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Rua Capistrano de Abreu, 29 – Botafogo / Rua Marques, 19 – Humaitá – 2535-2434 www.sapereira.com.br / [email protected] F4M Ensino Fundamental Relatório do Primeiro Semestre de 2007 1 "Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada do que o homem fez no mundo teve início de outra maneira — mas já tantos sonhos se realizaram que não temos o direito de duvidar de nenhum." Monteiro Lobato C om certeza o nosso continente americano, como ele é hoje, nasceu de sonhos! Sonhos tão diferentes, de tantos, em tantas épocas! E é esse encontro de sonhos que nos moldou assim, multifacetados, coloridos, diferentes e ricos em possibilidades. Ao escolher, com a turma, o recorte do Projeto "As Américas", nós também sonhamos. E nesses sonhos pensamos nos pontos de partida, nos caminhos e nas chegadas. Depois das atividades e aperitivos iniciais, percebemos que poderíamos trabalhar com o encontro de culturas, com o momento do contato entre os povos primitivos e os europeus, e com o olhar dessas civilizações para si e para o outro. "... a descoberta foi a ponte lançada entre as duas margens, a civilização ocidental e as civilizações primitivas. Toda ponte é sempre uma travessia, ponto de partida e ponto de passagem." Adauto Novaes Ponte, como metáfora, revela união, ampliação, solução. Temos que mudar a idéia de que os outros são uma ameaça. Todo encontro soma, e os outros devem ser uma promessa, como diz Galeano. No entanto, sabemos que não foi bem assim, mas não se pode julgar aqueles homens do século XVI por suas concepções de mundo. Precisamos apenas Turma Antonio Coreixas Biasotto de Oliveira Caio Amado Carolina Fendt Goncalves Silva Esther Gazzola Borges Felipe Farina Barros Felipe Martins Gomes Francisco de Aguiar Fortes Hugo Cotrim Coutinho Joana Tavares Campos João Alberto Kreitlon Pereira João Travassos Lins João Victor de Almeida C Bandeira João Vitor Dias Gonçalves Luisa Giesteira Lima Marcus Alves Azevedo Maria Eduarda Moraes Aquino Pablo Guimarães Bandeira da Silveira Pedro Henrique Martins Cardoso Rodrigo Arouca Manzi Marinho Victoria Vasconcelos B da C Junque Yuri Quitete de Barros Mansur Professores Ana Cecilia Pinheiro Guimarães Elisabeth Von Kruger R de Freitas Fernando Caiuby Ariani Filho Flavia Renata Franco Lopes João Luiz Pena Santos Moema Moura Santos Renato Lent Santos Rodrigo Maia Barbosa Lima Rosangela Machado de O Caldas

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"Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada do que o homem fez no mundo teve início de outra maneira — mas já tantos sonhos se realizaram que não temos o direito de duvidar de nenhum."

Monteiro Lobato

C om certeza o nosso continente americano, como ele é hoje, nasceu de sonhos! Sonhos tão diferentes, de tantos, em tantas épocas! E é esse encontro de sonhos que nos moldou assim, multifacetados, coloridos, diferentes e ricos em possibilidades.

Ao escolher, com a turma, o recorte do Projeto "As Américas", nós também sonhamos. E nesses sonhos pensamos nos pontos de partida, nos caminhos e nas chegadas. Depois das atividades e aperitivos iniciais, percebemos que poderíamos trabalhar com o encontro de culturas, com o momento do contato entre os povos primitivos e os europeus, e com o olhar dessas civilizações para si e para o outro.

"... a descoberta foi a ponte lançada entre as duas margens, a civilização ocidental e as civilizações primitivas. Toda ponte é sempre uma travessia, ponto de partida e ponto de passagem."

Adauto Novaes

Ponte, como metáfora, revela união, ampliação, solução. Temos que mudar a idéia de que os outros são uma ameaça. Todo encontro soma, e os outros devem ser uma promessa, como diz Galeano. No entanto, sabemos que não foi bem assim, mas não se pode julgar aqueles homens do século XVI por suas concepções de mundo. Precisamos apenas

