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FABIANA MEDIANEIRA GERVASIO DA SILVA ESTUDO DE VALIDAÇÃO E QUALIDADE EM ENSAIOS DE MERCÚRIO EM ÁGUAS CANOAS, 2012

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FABIANA MEDIANEIRA GERVASIO DA SILVA

ESTUDO DE VALIDAÇÃO E QUALIDADE EM ENSAIOS

DE MERCÚRIO EM ÁGUAS

CANOAS, 2012

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FABIANA MEDIANEIRA GERVASIO DA SILVA

ESTUDO DE VALIDAÇÃO E QUALIDADE EM ENSAIO DE MERCÚR IO EM

ÁGUAS

Trabalho de conclusão apresentado ao

Curso Química do Centro Universitário La

Salle – Unilasalle, como exigência parcial

para a obtenção do grau de Bacharel em

Química.

Orientação: Orientação: Prof.ª Dra. Ana Cristina Borba da Cunha

CANOAS, 2012

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Dedico esse trabalho à minha família,

em especial para a minha mãe Teresa

pelo carinho, dedicação e apoio.

Aos meus queridos irmãos em especial

ao meu irmão Oneide pelo

companherismo.

E aos meus queridos amigos que

compatilharam desta trajetória nos

momentos de felicidade e de muito

trabalho

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AGRADECIMENTOS

Agradeço principalmente a Deus pela coragem e oportunidades concedidas.

À minha família a qual sempre esteve ao meu lado, me apoiando com amor,

carinho e muita compreensão.

A minha orientadora, Profª Dra. Ana Cristina Borba da Cunha

agradeço pelos conhecimentos transmitidos durante a execução do trabalho, pela

amizade e paciência.

Aos mestres, que durante essa caminhada transmitiram seus conhecimentos

com muita sabedoria.

Aos meus queridos amigos pelo companheirismo e ensinamentos e muita

paciência neste longo caminho.

À empresa Braskem e principalmente a Vanderli Regina Ramos, por acreditar

em meu potencial, fornecendo estrutura, equipamento, entre outros recursos para

que este trabalho pudesse ser realizado.

A Paula Cristina Arnold que participou ativamente no desenvolvimento do

trabalho.

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“ Não é a força, mas a perseverança

que realiza grandes coisas.”

(Samuel Johnson)

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RESUMO

Atualmente as empresas buscam um Sistema de Gestão da Qualidade devido às

vantagens que são oferecidas com essa implementação buscando melhoria

contínua, maior produtividade, diminuindo os desperdícios e garantindo uma maior

satisfação aos clientes, dentre outras inúmeras vantagens. No presente trabalho foi

realizada a validação e a determinação de mercúrio total por um método analítico

adaptado da ASTM, utilizando EAA, geração a frio. Os parâmetros de validação

seguiram os requisitos da NBR ISO/IEC 17025 (2005). Foram avaliados os

parâmetros linearidade, limites de detecção e quantificação, precisão e exatidão. O

cumprimento aos requisitos da norma citada também foram avaliados. Todos os

parâmetros determinados apresentaram valores de acordo ou dentro dos limites

estabelecidos nas normas vigentes, validando assim, o método para determinação

de mercúrio em amostras de água. O método e sua validação atenderam os

requisitos das normas de garantia da qualidade, assegurando a sua utilização para

laboratórios acreditados.

Palavras-chave: Validação. Qualidade. Espectrometria de absorção atômica.

Mercúrio.

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ABSTRACT

Nowadays, the Quality Management Systems are adopted by companies

motivated by the advantages that it offers: the pursuit of continual improvement

means greater productivity, decreases wastage and ensures an increases customer

satisfaction, among other numerous advantages. In this study we determined the

total mercury and validated the analytical method using adapted analytical method

from the ASTM, using AAS, cold-vapor atomization. The validation process followed

the NBR ISO/IEC 17025 (2005) requirements. The parameters tested were linearity,

detection and quantitation limits, precision and accuracy. The conformity to the

standard requirements was also evaluated. All the determined parameters showed

accordance to or where within the accepted limits established at the current

standards, therefore the method for determination of mercury in water samples was

validated. The method and its validation met the quality assurance requirements,

thus, it can be used by accredited laboratories.

