faat faculdades bacharelado em psicologia …

31
FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA ADALBERTO FARIAS DA SILVA A INCLUSÃO ESCOLAR DE CRIANÇAS COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA VISÃO DA PSICANÁLISE ATIBAIA - 2017

Upload: others

Post on 05-May-2022

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

FAAT FACULDADES

BACHARELADO EM PSICOLOGIA

ADALBERTO FARIAS DA SILVA

A INCLUSÃO ESCOLAR DE CRIANÇAS COM AUTISMO NA

EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA VISÃO DA PSICANÁLISE

ATIBAIA - 2017

Page 2: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

FAAT FACULDADES

BACHARELADO EM PSICOLOGIA

ADALBERTO FARIAS DA SILVA

A INCLUSÃO ESCOLAR DE CRIANÇAS COM AUTISMO NA

EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA VISÃO DA PSICANÁLISE

ATIBAIA - 2017

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Psicologia pela FAAT FACULDADES, sob orientação do Prof. Dr. Geraldo Antônio Fiamenghi Júnior.

Page 3: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

Silva, Adalberto Farias da

S578i A inclusão escolar de crianças com autismo na educação infantil: uma

visão da psicanálise. / Adalberto Farias da Silva, - 2017.

30 f.; 30 cm.

Orientação: Geraldo Antônio Fiamenghi Junior

Trabalho de conclusão de curso (Graduação) – Faculdades Atibaia,

como requisito para obtenção do título de Bacharel em Psicologia da

Faculdades Atibaia, 2017.

1. Inclusão escolar 2. TEA 3. Autismo 4. Freud 5. Psicanálise I. Silva,

Adalberto Farias da II. Fiamenghi Junior, Geraldo Antônio III. Título

CDD 150.195

Page 4: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

A INCLUSÃO ESCOLAR DE CRIANÇAS COM AUTISMO NA

EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA VISÃO DA PSICANÁLISE

TERMO DE APROVAÇÃO

Trabalho apresentado como exigência para a conclusão do Curso de Psicologia.

Avaliado pelo professor orientador responsável, Geraldo A. Fiamenghi Júnior, que

após análise considerou o trabalho ___________________, com conceito

___________.

Atibaia, ____/____/____.

__________________________________

Prof. Dr. Geraldo A. Fiamenghi Júnior

Page 5: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus e a todas as pessoas que de algum modo contribuíram para

essa conquista, em especial à minha mãe Custódia, meu pai Adabel e toda minha

família por estarem ao meu lado desde o inicio dessa fase tão importante para mim.

Agradeço o apoio de meus amigos que acreditaram e me apoiaram em todos os

momentos dessa trajetória.

Agradeço aos meus professores que tornaram possível a conquista desse

objetivo. Ao meu Professor Orientador Geraldo A. Fiamenghi Júnior, um

agradecimento especial por toda sua dedicação, atenção e compromisso que

garantiu o êxito desse trabalho.

Dedico esse trabalho aos profissionais da área da Psicologia e da Educação

Infantil, pois minha vivencia neste contexto foi o que despertou o meu desejo em

refletir e discutir sobre o presente tema, a fim de contribuir para a o êxito da inclusão

escolar das crianças com autismo da educação infantil.

A todos, de modo geral, que fizeram parte direta ou indiretamente da minha

formação, a minha gratidão.

Page 6: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

5

SILVA, A.F. A Inclusão Escolar de Crianças com Autismo na Educação

Infantil: Uma Visão da Psicanálise. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

FAAT (Faculdades Atibaia), Curso de Psicologia, 2017. 30 p.

RESUMO

O presente trabalho teve por objetivo discutir a inclusão escolar de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) sob o olhar da Psicanálise. A partir da observação de um aluno de uma escola particular de uma cidade do interior de SP, foi possível identificar os aspectos que semelhantes a outros estudos sobre inclusão de crianças com TEA. Os estudos revelam que o êxito no processo de inclusão só é possível por meio de um trabalho coletivo e com o apoio de alguns profissionais, professores, psicólogos, fonoaudiólogos, médicos e principalmente a família. Os estudos realizados por Freud ressaltam os desafios do processo de educação e como a palavra tem impacto na vida do sujeito que a ouve. A teoria psicanalítica pode contribuir para o êxito do processo de inclusão, pois ela compreende os desafios e seus impactos em cada faixa etária da criança, além de considerar o desejo inconsciente da criança como sendo fundamental em seu processo de desenvolvimento. Palavras chave: Inclusão Escolar, TEA, Autismo, Freud, Psicanálise

Page 7: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

6

SILVA, A.F. School Inclusion of Autistic Children in Kindergarten: A

Psychoanalysis Framework. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). FAAT

(Faculdades Atibaia), Curso de Psicologia, 2017. 30 p.