Turma Antonio Coreixas Biasotto de Oliveira

Caio Amado Carolina Fendt Goncalves Silva

Esther Gazzola Borges Felipe Farina Barros

Felipe Martins Gomes Francisco de Aguiar Fortes

Hugo Cotrim Coutinho Joana Tavares Campos

João Alberto Kreitlon Pereira João Travassos Lins

João Victor de Almeida C Bandeira João Vitor Dias Gonçalves

Luisa Giesteira Lima Marcus Alves Azevedo

Maria Eduarda Moraes Aquino Pablo Guimarães Bandeira da Silveira

Pedro Henrique Martins Cardoso Rodrigo Arouca Manzi Marinho

Victoria Vasconcelos B da C Junque Yuri Quitete de Barros Mansur

Professores

Ana Cecilia Pinheiro Guimarães

Elisabeth Von Kruger R de Freitas Fernando Caiuby Ariani Filho Flavia Renata Franco Lopes

João Luiz Pena Santos Moema Moura Santos

Renato Lent Santos Rodrigo Maia Barbosa Lima

Rosangela Machado de O Caldas

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F4M Ensino Fundamental Relatório do Primeiro Semestre de 2007 2 compreendê-los e, aprendendo com a sua experiência, transformar a realidade.

Como ponto de partida, a origem de tudo. Como e quando este continente começou a ser povoado? ("Enorme Continente, quanta gente cabe em ti?") Assistimos a dois filmes do Discovery: um sobre os dinossauros da América, que inicia com a formação dos continentes a partir de Pangéia; outro sobre a origem da humanidade que apresenta a principal hipótese de povoamento do continente a partir da entrada pelo estreito de Bering, há provavelmente doze mil anos. Foram essas pessoas que se espalharam pelo enorme continente que corta o globo terrestre em sentido vertical, de norte a sul.

A escolha do livro Hans Staden, adaptado por Monteiro Lobato, veio dar forma, conteúdo e nome para o nosso projeto: "Ancorando nas Américas". A aventura do navegador alemão sendo contada, em primeira pessoa, pelo próprio e, em terceira

pessoa, por Dona Benta com as interferências das personagens do sítio - que questionam, perguntam e comentam - ajudou a contextualizar a história. A leitura foi uma viagem no tempo, tanto fomos para o século XVI, com Hans, como para os anos 20 do século XX, com Lobato.

A apostila "Hans Staden" foi muito importante nas discussões críticas sobre o livro e o pensamento dos europeus, dos índios e também de Lobato, que sempre se revela um homem à frente do seu tempo, como podemos ver no fragmento a seguir:

"Essas e outras crueldades fizeram-lhes nascer no coração um ódio de morte contra os pêros.

- Quer isso dizer que se os portugueses houvessem tratado com justiça aos selvagens do Brasil eles seriam amigos, observou Pedrinho.

- Certamente, respondeu Dona Benta. Mas os conquistadores do Novo Mundo, tanto portugueses como espanhóis, eram mais ferozes que os próprios selvagens. Um sentimento só os guiava: a cobiça, a ganância, a sede de enriquecer, e para o conseguirem não vacilaram em destruir nações inteiras, como os astecas do México e os incas do Peru, povos cuja civilização já era bem adiantada.

- Mas como é então, vovó, que esses homens são gloriosos e a história fala deles como grandes figurões?

- Por uma razão muito simples: porque a história é escrita por eles. Um pirata quando escreve a sua vida está claro que se embeleza de maneira a dar a impressão de que é um magnânimo herói".

Em vista disso, como estávamos envolvidos pelas palavras dos europeus e seu modo de ver o mundo, acreditamos que era necessário cruzar a ponte para ouvir e ver também o outro lado. Então marcamos uma visita ao Museu do Índio, com direito a lanche típico e conversa com Werá-Djekupé, um ex-cacique que conta a história do Brasil pelo olhar do seu povo. Assistimos, também, ao documentário "A gente luta, mas como fruta", produzido pelo povo Ashaninka e recebemos João, pai do Francisco, que há anos se dedica às questões ambientais e mantém contato com várias nações indígenas. Tudo isso ampliou o entendimento e o respeito por aqueles que nos precederam.

E, de novo, chegava o tempo de pensar nos navegantes, aqueles aventureiros de além-mar. O filme "Mestre dos Mares" nos levou a uma longa viagem pelos oceanos Atlântico e Pacífico, chegando até as Ilhas Galápagos. O próximo passeio foi ao Espaço Cultural da

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Marinha. Fomos recebidos pelo Comandante Miyoshi que, com o maior entusiasmo, nos mostrou todo o acervo do museu, que parecia saído do filme. Depois, veio à escola complementar nossos estudos com uma palestra sobre a história da navegação, seus instrumentos e cartas náuticas.

