exposição sobre ovulcão dos capelinhos...

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Nos dias três a catorze de Março, o Departamento de Língua Portuguesa, História e Geografia de Portugal e Formação Pessoal e Social organizou na nossa escola uma exposição sobre a comemoração dos 50 anos do vulcão dos Capelinhos. pág. 6 Todas as notícias deste jornal e outras, encontram-se na pági- na web da nossa Escola. Aí poder-se-ão ver as fotos de todas as actividades que se tem vindo a realizar que por falta de espaço não puderam ser aqui inseridas. As várias actividades do Clube do Mar, também do Clube Tum- Tum, o halloween, o corta-mato, o letra-a-letra são de entre outras as actividades que podes ver. http://srec.azores.gov.pt/dre/sd/115171020201/index.html ESCRITORA LUÍSA FORTES DA CUNHA A entrevista que faltava publicar pelo Clube de Jornalismo, sobre a vinda à escola da escritora Luísa Fortes da Cunha aquando do lança- mento do livro Teodora e o Mistério do Vulcão. pág. 8 QUE GRANDE BORBULHA Henrique acordou e foi à casa de banho lavar os dentes. Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! pág. 5 EXPRESSÃO ESCRITA Imagina que és um pás- saro. Um dia encontravas um espantalho. O que lhe dirias? pág.4 O PARAÍSO DAS IGUAL- DADES Era uma vez uma menina linda chamada Rita que vivia num paraí- so em que todos os meninos que o habitavam eram de diferentes cores e tonalidades. pág. 4 ESCOLA BÁSICA INTEGRADA DA HORTA - N.º 17, 14 de Dezembro de 2007 TRIMESTRAL Este suplemento é parte integrante da edição n.º 304 do jornal “Tribuna das Ilhas” deleite deleite E M FLAGRANTE Nos 50 anos da comemoração do Vulcão dos Capelinhos a escola saiu à rua em festa Carnavalesca e a cidade da Horta praticamente parou para a ver passar. A emigração e a agricultura foram os temas em destaque, mas os cientis- tas e os jornalistas que por cá apareceram também não foram esquecidos. pág. 3 Carnaval Desfile de entrevista Exposição sobre o Vulcão dos Capelinhos ARTIGO DE OPINIÃO Uma erupção de memórias em cortejo car- navalesco, é o que nos propõe a professora Eduarda Rosa. pág.2

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Page 1: Exposição sobre oVulcão dos Capelinhos Carnavalsrec.azores.gov.pt/dre/sd/115171020201/hiperlinks/ecos.eb 17.pdf · A entrevista que faltava publicar pelo Clube de Jornalismo, sobre

Nos dias três a catorze de Março, o Departamento de LínguaPortuguesa, História e Geografia de Portugal e Formação Pessoal e

Social organizou na nossa escola uma exposição sobre a comemoraçãodos 50 anos do vulcão dos Capelinhos.

pág. 6

Todas as notícias deste jornal e outras, encontram-se na pági-na web da nossa Escola. Aí poder-se-ão ver as fotos de todasas actividades que se tem vindo a realizar que por falta deespaço não puderam ser aqui inseridas.As várias actividades do Clube do Mar, também do Clube Tum-Tum, o halloween, o corta-mato, o letra-a-letra são de entre outrasas actividades que podes ver.

http://srec.azores.gov.pt/dre/sd/115171020201/index.html

ESCRITORA LUÍSAFORTES DA CUNHA

A entrevista que faltava publicarpelo Clube de Jornalismo, sobre avinda à escola da escritora LuísaFortes da Cunha aquando do lança-mento do livro Teodora e o Mistériodo Vulcão.

pág. 8

QUE GRANDE BORBULHA

Henrique acordou e foi àcasa de banho lavar os dentes.Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!

pág. 5

EXPRESSÃO ESCRITA

Imagina que és um pás-saro. Um dia encontravas umespantalho. O que lhe dirias?

pág.4

O PARAÍSO DAS IGUAL-DADES

Era uma vez uma menina lindachamada Rita que vivia num paraí-so em que todos os meninos que ohabitavam eram de diferentescores e tonalidades.

pág. 4

ESCOLA BÁSICA INTEGRADA DA HORTA - N.º 17, 14 de Dezembro de 2007 TRIMESTRAL

Este suplemento é parte integrante da edição n.º 304 do jornal “Tribuna das Ilhas”

d e l e i t ed e l e i t eEM F L A G R A N T E

Nos 50 anos da comemoração do Vulcão dos Capelinhos a escola saiu à rua em festa Carnavalesca e a cidade daHorta praticamente parou para a ver passar. A emigração e a agricultura foram os temas em destaque, mas os cientis-

tas e os jornalistas que por cá apareceram também não foram esquecidos.

pág. 3

CarnavalDesfilede

entrevista

Exposição sobre o Vulcão dos Capelinhos

ARTIGO DE OPINIÃO

Uma erupção dememórias em cortejo car-navalesco, é o que nospropõe a professoraEduarda Rosa.

pág.2

Page 2: Exposição sobre oVulcão dos Capelinhos Carnavalsrec.azores.gov.pt/dre/sd/115171020201/hiperlinks/ecos.eb 17.pdf · A entrevista que faltava publicar pelo Clube de Jornalismo, sobre

Maria Eduarda Rosa *

Sexta-feira de Carnaval. Aescola, sob o tema "Uma erupçãode memórias", as do Vulcão dosCapelinhos de há 50 anos, desfiloupelas ruas da cidade. As criançasque tinham preparado principal-mente nas aulas de EVT e EM,vivenciaram muitas das situaçõespassadas: trabalhadores agrícolascom as suas alfaias, vulcõezinhos...tanta areia, tanta escória, tantalava!... o vulcão que tanto afectouesta ilha, saíu à rua recriado emfesta sublime, já com os seus sin-istrados-emigrantes de regresso àilha natal em romaria de saudade.A comandar o cortejo, um vulcãoenorme e logo a seguir, vinha oTum-Tum, o grupo de tambores,com a professora timoneira Mariade Jesus Silva na dianteira. Quemestivesse com atenção dar-se-iaconta das várias fases daquele vul-cão, do tempo dos avós dostocadores-rufadores, pela core-ografia e ainda pelo ritmo e intensi-dade das batidas. Das explosõesmais ruidosas às erupções de lavamais subtis feitas pelo erguer dasbaquetas com fitas vermelhas eamarelas, ali estava um vulcão

novo, alegre, muito sério e diver-tido ao mesmo tempo.Nos passeios, a populaçãoenfileirava-se ordeiramente voltadapara o cortejo, e bordejava ainda osjardins, franjas humanas coloridasde um bordado cheio de protu-berâncias vegetais. À porta de umaloja, uma mulher de ar saudávelobservava atentamente o espec-táculo. Horas depois, estava morta.A vida a mostrar a sua efemeri-dade!Era delicioso olhar os pais satis-feitos e os avós-testemunhos dovulcão embevecidos e pasmadoscom as crianças. Os seus olhosespelhavam um sorriso maceradode sabedoria e amor. Um velho aonosso lado procurava, no meio dosdisfarces vulcânico-carnavalescos,os netos para os filmar. Guardar odevir!Tudo o que ali se estava a ver só foipossível graças ao esforço conjuntode professores, disso não tenho

dúvidas.Recordei as festas egípcias de Ápise Ísis, as gregas em honra de Baco,e as romanas Saturnais.Nos momentos mais silenciosos, aspeças de Schumann e Saint Saenssobre o Carnaval, tocavam dentrode mim.A cidade da Horta, "horticulturada"por esta incursão de vigor, som ecor, rejuvenesceu numa ondaamorosa entre actuantes e expec-tantes.O céu, muito azul e brilhante, foiriscado simplesmente por umaSata, lembrando-nos que, há 50anos, só era possível viajar muitomais lentamente. Mudaram os tem-pos...Daí a dias, seria o tempo de lem-brar que somos pó e nele noshaveremos de tornar. E a memória,sempre acutilante e provocadora, aruminar lembranças, admoestandoumas, rejubilando com outras...As crianças sinistradas no tempo