Keywords: Validation. Quality. Atomic absorption spectroscopy. Mercury.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8

2. OBJETIVOS ...................................... ...................................................................... 9

2.1 Objetivo geral ................................ ...................................................................... 9

2.2 Objetivos específicos.......................... ................................................................ 9

3 PARAMETROS DE VALIDAÇÃO ......................... ................................................. 10

3.1 Linearidade ................................... ..................................................................... 10

3.2 Sensibilidade ................................. .................................................................... 10

3.2.1 Limite de detecção (LD) ................................................................................... 11

3.2.2 Limite de quantificação (LQ) ............................................................................. 11

3.3 Precisão ...................................... ....................................................................... 11

3.3.1 Repetitividade ................................................................................................... 12

3.3.2 Reprodutibilidade ............................................................................................. 12

3.4 Exatidão ...................................... ....................................................................... 13

3.4.1 Recuperação .................................................................................................... 13

4 GARANTIA DA QUALIDADE ........................... ..................................................... 14

5 PRINCIPIO DO MÉTODO ...................................................................................... 15

6 PARTE EXPERIMENTAL .............................. ........................................................ 16

6.1 Materiais E Reagentes ......................... ............................................................. 16

6.2 Equipamentos .................................. .................................................................. 16

6.3 Preparo de solução de L-Cisteína .............. ...................................................... 16

6.4 Preparo da curva .............................. ................................................................. 16

6.5 Preparo de Navículas .......................... .............................................................. 17

7 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................... ................................................... 18

7.1 Linearidade ................................... ..................................................................... 18

7.2 Determinação dos Limites De Detecção, Quantific ação e Precisão ............. 19

7.3 Exatidão ...................................... ....................................................................... 20

7.4 Garantia da qualidade ......................... .............................................................. 20

7.4.1 Ensaio Interlaboratorial ..................................................................................... 20

7.4.2 Carta Controle .................................................................................................. 21

8 CONCLUSÃO ....................................... ................................................................. 23

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 24

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1 INTRODUÇÃO

A validação de método é uma ferramenta fundamental para laboratório que

desejam acreditação junto a órgãos como Ministério da Saúde. Agência Nacional de

Vigilância (ANVISA), Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade

Industrial (INMETRO), entre outros. Determinando que os seus resultados são

controlados, com padrões de qualidade apropriados para uso pretendido e requerido

pelo registro (EURACHEM, 2003).

A validação assegura que os métodos analíticos são específicos e objetivos

para uma determinada aplicação ou uso especifico (BERNARDES et al. 2011

;BRITO et al., 2003; ALVES,2011;ULRICH,2009). Tem por finalidade garantir que o

processo confere por meio de estudos experimentais que um método analítico

atende as a norma NBR ISO/IEC 17025 que apresenta requisitos gerais para a

competência de laboratórios de ensaio e calibração é possível estabelecer

mecanismos para assegurar a capacidade dos laboratórios (ASSOCIACÃO

BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005).

O procedimento para a validação de um método analítico deve apresentar os

seguintes parâmetros: estabilidade, seletividade, linearidade, limite de detecção,

limite de quantificação, exatidão, precisão (repetitividade e reprodutibilidade),

robustez e incerteza de medição (ALBANO, 2009; EURACHEM, 2003).

Os laboratórios buscam a validação em seus métodos para demonstrarem

que estão cada vez mais adequados aos seus procedimentos para emissão de

resultados confiáveis, assim garantindo qualidade, idoneidade e credibilidade de

seus serviços (SILVA, et al. 2006).

O interesse em determinar mercúrio para estimar o seu real impacto no meio

ambiente, principalmente para o sistema aquático, vegetação e os seres humanos,

ocasionou um progresso no desenvolvimento de técnicas de análise para este metal.