Erro de Português Quando o português chegou Debaixo duma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido o português

D ois textos também ilustraram esse período e o trouxeram para o centro do nosso debate: "Erro de Português" de Oswald de Andrade e "A Nau Catarineta", em linguagem teatral apresentada primeiro pelos atores do grupo Sobrados e depois

pelos alunos das F3. Ambos, com toques bem-humorados, instigaram as crianças a refletirem e construírem sua compreensão da história.

O caderno de Projeto nos acompanhou nesse percurso como um diário de bordo. As crianças do Quarto Ano vão, aos poucos, conquistando autonomia para fazer os registros em forma de textos e imagens, organizando os títulos, as legendas, o índice e fazendo as revisões necessárias. Procedimentos que, depois de concluídos,

vão dando a oportunidade prazerosa de revisitar tudo o que foi estudado.

A apostila "Ancorando nas Américas" também foi uma boa bússola: trouxe informações sobre navegadores, povos primitivos do continente americano e ainda vai encaminhar um trabalho em grupo para inaugurar o próximo semestre.

Além do tema do Projeto, há outros caminhos que preenchem, aproximam e ampliam nosso contato com a Língua. O livro de Cruzadinhas é uma reflexão sobre a ortografia, traz divertidas adivinhas e as poesias, que nos proporcionaram momentos deliciosos de apresentações individuais bem cuidadas, no início de cada aula do final do semestre.

Os conceitos de gramática formal são tratados de forma contextualizada e registrados no caderno de Português. Este é, também, o portador das pequenas tarefas relativas às

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Cruzadinhas que normalmente vão como dever de casa.

Neste semestre as produções de texto giraram em torno das biografias, textos de opinião, comentários, relatórios, cartas, poesias e historinhas fantásticas. Na Literatura, além do Hans Staden e das poesias, lemos lendas indígenas e livros variados da Biblioteca.

A encomenda da Roda de Notícias tinha sempre as Américas como foco, mas as notícias científicas eram sempre bem-vindas, porque concluímos que uma descoberta nessa área envolve todo o planeta. Por isso, finalizamos com o olhar voltado para o Aquecimento Global, assunto que nos dias de hoje, não pode ficar de fora da consciência de todos.

Terminamos por aqui, já cheios de planos para o segundo semestre. Esta turma promete! Agora, mais amadurecida e preparada para os próximos desafios, vamos dar continuidade aos projetos iniciados e criar sonhos e mais sonhos que nos ajudem a construir muitas pontes e, a cada dia, mais aproximar os povos.

Matemática _________________________________________________________

O início do ano foi marcado por atividades que sugeriam às crianças revelarem um pouco dos conhecimentos adquiridos nas séries iniciais, utilizando estratégias pessoais de cálculo.

Hora de rever as técnicas operatórias da adição e da subtração, ampliando o campo numérico e estabelecendo relações com os agrupamentos do sistema de numeração decimal. Momento, também, de ler, comparar, ordenar, compor e decompor números grandes, sistematizando os conceitos de valor relativo e valor absoluto. As atividades em que deveriam escrever números, a partir de algumas propriedades, estiveram presentes e agradou a todos.

A calculadora, recurso tão usado em nosso cotidiano, esteve presente em diferentes contextos. Ora para fazer cálculos com numerais difíceis de operar mentalmente, ora para calcular a diferença entre as estimativas e o cálculo exato e, também, para desafios que envolviam o sistema de numeração decimal.

Na intenção de trazer mais um recurso para a resolução dos problemas, em especial os que envolvem medidas, a reta numerada foi utilizada em diferentes contextos e já percebemos um uso autônomo dessa ferramenta em diversos registros de nossos alunos e alunas para resolver diferentes desafios.

Iniciamos o estudo da multiplicação com atividades que tratam da configuração retangular, adição de parcelas iguais e combinação, idéias características dessa operação. Já utilizamos alguns algoritmos alternativos, sugeridos pelo livro didático. Optamos por fazer uso desses procedimentos, nesse momento, porque realizam a operação sugerindo a decomposição dos numerais, o que deixa aparente o valor relativo dos algarismos.

Uma vez usando o algoritmo da multiplicação, a necessidade da tabuada, na ponta da língua, vai aparecendo para trazer agilidade aos cálculos. Mas até lá há um importante percurso:

- Flavia, os resultados da tabuada do 4 são o dobro dos da de 2. E os resultados da tabuada do 10 são dez vezes maior que os da tabuada do 1. Porque o 10 é dez vezes maior que o 1!

Dedicamos especial atenção a essas relações por acreditarmos que servirão de ferramenta

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para novos conhecimentos e tornarão o cálculo mental mais ágil.