do Vulcão que vieram do Capelopara Castelo Branco frequentavama escola da Carreira. Eu era umadelas. Era minha professora umamulher de nome Fernanda que fale-ceu o ano passado. Com que cari-nho nos acolheu! Um carro daLegião Portuguesa ia buscar-nos acasa e levar-nos à escola. Era umavida nova para todos em que a so-

lidariedade mostrou do que eracapaz.Quem viu de perto a lava do vulcãonunca mais esquece. Grandiosoespectáculo!Uma coisa eu não entendo: por querazão os chicharros que a minhamãe deixou fritos no lar no dia 12de Maio de 1958 quando a nossacasa caiu e que estavam intactosquando a casa regressámos, não sãoum milagre tão sumptuoso como oda imagem de Nossa Senhora dasDores que, no meio dos escombrosda igreja da Praia do Norte, ficouintacta e inteira?!

* professora da EBI da Horta

Se dúvidas houvesse, elas certa-mente dissipar-se-iam se se olhasseatentamente para o que o Desfile deCarnaval, realizado pela nossaescola nas ruas da cidade da Horta,tem de significativo. Ao contrárioda ideia que se pretende veicularde que os professores poucotrabalham, foi necessário muitoempenho, muita dedicação paraque, no dia 29 de Janeiro cente-nas de pessoas pudessem fazer umapausa no seu trabalho e assistir ao"cortejo carnavalesco". Não foramcertamente uns quaisquer profes-sorzecos que nesse dia levaram àrua praticamente todos os alunos da

ilha do Faial e de uma formadiferente lhes falaram do dia emque um vulcão entrou em erupçãona sua terra. Poder-se-á ver aqui umpouco do chamado currículoregional, eu gostaria apenas de verempenho e dedicação numa escolaque por algum tempo se abriu àcomunidade e com ela trabalhou.Embora a apresentação destaactividade não se tenha pautado por

boas práticas democráticas, estadepressa se impôs pela sua relevân-cia histórica e por se comemorar,neste ano que corre, os 50 anos daerupção do Vulcão dos Capelinhos.Dela retiro duas leituras: a primeiraé que não há impossíveis quando seacredita, quando se quer. Isso já otínhamos aprendido há alguns anosatrás com o "UTALKANAL", que,se bem se recordam, fez parar a

cidade para ver chegar os alunosvindos da ilha do Pico em jangadas;a segunda leitura que faço é que,pense-se o que se pensar, o quenos move será sempre a convicçãode que o que fazemos tem comoobjecto primordial o crescimentodo aluno como pessoa, sob penade nos perdermos nos meandrosadministrativos de uma escola quese quer pedagógica.

Em meu entender, o "Desfile deCarnaval" valeu não peloespectáculo que proporcionou narua - para isso temos o circo queo faz muito melhor - mas pelasaprendizagens geradas dentro dasala de aula enquanto a suapreparação decorria. O desfileem si, apesar da sua importânciae visibilidade, não foi mais doque o culminar de todo umprocesso de aprendizagem que jávinha de trás. Digamos, a cerejaem cima do bolo.

O Coordenador

02 14 de Março de 2007

Ficha Técnica

Director: Manuel Cristiano Bem Coordenador: José Junqueira, Membros do Clube de Jornalismo: Ana Medeiros, Guilherme Soares, Mariana Pacheco, Iara Rodrigues, Melissa Cabral Ilustração: José Junqueira, José PinheiroFotografia Clube de Jornalismo, Clube RatoTV Colaboraram neste número: professora Eduarda Rosa Produção e Projecto Gráfico: Clube de Jornalismo da Escola Básica Integrada da Horta; Redacção: Escola Básica Integradada Horta, rua Cônsul Dabney 9900 - 860 Horta Telefone: 292 208 230; E-mail: [email protected] Impressão: Ferreira & Soares, rua Manuel Inácio de Sousa, n.º 25, 9900 Horta Registo: n.º 123 974 do Instituto de ComunicaçãoSocial Editor e Proprietário: IAIC - Informação, Animação e Intercâmbio Cultural, CRL NIPC: 512064652 Registo Comercial: 00015/011017 (Horta) Edição: n.º 17 de 14 de Março de 2008

A P O N T A M E N T O S

EDITORIAL

Sugestão de Leitura

Ana Medeiros *

Eu queria, neste jornal apresen-tar-vos um livro chamado "OGeniozinho". Neste livro a perso-nagem principal chama-se Rodrigoe tem mais ou menos a nossa idade!Também tem uns pais preocupadoscom o seu futuro e um irmãochamado João que não se importacom as suas notas! O Rodrigo temalguns amigos e frequenta uma boaescola…

Este livro foi escrito por MariaTeresa Maia Gonzalez que nasceuno Porto em 1958. É da colecção "Profissão: adolescente e da EditoraDIFEL.Para descobrires o resto destahistória, lê este livro que se encon-tra na biblioteca da nossa escola.

*Membro do Clube de Jornalismo

UMA ERUPÇÃO DE MEMÓRIAS EMCORTEJO CARNAVALESCO

de Maria Gonzalez

Page 3: Exposição sobre oVulcão dos Capelinhos Carnavalsrec.azores.gov.pt/dre/sd/115171020201/hiperlinks/ecos.eb 17.pdf · A entrevista que faltava publicar pelo Clube de Jornalismo, sobre

Ouvimos que quem organi-zou o desfile foi a CâmaraMunicipal da Horta. Quem foirealmente que organizou este des-file?A organização do desfile deCarnaval estava a cargo da EBI daHorta; toda a organização, desde aprópria preparação do cortejo e acriação das fantasias esteve a cargoda nossa escola. Contudo, a CâmaraMunicipal da Horta também foiuma colaboradora neste cortejo eesteve envolvida na organização aonível logístico, prestando todo oapoio que a nossa escola solicitava,especialmente ao nível dos trans-portes dos alunos no dia do cortejo.

Em relação à preparação destaactividade surgiram algumascríticas relativas à falta de tempodisponível para a realizar. O quetem a dizer sobre essas críticas?Esta actividade já estava programa-da desde o início do ano lectivo esabia-se que o cortejo de Carnavalia ter como tema o vulcão dosCapelinhos. Contudo, foi difícil asua preparação mais cedo, pois osprofessores de Educação Visual eTecnológica, professores titularesdas turmas do primeiro ciclo e osalunos, estavam a desenvolver out-ras actividades, não tiveram possi-bilidade de começar a trabalharantes. Por esta razão os trabalhos sótiveram início no segundo período,no dia 7 mais precisamente. A jun-tar a esta situação acresce que esteano o Carnaval se realizou muitomais cedo do que o habitual,deixando-nos apenas um mês paraelaborar as fantasias e preparar ocortejo.

De facto, já sabíamos que realizar ocortejo em tão pouco tempo iria sermuito difícil, mas com o excelenteempenho de todos os envolvidos,foi possível levar a cabo este pro-jecto que teve bastante qualidade.Os participantes fizeram trabalhosque, na minha opinião, estavammuito bons. Se tivéssemos tidomais tempo para preparar estaactividade é natural que ficassemainda melhores, mas com o tempodisponível, eu julgo que nos superá-mos e todas as fantasias, se nãoestavam excelentes, tinham muitaqualidade, incluindo, claro, a par-ticipação da Escola Secundária, doColégio de Santo António e do Lardas Criancinhas. Penso que setivéssemos tido mais tempoteríamos a possibilidade de realizartrabalhos mais elaborados, mas deuma forma geral o cortejo não ficouaquém daquilo que tínhamos pro-jectado inicialmente.

