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NOTÍCIAS EM DESTAQUE 15 DE JANEIRO

O contribuinte paga a conta Governo não quer reajustar a tabela do Imposto de Renda de acordo com a inflação; resultado

prejudica o trabalhador

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Está na mesa da presidente Dilma Rousseff o reajuste da tabela do Imposto de Renda, motivo de uma

queda de braço entre governo e Congresso Nacional desde o fim do ano passado. O Planalto tinha

determinado, na Medida Provisória 644, um reajuste de 4,5%. A porcentagem foi rejeitada pelos

parlamentares, que incluíram na MP 656 uma correção diferente, de 6,5%, na última sessão de votações do

Congresso em 2014. É este reajuste que Dilma deve aceitar ou rejeitar. Ainda no ano passado, lideranças

do governo já haviam dado o veto como certo; na terça-feira passada, o ministro da Fazenda, Joaquim

Levy, foi lacônico ao ser questionado sobre o tema: ―Em relação à tabela, não sei o que te dizer. A proposta

do governo era 4,5%‖, afirmou.

Para se ter uma ideia do impacto do reajuste, hoje estão isentas do Imposto de Renda as pessoas físicas que

recebem até R$ 1.787,77 mensais. Com a correção de 6,5% na tabela, o patamar de isenção passaria a ser

de R$ 1.903,98. Mas, com o reajuste de 4,5%, passariam a ficar isentos os que ganhassem até R$ 1.868,21.

Um trabalhador cujo salário fosse apenas um pouco menor que a linha de isenção e recebesse um aumento

correspondente à inflação (que em 2014 foi de 6,41%) permaneceria isento se valer o que foi decidido pelo

Congresso, mas poderia começar a pagar IR se prevalecer a vontade do governo. O mesmo raciocínio se

aplica aos valores que delimitam a mudança de alíquotas do imposto (hoje em 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%).

Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo de 10 de janeiro mostra que, desde 1996, quando a tabela do IR

passou a usar como base o ganho em reais, a defasagem em relação à inflação é de 63,4%. Como

consequência, cada vez mais pessoas são incluídas na base de cálculo e ficam obrigadas a pagar o IR, ainda

que seus salários sejam reajustados apenas com a reposição das perdas inflacionárias. Pelas contas do

SindiFisco, se a tabela do IR tivesse sido corrigida de acordo com a inflação desde 1996, estariam isentos

todos os que ganhassem abaixo de R$ 2.937 mensais (hoje, quem recebe esse valor está dentro da faixa que

paga 7,5% de IR).

Em outras palavras, a omissão deliberada do governo, que deixa de reajustar a tabela do IR de acordo com

a inflação, pune o assalariado e é uma maneira torta de aumentar ainda mais uma carga tributária que já é

das mais pesadas do mundo, especialmente quando se considera a qualidade do serviço público oferecido

em troca. Como mudanças de alíquotas sempre têm grande repercussão, positiva ou negativa (basta

observar os casos recentes do IPI e do IOF), usa-se um truque que permite aumentar a arrecadação sem

mexer nas alíquotas.

Também não se pode deixar de verificar que os números sobre os quais governo e Congresso divergem têm

seu valor simbólico. O reajuste que o Planalto quer na tabela do IR, de 4,5%, é correspondente ao centro da

meta de inflação, meta que há muito Dilma já tinha desistido de perseguir, contentando-se em não rasgar o

limite máximo de tolerância para o IPCA, que é de 6,5% – justamente o reajuste determinado pelo

Congresso. É sintomático que os 4,5% valham na hora de atingir o bolso do contribuinte brasileiro, mas

sejam quase ignorados na hora de combater a inflação que tanto castiga esse mesmo bolso.

Após a votação no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) deu uma declaração contraditória,

mas reveladora do ânimo que move o governo. ―Sou contra qualquer forma de arrocho, mas entendo que

cada centavo é importante neste momento‖, disse, deixando claro que, se tiver de escolher, ficará com o

arrocho. Na briga pelos centavos a mais nos cofres públicos, a tentação de arrecadar mais está

prevalecendo sobre o esforço para gastar menos. A conta, como sempre, fica para o contribuinte.

(GAZETA DO POVO)

Planalto teme que Cerveró revele novos detalhes sobre

esquema de corrupção Ex-diretor Internacional da Petrobras foi preso na madrugada de ontem, quando desembarcava no

Rio de Janeiro

Nestor Cerveró é conduzido por policiais federais: novo inquérito para apurar

movimentações financeiras suspeitas nas últimas semanas

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Apontado como o grande responsável pelo ―projeto falho‖ que embasou a decisão da presidente Dilma

Rousseff na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006, o ex-diretor da Área

Internacional da Petrobras Nestor Cerveró foi preso preventivamente na madrugada de ontem, no momento

em que desembarcava no Rio de Janeiro. Ele só foi demitido da BR Distribuidora, uma subsidiária da

petroleira, em março do ano passado, oito anos após a polêmica negociação de Pasadena. Quando foi

surpreendido por agentes da Polícia Federal, no Aeroporto do Galeão, Cerveró regressava de Londres, onde

passou natal e ano-novo com parte da família. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), ―não há

indicativos de que o esquema criminoso (na Petrobras) foi estancado‖. A prisão acendeu o sinal de alerta

no Palácio do Planalto, que teme novas revelações sobre o esquema de corrupção na Petrobras, investigado

pela Operação Lava-Jato.

Existe também o receio de que, após período na cadeia, Cerveró, considerado o homem-bomba que nunca

explodiu, possa seguir os passos do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e fechar acordo de

delação premiada. Em dezembro, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos referentes à

Operação Lava-Jato, aceitou denúncia contra Cerveró por corrupção e lavagem de dinheiro. Dois petistas

com bom trânsito no Planalto, ouvidos reservadamente pelo Correio, admitiram que a prisão fragiliza o

governo e sinaliza que a tempestade está muito longe do fim. Cerveró tinha acesso livre a gabinetes de

deputados e de senadores, e alguns parlamentares acreditam que o ex-diretor pode ajudar a aumentar a lista

dos políticos envolvidos no esquema de corrupção.

A prisão preventiva do ex-dirigente foi pedida pelo Ministério Público Federal (MPF). No entendimento da

instituição, ―Cerveró continua a praticar crimes, como a ocultação do produto e proveito do crime no

exterior, e pela transferência de bens para familiares. Além disso, há evidências de que ele buscará frustrar

o cumprimento de penalidades futuras‖.

