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ESCOLA BÁSICA 2,3 DA HORTA - N.º 6 , 18 de Junho de 2004 TRIMESTRAL Este suplemento é parte integrante da edição n.º 100 do jornal Tribuna das Ilhas Não foi necessário ir longe para constatarmos que a realidade veiculada pela última entrevista cedida ao ecos é bem diferente. Pelos caminhos da nossa ilha e a par das hortênsias, as lixeiras também já começam a fazer parte da paisagem. Os gatos também falam Bom, esta história que eu vos estou a contar, não é para vos falar da minha vizinha, mas sim, dos seus gatos. pág. 4 Mestre Xico-Tarefa Esteve na nossa escola aquele que é considerado um dos maiores artesãos do séc. XX. pág. 6 Os Modernistas da Escola EB 2,3 da Horta pág. 5 Jogos Desportivos Escolares A EB 2,3 da Horta foi anfitriã de mais um encontro dos Jogos Desportivos Escolares, cujo lema foi “Na Vida como no Desporto”, tendo conquistado o 2º lugar no conjunto das modalidades pág. 6 deleite deleite E M FLAGRANTE Af Af inal ha inal ha via outr via outr a a E tu E tu tens feito alguma coisa para proteger o ambiente? pág. 8 Semana Cultur Semana Cultur al al Escola Básica 2,3 da Horta dias 21,22 e 23 de Junho aberta a toda a comunidade

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ESCOLA BÁSICA 2,3 DA HORTA - N.º 6 , 18 de Junho de 2004 TRIMESTRAL

Este suplemento é parte integrante da edição n.º 100 do jornal Tribuna das Ilhas

Não foi necessário ir longe para constatarmos que a realidadeveiculada pela última entrevista cedida ao ecos é bem diferente.Pelos caminhos da nossa ilha e a par das hortênsias, as lixeirastambém já começam a fazer parte da paisagem.

Os gatos tambémfalam

Bom, esta história que eu vosestou a contar, não é para vosfalar da minha vizinha, massim, dos seus gatos.

pág. 4

Mestre Xico-Tarefa

Esteve na nossa escolaaquele que é considerado umdos maiores artesãos do séc.XX.

pág. 6

Os Modernistas da Escola EB 2,3 da

Horta

pág. 5

Jogos DesportivosEscolares

A EB 2,3 da Horta foianfitriã de mais um encontrodos Jogos DesportivosEscolares, cujo lema foi “NaVida como no Desporto”,tendo conquistado o 2º lugarno conjunto das modalidades

pág. 6

d e l e i t ed e l e i t eEM F L AG R A N T E

AfAfinal hainal havia outrvia outraa

E tuE tutens feito algumacoisa para proteger

o ambiente?

pág. 8

Semana CulturSemana Culturalal

Escola Básica 2,3 da Hortadias 21,22 e 23 de Junho

aberta a toda a comunidade

Parece que mais do que nunca aproblemática do ambiente está naordem do dia, falar dele tornou-seimportante para combater a faltade consciência dos que aindaacreditam que os recursos doplaneta são ilimitados e não selembram que esta casca de noz é tãofrágil no universo que a rodeia.Mesmo sabendo que sozinhos nãoconseguiremos mudar o mundo,não queremos deixar de trazer paraas páginas do ecos este assunto, demodo que cada um não se esqueçaque muito pode fazer ainda em proldo ambiente. E, embora saibamosque a nossa escola muito tem feitonesse sentido, muito nos satisfaria

se a nossa influência fosse além dosmuros que a delimitam.O Clube da Floresta, a Oficina doLixo, os professores de Ciências daNatureza, os professores deEducação Visual e Tecnológica,entre outros, todos juntos têm dadoum enorme contributo para quedesde cedo essa consciênciaecológica fique enraizada em cadaaluno da nossa escola.

Pela nossa parte este assuntonão morreu, no próximo anolectivo continuaremos na pagina"ecoponto" do ecos a debater oassunto com o empenho de quemacredita que este é o único caminhopossível para ajudarmos a melhorara nossa qualidade de vida.