Sabemos que houve uma propos-ta para realizar este desfile no diada cidade (4 de Julho), porquenão foi aceite?No dia quatro de Julho, dia daCidade da Horta, que este anocomemora 175 anos, iria ser muitocomplicado, por diversos factores,organizar o cortejo nesta data. Umdesses factores prende-se com asactividades já calendarizadas pelaCâmara Municipal da Horta, àsquais se iria juntar mais uma, sobre-carregando o programa para essedia. Por outro lado, a data em que se

realizou o cortejo já estava há muitotempo programada e o programapara esse dia já estava impresso,desde o início das comemoraçõesdo aniversário do Vulcão dosCapelinhos. Assim, a sua alteraçãoiria originar custos acrescidos, umavez que ter-se-ia que proceder àimpressão de novas informações.Também se pretendeu passar amensagem de que é possível apren-der com o Carnaval e porque esta-mos a comemorar os 50 anos dovulcão dos Capelinhos, pensámosque seria uma boa oportunidade

para "brincando" aprendermos umpouco da história da nossa ilha,nomeadamente da época em que ovulcão dos Capelinhos esteve acti-vo e as alterações que este originoutanto ao nível físico como humano.Como vocês sabem, ao nível daGeografia física o Vulcão aumentoua área da ilha do Faial, alterando,assim, os seus contornos. Ao nívelda Geografia humana este trouxeimplicações sociais, das quais sedestaca a emigração de grande parteda população do Faial, que nos anossubsequentes reduziu para menosda metade.Pelo que disse anteriormente, a ilhado Faial nunca mais foi a mesma.Portanto, a nossa intenção era deque, através da pesquisa de textos,de imagens, de notícias da época edo visionamento de filmes, osalunos ficassem a conhecer umpouco mais deste acontecimento epudessem, com as artes decorativas,transmitir esse conhecimento queadquiriram durante a preparaçãodeste desfile.

Atendendo a que no desfile existi-am crianças do pré-escolar, estepercurso não deveria ter sidomais pequeno?Sim e não. O circuito que foi pro-gramado para este cortejo foi esco-lhido com dois propósitos, oprimeiro era fazer com que este per-corresse o maior número de ruaspossível, de forma que as pessoasnão se concentrassem muito numúnico local, principalmente noLargo da República, Largo doInfante e no Largo Duque de Ávilae Bolama. É possível que as cri-

anças do pré-escolar tenham ficadoum pouco mais cansadas que osalunos mais velhos, mas, por aquiloque pude constatar ao longo docortejo, não me pareceram que

estivessem muito cansadas, poisverifiquei que estas fizeram o per-curso com o mesmo entusiasmo queos seus colegas mais velhos.A segunda situação que nos levou aescolher este circuito teve a vercom o elevado número de figu-rantes que participaram no desfile,mais de 1200, a juntar, no início docortejo, os pais e todos os profes-sores que estavam a apoiar osalunos. Assim, o local mais apropri-ado para concentrar todos estes ele-mentos era em frente ao Fayal Sporte mesmo assim os últimos três ouquatro grupos foram obrigados aposicionarem-se em segunda filaaté o cortejo começar a andar já queaquela avenida não era suficiente-mente comprida para ordenar todosos grupos participantes.

Se o desfile fosse realizado hoje,mudaria alguma coisa?Nunca pensei realmente nisso, maspossivelmente uma das coisas que

certamente mudaria era o tempo deactuação de alguns grupos que foium pouco longa de mais a qual sefosse diminuída permitiria dar aocortejo outra dinâmica. Outra situ-ação que mudaria seria o som noLargo Duque de Ávila e Bolama,que estava baixo demais. Apesar determos feito testes naquele local nodia anterior, não contámos com obarulho que é normal existir quandoestamos na presença de um tãogrande número de pessoas. Assim,se fosse hoje, teríamos colocadoalgumas colunas naquele largo paraenriquecer as actuações que aí sefizeram. Lembro-me da actuação daturma do 6º D, que tinha como panode fundo a música preparada para ocortejo. Também a escola da VistaAlegre tinha uma actuação que seapoiava na mesma música e emambos os casos a actuação destesgrupos acabou por não ter oimpacto que se esperava. Situaçãoesta não verificada nas outras viasou praças, pois o som da músicaconcentrava-se muito mais.

Existem projectos para que nofuturo esta actividade se volte arealizar?Ainda é cedo para se pensar nisso,até porque a nossa escola estáenvolvida nas comemorações dos50 anos da erupção do vulcão dosCapelinhos e como tal existemvárias actividades já agendadas quenos irão manter bastante concentra-dos na sua preparação. Para o ano, apreparação de um cortejo deCarnaval com uma dimensão pare-cida com este poderá acontecer maspor enquanto ainda não está nadadefinido. Um projecto futuro, incluindonovamente todas as escolas da ilha,com a apresentação de um temalivre, dando largas à imaginaçãodos participantes, que levará, nova-mente às ruas da cidade da Horta,um cortejo com uma qualidadeidêntica ao desfile deste ano, é umahipótese que apenas está depen-dente do empenho e colaboraçãode todos os envolvidos.Para terminar, quero fazer um espe-cial agradecimento a todas as autar-quias que apoiaram as escolas e asturmas, incluindo a C.M.H.Para quem esteve na organizaçãodesta actividade, foi muito gratifi-cante constatar a adesão tão elevadadas pessoas e das várias entidadesda ilha.

03 14 de Março de 2008

À C O N V E R S A C O MR o b e r t o Te r r a

Entrevista: Mariana PachecoGuilherme Soares Ana Medeiros

Fotografia:José Junqueira

Nos 50 anos da comemoração do vulcão dos Capelinhos a escola saiu à rua em festa Carnavalesca e a cidade da Horta praticamente parou para a ver passar. Dado o impacto queesta actividade teve na comunidade achámos por bem entrevistar o professor Roberto Terra, vice-presidente da nossa escola e o representante desta na Comissão Executiva dos 50

anos da Erupção do Vulcão dos Capelinhos.

Esta actividade já estava

programada desde o início

do ano lectivo.

um cortejo de Carnaval

com uma dimensão pareci-

da com este poderá acon-

tecer mas por enquanto

ainda não está nada

definido.

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04 14 de Março de 2008

C O M M E S T R I A

O Sofrimento de um Livro de Ponto

A História de um Cavalo

O Paraíso das igualdades

Equipas de

FUTEBOL

Conjugação do verbo

Esco la

Expressão escritaImagina que és um pássaro. Um dia encontravas um espantalho.

O que lhe dirias?

Marcos Martins, 6º G

Vou contar uma história quemarcou a vida de alguns de nós. Há 50 anos atrás a ilha do Faial eraprotegida por nós.Mas chegou uma nova raça dedestruidores, o Homem, chegaramao Faial com as suas máquinas ecomeçaram a destruir florestas, osnossos pastos e paisagens.O homem fez obras e destruiu tudoo que podia para procurar tesourose riqueza.Como somos cavalos não con-seguimos fazer nada contra isso; sóhavia uma força que os podia parar,a Mãe Natureza.

Foi então que a força da naturezasurgiu. Em 1957 o vulcão dosCapelinhos entrou em erupção,mais de 200 abalos de terra se fi-zeram sentir, grandes arremessosde pedras, lava, areia e poeirascaíram.O homem desistiu de arruinar apaisagem e foi-se embora paranunca mais voltar.Ficámos com paisagens e novospastos.Morreram muitos de nós, mascomo em todas as guerras não sofresó quem perde.Contei esta história para verem quenada nem ninguém faz frente àgrande Mãe Natureza.