O estudo da divisão mereceu destaque. Tratamos de, inicialmente, identificar as idéias envolvidas nessa operação. Trabalhamos com procedimentos diferentes para resolver problemas que tratavam da idéia de medir e distribuir. Identificar cada uma dessas idéias, por si só, já era um grande desafio. Mais adiante, legitimamos um novo algoritmo que poderia ser usado nos dois casos. O que muda agora é a forma com que olhamos para esse procedimento. Pouco a pouco, buscamos um registro mais organizado, tentando abreviar essa conta usando recursos das multiplicações por 10, por 100, os conceitos de dobro e de metade. E, como estão sempre atentas, as crianças logo perceberam que a divisão envolve a multiplicação, a adição e a subtração.

Atualmente, a apropriação dos algoritmos das quatro operações está garantida. Entretanto, continuamos valorizando e estimulando o cálculo mental e os procedimentos pessoais.

Aprende-se matemática resolvendo problemas! Assim, dedicamos especial atenção ao estímulo da autonomia para ler e interpretar os textos dos problemas e os enunciados das tarefas. Identificar a pergunta do problema, buscar as informações relevantes, encontrar uma estratégia eficiente, escolher a operação adequada e elaborar um registro organizado fazem parte dos objetivos relacionados ao trabalho com resolução de problemas.

O estudo das expressões numéricas é, também, de nosso interesse. Assim, buscamos trazê-lo em contextos significativos, na maioria das vezes apoiados em situações-problema, de forma que as crianças possam compreender suas regras e sua aplicação prática.

O livro didático, as fichas e as apostilas nos serviram de suporte para o trabalho desenvolvido nesse período. Após as férias, além dos novos conteúdos pretendemos, reservar um lugar especial para utilizar os jogos como recurso para as novas aprendizagens.

O semestre foi corrido sim, mas cheio de aprendizagens!

Artes _________________________________________________________

E m meio à folia carnavalesca, começamos o ano nos preparando para o famoso desfile do Bloco da Sá Pereira.

Para aquecer nosso repertório, selecionamos as mais conhecidas marchinhas de carnaval e, em grupos, com técnica livre, criamos ilustrações que pudessem traduzir nossas impressões e interpretações sobre essas canções. Para enfeitar a escola e o carro de som que acompanhou o bloco, produzimos cartazes com um fundo multicolorido que serviram de suporte para a colagem de silhuetas de tipos carnavalescos desenhadas e depois recortadas em papel branco ou preto.

Desenho de Observação

Passado o carnaval, começamos a busca de um maior diálogo e integração com as pesquisas sobre o Projeto Institucional "As Américas". Para libertar nosso corpo e nossas mentes da ferrugem das férias, mergulhamos numa aula de desenho de observação de objetos que nos remetiam a diferentes países das Américas. Deixamos, por um breve momento, nossa imaginação de lado e tentamos reproduzir, exatamente, o que nossos olhos viam. Percebendo que, para algumas crianças, a preocupação exagerada com o acabamento e a finalização as impedia de chegar à gratificação de um bom resultado,

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propusemos uma série de rápidos e repetidos exercícios. As diversas limitações impostas - só poder usar lápis, não poder apagar e ter tempo determinado para cada desenho - fizeram com que as crianças se soltassem e se colocassem mais corajosas para a experimentação. Ao nos entregarmos a tal exercício, sensibilizamos nosso olhar, libertamos o traço, a expressão e até mesmo a criatividade. Pode parecer contraditório, mas nessa observação pudemos constatar que, às vezes, recursos limitados podem trazer maiores provocações para o processo criador.

Aquarelas

Como desdobramento do processo iniciado com o desenho de observação, instigamos as crianças a pintar utilizando as cores que realmente eram percebidas, ao invés das que usualmente pré-concebemos sobre as dos objetos.

Mitogramas

Ao entrarmos no túnel do tempo, provido pelo tema Américas, encontramos nos desenhos e padrões de objetos pré-colombianos e pré-cabralinos extenso material para nossas pesquisas.

Descobrimos que os mitogramas, primos dos pictogramas e ideogramas, são representações gráficas originadas de tradições mitológicas indígenas, encontradas em toda a América. Revelam a importância da relação desses povos com a natureza e servem como fator de identidade e união entre diferentes grupos. Recordam histórias míticas, resgatam raízes, tradições, cultura, arte e história. Representam valores que ainda buscamos em nosso dia-a-dia.

