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Caio Barsoti O profissional da comunicação assume o desafio de garantir a qualidade dos serviços publicitários no país. Mídia Impressa Expansão do acesso a internet exige transformação dos profissionais e veículos. Fabra Neto Um dos criadores da campanha mais famosa da Brastemp avalia a propaganda atual e decreta: o mercado emburreceu Dicas Parte do sucesso de uma campanha nasce nacoleta de um bom briefing PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DA APP CAPÍTULO UBERLÂNDIA ANO 0 - N 0 02 - NOV/DEZ/JAN 2010 DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

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Caio BarsotiO profissional da comunicação assume o desafio de garantir a qualidade dos serviços publicitários no país.

Mídia ImpressaExpansão do acesso a internet exige transformação dos profissionais e veículos.

Fabra NetoUm dos criadores da campanha mais famosa da Brastemp avalia a propaganda atual e decreta: o mercado emburreceu

DicasParte do sucesso de uma campanha nasce nacoleta de um bom briefing

PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DA APP CAPÍTULO UBERLÂNDIAANO 0 - N0 02 - NOV/DEZ/JAN 2010

DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

capa_revista Canto do Galo.indd 1 11/11/2010 8:37:55 AM

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Revista Canto do GaloPublicação trimestral da APP UberlândiaEdição nº 02 – novembro / dezembro / janeiro

Conselho editorial:Adriano NovaesAnacleto NevesCarlos Magno D’armadaCélio CardosoFabiana BarcelosGustavo LazzariniJanaina DepinéLuiz Antônio Batista DiasJornalista responsável: Janaína Depiné Mtb 6668diretor responsável: Gustavo Lazzarini Mtb MG 05407 JPConteúdo e assessoria de imprensa:Lead AssessoriaColaboradores desta edição:Aline Morais Carolina Ikeda

Pérola NovaisRafael CândidoRaphael LalliJessica BlockHanny AngeleRenato CabralNeto (NIdéias)Aline Moraesdiretor Comercial:Célio CardosoFotógrafos colaboradores:Mauro MarquesCapa:Diferi Comunicação de ImpactoMarca:Fórmula PProdução e edição de arte:Meio&Mídia PublicaçõesRevisão:LeadPré-impressão:CTP Registro Digital

impressão:Gráfi ca Brasiltiragem:2000 exemplaresdistribuição:Conex Logística Integrada

Os anúncios e artigos publicados e assinados são de responsabilidade de seus autores. É expressamente proibida a reprodução, parcial ou total, sem autorização prévia da APP Uberlândia. Críticas e sugestões: [email protected] / 34 3237 4470Associação dos Profi ssionais de Propaganda - APP Capítulo Uberlândia Avenida Rondon Pacheco, 2.100Bairro Copacabana - Uberlândia-MGCEP: 38408-343 - Fone:(34) 3237-4470site: www.appuberlândia.com.brBlog: www.appudia.blogspot.comtwitt er: @APPUdiFacebook: APP Uberlândia

Conselho de administraçãoPresidente: Anacleto Nogueira NevesPrimeiro Vice-presidente: Júlio César M. de Paivasegundo Vice-presidente: Adriano G. Novaesdiretor: Gustavo Lazzarinidiretor: Renata M. C. Garciadiretor: Nilson Damacenodiretor: José Baptista de Moraes Netodiretor: Sérgio Gouveiadiretor: Antônio Luis de Freitasexecutivo Chefe: Tony Amaralsecretária executiva: Mariana Dias dos Santos

diretoria executivadiretor Financeiro: Rogério Peres da Fonsecadiretor Primeiro secretário: Janaína Depinédiretor segundo secretário: Ricardo Cunhadiretor: Rosane Luchodiretor: Paulo Fernando B. Souzadiretor: Leonardo Cerqueira Melodiretor: Noel Arantesdiretor: Daniel Labancadiretor: Paula Bernardesdiretor: José Ferreira Neto

diretor: Jurema Martinezdiretor: Ana Carolina Almeidadiretor: Alvim F. Costa NetoConselho FiscalPresidente: Adalberto Silvio DelucaMembro efetivo: Célio Cardoso dos Santossuplente: Marcelo Silvasuplente: Emerson Côrtes Carrijosuplente: David NunesConselho Consultivo Luiz Antonio B. DiasRogério NeryCarlos Roberto Viola

Pedro José Lacerda do NascimentoEriberto GussoniEverton MachadoZander JuniorEtt ore BraiaJosé ReinaldoDimas Le SenechalPaulo ZagoHamilton RochaRoberto Paul ChacurEduardo Guaratt oWladmir Marques Virote

Sobrevivemos ao primeiro round. E também ao segundo.O resultado parcial desta luta está em suas mãos: a 2ª edição da Revista Canto do Galo. Produzida por nossa Diretoria de Comunicação num trabalho conjunto com a Lead

Assessoria de Imprensa e tendo o apoio decisivo da Diretoria Social, esta revista tem a marca dos campeões Gustavo Lazzarini, Janaina Depiné e Célio Cardoso. Afi nal, não é sempre que encontramos parceiros tão determinados a não se deixarem abater pelas adversidades e permanecerem de pé nesta luta. Pois, se não sabem, editar uma revista no nosso mercado é quase tão difícil quanto enfrentar um grande campeão. Juro que eu preferia enfrentar o Mike Tyson!

Em nome da atual Diretoria da APP gostaria de agradecer a dedicação dessas pessoas. Se dizem que nós, os brasileiros, não podemos ver um brasileiro fazendo sucesso que logo encontramos um jeito de desmerecer suas qualidades, queremos fugir à regra. Ou melhor, reinventar uma nova prática, onde o reconhecimento possa ser efetivo, nominal, direto e de coração.

E tudo isso foi feito para você, associado da APP e profi ssional do nosso mercado de comunicação. Vale lembrar que outros rounds virão e como me disse o grande fi lósofo e amigo, Celso Machado, quando vencemos uma luta apenas conquistamos o direito de lutar com um adversário mais forte. Esta é a vida. E que bom que ela é assim!

Boa leitura!

EXPEDIENTE

anaCleto neVeSPresidente APP Uberlândia

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PALAVRA DO PRESIDENTE

diretoria aPP – Capítulo uberlândia – Biênio 2009/2010

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Uberlândia 34 3239.5800 | Franca 16 3707.3555 | Brasília 61 3343.0521comercial@grafi cabrasil.com.br | www.grafi cabrasil.com.br

A natureza sabe fazer bem feito...

Nós também!

graf_brasil_21x28_natureza.indd 2 25/10/2010 12:22:12

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Conheça os associados da aPP que fi zeram as ações e campanhas criativas no segundo semestre de 2010

Jornada APP 2010agência: Ei!quanta

direção de Criação: Gilberto GildoRedação: Diana Almeida

atendimento: Renata GarciaProdução de Vídeo: Imaginare Filmes

Produção de Áudio: A Voz da América

agência: know howPeça: Campanha Churrasco APPdireção de Criação: Adalberto Delucadireção de arte: Alessandra Carla Rocha ReisRedação: Adriana Chuffi RodriguesRevisão: Augusta Delucaatendimento: Antonio FreitasProdução Gráfi ca: Ana AntoniaProdução de Vídeo: Cinefi lmesÁudio: Voz da América

Mídia: TV Integração, TV Vitoriosa, Band, TV Paranaíba, Canal da GenteProdução de Camisetas: Chamativa ilustrações: Guilherme Silva (Guideki)assessoria de imprensa: Lead Pré-impressão: Registro Digitalimpressão: Gráfi ca Côrtesevento: Meio&Mídia Eventosdiretor Responsável: Célio Cardoso

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entrevista

É ASSIM UM...FABRA NETO

Revista Canto do Galo - Como entrou no mercado de publicidade? Como foi sua trajetória?

Fabra Neto - Comecei em Arquitetura e logo vi que minha paixão era Comunicação e Propaganda. Me formei nos Estados Unidos, vendi muito pastel na 5ª avenida, fui salva-vidas na St. Jonhs Beach e parquiei muito carro de madame, tudo para custear a universidade. Acho que isso me deu uma dimensão do valor da venda e da busca pelo ideal.

RCG - Você é presidente da Fabra & Quinteiro, mas o vemos assinando várias campanhas, seja na criação, design ou projeto gráfi co. Acha que o executivo de uma agência não deve deixar o publicitário de lado?

FN - O título nunca foi importante. A liderança tem que ser conquistada ao invés de ser imposta, não sou burocrata. Amo o que faço e atuo em várias áreas. O meu pessoal tem um lema aqui dentro “Se deixar, o Fabra vem e faz!”

RCG - Uma das campanhas inesquecíveis que tem a sua assinatura é “Não é assim uma Brastemp” que virou um jargão utilizado por muita gente até hoje. Como foi o processo de criação da primeira campanha dessa série?

FN - Gostaria de deixar bem claro os créditos dessa campanha: tenho muito orgulho de ter criado essa campanha junto com Ricardo Freire e no Planejamento Estratégico Fernando Quinteiro, hoje meu sócio, na Pesquisa Rita Almeida, e Julio Ribeiro sendo o maestro disso tudo. Diria que o processo de criação foi um processo onde o consumidor já estava falando que o grande desejo era ter sua Brastemp, mas que na época não conseguia. Quando chegou à Criação a

pesquisa, e o Planejamento detectou o sentimento de adquirir um produto Brastemp, Ricardo Freire e eu saímos com o conceito de “Não é assim uma Brastemp” e fechando o conceito que “Brastemp não tem comparação”.

RCG - Há muito tempo não vemos um slogan ser massifi cado assim (como o da Brastemp). Acha que a qualidade criativa da publicidade diminuiu ou o perfi l das campanhas mudou?

FN - Acho que o mercado emburreceu nos dois sentidos. Tanto as agências fi caram medrosas e deixaram de ousar, como os cliente fi caram temerosos em arriscar. A história nos ensina que todas as grandes campanhas sempre tiveram ou terão, acredito eu, a responsabilidade de 50% do cliente e 50% da agência, especifi camente no case Brastemp, credito o sucesso da campanha na postura do cliente em acreditar na ousadia da agência. Quando, há 20 anos, você imaginaria um líder de mercado em eletrodoméstico pudesse colocar uma campanha no ar, nacional, assumindo que o consumidor comprou outra marca ao invés da sua?

RCG - Em 2006 você já pensava em campanhas que utilizavam a internet como carro-chefe, como foi o caso da Epson. Como acredita que as novas mídias estão infl uenciando a propaganda?

FN - Sim. Toda a estratégia da Epson foi baseada em uma campanha viral, só que fi cou tão boa que a Epson dos Estados Unidos quis colocar na mídia convencional. Acredito que estamos no momento das novas mídias e como diz o ditado temos que surfar com as ondas do mercado!

O sucesso do publicitário Pascoal Fabra Neto, sócio da renomada agência Fabra & Quinteiro e dono de reconhecido talento, é resultado de muito trabalho, humildade e ousadia. Ele conversou com exclusividade com a Revista Canto do Galo. Conta como

criou célebres campanhas, o impacto das novas mídias e os rumos da propaganda.

JanaIna DePInÉLead

um dos criadores da campanha mais famosa da Brastemp avalia a propaganda atual e decreta: o mercado emburreceu

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RCG - A Fabra & Quinteiro atende o Bradesco e nas

últimas campanhas do banco o foco de “completo” mudou para

“presença”. Acha que a globalização está exigindo uma postura

diferente nos produtos e na forma de comunicá-los?