HelenaJoanaGonçaloalunosprofessorespais

Eu Tu EleNósVósEles

Helena BulcãoJoana SantosGonçalo Sousa, 6º G

Diana Moura, 5º C

Era uma vez uma menina lindachamada Rita que vivia num paraí-so em que todos os meninos que ohabitavam eram de diferentes corese tonalidades. A Rita gostava muitode viver ali porque, apesar dasdiferenças existentes ente os meni-nos, todos se sentiam iguais.Um dia, um menino azul chamadoArmando, tentou convencer todosos meninos da sua cor que eles

eram os melhores em todo omundo. Dessa forma, eranecessário iniciar uma guerra vistoque os meninos de outras cores nãoacreditavam em tal maluquice.Mas, a Rita que também era azul,conseguiu convencer todos osmeninos do paraíso que o queimporta são os sentimentos e não oaspecto físico de cada um.A verdade é que o MUNDO émuito mais bonito se for coloridodo que só de uma cor.

A minha equipa é o Porto,Porque acho que é o melhor,

Ele está em primeiro, E sei os jogadores de cor.

Não gosto do Benfica,Nem nunca vou gostar,

A minha equipa é o Porto, E não quero mudar.

O meu avô é do Sporting,Foi a equipa que escolheu,

Mas não vou mudar de equipa,Só porque é um avô meu.

Não quero maltratar,Adeptos do Sporting e Benfica,

Apenas quero confirmar,Que não vou mudar de equipa.

Inês Junqueira, 3º E

Um dia à tarde, eu e o meubando fomos à horta da senhoraNandinha. Eu estava à frente, etodos viram um espantalho exceptoeu, e foram todos embora.- Ei! Onde vão todos?Não me importei muito.Mas depois percebi que o motivopor estarem todos a fugir era umespantalho. Perdi o controlo edespenhei-me nos braços do espan-talho.- Olá!

- Estás bem?!- Sim, estou! Por aqui não há muitoque fazer, pois não?- Não, não há! Diz-me o quecomes.- Como as folhas das árvores ebebo a chuva.- Podemos encontrar-nos todos osdias aqui?- OK!- Olha, está a anoitecer. Adeus, atéamanhã.No dia seguinte, o sol luzia e haviaum arco-íris e além disso houvemuita conversa.

Giulia Solà, 6º D

Olá!Eu sou um livro de ponto, eu e osmeus amigos, antes de virmos paraa escola, estávamos excitados porsermos novos e bonitos, laranjas ebrilhantes, com um cheiro agradá-vel, o cheiro a novo. A maioria dosprofessores encostavam-nos aonariz e cheiravam-nos…

Quando cheguei à sala, aprimeira coisa que ouvi foram osgritos da minha nova Directora deTurma, que já se estava a zangarcom o barulho dos alunos.

De seguida, uma caneta azul,com um bico fino, aproximou-separa escrever em cima de mim…Aiiii! Ao início senti dor, mas logome habituei. Até se tornouagradável, a caneta fazia-me mas-sagens e escreveu no meu braço umgrande 6 e rapidamente um D…Agora já sabia onde estava. Na sala10, com a barulhenta e irrequietaturma do 6ºD, que muito me mal-

trata…Alguns dias depois, veio a

eleição do Delegado eSubdelegado, os meus guardiões. Amais votada foi uma meninachamada Alexandra, que muitogosta de bater comigo nasecretária…. Se ela soubesse o quesinto, mas não…Infelizmente oshumanos acham os livros uns blo-cos de folhas, com letras, letras eletras e sem sentimentos…

Bem, voltemos às eleições, osegundo mais votado foi o Filipe,que sempre se esquece de mim…

No fim de um longo dia deaulas fui levado numa caixa decartão, junto com os meus irmãos,para a Papelaria. Aí, forraram-mecom um plástico transparente, queme cortava a respiração e me faziasentir preso e com muito calor.

Os dias foram passando, asminhas folhas preenchidas, asestações mudaram, as zangasaumentaram e eu envelheci. Com opassar do tempo as minhas folhas

viravam-se, cada vez com maisrapidez. Quando olhava para aminhas primeiras páginas admiravaa letra bem feita dos professores,devido ao entusiasmo do novo ano,mas com o avançar das páginas aletra deixou de estar bem feita,começaram os riscos e os rabiscos.A turma não atinava, sódesilusões…dias, semanas e mesese tudo na mesma.

Às vezes, ao longo do ano,invejava os livros da apresentaçãodas leituras recreativas, porque osalunos tratavam-nos muito bem ediziam "gosto tanto deste livro".Nunca ouvi nenhum deles dizer quegostava de mim… Ao lado deles eupareço um mendigo, um sem abri-go…

Em breve, o ano vai acabar, aturma separar-se e o meu curtociclo de vida terminar. E vouacabar atirado numa arrecadaçãoescura e fria…

É triste a vida de um livro deponto…

Hoje fomos à AssembleiaLegislativa Regional da Horta, vi-sitar a exposição "Arte pela Paz".Nesta exposição, observámosquadros pintados por vários artistasde continentes diferentes.A Dra. Maria do Céu Brito expli-

cou-nos o significado da palavrapaz e depois falou-nos acerca daspinturas expostas na sala.De seguida, fizemos uma visitaguiada à Assembleia.Finalmente, lanchámos no bar.Alunos do 3º ano - Turma E

Eu tenho uma mensagem, avida de um drogado é má simples-mente. Quando se tomam drogasperde-se amor, paz e liberdade, aspessoas tornam-se violentas,matam pessoas e roubam, perdem-se amigos e amigas, espero que aminha mensagem seja muito clara.A droga pode ser fatal!!!

Walter Nóia

Este trabalho foi efectuado pelos alunos do 3º/4ºE da EscolaBásica 1,2 António José de Ávila e é o resultado final de vários

estudos para o concurso sobre a erradicação da pobreza.

CONCURSO ERRADICAÇÃO DA POBREZA

trabalhos do 5ºA e do 5ºC

“O C

aval

o” -

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Visita de estudo

A mensagem

Joana Castro e Ana Furtado, 4º G

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O Concurso Literário sobre o Vulcão dos Capelinhos foi uma iniciativa do Departamento de Língua Portuguesa, História e Geografia de Portugal e Formação Pessoal eSocial, que consistiu na produção de um texto original que contasse, entre outras coisas, a história do vulcão. Os trabalhos foram individuais e coube aos professores deLíngua Portuguesa escolher um texto vencedor em cada turma. O referido Departamento foi responsável pela selecção de um texto vencedor entre os de todas as tur-

mas. Esse texto vencedor, que aqui se apresenta, servirá de argumento para um filme de animação que será produzido pela escola. Foi a partir desse projecto de cinemaque nasceu a ideia de se fazer um concurso literário entre as turmas para encontrar a história que servisse de base ao filme.