Conforme informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão subordinado ao

Ministério da Fazenda, encaminhados à Polícia Federal, o ex-diretor pediu, em dezembro, resgate de uma

aplicação no valor de R$ 500 mil. Para sacar o dinheiro, ele teria um prejuízo de R$ 200 mil. Os recursos,

segundo o MPF, seriam transferidos para a filha de Cerveró, mesmo com as perdas detectadas. (JOÃO

VALADARES – CORREIOWEB)

Se ocorreu cartel, líder foi Petrobras, diz construtora UTC Apontada como líder das empreiteiras acusadas de desviar recursos da Petrobras, a UTC partiu para o

ataque. Em documento, afirmou que o suposto "clube" de empresas envolvidas no esquema de corrupção

seria chefiado pela própria estatal.

"Se cartel houve [...] seu principal agente seria a Petrobras, sendo o suposto 'clube' no máximo um

instrumento das ações dela mesma", afirma a UTC.

A afirmação aparece na defesa da firma no processo em que foi proibida de fazer novos contratos com a

Petrobras –medida que atingiu também mais 22 construtoras citadas na Operação Lava Jato. O papel foi

entregue nesta terça (12) à estatal.

Zanone Fraissat/Folhapress

Ao contestar seu afastamento, a UTC diz que a estatal controlava todo o processo de contratação de

fornecedores: organizava as licitações, convidava as concorrentes e dava o preço final.

No documento, a UTC argumenta que não houve conluio das empresas contra a Petrobras e afirma que a

estatal tenta se passar por vítima.

"Se o conjunto de fornecedores da Petrobras merece a alcunha de 'clube', deve-se lembrar que seu fundador

e mantenedor somente poderia ser o próprio monopsônio [único comprador do mercado, no caso, a

Petrobras]", dizem os advogados da UTC na peça de defesa.

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O advogado Sebastião Tojal, que defende a empreiteira, diz que a Petrobras tenta colocar-se na posição de

vítima. "Ela tenta fugir de suas responsabilidades dizendo-se vítima de diretores. As decisões lá são

colegiadas e as grandes obras envolviam o conselho de administração".

Procurada pela Folha para comentar, a Petrobras não se manifestou.

DONO DA CADEIA

Com mais de 20 mil funcionários em seus canteiros de obras e sócia dos grupos que têm as concessões do

aeroporto de Viracopos (SP) e da linha 6 do Metrô paulistano, a UTC faturou R$ 5,5 bilhões no ano

passado. Quase metade dessa receita saiu dos contratos com a Petrobras.

Seu principal acionista, Ricardo Pessoa, está preso desde o fim do ano passado. Ele foi apontado por

delatores do esquema como coordenador do cartel das empreiteiras que atuavam na Petrobras –papel

negado por ele.

Contra a decisão de afastar a UTC das próximas obras da Petrobras, os advogados da empresa afirmam que

a construtora tem limitações para se defender. Isso porque, dizem, a Petrobras não apontou as situações em

que teria ocorrido cartel.

Os advogados também criticam a estatal por ter se baseado em delações premiadas, "que não são provas,

são caminhos para orientar a investigação", afirma o advogado Tojal.

Além disso, os defensores da UTC lançam suspeitas contra os dois executivos da Toyo Setal que

colaboram com as investigações.

Segundo eles, a Toyo é concorrente da UTC. Elas competem nos contratos de perfuração de poços em alto

mar. Portanto, dizem, os delatores podem não ser isentos. (DAVID FRIEDLANDER – FOLHAPRESS)

Órgão de inteligência descobre operação suspeita do

tesoureiro do PT Coaf vê movimentação suspeita de Tesoureiro do PT enrolado no Petrolão

João Vaccari: enroladíssimo

Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) entregue aos investigadores da

Operação Lava Jato registrou uma movimentação suspeita, em 2009, no valor de R$ 18 milhões

envolvendo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, ligado à CUT, a Bancoop, cooperativa habitacional

criada pela entidade cujo presidente era o atual tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, e a Planner

Corretora de Valores.

Segundo informa o jornal O Estado de S. Paulo, em reportagem de Ricardo Brandt e Fausto Macedo, em

23 de novembro de 2009 a Bancoop recebeu R$ 18.1 milhões do Sindicato dos Empregados de

Estabelecimentos Bancários de São Paulo, informou o Coaf, órgão de inteligência do Ministério da

Fazenda. ―Na mesma data, foram transferidos R$ 18.151.892,51 para a empresa Planner Corretora de

Valores‖, registra o documento enviado à Polícia Federal e anexado ao processo em que foi decretada

a prisão preventiva de Nestor Cerveró, ex-diretor de Internacional da Petrobrás.

No relatório do Coaf, a movimentação financeira de 2009 da Bancoop foi classificada como suspeita.

―Contas que não demonstram ser resultado de atividades ou negócios normais, visto que utilizadas para

recebimento ou pagamento de quantias significativas sem indicação clara de finalidade ou relação com o

titular da conta ou seu negócio.‖

O documento do Coaf foi feito a pedido dos investigadores da Lava Jato e tem como alvo do

monitoramento bancário Vaccari, Cerveró e Renato Duque, ex-diretor de Serviços da estatal. O tesoureiro

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do PT foi apontado na Justiça Federal por dois delatores do processo como operador do esquema de

propina na Petrobrás, entre 2004 e 2012. Pelo menos 22 empresas, agindo em cartel, pagavam propinas de

1% a 3% para agentes públicos e políticos em troca de contratos bilionários, segundo a Procuradoria da

República.