FN - No caso do Bradesco, tenho particularmente uma

posição quanto ao conceito “Completo” para a época foi

boa porém, na minha opinião, uma das maiores instituições

financeiras do Brasil é pressuposto básico. Já o conceito

“Presença” é o grande asset da Organização Bradesco. Pois o

banco atende de A a Z e sua presença em território nacional

é comprovadamente verdadeira, ou seja, este conceito tem

melhor aderência à organização. Respondendo quanto à

globalização: uma ideia universal é sempre melhor aceita

porque é entendida por todos.

RCG - Muitos publicitários se sentem amarrados pelo

briefing ou pela verba restrita do cliente. Qual a importância de

se extrapolar as limitações na hora de pensar uma campanha?

FN - Muitas vezes na minha carreira profissional ouvi de

vários clientes “verba não tem, verba se cria”. O que isso quer

dizer? Traga uma boa ideia que farei de tudo para colocá-la na

rua. Como um criador experiente, obedeço a um bom briefing,

e como um bom criador, sempre ouço minhas sinalizações

internas, avanço um pouco o sinal.

RCG - Para você criatividade nasce do ócio ou do trabalho duro?

FN - Já dizia Peter Drucker “Criatividade decorre do

aproveitamento das oportunidades e não da solução dos

problemas. Solução de problema só restaura normalidade e

oportunidade significa explorar novos caminhos”. Ou seja, é

osso duro de roer, é muito trabalho!

RCG - Qual campanha é seu grande orgulho?

FN - Várias campanhas que criei, ora participei como

autor, ora co-autor. Uma que me orgulho muito, quando

trabalhei com o Jornal da Tarde. Newton Pacheco e eu criamos

a campanha “Não deixe a CPI do Orçamento acabar em pizza”.

RCG - E qual gostaria de ter feito?

FN - São várias, mas como gráfico gostaria de ter feito

ABSOLUT. E outra campanha conceitual é a da Mastercard

“Não tem preço”.

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entrevista

CAIO BARSOTT I

Presidente do Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão), Caio Barsott i atuou em agências como Salles, Almap, Colucci e DPZ e em veículos como Lance, Scala FM, TV Sorocaba (SBT) e Yahoo. De 2003 a 2006 esteve no Governo Lula, como secretário de Comunicação Integrada da Presidência da República, exercendo as atividades de coordenação e supervisão da publicidade dos órgãos federais. Em 2006 assumiu a diretoria comercial das oito emissoras da Rede Paranaense de Comunicação.

No comando do Conselho, desde o final de 2009, Barsotti tem o desafio de garantir que as mais de duas mil agências certificadas cumpram as Normas-Padrão em vigor desde 98, mais do que isso ele tem o papel estratégico de garantir a qualidade em serviços, sem barrar a livre concorrência. Nessa entrevista exclusiva, ele trata do papel e dos desafios do Cenp na nova gestão.

Revista Canto do Galo - Quantas agências são hoje certifi cadas pelo Cenp no Brasil? E quantas você acredita que atuem sem a certifi cação?

Caio Barsott i - Neste momento temos o registro de 2592 agências certifi cadas no Brasil, das quais 297 estão em Minas Gerais, e 73 no Triângulo Mineiro. Desde o surgimento do Cenp, há 11 anos, já recebemos mais de 10 mil solicitações para certifi cação, este número é similar ao apontado pelo estudo feito pelo IBGE para a ABAP, e também às informações da Fenapro sobre o total de agências que cumprem a contribuição sindical anual para a Federação. Observando estes números, me parece que eles confi rmam que por um lado os critérios e o rito do processo para certifi cação é bastante rigoroso, assegurando aos anunciantes e veículos que as agências certifi cadas possuem condições que presumem uma qualidade superior em serviços de publicidade, e por outro que a livre concorrência reina plenamente em nosso país, pois demonstram que não há barreiras na autorregulação comercial contidas nas Normas-

Padrão da Atividade Publicitária que impeçam as empresas que ainda não tenham obtido o certifi cado de qualifi cação técnica expedido pelo CENP de operar no mercado.

RCG - O Conselho Executivo das Normas-Padrão tem como objetivo cumprir as Normas-Padrão da Atividade Publicitária. Como isso é assegurado?

Caio Barsott i - O funcionamento do CENP se dá por meio de seus organismos, todos com representação equilibrada de Anunciantes, Agências e Veículos, que são: Conselho Executivo, Conselho de Ética, Conselho Fiscal, Diretoria Executiva, Conselho Consultivo e Assembléia Geral. Nossa estrutura administrativa, embora enxuta, consegue acompanhar o que ocorre em nosso continental Brasil, graças à tecnologia, mas fundamentalmente pela cooperação de todos os líderes e profi ssionais que atuam no mercado, que nos informam continuamente sobre acontecimentos que possam sugerir comportamento anti-ético nas relações comerciais.Além destas informações, temos uma área de vistoria que visita regularmente as agências, observando de perto cada relação comercial existente com seus respectivos anunciantes. Esta agenda de visitas é formada tanto com base nas informações a que me referi acima, como por nossa iniciativa. Este ano realizamos até o momento aproximadamente 750 vistorias.São estas as principais fontes para que seja aberto, ou não, um procedimento no Conselho de Ética.

RCG - Qual o volume de denúncias de práticas ilegais ou irregulares que chegam ao Cenp mensalmente? Quem mais as faz, o cliente ou os próprios profissionais do mercado da comunicação?

Caio Barsott i - O volume de denúncias é baixo, em torno de três por mês e são, em quase sua totalidade, de agências queixando-se da postura adotada por veículos.

JanaIna DePInÉLead

depois de 11 anos da gestão de Petrônio Côrrea no Cenp, o profi ssional da comunicação assume o desafi o de garantir a qualidade dos serviços publicitários no país

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RCG - Como é o cumprimento do mercado mineiro em relação às normas-padrão? Existe algum dado específico para o Estado?

Caio Barsott i - As Normas-Padrão tratam fundamentalmente das relações éticas comerciais, e para garantir segurança e tranqüilidade a todo o sistema, não existe sequer a contabilização de casos que tenham sido objeto de atenção no Conselho de Ética. Somente as partes e os conselheiros deste organismo é que tem conhecimento dos casos. No entanto posso afi rmar que nestes 11 anos muito já foi feito, mas ainda temos muito a fazer. Esta consciência deve ser motivo de atenção e disposição de todos os líderes e profi ssionais de nossa atividade, notadamente do mercado mineiro de propaganda, uma vez que os fundamentos da autorregulação pressupõem como condição básica o compromisso de todos os agentes para a manutenção deste modelo bem sucedido e cada vez mais reconhecido frente aos mercados internacionais.

RCG - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou este ano a lei 12.232 que regulamenta as licitações e contratos administrativos para a escolha de agências de publicidade em todas as esferas do poder público (incluindo a União, Estados e Municípios e abrangendo o Executivo, Legislativo e Judiciário). De que forma essa lei corrobora com as práticas já adotadas pelo Cenp desde a sua fundação e como ela benefi cia o mercado?

Caio Barsott i - De várias maneiras. Esta lei conseguiu reunir as melhores práticas existentes tanto na iniciativa privada como na esfera pública. O Deputado José Eduardo Cardozo soube ouvir todos os setores impactados por esta lei, associar estas informações com as preocupações resultantes tanto da CPMI dos Correios, como fi cou conhecida, como dos levantamentos realizados pelo TCU à época. A Câmara e o Senado, por meio de suas comissões que analisaram a lei compreenderam que se tratava de um avanço signifi cativo para as relações público-privadas na contratação e execução de publicidade dos órgãos e, fi nalmente, o Presidente completou este processo, reconhecendo, portanto, o valor que têm as agências de publicidade para o serviço público, notadamente para o cumprimento do artigo 37 de nossa Carta Magna.

RCG - A nova lei também institucionalizou o Conselho

Executivo das Normas-Padrão (Cenp) como órgão certifi cador de qualidade do setor. De que forma isso ampliou a legitimidade do Cenp no mercado?

Caio Barsott i - Para nós do CENP é motivo de orgulho e muita responsabilidade o fato da entidade haver sido

reconhecida como certifi cadora da qualidade técnica das agências de publicidade, tornando obrigatório que serviços de publicidade, bem claros na lei, somente sejam contratados em agências que possuam este certifi cado. Com relação à legitimidade, minha opinião é que ela foi alcançada ao longo de todos estes anos de trabalho, e principalmente pela nossa história em implementação da autorregulamentação, que começou há 30 anos com a fundação do CONAR. Assim, a lei reconheceu que esta atividade realizada pelo CENP para a iniciativa privada de certifi cação de qualidade técnica das agências, reúne condições de oferecer ao Estado mais segurança em suas contratações, o que como já disse, é motivo de orgulho para todos nós que atuamos neste mercado, mas que trás também uma grande responsabilidade.

RCG - Você assumiu a presidência do Cenp no fi nal do 2009. Além da lei 12.232, quais as outras conquistas ocorreram na sua gestão até o momento?

Caio Barsott i - Seguramente a maior de todas as conquistas é termos conseguido concluir uma transição de forma serena e segura para o sistema. Depois de 11 anos de gestão do Petrônio Côrrea, a quem sempre serei grato por tudo que realizou em sua trajetória por nossa atividade, e também pelo convite para assumir este desafi o, nosso foco tem sido o fortalecimento institucional da entidade, garantindo o pleno funcionamento de seus organismos, estimulando cada vez mais o interesse pela agenda da autorregulação comercial. Tenho visitado muitos estados e suas regiões econômicas mais importantes, principalmente ouvindo, mas também levando informações que consideramos relevantes para o aprimoramento das relações comerciais, para o desenvolvimento de melhores práticas que tornem nosso negócio cada vez mais promissor, notadamente neste mundo em constante transformação em altíssima velocidade.

RCG - O CONAR e o CENP são órgãos distintos, com funções distintas, mas ambos garantem para consumidores e anunciantes um serviço de qualidade, tanto pelo funcionamento das agências como nos trabalhos que apresentam. Existe alguma ação feita em conjunto pelos dois órgãos? Como é essa relação?

Caio Barsott i - A relação é de respeito e companheirismo. Como você disse, são órgãos distintos, com agendas distintas. Nossa luta, no entanto, é a mesma: garantir a liberdade com responsabilidade, fortalecendo o modelo de autorregulação, por considerarmos que ele tem fundamentos democráticos, de elevada consciência cidadã e que tem se mostrado ao longo da história, uma contribuição tanto para o Estado e sociedade, como para toda nossa atividade publicitária.

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inovação

A ERA DAS REDES SOCIAIS E MÍDIAS ONLINE

ra Fael CÂnDIDoLead

Planejamento é o grande diferencial de uma comunicação bem sucedida nesse meio

A internet veio para romper barreiras e proporcionar uma interação global. As redes sociais, por exemplo, começaram tímidas e hoje já contam com um número grande de pessoas que a utilizam, tornando-se até ferramentas de publicidade de algumas empresas. Várias delas já realizam campanhas em redes como Orkut, Facebook e Twitter. Mas feita de forma aleatória e sem planejamento não gera resultado, pois para algumas empresas apenas esse tipo de comunicação não é o bastante. É necessário planejamento com prazos, estratégias e mensuração de resultados.

Existem grandes problemas com relação à empresa e a participação na internet. Um deles é a falta de um planejamento. Cada mídia tem sua personalidade e característica, cabe à organização avaliar em qual rede seu público está e como poderá interagir com ele. Mas, como uma marca/organização pode medir seu conteúdo e verifi car se sua participação na rede é efi caz para o negócio da empresa? Para o diretor do núcleo digital da APP, Felipe Garcia, “é preciso um planejamento bem feito na hora da divulgação online. Pois sem planejamento é impossível ter a certeza se uma campanha vai ter resultados positivos”, diz.