ABSTRACT

This research aimed to discuss school inclusion of ASD (Autistic Spectrum Disorder) through a Psychoanalytical framework. Stemming from observations of a pupil in a private school in a country town in SP Estate, it was possible to identify characteristics similar to other studies on inclusion of ASD children. Studies show that the success of inclusion process is only possible via a collective action, with support of professionals such as teachers, psychologists, speech therapists, doctors and, especially the family. Freud’s studies emphasize challenges in educational process and the importance of the word in a subject-listener. Psychoanalysis can cooperate for the success of inclusion, as it understands the challenges and their impacts in each stage of development, as well as taking account of the child’s unconscious desire as adamant for his/her development. Keywords: School inclusion, ASD, Autism, Freud, Psychoanalysis.

Page 8: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

7

SUMÁRIO

RESUMO 5

ABSTRACT 6

I. INTRODUÇÃO 8

1.1. A INCLUSÃO ESCOLAR 8

1.2. TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA:

CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE

13

II. OBJETIVO 18

III. MÉTODO 19

IV. RESULTADOS 20

V. DISCUSSÃO 22

VI. CONSIDERAÇÕES FINAIS 25

REFERÊNCIAS 27

Page 9: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

8

I. INTRODUÇÃO

CAPITULO 1. A INCLUSÃO ESCOLAR

Ao longo dos anos, a Psicologia conquistou seu espaço dentro das

escolas e demais instituições educacionais. Graças ao seu olhar crítico, ela tem

promovido novas reflexões, o que por sua vez contribui para novas formas de

ação no que diz respeito à educação escolar, especificamente, a inclusão

escolar. A inclusão escolar está prevista no artigo 208 da Constituição Federal

(BRASIL, 2009), que especifica ser dever do Estado garantir atendimento

educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na

rede regular de ensino. Em resumo, a inclusão escolar significa acolher, no

sistema de ensino, todas as pessoas, sem exceção, independentemente de

cor, classe social e condições físicas e psicológicas.

O ambiente escolar é um espaço de relações e troca de informações,

que gera a construção do indivíduo. Mead (apud CAMARGO, BOSA, 2009) foi

um dos primeiros sociólogos a escrever sobre a formação de uma identidade

social por meio das interações com outro, e o ambiente escolar pode ser visto

como um espaço de grande relevância na educação, na formação e no

desenvolvimento das crianças. Por isso, é importante que a escola possua uma

estrutura adequada e profissionais qualificados para que os alunos recebam a

educação adequada de acordo com suas necessidades, garantindo um bom

desenvolvimento e êxito em seu aprendizado.

No Brasil, os movimentos de inclusão surgiram a partir da década de

1980, com o intuito de inserir as pessoas, que eram excluídas pela sociedade

Page 10: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

9

em decorrência a suas diferenças físicas ou psicológicas, às atividades

cotidianas, como os empregos, no mercado de trabalho e a educação, nas

instituições de ensino. Nessa época, a inclusão deu-se por meio das Políticas

Públicas. Ao se referir às Políticas Públicas, seguimos a definição de Azevedo

(apud SOUTO, 2014, p.13), ao afirmar que “Política Pública é tudo o que um

governo faz e deixa de fazer, com todos os impactos de suas ações e de suas

omissões”. No âmbito da Educação, podemos pensar que as Políticas Públicas

Educacionais referem-se a tudo aquilo que um governo faz, ou deixa de fazer,

relacionado à Educação, bem como suas consequências.

Segundo Serra (2004), a inclusão escolar pode ser entendida como um

movimento de rompimento de antigos paradigmas e reformulação do sistema

de ensino, ou seja, é um processo de mudança quanto ao olhar para o aluno

com necessidades e atenções especiais dentro do contexto escolar.

Ao falar de inclusão escolar são necessários alguns cuidados, pois

falamos do futuro de um sujeito que necessita de um suporte especial no

tocante à Educação. Por esse motivo, é importante ter claramente

estabelecidas todas as metas e finalidades desse processo inclusivo do aluno,

antes mesmo de sua inclusão no âmbito escolar, destacando todos os

benefícios e vantagens resultantes desse trabalho. No atual contexto social

brasileiro, a inclusão escolar é vista como uma educação a pessoas com

necessidades especiais, como é o caso de crianças autistas, deficientes

auditivos, visuais, mentais e motores.

