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EXPERIMENTOS COM ECTOPLASMA NA FRANÇA DE 1920 NO INSTITUTO DE METAPSÍQUICA INTERNACIONAL Antonio Sucena Leon Doutorando UFRJ/HCTE [email protected] Regina Dantas Universidade do Rio de Janeiro/ HCTE [email protected] RESUMO O presente trabalho pretende ser uma síntese de minha dissertação de mestrado que realizou uma reconstrução histórico-cronológica do Instituto de Metapsíquica Internacional, analisando os experimentos com ectoplasmia realizados pelo Instituto na década de 1920 e pelo seu embrião, o laboratório de Gustave Geley, localizado na Avenida Suffren, fundado em 1918. Tem como proposta a existência, neste período, de duas escolas de metapsíquica, a Escola Francesa e a Escola Inglesa e, como objetivo, questionar, baseado nas fontes primárias, se haveria ou não indícios de fraude nos experimentos. Objetiva também entender o que se deu para a diminuição das pesquisas com ectoplasma posteriormente. Palavras Chave: História do Instituto de Metapsíquica Internacional, ectoplasma, metapsíquica, parapsiquismo. 1- A Fundação O presente item tem três objetivos principais, quais sejam: relatar o encontro das três personalidades idealizadoras e responsáveis pela fundação do Instituto de Metapsíquica Internacional, Gustave Geley, Rocco Santolíquido e Jean Meyer; expor os bastidores da fundação baseados em fontes primárias como cartas e discursos obtidos no arquivo do Instituto de Metapsíquica Internacional e na Revista de Metapsíquica e analisar o contexto histórico da fundação do Instituto de Metapsíquica Internacional. Foi do encontro, da soma das capacidades e da colaboração desses três homens, por diversos meios, que nasce, em 1917, na Avenida De Suffren, um laboratório, o mesmo que, em 1919, depois de um decreto ministerial reconhecendo sua

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EXPERIMENTOS COM ECTOPLASMA NA FRANÇA DE 1920 NO INSTITUTO DE METAPSÍQUICA INTERNACIONAL Antonio Sucena Leon Doutorando UFRJ/HCTE [email protected] Regina Dantas Universidade do Rio de Janeiro/ HCTE [email protected]

RESUMO

O presente trabalho pretende ser uma síntese de minha dissertação de mestrado que

realizou uma reconstrução histórico-cronológica do Instituto de Metapsíquica

Internacional, analisando os experimentos com ectoplasmia realizados pelo Instituto na

década de 1920 e pelo seu embrião, o laboratório de Gustave Geley, localizado na

Avenida Suffren, fundado em 1918. Tem como proposta a existência, neste período, de

duas escolas de metapsíquica, a Escola Francesa e a Escola Inglesa e, como objetivo,

questionar, baseado nas fontes primárias, se haveria ou não indícios de fraude nos

experimentos. Objetiva também entender o que se deu para a diminuição das pesquisas

com ectoplasma posteriormente.

Palavras Chave: História do Instituto de Metapsíquica Internacional, ectoplasma,

metapsíquica, parapsiquismo.

1- A Fundação

O presente item tem três objetivos principais, quais sejam: relatar o encontro das

três personalidades idealizadoras e responsáveis pela fundação do Instituto de

Metapsíquica Internacional, Gustave Geley, Rocco Santolíquido e Jean Meyer; expor os

bastidores da fundação baseados em fontes primárias como cartas e discursos obtidos

no arquivo do Instituto de Metapsíquica Internacional e na Revista de Metapsíquica e

analisar o contexto histórico da fundação do Instituto de Metapsíquica Internacional.

Foi do encontro, da soma das capacidades e da colaboração desses três

homens, por diversos meios, que nasce, em 1917, na Avenida De Suffren, um

laboratório, o mesmo que, em 1919, depois de um decreto ministerial reconhecendo sua

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utilidade pública em 23 de abril, foi transferido ao imóvel da Avenida Niel no 89, tendo

sido nomeado "Instituto de Metapsíquica Internacional", marcando a história da

parapsicologia e das investigações parapsíquicas.