05 14 de Março de 2008

C O M M E S T R I A

Concurso Literário sobre O Vulcão dos Capelinhos

Nesta altura o Faial é o lugarmais desenvolvido do PlanetaTerra, estamos em 2058 e comemo-ra-se os 100 anos da Erupção doVulcão dos Capelinhos.Na Escola Integrada da Horta entra,pela primeira vez, Saiph, umamenina inglesa, imigrante acabadade chegar a esta ilha, onde todosqueriam viver e trabalhar, mas só osmais inteligentes conseguiam vistosde entrada. O Pai de Saiph era umcientista muito influente.Tudo era estranho, o céu era azul, omar também, não havia fábricas,nem fumo, nem lixo, nempoluição...Saiph reparou que os alunos eramcalmos e estavam com os olhoscolados aos computadores, apenasalgumas meninas pintavam asunhas dos pés, junto a uma Faiaenorme e que lhes dava umaagradável sombra.TRRRRIIIIMMMMM!!!!!!O sino tocou e todos dirigiram-separa as salas de aula. Saiph já tinhaentrado na sala quando entrou aprofessora que disse:- Bom dia crianças, hoje temosuma aluna nova na sala. Saiph,queres apresentar-te?- Olá eu sou a Saiph, sou inglesa,tenho seis anos, mas estou preocu-pada... não tenho computador, sóum caderno com folhas de papel... -declarou ela.- Não faz mal, escreves à mão nastuas folhas...Toda a turma ficou chocada... fo-lhas de papel... Pensavam que já

não existissem...e a poluição queelas causariam...-Shiuuu! Meninos, que barulheira éesta? Continuando, amanhã fare-mos uma visita de estudo ao Vulcãodos Capelinhos, quem me sabeexplicar por que razão o Vulcãotransformou as nossas vidas? -Questionou a professora.- Eu - disse uma menina comduas tranças loiras e o rosto maqui-lhado. - Graças à erupção, a vul-canologa Lúcia Bettencourt desco-briu uma substância chamadaPlasma, que veio substituir opetróleo. O plasma não é poluente eno decorrer dos últimos 100 anos oproblema do aquecimento globalficou totalmente resolvido. O CO2libertado para a atmosfera reduziu eos níveis dos ozonos foram repostose tudo isto por influência da nossaminúscula ilha no meio doAtlântico.- Muito bem Natália - afirmou aprofessora - Quem quer completar?- Eu - disse Saiph - E assim oFaial tornou-se a ilha mais conheci-da e desenvolvida do planeta.

-Muito bem...Devido à comemo-ração dos 100 anos da Erupção doVulcão dos Capelinhos farão a visi-ta de estudo ao mesmo, amanhã, 27de Setembro. Quero que todosentreguem aos vossos pais estechip, para que vejam no computa-dor o programa da visita e assinem,electronicamente, a autorização.No dia seguinte, a euforia eramuita. A viagem de autocarro

(mobile car) foi curta e todos osalunos encontravam-se munidosdos seus equipamentos de pesquisae máquinas fotográficas.À chegada ao Vulcão, contem-plaram a linda paisagem "lunar" edirigiram-se ao centro de interpre-tação Ambiental, onde puderamviajar na história através dasexposições e filmes sobre o Vulcãode há cem anos atrás que lhes apre-sentaram.A próxima etapa foi subir o Vulcãopara observarem a sua cratera. Essasubida era feita através de um estru-tura de madeira, praticamente sus-pensa, de forma a não alterar a pai-sagem vulcânica, já ninguém eraautorizado a pisar as areias espessase cinzentas.Saiph, não habituada a estas activi-dades, ficou para trás na caminhadae caiu da estrutura, mergulhandonum imenso buraco negro. Caiujunto a uma lagoa de lava, esteespaço era quente e assustador,parecia o Inferno, ao fundo, a des-cansar numa rocha estava umavelhinha...-O que faz aqui? - questionouSaiph, muito curiosa.- Há quanto tempo não vejo vival-ma por estas bandas. Eu vou-te con-tar a minha história - disse a velhin-ha com o seu rosto simpático, masmuito enrugado - Quando eu eramais pequena e tinha seis anos,mais ou menos a tua idade, a minhamãe estava gravemente doente e omeu pai tinha-nos abandonado.Estávamos completamente perdi-

das, pois vivíamos no Capelo e paramelhorar as nossas vidas - disse ela,ironicamente - na manhã do dia 27de Setembro de 1957 a terracomeçou a tremer e um monstro,nascido no mar, começou a expelircinzas e fogo, e assim nasceu umailhota que era constituída porescória basáltica e outras cinzasmais finas, o mar formou, assim umcordão de areia que unia esta ilhotaaos Ilhéus dos Capelinhos. As nos-sas casas eram pequenas e acolhe-doras, mas as cinzas começaram acobri-las de uma cortina escura dehorror e as pessoas fugiram comtudo o que conseguiram salvar. Nósfomos uma das muitas famílias queficaram sem nada. Lembro-medeste dia como se fosse ... Durantea actividade de Outubro a ilhotaafundou-se, o Vulcão estava cadavez mais vivo... E como deves saberas colheitas foram destruídas pelascinzas, mas felizmente nas terras depastagem, a cinza era pouca e nãoafectou o gado. Passado um mêssurgiu outra ilhota, a 12 deNovembro que se encontrava ligadaao Faial, as cinzas alastravam-se e achuva veio piorar aquele cenáriohorrendo.Numa noite de Dezembro muitosestrondos fizeram com que a popu-lação não dormisse. Houve pesadasquedas de cinza e lamas e cessaramas explosões, parecia que o vulcãomorrera. Mas foi o contrário, elecomeçou a vomitar uma lava ver-melha e pedras incandescenteseram cuspidas daquela boca

enorme. Seguiram-se gigantescasexplosões que destruíram o queainda estava de pé. - Descansoupois a sua voz falhava de tantocansaço - No início de 1958 aminha mãe adoeceu com tanta tris-teza, o rosto dela envelheceu etivemos que nos albergar na casade uns familiares na Praia doNorte. Seguiram-se meses de per-manente sobressalto. Agora oVulcão tornara-se efusivo epequenos mantos de lava alas-travam-se no mar. Até que adorme-ceu em Outubro deste ano. Asfamílias que viram os seus laresdestruídos voltaram à luta e a lev-antar tudo o que o Vulcãodestruíra. Nessa altura, a minhamãe faleceu e já não sabia ondeficava a minha casa, tivera sidodestruída e não sabia para onde irnem quem procurar e fui andando,andando até a uma praia comondas muito grandes, fui levadapor uma e nadei até ao vulcão ondeencontrei esta gruta e fiquei cátoda a minha vida.Saiph pediu-lhe para voltar comela para a cidade, mas a velhotarecusou e afirmou com um brilhonos olhos:- O Vulcão é a minha vida, a minhafamília, habituei-me ao calor, aofogo, à escuridão. Se sair daquimorro...Saiph regressou ao seu grupo comum sorriso nos lábios e com acerteza de que aprendera muitomais do que qualquer um dos seuscolegas.

Inês Silva, 5º H

A menina Georgina ficou órfãaos 4 anos e, por isso, foi levadapara um lar de meninas na cidadeda Horta. Georgina tinha dozeanos, quando a casa de acolhimen-to estremeceu muito devido a umabalo de terra. O sismo aconteceuna madrugada do dia 27 deSetembro de 1957. A senhoraencarregada da casa levou as meni-nas para o jardim municipal. Ali nodescampado as rapariguinhas queestavam à sua guarda ficavam maisprotegidas. Como o jardim ficavafrente ao quartel dos bombeiros,local de grande agitação, ficaram asaber da existência de um vulcão nailha do Faial. As pequenas ficaram

a dormir no jardim, pois a senhoratinha medo que algo de terrívelacontecesse se estivessem dentrode casa.

A Georgina aproximava-se dosadultos e ouvia as suas conversassobre o vulcão que aparecera nooutro lado da ilha, na freguesia doCapelo. Falavam os crescidos delava, cinzas, casas destruídas,vapores e muito fumo. As pessoasestavam assustadas e pensavamsair da ilha para salvar as suasvidas.

Em Outubro, as notícias eramoutras, ouvia-se falar da formaçãode outra ilha no mar perto da costa.A essa ilha davam vários nomes: aIlha Nova, a Ilha dos Capelinhos ea Ilha do Espírito Santo.