Quando falamos sobre Educação, consideramos que se trata de uma

relação em que ocorre a troca de saberes e experiências, onde educador e

educando são coparticipantes nessa relação, em que o processo de Educação

Page 11: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

10

não está implícito somente nos conteúdos pedagógicos ou nas informações

passíveis de serem aprendidas, mas sim nos diálogos e nos relacionamentos

desenvolvidos entre si. Nesse sentido Freire é expressamente claro ao afirmar

que

A educação libertadora, problematizadora, já não pode ser o ato de depositar, ou de narrar, ou de transferir, ou de transmitir “conhecimentos” e valores aos educandos, meros pacientes, à maneira da educação “bancária”, mas um ato cognoscente. (FREIRE, 1987, p.39)

Em outras palavras, nesse contexto a Educação é entendida como um

processo em que a relação entre educador e educando é fundamental para o

êxito e o desenvolvimento do aluno, e que assim como o educador, o aluno

também tem algum conhecimento a ser compartilhado por conta de sua

subjetividade. Partindo desse ponto, podemos dizer que no processo de

inclusão escolar, a relação torna-se ainda mais importante, levando em conta

que o aluno inclusivo necessita de uma atenção especial e que também é um

sujeito portador de uma forma singular de ver o mundo, capaz de compartilhar

algum saber que detém.

Considerando que a inclusão escolar é um processo dinâmico e flexível,

dependente das relações com o outro, afirmamos que seu principal objetivo

deve ser o de possibilitar, ao aluno inclusivo, interagir socialmente, decidir suas

ações e desenvolver suas potencialidades.

A escola deve ser compreendida como um espaço livre para os mais

variados tipos de pessoas, e a inclusão escolar deve ser vista como uma

estratégia de apoio e suporte aos alunos que necessitam atenções e cuidados

especiais. Por esse motivo Carvalho ressalta alguns fatores relevantes no

tocante a esse tema:

Page 12: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

11

A vivência escolar tem demonstrado que a inclusão pode ser favorecida quando observam as seguintes providencias: preparação e dedicação dos professores; apoio especializado para os que necessitam; e a realização de adaptações curriculares e de acesso ao currículo, se pertinentes (BRASIL, 1999, p.52).

Levando em conta que inclusão escolar trata-se de uma ação educativa

e uma ação política, torna-se importante lembrar que, infelizmente, o cenário

em que as escolas no Brasil vivem atualmente, é repleto de injustiças e

desigualdades, que necessitam ser revistas. Em decorrência disso a inclusão

escolar necessita uma atenção especial que consiga superar os desafios

dessas desigualdades do cenário atual da educação brasileira. Em outras

palavras, a inclusão escolar não pode ser o simples ato de matricular um aluno

com necessidades especiais em uma escola e deixá-lo sob os cuidados de

apenas um professor, mas é necessário que todo o processo inclusivo seja

acompanhado de perto, e ações políticas devem promover e garantir uma

formação mais sólida e adequada aos profissionais que estarão frente ao aluno

inclusivo.

Ainda acerca da inclusão escolar, é importante ressaltar a Declaração de

Salamanca, um documento produzido pela UNESCO, em 1994, sendo um

grande marco no que se refere à educação inclusiva, e que até hoje tem

norteado as Políticas Públicas de diversos países para a educação dos alunos

com necessidades educacionais especiais. Dentre as inúmeras orientações

apresentadas na Declaração de Salamanca destacamos que:

• toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem, • toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas, • sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades, • aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades,

Page 13: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

12

• escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso, tais escolas proveem uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional (UNESCO, 1994, p.8).

Dessa maneira, acredita-se que a inclusão escolar além de ser uma

ação que insere o aluno com necessidades especiais educacionais na rede

regular de ensino, é também uma forma de se combater o preconceito, e com

isso romper as limitações criadas historicamente pela cultura social

(BEZERRA, 2009).

Sendo assim, podemos dizer que a inclusão escolar é um processo de

ressignificação social, e para que ela de fato aconteça, é necessário que o

sistema educacional esteja em constante atualização e adequação, em

parceria com a comunidade em sua maneira de olhar essa temática, e os

Órgãos Políticos promovendo ações políticas que favoreçam o ensino de cada

aluno, para garantir a promoção de melhores qualidades aos diversos graus de

necessidades especiais educacionais (BEZERRA, 2009).