Chega ao fim este ano lectivo2003/2004. É tempo de arrumar os

livros no canto mais distante dacasa e esquecer que a escola estáaqui na rua dos Dabney. Depois, oque é preciso é passear e nadar napraia, porque as férias foram feitaspara isso mesmo. Não foramfeitas para mais castigos, nempara trabalhar nas obras do vizinho.As férias são um tempo merecidopara todos, talvez mais para uns quepara outros, é certo, mas não deixa

de ser um tempo que todosprecisam para descansarem evoltarem fresquinhos no anoseguinte. Aos pais só me restadizer-lhes que a escola é para osseus filhos um trabalho tãoexigente como o mais exigentedos trabalhos, por isso é pena quequando muitos voltam emSetembro, já vêm tão cansados quefazem do tempo da escola as fériasque não tiveram.

Viva as férias!

O coodenador a precisar de férias

02 18 de Junho de 2004

Sugestão de Leitura

Ficha Técnica

Director: Mário Frayão Coordenador: José Junqueira Membros do Clube de Jornalismo: Rui Duarte, João Cunha, Tânia Cunha, Maria Menezes, Orlanda Simas, Sofia Frazão, Pedro Valim, Diogo PeixotoIlustração: Pedro Valim Produção e Projecto Gráfico: Clube de Jornalismo da Escola Básica 2,3 da Horta; Redacção: Escola Básica 2,3 da Horta, rua Cônsul Dabney 9900 - 860 Horta Telefone: 292208 230; E-mail: [email protected] Impressão: Gráfica “O Telegrapho”, rua Conselheiro Medeiros, n.º 30, 9900 - 114 Horta Registo: n.º 123 974 do Instituto de Comunicação Social Editor e Proprietário: IAIC- Informação, Animação e Intercâmbio Cultural, CRL NIPC: 512064652 Registo Comercial: 00015/011017 (Horta) Edição: n.º 6 de 18 de Junho de 2004

A P O N TA P O N T A M E N TA M E N T O SO S

E D I TE D I T O R I A LO R I A L

Prof. Eduarda Rosa

A nossa biblioteca está recheada delivros sobre ecologia. Uns são estu-dos científicos, outros são feitos dehistórias de ficção e realidade emque a ecologia humana é absoluta-mente essencial. Ou seja, aspersonagens humanas, ou nãohumanas personificadas, vão sercolocadas nas suas acções quasesempre com a preocupação de serelacionarem bem com o seuambiente, ou, no caso de haver umaagressão a esse ambiente, dealterarem essa relação para umaforma equilibrada. Poderíamos,neste caso, retomar a célebre frasede Lavoisier, “na Natureza nadase perde, nada se cria, tudo setransforma”.Não é nossa pretensão esgotar todosos livros que enformam o espólioda biblioteca, o que seria até impos-sível, dada a falta de espaço.Iremos, pois, tentar dar uma ideiado que há para ler sobre tãoimportante matéria.Nos estudos científicos, a biblioteca

possui váriasc o l e c ç õ e smuito educa-

tivas como umada Verbo: Eu

sei tudosobre OMundo e a

Natureza eEu sei tudo

sobre os Animaise as Plantas com

um jogo muitoatraente na última pági-

na.; também da editori-al Verbo, Primeiros

Passos na Educação,com exercícios práti-

cos de observação dosespaços e de investi-

gação. Excelente é tambéma Enciclopédia Juvenil das

Publicações Anagrama. Sobre problemas ecológicos, temosuma excelente colecção de livros daeditora Edinter, recomendada pelaQuercus, chamada "Natureza emPerigo" que contém títulos como:Poluição e vida selvagem, Salvem aBaleia, Direitos dos Animais, Matarpor luxo, Espécies em extinção;outra colecção das edições ASA:"Factos…Factos…Factos", temtítulos como: Chuva ácida,Segurança Nuclear, Resíduos tóxi-cos, etc..Os livros de literatura para criançassão praticamente todos de ecologiahumana. Deste modo, temos o livro OMistério da Quinta dos Ciprestes deLena Botelho (Colibri) em queentre Maria e a Natureza há umaenorme harmonia. Maria desce aojardim e senta-se junto à cascata aler. É nesse jardim que brinca comChinita e onde festeja o seu aniver-sário.Nos livros de Sophia de MelloBreyner Andersen (Figueirinhas),as personagens chegam a ser parteintegrante do jardim como em ORapaz de Bronze que actua com