Muitos objetos foram observados e analisados; aprendemos a identificar as unidades que formam os padrões e a diferenciar as linhas retas e curvas; refletimos sobre o conceito da abstração e da figuração. Com base nesse estudo criamos nossos próprios padrões com lápis de cor e depois unimos os trabalhos de todos os alunos, do quarto e do quinto ano, para formar uma imensa colcha de retalhos.

Queríamos experimentar os estilos de representação dos povos antigos. Como papel e lápis de cor não nos davam uma sensação similar à dos modelos observados, resolvemos colocar a mão na massa, ou melhor, na cerâmica, e pintá-la com nanquim. Fizemos uma releitura dos mitogramas indígenas de diferentes regiões das Américas. A releitura considera elementos da linguagem visual característicos dos modelos, mas incorpora conteúdos pessoais e culturais num processo de recriação. Essa proposta nos distancia da cópia, abrindo espaço para a expressão da cultura visual das crianças. Foi uma enorme e satisfatória produção de vasos, quebra-cabeças de tijolos e cacos para construir nosso fictício sítio arqueológico.

Chegamos ao final do semestre criando mitogramas a partir de fotos de animais nativos das Américas. Esse estudo ainda será retomado no segundo semestre, desdobrando-se em uma pesquisa sobre a influência dessas imagens primitivas sobre a obra de arte de artistas americanos contemporâneos.

No final, criamos um espaço para a cultura popular brasileira, cuidando da decoração de nossa festa junina.

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Música _________________________________________________________ Começamos o ano nos conhecendo e aprendendo a cantar o samba enredo da escola. Passado o carnaval, retomamos o estudo do instrumento com o qual trabalhamos, com muito afinco, durante todo o semestre: a flauta doce soprano! Para recuperar o trabalho que foi feito no ano anterior, fizemos alguns exercícios de reconhecimento de notas e de execução. Esses exercícios logo nos levaram à primeira música, 500 miles, que tem a sua origem numa melodia folclórica americana e que foi gravada por um grande número de artistas.

Com essa melodia simples, lembramos posições básicas da flauta doce e, no processo de aprendizagem, treinamos nossa percepção auditiva e visual. Exercitamos a colaboração e o trabalho em equipe, quando trabalhamos divididos em grupos como numa gincana. Aproveitamos, também, para exercitar as noções de notação musical formal e informal no registro em partituras de diferentes tipos.

Com a melodia aprendida e registrada em partituras, partimos para uma outra etapa do trabalho: criar um arranjo. Ainda divididos em grupos, os alunos foram incentivados a criar um pequeno trecho melódico que pudesse ser anexado (como introdução, segunda voz ou fim) à música, criando um arranjo personalizado.

Antes de sua consolidação, apresentamos, gravamos e ouvimos sua melodia para exercitar a concentração na hora de tocar e ouvir.

De volta ao trabalho do arranjo, terminamos de compô-lo e começamos a ensaiá-lo. Essa experiência a duas vozes exigiu uma grande concentração e esforço e, depois de muitos ensaios, o resultado foi apresentado na Mostra de Artes.

Quando concluímos essa etapa, nos dedicamos à escolha de um novo repertório, acolhendo sugestões para que fossem compartilhadas e escolhidas em grupo. As músicas escolhidas não estão em sintonia com o projeto institucional, mas refletem o ambiente musical que os cerca fora da escola. Vimos, nessas escolhas, a possibilidade de conversarmos um pouco sobre a música que ouvimos, de tentar unir a música feita nas aulas com a vivenciada fora delas e como uma oportunidade de estimulá-los no aprendizado da flauta doce.

No momento trabalhamos com a música escolhida, o tema de Harry Potter, de John Williams.

Durante o semestre a turma mostrou uma variação de humor e comportamento muito grande, alternando aulas

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excelentes com aulas muito pouco produtivas. Estamos trabalhando para tentar fazer com que a turma tenha um rendimento mais constante e com isso consiga mostrar, como fez na Mostra de Artes, que é um grupo com muitas possibilidades a serem exploradas. Muitos desafios por vir!

Coral _________________________________________________________ Ar, respirar.

Ritmo, pulsar.

Beleza, usufruir.

Prazer, sentir.

Som, ouvir e soar.

Som suave, forte, organizado e até mesmo aleatório.

Silêncio, prestar atenção e escutar.

Momento de falar e cantar; momento de escutar.

Coral, tudo isso junto, lado a lado, ombro a ombro.

A uma voz, em união-uníssono.

A mais vozes, em união-polifônica.