Page 14: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

13

CAPITULO 2. TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: CONTRIBUIÇÕES

DA PSICANÁLISE

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é considerado um transtorno

que causa o retardamento ou o atraso no desenvolvimento da criança,

comprometendo a sua interação e socialização com outras pessoas, sua

comunicação e suas tomadas de decisões. Em geral, o TEA é diagnosticado

em crianças logo nos seus primeiros anos de vida, mas a maioria dessas

crianças nascem sem qualquer disfunção aparente, e os sintomas revelam-se

ao longo dos anos no desenvolvimento da criança, e podem ser percebidos

pela maneira com que a criança com TEA relaciona-se com os pares, e seu

diagnóstico se dá através de exames e avaliações clinicas. O TEA é um

transtorno presente no mundo inteiro e nos mais diferentes tipos de modelos

familiares, por conta disso não possível afirmar que esse transtorno deriva-se

de uma causa psicológica ou ambiental específica. (ALVES, LISBOA, LISBOA,

2010).

Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10) de 1991, o

autismo recebe a classificação F84-0, sendo considerado como um Transtorno

Invasivo do Desenvolvimento anormal e comprometido, manifesto antes dos 3

anos de idade. A criança com TEA apresenta um funcionamento anormal das

habilidades, dentre elas, interação social, comunicação e comportamento

restrito e repetitivo.

No presente trabalho, o TEA é classificado de acordo com a 5° edição

do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and

Statistical Manual of Mental Disorders – DSM-V), que classifica o TEA como:

Page 15: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

14

O transtorno do espectro autista caracteriza-se por déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, incluindo déficits na reciprocidade social, em comportamentos não verbais de comunicação usados para interação social e em habilidades para desenvolver, manter e compreender relacionamentos. Além dos déficits na comunicação social, o diagnóstico do transtorno do espectro autista requer a presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. (APA, 2014)

Calazans e Martins (2007, p.144) afirmam que o transtorno pode ser

entendido como uma perturbação da ordem a ser seguida, entretanto, se existe

uma ordem é necessário que cada individuo possa adaptar-se a ela. Em

relação ao transtorno, os autores ainda afirmam que “o transtorno é alguém

que sofre um déficit de competências em relação aos outros sujeitos que se

adaptaram a essa ordem” (CALAZANS, MARTINS, 2007, p.144).

Alves, Lisboa e Lisboa (2010, p.10) destacam algumas orientações

referente a maneira de elaborar um trabalho eficaz com crianças com TEA,

enfatizando que “para ajudar os autistas, é fundamental que a família e amigos

os tratem normalmente, tentando entendê-los em sua forma de ser e assim

tentar ajudá-los, propiciando tratamento em todas as áreas que precisem”.

As mesmas autoras afirmam que o êxito no trabalho com crianças com

TEA requer o apoio de diversos profissionais atuando em conjunto para o

desenvolvimento da criança, como psicólogos, terapeutas ocupacionais,

fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas e médicos (ALVES, LISBOA,

LISBOA, 2010).

No tocante à Educação, a Psicanálise baseia-se nos trabalhos

desenvolvidos por Freud (FREUD, 1937 / 1996), especialmente, em seus

textos ‘Prefácio à Juventude Desorientada de Aichorn’ e ‘Análise terminável e

interminável’, nos quais ele menciona três profissões impossíveis: educar,

governar e curar. A afirmação de Freud resulta do impacto que a palavra

Page 16: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

15

poderá causar na vida do outro, ou seja, a fala emitida por um sujeito está

submissa aos desejos do inconsciente do individuo que a recebe. Portanto, no

âmbito da Educação, o educador é o sujeito que possui um saber e o transmite

por meio da palavra, porém ele não terá controle sobre os efeitos que essa

palavra causará em seu aluno. Freud (FREUD, 1925 / 1996) declarou que é

praticamente impossível que o mesmo método educativo possa ser

uniformemente bom para todas as crianças.