Florinda e onde as flores em autên-tica festa se manifestam com arcrítico sobre a sociedade dosprivilégios. Nos contos A floresta eA Fada Oriana dá-se uma simbioseentre as personagens e a Natureza,e no conto A Árvore, adaptação deum conto japonês, atinge o clímaxentre Natureza e sabedoria. Muitosoutros exemplos poderíamos dar,como A montanha maravilhosa, deMaria Lamas (Editora Meridiano,Lda) com Carlos e Beatriz e oRabicho.Há outros livros em que as própriaspersonagens assumem nomes deflores, tal é essa harmonia com aNatureza. Maria Papoila, de LuísaDucla Soares (Cor infantil) é exem-plo disso: "Nos campos sem fimsemeados de trigo havia num case-bre e nele morava Maria Papoila.Será também bom recordar aquitoda a obra poética de Matilde RosaAraújo...A Vida Mágica da Sementinha, deAlves Redol, é um livro digno demencionar pela magia que o seuautor incute ao percurso de vida deuma semente e à relação com oshumanos. Deste autor, é também delembrar Constantino guardador devacas e de sonhos (Europa-América), cheio de vitalidade eonde a relação entre as personagensé por vezes difícil e como em har-monia, rio Trancão abaixo emsonho numa jangada, tudo seresolve. O Príncipe que guardava ovelhas deLuísa Dacosta (Figueirinhas) éoutro conto em que a relação com aNatureza é privilegiada. Já aqui falámos de PortugalPequenino, de Maria Angelina eRaul Brandão (Veja), à semelhançade Selma Lagerloeff, fazendo notaros mais ínfimos pormenores destePortugal tão belo e por vezes tãomaltratado.Platero e eu, de Juan RamónJiménez (Livros do Brasil Lisboa)com a sua história de um burro e

um louco é um permanenteenaltecimento da relação entre oshumanos, bichos e as flores.E por falarmos em bichos que ascrianças tanto adoram, temosmuitos livros que são centradosneles. A título de exemplo, temosNo tempo em que os animaisfalavam, de Manuel Ferreira (movi-mento juvenil) passado em terrasmisteriosas de África; Impala, deHenrique Galvão (livraria popularde Francisco Franco); As históriasde Coca-bichinhos, de Alice Gomes(Editorial Aster)sobre uma meninaque se interessava por saber muitosobre bichinhos como pulgas, par-dais, cobras, elefantes, etc.; OJardim dos Gatos de Maria ManuelCouto Viana (editorial Verbo) sobregatos e outros bichos; Zé Grão deAreia e outras histórias de AnaPaula Borges (Blu edições) pas-sadas nos Açores ( bom para inte-grar o currículo regional no queconcerne à literatura para crianças)onde destacaria "Uma pedra no cer-rado do outeiro" em que Franciscovai consertar uma parede e umapedra começa a falar-lhe econta-lhe duma formaextremamente bela todos ospormenores da sua criação.Há, porém, livros que sãonitidamente de inter-venção no sentido dealertar as crianças e osjovens para os múlti-plos problemas quedesequilibram aNatureza. É o caso deO Senhor Ambiente, deMaria Teresa Ramos,editado pela CâmaraMunicipal de Lisboa,que termina com opoema "Ama aNatureza" a que seseguem muitos tex-tos escritos poralunos entre os 9 eos 16 anos. Os miú-dos da Mata da

Ucha, de Maria Natália Miranda(edições Paulistas) retrata umasituação em que as crianças irãoactuar a propósito de um incêndio,resolvendo muito positivamente oproblema. Os livros de José JorgeLetria como Uma Viagem no Verde,João Ar-Puro no País do Fumo sãooutros dos livros existentes nanossa biblioteca sobre esta temáti-ca. Como vêem, há muitos livros ami-gos que esperam na biblioteca quemãos sedentas e curiosas de apren-der divertindo-se os vão buscar paraos ler. Num poema lindíssimo intitulado"A Árvore e o Livro", Matilde RosaAraújo escreve:

A Ecologia nos livros da nossa biblioteca

03 18 de Junho de 2004

E N T R E V I S TE N T R E V I S T AAF a r i a d e C a s t r o

Bom dia Sr. Faria de Castro,antes de mais gostaria de lheperguntar o que é a AssociaçãoAzórica?

