolo nativo das redes daMicrosoft. Rápido mas limitado em recursos, não podendo ser roteado por Routers, apenaspor bridges. Aplica-se a pequenas redes de até 200 máquinas.

Dados

NETBEU

IPX/SP

TCP/IP

DadosHeader

DadosHeader

DadosHeader

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Classes de endereços IP: Os endereços IP são divididos em cinco classesdas quais três podem ser usadas para endereçar computadores e redes: A, B e C.

Formato do endereço: Um endereço IP tem o seguinte formato:

Ex: 193.10.38.100

Máscara de subrede: Endereço IP especial empregado por roteadores paraendereçar corretamente o tráfego de rede possibilitando a criação de subredes. A seguirrelacionamos as três máscaras de uso genérico.

§ Classe A: 255.0.0.0§ Classe B: 255.255.0.0§ Classe C: 255.255.255.0

O endereço de máscara deve estar configurado corretamente nos roteadores assim comoem todos os computadores da rede. Todos os computadores de uma rede local devemempregar a mesma máscara de subrede.

8

Campo

Bytes8 8 8

Total: 32 Bits

8 8 8 8

8 8 8 8

8 8 8 8

/8 Bits

/16 Bits

/24 Bits

Classe A

Classe B

Classe C

Classes Número dehosts

Termina emNúmero deredes

Inicia em

A

B

C

126

16.383

2.097.151

16.777.214

65.534 128 191.254.254

1 126

254 192.1.1 224.254.254

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Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 24

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5. Internet e IntranetInternet é a maior rede de computadores (WAN) formada por milhares de servidores e pormilhões de usuários. A Internet tem três características básicas: Protocolos e tecnologiasabertas universalmente aceitas; diversidade de serviços e facilidade de navegação.

Protocolos: O protocolo fundamental da Internet é o TCP/IP, responsável peloestabelecimento das conexões básicas. Além dele, protocolos específicos são empregadosconforme se deseja executar certos serviços.

Servidores: Um servidor WEB ou FTP é excencialmente um programa que pode serrodado tanto num microcomputador como num mainframe. Normalmente é necessário queeste programa rode sobre um poderoso sistema operacional tal como o Unix ou o WindowsNT.

Serviços: Os servidores da Internet oferecem diversos serviços, dentre os quaisdestacam-se:

§ WWW: Word Wide Web. Interface gráfica para acesso a informações multimidia.§ EMAIL: Eletronic Mail. Correio eletrônico para troca de mensagens.§ FTP: File Transfer Protocol. Serviço para rápida transferência de arquivos.§ TELNET: Serviço de acesso remoto a outros computadores.

Acesso: Usuários comuns acessam a Internet através de modems (placafax/modem) que se conectam a “Provedores de Acesso”. A partir daí os usuáriosempregam programas denominados browsers (navegadores) tais como Netscape eWindows Explorer para acessar os serviços.

MODEM

LINHA TELEFÔNICA

CANALDE ALTÍSSIMAVELOCIDADE

OPERADORA DE TELECOMUNICAÇÕES

PROVEDOR DE ACESSO

CANALDE ALTAVELOCIDADEINTERNET

Endereçamento: Cada computador ligado a Internet tem de possuir seu próprioendereço IP.

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Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 26

Serviço DHCP: Serviço de empréstimo de endereços feito por servidores acomputadores normais (estações) de forma a compartilhar um número limitado deendereços com um grande numero de usuários.

Serviço DNS: Serviço de conversão de endereços IP (números) em nomes, maisfacilmente memorizados.

Redes Virtuais: A Internet pode ser empregada como canal para se interligarusuários remotos a LANs ou mesmo LANs com LANs. Tais redes são denominadas RedesVirtuais Privadas (VPN - Virtual Private Networks). Sua principal vantagem é o baixo custoda interligação via Internet

Intranet e Extranet: Intranet basicamente é um servidor que disponibiliza uma sériede serviços típicos da Internet para os usuários de uma rede local. O objetivo da Intranet éaumentar a produtividade das empresas através da disponibilização de serviços rápidos econfiáveis além de proporcionar uma interface mais amigável com o usuário. Extranet é aIntranet que pode ser acessada através da internet ou de outros canais de comunicação talcomo linha telefônicas.

SERVIDOR WEB

REDE LOCAL

INTRANET EXTRANET

INTERNET

InternetLan

Lan Túnel virtual

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6. Hardware Para Redes LocaisPLACAS DE REDE ETHERNET

O mesmo que adaptador de rede ou NIC (Network Interface Controller). Dispositivo queserve de interface física, elétrica, entre o sistema operacional do micro e o cabeamento darede. Os adaptadores de rede podem ser internos ou externos.

