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PROIBIDA A VENDA Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” – Ano 14 – nº 119 Distribuição Gratuita Destaques: Aborto Dia dos Pais Repúdio ao “Pau no Gato” Características da Perfeição Filhos crescidos: o que fazer? Não Violência - Movimentos Sociais Livros: Vozes do Grande Além; Encontro de Paz; Atenção; Dinheiro Charles Robert Richet e o Princípio da Nova Era 2 a parte

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Page 1: Charles Robert Richet e o Princípio da Nova Era · Richet já havia ouvido rumores sobre as mesas girantes e os fenômenos mediúnicos relacionados às irmãs Fox, na cidade de Hydesville

PROIBIDA A VENDA

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” – Ano 14 – nº 119Distribuição Gratuita

Destaques:AbortoDia dos PaisRepúdio ao “Pau no Gato”Características da PerfeiçãoFilhos crescidos: o que fazer?Não Violência - Movimentos SociaisLivros: Vozes do Grande Além; Encontro de Paz; Atenção; Dinheiro

Charles Robert Richet e o Princípio da Nova Era

2a parte

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Após Allan Kardec codificar a Doutrina Espírita, utilizou-se dos meios que possuía para poder divulgá-la e torná-la compreensível para os interessados que procuravam as reuniões da Sociedade Espírita Parisiense em busca de informações e esclarecimentos sobre a “nova” doutrina que surgia. Estes meios consistiam em palestras com exposição oral dos temas, correspondências que eram trocadas com pessoas de várias partes do mundo e livros que eram enviados (principalmente O Livro dos Espíritos) pelo correio. Após o início da divulgação, Allan Kardec “enxergou” a necessidade de que esta divulgação fosse mais dinâmica, que abordasse temas variados que eram suscitados, tendo em vista os conceitos expostos nas obras lançadas (O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Genese e O Céu e o Inferno). Desta forma, lançou a Revista Espírita.

Como vemos o Codificador deixou claro em vários momentos que temos que estar sempre atentos para as necessidades de atingir as pessoas com diferentes meios de comunicação, não achando que as “modernidades” que aparecem não se coadunam com a Doutrina Espírita. Muito ao contrário, o Espiritismo é uma doutrina que deve acompanhar a evolução da Humanidade, com tudo o que ela traz de novo.

Abordamos este assunto, pois nas últimas décadas, surgiram tecnologias que podem auxiliar na divulgação da Doutrina Espírita, tais como a Internet e as redes sociais; como também temos muito instrumento novo que pode auxiliar nas palestras e formas de expor os temas espíritas a serem discutidos nas reuniões públicas.

A Doutrina Espírita não afasta as novidades, quando se trata de melhorar a sua divulgação, a única ressalva é de que devemos estar sempre atentos às novidades doutrinárias que estão em dissonância com o que se encontra nos livros da Codificação acima citados.

Inclusive, devemos citar que, para as novas gerações de crianças e jovens, que reencarnam com uma maior capacidade de questionamento, não podemos ficar somente na exposição oral. É necessário usar da linguagem que eles entendem, ou seja, usar dos variados recursos da informática, tornando o assunto mais atual, sem nunca perder a essência.

Além de consoladora, a Doutrina Espírita deve ser atual, abordando os temas que as pessoas querem ver sendo discutidos à luz do Cristianismo. Agindo assim, estaremos aproximando as pessoas e, principalmente, os jovens de Deus e de Jesus, fazendo-os ver que dá para ser atual, moderno, sem perder a essência do “amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”.