A afirmação anterior reforça ainda mais a necessidade de estabelecer

uma Educação que requer uma atenção especial às crianças com TEA. No

caso de tais crianças, a Educação torna-se um processo mais desafiador

ainda, uma vez que a comunicação e as interações sociais se mostram

comprometidas. Com base nas afirmações de Freud e nas necessidades

especiais da criança com TEA, acerca da inclusão escolar, podemos nos

apoiar na afirmação de Ávila (1997, p.12), que expressa que “o autismo

representa um desafio triplo: para a psicanálise, para a educação e para as

práticas sociais”. Ao se referir a inclusão escolar de crianças com TEA, o olhar

crítico da Psicanálise acredita que a criança com TEA também é um sujeito

portador de um desejo, e que esse desejo, que é inconsciente, manifesta-se

por meio de algumas ações, como, por exemplo, o brincar, e que leva a criança

à busca de um prazer, e consequentemente ao aprendizado.

Referente a isso Freud afirma:

Na teoria da psicanálise não hesitamos em supor que o curso tomado pelos eventos mentais está automaticamente regulado pelo princípio de prazer, ou seja, acreditamos que o curso desses eventos é invariavelmente colocado em movimento por uma tensão desagradável e que toma uma direção tal, que seu resultado final coincide com uma redução dessa tensão, isto é, com uma evitação de desprazer ou uma produção de prazer. (FREUD, 1920/1996, p.17).

Page 17: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

16

Bastos e Kupfer (2010), em um trabalho clínico numa instituição com

crianças psicóticas e autistas, ressaltam que as tentativas de manter as

crianças na escola regular nunca foi uma tarefa de fácil execução, e que por

isso, tiveram que desenvolver um trabalho que pudesse acompanhar a

escolarização das crianças atendidas na instituição em que atuaram. Segundo

as autoras, a inclusão escolar pode ser considerada um trabalho de educação

terapêutica, ou seja, um trabalho estruturado por meio de práticas

interdisciplinares com o objetivo de retomar seu desenvolvimento ou retomar a

estruturação psíquica interrompida decorrente do transtorno.

No que diz respeito à inclusão escolar de crianças com TEA, em um

estudo realizado durante um trabalho interventivo, Lemos, Salomão e Agripino-

Ramos (2014) enfatizam alguns fatores importantes durante o processo de

inclusão do aluno na rede regular de ensino. Os resultados apontaram para a

escola como sendo um dos espaços que mais favorecem o desenvolvimento

infantil, devido à oportunidade de convivência com outras crianças e pela

importância dos professores, que atuam como mediadores favorecendo a

aquisição de diferentes habilidades nas crianças.

A afirmação citada anteriormente confere com o que afirmam Bastos e

Kupfer (2010, p. 117)

“o trabalho de inclusão escolar não pode ser realizado sem a inclusão dos professores, já que eles são uma das ferramentas mais importantes na sustentação desse lugar social que se pretende oferecer à criança psicótica: o lugar de aluno”.

Podemos pensar que os objetivos educacionais estão voltados a

promover ao aluno habilidades básicas, desenvolver a comunicação e sua

autonomia por meio das atividades pedagógicas e psicológicas no âmbito da

escola.

Page 18: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

17

Porém, no caso de crianças com TEA, a educação deve estar atrelada

ás compreensões psicológicas e psiquiátricas, e deve-se desenvolver

estratégias e técnicas para a promoção da educação da criança com o

transtorno.

As Políticas Públicas e as demais ações sociais ainda precisam avançar

muito, a fim de promover um melhor atendimento educacional, com muito mais

qualidade e que assegurem a formação e o devido preparo dos professores

para a realização de uma pedagogia mais firme e consistente.

Consideramos o que diz Serra (2010, p.164) acerca da inclusão escolar

de crianças com TEA

“A inclusão não é o único modelo de educação para os indivíduos com autismo e a decisão de incluir deve ser bastante criteriosa. O sujeito não pode ser o único elemento a ser considerado na escolha do programa educacional, mas o ambiente escolar e a família também devem ser considerados e devidamente orientados e principalmente, é importante verificar se a equipe pedagógica está devidamente preparada”.

A Psicanálise e seus estudos podem contribuir à inclusão escolar de

crianças com TEA, pois afirma que a suspensão de suas crenças e valores

frente ao outro é capaz de perceber nele as potencialidades e desafios a serem

superados, sem que haja um julgamento preconceituoso. Em outras palavras o

olhar da psicanálise para a inclusão escolar está voltado para as condições

subjetivas de cada aluno, diferentemente de um olhar jurídico que delimita

condições objetivas para a inclusão. (VOLTOLINI, 2004).

Page 19: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

18

II. OBJETIVO

O objetivo desse trabalho foi discutir a temática da inclusão escolar de

crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na Educação Infantil à luz

da Psicanálise.