Depois de muitas noites adormirem ao relento, a senhoraconseguiu arranjar uma casa maissegura para as petizas. A partirdesta altura da D. Georgina, comochamamos agora, nunca mais ouviufalar no vulcão dos Capelinhos.

Anos mais tarde, depois decasada, a D. Georgina soube que aIlha Nova se juntou ao Faial. Asfreguesias daquela zona forampraticamente abandonadas, pois amaioria das pessoas emigrou paraos EUA. Algumas pessoas nuncamais regressaram e outros vierampara reconstruir as suas casas e oseu passado. Actualmente, a D.Georgina recorda estes episódioscom grande emoção e com muitassaudades da sua infância.

O Testemunho de Georgina sobre oVulcão dos Capelinhos

José Pinheiro, 6ºD

O Henriqueacordou e foi àcasa de banholavar os dentes.Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii- gritou oHenrique aoreparar na grande borbulha que lhecrescera na testa, era mesmogrande, enorme, gigante. Ele não sabia o que fazer,ficou nervoso, desatou aandar de um lado para ooutro na casa de banho edecidiu colocar umcreme naquele bor-bulhão. Esfregou,esfregou e a borbulhacresceu ainda mais.A i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i ,Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii - Tanto gritou o

Henrique, que con-seguiu partir todos os

vidros das casas dasua rua.

Foi então que lhe surgiuoutra ideia…colocarum boné. Ficou bemmais contente,

ninguém veria aquelaborbulha horrível.Mas, de repente sentiuum peso tão grandeque não conseguialevantar a cabeçado chão, a borbu-lha crescera tantoque já estavamaior do que ele. Com muito esforço, o Henrique foiaté à janela, mas caiu pela janela eestatelou-se no jardim e a borbulharebentou…-Acorda Henrique - dizia a mãe,assustada com os gritos doHenrique - caíste da cama."Que bom, não passava de umsonho", até que a mãe lhe disse:-Meu querido, tens que ter cuidadocom a tua pele, não te esqueças docreme para as borbulhas, olha quejá estás na puberdade… Alémdisso, tens uma borbulha na testa…

Linda Inês , Rita Silva

- Olá mãe, bom dia.- Olá filho, bom dia.- Mãe, tens tantas fitas presas ebolas, triângulos, ondas, traços e eusó tenho bolas!- Ó filho, não sabes, mas vais sergrande e igual à mãe.- Já passaram cinco semanas e não

cresci.- Espera, não é assim tão fácil,filho, vai demorar tempo!- Não, estou farto de esperar. Mãe,quero crescer!Uma semana depois…- Cresci, Cresci!

- Iupi… Iupi… Iupi! Mãe, tinhasrazão.- Eu sei, eu tenho sempre razão!- Mãe é Mãe!E assim continuamos a Páscoa.- A Páscoa foi óptima!- Boa, melhor do que boa, fabulosa!

Que Grande Borbulha

Sara Cardigos, 6º D

O GRANDE e o baixo

Page 6: Exposição sobre oVulcão dos Capelinhos Carnavalsrec.azores.gov.pt/dre/sd/115171020201/hiperlinks/ecos.eb 17.pdf · A entrevista que faltava publicar pelo Clube de Jornalismo, sobre

Ana Medeiros

Nos dias três a catorze deMarço, o Departamento de LínguaPortuguesa e História e Geografiade Portugal, Formação Pessoal eSocial organizou na nossa escolauma exposição sobre a comemo-ração dos cinquenta anos do vul-cão dos Capelinhos.Nesta exposição podemos obser-var alguns vulcões feitos em pastade papel nas aulas de EducaçãoVisual e Tecnológica, várias

fotografias tiradas naquela época,o que nos permitiu ter uma ideiamais exacta do que aconteceu,Kits didácticos que incluíampedras do vulcão e os textos doconcurso promovido peloDepartamento de LínguaPortuguesa, História e Geografiade Portugal e Formação Pessoal eSocial sobre o vulcão e, numgrande painel, quem quisessepoderia deixar a sua opinião sobrea exposição.Na última semana de aulasrealizaram-se pequenas conferên-cias com a participação de cincosenhoras que eram criançasnaquele tempo e que partilharamconnosco as suas memórias sobreaquele ano.

Mariana Pacheco

No dia 14 de Fevereiro de 2008,decorreu na nossa escola mais umdia de S. Valentim. Esta actividadefoi promovida, como tem sidohabitual, pelo Departamento deLínguas Estrangeiras e teve iníciomuito antes do dia 14 de Fevereiro,com a colocação de cartas deamor/amizade num marco de cor-reio que estava no átrio. As cartasforam depois entregues aos seusdestinatários no dia de SãoValentim. No átrio da escolaestiveram, também, expostospostais e trabalhos alusivos ao temae foi aí, que às 11 horas, decorreu aentrega de prémios do concurso de

postais,tendo fica-do em 3º lugarBeatriz Vale do 6º E, em 2º lugarPatrícia Sousa do 6º D e em 1ºlugar Rita Lopes do 5º E.Na sala de estudo, os alunos pude-ram realizar puzzles e wordgames(jogos de palavras) e à tardeestiveram no super-mercadoModelo vários alunos fantasiadosde pares famosos. Estes eram: aBranca de Neve & o Príncipe,Minnie e Mickey, Olívia e Popey,Pierrot & Columbina, Príncipe ePrincesa. É importante referir queos Encarregados de Educaçãocolaboraram nesta actividade con-tribuindo para a figuração dospares românticos e o super-merca-do Modelo colaborou com a ofertadas rosas e bombons que estespares românticos distribuíram aquem por ali passava.

Melissa Cabral

No dia 12 de Fevereiro de2008, decorreu na nossa escolamais um Corta-Mato Escolar, faseregional e que contou com a parti-cipação de algumas dezenas deatletas de várias escolas. A organi-zação esteve a cargo da DirecçãoRegional do Desporto, tendo anossa escola cedido as suas insta-lações, a pedido desta DirecçãoRegional, para que aí fosse servidoum almoço a todos os participantes

e se distribuíssem os prémios aosatletas vencedores. Este almoço foiconfeccionado pelo Clube.Esta actividade foi desenvolvidaem três fases: a Fase Escola, emque participam todos os alunos daescola que se inscrevem; a FaseIlha, em que participam os alunoscom os melhores resultados naFase Escola e ainda a FaseRegional, onde participam os me-lhores alunos da Fase Ilha. Nestafase apenas são apurados os doisprimeiros classificados da catego-ria iniciados para a Fase Nacional. A nossa escola participou comvários alunos no Corta-Mato - FaseRegional - que decorreu no Parqueda Alagoa. Destaque para JoanaMelo, Sara Goulart, Manuel Silva eMarlon Martins, que ficaram emprimeiro nas suas categorias.

Guilherme Soares

No último dia de aulas de 2007veio à nossa escola, a escritoraLuísa Fortes da Cunha que deuuma palestra na futura bibliotecada escola sobre o seu último livrode Teodora, Teodora e o Mistériodo Vulcão e respondeu a algumasperguntas dos alunos que estavam a

ouvi-la.No final desta sessão pudemoscomprar livros desta colecção e aautora deu-nos uma pequenaentrevista.Luísa Fortes da Cunha nasceu em1961 em Vila Franca e viveu a suajuventude em Figueira da Foz. Estaescritora queria ser médica maslicenciou-se em Educação Física.Por fim, tornou-se escritora.Estreou-se na literatura juvenilcom Teodora e o Segredo daEsfinge, e desde esse livro jásaíram mais nove da mesmacolecção em apenas cinco anos.