A vida substitui rapidamente seus atores. Em uma década, consumiu os três

fundadores. Doutor Geley, o mais jovem, encontrou uma morte trágica num acidente de

avião em 15 de julho de 1924. O Professor Santoliquido morreu em 25 de novembro de

1930. A morte de Jean Meyer, em 13 de abril de 1931, finaliza a extinção das três

personalidades às quais o Instituto de Metapsíquica Internacional em Paris deve,

particularmente, sua existência. Cabe destacar que, além das três personalidades, o

professor Charles Richet ajudou fortemente o Instituto por meio de seu apoio moral, seus

conselhos e sua preciosa colaboração. (REVUE MÉTAPSYCHIQUE, n.4, 1931. p.89).

Obrigado a morar em Paris durante a guerra por suas funções de Higienista

Internacional, Santoliquido conhece acidentalmente o Dr. Geley, que a mobilização havia

removido de Annecy. Rapidamente ele o contrata como secretário. Suas conversas,

durante as horas livres, versavam sobre metapsíquica. Sonhavam com a criação de um

laboratório especialmente preparado para esta ciência. Acabaram conhecendo

inesperadamente um homem que reunia as raras qualidades de compreensão da

importância da metapsíquica, de ser dono de uma fortuna e de ser generoso: Sr. Jean

Meyer. Da colaboração destes três homens nasce, em 1919, o Instituto de Metapsíquica

Internacional. O Sr. Jean Meyer foi o Fundador, o Professor Santoliquido foi o Primeiro

Presidente e, Doutor Geley, o Primeiro Diretor. Até 1929, Santoliquido foi o Presidente

em exercício, depois, Presidente Honorário (REVUE MÉTAPSYCHIQUE, n.6, 1930. p.

468).

Apartir da análise de cartas trocadas entre Rocco Santolíquido, Oliver Lodge e

Charles Richet e dos discursos obtidos nos arquivos do Instituto ficou demonstrado que

nos bastidores da fundação, existiu todo o empenho de Rocco Santolíquido em suas

argumentações, que utilizavam o trabalho de Gustave Geley em seu laboratório na

Avenida Suffren como exemplo de sucesso e a postura de Jean Meyer aceitando a

proposta do Instituto mesmo frente à opinião contrária de diversas personalidades da

época, como Oliver Lodge e Charles Richet. Com as cartas de Oliver Lodge ficou ainda

demonstrado pela primeira vez a existência de duas Escolas de Metapsíquica, a Inglesa

e a Francesa (Lodge, 1918 Lettre de Lodge à Richet, in Archives Institut Metapsychique

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Internacional, Carton 3, Dossier 8).

Importa destacar que a fundação do Instituto se deu após a Primeira Guerra

Mundial e por diversas circunstâncias, seja a perda de entes queridos, seja a crise

econômica, seja a expectativa de um mundo melhor, contribuíam para discursos de

união e esperança. Nesse sentido, a união entre laicos e clérigos ocorreu em

decorrência da Guerra, demonstrando para todos os cidadãos suas mútuas

sinceridades. Professores e sacerdotes se reuniam e se estimavam. Diante de tantos

mortos, as polêmicas se tornavam irrelevantes. Para as pesquisas metapsíquicas, tal

contexto foi benéfico, proporcionando maior liberdade para as suas pesquisas e

ausência de eventual intervenção da Igreja. Os investigadores puderam trabalhar,

embora sofressem críticas do clero principalmente em decorrência das pesquisas e

experimentos com ectoplasmia (PROST, 1979, p.24).