Para o responsável pelo planejamento de mídia online da Formula P, Bruno Figueredo, é preciso pensar no público e como atingir o objetivo da campanha. “Antigamente planejávamos campanhas para atingir uma massa. Você dava um tiro de canhão e atingia milhares de pessoas. Hoje em dia você

precisa suar a camisa e fazer várias ações. Afi nal, hoje existem vários grupos e segmentos. E para cada um deles é preciso um esforço, linguagem, uma mídia, uma ação. A mídia online permite a aferição em tempo real, o que proporciona você ir melhorando ou alterando sua campanha dependendo do nível de aceitação do pessoal na internet”, conta Bruno.

Ainda de acordo com Bruno Figueiredo, a internet sai à frente das outras mídias quando o assunto é medir o interesse do público pela propaganda. “Quando uma emissora vem vender uma cota de patrocínio de uma novela, jornal ou programa ela mostra os dados do IBOPE, se é líder de audiência, quantos pontos e domicílios que ela atinge. Mas nenhuma emissora consegue afirmar que aquelas pessoas prestaram atenção no seu VT. Aliás, no break comercial é a hora em que você vai na geladeira pegar um sorvete, tomar uma água, dá uma zapeada e confere a programação de outras emissoras, ou seja, o nível de dispersão é altíssimo, diferente da internet, que você consegue saber de que maneira o usuário reagiu frente a uma mídia”, disse.

diFeReNÇa de Mídia oNliNe e Redes soCiais

Como em todos os outros setores, as crises acontecem, o que não será diferente nas redes sociais, por isso é importante saber como lidar com esse problema. Não só com relação ao crescimento da rede, mas também com os comentários feitos.

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Por esse motivo é preciso separar mídia online e redes sociais. “A mídia online deve ser pensada como uma parte importante de qualquer campanha publicitária, de maneira integrada e que gere resultados positivos. Jamais deve ser apenas uma replica-ção de material feito para usar em TV, rádio ou revista. A mídia online deve ser pensada, criada e planejada pensando na intera-ção que o público pode vir a ter com a peça, com o vídeo, com a ação, com o banner, o e-mail marketing ou qualquer outra ação designada a uma plataforma que permite a interatividade”, conta Bruno Figueredo.

As redes sociais já são um meio de se conectar a outras pessoas na internet. Os sites de redes sociais geralmente funcionam tendo como base os perfis de usuário uma coleção de fatos sobre o que um usuário gosta, não gosta, seus interesses, hobbies, escolaridade, profissão ou qualquer outra coisa que ele queira compartilhar. Neles oferecem vários níveis de controle de privacidade. Por exemplo, o Orkut permite que outras pessoas encontrem o seu perfil, procurando pelo seu nome ou endereço de email, mas você pode proteger as informações particulares do seu perfil de qualquer um que você não tenha aprovado especificamente. No Twitter, você pode definir que suas atualizações sejam

particulares, podendo ser vistas apenas pelas pessoas que você aprovar. O objetivo das redes sociais é juntar um grupo de pessoas com quem você esteja interconectado por um ou mais fatores.

MoNitoraMeNto das Mídias

O monitoramento das mídias online é também um assunto que está sendo disseminado constantemente e permite que a empresa compreenda seu público, por meio das coletas de dados, tendo em vista que, “as peças de redes sociais tem muita liberdade e fogem de formatos já praticados pela propaganda tradicional. A percepção é diferente por parte de quem é impactado e a interatividade pode ser muito maior, já que estamos falando de um ambiente em que o visitante é que faz a demanda (on demand). Ele precisa ser envolvido”, afirma Felipe Garcia.

As organizações buscam uma aproximação do seu público e uma oportunidade para evitar danos à imagem e a reputação. O monitoramento das mídias sociais permite isso, pois, se feito de forma constante e com planejamento, os resultados auxiliam na melhoria dos processos da empresa.

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eventos

JORNADA APP É SUCESSOPresidente do CeNP elogia evento realizado pela aPP

alIne Mora ISLead

anacleto neves, presidente da APP, entre os palestrantes Caio barsott i, presidente do CENP e do advogado da APP Brasil, Paulo Gomes.

tony amaral, anacleto neves e Carlos Magno, respectivos executivo, presidente e diretor da APP ao lado dos palestrantes Caio barsotti e Paulo Gomes durante a programação da Jornada APP.

Gustavo lazzarini, anacleto neves e Célio Cardoso, todos da diretoria da APP ao lado de César dos Santos, gestor de contas da KSR Distribuidora no caminhão itinerante da empresa.

A Associação dos Profissionais de Propaganda - APP Capítulo Uberlândia realizou no dia 26 de outubro a Jornada APP, na Esamc. Com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentado do mercado de comunicação regional, o evento que foi aberto ao público, teve ampla programação e foi dividido em duas etapas.

Na primeira, pela manhã, os profi ssionais da comunicação puderam conhecer o caminhão itinerante da “Votorantim” FIBRA , equipado com sala para palestras e ofi cinas. Ele mostrou processos de fabricação de papel com sustentabilidade e ecoefi ciência. Em seguida participaram do Workshop de mídia on line, com Diego Daminelli, professor de Pós Graduação em Marketing Digital na ESPM-RJ.

Já à noite, na segunda parte do evento, foi a vez das palestras com Caio Barsotti, presidente do Conselho Executivo das Normas - Padrão (CENP) e Paulo Gomes que falou sobre a operação da Câmara Nacional de Arbitragem na Comunicação.

De acordo com o palestrante Caio Barsotti, presidente do CENP, que discutiu as relações de mercado entre anunciantes, agências, veículos e fornecedores, foi muito boa a conversa em Uberlândia. “Teve muita interação, perguntas inteligentes e pertinentes. Parabéns à APP pelo evento e aos participantes”, comenta.

A Jornada APP foi pensada para promover a capacitação e o desenvolvimento profissional, e em conseqüência fortalecer o mercado da comunicação da região.

De acordo com Tony Amaral, executivo da APP, “a jornada proporcionou uma agenda de trabalho voltada às questões de regulação do mercado de comunicação. Envolvendo agências, veículos, fornecedores e anunciantes. E principalmente, no que diz respeito às boas práticas e aspectos legais envolvendo comunicação”, avalia.

Ainda segundo o executivo a APP a realização de eventos de conteúdo como este, devem ser cada vez mais frequentes, pois são ações amplas e eficazes.

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canto do galo

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Concorrência em alta?

Sem tempo para elaboraruma estratégia de marketing?C

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tecnologia

REALIDADE MUITO MAIS VIRTUAL

JanaIna DePInÉLead

tecnologia revoluciona a publicidade e se populariza

Um mundo dos sonhos gerado por computador. Poderia ser o enredo da trilogia Matrix, mas é uma boa defi nição para a Realidade Aumentada. Segundo o especialista Ronald Azuma, a Realidade Aumentada (RA ) “é um ambiente que envolve tanto realidade virtual como elementos do mundo real, criando um ambiente misto em tempo real. Por exemplo, um usuário da RA pode utilizar óculos translúcidos, e através destes, poderia ver o mundo real, bem como imagens geradas por computador projetadas no mundo”.

A prática já está repleta de exemplos concretos da RA . Quem viu as imagens de patrocinadores e tira-teimas de lances projetados nos campos de futebol durante a Copa do Mundo na áfrica, conheceu a Realidade Aumentada, mesmo sem saber que ela possuía esse nome. “A Realidade Aumentada (ou Augmented Reality), defi nida de uma forma bem simples, é a adição de elementos virtuais (imagens, vídeos, informações e sensações) ao mundo real. Em pouco tempo a RA poderá transformar diversas áreas do nosso universo – nossa educação, construção, saúde,exército e, pricipalmente, a indústria de games e entretenimento”, acredita Marlos Carmo, diretor da agência 5 Cliks, de Belo Horizonte.

Com a tecnologia de Realidade Aumentada aplicada é possível fazer coisas que até então eram inimagináveis. “Já pensou em trocar o cabeçote do motor do seu carro, sem entender nada de mecânica? Ou ir para um grande gramado sozinho e jogar futebol com seus amigos a distância, podendo correr, chutar e até comemorar junto com a torcida? Ou fazer uma cirurgia simples, sem ao menos ter frequentado uma aula

de medicina? Tudo isso parece impossível, mas serão cenários viáveis em um futuro bem próximo”, provoca Marlos.

Mas a popularização da Realidade Aumentada veio mesmo quando ela passou a ser utilizada em peças publicitárias. O fi lme Avatar é um bom exemplo. Não só retrata o RA no futuro, em 2154 para ser exata, como o utilizou na campanha de divulgação.

Entre as montadoras, por exemplo, a Mini foi a pioneira

Marlo Carmo, da 5 Click

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a usar essa tecnologia. Em uma peça numa revista alemã havia um símbolo que direcionado para a webcam projetava um modelo do Mini-Cooper em 3D na tela. Já no Brasil, a primeira a fazer a experiência virtual foi a Chevrolet que lançou um hotsite para a nova campanha do Vectra GT no qual o visitante podia dirigir um modelo do automóvel através dos movimentos da revista, na qual veio impresso um volante e uma chamada para o site.

uBeRlÂNdia e a ra

Segundo a Dpi Filmes, pioneira em RA no mercado de Uberlândia, apesar da Realidade Aumentada ainda estar em uma fase inicial de desenvolvimento, aplicações incríveis já foram criadas localmente. “Em parceria com agências de propaganda como a R&B e a Fórmula P temos desenvolvido programações de códigos de RA para os clientes deles. Utilizamos tecnologia que dispensa o uso da internet para ver a Realidade Aumentada, o que o que facilita a interação e torna a aplicação mais atrativa e ágil”, informa a impresa.

Outra ação interessante foi a da Feijoada APP, cujo convite possuía um código de RA para visualização do vídeo da campanha. Recentemente a Revista Cult também aderiu à novidade.

Quem também fez uma ação com RA foi o Grupo Algar. “Fizemos para Algar Tecnologia uma RA para um folder institucional que mostrava o novo vídeo da empresa ao ser posicionado em frente à Webcam”, explica Bruno Figueiredo, gestor da P Interactive, responsável pela ação.

o FutuRo

Para a equipe da Dpi, as possibilidades da RA são infi nitas. “Estão sendo trabalhados novos estágios no desenvolvimento da

tecnologia, que vão elevar ainda mais as possibilidades para muito além das que temos disponíveis hoje. Imagine poder abrir um livro qualquer e assistir à batalha do bandido contra o mocinho, naquela história épica e sangrenta. Nenhum monitor seria necessário, pois o livro viria com óculos especiais que criariam as imagens diante dos seus olhos, a cada nova página aberta”, prevê a produtora.

Marlos Carmo concorda. “O mundo virtual cada vez mais se confunde com o mundo real. Num futuro bem próximo, quando vermos um sujeito de óculos escuros na rua, falando sozinho e gesticulando, não vamos poder rotulá-lo de louco – ele pode estar apenas em uma reunião importante bem longe dali. RoboCop ainda está em um futuro distante, mas sua “visão além do alcance” à moda Th undercats será possível em breve”.

CoMo FuNCioNa

Marlos Carmo, da 5 Clik, explica que o funcionamento da Realidade Aumentada é, basicamente, uma sobreposição de gráfi cos na esfera real sendo atualizados constantemente. Em alguns casos, são necessários três componentes para o seu funcionamento:• Vídeo-Capacete: atualmente utilizam-se capacetes com visores que captam a imagem que o usuário esta vendo e a reproduzem em um visor com informações sobre o que está

sendo observado.• Tecnologia de rastreamento e orientação:

tecnologias de identifi cação de posicionamento de rastreamento do usuário. Essas informações devem ser muito mais precisas do que os GPSs que encontramos no mercado, pois este tipo de tecnologia precisa de dispositivos que tenham precisão de milímetros. A orientação é o que identifi ca de forma milimétrica o posicionamento do corpo, da cabeça e do olhar do usuário, para que a experiência seja a mais próxima possível do real. • Dispositivo de computação móvel: para captar a visão, interpretar e gerar gráfi cos em tempo real é preciso que haja um processamento rápido e compacto. Muito tem se pesquisado sobre estes tipos de dispositivos.