Iara Rodrigues

Decorreu no dia 1 de Fevereirode 2008 o desfile de Carnaval orga-nizado pela nossa escola que con-tou com a colaboração daComissão Executiva dasComemorações dos 50 anos doVulcão dos Capelinhos.O desfile teve a participação doClube Tum-Tum, que logo no iní-cio do desfile procurava imitar ossons produzidos pelo Vulcão, o queem nosso entender foi muito bemconseguido. A seguir desfilaram asvárias escolas da Ilha do Faial,fechando com a Escola SecundáriaManuel de Arriaga e os seuscabeçudos a dar nas vistas.Neste desfile procurava-se repre-sentar vários temas relacionados

com o vulcão dos Capelinhos.Entre eles destacavam-se a emi-gração, a agricultura e a imprensanacional, esta muito bem caracteri-zada.Depois de fazermos algumas per-guntas aos participantes verificá-mos que havia muitas crianças quenão conheciam a história do vul-cão, portanto aqui vão as infor-mações básicas: a erupção doVulcão dos Capelinhos deu-se noano de 1957-1958 e por esse moti-vo muitas pessoas emigraram,muitas casas ficaram destruídas e apopulação do Faial reduziu-se para15.000 habitantes (metade mais oumenos).Depois do desfile os participantescontaram com um lanche que tevelugar no ginásio da Escola Básica1,2 António José de Ávila.

Esta foi uma iniciativa notávelpara a Ilha do Faial, onde toda acomunidade, especialmente nacidade da Horta, parou para ver odesfile passar.

06 14 de Março de 2008

N O T Í C I A SN O T Í C I A S

Chapéus há muitosMas não como os que

estiveram emexposição, noátrio danossa esco-la, feitospor algunsEncarregados de Educação eprofessoras da EB/JI da Praia doAlmoxarife.28 de Janeiro a 01 de Fevereiro

RegistosExposição

No hall do edifício três,estiveram em exposição algunstrabalhos alusivos à vida quo-tidiana dos vários grupos soci-ais do séc. XIII, elaborados, nadisciplina de História eGeografia de Portugal, pelosalunos do 5º D.Fevereiro

Corta-Mato Escolar

Desfile de CARNAVAL

Exposição sobre oVulcão dos Capelinhos

Arte pela pazVárias turmas da escola deslo-caram-se à Assembleia Regionaldos Açores para verem umaexposição de pintura de artistasde vários continentes sobre a paz.de Janeiro a Março

Letra-a-letraComo vem sendo habitual, real-izou-se mais uma eliminatóriado Concurso “Letra-a-Letra”,tendo passado à fase seguinte osalunos: Tatiana Silva, 5º H;Pedro Rosa, 5º G; João Oliveira,5º G; Sara Goulart, 5º C; DiogoÁvila, 6º H; Daniela Gomes, 6ºF; Jacinta Rodrigues, 6º F;Tiago Gonçalves, 6º E; BrianMoniz, 6º A; Pedro Fraga, 6º A;Paula Silva, 6º D7 de Março

Dia de São Valent im

ObrasEsteve na escola o SecretárioRegional da Educação e Ciênciaacompanhado de um arquitectocom vista à futura alteração doedifício 2, 3 e 4 da nossa escola.Fevereiro

Tesouros ProfundosEsteve patente na

escola umaexposição do DOPintitulada "TesourosProfundos doAtlântico", ondetodos pudemos

"conhecer os segredos etesouros escondidos no

mais profundo dos nossosmares"

03 a 07 de Março

De visi-ta à ilha doFaial, noâmbito dac o m e m o -ração dos50 anos daerupção dovulcão dos

Capelinhos, esteve na nossa escolaum grupo de alunos e professoresda Escola Secundária AndréGouveia, de Beja, durante a se-mana do Carnaval. Com muitasimpatia ofereceram à nossa escolao livro “O nómada sentado” deMartinho Marques, professor deMatemática da escola a que ogrupo pertence.

OFERTA

Escritora Luísa Fortesda Cunha

Padre António Vieira“Quem não lê, não quer saber;quem não quer saber, quer errar.”

Fez a 6 de Fevereiro 400 anos do seunascimento. A este escritor FernandoPessoa chamou o “Imperador daLíngua Portuguesa”.

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07 14 de Março de 2008

BD - Vidas reais, por , 6º D

G E N É R I C O S D E L U X Orir será sempre o melhor remédio 99 77%%

1122

33

PASSAGEM DO TEMPO POR UMCAIXOTE DO LIXO NA EBI DA HORTA

De quem é a culpa?

Bem antes de responder a essa questão, bastante pertinente aliás, deixe-medizer-lhe que eu sempre estive blá, blá, blá blá blá…Qual era mesmo a pergunta?! Ah! Do tempo claro!

ervilhas com chouriço

torresmos vinho alhos com batata doce

humburgas com batata frita

douradinhos

feijoada

Momento em que o entrevistador sucumbeà eloquência do entrevistado

os termos furõesa saga continua

Estatuto do aluno

Secção IVArtigo 107

4 - a refeição completa é servida nos, refeitórios escolares, a ela tendo acesso, através da aquisição de senhaadequada, todos os utentes que, nos termos do artigo 105.º do presente Estatuto, possam aceder ao refeitório.

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Laureta Silva e Susana Silveira*

Ao longo deste ano lectivo decerteza que já te deste conta de umnovo espaço na nossa escola.Este espaço não é só para ires quan-do te portas mal na sala de aula. Tem muitas actividades ao teu dis-por como: pinturas, dobragens, cru-cigramas, sopa de letras e jogos.Para além de todas estas activi-dades de certeza que já reparaste

que a sala é decorada a rigor nasvárias épocas festivas e com váriasactividades relacionadas. Comoaconteceu no 1º período com oHalloween/Pão-por-Deus, o Natale, já neste 2º Período, com acomemoração do Carnaval, do diados Namorados e da Páscoa.Decorre também neste espaço, oCampeonato de Cálculo Mental -"Jogo do 24", as Olimpíadas daLeitura e da Escrita e vários con-

cursos como o dos "Ovos daPáscoa". Não te esqueças de passar por lá edeixar as tuas sugestões. Fica atento e Participa!

Boa Páscoa!

*As coordenadoras da Sala deEstudo

08 14 de Março de 2008

Sala de Estudo

O Jardim Florêncio TerraSabias que...

Os alunos da turma G, do 5ºano, na disciplina de LínguaPortuguesa, levaram a cabo asegunda fase da "CorrespondênciaInter-Escolar". Esta actividade quetem vindo a ser desenvolvida comuma turma do 6º ano, da EB 2,3Roque Gameiro, na Amadora, pre-tende criar e desenvolver nosalunos hábitos de escrita e de leitu-ra e, muito para além disso, con-tribuir para o desenvolvimento pes-soal e social, tomando conheci-mento com uma outra realidadeescolar, bem diferente da nossa.Esta actividade, neste período, sóse realizou uma vez e por issomesmo não vai ficar por aqui. Noinício do 3º período vai ter con-tinuidade!!!!Há ainda a acrescentar que 13

alunos desta turma participaram na1ª fase do Concurso"Onde te leva aimaginação?". Esta actividade pre-tendeu desenvolver o poder imagi-nativo e criativo das criançasatravés da ilustração/criação de umtrabalho subordinado ao tema "Oselo". O programa "Onde te leva aimaginação?" é uma acção dosCTT Correios de Portugal S.A. queem parceria com o Plano Nacionalde Leitura tem como objectivodinamizar a escrita e a leitura dascrianças do nosso país, através daproposta de actividades a desen-volver nas escolas. Este concursoainda tem mais duas fases subordi-nadas a temas diferentes: "Estaçãode Correios" a realizar até ao dia 11de Abril de 2008 e "ActividadesPNL" a concretizar até ao dia 2 de