Adaptador Externo: Foram criados para que notebooks possam se conectar asredes. Para tanto eles se conectam aos micros pela porta paralela ou pelo barramentoPCMCIA. Qualquer micro pode usar um adaptador externo, bastando ter uma destas portas,porém seu custo é bem maior do que um adaptador interno.

Adaptador Interno: São placas plugadas nos slots das estações. Devem sercompatíveis com o barramento da estação. Atualmente as mais comuns são para obarramento ISA (16 bits) e PCI (32 bits).

Custo das Placas: Existem centenas de fabricantes de placas. As placas maissimples empregam chips comerciais e as mais sofisticadas chips e tecnologiasproprietárias para otimizar a performance interna do adaptador revestindo em melhordesempenho para a rede.

§ Placas de Primeira Linha: R$ 120,00 (Ex: 3Com)§ Placas de Segunda Linha: R$ 60,00 (Ex: SMC e ACCTON)§ Placas de Terceira Linha: R$ 30,00 (Ex: Placas sem marca)

Conectores: Os adaptadores Ethernet mais simples trazem apenas um conector10Base2 ou 10BaseT. Existem modelos que tem dois ou mais conectores recebendo esteúltimo o nome de "combo" (do inglês “combined” - combinado).

CONECTORBNC

CONECTORRJ45

BARRAMENTOSOQUETE PARA PROM

DE BOOT REMOTO

MEMÓRIA RAM

CHIP-SETEEPROM PARA

SALVAR ACONFIGURAÇÃO

Configurações: Atualmente configura-se o seguinte numa placa de rede:

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IRQ: Interrupt Request - Solicitação de Interrupção. É a sinalização empregada pelosperiféricos para solicitar a utilização da CPU do micro. Cada periférico deve ser dispostonumas da 16 IRQs do PC. Ex: IRQ 2, 3, 4, 5, etc.

I/O PORT: O mesmo que I/O. É o canal de comunicação para transferência de dadosentre a CPU do micro e a placa de rede. Ex: 300, 320, 340, 360, etc.

Plug and Play (PnP): Placas de rede mais novas podem ser configuradas paraoperação Plug and Play, para que o Windows 95 detecte e configure a placaautomaticamente sem intervenção do usuário.

Jumper Less: Os adaptadores mais antigos eram configurados por meio deestrapes, ao passo que os mais novos, denominados jumper-less são configurados pormeio de um programa em disquete que acompanha o adaptador.

Prom de Boot: Para ser feito um boot (inicialização) remoto (a partir do servidor)numa estação (normalmente diskless), é preciso que uma PROM de boot seja inserida numsoquete que vem no adaptador e ser habilitada através dos estrapes ou software. Este chipcontêm instruções que fazem o adaptador buscar no servidor por um arquivo especial deinicialização para estações.

Tipo do Cabo: O melhor é deixar que a própria placa detecte o tipo de caboconectado. Pode-se contudo configurar a placa para operar com um único tipo de cabo.

Testes: Atualmente todas as placas de rede trazem em seus disquetes deconfiguração dois tipos de testes: Teste Interno da placa e Teste em Rede. O primeiro indicase a placa está funcionando bem e se existem conflitos de configuração. O teste em redepermite testar completamente as placas envolvidas, os cabos e os hubs.

Placas Novell: No ínício de suas atividades, a Novell confeccionou junto com a Eagletrês adaptadores que se tornaram padrão do mercado por terem sido especialmentecriados para o ambiente Netware: NE1000, NE2000 e NE3200 para barramentos de 8, 16 e32 bits respectivamente. A maioria dos fabricantes asseguram plena compatibilidade deseus adaptadores com estes padrões.

Drives ODI (Open Data Interface): Drive criado pela Novell para permitir que oNetware opere com vários protocolos simultâneamente.

Drives NDIS: Drives criados pela Microsoft para permitir que as redes baseadas emWindows operem com vários protocolos simultâneamente.

Placas Sem Cabos: Placas de rede não padronizadas que utilizam ondas de rádiopara se interconectarem. Seu custo elevado jamais permitiu sua disseminação.

HUBs ETHERNET

O Hub é um concentrador de rede local. Ele permite a distribuição estruturada decabeamentos, proporcionando um melhor gerenciamento e monitoração da rede. Permite aimplementação da topologia física estrela. Os primeiros hubs eram passivos, ou seja, não

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regeneravam o sinal de rede. Atualmente, todos os hubs são ativos, ou seja, regeneram osinal de rede enviado pelas placas de rede, atuando portanto como um repetidor.