Além disso, a alta toxicidade aliada ao baixo nível faz com que sejam necessárias

técnicas bastante sensíveis e precisas para a sua determinação em diferentes

matrizes (MICARONI, et.al,1999; CANELA, 1995).

O mercúrio é um metal tóxico empregado em uma variedade de produtos e

processos, está listado como contaminante de classe I na NBR 10004. Ocorre

naturalmente no ambiente e existe sob a forma metálica ou elementar, inorgânica e

orgânica. O mercúrio elementar é um metal líquido à temperatura ambiente, inodoro,

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de cor prateada e aparência brilhante. (AZEVEDO, 2003; GUILHEN, 2010). Este

metal encontra-se principalmente na forma de vapor na atmosfera cerca de 95 %

(EPA Volume III, 1997). O tempo de residência deste elemento na atmosfera é

apontado como sendo da ordem de um ano ou superior, devido à sua elevada

pressão de vapor e baixa solubilidade em água (MARTINS, 2007).

Para o desempenho da metodologia analítica foi testado quanto aos seguintes

parâmetros: Linearidade, limite de detecção, limite de quantificação, precisão e

exatidão, garantia da qualidade. Os ensaios foram realizados com material de

referência certificado, o que assegura a rastreabilidade dos resultados.

2. Objetivos

2.1 Objetivo geral

O objetivo nesse trabalho e enfatizar a importância da validação de métodos

analíticos utilizando alguns dos parâmetros recomendados: Linearidade, limites de

detecção e quantificação, precisão, exatidão e garantia da qualidade, assim atendo

a legislação e garantindo que os resultados para o método de quantificação do metal

Mercúrio por espectrofotometria de absorção atômica (EAA), sejam confiáveis.

2.2 Objetivos específicos

a) Quantificar mercúrio em águas superficiais e do processo utilizado para o

refino do petróleo ;

b) Checar as condições do equipamento Analisador de Mercúrio da Nippon

Instrumens Corporation SP3D (NIC SP3D);

c) Validar metodologia analítica para determinação de mercúrio total.

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3 PARAMETROS DE VALIDAÇÃO

3.1 Linearidade

A Linearidade ou faixa linear do método analítico é a capacidade do método

representar que os resultados obtidos são diretamente proporcionais à concentração

do analito na amostra, dentro de um intervalo especifico (ALBANO; RAYA-

RODRIGUES, 2009).

A determinação é através do cálculo do coeficiente de correlação linear (r), a

fim de indicar o quanto pode ser considerada a reta como modelo matemático para

calcular a concentração do analito na amostra (BRITO et al., 2003; AMARANTE,

2001; STUBBERUD, 1998), pelo gráfico analítico.

Segundo Ribeiro (2007) a linearidade de um método e a capacidade do

método demonstrar a faixa na qual o sinal analítico, denominado variável

dependente é linearmente proporcional à sua concentração, denominada variável

independente, e a equação matemática que descreve esta dependência é conhecida

como curva analítica ou curva de calibração.

A ANVISA recomenda um coeficiente de correlação maior ou igual a 0,99 e o

INMETRO considera um valor de r superior a 0,90 como sendo o valor usualmente

requerido. O método será considerado livre de tendências (unbiased) se a reta

contiver a origem. Então a obtenção de um r superior a 0,9 assegura a linearidade

da relação entre o sinal medido (y) e a concentração (x) para o intervalo das

concentrações.

3.2 Sensibilidade

A sensibilidade de um parâmetro definido pelos limites de detecção (LD) e de

quantificação (LQ). O LD é a menor concentração do analito que pode ser detectada

pela técnica instrumental, enquanto o LQ é a mais baixa concentração que pode ser

quantificada dentro dos limites de precisão e exatidão do método durante as

analises de rotina do laboratório (RIBEIRO, 2007 ; ALVES, 2011).