Para conseguir visualizar, acesse: www.ideiasdpi.com.br/app e ligue sua webcam;

Posicione o símbolo da Realidade Aumenta que se encontra na revista em frente a webcam, procure deixar a página sempre plano, sem dobras. Feito isso, você conseguirá visualizar o conteúdo com sucesso.

Certi�que se o local onde você se encontra tem boa iluminação e se sua webcam está ligada efuncionando perfeitamente;

1- Para conseguir visualizar, acesse: www.ideiasdpi.com.br/app e ligue sua webcam;2 - Certique se o local onde você se encontra tem boa iluminação e se sua webcam está ligada e funcionando perfeitamente;3 - Posicione o símbolo da Realidade Aumenta que se encontra na revista em frente a webcam, procure deixar a página sempre plano, sem dobras. Feito isso, você conseguirá visualizar o conteúdo com sucesso.

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tecnologia

MiNi

Campanha da montadora de carros MINI sobre sua versão Mini Cabrio, na qual você acessava o hotsite da campanha, apontava a contracapa de uma revista para a webcam e através da Realidade Aumentada é gerado uma projeção 3D do carro que se movimenta de acordo com a movimentação da revista.

toPPs 3d liVe CaRds

Ao comprar fi gurinhas do álbum da liga de baseball americana, o usuário pode entrar no hotsite apontar as “live cards” para a câmera e ver o personagem da fi gurinha projetado em 3D sobre a fi gurinha real de forma animada e interativa. É possível até jogar com as imagens geradas.

CoCa­Cola ZeRo

A Coca-Cola lançou uma embalagem promocional do seu produto Coca-Cola Zero com uma etiqueta “AVTR” (tag-3D) juntamente com uma URL para ativar a realidade aumentada.

MaTT el

A Matt el, maior fabricante de brinquedos do mundo, anunciou a nova linha de produtos vinculados a um fi lme. Cada embalagem de brinquedo continha uma etiqueta (tag-3D) para que, ao serem exibidas em frente a webcam, dessem vida ao brinquedo no mundo on-line.

Bons exemplos de ra

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video

CINEMA NACIONAL CRESCE E CONQUISTA PÚBLICO

alIne Mora ISLead

as produções nacionais lotam as bilheterias. Na publicidade, bom momento não é percebido

Desde que chegou ao Brasil o cinema encanta pessoas em diversos estados. Mas, como produto nacional é sempre alvo de críticas e opiniões diversas, a produção local passou por várias fases e tendências diferentes. A primeira sessão de cinema no país foi no Rio de Janeiro, na Rua do Ouvidor em 1886, com a exibição de gala, de um filme que mostrava cenas da cidade, dentre elas a baía da Guanabara. Nesse período as exibições eram precárias, devido o fornecimento de energia elétrica no país.

Mais de 100 anos se passaram depois dessa primeira exibição, mas foi só a partir dos anos 50 e 60 que o cinema novo conseguiu introduzir temáticas e linguagens nacionais. Com a chegada da década de 80, a crise nas artes atingiu o cinema, que passou a registrar fi lmes de consumo fácil: as chamadas pornochanchadas. A partir da década de 90, com o ressurgimento do nosso cinema, as produções voltaram a fazer sucesso tanto no Brasil, como no exterior. Hoje o país se destaca por suas produções que são sucesso de bilheterias.

O jornalista e crítico de cinema, Kelson Venâncio destaca essa mudança: “Acredito que o cinema brasileiro nunca passou por uma fase tão boa quanto à atual. Nunca tivemos tantos fi lmes bem produzidos como agora. É claro que no passado tivemos bons fi lmes nacionais, especialmente

na era do chamado "Cinema Novo" e grandes diretores como o inesquecível Glauber Rocha. Mas, nada de grandes investimentos nessa área, o que se agravou com os cortes de verbas por causa da crise fi nanceira pela qual o Brasil passava, especialmente na década de 80. Com isso, os fi lmes nacionais se resumiam a alusões eróticas e sem grande expressão cultural. Felizmente essa fase passou e hoje temos vários fi lmes brasileiros que são muito melhores que diversas produções hollywoodianas. E em vários quesitos: produção, direção, fotografi a, roteiro e interpretação”, afi rma.

Depois dessa reestruturação do cinema, as salas de fi lmes nacionais estão voltando a ganhar a presença do público. Antes com o declínio das produções nacionais o público exigia cada vez mais fi lmes norte-americanos. Hoje esse cenário mudou e as produções estão cada vez melhores.

Segundo Sérgio Labruna, publicitário, diretor artístico e professor, alguns fatores explicam a procura por fi lmes nacionais. “Melhoramos em tecnologia, principalmente o som que foi sempre nosso calcanhar-de-aquiles. Melhoramos em distribuição e nas parcerias de produção com os exibidores. As leis de incentivo ao audiovisual também ampliaram as possibilidades de apoio e patrocínio e a captação tem aumentado em todo o país. É como já se sabe: quanto mais

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democracia, mais tempo para o lazer e para a cultura”, conta.Que o cinema brasileiro melhorou isso é fato, como

destaca Daniel Labanca, diretor da Cinefi lmes, produtora de fi lmes em Uberlândia. “A partir de fi lmes como Bicho de sete cabeças, O Quatrilho e Central do Brasil, a diferença das produções – e por consequência a percepção do público – foi notável. Prova disto é que as fi las e a expectativa diante de lançamentos nacionais recentes eram inimagináveis antigamente", afi rma. Daniel ainda cita recentes lançamentos nacionais que já estão causando imensas fi las nos cinemas brasileiros. “Veja o caso de Tropa de Elite 2, que na primeira semana de exibição já encontra difi culdade para se comprar ingressos dada a alta procura. E também no recente Nosso Lar que bateu recordes de bilheteria e também de investimento técnico na produção, utilizando recursos avançados de produção e pós-produção para fi lmes nacionais”, cita.

O cinema nacional, se continuar neste mesmo perfi l citado por Labanca deve estimular investimentos e apoio dos empresários brasileiros, pois este é um dos problemas encontrados no ramo atualmente. Quando um produto é bem trabalhado e sua qualidade técnica segue a excelência, o retorno para empresários é certo, quando se associa uma marca a uma produção cultural de qualidade.

Kelson Venâncio ainda dá a dica de como melhorar ainda mais as produções nacionais. “Em minha opinião a única coisa que falta é investirmos em histórias diferentes de tráfi co de drogas, favelas, corrupção policial, pobreza e violência que é a fórmula mais explorada atualmente no cinema nacional. Não que isso não esteja dando certo, mas acho que temos capacidade de criar boas histórias diferentes dessas.”, sugere.

Um dos ramos da produção de fi lmes no país é o voltado para a publicidade. Não tão antigo quanto o cinema tradicional, mas que também carrega uma bagagem grande de produções que marcaram a história. Porém quando se fala em premiação, a produção de fi lmes publicitários não anda tão bem assim.

Neste ano, na 57ª edição do Festival Internacional de Publicidade de Cannes, que é o maior festival da área, sediado na Riviera Francesa, o Brasil teve um desempenho histórico, alcançando a marca de 58 troféus. Mas apenas um leão de prata foi destinado a categoria de fi lme, que foi a peça da agência BorghiErh/Lowe com o comercial criado para o detergente em pó Skip, da Unilever.

Quando se fala em fi lmes publicitários, Anacleto Neves, presidente da Associação dos Profi ssionais de Propaganda – APP Capítulo Uberlândia, não destaca nenhuma produção. “Apesar de termos comerciais com boas ideias criativas, sinto falta de um bom texto”, diz.

De acordo com Anacleto o desempenho do Brasil

em Cannes, na categoria de fi lmes, não mudou muito na ultima década. “Grande parte do nosso reconhecimento internacional está na alta qualidade dos materiais produzidos para mídia impressa. Quanto aos fi lmes, não acho que está faltando criatividade. A geração atual é tão criativa quanto as que a sucedeu, o que faz nossa propaganda uma das mais admiradas do mundo”, afi rma.

Mas esse baixo reconhecimento tem explicação para o publicitário: “Não gosto de fi lmes na TV com o que chamo de “estética de internet”, ou seja, fi lmes feitos com pouco acabamento. Na internet funciona, mas na TV soa como um material mambembe e de qualidade duvidosa”, diz.

Durante o festival foram distribuídos 787 troféus em forma de Leões de Ouro, Prata e Bronze ao melhor da propaganda em 12 categorias. Ao todo 90 países concorreram na competição. O Brasil teve ainda um leão de ouro na categoria de agência do ano em Cannes Lions 2010, que foi para a agência de propaganda paulista, AlmapBBDO.

Filmes publicitários não sentem impacto

Para o diretor Daniel labanca,

melhoria nas produção foi decisiva

Para o publicitário anacleto neves fi lmes publicitáriospecam pela “estética da internet”

O especialistaKelson Venâncio comemora bom momento do cinema nacional

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tendência

OS NOVOS CAMINHOS DA MÍDIA IMPRESSA

PÉRola noVaISLead

expansão do acesso à internet exige transformação dos profi ssionais e veículos

A pergunta de 10 entre 10 profissionais da comunicação é: num mundo tão virtualizado, qual será o futuro das mídias impressas?

Sabe-se do poder da internet e da infl uência deste canal de comunicação entre as pessoas do mundo todo por vários motivos: maior interatividade, maior dinamismo e rápido acesso às informações. A “mágica” da internet está em conectar pessoas de todos os lugares do mundo instantaneamente.

Portanto, não há como comparar a agilidade própria da internet com a da mídia impressa. Um fato que acontece no momento em que você lê esta matéria será notícia instantaneamente nos sites. Já o processo de impressão é mais lento e burocrático para uma revista ou jornal.

Falar em um “desaparecimento” da mídia impressa pode ser arriscado, mas quem atua na área é unânime em dizer que o veículo vai passar por uma grande transformação, sim. E mais, o processo já começou.

“Para sobreviver tem que se transformar urgentemente. O que o leitor vai ler amanhã já está hoje nos sites informativos. A mídia impressa precisa oferecer mais opiniões, levar à refl exão, disponibilizar um viés diferente de texto puramente informativo. Conteúdos com esse alinhamento são postados imediatamente na rede”, afi rma o jornalista e empresário na área de comunicação há 10 anos, Gino Carneiro.

Empresas de veículos impressos, pensando nessa competitividade com a mídia on line, têm procurado investir em recursos e em talentos humanos que estejam aptos para um trabalho que exige do profissional de comunicação mais dinamismo e familiaridade com a tecnologia. “No Correio (jornal) criamos o projeto de convergência de mídias que visa envolver nossos profissionais na elaboração de conteúdos jornalísticos para atender tanto à mídia impressa quanto à virtual’, diz Cézar Honório, coordenador de conteúdo da Algar Mídia.

a MoRte do JoRNal

Recentemente uma notícia abalou os veículos de comunicação impressa e profi ssionais do meio. Com 119 anos de tradição, o Jornal do Brasil (famoso JB) confi rmava à todos o fi m de sua circulação impressa e manutenção no mercado apenas por meio de versão on line.

Para os profi ssionais do meio o fi m do JB foi um fato isolado. “Foi uma aposta em um mercado ainda incipiente. O jornal impresso, tamanho “standart” (tamanho padrão da maioria dos jornais brasileiros), está sendo substituído para um formato mais fácil de manusear e ler. Isso já é uma tendência mundial”, defende Gregório José, diretor do Jornal Gazeta de Uberlândia.