A equipe do Seareiro

Editorialeditorial

Índice

Publicação TrimestralDoutrinária-espírita

Ano 14 – nº 119Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas “Amor e Esperança”CNPJ: 03.880.975/0001-40

Inscrição Estadual: 146.209.029.115

Seareiro é uma publicação trimestral, destinada a expandir a divulgação daDoutrina Espírita e a manter o intercâmbio entre os interessados em âmbito mundial. Ninguém está autorizado a arrecadar materiais em nosso nome, a qualquer título. Conceitos emitidos nos artigos assinados refletem a opinião de seu respectivo autor. Todas as matérias podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

Direção e RedaçãoRua dos Marimbás, 220

Vila GuacuriSão Paulo – SP – Brasil

CEP: 04475-240Tel: (11) 2758-6345

E-mail: [email protected]: www.espiritismoeluz.org.br

Conselho EditorialReinaldo Gimenez

Rosangela Araújo NevesSilvana S.F.X. Gimenez

Vanda NovickasWilson Adolpho

RevisãoConselho Editorial

Jornalista ResponsávelEliana Baptista do Norte

Mtb 27.433

Diagramação e ArteReinaldo Gimenez

Silvana S.F.X. Gimenez

Imagem da CapaCriação a partir de:

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b1/Charles_Robert_Richet_3.jpg

ImpressãoPauliceia Gráfica e Editora Ltda.

Rua Terceiro Sargento João Lopes, 138 – São Paulo – SP

(11) 2631-9308CNPJ: 05.497.861/0001-40

Tiragem9.000 exemplares

Distribuição Gratuita

Grandes Pioneiros: Charles Robert Richet e o Princípio da Nova Era - 2ª parte - p. 3

Atualidade: Não Violência - Movimentos Sociais - p. 7Pegadas de Paulo de Tarso: Pegadas de Paulo de Tarso - p. 8Kardec em Estudo: Características da Perfeição - p. 9Livro em Foco: Vozes do Grande Além - p. 10Canal Aberto: Esperanto e Espiritismo - p. 10Aborto: Aborto - p. 12Família: Filhos crescidos: o que fazer? - p. 13Clube do Livro: Encontro de Paz; Atenção; Dinheiro - p. 14Ciência, Filosofia e Espiritismo: Ciência e Espiritismo - p. 14Homenagem: Dia dos Pais - p. 15Contos: A Galinha Afetuosa - p. 16Cantinho do Verso em Prosa: Rogativa - p. 17Aconteceu: Atividades: Junho, Julho e Agosto - p. 18Tema Livre: Desculpemos - p. 19; Repúdio ao “Pau no Gato” - p. 19

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3Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

Charles Robert Richet e o Princípio da Nova Era - 2a parte

A Espiritualidade Superior continuava a exercer a obedi-ência às Leis Soberanas do Criador, para levar em frente o progresso da Humanidade. Assim sendo, os ideais dos gran-des filósofos e pensadores, sob o lema “Liberdade, Igualda-de e Fraternidade”, deram ênfase para que a codificação da Doutrina Espírita, surgisse em meados do século XIX.

O Iluminismo e a Revolução Francesa conseguiram colo-car um fim nos horríveis acontecimentos da Inquisição, du-rante a qual a intolerância religiosa causara tantas vítimas, como a chacina de São Bartolomeu, na noite de 24 de agos-to de 1572. Muitos foram os Espíritos convocados para o despertar da Nova Era, e os fenômenos das mesas girantes agitavam os meios sociais dos intelectuais, pela Europa e nos Estados Unidos. E do Mundo Espiritual Superior, fora esse o ponto de partida para o início da comunicação dos Espíritos desencarnados com os encarnados no plano físi-co. Certo é que algumas pessoas, como no caso das mesas girantes, não levavam a sério esses acontecimentos. Outros interpretavam-no como uma manifestação maléfica, algo que pudesse significar o fim do mundo. Outros julgavam ser charlatanismo, para se ganhar prestígio e meios para viver sem fazer esforço algum.

Nesse período de muita confusão, descrença e materia-lismo, é que reencarna, no dia 26 de agosto de 1850, em Paris, capital da França, Charles Robert Richet. Seus ge-nitores foram o famoso cirurgião e professor catedrático da Faculdade de Medicina de Paris, o doutor Louis Dominique Alfred Richet e sua esposa, a senhora Eugénie Renouard.