Vaccari teria movimentado propina via Diretoria de Serviços. Ele e a cunhada, Marice Correa de Lima, são

também investigados como supostos recebedores de valores pagos por uma das construtoras do cartel de 22

empreiteiras alvo da Lava Jato, a mando do doleiro Alberto Youssef. O nome do tesoureiro do PT aparece

também na Lava Jato em um negócio suspeito envolvendo membros do partido e investimentos feitos pelo

fundo de pensão da Petrobrás, Petros, em uma empresa de fachada ligada ao doleiro. (DIÁRIO DO

PODER)

Corrupção e o mecanismo psicológico da negação Dilma disse a um jornal chileno: ―O Brasil não vive crise de corrupção nem tem intocáveis‖. Gilberto

Carvalho, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, deixou o cargo dizendo: ―(…) nós não somos

ladrões‖; alguns ―tombaram‖, mas não vão levar ―desaforo para casa‖. Para o ministro da Justiça a

corrupção é cultural: ―os mesmos que criticam atos da classe política ―são aqueles que quando um guarda

de trânsito para e quer multar pensam numa ―propininha’; ―O mesmo empresário que por vezes protesta, e

com razão, dos desmandos dos nossos governantes é aquele que quando chega um fiscal de rendas diz

―bem, como podemos acertar isto?‖", criticou Cardozo. ‖Vivemos numa sociedade que até o síndico de

prédio superfatura quando compra o capacho‖, completou. Todos os políticos acusados de envolvimento no

escândalo da Petrobras (de todos os partidos: PT, PMDB, PP, PSDB etc.) negam, em seguida à revelação

do seu nome, ser corrupto. Como entender o fenômeno humano da negação?

Negar um problema social grave ou diminuir a importância dele constitui uma das reações mais usuais do

humano, especialmente quando ocupa algum cargo público (que envolve o poder e a dominação). De

muitas maneiras isso pode ser explicado. Uma das possibilidades reside nomecanismo psicológico da

negação. Como funciona? A negativa de um fenômeno real (ou a diminuição da sua relevância ou a

atribuição à esfumaçada cultura do povo) serve de muleta (psicológica) para a pessoa (num determinado

momento) não ter que tomar providências concretas desagradáveis ou não ter que fazer dolorosas revisões

de sua identidade ameaçada (de pessoa impoluta, honesta, escorreita) (veja F. Gil Villa, La cultura de la

corrupción: 19). A negativa do problema ou mesmo sua projeção (os outros são corruptos, eu não), anula o

custoso processo de escutar a voz da nossa consciência. Nos exime do trágico exercício de ―revisão moral

pessoal‖. Nega-se a existência de um problema para não se ter o trabalho de lidar com ele (de enfrentá-lo).

Psicologicamente, como se vê, a negação (ou justificação) de um problema nos traz conforto (ainda que

momentâneo). Ela é feita, portanto, para nos liberar do peso da reprovação social. Também para não afetar

nossa crença (nossa autoimagem) de que somos íntegros, honrados, honestos etc.; para não nos obrigar,

ademais, a um exame de consciência. Mas tudo isso, no entanto, não passa de uma mentira. Mentimos para

os outros e, sobretudo, para nós mesmos (para não afetar nossa autoimagem, que é geradora de um

autoengano – veja E. Giannetti, Vícios privados, benefícios públicos?). Ocorre que enquanto não

reconhecemos o problema assim como o tamanho dele, nunca vamos encontrar as soluções. A corrupção é

sim cultural, mas isso não exime de responsabilidade quem a pratica. A cultura não é justificativa

suficiente. Aliás, a rigor, nem pode ser justificativa.

Refutar a corrupção no Brasil é contrariar o óbvio (seria negar que a Terra gira em torno do Sol). Para os

que não querem mirar o lado trágico da História brasileira (de corrupção, cleptocracia, plutocracia,

parasitismo, escravidão e violência), que contemple então a genialidade do compositor Bezerra da Silva

(1927-2005), que deu a senha: ―Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão‖. Para essa espirituosidade

crítica olhava? Para um pagode para o qual ele fora convidado e onde não havia pobre (diz a letra da

canção). Nesse ambiente, logo percebeu, ―pisa-se de mansinho, especialmente quem é da cor, escurinho‖.

Lá estava reunida toda a nata: doutores, senhores e até magnata. Com a bebedeira e a discussão (e só

depois disso!), ele acrescenta, tirei a minha conclusão: ―Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão‖.

A alta ladroagem (a que tem acesso e possibilidade de dividir o orçamento do Estado) possui um nome: se

chama cleptocracia, que vem do grego (―klépto‖ + ―cracia‖), ou seja, governo de ladrões ou ―Estado

cogovernado por ladrões‖. O Brasil não é, com toda certeza, a única (talvez nem a maior)cleptocracia no

mundo, mas não há dúvida de que é um dos mais cobiçados paraísos dela (em virtude de todas as

circunstâncias favoráveis: históricas, sociológicas, psicológicas, antropológicas e jurídicas). Como assim?

É que aqui (como em tantos outros lugares) sempre houve corrupção, patrimonialismo (confusão entre o

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patrimônio público e o privado), ladroagens, extorsões, roubos… e tudo transcorre sob o manto da quase

absoluta impunidade (em razão da fraqueza institucional sistêmica, que nunca fez do império da lei uma

realidade perceptível por todos – o emblemático caso Maluf não deixa margem à dúvida). A solução desse

problema passa, em primeiro lugar, pelo reconhecimento dele de forma clara e inequívoca. Sobretudo os

que governam não podem jogar essa sujeita para debaixo do tapete. Joaquim Levy (ministro da Fazenda)

foi explícito: ―É preciso acabar com o patrimonialismo no Estado‖ (patrimonialismo significa a confusão

entre o público e o privado, a usufruição da coisa pública como se fosse coisa privada). Em lugar de

esconder o problema, se faz necessário dizer o seu nome, o seu formato, a sua dimensão. Assim se inicia o

processo de cura (que será longo e penoso). Mas a doença da corrupção tem cura. Outras nações

conseguiram dominá-la. Há saídas para o problema (outros países – os melhores colocados no ranking da

Transparência Internacional – já a encontraram). (LUIZ FLAVIO GOMES – DIÁRIO DO PODER)

Imagens de satélite revelam massacre do Boko Haram na

Nigéria De acordo com a Anistia Internacional, fotos mostram mais de 3.700 estruturas destruídas pelo fogo em

aldeias onde centenas, talvez milhares, foram mortos

ABUJA — Imagens de satélite das cidades nigerianas atacadas pelo Boko Haram desnudam as mais

recentes atrocidades cometidas pelo grupo terrorista e sugerem um elevado número de mortos. As fotos,

divulgadas pela Anistia Internacional nesta quinta-feira, mostram cerca de 3.700 estruturas destruídas pelo

fogo ou danificadas em Baga e Doron Baga, no Nordeste da Nigéria, em ataques no dia 3 de janeiro. O

secretário de Estado americano, John Kerry, classificou o massacre como um crime contra a Humanidade.