2- Os experimentos

O presente capítulo tem como objetivo abordar os experimentos com a médium

Eva Carriere e com os mediums klusky e Gusik

Marthe Beráud, também conhecida como Eva Carriere, teve seu trabalho

mediúnico iniciado com o ciclo de sessões espíritas, promovidas pelo General Noël e

sua esposa, Carmencita, uma inglesa do País de Gales, escritora romântica, residentes

em Tarbes, na França. Eva era filha de um oficial e fora noiva de Maurice Noël, um dos

filhos do casal Noël, que falecera no Congo em consequência de uma febre, antes que o

casamento se realizasse, passando Eva a viver com o casal. Nessa época, ela assistia

às sessões ainda como expectadora. Mas a morte de seu noivo, ocorrida de forma

brusca, ocasionou-lhe uma profunda perturbação nervosa (BISSON, 1921, p.239).

O seu trabalho mediúnico se iniciou em 1903, aos dezessete anos de idade, na

Vila Carmen, em Argel, onde o General Noël e sua esposa se instalaram. Determinada

noite, em uma sessão, Eva entrou na cabine bruscamente e sonolenta, para o espanto

dos assistentes, e os fenômenos ocorreram imediatamente. Eva então tornou-se a

médium preferida da casa. Fisicamente, Eva era bem constituída, e sua saúde era

geralmente boa, entretanto, os nervos predominavam sobre ela, o que lhe fazia

impressionável e de caráter mutável. Ela surpreendia com frequência pela rapidez com a

qual ela saltava de uma ideia para outra numa conversa (BISSON, 1921, p.239).

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Do dia 10 de dezembro de 1917 até 11 de março de 1918, as sessões com Eva,

sempre em colaboração com a Sra. Bisson, ocorreram, exclusivamente, no laboratório

de Geley, laboratório este que foi o embrião do Instituto de Metapsíquica Internacional e

era localizado na Avenida Suffren.

Um exemplo do que ocorria neste período foi a sessão ocorrida em 11 de janeiro

de 1918. Adormecida, Eva cai rapidamente em transe e, quase imediatamente, o

fenômeno ocorre. Ele se desenvolve inteiramente diante dos olhos de Geley. Ambas as

mãos de Eva estavam à vista, sob seus joelhos. Entre o polegar direito e polegar

esquerdo que estavam em contato, se formou uma membrana que ligava um ao outro.

Geley não conseguiu perceber se o ectoplasma foi lançado do polegar direito, do polegar

esquerdo ou dos dois simultaneamente. Quando o fenômeno é iniciado, Eva, lenta e

progressivamente, afastou suas mãos uma da outra. A membrana se alongou e se

mostrou, como o faria uma membrana de borracha que liga os dois polegares. Geley

observou com destaque que o oposto do que faria um tecido de borracha, a membrana

ectoplásmica crescia e se engrossava, ao mesmo tempo que ela se alongava,

destacando que não tinha conhecimento de meios de simular de forma fraudulenta tal

fenômeno (GELEY, 1924, p.206).

Figura 4 – Exteriorização de ectoplasma pelos dedos.

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Posteriormente Eva realiza experimentos na Society For Psychical Research. Os

experimentos tiveram fenômenos mas não tão intensos. A diferença de escolas ficou

novamente evidenciada com as colocações de Geley em que cita que a Society For

Psychical Research tinha uma metodologia falha para experimentos com mediunidade

objetiva. Esta observação é muito importante e reveladora, além do estado de espirito

dos experimentadores contrários aos fenômenos objetivos e físicos. Tratava-se de um

entendimento comum na Inglaterra da década de 1920 contra a mediunidade objetiva

que a Society For Psychical Research absorveu na época.