Respirar junto: retomar o ar com a certeza de que o outro irá sustentar a nota; sustentar a nota para que o outro possa retomar o seu ar.

Concentrar-se individualmente para que o grupo se concentre.

Descobrir e superar novos limites, descobrir novas possibilidades ao cuidar do som do conjunto, crescendo pessoalmente com e junto aos colegas.

É basicamente isto o que queremos com as crianças nos ensaios do Coral.

Como toda atividade educacional de grupo, o Coral é um espaço em que seu objetivo, a música, depende fundamentalmente de cooperação e construção coletiva. Montamos, então, um repertório aparentemente pequeno, mas razoavelmente complexo, polifônico, que foi trabalhado para se realizar o melhor possível, dentro das limitações reais da idade das crianças.

Como ocorre de ano para ano, o repertório é dividido em músicas já conhecidas pelas crianças do quinto ano, que assim ajudam os novos do quarto ano a aprendê-las, com músicas novas ligadas ao tema do projeto institucional.

Este ano criamos o arranjo / pot-pourri "Adeus Chiclete", que conta a história da viagem de um sujeito que adorava "bebop" mas que, de tanta saudade do Brasil, acabou caindo no maior samba cheio de cuícas e tamborins, num Brasil bem brasileiro.

Na preparação para a Festa Pedagógica, o Coral teve a oportunidade de se "esquentar" fazendo um ensaio geral para um público especial (as crianças das outras turmas) onde aspectos como concentração, organização e movimentação foram abordados. Nas semanas seguintes à estréia, assistiram a um vídeo da apresentação, momento que é sempre esperado com muita excitação, e quando todos fazem uma auto-avaliação, trocam

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sentimentos, críticas, sugestões e observações a respeito de sua realização.

Acreditamos que, quando não são por nós subestimadas ou infantilizadas em excesso, acabam mostrando que são capazes de nos surpreender e, como sempre, de nos emocionar.

Teatro _________________________________________________________

O início do semestre foi repleto de lembranças de jogos já vivenciados. Para matar as saudades, colocamos em prática o que já conhecíamos como o jogo da memória, os jogos de regras, o João e Joana, o jogo da bolinha, o jogo do objeto,

dando a este um pouco mais de ênfase. Os objetos da vida cotidiana, ao entrarem em cena, eram transformados pela imaginação do jogador, que passava a improvisar, não com o que o objeto representava verdadeiramente, mas sim com a nova idéia que a ele atribuía. "Ih! O tênis virou uma canoa!". Portanto, um mesmo objeto podia passar a ter muitos significados. Observando as improvisações, os demais puderam exercitar sua intuição tentando identificar esses novos significados que iam surgindo a cada improvisação. Vivenciamos cenas ricas, lúdicas e surpreendentes que colaboraram para o início e o desenvolvimento de outro jogo: Máscara.

Nessa etapa buscamos maior integração com os estudos e pesquisas da turma. Utilizamos como recurso e inspiração o livro "Aventuras de Hans Staden", adaptação de Monteiro Lobato. Mais próximo do texto teatral, mas com uma nova linguagem, usamos "Hans Staden – Um Aventureiro no novo Mundo", de Jô Oliveira, versão em quadrinhos que apresentava a estrutura com diálogos e narração.

O segundo, dividido em capítulos, nos ajudou na distribuição da história para os grupos que formamos. Começamos com dois grandes grupos, passamos para cinco, e chegamos a três, número que achamos ideal para dar conta dos personagens e situações.

O jogo que deu voz ao processo e norteou o semestre, o Jogo Máscara, que utiliza os termos Quem (um personagem), Onde (um lugar) e O que (uma situação) é o princípio da atividade de improvisação (ora combinada entre grupos, ora espontânea), que foi realizada em etapas, como processo de criação de uma montagem.

Percebemos uma evolução significativa nesse processo. As cenas foram se desenvolvendo, os comentários ficaram cada vez mais interessantes e o desafio foi aumentando. Passamos a um novo desafio: fazer a transição de uma máscara para outra, criando um enredo.

Neste final de semestre, e depois de toda essa vivência provocadora de intuições, improvisos, alegrias e brincadeiras, estamos à espera da adaptação de "As aventuras de Hans Staden" a um texto teatral para darmos forma a uma montagem que poderá, em breve, ser apreciada pelos amigos de outras turmas e familiares.