A Anistia Internacional, que chamou atenção para a situação de catastrófica, citou testemunhas dizendo que

os militantes mataram de forma indiscriminada. O governo nigeriano apontou 150 mortos, mas, segundo a

organização, as imagens e as histórias de sobreviventes sugerem que o número final de mortos pode ser

muito maior — estimativas inicias apontavam dois mil óbitos.

As imagens mostram a sequência dos ataques, contrastante fotos tiradas no dia 2 de janeiro com outras

obtidas em 7 de janeiro. As fotografias de Doron Baga, que fica a 1,5 km de Baga, revelam a crueldade do

ataque. Muitos dos barcos de pesca de madeira vistos na costa em 2 de janeiro não são mais visíveis, cinco

dias depois, após várias pessoas fugirem da cidade de barco pelo lago Chade.

Em Baga, uma cidade densamente povoada, cerca de 620 estruturas foram danificadas ou totalmente

destruídas pelo fogo.

O MAIS MORTÍFERO DOS ATAQUES

Daniel Eyre, investigador da Anistia Internacional na Nigéria, descreveu o ataque do Boko Haram como ―o

maior e mais destrutivo‖ já analisado pela organização. Enquanto os moradores ainda não tinha sido

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capazes de contar ou enterrar os seus mortos, segundo Eyre, as imagens de satélite servem para narrar os

efeitos do que foi, provavelmente, o ―mais mortífero ataque do Boko Haram‖.

— Representa um ataque deliberado contra civis, cujas casas, clínicas e escolas estão agora em ruínas —

denunciou. — Até agora, o isolamento de Baga, combinado com o fato de que Boko Haram permanece no

controle da área, faz com que seja muito difícil verificar o que aconteceu lá.

O ataque parecia ter como alvo milícias civis de autodefesa que ajudam o Exército contra o Boko Haram.

Um homem que conseguiu escapar da chacina de Baga, após permanecer escondido por três dias, contou

ter ―andado sobre os cadáveres‖ por cinco quilômetros em sua fuga.

Durante o ataque, o grupo terrorista matou uma mulher que estava em trabalho de parto, de acordo com a

Anistia Internacional.

A Nigéria tem enfrentado uma onda de violência provocada pelo Boko Haram. Na semana passada, foram

registrados vários ataques protagonizados por supostas crianças terroristas suicidas. (O GLOBO, COM

AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Preço do asfalto dispara e para obras pelo País A Petrobras impôs desde dezembro dois reajustes no preço do asfalto, totalizando 40%, na venda direta, e

provocou uma das mais graves crises nas empresas de pequeno e médio portes que trabalham na construção

e recuperação de rodovias. As empresas alegam que não podem cumprir contratos em vigor com aumento

tão expressivo do produto. Agora pedem ao DNIT "readequação" dos seus contratos.

Demissões

O desequilíbrio provocado pelo novo preço do asfalto vão provocar um corte de até 90% dos trabalhadores,

nos canteiros de obra, Brasil afora.

Petróleo caiu

O aumento da Petrobras ocorre no período em que o petróleo, do qual o asfalto é derivado, tem hoje o

menor valor dos últimos seis anos.

Caso sério

DNIT e TCU já discutem a crise gerada pelo aumento do preço do asfalto, mas ainda não há solução para

evitar a paralisação das obras.

À espera

O governo do DF espera até o dia 1º que a ex-primeira-dama Karina Rosso assuma a boquinha na qual foi

nomeada. Ela já viajou em férias.

Lava Jato: desinformação da Abin irrita Dilma

Dilma anda tão irritada com seus arapongas que – segundo adverte um ministro com gabinete no Planalto –

se alguém apresentar a ideia de extinguir a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ela topa na hora.

Dilma reclama que até hoje a Abin não conseguiu antecipar, antes da imprensa, qualquer detalhe da

operação Lava Jato. "É o órgão de informação mais desinformado que existe", disse ela a assessores.

Às cegas

Dilma se irrita ao lembrar que teve de definir o ministério ainda sem saber se alguns escolhidos correm o

risco de sair do cargo algemado.

Fonte de irritação

As trapalhadas da Abin são antigas. O caso envolvendo sindicalistas no porto do Suape, em 2013, causou

grande constrangimento a Dilma.

Sem retorno

Difícil é saber o que os arapongas fazem com um orçamento, na Abin, que é superior ao de ministérios

como os do Turismo, Esporte e Pesca.

Olhar vigilante

Quando alguém insiste para Dilma "regular" ou controlar a mídia, ela deveria repetir a célebre frase de dom

Dom Pedro II, diante de idêntica pressão: "De que forma eu saberia como os ministros se comportam?".

Jogo do empurra

Há tensão no PT e no PMDB com a prisão de Nestor Cerveró. Delcídio Amaral (PT-MS) tentou disfarçar,

dizendo que o padrinho do ex-diretor da Petrobras era Renan Calheiros, mas é ele o pai da formosura.

Costura feita

A bancada do PT se reunirá no próximo dia 31 para definir seu próximo líder e declarar apoio ao senador

Renan Calheiros (AL), que deverá ser indicado pelo PMDB candidato à reeleição na presidência do

Senado.

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Pensando bem...

...foi de cair o olho a surpresa da prisão de Nestor Cerveró em plena madrugada, no aeroporto internacional

do Rio.

Intensivão

Alguém precisa informar o ex-vendedor de carros Eduardo Braga a denominação correta da repartição que

ele chefia: é Ministério de Minas e Energia e não "das Minas e Energia", como ele tem dito na TV.

Aviso à praça

A notícia de que o ministro Jaques Wagner (Defesa) viveria sozinho em Brasília alertou sua mulher,

Fatima Mendonça. Preocupada com eventual assédio do mulherio, avisa: "Ficarei entre Brasília e

Salvador!".

Aplicativo Rose

O Facebook lançou ferramenta que ajuda a encontrar crianças. Deveria ter outra para desvendar o paradeiro

de Rose Noronha, amiga muito íntima de Lula processada por tráfico de influência em seu governo.

Portas fechadas

Marta Suplicy não tem chance de se filiar ao PMDB paulistano. Ela precisaria do aval de Gabriel Chalita,

presidente municipal da legenda, já convidado para ser vice do prefeito Fernando Haddad em 2016.