M. Franck Kluski, originário de Varsóvia, tinha quarenta e sete anos de idade na

época dos experimentos. Gustave Geley o descreve como um homem de estatura

mediana, bem magro e com temperamento neuro- artrítico. Tinha uma boa saúde e não

apresentava nenhum defeito orgânico. Em exame de seu sistema nervoso

encontraram-se apenas zonas de hiperestesia, ou seja, paroxismo da sensibilidade, que

tendem a transformar as sensações ordinárias em sensações dolorosas, acuidade

anormal da sensibilidade a estímulos. A hiperestesia era acentuada na região da nuca e

sobre o membro superior esquerdo, especialmente o antebraço. Seu campo visual e as

reações da pupila eram normais (REVUE MÉTAPSYCHIQUE, n.3, 1921, p.117).

Em relação aos moldes de membros humanos, relata que puderam obter uma

prova objetiva e formal, com absoluta garantia, da materialização de membros humanos

pelo método dos moldes na parafina. O método é conhecido, conforme Aksakof em seu

livro Animismo e Espiritismo e Delanne: as aparições materializadas (REVUE

MÉTAPSYCHIQUE, n.4, 1921, p.180).

Geley afirma que as suas experiências diferem das dos seus predecessores pelo

fato de que nas suas obtiveram a certeza da autenticidade metapsíquica dos moldes e

da sua produção durante as sessões. Para tal, empregaram um método inédito de

controle. Enfatiza que o capítulo das experiências é dos mais importantes e por isso

dedicará grande parte do próximo número (REVUE MÉTAPSYCHIQUE, n.4, 1921,

p.181).

Um exemplo do desenrolar dessas sessões foi a Sessão de 15 de novembro de

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1920, a quinta, sessão. Foi durante esta sessão que Geley pôde aproximar sua mão

esquerda, que controlava a mão direita do médium, até o contato da mão esquerda,

controlada pela mão direita do Professor Richet, de maneira que Geley relata que, às

vezes, sentia três mãos debaixo da sua, as duas mãos do médium e a do Professor

Richet (REVUE MÉTAPSYCHIQUE, n.5, 1921, p.223).

“Ao final de cerca de quinze minutos, percebemos distintamente um marulhar no

recipiente da parafina. O Professor Richet sente sobre sua mão direita dedos

impregnados de parafina quente. Um pouco de parafina é colocado sobre sua mão. As

manipulações duram um bom tempo: cerca de dois minutos e temos a impressão de que

dois moldes serão produzidos. Não foi assim. O médium parecia exausto, eu aumento a

luz vermelha e ele desperta. Só achamos um molde: é a mão de uma criança, mão

direita, o dedo indicador esticado e os outros dobrados (vide figura 34). A mão é

completa até o punho. Há muita parafina no chão e sobre as roupas do médium. O peso

restante no recipiente atinge oitenta e três gramas e o molde pesa vinte e cinco gramas.”

(REVUE MÉTAPSYCHIQUE, n.5, 1921, p.223).

Figura 34 – mão direita de uma criança, com o dedo indicador esticado e os outros

dobrados.

O médium polonês ectoplasta Jean Guzik produzia formas humanas em que se

via principalmente o rosto luminoso, rostos vivos em que saíam vozes roucas indefiníveis

de suas bocas. Também foram materializadas formas de animais, como um cão, um

outro animal semelhante a um esquilo e uma cabeça volumosa de urso recoberta de

pelos. Também produzia fenômenos com telecinésia em que objetos se moviam a

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distância, além de os experimentadores relatarem toques durante as sessões.

As sessões que se realizaram em Paris, com Guzik, de novembro de 1922 até

maio de 1923, no Instituto de Metapsíquica Internacional, foram sessões de

demonstração. Mais de oitenta personalidades da elite parisiense assistiram às sessões

a partir de novembro de 1922 realizadas no Instituto de Metapsíquica Internacional e,

salvo três ou quatro que tiveram a infelicidade de estar em sessões muito raro negativas,

todos se declararam convencidos. Eram profissionais de várias especialidades,

personalidades públicas e até políticos dentre os presentes. Entre as especialidades

estavam professores de medicina, professores de direito, membros da Academia de

Ciências e da Academia Francesa, médicos e escritores reconhecidos, engenheiros e

peritos da polícia. De acordo com sua especialidade, os seus métodos de julgamento

deviam ser diversos um do outro. Porém, mesmo assim, todos declararam ao fim

estarem convencidos da realidade metapsíquica dos fenômenos realizados por Guzik.