Expressão Corporal _________________________________________________________

N o início do ano, nossas aulas foram dedicadas ao samba da Sá Pereira. Aproveitamos o carnaval para... dançar, é claro! E falar um pouco dessa festa popular tão alegre e divertida! A letra do samba foi um gancho para começarmos

a trabalhar o Projeto Institucional e fazer brotarem as idéias para próximos projetos de estudo. Embarcamos, a partir do samba, numa pesquisa das danças latinas. Nos

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aquecimentos, as crianças foram estimuladas a dizer quais são essas danças e, entre erros e acertos, fomos abordando o que conhecemos dos ritmos, das influências e misturas que tanto enriquecem e esquentam o solo americano!

Dançamos louvando o Deus Sol, em rodas de cantigas e gestos que reverenciavam a natureza, a terra e a lua como "Pacha Mama, Madre Tierra", "Terra meu corpo..." e outras. Com o jazz, o soul, o samba, a marcha, o tango e a salsa nos divertimos muito. Cada música inspirando um diferente acento e uma qualidade específica no movimento com o corpo.

Vimos imagens de crianças sambando no morro, num clip do Chico Buarque, e dançando um tango, numa cena escolar de um filme de Carlos Saura. Outros vídeos de salsa foram apresentados e improvisamos em grupo e individualmente. Combinamos um baile onde todos, caracterizadas, usaram adereços que lembravam esse universo latino. Ao som do álbum GOTAN, uma versão contemporânea do tango, dançamos e gravamos o tal baile. Depois vimos essas imagens e conversamos sobre nossa movimentação e das outras turmas!

O envolvimento das crianças com o tango foi tanto que desenvolvemos várias atividades baseadas nele. Vimos cenas de filmes em que o tango aparecia. Comentamos suas características em grupo, percebendo a força, o vigor e a densidade que caracterizam seus passos. Comparamos com o samba, traçando semelhanças e diferenças. Mas, acima de tudo, experimentamos esses passos no corpo, improvisando e criando individual e coletivamente. As crianças se dividiram em duplas e trios para criar seqüências coreográficas que foram memorizadas e filmadas nas aulas. Repetimos parte desse processo com a salsa, identificando semelhanças e soltando o corpo nesse ritmo "caliente".

Misturando o que aprenderam sobre o tango e a salsa, as crianças criaram, com bastante autonomia, uma coreografia que integrava todo o grupo. O resultado foi tão gratificante que, de última hora, resolvemos apresentá-lo na Festa Pedagógica!

No final do semestre a turma ensaiou uma linda quadrilha para animar o arraial junino da Sá Pereira!

Educação Física _________________________________________________________ "Há muitas causas que precisam da paixão que anima os torcedores. Brinquemos, pois. É preciso rir (...)"

Rubem Alves

Embarcamos, juntos, numa grande viagem pelas Américas e, para completar, teremos a realização da edição dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro. Este fato nos ajuda a incentivar ainda mais àqueles que já possuem o hábito da prática esportiva e, também, a despertar o gosto pelos esportes e atividades físicas nos que ainda não o possuem.

Queimado, pique-bandeira, futebol, basquete e handebol, além das brincadeiras lúdicas, incentivaram a cooperação, o espírito esportivo e a competição de forma ética, e também animaram as manhãs e tardes no Pereirão.

Quanto à capacidade de organização em grupos, a garotada foi desafiada a montar as equipes para jogar, sem a interferência dos professores. Saíram-se muito bem, apesar de

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Rua Capistrano de Abreu, 29 – Botafogo / Rua Marques, 19 – Humaitá – 2535-2434 www.sapereira.com.br / [email protected]

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algumas discussões que consideramos importantes para que as crianças desenvolvam sua capacidade de argumentação e organização e iniciar logo as partidas sem perder o tempo do recreio.

Esta turma tem dificuldade para iniciar os jogos. Resistem a diversificar a composição dos times e não aceitam com facilidade estratégias como o sorteio para garantir novos arranjos. Quando permitimos que escolham sozinhos, não conseguem se organizar de forma autônoma precisando do professor para chegarem a um consenso e a uma formação equilibrada e adequada. O número pequeno de meninas é mais um fator que não colabora nesses momentos; na maioria das vezes, algumas amigas acabam em times opostos, o que as deixa bastante aborrecidas.

Adoram futebol e costumam reclamar dos outros jogos, porém acabam se integrando e se divertindo bastante.