Maio de 2008.Os alunos agradecem a especialcolaboração e ajuda dos profes-sores de EVT, Duarte Grabulho eOdeta Maçorano, e de LínguaPortuguesa, Manuel Costa.

por Melissa Cabral

O que a levou a criar a perso-nagem da Teodora?O que me fez criar a personagemfoi talvez a paixão pelas lendas ecanções populares portuguesas. Porisso é que a Teodora é a filha dasnossas lendas Portuguesas que é asétima filha nascida de um casalque se transforma em fada quandochega aos 12 anos. Por issobaseei-me nessas lendas para criara personagem Teodora.Por que razão escolhe o nomeTeodora para a personagemprincipal?A razão porque escolhi o nomeTeodora tem a ver com umapesquisa que eu fiz num livro deTeófilo Braga, onde se falava deuma princesa chamada Teodora e aúnica coisa que se sabia sobre essapersonagem era que ela era muitobonita, meiga e inteligente, tendopor isso uma aura de mistério, por-tanto, nada melhor que pegar numapersonagem, nessa personagemassim e criar a minha própria per-sonagem e as minhas histórias.Quando é que publicou o 1º livroda Teodora?O 1º livro da Teodora foi Teodora eo segredo da Esfinge e saiu emAbril de 2002.Teodora é natural dos Açores. Háalgum motivo especial para estaescolha?Há, uma vez que considero que osAçores são umas ilhas mágicas.Sabem que se diz que as ilhas dosAçores são as pontas visíveis de umcontinente perdido que se chamavaAtlântida e que foi, segundo dizem,um continente extraordinário, ondehabitavam seres extremamenteinteligentes.A escritora vem lançar o livroTeodora e o Mistério do Vulcão. Oque a levou a escrever umahistória onde entra o vulcão dosCapelinhos?Há dois anos vim de férias ao Faiale quem me lançou este repto deescrever uma história sobre oVulcão dos Capelinhos foi o vossoPresidente da Câmara Municipal, oDr. João Castro, que é meu amigopessoal, que um dia me disse:"Porque não fazer uma históriasobre o vulcão uma vez que em2007 vão-se comemorar os 50 anosdo Vulcão dos Capelinhos? Porque

não fazer uma história sobre essetema?" e eu achei que a sugestãoera capaz de ser interessante. E foiassim que surgiu a história Teodorae o Mistério do Vulcão.Tenciona fazer mais livros com apersonagem Teodora?Sim, neste momento estou a esc-rever o 11º livro. Enquanto houvercriatividade e imaginação paraescrever livros sobre a Teodora euvou escrevendo, quando deixar dehaver essa criatividade eu deixo deescrever. Neste momento possoadiantar-vos que já estou a escrevero 11º e já tenho ideias para os 12º e13º livros.Qual a razão para que o nomeTeodora tenha um anel?A razão tem a ver com o nascimen-to da Teodora. Nesse dia a sua fadamadrinha ofereceu-lhe um anelmágico que a protegia. Esta é aliásuma lenda portuguesa, que de nortea sul do país as mulheres portugue-sas gostam muito de usar anéisporque dizem que as protegem eentão eu achei por bem usar umanel na Teodora como sendo umanel mágico que a iria proteger epor essa razão, eu pedi à ilustrado-ra que colocasse um anel num dosós como símbolo de marca daTeodora.Por que é que os pais da Teodoramorreram tão cedo?O pai da Teodora morreu doismeses antes da Teodora nascer numnaufrágio do barco. Ele erapescador e morreu no canal. A mãeda Teodora morre por causa doparto.Mas porque tiveram que desa-parecer assim tão cedo?Porque eu considerei que deveriamdesaparecer, já que eles não erampersonagens muito importantespara a minha história.Não acha que a história assim setorna muito trágica?Eu acho que não. Pode aconteceruma situação destas na vida real.Ao escrever o primeiro livro daTeodora já tinha pensado emfazer ligação aos livros que iriaescrever a seguir?Não, todos os livros são históriasestanques, cada um é uma história,embora haja sempre uma ligaçãoentre os livros, podem ler o 7º livroque não perdem nada da históriaque estão a ler.Pode dizer-nos o que se vai pas-sar no próximo livro de Teodora?No final do livro Teodora e oMistério do Vulcão vocês encon-tram uma mensagem onde se levan-ta uma pontinha do véu sobre aaventura seguinte da Teodora.

Aproveitando a vinda à escola da escritora Luísa Fortes daCunha, a fim de lançar o seu livro "Teodora e o Mistério do

Vulcão", estivemos na sua companhia com a intenção de saber-mos mais sobre este livro que fala do vulcão dos Capelinhos.

Alguns alunos do primeiro cicloe as crianças da pré organizaram umrancho de Natal- tradicional, paracomemorar esta quadra.Cantamos duas músicas tradi-cionais. Uma delas falava do Vulcãodos Capelinhos e foi a escolhaporque estava-se a comemorar os 50anos do Vulcão.No dia 8 de Dezembro o ranchoactuou no Dia da Montras na cidadeda Horta.

No dia 16 de Dezembro fizemos

um convívio de Natal, aberto a todaa comunidade educativa, onde orancho voltou a actuar.

Depois das férias de Nata, no dia5 de Janeiro, este rancho voltouactuar, desta vez no TeatroFaialense, integrado no encontro deRanchos Tradicionais.

O Rancho era composto porsessenta pessoas (crianças e adul-tos).

Deste rancho faziam parte ostocadores de bandolim, violão, flau-

ta transversal, pandeiretas e ferrin-hos.

Nós consideramos que estas ini-ciativas são muito importantes eenriquecedoras para todos os partic-ipantes, especialmente para nós,alunos.É muito interessante não deixarmosmorrer as nossas tradições, porque édesta forma que ficamos a conhecero nosso passado e a nossa cultura.

Alunos do 4º ano Turma B

Clube de Jornalismo

Disciplina Língua Portuguesa

No passado dia 6 de Março, osmembros do Clube de Jornalismoforam visitar o jardim FlorêncioTerra que está situado perto daTorre do Relógio da nossa cidade.Este jardim existe desde meados doséc. XIX, por isso é um espaço queestá cheio de história do Faial. Noséc. XVIII e até 1836 esteve lá umconvento de freiras Clarissas echamava-se Convento de São João.Em frente ao jardim havia o hospi-tal de Misericórdia, edifício que vaiser remodelado para instalações doDOP. As obras devem estar acomeçar porque vimos homens queentravam e saíam de lá.Atravessámos a rua do Centro deSaúde e fomos ver um espaçoaonde existem algumas casas demadeira. Era lá o granel do conven-to. Depois foi um bairro onde esta-va a PSP e a casa da Roda, localonde eram deixadas as criançasilegítimas ou nascidas fora do casa-mento.Regressámos ao jardim para o estu-

darmos mais em pormenor.O jardim teve várias fases. As plan-tações foram orientadas pelo dr.José Joaquim de Azevedo, profes-sor de história natural do Liceu daHorta. As principais árvores que aíse encontram são: quatro enormesdragoeiros, uma gigantescaaraucária, duas bombas acácias,duas magnólias ainda pequenas eum cedro. Há lá duas árvores muitograndes de folha caduca. Parecemcarvalhos pela rugosidade do tron-co, mas como ainda não têm fo-lhagem, não sei como se chamam.Neste jardim existe ainda um core-to palco de várias manifestaçõespopulares e culturais, que em tem-pos tinha à sua volta quatro está-tuas, que actualmente não estão lá.Este jardim passou a chamar-seFlorêncio Terra a partir de 1964.Sabem quem foi Florêncio Terra?Foi um escritor que fez contos queestão na nossa biblioteca, artigosde jornal e até escreveu para cri-anças um livro chamado Munheca.

EB1/JI Praia do Almoxarife