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Nº 82ABR 2008
Boletim informativo para amantes do cinema em castro verde
expiação12 e 13 Abril
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Tudo sobre Cinema em
Castro Verde
informação actualizada diariamente
www.cm-castroverde.pt/
Trailler’s
Grande Plano
Sinopses
E o Vencedor é...
O Adeus a Anthony
Minghella
Levantando o Véu
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EditorialDepois de um período em que a programação
cinematográfica seguiu o seu calendário habitual, a chegada da Primavera traz a Castro Verde mais uma edição da quinzena cultural, que decorrerá de 19 de Abril a 4 de Maio. Muitas são as propostas. Música, teatro, dança, desporto, exposições… marcam a próxima agenda. As projecções têm assim um abrandamento justificado pela quinzena cultural Primavera no Campo Branco.
Apesar disso, há ainda algumas fitas que estarão entre nós este mês e que vale a pena ver. Filmes que procurámos agendar na programação anterior. Porém, devido a dificuldades que se fazem sentir cada vez mais junto dos programadores, fruto do reduzido número de cópias, ou de outros condicionalismos de distribuição, estes e outros filmes vão sendo disponibilizados cada vez mais tarde face às suas datas de estreia em Portugal. Seria desejável que tal não acontecesse, numa perspectiva de continuar a mobilizar eficazmente os públicos para o cinema.
Neste Lumière o destaque vai para Expiação, uma adaptação do romance de Ian McEwan.Realizado por Joe Wright, esta é uma história de amor em tempo de guerra bem conseguida que comove e se distingue, tendo, por isso mesmo, sido premiado como melhor filme e banda sonora original.
Para quem gosta do consagrado Tommy Lee Jones, No Vale de Elah é um filme que deve ser visto. O actor entrega-se ao papel de pai de um militar que chegado da guerra desaparece em circunstâncias duvidosas, o que desencadeia uma acção de busca incessante pela verdade.
A linguagem do cinema europeu chega-nos através de Garage, o segundo filme de Leonard Abrahamson.
a todos, Boas fitas!
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No dia 24 de Fevereiro, Daniel Day-Lewis conquistou o Óscar de melhor actor na 80.ª Cerimónia dos Óscares. O actor britânico foi nomeado pela sua brilhante interpretação de Daniel Plainview, um magnata do petróleo que não olha a meios para atingir os fins, no também nomeado para categoria de Melhor Filme, Haverá Sangue (There Will be Blood), de Paul Thomas Anderson.
Esta foi a segunda estatueta dourada da carreira de Lewis, que já tinha vencido em 1989, no filme O Meu Pé Esquerdo, onde pro-tagonizou o papel de um homem com parali-sia cerebral.
Day-Lewis superou George Clooney (Michael Clayton), Johnny Depp (Sweeney Todd: O Terrível Barbeiro de Fleet Street), Tommy Lee Jones (No Vale de Elah) e Viggo Mortensen (Promessas Perigosas), igual-mente nomeados para a categoria de Melhor
Actor.Para encarnar esta personagem, Lewis
confessou que demorou cerca de 4 anos de preparação, tempo esse recompensado pelos inúmeros prémios do Cinema Mun-dial que lhe foram atribuídos: SAG Awards, BAFTA, Globo de Ouro, Óscar e muitos outros.
Daniel, que antes de subir ao palco deu um beijo a George Clooney como forma de agra-decimento pelo apoio demonstrado pelo amigo, recebeu o prémio das mãos de Helen Mirren e agradeceu à mulher, Rebecca Miller, filha do conhecido dramaturgo norte-ame-ricano Arthur Miller, tendo dedicado a esta-tueta ao avô, ao pai e aos três filhos.
Para concluir o seu discurso, a actor pres-tou, ainda, uma homenagem sentida ao recém-falecido actor Heath Ledger, cuja morte atordoou Hollywood.