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PuBliCidade oN liNe

A publicidade, sustentáculo dos veículos, mostra grande

interesse na mídia on line, por isso os tradicionais impressos

estão correndo para se adaptar às exigências dos internautas.

Um exemplo é o Valor Econômico, considerado o maior

jornal de economia, negócios e fi nanças do país. Recentemente,

em parceria com a Aunica (uma companhia de métricas para

mídias digitais), criou novos formatos de publicidade online

considerados de alta qualidade técnica e que permitem uma

maior possibilidade de comunicação com o usuário, além de

serem “peças” mais impactantes e mais interativas. “Apostamos

nesta fórmula que, ao longo do tempo, tem se provado muito

efi caz na mídia online”, diz Renata Aguiar, Gerente de Produtos

Digitais do Valor Econômico.

Dos novos formatos apresentados como publicidade na

versão online do Valor Econômico, dois se destacam: o Super

Pushdown e Arroba Pushdown que expandem sob demanda

do usuário, dão maior destaque ao anúncio e oferecem recursos

diferenciados, como realidade aumentada, animações em

3D ou em fl ash, redes sociais e vídeos. “Além destes, teremos

o Arroba Vídeo, Vídeo Layer e Wallpaper que também

possibilitam uma maior interação do usuário com a marca do

anunciante”, completa Aguiar.

FutuRoloGia

Já em 2006, o tradicional Th e Economist trouxe uma reportagem especial de capa: “Quem matou o jornal?”. A matéria dizia que de todos os meios ‘antigos’, os jornais são os que têm mais a perder para a internet. “A circulação tem caído nos Estados Unidos, na Europa ocidental, na América Latina, na Austrália e na Nova Zelândia (nos outros lugares, as vendas sobem). Mas, nos últimos anos, a web acentuou o declínio. Em seu livro Th e Vanishing Newspaper, Philip Meyer calcula que o primeiro trimestre de 2043 será o momento em que o jornal impresso morrerá nos Estados Unidos, quando o último leitor cansado colocar de lado a última edição amarrotada”, dizia a reportagem.

De acordo com o estudo, as audiências mais jovens estão sim interessadas em notícias, mas querem isto em novas plataformas, com formatos que se encaixem melhor nos conceitos destes consumidores.

Tudo indica que muitos jornais estão acordando, depois de anos ignorando a realidade. “Muitos estão tentando atrair jovens leitores direcionando o conteúdo de suas histórias para o entretenimento, estilos de vida e assuntos que pareçam mais relevantes à vida diária das pessoas do que as notícias internacionais e de política. Eles estão tentando criar novos negócios dentro e fora da internet, além de investir em jornais diários gratuitos, que não esgote nenhum de seus limitados recursos editoriais”, avalia o professor e publicitário Henrique Santos.

Cézar Honório Jornal Correio de Uberlândia já começou o projeto de convergência

Gino Carneiro defende a transformação urgente dos impressos

Gregório José defende uma mudança de formato

Florença Goulart

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anuncio CULT set 100.000 final

segunda-feira, 8 de novembro de 2010 16:19:50

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anuncio CULT set 100.000 final

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benefi cios

ASSOCIADOS Já ESTÃO COM APP CARD/POLICARD

Já são mais de 20 o número de associados APP que fi zeram o APP Card e o disponibilizaram aos colaboradores. O APP Card/Policard é fruto de uma parceria entre a APP e a Policard, formalizado no último trimestre, na Certifi cação Anual das empresas associadas edição 2010.

Com o cartão os usuários podem realizar compras com prazo de até 40 dias para pagar, fazer saques, pagar contas, entre outros benefícios. Quem saiu a frete e se tornou o primeiro associado a receber o APP Card/Policard foi à agência, Magno Publicidade. A entrega dos cartões à equipe foi feita no dia 20 de agosto.

Para Carlos Magno, diretor da agência, o processo para fazer o cartão foi simples. “Entrei em contato com o consultor, recebia a visita onde todos os pontos foram esclarecidos. Então, preenchemos a proposta e anexamos alguns documentos. São inúmeras as vantagens, como o adiantamento salarial, a segurança para saques e a praticidade de uso em toda a rede credenciada”, explica.

Este benefício disponibilizado pela APP tem um valor muito grande, de acordo com o publicitário. “Primeiro devemos destacar a imagem da entidade, que representa o mercado publicitário. O fortalecendo com atitudes e ações que são mais

importantes que discursos e belas palavras. Ter um cartão com

a marca APP é ter orgulho de pertencer a uma profi ssão que

ajuda no desenvolvimento do país. Devemos portar e usar o

cartão APP como um advogado faz com a carteira da OAB”,

afi rma o publicitário.

PaRCeRia

De acordo com Anderson Oliveira, consultor da Policard,

“a parceria com a APP é de grande importância. Uma vez que

uniram duas marcas de grande representatividade em uma ação

inovadora, pela qual a APP oferece um grande diferencial aos

associados não só no ponto de vista de custos, mas também no

que se refere ao fortalecimento das duas instituições”, afi rma.

Está parceria das instituições foi à primeira de outras,

que segundo o consultor já estão em desenvolvimento, como

Campinas, Ribeirão Preto, entre outras. Ele ainda garante que

as vantagens para os associados são ótimas, pois o APP Card

“não é cartão de crédito. Portanto, não gera cobrança de juros e

não induz os funcionários a endividamentos, ou seja, tudo que

ele adquirir será automaticamente descontado na sua folha de

pagamento do mês”, conta.

CoMo adQuiRiR o CaRtÃo?Para quem não aderiu ao cartão e quer oferecer o

benefício aos funcionários é simples. Basta estar com o cadastro regularizado na APP e ter empresa registrada. O contato pode ser realizado com a secretaria da APP ou com a equipe comercial da Policard no (34) 3233-3430 ou 3233-3426.

VaNtaGeNs do aPP CaRd- Até 40 dias para pagar as compras realizadas; - Pagamento de contas;- Parcelamento de compras;- Crédito automático; - Desconto em folha; - Sem consulta ao SERA SA/SPC; - Aceito em milhares de estabelecimentos.

Parceria entre Policard e aPP gera benefícios

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dicas

DE HERÓI A VILÃO, O BRIEFING PEDE PASSAGEM

CaRolIna IKeDaLead

Parte do sucesso de uma campanha nasce na coleta de um bom briefi ngCompleto, claro e objetivo. Estas são algumas características

de um bom briefi ng e o sucesso de um trabalho ou produto está diretamente ligado a ele. Conjunto de informações do cliente que possibilita a equipe de trabalho envolvida a compreender e mensurar o projeto, o briefi ng tem o poder de evitar problemas futuros numa campanha ou peça de comunicação.

Cada agência ou empresa possui estilos de briefi ng diferentes de acordo com o seu modelo de negócio e estrutura interna. Porém, o importante é que todos contenham especifi cações básicas como o perfi l do cliente, qual o produto a ser desenvolvido, o conceito, para quem se destina e os recursos produtivos.

“O briefi ng é o guia que orienta o trabalho da agência de forma alinhada com os objetivos do cliente. É uma ferramenta que provoca o raciocínio crítico e a organização de todos. É a linha mestre que une todas as partes. E é a parte mais interessante e gostosa do trabalho do atendimento”, explica a executiva de contas do Grupo Creative, Gisela Monteiro.

Segundo Alvim Fagundes, diretor da agência Hip Comunicação, hoje o que diferencia uma agência sólida das outras na hora de fechar novos negócios é o conhecimento total da atividade do cliente o que só é permitido através da coleta do briefi ng. “Para se ter um bom briefi ng é importante ser curioso e paciente. Não é na primeira reunião com o cliente que você sairá com todas as informações. Nem sempre o cliente tem o conhecimento e os objetivos claros, portanto devemos também ser assessores e não apenas fornecedor. Devemos ter a sensibilidade em obter as informações e resumi-las de uma maneira clara e objetiva”, pontua Alvim.

Gisela reforça ainda que além de se conhecer bem o cliente, o profi ssional deve ser atualizado, alinhado com a equipe interna

da agência e com os fornecedores e ter boas noções de produção, mídia e visão de longo prazo do mercado publicitário.

Convencer os clientes da importância do briefi ng, às vezes pode ser uma tarefa difícil, uma vez que o mesmo é encarado como uma ação simples e imediata. E é aí que mora o perigo, pois um briefi ng ruim leva a um projeto ruim. As consequências, relata Gisela, vão desde a refação de peças, perda de tempo e fi nanceira e até a mais grave de todas que é a insatisfação do cliente.

Alvim ressalta que um briefi ng dado ou coletado de forma errada signifi ca horas de trabalho jogadas no lixo. “Podemos dizer que ele é o ‘caminho do tesouro perdido’. Quando uma empresa nos contrata, na maioria das vezes, está claro o que o cliente quer, porém ele não sabe como chegar lá. E quando não temos as informações corretas, acabamos conduzindo toda a campanha de maneira errada”.

Mas o errado “às vezes”, e com muita sorte, pode dar certo. Fagundes conta que certa vez colheram um briefi ng incompleto e no meio do processo a agência desenvolveu outro trabalho que acabou aprovado.

O mais comum mesmo é um briefi ng errado levar ao insucesso. “Houve uma concorrência em que participamos e que não havíamos defi nido com o cliente o “tom da campanha”. Defi nimos por conta própria considerando o perfi l de compra do público-alvo. No entanto, os empresários que iriam aprová-la eram todos mais velhos e bem conservadores. Nós levamos uma campanha com um excelente planejamento de mídia e criação, mas a criação estava voltada para o lado cômico. Resultado: na hora em que apresentamos as peças pude ver na expressão de cada um que não tinham aprovado”, relembra Alvim.

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Muito eXteNso

Por ser excessivamente elaborado, abarrotado de todos

os fatos que possivelmente podem ser do uso de alguém,

levam ao desperdício de tempo (e conseqüentemente

dinheiro) na sua preparação e leitura. Ele tende a confundir

e não a esclarecer. Não é errado somente porque é longo,

mas porque não é seletivo.

deMasiadaMeNte sisteMatiZado

Aqui o perigo é que o sistema se torna mais

importante que a informação que deveria ser resumida e

transmitida. Consequentemente, ele tende a atrapalhar e

não a ajudar, a confundir e não a esclarecer. Um exemplo

típico é um questionário excessivamente elaborado que

tenta dar a todos os aspectos uma importância igual quer

sejam relevantes ou não.

CuRto deMais

Isso signifi ca um briefi ng com defi ciências de

informação, deixando muito espaço para o pensamento

ilimitado do pessoal criativo. Como resultado, suas

ideias podem não ser direcionadas para o foco correto,

causando preocupações para os dois lados: a agência fi ca naturalmente aborrecida quando uma ideia brilhante tem que ser rejeitada porque a ênfase está errada ou porque ela não considera uma parte importante da estratégia de marketing; e o anunciante – que é o responsável pelos custos – fi ca frustrado pelo atraso do processo, pois tudo precisa ser refeito.

Muito doGMÁtiCo

Isso pode ocorrer, por exemplo, quando alguém na organização do cliente tem ideias fortes, pré-concebidas sobre qual deve ser o approach da propaganda. Pode também ocorrer quando as conclusões da pesquisa são interpretadas muito literalmente.

Na Hora e MaNeira eRra da

A falta de coordenação leva a idéias confusas e até confl itantes. Muitas reuniões, poucas reuniões. Muito tempo gasto com coisas secundárias. Pouquíssimo tempo para o desenvolvimento criativo – ou talvez até muito, tornando o interesse e o entusiasmo menores.