A Azórica é uma associação quetem como principal objectivo adefesa do ambiente que nos rodeia,especialmente na ilha do Faial.

Quais têm sido os principaisproblemas com que se temdebatido a vossa associação?

O primeiro e o mais grave proble-ma, é o facto de não termos umasede. Tivemos uma no castelo dePorto Pim, só que, devido aproblemas de infiltrações de água, omaterial que usávamos começou aficar danificado devido à humidadee tivemos que sair de lá e até hojenunca conseguimos uma sede paraas nossas actividades.

Sente que a população tem vindocada vez mais a respeitar oambiente?

Sim e não. Sim porque há cada vezmais pessoas que respeitam o ambi-ente. Não, porque lamentavelmentehá ainda muita gente que não orespeita. Quando alguém pega nolixo e o deita para a ribeira, para arua ou para o mar, não está arespeitar o ambiente. Quando aspessoas destroem as plantasdesnecessariamente não estão arespeitar o ambiente. Quando aspessoas em vez de reutilizarem osprodutos os deitam fora não estão aproteger o ambiente. Quando aspessoas em vez de fazerem reci-clagem dos produtos que podem serreciclados estão a contribuir paraum mau ambiente. Quando as pes-soas em vez de enterrarem nos seusquintais aqueles produtos que sãobiodegradáveis, os mandam para olixo, não estão a ser amigos doambiente.

O verdadeiro amigo doambiente é aquele que faz semprealguma coisa para o defender. Nãosão as grandes coisas que fazem oambiente melhor, mas sim aspequenas coisas que todos os diasfazemos, que fazem a diferença, são

essas pequenas coisas que fazemcom que o ambiente melhore. Deque serve dizer que sou amigo doambiente se depois na prática nãofizer nada em seu benefício?

O que a Azórica pensa dacampanha realizada pela CâmaraMunicipal da Horta com vista àredução dos resíduos sólidosurbanos?

Esse tipo de campanhas são muitoimportantes, mas pouco adiantaráse as pessoas não aderirem. Se nãorespeitarmos a política dos 3Rs.Que é, Reduzir: muitas vezes com-pramos coisas que não precisamos emais tarde acabamos por deitá-lasfora porque não nos servem paranada; que é Reutilizar, que se traduzpor aproveitarmos as coisas que jáestão velhas e que já não servem asua função inicial, utilizando-aspara outras coisas; e que éReciclagem, se nós em vez defazermos como a maioria, quequando acaba o papel o deita nolixo, o utilizássemos sempre queum dos lados ainda estivesse embranco, então estaríamos a pouparuma folha de papel. Se pouparmosuma folha de papel vais ver quemenos árvores serão abatidas. Claroque as pessoas o que dizem é queuma folha de papel não é nada paraestarmos com esse trabalho, mas eurespondo que se todos os faialensespoupassem uma folha de papelpor dia, então tínhamos poupado

quinze mil (15000) folhas depapel. Se multiplicares essenúmero por todos os dias doano, vê lá tu quantas folhas nãose poupariam - e nós fomos ver:(15000X365=5475000), cincomilhões, quatrocentos e setenta ecinco mil folhas, que dividido pelonúmero de folhas de uma resma depapel dará: (5475000:500=10950)isto é dez mil, novecentos ecinquenta resmas de papel. Se emvez dos faialenses fizéssemos ascontas para os portugueses, que sãodez milhões, vê lá tu a quantidadede árvores que não eram abatidas ecomo todos nós sabemos, as

árvores de entre outras coisas dão-nos o oxigénio que respiramos.

Não adianta nada dizermos quegostamos muito do ambiente se nãofizermos nada por ele. Quantasvezes as pessoas andam de carro

desnecessariamente? Se andarmos apé, além de fazermos bem à nossasaúde, não poluímos tanto oambiente. Todos nós precisamos docarro, mas para as pequenas

deslocações podemos e devemosfazê-las a pé. Às vezes fico muitotriste quando vejo à porta da escolauma grande fila de carros porque osmeninos só querem sair mesmojunto da porta, o que origina umpára e arranca que provoca aindamais poluição. A melhoria doambiente só avança se todos sepreocuparem com essas questões,começando logo em alunos davossa idade.