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r’s O filmE “A ilhA dOs EscrAvOs”, dO rEAlizAdOr pOrtuguês Francisco
Manso, chega aos cinemas já em Maio. A longa-metragem tem duas ante-estreias agendadas para Abril, uma em Lisboa, dia 4, e outra dia 26 em Cabo Verde.A escravatura é o tema central do filme rodado no Brasil, Portugal e Cabo Verde. Entre os actores destacam-se os portugueses Diogo Infante, Vítor Norte e as brasileiras Vanessa Giacomo e ZéZé Mota. Do elenco fazem ainda parte os actores portugueses João Lagarto, António Capelo, os brasileiros Milton Gonçalves, Francisco Assis e os cabo-verdianos Josina Fortes e Luís Évora.
mAis dE vintE filmEs dE mAnOEl dE OlivEirA vão ser exibidos a partir de 26 de Maio nos Estados Unidos, numa das maiores acções de divulgação da obra do cineasta português realizada naquele país.A iniciativa, lançada pela Brooklyn Academy of Music (BAM), destina-se a assinalar o centenário de Manoel de Oliveira, o mais antigo realizador do mundo em actividade, nascido em Dezembro de 1908. A primeira sessão desta grande retrospectiva, preenchida com o filme “Aniki Bóbó”, estreado em 1942 - decorrerá sexta-feira na BAM, com a presença do realizador e de João Bénard da Costa, director da Cinemateca Portuguesa.
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GRANDE PLANO
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Jumper 4 Abr
David Rice (Hayden Christensen) parece um jovem como todos os outros, mas não é. David pode tomar o pequeno-almoço nas pirâmides do Nilo e segundos depois estar a fazer surf na Austrália. Impossível? Não para um “jumper”, alguém a quem uma anomalia genética transmitiu um dos poderes mais cobiçados de sempre: o teletransporte. David pode teletransportar-se para qualquer parte do mundo, ver vinte vezes o pôr-do-sol ou em segundos roubar milhões de dólares.
Mas David, ao contrário do que pensa, não está sozinho e não é o único a ter este poder. A longa linhagem de “Jumpers” é acompanhada por uma agência secreta, os Paladinos, que têm como missão eliminar David e os seus semelhantes para os impedir de usar os seus poderes para praticar o mal. Perseguido por todo o globo, David descobre passo a passo a surpreendente verdade sobre o seu passado e a sua família. Dos Estados Unidos às ruas de Tóquio e às ruínas de Roma, a odisseia mundial de David é o primeiro capítulo de uma aventura épica.´´´Realização: Doug LimanCom: Hayden Christensen, Samuel L. Jackson, Diane Lane, Jamie Bell, Rachel Bilson, Tom Hulce, Michael Rooker
No Vale de Elah 5 e 6 Abr
Depois de regressar do Iraque, Mike Deerfield (Jonathan Tucker) desaparece e é considerado desertor. Quando Hank (Tommy Lee Jones, num surpreendente desempenho), um veterano, e a sua mulher Joan (Susan Sarandon) recebem o telefonema com a trágica notícia do desaparecimento do filho, o pai resolve procurá-lo.
A detective Emily Sanders (Charlize Theron) ajuda-o na investigação, mas à medida que o mistério se revela e Hank descobre pormenores sobre a missão do filho no Iraque, tudo aquilo em que acreditava é posto em causa.
“No Vale de Elah” é realizado por Paul Haggis, o realizador do premiado “Crash” e argumentista de “Million Dollar Baby”, “As Bandeiras dos Nossos Pais” e “Cartas de Iwo Jima”, de Clint Eastwood.´´´Realização: Paul HaggisCom: Tommy Lee Jones, Charlize Theron, Susan Sarandon, Jonathan Tucker
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Garage 11 Abr
Josie trabalha há 20 anos numa velha bomba de gasolina numa pequena aldeia da Irlanda. Apesar da solidão e de todos fazerem dele o bombo da festa, Josie é, à sua maneira, feliz. É um optimista e sabe que tem o seu lugar no mundo... pode não ser um lugar espectacular mas é o seu.
Mas a chegada de um jovem aprendiz à bomba de gasolina vai mudar tudo...
Segundo filme de Lenny Abrahamson, foi apresentado na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes e nas selecções oficiais dos festivais internacionais de São Paulo, Pusan, Toronto e Londres. ´´´Realização: Leonard AbrahamsonCom: Pat Shortt, Anne-Marie Duff, Conor Ryan
Expiação 12 e 13 Abr
Verão de 1935. É o dia mais quente do ano mas, apesar da canícula, a família Tallis vive tranquilamente na sua mansão vitoriana. A pequena Briony já descobriu a sua vocação: quer ser romancista. Mas quando do alto dos seus 13 anos surpreende a irmã, Cecília (Keira Knightley), a despir as suas roupas e a mergulhar na fonte do jardim junto do filho do caseiro, Robbie (James McAvoy), a sua reacção ingénua face aos desejos dos adultos vai provocar uma tragédia. Robbie e Cecília ultrapassam uma fronteira que nunca tinham ousado ultrapassar e tornam-se vítimas da imaginação prodigiosa de Briony. No final desse dia, a vida dos três terá mudado para sempre.