Nosso tão esperado Pátio Sobre Rodas aconteceu e, munidos de skates, patins e patinetes, meninos e meninas se concentraram para cumprir as regras da brincadeira, testaram o equilíbrio em manobras radicais e desafiaram os limites, respeitando as possibilidades de cada um. Os que "avançavam o sinal" ou excediam o "limite de velocidade" e eram multados com a espera do lado de fora por alguns minutos, aproveitavam para dar um show de coleguismo emprestando o material para os que não haviam trazido e ajudando os que não tinham tanta experiência.

O sucesso foi tão grande que pudemos ouvir frases do tipo: "Eu não gostei, eu AMEI!" "Quando será o próximo?". Diante disso, pretendemos repetir a brincadeira no segundo semestre.

As estafetas ou competições por equipes, adaptadas às turmas, ajudaram nossas meninas e meninos a aperfeiçoar as ações motoras de correr, saltar e rastejar, bem como quicar, chutar, passar e tocar a bola com maior destreza.

Para encerrar o semestre, planejamos o Pereirão Junino e os Primeiros Jogos Pan-americanos da Sá Pereira.

Falaremos deles no relatório do final do ano.

Inglês _________________________________________________________

C omeçaram o ano cheios de expectativas e ansiosos por novidades, curiosos para saber a direção que tomaríamos dentro do Projeto Institucional. Fizemos um Bingo para relembrar conceitos trabalhados anteriormente e foi possível perceber

quanto já tinham aprendido. Retomamos uma música que fala do Carnaval Caribenho, muito alegre e animada. Apresentamos dois vídeos de um grupo vocal interpretando a música "Carnival". As crianças gostaram de ouvir novamente e, principalmente, de ver o grupo, suas roupas e coreografias. Foi possível observar o número de cantores, quantos eram "boys", quantos eram "girls", que roupas estavam usando, de que cores eram e, como eram dois os vídeos, puderam observar as suas diferenças.

As crianças ficaram mobilizadas com a idéia de fazermos a "Sá Pereira Expedition" pelas Américas. Com apoio do atlas, responderam à pergunta "Where have you been?", enquanto se localizavam no mapa. Ilustraram a capa do caderno com imagens sobre o tema viagem.

Com o mapa nas mãos, antes de escolhermos para onde iríamos, resolvemos começar

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descobrindo um pouco mais sobre os continentes. Todos sabiam alguma curiosidade para dividir com o resto do grupo e lembravam os principais monumentos e fatos históricos. Fizemos uma lista do maior para o menor continente para compará-los usando as estruturas "the biggest", "the smallest", "bigger than", "smaller than". A partir daí surgiam dúvidas sobre o tamanho dos continentes. Mas, com o conhecimento que possuem, são capazes de encontrar, no atlas, as respostas e informações. Analisaram frases escritas no caderno usando True ou False.

Logo questionaram a possibilidade de fazer frase na negativa e na interrogativa.

P artimos para nossa primeira viagem às ilhas do Caribe. Colhemos algumas informações importantes sobre o lugar a ser visitado, localizamos o arquipélago no mapa da América Central e traçamos uma rota. Não faltaram pesquisas, livros,

imagens e revistas interessantes! As contribuições nos ajudaram a responder a perguntas curiosas, como por exemplo "What is an island?", "How is the weather in the Caribbean Islands?", "How many islands are there?", "Where are the Caribbean Islands located?", e a elaborar um texto de apoio que ficou registrado no caderno.

Para descrever o que estávamos conhecendo do Caribe, nos apropriamos da forma verbal "there + verbo to BE".

O que fazer com todas as informações e imagens que tínhamos? Foram feitos painéis, em grupos, nos quais as crianças escolhiam as informações, imagens e curiosidades que seriam usadas. Foram além das expectativas quando decidiram apresentar, para outras turmas, o trabalho desenvolvido. E ainda construíram, por sua iniciativa, jogos interativos para que os visitantes pudessem participar e aprender com eles!

Relacionar o projeto ao filme "Piratas do Caribe" foi inevitável. Muitas cenas e comentários rechearam as conversas. Logo surgiu a curiosidade sobre a bússola de Jack Sparow, por ser uma bússola que não aponta para o norte. Aproveitamos a deixa para brincar com esse instrumento, aprender um pouco sobre os pontos cardeais e como nos movimentar com seu auxílio.

Uma contribuição que fez o maior sucesso foi a música, enviada pela mãe do João Travassos, cantada pelo Raffi, compositor americano de músicas infantis que fala das crianças que nascem em diferentes países. Foi interessante porque puderam fazer um importante exercício de escuta e reconhecimento dos nomes dos países.

No próximo semestre, a "Sá Pereira Expedition" partirá em busca de novas aventuras e descobertas!