Numa saída que fizemos registá-mos um elevado número delixeiras à beira do caminho. Oque pensa que se pode fazer paraque as pessoas deixem dedespejar o lixo nestes locais?

O que nós temos feito é divulgarmensagens através da comuni-cação social. Eu, na qualidadede presidente da Azórica, façouma breve crónica todas asquintas-feiras na RDP alertandopara uma data de coisas concretasque nós podemos fazer paraproteger o ambiente e, conse-quentemente, melhorar a nossaqualidade de vida. Agora, lamen-tavelmente, há muita gente que nãoouve nada. Sabe que se deve fazerassim, mas não faz. Quando umapessoa está ao pé de um contentor eem vez de deitar aí o lixo o deita naribeira, que até está mais longe…Quando uma pessoa sabe que podetelefonar para a autarquia pararecolherem o frigorífico, a máquinade lavar, o carro velho, etc. e emvez de fazer isto vão deitá-los naribeira ou numa beira da estrada ouno mato…é um bocado complica-do. Vocês, que ainda são novos, éque se têm de convencer a actuar ea pôr cobro a estas coisas, para quedepois os vossos filhos sejam edu-cados desta maneira, caso contrárioestes comportamentos são difíceisde alterar.Lamentavelmente pode dizer-seque o crime compensa. Isto porque,ou as multas não são nuncaaplicadas ou levam muito tempo aser aplicadas. A Azórica não tempoderes par multar ninguém, o quenós fazemos é denunciar estescasos. E, de facto, é triste que a leinão seja mais rápida e mais eficazpara que, efectivamente, as pessoassaibam que caso sejam apanhadaspagarão uma multa. Um exemplodesta situação é a existência de umapocilga na Lombega, freguesia deCastelo Branco, há imensos anos adespejar directamente para umaribeira. A Azórica na altura fez

inúmeras denúncias e estávamoscompletamente convencidos que oassunto estava resolvido, quando há

dias fomos informados que estapocilga continua a funcionar. O queé perfeitamente inacreditável, emais o é quando sabemos que sãoos serviços governamentais que têmo poder para actuar e aplicar asmultas. Isto significa que, se as entidadesgovernamentais que são respon-sáveis não conseguem aplicar a lei,como é que nós podemos vergarantido o respeito pelo ambientepor estes abusadores. O que épreciso é convencer os mais novosa ter outra mentalidade.

Quer deixar alguma mensagemaos alunos da nossa escola?

É com a colaboração de todos, masmesmo de todos, que podemospreservar o ambiente, não é comuma entrevista destas que sealteram as atitudes face aoambiente. É com base naquilo queeu possa ter dito que as pessoaspodem vir a modificar a suamaneira de ser. Quantas vezes osalunos não estragam imenso papelde forma completamentedesnecessária contribuindo destamaneira para o abate de árvores, oaumento do lixo na nossa lixeira,estando a dar um mau contributopara o ambiente.

Não adianta nada

dizermos que gostamos

muito do ambiente se não

fizermos nada por ele.

O verdadeiro amigo do

ambiente é aquele que

faz sempre alguma coisa

para o defender.

Agora, lamentavelmente,

há muita gente que não

ouve nada. Sabe que se

deve fazer assim, mas

não faz.

Entrevista:Tânia CunhaFotografia:José Junqueira

04 18 de Junho de 2004

C O M M E S T R I AC O M M E S T R I A

Aluno de electromecânica em contemplação após dar à luz

A minha vizinha chama-seTatiana. Ela tem 14 anos e é muitosimpática e brincalhona.

Às vezes juntamo-nos as três,eu, a Tatiana e a Inês (a minha irmãmais nova) para brincarmos.Brincamos muito! Às escondidas, àapanhada…

Bom, esta história que eu vosestou a contar, não é para vos falarda minha vizinha, mas sim, dosseus gatos.

Ela tem dois gatos, a Júlia e oTigrão.

Certo dia quando estava com aTatiana, ela perguntou-me:

- Bárbara, a tua irmã não vem?- Não, ela está doente e não

pode vir.- É porque vou contar-te uma

história que os meus gatos me con-taram.

- Os teus gatos?!?!?! Mas osanimais não falam!