Page 20: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

19

III. MÉTODO

Para a realização desse trabalho foram utilizados textos de pesquisas

cientificas, que abordaram os temas sobre a inclusão escolar e o Transtorno do

Espectro Autista (TEA), estudos de casos com base na teoria Psicanalítica e a

observação de um aluno de uma escola particular de uma cidade do interior do

Estado de São Paulo

Page 21: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

20

IV. RESULTADOS

O aluno observado é uma criança do sexo masculino, com 6 anos de

idade, que frequenta uma escola da rede privada em uma cidade do interior de

São Paulo. Foram realizadas cinco observações durante as atividades

escolares do aluno, dentro e fora da sala de aula.

Nas atividades dentro da sala de aula, o aluno apresentou

comprometimento em sua comunicação, interação, socialização e tomada de

decisões. Além disso, também foi possível observar repetições de movimentos,

sons vocais e falas. Em algumas ocasiões, o aluno levantava-se de sua cadeira

e corria em círculos pela sala de aula, voltava ao seu lugar, sentava-se

novamente e, pouco tempo depois, voltava a correr pela sala de aula. Esse

conjunto de atividades foi percebido em todas as observações realizadas

dentro da sala de aula.

Os demais colegas da classe dificilmente interagiram com esse aluno,

pois encontraram impedimentos ao aproximar-se dele, por não conseguirem

estabelecer uma comunicação adequada. Na maior parte do tempo, os colegas

da classe não conversaram com o aluno observado e a professora raramente

incentivou os colegas a comunicarem-se com ele.

Com frequência, a professora chamou a atenção desse aluno devido ao

fato de ele correr pela sala e jogar-se no chão durante as atividades. Na

recreação no pátio, o aluno brincou sozinho, correndo em círculo, brincando no

gira-gira, jogando-se no chão, porém sem qualquer interação com os demais

colegas, que por sua vez não o incluíram em suas brincadeiras. Nenhum dos

Page 22: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

21

colegas o chamou para brincar e a professora não os incentivou a convidá-lo

para suas brincadeiras.

O aluno não recebeu atenção especial de acompanhante, ou auxiliar nas

atividades escolares em período integral. Segundo a Direção, a escola não

oferece nenhum tipo de atenção especial para crianças diagnosticadas com o

TEA, porém contava com o apoio de alunos estagiários em psicologia e

pedagogia, que auxiliavam o aluno em algumas atividades em sala de aula.

Em um momento das observações realizadas, o aluno não obedeceu

algumas ordens dadas pela professora. Quando isso aconteceu a professora

ameaçou retirar o aluno da sala de aula; ao fazer isso, ele começou a chorar e

jogar-se no chão. Quando a professora tentou conter o aluno, este chorou

ainda mais alto e passou a debater-se e agarrar-se na roupa, nos braços e nos

cabelos da professora. Ao ser encaminhado para a diretoria, os pais foram

acionados e a mãe foi buscar o aluno.

Em uma entrevista realizada com a mãe do aluno, foi possível perceber

que os pais são bem presentes na educação da criança e reconhecem suas

necessidades, bem como seus desafios e habilidades. Para auxiliar no

desenvolvimento da criança, os pais contam com o apoio de

acompanhamentos psicológicos e fonoaudiólogos.

Ainda na entrevista a mãe relatou que teve muitas dificuldades na antiga

escola onde seu filho estava matriculado, pois a criança havia recebido

rotulações negativas e a mãe percebeu um descaso e despreparo profissional

da escola. Ao transferir o aluno para a atual escola, a mãe percebeu que houve

melhorias no desenvolvimento de seu filho graças ao apoio que a escola

ofereceu.

Page 23: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

22

V. DISCUSSÃO

Com base nos comportamentos observados do aluno, dentro do

contexto escolar, especialmente a maneira como se relacionou com os colegas

e com a professora, é possível levantar uma hipótese diagnóstica de que o

aluno apresenta um Transtorno do Espectro Autista – TEA (CID-10, 1991; APA,

2014) caracterizado como comprometimento em sua comunicação, interação,

socialização e tomada de decisões, repetições de movimentos, déficits em

reciprocidade social e comunicações não verbais que são utilizados em

interações sociais (APA, 2014). Uma vez que o aluno necessita de atenção

especial, é importante que ele receba todo apoio escolar e familiar possível

para auxiliar em seu desenvolvimento.