Fonte: “Propaganda de A a Z” de Rafael Sampaio

os erros mais comunsencontrados nos briefi ngs :

Alvim Fagundes garante que um bom briefi ng nasce da curiosidade e paciência Gisela Monteiro defende o briefi ng como a melhor parte do atendimento

signifi cadoA palavra briefi ng vem do dicionário do inglês “to brief ”: resumir

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áudio

POR TRáS DOS JINGLES E SPOTS

alIne Mora ISLead

Produtoras de áudio se especializam e oferecem profi ssionalização ao mercado publicitário

A produção de áudio na propaganda sempre foi importante numa divulgação, seja no rádio, TV ou qualquer outro meio de comunicação. Tanto que hoje produtoras trabalham para contribuir com o sucesso da publicidade e propaganda e se especializaram na produção de áudio.

O rádio já em 1931 veiculava comerciais em sua programação. Feitos, na grande maioria, por cantores, locutores e artistas da época. Radialista, jornalista e publicitário, Jorge Chamberlain começou a atuar no rádio na década de 70 e se lembra como era a publicidade naquela época: “As publicidades no rádio eram feitas por locutores e rádioatores, nos inter-programas ou espaços comerciais, com textos lidos ao vivo. Com o passar do tempo foram acrescentados aos materiais lidos, gravações”, afi rma.

O profi ssional se recorda de que nessa mistura de ao vivo e gravado passou por situações cômicas e até mesmo constrangedoras. “Costumava-se nessa mistura de participações ao vivo e gravada, utilizar o prefi xo da emissora para separar as notas de falecimento, frequentes nas rádios do interior até hoje. Certo dia, um técnico de som (hoje operador de som) cometeu um ligeiro engano. Colocou após a fala do locutor um spot gravado de um produto novo no mercado. Quando a voz pesarosa concluía: ‘... noticiamos o falecimento da Senhora Maria das Dores Barata’. Veio logo o spot: ‘Aquela baratinha morreu, Rodox mata mesmo’, propagava a alegre voz gravada. Confusão à parte, os velhos jingles e spots fi zeram muito sucesso, curaram pessoas, mudaram hábitos e muito jingle virou música de carnaval”, lembra Chamberlain.

Mas muita coisa mudou na propaganda e com a produção e áudio não foi diferente. Empresas especializadas em áudio

para comerciais surgiram, como a Cia. Royal que em 1935 produzia spots e jingles, e se expandiram com o advento da tecnologia. Hoje já estão consolidadas no mercado, sendo responsáveis pela maioria das produções.

Hermes Negrão foi locutor de rádio e há 18 anos abriu a própria produtora de áudio. “Percebi que havia uma procura muito grande por produções de áudio profi ssional, então comecei muito tímido no início 1989”. Para ele essa mídia deveria ser mais explorada: “Apesar de alguns publicitários considerarem a propaganda no rádio apenas como um complemento de outras mídias é necessário destacar que existem grandes anunciantes que vivem apenas de rádio. E boas ideias criadas para o rádio, não apenas usando o áudio de um VT, dão resultado”, afi rma.

A má utilização das mídias é hoje um problema que, de fato, afeta o bom resultado da propaganda. Márcio Alvarenga é jornalista e trabalha em rádio desde 1964. Para ele a publicidade é vital para a sobrevivência de um veículo, mas que no caso do rádio, muitas vezes é mal usada. “Percebo na grande maioria da publicidade veiculada uma total inadequação à linguagem do rádio. O que vemos em muitas publicidades é uma reprodução no rádio do material veiculado pela televisão. O resultado disso é que muitas vezes o retorno comercial não se dá na mesma proporção, o que leva em muitos casos, empresas desistirem de investir”, diz.

Para ele a falta de especialização é a grande culpada pela inadequação de linguagem. “As agências muitas vezes não têm pessoal preparado para trabalhar com a linguagem do rádio. Durante as décadas de 60 e 70, o rádio detinha uma grande fatia

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do bolo publicitário, os jingles eram produzidos por cantores e artistas que tinham uma real noção da linguagem. Hoje, quem cuida da criação de jingles são, em grande parte, pessoas que não vivenciaram o rádio e, por isso, o resultado muitas vezes não é dos melhores. Mesmo assim, a publicidade do rádio tem desafi ado muito a criatividade e o viés do humor tem sido um diferencial muito interessante”, conta.

Leonardo Cerqueira trabalha com produção de áudio há mais de 20 anos. Ele observa que o número de produtoras de áudio está aumentando, mas a qualidade das produções está caindo pela falta de profi ssionais experientes. “Por mais que a tecnologia tenha avançado e facilitado as produções não podemos esquecer que ela depende da criatividade e do profi ssionalismo. O áudio publicitário não se faz com texto “Ctrl C / Ctrl V”, músicas da moda e um locutor de voz bonita”, afi rma.

JiNGles Que FiCaM Na “CaBeÇa”

Os jingles sem dúvida são um dos mais importantes instrumentos da propaganda. Feitos com duração pequena e refrão simples são fáceis de memorizar e difíceis de esquecer. Com uma melodia que cativa, são transmitidos em rádios, TVs, carros de som, entre outros.

No Brasil o primeiro jingle foi criado em 1932, por Ademar

Casé para a padaria Bragança. Na frase bem rimada e cantada com sotaque português dizia: “Oh, padeiro desta rua, tenha sempre na lembrança, não me traga outro pão que não seja o pão Bragança”.

Desde então o uso dos jingles cresceu no país, se tornando essencial para o sucesso da propaganda de algumas empresas. “O jingle é uma das peças mais importantes para a propaganda. Mais que uma “musiquinha” é um tema desenvolvido para uma ação de identifi cação do produto ou marca. De acordo com o seu público alvo, partindo de uma análise de nível intelectual e fi nanceiro, um jingle produzido com a linguagem apropriada pode ser comparado a um hit de sucesso. É aí que o objetivo se transforma no que chamo de consequência de sucesso. As técnicas de produção são diversas de acordo com o briefi ng da agência”, conta Leonardo Cerqueira.

No Brasil alguns jingles marcaram a história. Entre eles estão: Pernambucanas, Guaraná Antártica, Parmalat Mamíferos, Maionese Hellmann´, entre vários outros. Em Uberlândia alguns jingles fi zeram tanto sucesso que são lembrados pelo público até hoje como o da Via Rural (Paulo Florentino) e Bom Jesus. Hermes Negrão destaca dois que chamam atenção atualmente “Dos atuais, o do Guaraná Mineiro e o do Café Cajubá se destacam”, afi rma.

Márcio alvarenga considera que o viés do humor na publicidade

do rádio tem sido um diferencial muito

interessante

leonardo Cerqueira começou na produção de áudio em 87. Para ele época em que o áudio era tratado como arte.

Hermes negrão destaca: “Propaganda em rádio, pensada para o meio rádio, criada por gente que entende de áudio, dá resultado”

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qualifi cação

APP DISCUTE PLANEJAMENTO DE MÍDIAassociação promove qualifi cação dos profi ssionais no mercado

A Associação dos Profi ssionais de Propaganda (APP), capítulo Uberlândia, realizou em novembro o curso “Planejamento de Mídia – teoria, técnica e prática”.

Com o objetivo de apresentar as informações avançadas da seleção de meios, as técnicas do planejamento de mídia, as oportunidades de rentabilidade de compra de mídia e os formatos de administração.

O curso teve como professora Patrícia Avellar, consultora de mídia da Avellar MM, empresa de soluções em mídia de

Belo Horizonte. Patrícia mostrou um planejamento de mídia

real desenvolvido para uma grande empresa, além de abordar

temas como a expansão da internet, o surgimento de novas

mídias e as Mídias Tradicionais X Novas Mídias.

O curso contou com 33 alunos que participaram de

atividades durante todo o dia. Empresas de Uberlândia e de

Ituiutaba prestigiaram a iniciativa da APP. O curso também

pôde ser acompanhado via Twitt er pelo @APPudi.

Patrícia avellar Profi ssionais do mercado fazem a foto ofi cial ao fi nal do curso

Profi ssionais participaram do curso Patrícia avellar e Rogério Fonseca

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certifi cados appnovembro 2010

NúCleo de aGeNCias atiVidade PRiNCiPalAção Propaganda Agencia de Publicidade e propagandaAGBRA SILIS Comunicação Agencia de Publicidade e propagandaBlues Comunicação Agencia de Publicidade e propagandaCannes Publicidade Agencia de Publicidade e propagandaMagno Publicidade Agencia de publicidade e propagandaDiferi Comunicação Agencia de Publicidade e propagandaEi!Quanta Comunicação Convergente Agencia de Publicidade e propagandaEngenho & Arte Comunicação Agencia de Comunicação e assessoriaFórmula P Agencia de Publicidade e propagandaG.A. Comunicação Agencia de ComunicaçãoGente Que Atende Marketing e Publlicidade Agencia de Publicidade e propagandaGrafi ti Comunicação Total Agencia de Publicidade e propagandaGrupo Creative Agencia de Publicidade e propagandaHip Comunicação Agencia de Publicidade e propagandaIdentifi ca Marketing e Comunicação Agencia de Publicidade e propagandaAtt itude Inteligência Política Agencia de Publicidade e propagandaInterage Comunicação Agencia de Publicidade e propagandaN Idéias Agencia de Publicidade e propagandaKnow How Comunicação Agencia de Publicidade e propagandaLoop Propaganda Agencia de Publicidade e propagandaMultiplica Propaganda e Marketing Agencia de Publicidade e propagandaMundo Z Propaganda e Marketing Agencia de Publicidade e propagandaOlho Vivo Comunicação Agencia de Publicidade e propagandaOVNI Propaganda e Arquitetura de Marca Agencia de Publicidade e propagandaPlayers Comunicação & Marketing Agencia de Publicidade e propagandaR&B Propaganda e Marketing Agencia de Publicidade e propagandaRfreitas Publicidade Agencia de Publicidade e propagandaRedHouse Comunicação Agencia de Publicidade e propagandaSic Marketing e Comunicação Agencia de Publicidade e propagandaSimões Comunicação Agencia de Publicidade e propagandaTree Comunicação Comunicação e EventosNúCleo de FoRNeCedoRes atiVidade PRiNCiPalA Voz da América Gravações Produtora de àudioAres Comunicação Assessoria de ImprensaBatuki Produções Produtora de áudioBrascon Comunicação Visual Comunicação VisualBreda Artes Gráfi ca Gráfi ca Center Shopping Entretenimento, hotelaria e turismoClose Comunicação Produtora de vídeoConex Logística Integrada Distribuição de Malas Diretas e PublicaçõesDamaceno Produções Produtora de vídeo e eventosdPi Filmes Produções Produtora de vídeoESAMC - Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação Faculdade de Administração em Marketing e Finanças e Comunicação SocialGraphix Locação Informatica e EventosGráfi ca Brasil Gráfi ca Registro Fotolito Digital pré impressão e gráfi ca rápidaImídia Comunicação e Marketing Assessoria de Comunicação e MarketingInterpret Agencia de Atores e Modelos Agência e escola de atores, modelos, recepcionistas e promotorasLead Assessoria de Imprensa Assessoria de Imprensa e produção de conteúdoLeondor Paineis Produção e veiculação de painéisLuder Brindes Comunicação Visual e BrindesPlamarc Ltda Produção e veiculação de painéisPraia Clube Lazer e entretenimentoImaginare Filmes Produções Produtora de vídeoRLG Comunicação Visual Comunicação VisualNonsense Filmes Computação gráfi caSenechal Outdoor Produção e veiculação de painéisTony Amaral Assessoria e Treinamento Cinefi lmes Produtora de vídeoNúCleo de Mídia diGital atiVidade PRiNCiPalAQUA interativa Comunicação digitalQuipus Comunicação digitalFábrica Way Complexo Criativo Comunicação digital