Contra o aliciador

O deputado Darcísio Perondi (RS) defendeu ontem na executiva nacional do PMDB uma reação à tentativa

do ministro Gilberto Kassab (Cidades) de aliciar peemedebistas para o novo Partido Liberal. (CLÁUDIO

HUMBERTO – DIÁRIO DO PODER)

Ministro reconhece o fracasso da educação pública

brasileira e atropela falsa profecia de Lula

Tiro ao alvo – O resultado da edição 2014 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não foi uma

surpresa para os leitores do UCHO.INFO, pois o site alerta, há anos, para o fato de jovens e adolescentes

terem conhecimento raso e desconhecerem até mesmo os assuntos corriqueiros do cotidiano. Sem contar a

dificuldade para ler e escrever, o que não é privilégio das camadas sociais menos favorecidas. Tudo isso é

fruto da pasteurização da informação, cada vez mais oportunista e vazia em termos de conteúdo. Fora isso,

causa espécie o movimento crescente que incensa o ―ter‖ e sepulta o ―ser‖.

No momento em que 529 mil alunos que participaram do Enem tiraram nota zero em redação, fica claro

que há na educação, como um todo, algo muito mais grave do que se imaginava. Muitos justificaram o

resultado assustador alegando que o tema da redação foi inusitado, mas é preciso estar preparado para os

imprevistos que a vida oferece. O caos que surgiu na prova de redação reforça a tese antiga de que aos

políticos brasileiros interessa a ignorância do eleitorado, pois só assim os chamados representantes do povo

se perpetuam no poder.

O contribuinte brasileiro enfrenta a maior carga tributária do planeta, mas não recebe a devida

contrapartida por parte do Estado. A situação torna-se mais grave quando em cena entra a educação

privada. As escolas particulares cobram verdadeiras fortunas, sem que os alunos aprendam em proporção

correspondente ao valor das mensalidades. Ou seja, paga-se muito e tem-se pouco. Quadro que antecipa a

mediocridade intelectual dos próximos anos.

O maior problema nesse cenário de perplexidade e indignação é de responsabilidade do Estado, que na rede

pública de ensino oferece algo pífio àqueles que não têm motivação para aprender. Vale salientar que o

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então presidente Luiz Inácio da Silva, agora um bem sucedido lobista de empreiteira, disse certa vez que o

―companheiro‖ Fernando Haddad foi o maior ministro da Educação da história nacional. É verdade que

Lula queria emplacar na prefeitura de São Paulo o seu ex-colaborador, mas colocar Haddad no Olimpo da

Educação foi uma temeridade. O resultado da passagem de Fernando Haddad pelo Ministério da Educação

começa a aparecer.

Escolhido pela reeleita Dilma Rousseff para comandar a pasta em seu novo governo, Cid Gomes mal foi

empossado e já encontrou um enorme problema para destrinchar. Ex-governador do Ceará e sem

experiência para cuidar de tão importante ministério, até porque o futuro depende da educação púbica ou

privada, Cid Gomes empurrou o problema para os antecessores. Aos jornalistas, o ministro disse que a

educação pública brasileira está devendo. ―O diagnóstico que se faz do ensino público brasileiro é de que

deixa muito a desejar‖, disse Cid Gomes.

A declaração do ministro atropela a afirmação do apedeuta Lula, que para fincar um dos seus postes

políticos na maior cidade brasileira se valeu de mais uma mentira. A de que Haddad fora o maior ministro

da Educação de todos os tempos. O prefeito paulista foi tão bom quanto ministro quanto a excelência da

saúde pública do País, que um dia o ex-metalúrgico disse estar a um passo da perfeição.(UCHO.INFO)

Justiça condena médicos e empresários envolvidos em máfia

das próteses Houve superfaturamento na aquisição de produtos fora da tabela do SUS e médicos autorizavam o

pagamento de material não usado nos pacientes durante os procedimentos

A Justiça Federal no Rio Grande do Sul condenou nesta quarta (14) sete pessoas pelo crime de

improbidade administrativa no Setor de Órteses e Próteses do Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre.

As informações são da Agência Brasil.

Com a decisão, dois médicos, três servidores públicos e dois empresários terão de devolver mais de R$ 5

milhões aos cofres públicos. A fraude foi descoberta em 2002, mas o processo foi iniciado apenas em 2005.

O Ministério Público Federal (MPF) acusou os envolvidos de lucrar ilegalmente com a colocação de

próteses. A assessoria do Tribunal Regional Federal da 4ª Região informou que, por causa do sigilo do

processo, não é possível precisar a data da sentença.

De acordo com a assessoria, como a decisão é em primeira instância, ainda cabe recurso.

Segundo a Justiça, houve superfaturamento na aquisição de produtos fora da tabela do Sistema Único de

Saúde (SUS). Os valores eram superiores aos cobrados em outros hospitais. Também foi constatado que os

médicos autorizavam o pagamento de material não usado nos pacientes durante os procedimentos.

O MPF denunciou os médicos Ladimir Kosciuk, ex-chefe do Setor de Próteses do Hospital Cristo

Redentor, Jorge Schreiner, ex-gerente de internação, os ex-servidores Sayonara Goretti Mariu Lodeyro,

Gasparita Clarete Mariu Lodeyro e Marivaldo da Silva, além dos empresários André Luís Silva de Souza e

Eduardo Alves Costa.

Conforme o MPF, os médicos, com auxílio dos servidores, trabalhavam para favorecer os empresários na

aquisição de material nos procedimentos licitatórios.

Irregularidades na aquisição e prescrição de próteses e órteses voltaram a ser denunciadas nas últimas

semanas.

No dia 5, durante entrevista coletiva, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, declarou "guerra à

máfia", depois de denúncia feita no programa "Fantástico", da TV Globo. Cardozo determinou que a

Polícia Federal, a Receita Federal e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) investiguem

as irregularidades. (FOLHAPRESS)

Fundo Partidário 'engorda' 133% em sete anos Levantamento da FOLHA mostra que percentual de recursos repassado aos partidos aumentou mais que o

Orçamento da União, que cresceu 63%

Os partidos políticos brasileiros, constituídos como pessoas jurídicas de direito privado, dependem de

recursos públicos para se manter em atividade. Apenas em 2014, as 32 siglas do País dividiram R$ 365

milhões do Fundo Partidário, que é abastecido com dinheiro do Orçamento da União – no ano passado, o

repasse do Tesouro foi de R$ 308 milhões – e com as multas eleitorais aplicadas pela Justiça Eleitoral. O

Fundo, criado pela Constituição de 1988, também pode receber contribuições de pessoas físicas ou

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jurídicas, mas geralmente, as doações das grandes empresas são feitas diretamente às executivas nacionais

dos partidos.