Uma adaptação do romance de Ian McEwan pela equipa de “Orgulho e Preconceito”, “Expiação” foi nomeado para sete Globos de Ouro, tendo arrebatado os prémios de melhor filme e banda sonora original.´´´Realização: Joe WrightCom: Keira Knightley, James Mcavoy, Vanessa Redgrave
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Foi há quatro anos que começou esta luta. Quem iria substituir o actual formato DVD? Num dos cantos tínhamos a Sony que encabeçava a luta com o Blue-ray, no outro canto a Toshiba com o HD-DVD. Depois de vários anos de batalha, eis que tudo fica decidido numa questão de meses. Foi em Janeiro, aquando do anúncio da Warner Brothers, com a decisão de apoiar em exclusivo o formato da Sony, o Blue-ray.
Mas será que ganhou o melhor formato? Os analistas de TI dizem que não. O HD-DVD apresentava um custo de produção menor, uma maior possibilidade no campo da interactividade, estava estandardizado e as linhas de produção podiam ser as mesmas dos actuais DVD com apenas algumas alterações, enquanto que no Blue-ray terão de ser feitos investimentos em novas linhas de produção. Para o lado do Blue-Ray a vantagem é a de uma maior capacidade, 50 GB contra os 30 GB do HD-DVD, o que permite armazenar um maior número de conteúdos com menos compressão, melhorando o resultado final. Também a nível de vendas o HD-DVD ficou na linha da frente, isto se não contarmos os leitores Blue-ray que fazem parte da PS3, que diga-se de passagem, mesmo que as PS3 tivesse um leitor de HD-DVD vendiam-se na mesma. Mas à parte das especificações técnicas, diz-se que o que foi decisivo para a escolha foi mesmo o dinheiro. Leu bem, o dinheiro. Tanto a Sony como a Toshiba fizeram avultados investimentos com os patrocinadores, mas a avaliar pelo vencedor, parece que a Sony não se poupou neste campo.
Melhor ou não o Blue-ray veio para ficar e embora ainda seja caro a compra de um destes leitores, agora que é o formato vencedor, esperemos que os preços venham a cair com a massificação dos mesmos, tal como aconteceu com os leitores de DVD há anos atrás, e que comece a haver uma verdadeira oferta de conteúdos neste formato, pois até agora a disponibilidade dos mesmos era mínima. As más noticias são mesmo para quem adquiriu um leitor HD-DVD e se vê agora obrigado a investir numa tecnologia diferente. Para os leitores de PC o problema não é muito grande, agora para os leitores de mesa, a história já é outra.
Mas mesmo havendo um vencedor neste campo, a sua vida não vai ser fácil, pois se tudo correr como os analistas prevêem, este terá de concorrer com os conteúdos digitais distribuídos pela Internet, que cada vez mais será um canal preferencial. Veja-se o caso de Portugal, a quantidade de ofertas de disponibilização de TV através da Internet que surgiu no último ano. O mesmo se passou com a música, antes apenas havia o CD, hoje em dia é raro quem não tem um leitor de MP3, e estes utilizadores normalmente compram música através da Internet. Pronto, em Portugal talvez não seja totalmente verdade esta da compra, mas por exemplo, nos Estados Unidos, a quantidade de música vendida online é, nalguns casos, superior às receitas provenientes dos CD’s.
O sucesso do Blue-ray, como em quase tudo, depende de muitos factores. O tempo o dirá…
E o vencedor é...sAibA quAl O fOrmAtO dE AltA dEfiniçãO quE vAi rEinArArtifex
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No dia 18 de Março de 2008, o mundo do cinema disse adeus ao cineasta britânico, Anthony Minghella. Aos 54 anos, o realizador de “O Paciente Inglês” não resistiu a uma forte e inesperada hemorragia pós-operatória, na sequência de uma cirurgia a um cancro no pescoço.
Minghella, que cedo demonstrou nutrir uma enorme paixão pelo cinema, iniciou a sua carreira como realizador em 1981, com “Truly, Madly, Deeply”, um romance ainda muito afamado nos dias de hoje. Ainda nos anos 80, o cineasta trabalhou para televisões como a BBC ou a ITV, na realização de séries britânicas.