Arquitetura do hub: O hub funciona com um barramento interno comum a todas asportas.

Tipos de Hubs: Existem três tipos de hubs: Mesa, Minihubs e Hubs de Chassis.

Hub Mesa: Pode ser de baixo custo ou gerenciável. Pode ser usado num gabinetepadrão (19 polegadas).

Mini-Hub: Hub de baixo custo para pequenas redes.

Hubs de Chassis: Sistema de hubs com gabinete próprio para redes que exijamum grande número de portas. Estes sistemas dispõe de inúmeras facilidades tais comogerenciamento, fonte redundantes, etc.

Portas: Existem hubs de 4 à 48 portas 10BaseT. Cada porta 10BaseT dispõem deum conector RJ45 fêmea. No painel traseiro existe normalmente uma porta BNC e uma portaAUI interligadas as portas 10BaseT que podem ser usadas para ligação de backbones,transceivers ou servidores.

Alcance: O alcance do cabo entre o hub Ethernet e a estação é de 100 metros. Paramaiores alcances deve-se empregar a ligação em cascata de hubs ou uso de repetidoresapropriados.

Ligação em Cascata: É a interligação dos hubs através das portas 10BaseT a fimde aumentar o alcance físico dos cabos da rede. O cabo de interligação pode ser normal(1:1) ou cruzado (crossover). Neste último caso uma porta 10BaseT, geralmente a primeiraou a última, pode ser designada para esta ligação dispondo de uma chave onde se opta poruma ligação direta, convencional (hub a estação) ou uma ligação cruzada (hub a hub). Todosos fabricantes oferecem a possibilidade de se interligar pelo menos 4 hubs em cascata.Consulte o manual do fabricante para saber o número máximo de repetições e o tipo decabo necessário.

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Empilhamento: É a interligação de dois ou mais hubs através de uma cabo especialpreso no painel traseiro de forma que os recursos de gerenciamento de um único hub sejamextendidos aos demais. O número de hubs numa pilha normalmente chega a pelo menosquatro unidades.

LIGA

DES

LIGA

DES

Hubs Gerenciáveis: Hubs dotados de um módulo capaz de coletar dadosestatísticos sobre a atividade das portas e de gerenciar as mesmas. Este módulo é formadopor um firmware (Hardware e software) que envia os dados coletados empacotados noformato TCP/IP para uma estação da rede dotada de um programa de gerenciamento.

Existem atualmente três sistemas de gerenciamento:

SNMP: Simple Network Management Protocol. É o padrão do mercado embora seusrecursos de gerenciamento sejam limitados.

CMIP: Protocolo de gerenciamento tardiamente padronizado pela ITU que por issomesmo praticamente inexiste no mercado. Possui uma estrutura bem mais robusta epoderosa que o SNMP.

RMON: Remote Monitoring. É o mais novo dos três e por isto mesmo ainda muitoraro. Existem duas implementações RMON e RMON2. O RMON permite coletar dados egerenciar a rede até a camada de enlace. O RMON2 permite monitorar e gerenciar toda apilha de protocolos OSI, carecendo contudo da utilização de um módulo de gerenciamento(probe) a parte.

Apesar de qualquer dispositivo de rede poder ser dotado de um módulo de gerenciamento,o mais comum é encontrar apenas hubs gerenciáveis. O acréscimo do módulo degerenciamento obviamente encarece o custo final do produto. Hubs de baixo custo nãopermitem o gerenciamento.

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PILHA DE HUBSHUB COM MÓDULO

HUB GERENCIÁVEL

HUB GERENCIÁVEL

HUB GER..

MICRO GERENCIADORTELA DO PROGRAMA

HUB COMUM OU GERENCIÁVEL

ESTATÍSTICASDA PORTA

HUBs e PLACAS FAST ETHERNET

São identicos ao Ethernet porém operam a 100 Mbps. Podem verificar automaticamente sea placa de rede ou outro hub é Ethernet ou Fast Ethernet e se configurar para operar navelocidade de 10 ou 100 MBPS, conforme o caso (autodetecção). No caso dos hubs, onúmero de repetições é limitado a 2. As demais características são as mesmas dos HubsEthernet. As placas Fast Ethernet comumente trazem dois ou três leds para mostrarem aconexão e se a velocidade de operação esta em 10 ou 100 MBPS.

SWITCHE

Equipamento fisicamente semelhante ao Hub mas com um funcionamento interno diferente.Ao contrário do hub que distribui o tráfego de uma porta para todas as demais, o switche fazuma comutação interna e “interliga” as duas portas, origem e destino, envolvidas em umacomunicação. Como as demais portas ficam disponíveis, várias comutações podem serfeitas simultâneamente, agilizando a comunicação.