Conforme levantamento feito pela reportagem, desde o ano de 2007, quando o Tribunal Superior Eleitoral

(TSE) passou a publicar separadamente as tabelas dos repasses orçamentários (duodécimos) e das multas, o

volume destinado às agremiações políticas vem crescendo significativamente, batendo os 133% em sete

anos, passando de R$ 155 milhões para R$ 361 milhões. No mesmo período, comparativamente, o

Orçamento federal registrou 63% de crescimento (de R$ 1,53 trilhão em 2007 para R$ 2,49 trilhões em

2014), menos da metade do que o registrado em favor das legendas políticas.

Essa elevação deve se manter, considerando que os parlamentares discutem aumento de R$ 100 milhões

em cima dos R$ 289,6 milhões reservados para o Fundo pela proposta orçamentária do Executivo para

2015. A lei está em análise no Congresso Nacional.

Embora defenda que "a democracia tem um custo", o cientista político da Universidade Federal do Paraná

(UFPR), Fabrício Tomio, ressalva que "o que não pode é exceder o razoável, retirando recursos de outras

destinações, como saúde, ação social, para o Fundo Partidário". Ele credita a criação de novas legendas

como uma das causas da irrigação crescente nas dotações específicas para os partidos. "De 2007 para cá

houve a criação de novos partidos e também o Congresso Nacional tornou-se mais fragmentado, com mais

partidos representados. Então, para evitar a redução aos partidos que já estavam estabelecidos dividindo o

valor, os políticos resolvem aumentar o volume a ser dividido."

Para a divisão do bolo, 5% dos recursos do Fundo são distribuídos igualmente entre todos os partidos, e

95% segundo a proporção dos votos na eleição para a Câmara dos Deputados. A Lei dos Partidos, de 1995,

estabeleceu regras para a aplicação do dinheiro; manutenção das sedes e serviços do partido, permitido o

pagamento de pessoal, até o limite máximo de 50% do total recebido; manutenção das sedes e serviços do

partido; na propaganda doutrinária e política; no alistamento e campanhas eleitorais; na criação e

manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação política, sendo esta aplicação

de, no mínimo, 20% do total recebido; e na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da

participação política das mulheres, observado o limite de 5% do total recebido.

REPASSES AO PARANÁ

Para apurar os valores destinados aos diretórios dos principais partidos políticos do Paraná, a reportagem

considerou o período eleitoral, em 2010, e último fechamento publicado pelo TSE, referente ao ano de

2013. As prestações de contas do ano passado ainda não estão disponíveis. De 2007 a 2013 houve aumento

de 50% no repasse do Fundo Partidário para as legendas paranaenses pelas Executivas nacionais. O valor

subiu de R$ 1,9 milhão para R$ 2,9 milhões. Essa transferência segue critérios definidos pelos próprios

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partidos.

O PT foi o partido que recebeu o maior repasse, R$ 594 mil. O montante representa apenas 4,2% do que a

direção nacional enviou aos estados, segundo o TSE. De acordo com o presidente estadual da sigla,

deputado federal Enio Verri, "nosso partido tem atuação nacional, que custa bastante, então, é natural que

os recursos sejam concentrados para os projetos da Executiva". Ele lembrou que os diretórios se mantêm

com a cobrança de mensalidade dos filiados. "Eu mesmo, como deputado, pago quase R$ 3 mil do meu

salário."

No PMDB chama a atenção a queda no repasse, de R$ 1,1 milhão, em 2010, para R$ 124 mil em 2013.

Segundo o ex-governador Orlando Pessuti, que ocupava a direção estadual à época, "o partido teve contas

reprovadas porque os recursos não foram aplicados como prevê a lei". Segundo ele, "foi um período muito

difícil para o partido quando estava sob o comando do (Roberto) Requião", disse Pessuti, cutucando o

desafeto. A FOLHA procurou o atual presidente do PMDB do Paraná, Rodrigo Rocha Loures, aliado de

Requião, mas ele não retornou o recado deixado no celular.

O deputado federal Ricardo Barros (PP) informou que o critério interno na sigla para a divisão dos recursos

do Fundo é o número de deputados eleitos pelos diretórios estaduais. "Não temos problemas para

desenvolver as nossas ações no Estado. Quando precisamos de mais recursos, recorremos à fundação do

partido, assim como fazem os demais partidos." (EDSON FERREIRA – FOLHA DE LONDRINA)

ADVOGADOS PÚBLICOS DA UNIÃO LAMENTAM

MANUTENÇÃO DE ADAMS NA AGU No fim do ano passado, a União dos Advogados Públicos Federais do Brasil (Unafe) apresentou uma lista

tríplice para indicação do novo advogado-geral da União, para substituir Luís Inácio Adams . A lista foi

protocolada na Presidência da República.

Em nota divulgada, ontem, a União dos Advogados Públicos Federais do Brasil lamentou o não-

atendimento da lista tríplice para indicação do novo advogado-geral da União no novo mandato da

Presidente reeleita Dilma Rousseff.

"Os advogados públicos federais associados à Unafe (União dos Advogados Públicos Federais do Brasil)

vêm a público lamentar a decisão da presidente da República, Dilma Vana Rousseff, em não acatar a lista

tríplice de indicados à chefia da AGU", destaca o documento.

A lista tríplice, em cujo processo de votação democrático participaram advogados públicos federais de

todas as regiões do país, indicou três nomes com relevante capacidade técnica para assumir o cargo

máximo da AGU. Constaram da lista um procurador federal, um procurador da Fazenda Nacional e um

advogado da União.

Conforme a nota divulgada pela Unafe, o acolhimento da lista tríplice pela Presidência da República

exaltaria a dimensão institucional conferida à Advocacia-Geral da União pela Constituição Federal.