Todos tinham algo em comum, a preocupação apenas pela verdade. Não estava em

jogo nenhum interesse pessoal, nenhuma crença ou opinião filosófica já que o grupo

compreendia católicos, materialistas, espiritualistas, idealistas e indiferentes. O resultado

foi o relatório de síntese extremamente prudente e moderado, mas bem afirmativo e que

foi assinado pelos principais colaboradores. Este relatório menciona os fatos registrados

com certeza por todos os experimentadores e entrou para a história como o Manifesto

dos 34. O documento apresenta trinta e cinco assinaturas, mas, devido a um equívoco

tipográfico, entrou para a história como o Manifesto dos 34 (REVUE MÉTAPSYCHIQUE,

n.3, 1923, p.133).

3- Conclusão.

Os experimentos com ectoplasma viveram seu auge na França da década de

1920. Seja com Eva, e as polêmicas com a Escola Inglesa de Metapsíquica, seja com

Klusky, seus moldes e toda a oposição que sofreu em decorrência do princípio bíblico da

imaterialidade da alma. Mas, com Guzik e o Manifesto dos 34, a Escola Francesa de

Metapsíquica encontrou legitimidade. A participação de Oliver Lodge, mesmo

pertencendo a Escola Inglesa de Metapsíquica, e de outras personalidades que

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assinaram o Manifesto dos 34, ilustra a condição da metapsíquica nos anos 1920.

Porém, a partir de 1926 ocorre uma diminuição de experimentos com ectoplasma.

Tal se deu devido à morte de Gustave Geley e pela nova diretoria agora liderada por

Eugene Osty. Isto porque Osty considerava muito raro médiuns de efeitos físicos, as

experiências de difícil replicabilidade e de pouca aceitação entre a elite científica da

época e a opinião pública. Osty se interessava mais pela metapsíquica subjetiva, mais

intelectual e alinhada à escola inglesa, embora também tenha realizado experimentos

com ectoplasma durante sua gestão.

Referência Bibliográfica.

BISSON, Juliette Alexandre. Les Phénomènes dits de materialization. Étude Expérimentale. Paris: Ed Librairie Félix Alcan, 1921.

Bulletin de l`Institut Métapsychique International,. Paris, Librarie Felix Alcan, n.3, Janvier-Février. 1921.

GELEY, Gustave.. L` Ectoplasmie et la Clairvoyance. Paris: Ed Librairie Félix Alcan, 1924. Lettre de Santoliquido à Richet, 3 Octobre 1918, in Archives Institut Metapsychique Internacional, Carton 3, Dossier 8. Lettre de Oliver Lodge à Richet, 16 de octobre 1918, in Archives Institut Metapsychique Internacional, Carton 3, Dossier 8. Lettre de Santoliquido à Richet, 8 Novembre 1918, in Archives Institut Metapsychique Internacional, Carton 3, Dossier 8. Lettre du chef du bureau du cabinet de la president de la republique (POINCARE) sur le sujet de la reconnaissance d`utilité publique. PROST, Antoine. Petite Histoire de la France au XX Siècle. Librairie Armand Colin, Paris,

1979. Revue Métapsychique, Paris, Librarie Felix Alcan, n.4, Mars-Avril. 1921. ______. Paris, Librarie Felix Alcan, n.5, Mai-Juin. 1921. ______. Paris, Librarie Felix Alcan, n.3, Mai-Juin. 1923. ______. Paris, Librarie Felix Alcan, n.6, Novembre-Décembre. 1930. ______. Paris, Librarie Felix Alcan, n.4, Julliet-Août. 1931.