Para descobrir quem são e onde estão as estações, o switche monitora cada uma de suasportas, montando tabelas onde todos os dispositivos conectados são relacionados. Paraoperar a alta velocidade, o switche emprega componentes ultra-velozes o que elevabastante seu custo.

Existem switches para redes Ethernet, Fast-Ethernet, Token-Ring e ATM. A capacidade deum switche poder ser verificada pelo número de pacotes processados por minuto, queatualmente podem chegar a casa de centenas de milhares. Se mal configurado, o empregodo switche pode piorar o desempenho de uma rede ao contrário de melhorá-lo.

Workgroup Switche: Switche mais simples, com capacidade de processamentomenor e sem portas especializadas. Seu objetivo é substituir o hub.

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Switche Corporativo: Switche com alta capacidade de processamento e dotado deportas especializadas. Estas portas podem ser usadas para conexão de servidores, hubs eoutros switches.

Os switches corporativos dispõem de diversos recursos para aumentar a performance:

§ Portas full-duplex§ Portas de 100 Mbps (no caso do switche de 10 Mbps)§ Portas ATM§ Portas Gigabit

§ Trucking: Recurso de agregar portas para obter velocidades maiores§ Bridgind: Recurso de separar as redes por meio de bridges§ Routing: Recuros de separar as redes por meio de routers

REPEATER

O Repeater (repetidor) é um equipamento usado para retransmitir o sinal da rede local, anível físico, aumentando sua área de abrangência. Geralmente o termo se aplica arepetidores para cabos coaxiais. O número máximo de segmentos que podem serinterligados com repeaters em redes Ethernet é quatro.

TRANSCEIVER

O Transceiver (Transceptor) é um dispositivo que converte uma porta de rede de um tipopara outro, por exemplo, Ethernet trançado para AUI. Pode ser interno, vindo embutido emoutros dispositivos, tais como num um adaptador de rede ou externo. Também denominadopor MAU (Media Atachmment Unit). Os transceptores externos se conectam aos

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adaptadores de rede através de cabos e conectores AUI. Normalmente, os transceivers sãooferecidos com uma porta AUI e outra a se escolher.

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CONVERSOR DE MÍDIA

Análogo ao transceiver, converte um tipo de cabo em outro. Possui fonte de alimentaçãoprópria.

BRIDGE

A Bridge (Ponte) é um dispositivo que permite a interconexão de duas ou mais redes locais.Existem dois tipos de bridges: locais e remotas. As bridges locais aplicam-se nainterligação de redes separadas por pequena distância. As bridges remotas são utilizadaspara interconectar redes locais a longa distância através de modems de alta velocidade.

A bridge lê os pacotes que estão trafegando nas redes, verificando os endereços dasestações de origem e destino e, através da comparação dos mesmos com os dadoscontidos em uma tabela que ela mesma monta, transmite ou não o pacote para a outrarede. Sua atuação é portanto análoga a de um filtro podendo assim ser usada parasegmentar-se uma rede com muito tráfego. A bridge pode conectar duas redes cabosdistintos tais como cabo coaxial e par trançado. Cada bridge tem capacidade de analisar edecidir sobre um número limitado de pacotes por unidade de tempo. Assim sendo, quantomaior for o tráfego esperado entre as redes, maior deverá ser a capacidade deprocessamento de pacotes da bridge. A bridge é mais complexa que o repeater e maissimples que o router.

BRIDGE

BRIDGE

A B C D

1 2 3 4

REDE A REDE BABCD

1234

TRAFEGO LOCAL

TRAFEGO LOCAL

TRAFEGOINTER-REDES

ROUTER

O Router (Roteador) é um dispositivo inteligente utilizado para interconectar várias redes,aumentando seu o alcance físico ou para se fragmentar o sistema em várias sub-redesaumentando-se sua disponibilidade geral. Emprega uma tecnologia complementar a dasBridges, usando os endereços IP dos pacotes de dados para localizar a rede destinatária.Em seguida, determina a melhor maneira de enviar os pacotes consultando suas tabelasinternas. O router examina, filtra e deixar passar o tráfego de uma rede para outra,

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escolhendo a melhor rota e otimizando a comunicação, utilizando sofisticados mecanismosde segurança. Os roteadores mais simples são baseados no Sistema Operacional deRede. Neste caso, num mesmo servidor da rede, é instalado o software de roteamento edois (ou mais) adaptadores de rede. O roteador transferirá as mensagens de um adaptadorpara outro. Com isto, duas redes, de tecnologias diferentes (Ethernet e Token Ring porexemplo) podem ser interligadas com transparência para os usuários. Os modelos maissimples operam com um único protocolo de transporte (IPX/SPX ou TCP/IP). Os modelosmais sofisticados são externos e empregam diversas tecnologias, a maior parteproprietárias, de forma a otimizar o desempenho, estabelecer rotas, etc.