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3.2.1 Limite de detecção (LD)

O limite de detecção é a menor concentração do analito presente na amostra

que pode ser detectado, mas não necessariamente quantificado, sob as condições

experimentais estabelecidas (SILVA et al., 2006; 2003; CURRIE, 1999; ALVES,

2011).

Em métodos instrumentais na análise de traços o limite de detecção e

freqüentemente definido em termos do desvio-padrão de medidas do branco, sendo

este constituído de todos os reagentes, com exceção da amostra e do analito

(BRITO et al.,2003). O limite de detecção desta maneira pode avaliar mudanças

ocorridas durante o desenvolvimento do método, ou para comparação de

instrumento ou o limite de detecção pode ser determinado mediante o sinal/ruído, o

desvio-padrão da resposta e do coeficiente angular e por processos estatísticos. O

sinal/ruído pode ser aplicado somente para processos analíticos que exibem linha de

base (SILVA et al., 2006).

3.2.2 Limite de quantificação (LQ)

O limite de quantificação é definido como a menor quantidade do analito, que

pode ser quantificada na amostra, com exatidão e precisão aceitável, sob as

condições experimentais estabelecidas (BRITO et al., 2003; CURRIE, 1999). Este

procedimento pode ser estimado por processos estatísticos, efetuando a

determinação da razão sinal ⁄ruído, medidos da amostra com baixas concentrações

conhecidas do analito com as do branco, estabelecendo a concentração mínima

quantificada do analito (SILVA et al.,2006).

3.3 Precisão

A precisão reflete a concordância dos resultados experimentais obtidos em

uma série de medidas de uma mesma amostra, quanto menor for a amplitude das

medidas, maior será a precisão. (ALBANO; RAYA-RODRIGUES, 2009). Podendo

ser expresso pelo desvio padrão ou desvio padrão relativo, baseado na dispersão

dos testes em torno de um valor médio, sendo avaliada pela repetibilidade e

reprodutibilidade (SKOOK, 2006; CAPONI, 2010).

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3.3.1 Repetitividade

Segundo o Vocabulário internacional de termos fundamentais e gerais de

metrologia (VIM, 2007; BRITO, 2001; INMETRO, 2007) a repetitividade de

resultados de medições é definida como o “grau de concordância entre os resultados

de medições sucessivas de um mesmo mensurando efetuadas sob as mesmas

condições de medição”. As condições de repetitividade incluem mesmo

procedimento, mesmo observador, mesmo instrumento de medição utilizando as

mesmas condições, mesmo local e finalmente, que a repetição seja realizada em

curto período de tempo.

A repetitividade pode ser obtida quantitativamente pela característica da

dispersão dos resultados e pode ser determinado pela analise de padrões, material

de referência ou adição ao branco de várias concentrações da faixa de trabalho

(SILVA et al. ,2006).

O limite de repetitividade é calculado através do desvio padrão dos resultados

independentes entre analises duplicatas de uma amostra, sobre as mesmas

condições (INMETR0, 2003; ALBANO e RAYA-RODRIGUES, 2009).

3.3.2 Reprodutibilidade

A reprodutibidade expressa à precisão interlaboratorial, mediante estudos

colaborativos usualmente aplicados para padronização de metodologias (BRITO et

at., 2003).

Sendo o grau de concordância entre os resultados obtidos em laboratórios

diferentes de uma mesma medida, efetuada sob condições variadas de medição

(INMETRO, 2003; FECHIO,2009; NASCIMENTO,2008; CAPONI,2010 ). Também é

utilizado como parâmetro de validação de métodos analíticos quando os resultados

obtidos são comparados entre laboratórios.

Segundo Pedott (2010), a reprodutibilidade é a capacidade de um sistema de

medição apresentar resultados próximos com diferentes condições de análises.