Charles Richet reencarnava preparado para, no futuro, dar sequência aos estudos sobre a imortalidade da alma.

Sua vida juvenil, portanto, foi claramente objetivada para os estudos, em que sua inteligência se fazia notar no campo das letras. A filosofia e a sociologia o atraíam profundamen-te. Mas a influência e o incentivo paternal sobre a medicina o deixavam em dúvida na escolha do caminho a seguir.

Com o intelecto bem desenvolvido e a assistência pater-nal, conseguiu rapidamente o diploma de médico, com bri-lhantismo para o orgulho dos pais, que tinham certeza de que ele honraria o título de médico, consciente de seus atos em salvar vidas.

Charles Richet obtivera, da Espiritualidade, um lar de se-gurança em todos os sentidos, de educação e firmeza de caráter. O avô do lado materno fora um famoso jurista e Con-selheiro do Tribunal de Cassação da França. Charles Renou-ard, de quem herdara o prenome, foi um homem contrário a toda ideia de violência. Por seu ideal humanitário, todos os problemas que surgiam em suas mãos eram solucionados com a mais absoluta seriedade e paciência.

Com esse exemplo Charles Richet, neto, aprendeu a ver e a sentir as dores dos semelhantes, como se fossem as suas dores, e isto o fez tornar-se um grande pacifista e prudente com a saúde daqueles que precisavam de seus préstimos.

Durante o período de seus estudos na Faculdade ou Lycie Bonaparte, interessou-se também pela literatura e ciências. Seu espírito ávido de saber o fez cursar com mais profundi-dade, as aulas sobre ciências, nas quais se diplomou como doutor.

Isto lhe deu a oportunidade de investigar mais a formação do corpo humano, seu funcionamento, como surgiam as mo-léstias, sua cura e profilaxia.

Richet, como grande pesquisador, mostrava através das suas investigações, o porquê dos acontecimentos com pa-cientes internados por quadros patológicos indecifráveis, nos quais ele procurava a verdadeira causa. Por exemplo, a tuberculose. Essa doença era a condenação para o paciente portador dessa moléstia. Fechado no laboratório junto com outros cientistas, descobriu que o plasma sanguíneo retirado por pressão e maceração da carne bovina crua, apresen-tava grandes melhoras no doente. Naturalmente depois de muitas aplicações nas cobaias escolhidas por eles. A este tratamento surgiu o nome de zomoterapia.

Outro estudo que chamou à atenção de Richet no campo da fisiologia, foram as perturbações noturnas, como o so-nambulismo, que muitas pessoas apresentavam. Esta seria a primeira experiência no campo espiritual, que, para ele, ainda estava muito distante de sua compreensão ligada, por ora, só à matéria.

Richet já havia ouvido rumores sobre as mesas girantes e os fenômenos mediúnicos relacionados às irmãs Fox, na cidade de Hydesville. Por essa época, Richet estava muito voltado à sociologia, queria ele entender todos os distúrbios pessoais, pelo estudo da mente humana, não do que fosse irreal. Esse novo conhecimento, descortinado pelas experi-ências científicas, era para ele um campo imenso de investi-gações, à luz da razão.

Através de uma tese doutoral, demonstrou que os nervos sensoriais, por vezes, eram impedidos pela circulação san-guínea a chegar à periferia central do cérebro, causando,

Levitação de uma mesa na residência de Camille Flammarion em 25/11/1898 – Médium Eusapia Paladino

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dessa forma, a morte dos neurô-nios, prejudicando o raciocínio.

Muitas foram as descobertas sobre moléstias infecciosas que Richet fez, e, junto a outros cien-tistas, elaborou as medicações preventivas e até curativas, em alguns casos, não tão graves.