Por meio da entrevista com a mãe, foi possível perceber que o aluno

recebe o apoio familiar adequado para favorecer seu desenvolvimento. Tal

apoio enquadra-se nos estudos feitos por Alves, Lisboa e Lisboa (2010), que

ressaltam a importância de um trabalho realizado com a ajuda da família e o

apoio de outros profissionais como médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e

pedagogos. As mesmas autoras ainda destacam que, para que o trabalho com

crianças com TEA seja eficaz, é necessário que, tanto a família quanto os

amigos, tratem a criança normalmente, buscando entendê-la em toda a sua

forma subjetiva e singular de ser e, com isso, tentar ajudá-la em suas

necessidades. Durante as observações, não foi possível identificar esse

tratamento por parte dos colegas e da professora do aluno. Assim, é possível

pensar que o trabalho dentro do contexto escolar causa dificuldades em seu

Page 24: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

23

desenvolvimento escolar, uma vez que o aluno é excluído pelos demais

colegas e a professora não os incentiva a interagir com o aluno observado.

Além disso, o ambiente escolar é o local onde o aluno constrói sua

identidade e desenvolve suas relações sociais por meio da troca de

informações e interações. (MEAD, apud CAMARGO, BOSA, 2009) e também é

o espaço que mais favorece o desenvolvimento infantil com a mediação e

importância do professor (LEMOS, SALOMÃO, AGRIPINO-RAMOS, 2014).

Incentivar os alunos a se relacionar com o aluno observado é um movimento

de rompimento e quebra de antigos paradigmas e preconceitos históricos

(BEZERRA, 2009) e também uma mudança na forma de olhar o aluno que

necessita uma atenção especial (SERRA, 2004). Por isso, a escola possui

papel significativo para o bom desenvolvimento escolar do aluno com TEA.

Outro fator a ser considerado é a importância da qualidade e do tipo de

relação desenvolvida entre educador e educando. O educador deve ter ciência

das necessidades especiais do aluno observado que, como os outros alunos,

possui uma subjetividade e também apresenta conhecimentos a serem

compartilhados.

Ao considerar a escola como um espaço livre para todos, como propõe

Carvalho (BRASIL, 1999), é necessário que ela possua condições físicas e

profissionais que atendam às necessidades de seu publico. O apoio de alunos

estagiários, como citado pelo relato da Direção da escola, não garante que o

trabalho com o aluno observado seja eficaz, uma vez que os trabalhos dos

estagiários estão limitados por sua qualificação e tipos de atuações permitidas

dentro do contexto escolar.

Page 25: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

24

Sob o olhar da Psicanálise, é possível considerar o aluno observado

como uma criança que possui um desejo inconsciente e que tal desejo pode

manifestar-se por meio de suas brincadeiras e ações. Em outras palavras, a

Psicanálise volta seu olhar para as condições subjetivas do aluno (VOLTOLINI,

2004), e com isso é possível compreender até mesmo seus momentos de

agressividade, observados ao ser retirado da sala de aula.

Page 26: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

25

VI. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Freud (1937/1996) apresenta a educação como uma das três profissões

impossíveis, pois quando o educador emite uma fala, ela está submissa aos

desejos do inconsciente do aluno que a recebe. Além disso, Freud ressalta que

um único método educativo pode não ser bom para todos os alunos. Portanto,

no caso do aluno observado essa afirmação merece ainda mais ênfase, uma

vez que o aluno necessita uma atenção diferenciada, em comparação com

seus colegas.

A Psicanálise é uma ciência que considera a palavra como um elemento

essencial para acessar o inconsciente (FREUD, 1937 / 1996), quando

acessado é possível até mesmo compreender algumas dificuldades que o

aluno possui. No contexto escolar, as palavras dos professores e demais

profissionais dirigidas ao aluno observado terão impacto significativo na vida do

aluno. Por esse motivo, a educação de crianças com TEA torna-se ainda mais

desafiadora uma vez que a comunicação da criança é comprometida e que a

palavra é um elemento importante para o êxito de sua educação.

Embora a tarefa de manter alunos com TEA seja difícil (BASTOS,

KUPFER, 2010), ao realizar um trabalho bem estruturado é possível que a

inclusão escolar também seja um processo terapêutico que beneficiará o aluno.

Quando a inclusão ocorre de maneira adequada, o professor consegue fazer

com que a criança ocupe seu devido lugar social: o lugar de aluno.