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Na contratação de empresas de comunicação a APP recomenda seus associadosNúCleo de VeíCulos atiVidade PRiNCiPalCanal da Gente TV a caboRádio América de Uberlândia Emissora de RádioMeio&Mídia Publicações Publicações e Assessoria de ImprensaCultura HD Emissora de RadioTv Integração Emissora de TVTransamerica Uberlândia Emissora de RadioTv Paranaíba Emissora de TVRádio Paranaíba Emissora de RadioVitoriosa - SBT Emissora de TVBand Triângulo Emissora de TVJornal Correio Produção e veiculação de conteúdosóCios eFetiVos atiVidade PRiNCiPalAnacleto Nogueira Neves ConsultorFelipe Oliveira Garcia Programador webGustavo Lazzarini Assessoria de comunicação e marketingLídia Parente Valente EventosMauro Marques FotografiasVitor Lima PublicitáriosóCios estudaNtes atiVidade PRiNCiPalCecília Constantino EstudanteEduarla Fhamily EstudanteFrederico Cardoso Oliva EstudanteJéssica Gentile Baldijão EstudanteLeonardo Coelho Fernandes EstudanteSirlei Oliveira de Souza Júnior EstudanteVanoni Parreira de Freitas Junior Estudante

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anunciante

A IMPORTÂNCIA DA AGÊNCIA DE PUBLICIDADE NA SUA EMPRESAPor que contratar um quebra-galho costuma ser um grande erro

Se você precisa operar o apêndice, irá procurar um

médico, um dentista ou um filho de um amigo que acaba

de entrar na faculdade de medicina? A analogia é a mesma

na hora de anunciar um produto. Afinal, quem quer um

trabalho profissional precisa, obrigatoriamente, contratar

profissionais.

Muitas vezes, o empresário investe na loja, na decoração,

na mercadoria a ser comercializada, mas quer economizar na

campanha publicitária. Outros a consideram mesmo um gasto

desnecessário. Com isso, contratam o famoso quebra-galho

que possa criar um anúncio barato, porém sem conceito ou

planejamento. Lembre-se: se a Nike, a Coca Cola ou outras

marcas gigantes pensassem assim, certamente não seriam o

que são hoje.

PoR Que uMa aGÊNCia?

As agências têm uma ampla visão de mercado,

dispondo de recursos, pesquisas, dados e informações

sobre diversos veículos de comunicação. Podem fazer

planejamentos de mídia mais eficientes e econômicos,

racionalizando investimentos publicitários.

Muitas empresas sabem disso. É o caso do Frigorífico

Mataboi S. A. Com a contratação de uma agência,

o posicionamento do frigorífico mudou. Decidiram

criar produtos com valor agregado para potencializar o

mercado de carnes nobres. Assim, lançaram a linha de

novilho precoce Di Prima. “A comunicação é a maior

estratégia entre a empresa, o mercado e os consumidores

e uma agência nos orientando e nos dando suporte

facilita e encurtam os caminhos para atingir nossos

ra Fael CÂnDIDoLead

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objetivos. A importância é total e necessária, pois somam

conhecimentos e agregam valor em serviços e produtos”,

diz o diretor administrativo e financeiro da Mataboi,

Rubens Vicente.

Para Fauser Ramos, diretor da OVNI a agência tem

uma importância fundamental nas empresas. “Só ela pode

saber o que realmente o cliente precisa. O diferencial

da OVNI e de qualquer outra agência com profissionais

qualificados é enxergar o cliente como o todo. Um quebra-

galho vai fazer o trabalho que o cliente solicita, mas será

que realmente é isso que ele precisa? Uma agência tem

essa visão de necessidade do cliente. Já tive cliente que

solicitou apenas um trabalho, após a realização ele pôde

perceber a importância e a evolução que sua marca obteve.

A partir daí começamos a planejar o trabalho da agência

junto com a empresa”, conta.

Rafael Borges, da agência Hip!, ainda faz um alerta.

“O profissional quebra-galho não se preocupa com o

resultado final das ações. Como ele está lá para apagar

fogo, não liga para a eficiência da mensagem, muito menos

para a eficácia das ações. Toda logística das operações fica

por conta do cliente. O grande diferencial de uma agência

é reunir talentos das diversas áreas que um planejamento

de comunicação exige (mídia, redator, diretor de arte,

planejamento, orçamento, atendimento entre outros) e

produzir resultados que, no mínimo, são esperados. Além

disso, mostramos diretrizes e damos sugestões que muitas

vezes o cliente nem havia pensado”, diz.

O publicitário lembra-se de um caso curioso. Em

2009, um empresário procurou a agência para que

pudessem ajudá-lo num processo começado por um

quebra-galho. “O projeto era muito interessante e do nosso

departamento de mídia surgiram inúmeras possibilidades

para serem exploradas. O resultado foi satisfatório e hoje,

além de atendermos o cliente, assumimos a conta de outra

empresa do grupo”, conta.

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eNteNda a lei Nº12. 232/10

No dia 29 de abril, foi sancionada a Lei nº12. 232/10 que regulamenta as licitações e contratos administrativos para a escolha de agências de publicidade em todas as esferas do poder público, incluindo a União, Estados e Municípios e abrangendo o Executivo, Legislativo e Judiciário. Além disso, a lei estabelece a certeza jurídica da atividade publicitária, defi nindo-a de forma clara.

O documento unifi ca a visão da indústria da comunicação sobre o tema. Os principais pontos da lei, que muda o dia a dia das empresas de comunicação, são: a defi nição de serviço de publicidade, as atividades realizadas para o planejamento, a criação e a distribuição da publicidade aos veículos.

Só poderão ser contratadas para prestar este tipo de serviço agências de publicidade cujas atividades estejam descritas na Lei 4.680/65, que regulamenta a

atividade publicitária, e que tenham obtido certifi cado

de qualifi cação técnica, emitido pelo Cenp (Conselho

Executivo das Normas-Padrão).

Os contratos podem incluir planejamento e

execução de pesquisas e de outros instrumentos

de avaliação e de geração de conhecimento sobre o

mercado, o público-alvo, os meios de divulgação nos

quais serão difundidas as peças e ações publicitárias ou

sobre os resultados das campanhas realizadas.

Além, naturalmente, da produção e execução técnica das

peças e projetos publicitários e a criação e desenvolvimento de

formas inovadoras de comunicação, atendendo as exigências

das novas plataformas de comunicação.

Com essa nova lei, a administração pública reconhece

e incorpora o modelo brasileiro de negociação ancorado

pelo Cenp. Defi ne de forma clara o que é a atividade

publicitária e quem a exerce.

Nova lei garante:publicidade é assunto de agência

anunciante

Fauser Ramos: “agência enxerga o cliente como o todo”Rafael Tomé - Hip

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futuro

VOCÊ AINDA VAI TER UM CANAL DE TVVideologs conquistam o público e prometem revolucionar o universo audiovisual

Roberto Marinho construiu o império da TV Globo

quando já tinha mais de 60 anos, mas você leitor não precisará

de tanto tempo para conquistar o seu espaço no mundo

audiovisual.

Se dúvida é porque ainda não conhece o fenômeno dos

videologs. Sim, a brincadeira começou em 2000, quando Adam

Kontras, criou o primeiro videolog da internet para mostrar sua ida

de Ohio à Califórnia, ao começar uma carreira no showbusiness

norte-americano. Quatro anos depois, o que é uma eternidade

para o mundo digital, foi lançado por Edson Mackenzie e Ariel

Alexandre, o Videolog, considerado o primeiro portal de vídeos do

mundo. “Tínhamos uma produtora de áudio e muitos problemas

de entrega de áudio. Queríamos resolvê-los, por isso criamos o

Videolog”, conta Mackenzie.

Quase um ano depois foi lançado o site americano You

Tube, que se tornou um estrondoso sucesso internacional e

teve grande impacto na popularização dos vlogs.

Para se ter uma ideia desse fenômeno, hoje o Videolog é

um dos canais mais usados para postar os videologs no mundo.

“Mensalmente recebemos seis milhões de visitas. Uma média

de 20 milhões de vídeos exibidos por mês. Só em 2009 tivemos

157 milhões de vídeos exibidos e um crescimento de 100% de

audiência”, diz o diretor do canal.

Mackenzie diz que o sucesso dos vídeos é facilmente

explicável. “Cerca de 40% da audiência do vídeo é gerada pelo

próprio usuário que sai mandando e-mail para os contatos, 35%

é refl exo dessa primeira audiência, como um fenômeno viral,

amigos indicando amigos. Somente 20% vemdo portal onde

está hospedado o vídeo.”

eXPliCaÇÕes Para o FeNÔMeNo

A facilidade do acesso à internet com conexão de banda larga, a queda dos preços das câmeras digitais e o serviço gratuito dos sites como Youtube e Videolog, os internautas descobriram um novo hobby: os videoblogues.

Para a estudiosa Paula Sibilia, esse sucesso também teria explicações sócio-psicológicas mais profundas. “Cada vez mais, o que cada um é mostra-se na superfície visível do corpo, na epiderme trabalhada como um objeto de design. E, também, na auto-estilização inspirada nos personagens cinematográfi cos, de preferência exposta em uma tela. Eis uma pista que talvez possa explicar esse curioso “detalhe” dos novos diários íntimos publicados na Internet, tão opostos a seus ancestrais genuinamente privados: o fato de nascerem com vocação exibicionista, para serem vistos e lidos por milhões de olhos alheios nas infi nitas telas da rede”, diz.

o FeNÔMeNo do FeNÔMeNo

Como toda a febre, os Vlogs também têm seus ídolos. Uma das maiores estrelas da internet mundial chama-se Joe Penna, conhecido no YouTube como MysteryGuitarMan (violonista misterioso). Com vídeos divertidos e repletos de efeitos, o rapaz de cabelos arrepiados e óculos escuro, interage com o internauta.

O que nem todos sabem é que Joe é brasileiro. Nasceu em São Paulo e, aos 12 anos, mudou-se para Boston, EUA, com a família.

No tempo livre ele começou a “brincar” no computador. Chegou a cursar Medicina durante três anos, mas já era tarde

JanaIna DePInÉLead

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demais. MysteryGuitarman, a criatura, já havia engolido o criador. “Comecei fazendo vídeos de mim mesmo indo a lojas, conversando com a câmera.Depois comecei a aprender mais sobre edição de vídeos e truques. Hoje faço pequenos fi lmes de curta”, conta na entrevista que fi zemos com ele direto de Los Angeles.

Hoje Joe Penna vive do videolog. “Existem duas formas de comercializar. Com anúncios do site que hospeda seus vídeos (no caso dele o Youtube) e das companhias que têm um produto e querem que ele associe sua imagem a ele”, explica.

VeRsÃo Bra sileira

Em menos de um ano, o ilustrador e colorista de histórias em quadrinhos Paulo César Siqueira, o PC Siqueira, 24, “num dia que não tinha nada muito importante para fazer, e queria me distrair” começou a gravar um desabafo no videolog “Maspoxavida”. Seus vídeos hoje já somam mais de 13 milhões de exibições.

A produção é simples: PC olhando para uma câmera e tratando de assuntos aleatórios, sempre interrompidos por análises e comentários divertidos sobre o comportamento da cachorrinha Lola. “Nunca me preocupei com quem iria ver o material. Ainda não me preocupo. A coisa sai naturalmente, sempre falo coisas que acredito, afi nal é tudo de verdade”,comenta.

O público mudou ao longo do tempo. No início a maioria era de vinte e poucos anos, como ele. “Agora a maioria é de 13 a 17 anos, sei lá por que. Os vídeos são feitos para a galera da minha idade, porque falo de coisas que só quem teve a infância nos anos 90 passou”, diz.