Mas foi o filme “O Paciente Inglês”, uma adaptação da obra de Michael Ondaatje, que o lançou para o mundo da fama, com o qual venceu o Óscar de Melhor Realizador na Gala de 1997. Dois anos mais tarde, esteve nomeado para a categoria de Melhor Argumento, com o filme “O Talentoso Mr. Ripley”, não arrecadando, no entanto, o prémio.
Aplaudido pela crítica cinematográfica, Minghella produziu, ainda, vários outros filmes, entre os quais “Cold Mountain” (2003), “Assalto e Intromissão” (2006), “Michael Clayton - Uma questão de consciência” e “O Americano tranquilo”.
Em 2006, conquistou o Prémio Olivier, com a produção da ópera “Madame
Butterfly”, de Puccini, para a Ópera Metropolitana de Nova Iorque.
Esteve, recentemente, no Botswana a gravar uma adaptação do romance “The No. 1 Ladies’ Detective Agency”, uma série baseada nos livros de Alexander McCall Smith.
A sua morte repentina causou grande emoção no universo cultural britânico, uma vez que o cineasta era uma figura muito destacada e considerada por todos aqueles que com ele se cruzaram durante a sua carreira. O actor Jude Law, que trabalhou com Minghella em três filmes, descreveu-o como um “escritor e realizador brilhantemente talentoso e um homem doce, meigo, inteligente e engraçado”.
Minghella escreveu argumentos, produziu, realizou, e chegou a fazer parte do elenco do recentemente premiado “Expiação”, em exibição em Portugal.
Profundamente dedicado à Sétima Arte, Minghella foi nomeado presidente do importante Instituto Britânico de Cinema, em 2003, onde procurou incrementar o número de filmes produzidos no país e promover um maior número de estúdios de realização.
Também Tony Blair e Gordon Brown se despediram de um amigo, com o qual colaboraram no Partido Trabalhista.
Anthony minghellacarla candeias
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Levantando o véu
Coordenação João BrancoColaboração Artifex
Carla CandeiasDesign Pedro Pinheiro
Cláudia AlegreImpressão Gráfica Mineira
Tiragem 600 exemplares
Ficha Técnica
EDIção E REDaCçãoGabinete de Comunicação e Imagem
Câmara Municipal de Castro VerdeRua da Liberdade, 7780 Castro Verde
Telefone: 286 320 040 Fax: 286 320 049
em maio vamos ver...michael clayton - Uma Questão de consciência
Michael Clayton (George Clooney) é o homem a quem todos recorrem num dos maiores escritórios de advogados de Nova Iorque, quando são precisos métodos pouco ortodoxos para tratar de um pro-cesso. Mas desta vez há um caso que ele talvez não seja capaz de resolver.
O filme obteve o Óscar para a melhor actriz secundária.
persépolis
“Persépolis” retrata a história autobiográfica de Marjane Satrapi, uma menina que cresce no Irão durante a Revolução Islâmica, e que já deu origem a quatro livros de banda desenhada. Um filme comovente, trágico e ao mesmo tempo cheio de humor, sobre a ignorância, a intolerância e a forma como há pessoas que continuam a lutar para fazerem a diferença.
este país não é para velhos
Baseado no romance homónimo de Cormac McCarthy, este filme retrata de forma dramática temas tão antigos como a Bíblia e as manchetes sanguinárias dos jornais, conjugando-os com temas dos dias de hoje, como o tráfico de droga.
“Este País Não é Para Velhos” é um hipnótico “thriller” dos irmãos Coen, os realizadores de “Fargo” e “Barton Fink”, nomeado para oito Óscares, tendo arrecadado os prémios de melhor filme, melhor realizador, melhor actor secundário e melhor argumento adaptado.
horário da BilheteiraCinema: 20h30 às 21h30
horário das sessõesSessões Nocturnas: 21h30Matinés: 16h00
cine-teatro mUnicipal de castro verdeRua Alexandre Herculano7780 Castro Verde
preço dos BilhetesNormal: 2,5 dCartão Jovem: 2 dCartão Social: 2 d
PrOGrAMAçãO Abril 2008
4 AbrJumper M/12 – AVeNTuRA / DRAMA
5 e 6 Abrno vale de elahM/16 – DRAMA/THRiLLeR
11 AbrGarageM/12 - DRAMA
12 e 13 AbrexpiaçãoM/12 - DRAMA