O olhar crítico e os estudos desenvolvidos por Freud são capazes de

contribuir para que a inclusão escolar seja um processo de êxito, uma vez que

ela trabalha com a suspensão de crenças e valores, volta o seu olhar para os

Page 27: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

26

desejos da criança e compreende os desafios concernentes a cada faixa etária

da criança bem como seus impactos durante o desenvolvimento infantil

(FREUD, 1920/1996).

Page 28: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

27

REFERÊNCIAS

ALVES, M.M.C.; LISBOA, D.O. Autismo e inclusão escolar. IV Colóquio

Internacional Educação e Contemporaneidade, 2010.

APA. Manual estatístico e diagnóstico dos transtornos mentais. Porto

Alegre: Artimed, 2014.

ÁVILA, L.A. Psicanálise, educação e autismo: encontro de três impossíveis.

Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, v.3, n.1, p.11-20,

2000. Disponível online em: <https://dx.doi.org/10.1590/1415-

47142000001002> Acesso em 04 maio 2017.

BASTOS, M.B.; KUPFER, M.C.M. A escuta de professores no trabalho de

inclusão escolar de crianças psicóticas e autistas. Estilos da Clínica, v. 15, n.

1, p. 116-125, 2010.

BEZERRA, A.A. Constituição Federal, PNE e LDB na prática: Como se

executam as leis que regulamentam a inclusão dos alunos com necessidades

educacionais especiais no Brasil? Caderno de Resumos e Programação do

17º. Congresso de Leitura do Brasil, v. 17. p. 86-86. Campinas:

UNICAMP/FE; ALB, 2009.

BRASIL. Constituição Federal. Brasília: Ministério da Justiça, 2009.

Page 29: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

28

BRASIL. Adaptações curriculares: uma necessidade. Salto Para o Futuro -

Educação Especial: Tendências Atuais / Secretaria de Educação a Distância.

Brasilia: Ministério da Educação SEED, v. 9. p. 96, 1999.

CALAZANS, R.; MARTINS, C.R. Transtorno, sintoma e direção do tratamento

para o autismo. Estilos de Clínica, v. 12, n. 22, p. 142-157, jun. 2007.

Disponível online em

<http//:pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=1415-

7128007000100009&lng=PT&nrm=isso>. Acesso em 04 maio 2017.

CAMARGO, S.P.H.; BOSA, C.A. Competência social, inclusão escolar e

autismo: revisão crítica da literatura. Psicologia & Sociedade. v. 21, n. 1, p.

65-74., 2009.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17ª. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

FREUD, S. O ego e o id e os outros trabalhos (1923-1925). In: FREUD, S.

Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, vol.

19: Ed. 1. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

FREUD, S. Moisés e o Monoteísmo, Esboço de Psicanálise e outros trabalhos

(1937-1939). In: FREUD, S. Edição Standard Brasileira das Obras

Completas de Sigmund Freud, vol. 23: Ed. 1. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

Page 30: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

29

FREUD, S. Alem do Princípio de Prazer, Psicologia de Grupo e outros

trabalhos (1920-1922). In: FREUD, S. Edição Standard Brasileira das Obras

Completas de Sigmund Freud, vol. 23: Ed. 1. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

LEMOS, E.L.M.D.; SALOMÃO, N.M.R; AGRIPINO-RAMOS, C.S. Inclusão de

crianças autistas: Um estudo sobre interações sociais no contexto escolar.

Revista Brasileira de Educação Especial, v. 20, n. 1, p. 117-130, 2014.

OMS. CID-10- Classificação internacional das doenças. São Paulo: EDUSP,

2011.

SERRA, D.C.G. A inclusão de uma criança com autismo na escola regular:

desafios e processos. Dissertação de Mestrado em Educação. Centro de

Ciências e Humanidades. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2004.

SERRA, D. Sobre a inclusão de alunos com autismo na escola regular. Quando

o campo é quem escolhe a teoria. Psicologia, v. 1, n. 2, 2010.

SOUTO, M.T. Educação inclusiva no Brasil: Contexto histórico e

contemporaneidade. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em

Química). Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.

UNESCO. Declaração de Salamanca, 1994. Disponível online em:

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf.

Page 31: FAAT FACULDADES BACHARELADO EM PSICOLOGIA …

30

VOLTOLINI, R. Psicanálise e inclusão escolar: direito ou sintoma? Estilos da

clínica, v. 9, n. 16, p. 92-101, jun. 2004. Disponível online em

<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-

71282004000100009&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 08 jun. 2017