- Sim, sim…eu também pensa-va isso, mas afinal alguns delestambém falam. Se me deixares con-tar a história logo perceberás que éverdade - respondeu ela.

- Vá lá… não percas tempo queeu tenho de ir para casa às 18:00h"em ponto".

- Bom, sabes qual é a Júlia? -

perguntou ela. - Sei! Não é aquela que tem o

pelo branco macio e fofo como aneve?

- Sim, essa mesma. Ela disse-me que quando nós não estamos emcasa, ela e o Tigrão juntam-se coma tua gata a …ahh…ahh…aquelaque parece açúcar com noz-mosca-da por cima… ahh…

- A Fifas?- Sim, é isso. Juntavam-se com

a tua gata e iam para perto do algar,onde estava aquela casa assombra-da.

- Que tu dizes ser assombrada,porque eu não acredito! - corrigi.

- Está bem! Bom, ela disse-meque ouviu um homem a falar comuma velhota e a dizer que não podi-am ser descobertos. Que achasdisto?

- Bem, se eles não queriam serdescobertos quer dizer que o planodeles foi por "água abaixo" e quan-to ao que tu me perguntaste, achoque vamos viver a maior aventuradas nossas v-i-d-a-s!!!!!!

Começámo-nos a rir.- Bem, - disse eu - e que tal se

fôssemos falar com os teus gatos?- Por mim tudo bem. - concor-

dou ela. E lá fomos. Lá estavam os gatos

em cima da mesinha que a D.

Leocádia, a mãe da Tatiana, tinhaconstruído.

- Olá Júlia! Olá Tigrão! Júlia,contei à Bárbara o que tu e os teus"camaradas" viram na terça-feira(miauuu!!!!!!! fez o Tigrão, indig-nado por lhe terem chamado"camarada", o que a Tatianaignorou completamente). Ela quersaber mais pormenores.

- Ó sim!!! Se ela quer saber… -e virando-se para mim disse - Sabesaquela casa assombrada? - pergun-tou a gata.

- Sim, sei! Mas eu é quero sabercomo era o homem e a velhota.

- Ahh! O homem - disse a gata -tinha cara de poucos amigos, gordo,com uma barriga que mais pareciaum daqueles balões gigantes, eramuito baixo e os olhos tinhamforma de amêndoas pretas. A velho-ta - continuou a gata - era magraque nem um palito e tinha umaspecto tão frágil… Olha pareciaser mais frágil que um copo decristal. Tinha os olhos azuis-clarose o cabelo grisalho. Isto chega?

- Chega perfeitamente! Assimtudo ao pormenor conseguiremosencontrar as pessoas logo "àprimeira", mas isso vai ter de ficarpara a próxima vez porque são18h:01m e a minha mãe vai "matar-me".

Não! Não são os estrunfes, nem tão pouco os teletubies. São alguns dos bonecos que os alunos do 5º C fizeram com pasta de modelar na disciplina de E.V.T.

Os gatos também falam

Por Janite Parmanande, 6º H - Desenhos de Pedro Valim, 6º E

05 18 de Junho de 2004

C O M M E S T R I AC O M M E S T R I A

FFFFIIIIMMMMPinturas realizadas pelos alunos do 6º H, partindo do estudo dotrabalho do Modernista Amadeu de Souza Cardoso

Entre os dias 24 e 28 de Maiodecorreu na nossa escola a Semanado Livro, organizada peloDepartamento de LínguaPortuguesa.

No dia 24 realizaram-se sessõesde leitura com textos escolhidosquer pelos docentes quer pelosalunos. No dia seguinte realizou-seo "dia do autor português", ondeforam expostas algumas biografiasde autores portugueses. No dia 26de Maio realizou-se "A manhã dapoesia" onde foram entregues osprémios aos concorrentes do con-curso de poesia. O primeiro prémiocoube ao poema sem título elabora-do pelas alunas Sara Luís e MariaMenezes do 6º H. No dia 27 acomemoração do tema " A letra e amúsica" trouxe à nossa escola ocantor Sérgio Luís, que veio falar-nos sobre as suas duas novas músi-

cas e actuar perante osalunos. No dia 28, e paraterminar em grande,decorreu a Feira doAlfarrabista, uma iniciati-va com vista ao incentivoda leitura, através davenda de livros usados. AFeira do Alfarrabistaestava dividida em váriassecções: a secção dos contosinfantis; a secção das revistas; asecção da aventura e a secção dosdiversos. Estava tudo muito bemorganizado e os preços estavam deacordo com o que qualquer um denós poderia esperar de livros emsegunda mão. A maioria dos livrosestava em perfeito estado de apre-sentação sendo, portanto, um bomnegócio para o comprador, aindapara mais com a crise que seapregoa por aí. Por último restadizer que foi uma feira bas-tante concorrida onde ovolume de negóciochegou aos 169€.