GATEWAY

Gateway (Comporta) é um dispositivo utilizado para converter o protocolo de comunicaçãode um sistema para outro permitindo a interconexão de redes com arquiteturascompletamente diferentes. Podem operar em servidores dedicados ou não conforme anecessidade do processamento necessário. Geralmente sua capacidade de processarpacotes é inferior a das Brigdes e Routers.

MAINFRAME

REDE LOCAL

H H

RRRRede 1 Rede 2 Rede 3 Rede 4

Salt

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7. Sistemas OperacionaisComo foi abordado anteriormente, o sistema opracional é o software básico docomputador. Dele dependem todos os demais programas.

Existem dois tipos de sistemas com relação a redes:

SO: Sistema operacional ou sistema operacional cliente, instalado nas estações

§ MS-DOS§ Windows 3.1/3.11§ Windows 95/98§ Windows NT Workstation§ OS8 (Aplle Macintosh)§ OS2

SOR: Sistema operacional de rede, instalado nos servidores

§ Windows NT§ Netware§ Unix

ELEMENTOS COMUNS AOS SISTEMAS OPERACIONAIS EM REDE

Usuários: São as pessoas que utilizam recursos da rede

Logon: Operação de conexão do micro com a rede

Logoff: Operação de desconexão do micro com a rede

Senha: Código empregado para restringir o acesso a rede

Nome do Micro: Em redes Microsoft é usado para identificação em rede.

Workgroup: Em redes Microsoft é usado para identificação em rede.

Diretório Compartilhado: Um diretório de um micro disponibilizado para a rede.

Impressora Compartilhada: Uma impressora ligada a um micro disponibilizadapara a rede.

Mapeamento: Drives lógicos criados para possibilitar a navegação na rede.

Controle de Acesso: Barreiras ou limites impostos aos usuários por motivo desegurança.

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Grupos: Associação de usuários em grupos de afinidade de forma a facilitar ogerenciamento.

Política de Contas: Restrições aos acessos dos usuários, estabelecidas pelogerente da rede em função das conveniências da mesma.

Serviço de Diretórios: Sistema pelo qual uma rede de múltiplos servidores éacessada como um todo pelos usuários. O serviço de diretórios permite logon único na redee uma grande flexibilidade para que os usuários acessem todos os recursos disponíveisindependentemente do local da rede de onde é feito o logon. O serviço de diretórios doNetware chama-se NDS (Novell Directory Services). O serviço de diretórios do NT seráimplementado na versão 5.0.

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8. Windows 9xLAN MANAGER

O Primeiro SOR da Microsoft. Não obteve sucesso e foi descontinuado em 1993.

WINDOWS FOR WORKGROUPS

Também denominado de Windows 3.11 ou simplesmente WFW. Trata-se de umaatualização do Windows lançada em 1993, na qual foram acrescentadas recursos de redepeer-to-peer.

WINDOWS 95

O Windows 95 é uma evolução do WFW possuindo os mesmos recursos e facilidades derede peer-to-peer deste. A principal diferença entre ambos reside na interface gráfica.

O Windows 95 é uma evolução da dupla DOS+Windows. Parte do código foi substituída porum kernel de 32 bits e parte foi mantida no antigo código de 16 bits, de forma que oWindows 95 é um sistema híbrido. Traz consigo recursos de rede peer-to-peer equivalentesao Windows For Workgroups, baseados nos comandos NET, do DOS. Por ser constituidopelo DOS, o 95 pode sofrer instabilidades na medida que muitos acessos sejam feitossimultâneamente a um mesmo micro. Uma rede peer-to-peer baseada no 95 também tendea ficar lenta na medida que muitos micros são conectados a rede.

WINDOWS 98

Atualização do Windows 95, traz o Internet Explorer incorporado, interface gráfica maisrápida e novos recursos avançados para redes tal como protocolos PPTP, gerenciamentoSNMP e novos drives de 32 bits.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS FO WINDOWS 9x

n Interface gráfican Suporte a conectividade incorporadon Suporte a dispositivos Plug and Playn Interação com protocolos e formatos da Internetn Navegador Web (Windows Explorer) incorporado

ARQUITETURA

A figura a segui apresnta a arquitetura do Windows 9x.