O limite de reprodutibilidade é a máxima diferença aceitável entre dois

resultados individuais, obtidos em diferentes laboratórios, para um mesmo processo

analítico em condições especificadas. Este limite também pode ser considerado para

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uma mesma amostra em um mesmo laboratório, quando for analisada por diferentes

instrumentos com desvio aceitável e compatível (MEDEIROS et al., 2008).

3.4 Exatidão

Conforme Pedott (2010), exatidão é o grau de concordância entre os

resultados de um ensaio obtido experimentalmente com um valor de referência

aceito convencionalmente como verdadeiro. Para determinar a exatidão de um

método, pode ser utilizado material de referência, fortificação da matriz, calculando a

taxa de recuperação ou comparando os resultados interlaboratoriais.

3.4.1 Recuperação

A recuperação do analito pode ser estimada com a adição de quantidades

conhecidas do analito, pelo menos três diferentes concentrações, uma baixa, média

e alta (SILVA et.al, 2006; BERNARDES et al. 2011)

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4 GARANTIA DA QUALIDADE

O laboratório deve ter procedimentos para controlar a qualidade e monitorar

a validade dos ensaios realizados, bem como a execução e controles

intralaboratoriais e participações em programas interlaboratoriais (ALBANO; RAYA-

RODRIGUES, 2009). Por meio da carta de controle que é uma ferramenta

importante no auxílio e acompanhamento do processo de análise do laboratório ao

longo do tempo, verificando através de analise critica a estabilidade do método.

A carta controle é constituída por um gráfico onde é coloca no eixo das

abscissas os pontos com as datas da realização da analise e o eixo das ordenadas

os valores obtidos de uma amostra padrão, sempre que se realizar o ensaio é

examinado o processo quanto a: desvio da média, tendência da média e má

precisão (ANVISA, 2003).

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5 PRINCIPIO DO MÉTODO

O principio fundamental da espectroscopia de absorção atômica é a medida

da intensidade da radiação eletromagnética, proveniente de uma fonte de radiação

primária de átomos gasosos em seu estado fundamental.

A determinação do mercúrio pelo método de geração a frio presente é

atomizado é transferido para uma célula de absorção no módulo de detecção. Uma

lâmpada de descarga de mercúrio emite radiação no comprimento de onda de 253,7

nm. O mercúrio presente absorve a energia luminosa nesse comprimento passando

ao estado excitado. A razão entre a intensidade final (I) e inicial (I0) indica a fração

de luz que passa através da célula de absorção e chega até o detector. Esta técnica

tornou-se uma das mais utilizadas devido a sua sensibilidade. Precisão, exatidão e

simplicidade (WELZ; SPERLING, 1999; SKOOG,2006).

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6 PARTE EXPERIMENTAL

6.1 Materiais E Reagentes

Água reagente ultra pura (Milli-Q®), Padrão de Mercúrio com concentração de

1000mg/L, MERCK, rastreavel organização National Institute of Standards and

Technology Standard Reference Materials® (NIST SEM, Navícula de cerâmica

(Porta amostra); Microsseringa de 250 uL , Agilent®; Aditivos A e B ( Alumina

ativada , MERCK®, Carbonato de sódio PA. MERCK; Hidróxido de Cálcio PA,

MERCK®, Ácido Nítrico PA, MERCK®; L-Cisteína PA, MERCK®, Solução de L-

cisteína 0,001%, Balões volumétrico de 100 e 1000 mL e Pipetas volumétricas de 1,

5 e 10 mL.

6.2 Equipamentos

Analisador de mercúrio NIC SP3D, forno mufla Hayashi Denko, agitador

magnético Fisatom e balança analítica com precisão 0,1 mg Sartorius.

6.3 Preparo de solução de L-Cisteína

Foram pesados com exatidão aproximadamente 100 mg de L-cisteina , em um

balão de 1000 mL, acrescentou-se 2 mL de ácido Nítrico PA e o volume foi ajustado

com água ultra pura .