João Cunha, 6º H

06 18 de Junho de 2004

N O T Í C I A SN O T Í C I A S

Tânia Cunha, 5º J

Na escola básica 2,3 da Hortarealizou-se uma expossição sobre o25 de Abril organizada por osprofessores do grupo de Históriacom a colaboração da professora deE.V.T, Deonilde Salvador.

Todos os anos este grupo fazuma expossição sobre o 25 deAbril porque quer sensibilizar edar a conhecer a importâcia destadata a todos os alunos da escolae porque o 25 de Abrilmarcou a viragem do regimepolítico em Portugal; pas-samos de uma ditadura parauma democracia, isto é: antesde 1974 os portuguesesviviam tristes earmagura-d o s ,

porque antes não havialiberdade e as pessoas

submetiam-se, em silên-cio, à Ditadura Salazarista.Houve uma ideia imagi-

nada por o 6ºH e o 6ºE.Pretendia-se construir umfriso cronológico, mas deu-sea ideia dos cones escuroscom aberturas laterais, o que

acabou por ser o centro dasatenções, assim os alunos

puderam "espreitar e descobrir"as maravilhas do século XX.

através das suas datasmais significativas e

que marcaram o séculoXX em Portugal.

Orlanda Simas, 6º H

Maria Menezes, 6º H

Os Jogos Desportivos Escolaresdecorreram nos dias 11, 12, 13 e 14de Maio, na Horta. As escolas par-ticipantes foram: EB 2,3 da Horta,EBI/S das Velas, EBI/S daMadalena B e EBI/S das Lajes doPico. A organização foi feita peloConselho Executivo da EscolaBásica 2,3 da Horta, pelo Serviçode Educação Física e Desporto doFaial, pela DREFD (DirecçãoRegional de Educação Física eDesporto) e pelos docentes deEducação Física da EB 2,3 daHorta. As provas realizaram-se noPavilhão Desportivo da Horta:Voleibol, Basquetebol, Ginástica eSalto em Altura; no Campo daDoca (Sporting Clube da Horta):Lançamentos; e no Estádio daAlagoa (Fayal Sport Clube):Futebol, Salto em Comprimento eCorridas. A animação foi feitapelos professores Roberto Terra,João Feitor e Nuno Almeida. Osjuízes foram os alunos das turmas

10º C e 11º C da Formação Técnicade Desporto da Escola SecundáriaManuel de Arriaga e a professoraAna Gonçalves e o secretariadoServiço de Educação Física eDesporto e a professora Ana DecqMota. A comitiva das Lajes do Picovenceu a modalidade de ginástica,voleibol e atletismo masculino efeminino, o basquetebol masculinoe o futebol feminino e a EB 2,3da Horta venceu o basquetebolfeminino e o futebol masculino.Portanto, em primeiro lugar ficou aEBI/S das Lajes do Pico passando,assim, à Fase Regional. Emsegundo Lugar ficou a EB 2,3 daHorta, em terceiro ficou a EBI/Sdas Velas e em último a EBI/S daMadalena B.

Jogos Desportivos Escolares 2003/2004

Mestre Xico-Tarefa

No dia 17 de Maioesteve na Escola Básica2,3 da Horta, a convite daprofessora Eduarda Rosa,

com a colaboração doDepartamento de Expressões

Plásticas e Artísticas, o Sr.Francisco José Rosado, oleiro de profis-

são, para nos ensinar um pouco da sua arte,mais concretamente a arte de trabalhar na roda de

oleiro. O Sr. Francisco Rosado, mais conhecido por"Mestre Xico-Tarefa" devido à perfeição com que torneava os

potes para a azeitona, ajudou-nos a fazer algumas peças simplesna roda de oleiro. Apesar da dificuldade emmanter as peças de pé, podemoscontar com a segurança das suasmãos para que elas não se des-fizessem.