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Núcleo do Windows 95

VirtualMachineManager

Aplicativos

Drivers de Dispositivo

IFSInstallable File

System Manager

ConfigurationManager

RegistryRegistry

Shell de 32 bits

Ferramentasde Interfacecom o Usuário

Hardware

REGISTRO

As configurações de rede no Windows 95 são gravadas Numa área codificada chamadaRegistro. O acesso ao registro é feito através do programa Regedit.exe.

PLUG AND PLAY

O Windows 95 atualmente é o único sistema operacional para PC a suportar este modo deoperação, sob o qual placas que obedecem as especificações Plug and Play podem serautomaticamente detectadas e configuradas pelo Windows 95, facilitando assim o trabalhode instalação ou troca destas placas.

INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DO AMBIENTE DE REDE

1 – Acessar o item Iniciar - Configurações - Painel de Controle – Rede.

2 – Adicionar um adaptador sececionando da lista do Windows 95 ou empregando-se odrive que vem no disquete da placa.

3- Marcar os Itens Copartilhamento de Arquivos e Compartilhamentto de impressoras.

4 – Selecionar a opção Logon Principal da Rede – Cliente para Redes Microsoft.

5 – Se for usar protocolo TCP/IP selecione-o em Adicionar Protocolo – Microsoft –TCP/IP. Depois configure o endereçamento e a máscara de subrede clicando em TCP/IP -propriedades. Os demais protocolos não precisam de configuração.

6 – Clique na placa de rede e configure a IRQ e o I/O. se ela estiver configurada para Plugand Play, provavelmente o Windows vai detecta-la automaticamente e não será preciso fazeresta configuração.

7 – Clique em identificação e registre o nome do usuário e do grupo de trabalho.

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8 – Reinicie o Windows para validar as novas configurações.

LOGON e LOGOFF

Logon é a conexão do usuário a rede. O Windows 95 configurado para operar em redeexibe uma tela de logon ao ser inicializado. Nesta tela deve ser escrito o nome do usuário esua senha. A opção cancelar permite rodar o 95 mas fora da rede. Logoff é a desconexãoda rede. Para encerrar a sessão e desconectar, deve-se teclar em Iniciar – Desligar –Encerrar Todos os Programas e Efetuar Logon com Nome Diferente.

AMBIENTE DE REDE

No ícone ambiente de rede, disponível na área principal, pode-se visualizar oscomputadores conectados a rede. A atualização desta tela pode ser feita pressionando-se atecla F5. As mesmas informações podem ser visualizadas no ambiente de rede do WindowsExplorer.

WINDOWS EXPLORER

Além de permitir a manipulação convencional dos arquivos e pastas existentes no discorígido, o Windows Explorer permite ainda o compartilhamento de pastas do disco rígido emapeamento de pastas de outros micros ligados a rede.

Para compartilhar pastas: Clique com o botão direito do mouse na pasta desejada eselecione compartilhar.

Para mapear a pasta de outro micro: Clique com o botão esquerdo do mouse emambiente de rede e em seguida no micro desejado até que ele apresente suas pastas

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compartilhadas. Em seguida clique com o botão direito do mouse na pasta desejada eselecione mapear unidade de rede.

Use a tecla F5 para atualizar o ambiente de rede do Explorer.

Para copiar arquivos e programas de um micro para outro, basta selecionar os arquivosdesejados com o muse e usar o recurso Arrastar e Soltar.

SENHAS

Em painel de controle – senhas pode-se modificar a senha de um usuário, habilitar-se ogerenciamento remoto e estabelecer um perfil de usuário.

UTILITÁRIOS

O Windows 95 possui alguns utilitários que podem ser empregados em rede. Algunsrecursos só estão disponíveis na versão OSR-2 ou são disponibilizadas ao se instalar oprotocolo TCP/IP.

Winpopup: Permite enviar e receber mensagens em redeWinipcfg: Exibe o endereço IP empregado pelo microPing: Permite verificar a presença de outros hosts na rede

INFORMAÇÕES DE AJUDA

Em caso de dúvidas, consulte o Help do Windows para verificar como instalar e configuraras opções de rede, propondo inclusive vários procedimentos úteis de verificação.

IMPRESSÃO EM REDE

Para adcionar um impressora basta clicar em Meu Computador – Impressoras –Adcionar Impressoras. Se a impressora estiver na Rede, selecione esta opção e cliqueem Localizar para encontrar as impressoras disponíveis nas rede.

AUMENTANDO O DESEMPENHO

Para tornar o Windows 95 mais rápido na rede selecione em Painel de Controle –Sistema – Desempenho – Sistema de Arquivos o item Servidor de Rede.