6.4 Preparo da curva

Uma solução de trabalho de mercúrio 0,1 mg L-1 foi preparada a partir de uma

solução padrão de mercúrio com concentração de 1000 mg L-1 por diluição em L-

cisteína . A seguir, soluções para a curva analítica com concentrações de 1, 5, 10,

20, µgL-1, foram obtidas a partir da solução de trabalho por diluições adequadas

com L-Cisteína . Foram realizadas três injeções de cada solução sendo então

obtidas as curvas analíticas de Mercúrio.

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6.5 Preparo de Navículas

Foi preparada uma navícula contendo uma camada de cada um dos aditivos

A e B e deixando durante 8 horas no forno mufla há uma temperatura de 700 ºC,

logo após injetado 200 ugL-1 de cada um dos padrões com microsseringa .

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7 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para assegurar a qualidade dos resultados analíticos através da

comparabilidade, rastreabilidade e confiabilidade das medições, faz-se necessário a

validação do método (RIBANI et.al, 2004) . Para validar a metodologia proposta,

atendendo os limites de detecção e quantificação necessários segundo o CONAMA

resolução no 396, de 3 de abril de 2008, que dispõe sobre as condições e padrões

de qualidade da água, sendo permitido no máximo 2 µgL-1 de mercúrio.

Para este estudo foram analisados os seguintes parâmetros analíticos:

Linearidade e sensibilidade, limites de detecção e quantificação, precisão e exatidão

7.1 Linearidade

A linearidade foi investigada para as concentrações da faixa de trabalho para

uma série de 5 pontos distribuídos no intervalo de 1,0 a 20 µg.L-1 o coefciente de

correlação obtido foi igual a 0,9992. O método pode, portanto, ser considerado

linear, pois o coeficiente de correlação obtido a partir da curva analítica é superior ao

valor recomendado pela ANVISA e INMETRO. A figura 1 apresenta a curva de

calibração para o mercúrio.

Figura 1: Curva de calibração para o mercúrio.

Curva de Calibração Hg

y = 1,0205x + 0,0575

R2 = 0,9992

-

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

- 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0

Concentração Nominal

Méd

ia C

once

ntra

ção

Obt

ida

Fonte: Autoria própria, 2012.

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7.2 Determinação dos Limites De Detecção, Quantific ação e Precisão

Para estimar o LD, LQ e Precisão do método foram analisadas 7 replicatas

do branco fortificado com o padrão com concentração do analito de 1 µg L-1

(primeiro ponto da curva analítica) , conforme tabela 1

Tabela 1 – Valores para LD , LQ e Precisão.

O limite de detecção foi calculado utilizando o valor crítico da tabela t da

distribuição de Student para um nível de confiança de 95% com 7 graus de

liberdade (t = 1,94) sendo o desvio padrão obtido para uma série de 7 (n) replicatas

do analito adicionado com a menor concentração aceitável do analito (LD). O LQ foi

calculado apartir da media da 7 replicatas utilizando 10 desvios padrão, sendo este

igual a 1,4 µg L-,

A precisão foi determinada a partir do desvio padrão sendo este calculado

para uma série de medições (n = 7) sucessivas do analito , o resultado ficou abaixo

do limite, 3.5%, sendo o critério para aceitação do método de ≤ 15% (Anvisa, 2003).

Portanto podemos concluir que o metodo é preciso.

Replicatas Concentração µg.L-1

1 1,1

2 1,1

3 1,0

4 1,1

5 1,1

6 1,1

7 1,1

Média 1,086

Desvio padrão (s) 0,038

LD 0,1

LQ 1,4

Coeficiente Variação

( CV ) 3,5%

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7.3 Exatidão

A exatidão foi determinada através de dois testes, o primeiro de recuperação

do analito, sendo este adicionado em concentração conhecida em uma amostra

(branco), e o segundo comparando com 7 replicatas da amostra com o valor real

de um material certificado . As concentrações adicionadas para recuperação foram

1,0, 10 e 15 µg.L-1, conforme tabela 2.