Quem vem trilhando os mesmos caminhos de PC é Victor Masson, conhecido como Barão. O Scriptease, comandado por ele, começou como uma tentativa dele e de dois amigos publicitários de agitarem o mercado mineiro com um serviço novo, mas o vlog ganhou fama e espaço. “Este mês vamos completar um milhão de vídeos vistos”, conta Barão cujo programa agora é exibido também na MTV brasileira.

QuaNdo a BRiNCadeira Vira NeGóCio

Sim. É possível viver de videolog, mas engana-se que a vida será de sossego e fama. O ritmo de produção, para um vlogger reconhecido, é quase industrial. “Levou três anos para eu começar a ganhar dinheiro com o vlog. Hoje ele me consome 80 horas por semana. Toda terça e quinta baixo um novo vídeo e cobro a mim mesmo para surpreender o público”, conta Joe Penna.

Aliás, ele já ultrapassou a fronteira entre o virtual e o real. Fez comerciais para o Mc Donald´s e, mais recentemente para a Vivo, empresa brasileira de telefonia móvel e clipes de música.

PC Siqueira, que também está na MTV, é outro que conseguiu transformar popularidade em rentabilidade “Você pode usar o espaço no vídeo para merchandising. Existe muita procura”, explica.

Barão explica que produz vídeos semanalmente e tem que lidar com um público critico e exigente. “Se você atrasa a postagem do vídeo eles reclamam, falam que você abandonou o canal. Então, o desafi o pra mim é, além de agradar, fazer com que tenham vontade de mandar para os amigos o que acabaram de ver”, diz

Joe Penna (MysteryGuitarManMysteryGuitarMan)

Victor Masson (barão)

Joe Penna(MysteryGuitarManMysteryGuitarMan)

PC Siqueira

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opnião

PUBLICITáRIO AOS 40

Dizem que a crise da meia-idade não poupa homem algum. Nem publicitários, que não são tão homens assim, mas também merecem um pouco de misericórdia. É o meu caso. Mas eu não chegarei aos 40. Uma porque não ando comendo brócolis, deixei de fazer natação e abandonei o sexo tântrico, que evitava que eu desperdiçasse minha energia vital numa ejaculação melequenta e espalhafatosa. Outra porque incontinência urinária, flacidez muscular e queda de cabelo (ou cabelo nas orelhas) já me pegaram bem antes disso.

Dizem que é como um clique. Numa noite você é o máximo, tem esperanças de ainda conquistar um

leão em Cannes, mas ao acordar nem tem mais o velho tesão de mijo; tiraram seu nome até da APP local. É como criar pra varejo, não adianta piruetas, cambalhotas e fogos de artifícios. Quanto mais você espernear para tentar ser criativo, pior a coisa fica. E é quando você começa a fazer o básico. Para de arriscar.

A resposta a esse miserável destino é a amarga consciência de que é preciso voltar ao que éramos: a auto-afirmação a qualquer preço de quando tínhamos 17 e o atendimento ainda não tinha meninas tão gordas. O pior é chegar aos 40 sem ter alcançado muita coisa. O passado te espreita. Na verdade, o passado pesa tanto que você se sente

como um estagiário de novo, com todas as inseguranças. E é exatamente nessa fase que a ex molecada da agência, envolvidos com jobs interativos, começam a te pedir pra que busque um cafezinho quando for até a cozinha.

Se você lê Darwin, sabe que homens têm dois instintos: sobreviver e procriar, com uma tendência avassaladora pelo segundo item, o que é bom, mas perigoso. Na busca da próxima geração, você pode ficar sem a atual. É nessa idade que publicitários quarentões passam a entender que mulheres não nos paqueram mais e para onde você olha, está a consagração da juventude, do Photoshop e dos vegetais folhosos. Por isso, você está decidido a

Autor Renato CabralIlustração neto

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chamar a atenção (ou deixar de chamar; quem sabe uma

peruca?) com a mesma disposição que esconde a barriga.

Para alcançar seu objetivo de publicitário pseudo criativo

de meia-idade (aplacar a memória avassaladora de que você

desperdiçou toda sua existência com gibis e em um casamento

sem-graça com a zarolha da Mídia, em uma agência mesquinha

e tendo como máxima aventura as fritas do McDonalds) o

mundo te oferece algumas opções: piercing, tatuagem, largar

o emprego, fazer um fake no Twitter, um All Star novo ou

comprar um carrão esportivo e arrumar garotas de 18, mas

com corpinho de 25 (malditos carboidratos!).

Crises da meia-idade para publicitários são nossa

chance de se rebelar, de voltar à juventude perdida, só que

com mais dinheiro e jogando PS3. É como se trocássemos

as espinhas por brincos no mamilo. E, no caso do carrão, há

benefícios. Por terem bancos baixos, as meninas oferecidas

(geralmente as redatoras novas que entram em busca de

oportunidade), olham primeiro o carro e só depois o topo

de sua careca reluzente. Pronto, a equação perfeita: poder,

dinheiro, “juventude” e uma careca fálica a refletir o seu

velho companheiro. Tudo o que uma mulher precisa para

abrir as pernas antes que o sinal abra. Mas não se iluda, esse

raciocínio só vale pro dono da agência que acumulou muita

grana às suas custas nesses anos. Já você, ao invés do carrão,

talvez alcance uma boa cadeira reclinável aos 40.

O pior, confesso ainda aos 30, é que na meia-idade as

generosas doses de testosterona são trocadas pelo repugnante

estrógeno. Resultado: o cara tem um carrão, uma careca de

mau, tatuagem, se veste igual ao Jony Deep, mas fala manso,

é gentil e sensível. Ou seja, está a um passo de virar arquiteto,

designer de interiores ou arte finalista. Exatamente o oposto da

mulher, que aos 40 está mais durona, objetiva e com a energia

sexual no auge. Ah, e o pior: passou a dirigir melhor que você;

principalmente campanhas publicitárias.

E se não bastasse, o sujeito chega aos quarenta na mesma

época em que precisa ir aos médicos. É… o primeiro para

tirar coisas do seu corpo (colesterol, pedras nos rins, sapos

dos clientes que ficaram no estômago); o segundo para

pôr (alguém aí pensou em um dedo? Eu não falei nada).

Coincidência ou sacanagem? E ainda tem cara que consegue

achar o máximo em ser publicitário.

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data: 6 de dezembrolocal: Credicard Hall, em São Paulo –SPHorário: 19h30o evento: O Prêmio Caboré foi instituído pelo jornal

Meio & Mensagem em 1980 para homenagear profi ssionais e empresas que se destacam em seus respectivos setores de atuação e contribuem para o avanço da indústria da propaganda e o desenvolvimento do marketing e da comunicação no mercado brasileiro. Hoje é um dos mais importante e cobiçados prêmios do mercado publicitário brasileiro.

htt p://www.cabore.com.br/

PRÊMIO CONTRIBUIÇÃO PROFISSIONAL – TROFÉU GARRA DO GALO

data: 16 de novembro local: Fecomércio, em São Paulo – SPHorário: 19h30o evento: Cerimônia de Entrega do Troféu Garra do Galo

2010 aos profi ssionais que promoveram ou realizaram ações que

valorizam o nosso mercado e que também tenham apresentado ideias inovadoras.

htt p://www.appbrasil.org.br

31º CONCURSO UNIVERSITáRIO DE CAMPANHAS PUBLICITáRIAS 2010

data: Inscrições até 18 de novembro local: APP Brasil, São Paulo – SPo evento: O Concurso Universitário de Campanhas

Publicitárias, há 31 anos destaca, anualmente, os melhores Trabalhos de Conclusão de Curso - TCC entre as principais faculdades de publicidade e propaganda de São Paulo e outras localidades do Estado. É aberto à todas as Escolas que mantenham regularmente o curso de Publicidade e Propaganda, possuam turmas no último ano e promovam trabalhos de conclusão de curso (TCC) ou monografi as.

Outras informações:pelo telefone 11 3813-0188, com Jeni.htt p://www.appbrasil.org.br

notas

NO MEIO DA MÍDIA

PRÊMIO CARBORÉ

Prestes a completar um ano, o programa “No Meio da Mídia” tem discutido temas importantes sobre a comunicação local.

Produzido pela Cinefi lmes e a produtos Meio&Mídia, em parceria com o Canal da Gente, o programa tem um formato de bate-papo entre os personagens da mídia, sem amarras ou censura, no qual são abordados temas variados e polêmicos conduzidos pelos publicitários Célio Cardoso e Daniel Labanca.

Buscando total interação entre a mídia, conta com participações pelo Twitt er e por blogs relacionados à propaganda. “A conexão com o mundo virtual não é só pela audiência. Como o programa é antenado com relação ao que está acontecendo na comunicação, essa interação se torna obrigatória”, afi rma o diretor da Cinefi lmes e apresentador, Daniel Labanca.

O público-alvo são os estudantes de comunicação e os profi ssionais do meio. “Os publicitários de Uberlândia sempre combinam almoços e reuniões da classe. São os que mais se expressam por meio das ferramentas que a internet disponibiliza. Antes não existia na TV local nenhum espaço para que eles pudessem trocar ideias e valorizar o trabalho. Dessa necessidade surgiu o projeto”, garante publisher do

Grupo Meio & Mídia e também apresentador, Célio Cardoso. Cardoso explica que o foco central é passar o conceito

de informalidade abrindo mão de roteiro, cenário e cortes. “Sempre levamo polêmicas sobre algum assunto. O cenário é o ambiente de estúdio, de bastidores, mostrando tudo que se passa atrás das câmeras. O grande diferencial é a irreverência e a liberdade de expressão, fi naliza.”

seRViÇo:

Programa: No Meio da MídiaVeículo: Canal da Gente – TV à cabo (canal 15)Programação: www.canaldagente.com.br www.netcult.com.br

Comunicadores ganham espaço na tV

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Os representantes dos núcleos da APP (Agências, Fornecedores, Veículos e Digital), foram convidados a participar da elaboração dos critérios para julgamento das peças inscritas no “Prêmio Empresário Herói 2010”. Neste ano uma das categorias avaliadas será a de melhor campanha publicitária. O Prêmio é anual e tem o objetivo de reconhecer as empresas da região que se destacam em critérios de sustentabilidade, gestão e na atuação no mercado. É promovido pela FIEMG, CINTAP e pelo INDERC.APP EM DESTAQUE

APP PARTICIPA DO “PRÊMIO EMPRESáRIO HERÓI 2010”

A APP Capítulo Uberlândia participou em outubro deste ano, da entrega do Prêmio Melhores do Ano - Top 100 Aitmap, edição 2010. A associação foi responsável pela indicação do melhor Profissional de Comunicação de Uberlândia. A escolha foi feita de forma democrática pelos associados, que indicaram Rosane Lucho, diretora do Canal da Gente e associada certificada APP, para receber a premiação. O prêmio Aitmap é feito todos os anos e presta homenagem aos melhores profissionais de Uberlândia em 100 áreas diferentes.

APP NO TOP 100 AITMAP

clipping

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Churrasco da APP.

Confraternização, negócios

e mais 7 vidas pra você.

Agradecimentos:

A Voz da América - Band - Canal da Gente

Chamativa Camisetas - Cinefilmes - Damaceno

Devassa - Gráfica Breda - Gráfica Côrtes - Guideki - Jornal Correio

Jornal Tudo Já - know how comunicação - KSR Distribuidora

Policard - Rádio Cultura HD - Registro Digital - RN Brindes

Revista Cult - TV Integração - TV Vitoriosa - TV Paranaíba

Realização:

APP Uberlândia

Organização e Captação:

Meio & Mídia Eventos

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