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9. Windows NTO Windows NT foi lançado em 1993, sendo comercializado em duas versões: Workstation eServer. O NT Workstation, foi criado para ser empregado em estações de trabalhopoderosas, podendo ainda constituir redes peer-to-peer de até 10 usuários. O NT Server foicriado para ser um servidor de rede possibilitando um número ilimitado de acessos. Aarquitetura de ambos é basicamente a mesma, sendo que a versão Server possui módulosextras para gerenciamento da rede a nível de servidor, além de possibilitar a validação deusuários a nível de domínio. A princípio sua aceitação foi pequena devido aos poucosrecursos apresentados e a sua necessidade de um hardware (CPU e RAM) muito pesadopara a época. Atualmente na versão 4.0 o NT tem a mesma interface gráfica do Windows95. O NT vem apresentando expressivo aumento de vendas e penetração no mercado.Atualmente (1997) 22% das redes são Windows NT.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

n Suporta um número ilimitado de usuários simultâneosn Multiplataforma (PC, Alfa, Risc)n Opera com Multiprocessamenton Opera com Multitarefan Opera no Modo Cliente/Servidorn Alta capacidade de segurançan Alta confiabilidaden Suite de aplicativosn Suporta até 4 GB de memória RAMn Suporta até 16 Hexabytes de Disco Rígidon Suporta múltiplos clientesn Suporta múltiplos protocolosn Fornece conexão remota (via modem) para 256 usuários

ARQUITETURA

Executive ServicesGerenciadores Diversos

DeviceDrivers

Kernel

Hardware Abstraction Layer (HAL)

Hardware

AplicaçãoOS/2

AplicaçãoWin 32

AplicaçãoPosix

Subsistema Subsistema Subsistema

Subsistemas

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O NT é formado por um kernel (núcleo) de 32 bits. Entre o Kernel e o hardware um softwaredenominado HAL (Hardware Abstraction Layer) serve de interface com o hardware epermite a portabilidade do NT para diferentes plataformas. Device drives permitem o NTacessar discos, CD-ROM e unidades de fita. Por fim módulos denominados Subsistemaspermitem ao NT executar aplicativos NT, OS/2, DOS/Windows e POSIX (Unix padronizado).

GERENCIAMENTO DE DISCO RÍGIDO

O NT 4.0 admite partições nos formatos FAT de 16 bits (MS-DOS) e NTFS de 32 bits. Esteúltimo tem como principais características:

-Autodefragmentação-Possibilidade de compressão dinâmica-Admite permissões para arquivos e pastas extras, além dos da partição FAT-Auditoria-Acesso mais rápido

O mais comum e seguro é ter no disco do servidor uma pequena partição FAT com o MS-DOS para dar o Boot e conter os arquivos de sistema pois ela pode ser mais facilmentereparada em caso de avarias no disco. O restante do disco pode ser ocupado por uma oumais partições NTFS.

GERENCIAMENTO DA MEMÓRIA RAM

O NT possui um sistema de gerenciamento de memória que isola os aplicativos uns dosoutros na RAM de forma que um aplicativo jamais fará um Servidor NT travar.

Para se instalar um servidor NT é preciso que existam 12 MBytes de memória RAM.Recomenda-se contudo um mínimo de 64 Mbytes de RAM para um servidor poder entrar emprodução (operação normal).

TOLERÂNCIA A FALHAS

O Windows NT proporciona tolerância a falhas através de um conjunto de medidas dearmazenamento redundante denominado RAID (Redundant Arrays of Inexpressive Disks),que permitem por exemplo o espelhamento de disco para proteção dos dados.

INTEROPERABILIDADE

O NT já vem com gateways que lhe permitem se comunicar com diversas outras redes, taiscomo Novell, Unix, e IBM. O NT Workstation permite a conexão remota de um usuário, viamodem. O NT Server permite a conexão de até 256 usuários remotos via modem.

BACK-OFFICE

Suite de aplicativos básicos que vem com o Windows NT. Consiste nos seguintes produtos:

§ SQL Server: Banco de dados cliente/servidor§ SNA Server: Gerenciador de conexões PC/Mainframes IBM.

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§ Exchange Server: Servidor de Email§ SMS Server: Sistema Administrativo

DOMÍNIO

Domínio é uma base de dados que contém os nomes, senhas e direitos dos usuários,localizando-se num Windows NT Server denominado Controlador de Domínio Primário. Umarede local só pode ter um Controlador de Domínio Primário mas pode ter vários outrosservidores NT denominados Controlador de Domínio Reserva. Cada Servidor de DomínioReserva contém uma cópia do domínio do Servidor Primário que é permanentementeatualizada. Os usuários de um domínio não podem acessar outro domínio automaticamentea menos que sejam estabelecidas relações de confiança entre os Servidores Primários.Este esquema funciona basicamente da seguinte maneira: Se o servidor A confia noservidor B, então os usuários de B podem acessar A Os usuários de A porém só acessarãoB se este também confiar em A. O esquema é simples mas vai ficando progressivamentecomplicado conforme o número de servidores vai aumentando.