Tabela 2- Resultados para o teste de Recuperação

Concentrações µgL-1 Recuperação %

1,0 95,0

10,0 100,5

15,0 104,0

Os limites de aceitação de recuperação são definidos conforme os níveis de

concentração podendo variar de 80 a 120% (INMETRO, 2007).

E no segundo teste foi calculado um valor de erro relativo de 8,6%, sendo que

para este o máximo e 10%. Para estes testes os valores encontrados estão dentro

do especificado.

7.4 Garantia da qualidade

7.4.1 Ensaio Interlaboratorial

Este ensaio é verificado através de um padrão do analito , que é distribuído

aos laboratórios participantes por um provedor do programa interlaboratórial

organizado de acordo com NBR ISSO Guia 43.

Para verificar a exatidão do laboratório em relação ao valor estipulado no

ensaio de proficiência no programa de comparação interlaboratorial , quanto mais

próximo de zero for o Z-score, mais próximo do valor do alvo estará a resposta

analítica do laboratório (ALBANO; RAYA-RODRIGUES, 2009).

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O desempenho do método para mercúrio foi avaliado pela Rede

Metrologia/RS, obtendo um Z –score = ≤ 2 = Resultado Satisfatório, para esta

metodologia.

O Escore Z será reportado e os desempenhos dos laboratórios serão

classificados como SATISFATÓRIO, QUESTIONÁVEL ou INSATISFATÓRIO, para

cada um dos parâmetros em análise (Rede Metrológica/RS).

a) Se ≤ │Z│ 2 = Resultado Satisfatório

b) Se 2 <│Z│ < 3 = Resultado Questionável

c) Se │Z│ ≥ 3 = Resultado Insatisfatório

7.4.2 Carta Controle

A avaliação do sistema de medição é realizada com um padrão de 5 µgL-1 que

é analisado junto a cada ensaio, sendo os limites de controle estabelecidos a partir

da média, diferença (padrão – média) ou do valor nominal do padrão podendo ser

de forma absoluta ou relativa. A carta de controle é avaliada a cada 30 novos

resultados, tendo sua cópia arquivada em meio eletrônico, no caso de ponto fora dos

limites da Carta é avaliado a causa e verificação da necessidade de intervenção. A

figura 2 apresenta um modelo de carta controle.

Figura 2: carta controle.

Fonte: Braskem UNIB-RS

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Dentre as vantagens de uso rotineiro da carta controle podemos citar

(ALBANO; RAYA-RODRIGUES, 2009):

a) Detecção de erros formados ou com tendência de se formarem;

b) Informacões sobre a variabilidade do trabalho;

c) Comparação dos resultados dia a dia.

d) Proporcionar ao analista o acompanhamento crítico do seu ensaio

analítico.

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8 CONCLUSÃO

Este trabalho apresenta um dos contaminantes mais prejudiciais a saúde e ao

meio ambiente, metal mercúrio. O mesmo é encontrado em amostras de água em

pequenas quantidades o que faz ser analisado em níveis de traços, sendo sua

presença causadora de danos irreparáveis ao meio ambiente.

Analisando os parâmetros de validação e garantia da qualidade evidenciamos

a importância de ter no laboratório metodologias validadas, seguidas

acompanhamentos de interlaboratoriais e carta controle garantindo confiabilidade

dos resultados e a qualidade dos serviços.

Os testes para validação foram efetuado de modo a abranger a faixa de

concentração na qual pretende-se trabalhar a quantificação e que sua

contaminação (se houver), ficando dentro dos limites permitidos por órgãos

ambientais. Os resultados apresentados para linearidade, limites de detecção,

quantificação, precisão e exatidão, estão dentro dos limites aceitáveis para

validação, assim assegurando uma boa performance do método. Além disso, esta

metodologia permite a recuperação quase que total do analito.

A validação analítica foi comprovada e este método foi considerado adequado

para quantificar o mercúrio total em amostras de água por espectrometria de

absorção atômica com vapor frio.

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REFERÊNCIAS

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