A sala de convívio foiassim o palco de mais uma

experiência que de certezaos alunos da escola não

vão esquecer tãodepressa.

Mestre Xico-Tarefa

Semana da Língua Portuguesa

07 18 de Junho de 2004

BD - Vidas reais, por Pedro Valim, 6ºD

B O C A SB O C A S

APELO

Esta é a caixa onde todos vocês deviam colocar, sugestões, opiniões, críticas, etc. Os papéis dos rebuçados, as pastilhas elásticas, os pacotes de sumo e afins deverão ser encaminhados para outrotipo de caixa.

“Tempo de evacuação total do edifício: não foi possível apurar devido a avaria do cronómetro......

ASPECTOS POSITIVOS: O período de tempo em que decorreu a evacuação do edifício ( trata-se apenas de uma suposição pelos motivos

atrás apontados )”

EXCERTO DO RELATÓRIO DO 2º EXERCÍCIO DE EVACUAÇÃO DO EDÍFICIO ESCOLAR

Isto é que é uma dieta equilibrada... emambas as mãos, claro!

S e g u n d oinformações doConselho Executivogastam-se hoje menosde metade das folhasque se gastaram no início do ano lectivo. Foi um grande passo embenefício do ambiente se pensarmos que se contabilizaram naaltura 80 mil folhas em dois meses e meio.

Clube de Matemática

08 18 de Junho de 2004

Conforme noticiado no últimojornal, os Clubes de Matemática eda Floresta, apresentaram umaproposta de projecto no âmbito doDicas e Inventos, que visa a criaçãode uma estação meteorológica econtrolo de qualidade da água.

Dada a recepção tardia dasverbas para a sua concretização,só agora começaram a ser desen-volvidas actividades com os sóciosdos clubes com este intento, asaber: visita de estudo aoObservatório MeteorológicoPríncipe Alberto do Mónaco e

levantamento dos possíveis locaispara instalação da estação. Omaterial necessário para o projectojá foi encomendado e jácomeçou a chegar àescola.

Na semana de 14a 18 de Junhocomeçará o estudodo PH das águasda orla marítimae de algumaszonas da nossacidade.

Este projecto será continu-

ado no próximo ano lectivo.

Os Responsáveis pelo Projecto

D i c a s & I n v e n t o s

Caixas de CD’s com uma nova função é a propostada turma do 5º J na disciplina de Área de Projecto

Os alunos do Clube daFloresta, com a colaboração de

toda a comunidade escolar, continuam arecolher e enviar para reciclagem todo o papelque antes era deitado no lixo.

E tuE tutens feito alguma coisa paraproteger o ambiente?

Começar é sempre a melhor formade chegar onde se pretende.Com a humildade de reconhecer asituação em que estamos, abre-secaminho para melhorar o desem-penho ambiental da nossa escola.Quero dizer, consumir menosrecursos (por exemplo, água, papele energia eléctrica) e aproveitar osrecursos usados. Assim, danifi-camos menos o ambiente, tambémno pressuposto de que os recursossão limitados.Por isso, na Festa de Natal da

Escola existiu um eco-ponto. Porisso, levamos alunos ao JardimBotânico, visitamos o Armazém deEnfardamento de Papel da Horta,fizemos um jogo sobre água, obser-vamos aves, visitamos uma áreaprotegida, plantamos plantasendémicas e aromáticas, fizemoscompostagem, recolhemos papel,recuperamos e mantivemos caixaspara recolha selectiva de papel,fizemos um jogo sobre reciclagem,escrevemos mensagens, realizamosexperiências e divulgamos tudo

isso na esperança de uma mudança.E dizemos que a Escola deve serum exemplo. Que a Escola tem deestar à frente da sociedade e serimpulsionadora de uma mudança.Mudança no sentido de umasociedade ambientalmente maisrealista. Consciente de que estar navida com atitudes ecologicamentesimples não é estar na moda, massim uma forma de estar nesteplaneta com a inteligência de sabermanter a qualidade de vida dasgerações actuais e futuras.

Clube da Floresta

P o r q u ê s e r u m a E c o - E s c o l a ?