―A opção por um dos nomes representaria um imenso avanço para a AGU, para a Presidência da

República (na qualidade de instituição) e para o país, uma vez que equilibraria a legitimidade do novo

ministro, respaldado por seus pares e pela livre escolha presidencial. Vale recordar, neste ponto, que o

ministro Luís Inácio Adams não obteve sequer um voto entre os mais de seis mil contabilizados durante a

eleição‖, destaca a Unafe na nota. (BLOG DO SERVIDOR – CORREIO BRAZILIENSE)

CNJ determina reajuste a magistrados sem necessidade de

lei específica Desembargadores passarão a ganhar R$ 30.474; na primeira instância, os vencimentos serão de R$ 28.950

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que os Tribunais de Justiça de todo o país reajustem

imediatamente os salários dos juízes e desembargadores, sem a necessidade de encaminhar antes projetos

de lei às assembleias legislativas. O aumento deve ter como referência o reajuste concedido aos ministros

do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta semana, por uma lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff.

O novo salário é de R$ 33.763 e já aparecerá na conta bancária dos ministros em fevereiro. O acréscimo

nos vencimentos foi de 14,96% sobre os R$ 29.462 pagos atualmente.

O aumento salarial dos ministros do STF reflete em toda a magistratura brasileira. Isso porque os

vencimentos da categoria funcionam de forma escalonada: o salário de ministros de tribunais superiores e

do Tribunal de Contas da União (TCU) – que é do Legislativo – corresponde a 95% dos salários de

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ministros do STF. Na mesma lógica, o salário de desembargadores de Tribunais de Justiça corresponde a

95% do valor pago a ministros de tribunais superiores. A primeira instância, por sua vez, recebe salário 5%

menor que o pago aos desembargadores.

Conforme essa regra, prevista na Constituição Federal, os salários pago a ministros de tribunais superiores

serão de R$ 32.074. Os desembargadores de Tribunais de Justiça passarão a ganhar R$ 30.474. Na primeira

instância, os vencimentos serão de R$ 28.950.

O reajuste no STF também tem o poder de aumentar o salário de servidores do Executivo, Legislativo e

Judiciário. Isso porque muitas pessoas recebem gratificações que, somadas ao salário, superam o valor do

teto do funcionalismo. Como é proibido um servidor receber mais que o salário de ministro do Supremo,

esses salários são cortados no valor do teto. Com o aumento do limite para os vencimentos, esses salários

deixarão de ser cortados – ou serão cortados em menor proporção que hoje.

A liminar do CNJ foi concedida pelo conselheiro Gilberto Martins na terça-feira, a pedido da Associação

dos Magistrados Brasileiros (AMB). Pela decisão, os tribunais de Justiça devem estender o reajuste a

inativos e pensionistas. Já está em discussão no CNJ a aprovação de uma regra definitiva, que torna

automática a concessão do reajuste salarial para toda a magistratura quando houver reajuste para ministros

do STF, sem a necessidade de aprovação de projeto de lei pelas assembleias legislativas. O tema começou

a ser votado em dezembro, mas o julgamento ainda não foi concluído. Até lá, valerá a liminar de Martins.

Na liminar, o conselheiro argumentou que há obrigação constitucional com o reajuste. Por isso, não haveria

necessidade de submeter o tema ao Legislativo local. Martins acrescentou que, com a decisão, o Judiciário

terá mais autonomia e não ficará à mercê da vontade política dos outros poderes. ―Do ponto de vista

político, essa decisão também é muito importante, pois ela torna o Judiciário menos permeável a questões

de ordem política nas discussões com os executivos e os legislativos estaduais‖, escreveu o conselheiro.

Em agosto, o STF enviou ao Palácio do Planalto o orçamento de 2015 com a previsão de aumento salarial.

A presidente Dilma Rousseff discordou da proposta e encaminhou o projeto ao Congresso Nacional sem as

cifras que garantiriam o reajuste. O Congresso acabou aprovando a proposta do STF antes do recesso do

Legislativo, em dezembro. Dilma sancionou a lei no início da semana, dando ao presidente do Supremo,

ministro Ricardo Lewandowski, a vitória na queda de braço. O impacto dos aumentos nos três Poderes é

estimado por técnicos em R$ 3,8 bilhões.

Também em dezembro, os parlamentares aprovaram a elevação dos seus salários de R$ 26,7 mil para R$

33,8 mil. No caso da presidente Dilma e de seu vice, Michel Temer, o reajuste foi menor, a pedido do

próprio governo, com aumento de R$ 26,7 mil para R$ 30,9 mil. (AGÊNCIA O GLOBO)

REFORMA DA PREVIDÊNCIA EM DISCUSSÃO XXI Simpósio de Direito Previdenciário, promovido pelo Instituto Brasileiro de Direito

Previdenciário, acontece dias 19 e 20 de março em Brasília.

Na pauta, além da reforma na Previdência, temas polêmicos como benefícios por incapacidade,

aposentadoria especial dos servidores públicos, aposentadoria por idade, Juizados Especiais Federais,

jurisprudência administrativa previdenciária, revisões nos benefícios previdenciários e aposentadoria da

pessoa com deficiência .

As alterações na lei previdenciária, por meio de Medida Provisória, anunciadas pelo governo gederal no

final de 2014, correm o risco de gerar intensas discussões judiciais por conterem vários dispositivos que

podem ser declarados inconstitucionais. O assunto, abordado pelo advogado e ex- auditor-fiscal da Receita

Federal, Fábio Zambitte Ibrahim, está entre os temas que são debatidos no XXI Simpósio de Direito

Previdenciário, dias 19 e 20 de março na OAB/DF.

Outros nomes de peso do direito previdenciário também estarão presentes como o consultor-geral da União

Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy, o juiz federal José Antonio Savaris e os advogados Mauro Luciano

Hauschild, Melissa Folmann e Thais Maria Riedel De Resende Zuba.

―Já iniciamos 2015 com a medida provisória para analisar, por isso acreditamos que será um ano intenso

de debates em matéria previdenciária‖, afirma a presidente do IBDP, Jane Berwanger.

O encontro é voltado tanto para advogados, juízes, procuradores e defensores públicos, como para

professores, acadêmicos, servidores públicos entre outros. As inscrições para o simpósio podem ser feita

no site do IBDP ( www.ibdp.org.br ) até 17 de março.