INSTALAÇÃO

A instalação do NT é quase totalmente automática, bastando ao administrador aceitar ospassos propostos pelo software instalador.

Processo de Instalação:

1 – Roda-se o programa WINNT.EXE2 – Os arquivos do diretório I386 são descompactados no HD.3 – Ao término desta fase o micro deve ser reinicializado.4 – O micro dá boot pelo NT a partir dos arquivos instalados. São solicitadas algumasinformações básicas sobre o sistema. É criado o diretório definitivo do NT denominadoWINNT. Ao término desta faze o micro deve ser reinicializado.5 - O NT é carregado já com Interface gráfica. São solicitadas mais informações sobre comodeverá ser instalado o servidor. Ao término desta fase o micro deve ser reinicializado pelaúltima vez.

PARTIÇÃO DOS:FORMATO DE ARQUIVOS FATMS-DOSDRIVES DO CD-ROMARQUIVOS DE SISTEMA

PARTIÇÃO NT:FORMATO DE ARQUIVOS NTFSARQUIVOS DE SISTEMAARQUIVOS DOS USUÁRIOS

HD

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Redes -Teoria e Prática – Cesar S. Machado 45

DESLIGAMENTO DO SERVIDOR NT

O servidor NT não pode ser simplesmente desligado pois muitos processos podem estarem execução no momento com dados momentaneamente na memória RAM aguardando agravação em disco. Antes de desligar o servidor NT é preciso portanto, obrigatoriamente,executar o comando Desligar invocando o botão respectivo ao precionarmos as teclasCTRL + ALT +DEL no console do servidor ou em Iniciar – Desligar. Com o comandoDesligar, todos os processos serão encerrados, todas as conexões com usuários serãointerrompidas e a RAM será liberada.

ACESSO AO SERVIDOR NT

Finda a instalação o servidor NT pode ser acessado pelo servidor ou por uma estação. Noservidor o acesso é feito através da tela de Logon que pode ser invocada pressionando-sesimultaneamente as teclas CRTL + ALT + DEL. O servidor pedirá o nome do usuário e suasenha. Se houver mais de um domínio, este também poderá ser selecionado nesta tela. Osclientes do NT serão naturalmente o Windows 3.11 e o Windows 95 devidamenteconfigurados para operar em rede.

USUÁRIOS E POLÍTICA DE CONTAS

Cada usuário do NT recebe uma conta ao ser criado. A conta do usuário pode serdesabilitada ou não pelo servidor. O servidor NT pode ainda estabelecer o seguinte:

n Se o usuário deve ou não usar senhan O tamanho da senhan Se a senha tem data de expiraçãon Se o usuário pode, ele mesmo, trocar a senhan O tamanho mínimo da senhan Se o usuário pode acessar o servidor com a senha vencidan Quais dias da semana e horários o usuário poderá acessar o servidorn Se o servidor vai monitorar tentativas de invasãon Se tentativas de invasão acarretarão bloqueio da estação e por quanto tempo.

MAPEAMENTO

No NT o mapeamento é feito da mesma forma que no Windows 3.11 e Windows 95. Outrosservidores e estações do usuário podem ser mapeados logicamente e acessados clicando-se a letra correspondente no File manager ou clicando-se o nome do computador sob apasta Ambiente de Rede do Windows Explorer (Windows NT 4.0 e posteriores).

COMPARTILHAMENTO DE DIRETÓRIOS E IMPRESSORAS

O compartilhamento dos recursos do servidor para os usuários é feito da mesma forma queno Windows 3.11 e no Windows 95.

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IMPRESSÃO EM REDE

Para se utilizar a impressão em rede no Servidor NT deve-se instalar a mesma no servidorda mesma forma que no Windows 3.11 e Windows 95. Pode surgir neste ponto umproblema: até o momento, nem todas as impressoras tem drivers para Windows NT. Emseguida a impressora deve ser compartilhada e disponibilizada para as estações pelogerenciador de Impressão.

INSTALAÇÃO DE APLICATIVOS NO SERVIDOR NT

Os programas aplicativos podem ser instalados normalmente no servidor, ou pelasestaçãoes bastando apenas especificar o caminho de instalação. Embora servidor NTpossa rodar todos os palicativos nele instalados, isto não é recomendável sob pena deocorrer significativa redução da velocidade da rede.