Serviço:

O quê: XXI Simpósio de Direito Previdenciário

Quando: 19 e 20 de março de 2015

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Onde: OAB/ DF ( SEPN 516, Bloco B, Lote 07, Asa Norte – Brasília/DF )

Informações: e-mail [email protected] / telefone: (41) 3045 - 8351

Inscrições e programação: http://www.ibdp.org.br/ eventos2.asp?id=228

(CORREIO WEB)

"Luz até tem. Mas é cara" Consumidores dão dicas de como reduzir o gasto com energia e, assim, conter o impacto da escalada

de reajustes. Enfim, governo recomenda a população que passe a economizar eletricidade para

suportar tarifas mais caras

O governo finalmente mudou o discurso e já admite a necessidade de o país racionalizar o consumo de

energia. Ontem, após reunião no Ministério do Planejamento, o ministro das Minas e Energia, Eduardo

Braga, recomendou aos brasileiros que poupem eletricidade. O gesto, contudo, chegou tarde. Com a

escalada das tarifas no ano passado e o aumento de mais de 30% previsto para 2015, o consumidor já foi

obrigado a adotar medidas para consumir menos.

Braga garantiu que os reajustes da conta de luz este ano ficarão abaixo de 40% e que não há risco de

racionamento. Porém, reconheceu a importância de economizar energia e que o governo está trabalhando

para melhorar a eficiência energética em vários setores. ―Temos muita ineficiência dentro e fora do lar‖,

disse.

Questionado se este é o momento de o consumidor começar a poupar, o ministro concordou. ―Se pudermos

controlar isso, ajuda para que tenhamos eficiência energética e redução de gastos. Isso, obviamente,

impacta positivamente na tarifa. Não é racionamento. A energia existe, mas é cara. O setor elétrico é vítima

da hidrologia, com estoque menor de água nos reservatórios‖, explicou.

O governo reluta em promover um plano nacional de racionalização, limitando-se a recomendar a redução

do consumo. Nesse sentido, especialistas sugerem medidas simples para amenizar o aumento das tarifas,

que consumidores assustados com os recentes reajustes já começam a adotar. Para o advogado especialista

em energia elétrica Guilherme Schmidt, do escritório L.O. Baptista - SVMFA, a solução para não pagar

caro é mesmo ―incentivar o uso inteligente e evitar consumo desnecessário‖.

O professor da Universidade de São Paulo (USP) Célio Bermann assinalou que, para diminuir o impacto

dos reajustes, será preciso reduzir o uso de eletrodomésticos, com destaque para o chuveiro. ―Mas esse

equipamento tem peso de 10% na conta, bem menor que um eventual reajuste de 30%‖. Para ele, a

dificuldade é manter a mesma qualidade de vida. ―Para economizar, o brasileiro vai ter que a abrir mão de

algo, mudar o estilo de vida. É isso que vai determinar o tanto que vai economizar‖.

No verão, por exemplo, o ar condicionado acaba se tornando um dos vilões na conta de luz. ―É o aparelho

que mais gasta dentro de casa. Está no primeiro lugar da lista. Se cortar, a conta abaixa na hora‖, garantiu a

planejadora financeira Myrian Lund. A diarista Tereza de Souza, 45 anos, percebeu isso na pele ao receber

a última conta de luz. De R$ 130, passou para R$ 427, com o uso de três aparelhos de ar condicionados

durante a noite. ―Com esse calor, não tive como não usar‖, contou.

Outra opção é checar a eficiência energética dos produtos. ―É importante que as pessoas observem na hora

da compra o selo Procel. Os produtos indicados são os que estão marcados com eficiência A, que indica

menos gasto de energia‖, detalhou Myrian. Desligar os equipamentos que ficam em stand by é outra boa

medida. ―A redução é pequena, mas, quando soma tudo, dá diferenca‖, assegurou.

A troca de lâmpadas incandescentes por opções de LED também reduz o gasto. ―Elas são caras

inicialmente, mas duram mais e geram economia significativa na conta. Pode chegar a uns 20%‖, declarou

a planejadora financeira. Evitar o desperdício também na hora de lavar e passar roupa pode ajudar. ―Juntar

mais roupas e lavar tudo de uma vez é melhor do ligar a máquina várias vezes‖, recomendou. O ferro e a

máquina de lavar louças também são usados o mínimo de vezes possível.

Saldo mensal

Se todas as dicas forem seguidas, a economia pode chegar a 50% da conta, dizem os especialistas. É isso

que o consumidor busca para compensar os reajustes salgados. O corretor de imóveis Pedro Roberto de

Oliveira, 48, é o típico consumidor consciente. Ele conta que, na casa onde mora com a mulher e o filho de

19 anos, só se lava roupa na máquina uma vez por semana e o ferro é ligado duas vezes, no máximo, por só

duas horas. ―Aproveito a água da máquina para lavar a calçada. No banho também temos o costume de

desligar o chuveiro enquanto nos ensaboamos‖, ensinou.

Além disso, as luzes da residência ampla ficam apagadas nos cômodos que não estão sendo usados e todos

os aparelhos são desligados da tomada. ―Menos a geladeira. É a única coisa que tem permissão de ficar

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permanentemente ligada‖, avisou. A conta no fim do mês registra 308 quilowatts consumidos, o que dá R$

142. A conta da água é bem menor: R$ 44. ―A gente economiza mesmo‖, enfatizou.

O militar aposentado Vilmar Melo, 60, segue a mesma linha. Ele, a mulher e os dois filhos conseguem

gastar só R$ 88 por mês de energia. O ferro foi abolido da rotina. ―Só compramos roupa que não precisa

passar, os banhos são rápidos, nada fica ligado inutilmente e máquina de lavar é usada uma vez por

semana‖, salientou.

Já na casa de Cleoni Soares Silva, 43, onde moram sete pessoas, a conta não fica por menos de R$ 500.

Com cinco quartos, a residência é protegida por cerca e portão elétricos, tem quatro tevês, geladeira,

freezer e micro-ondas. A máquina de lavar e o ferro são ligados duas vezes por semana. ―As crianças ficam

o dia inteiro na escola. Não são de abrir muito a geladeira. O máximo que usam são os computadores. Os

chuveiros têm aquecimento solar. Não entendo como gastamos tanto‖, lamentou. SIMONE KAFRUNI,

BÁRBARA NASCIMENTO, CELIA PERRONE – CORREIO BRAZILIENSE)