Descobriu as propriedades diu-réticas da lactose e o tratamento da epilepsia. Investigando caute-losamente o processo da cor alte-rada da ureia, através do fígado, chegou ao experimento da soro-terapia, aplicando esse soro nos doentes em estado de convulsão. Richet foi o descobridor do soro, aplicado em co-baias nos laboratórios, com recursos aquo-sos das próprias cobaias, elementos esses produzidos pelo próprio organismo. No caso da epilepsia, foram usados elementos do próprio organismo humano.

Naturalmente na medicina atual os pro-cessos são outros, mas na época passada, os esforços feitos para se obterem remé-dios para combater as moléstias eram mui-to complicados. Embora Richet não con-seguisse entender, ele recebia do Alto as instruções para que o efeito medicamen-toso fosse acertado, em muitos pacientes. Sempre reunindo estudos junto a outros sábios cientistas, intensificou conhecimen-tos sobre a fisiologia humana. Baseado nesses princípios, ele e outros cientistas elaboraram o primeiro Dicionário de Fisiologia. Richet editou também uma coleção intitulada Psicologia: Travaux Du Laboratorie de La Fa-culté de Médicine. Essa coleção teve a cola-boração de professores e de alunos. Foram muitos os periódicos e revistas francesas que editavam os estudos sobre psicologia e fisiolo-gia, da autoria de Richet. Sua vida foi totalmen-te dedicada ao bem da coletividade e tantos benefícios científicos para as gerações futuras.

Outro fator importante, resultado das in-vestigações científicas feitas por Richet, foi a descoberta da Anafilaxia. Junto do doutor Paul Portier, esse foi um marco importante na histó-ria da imunobiologia, porque se acreditava que os anticorpos realizavam uma função protetora no organismo humano, mas com os estudos relacionados a esse fenômeno chamado popu-larmente de alergia, foi provado cientificamen-te que novos caminhos deveriam ser tomados aos pacientes portadores dessa deficiência imunológica. A Anafilaxia é uma reação alérgi-ca grave, que vem a comprometer todo o orga-nismo, podendo dificultar a respiração, a perda da consciência e muitas vezes levar o doente a óbito, quando não tratada acertadamente.

Essa descoberta em torno dessa doença, isto é, a reação alérgica grave, deu a Charles Richet, o prêmio Nobel de Fisiologia e Medici-na. Emocionado em seu discurso de agrade-cimento ao prêmio, Richet destacou que, para ele, o ponto mais importante desse prêmio, era

o saber de que as investigações em torno da Anafilaxia teriam lu-gar de destaque na patologia dos últimos tempos, para a formação dos futuros médicos, que preten-dessem atuar no campo de novas pesquisas.

A descendência familiar de Charles Richet vem de seu ma-trimônio com a senhorita Amélie Aubry, que lhe deu a grande ale-gria de formar uma bela família. Tiveram sete filhos: Georges, Louise, Jacques, Charles, Adè-le, Albert e Alfred. E mesmo em

meio a tantos afazeres, ele conseguia par-ticipar e colaborar com a esposa na edu-cação dos filhos. Não havia impedimentos em sua agenda de trabalho. Procurava estar sempre presente no lar, onde muitas considerações ele fazia em torno de suas pesquisas e a grande atração pela medici-na e do desvendar dos mistérios do corpo humano. De todos os filhos, o mais che-gado a Richet, era Charles. Com o tem-po e a afinidade pela profissão paterna, Charles se formou em medicina e chegou a ser professor da Faculdade de Medicina em Paris. Ele procurava acompanhar o pai nas investigações patológicas, como tam-bém o acompanhava nas muitas viagens que Richet fazia, atendendo os pedidos feitos pelas Universidades de vários paí-ses.

A Espiritualidade Superior aguardava o mo-mento certo em que Richet despertasse para que, com as bases científicas que ele já havia conquistado, pudesse provar a imortalidade da alma e a comunicação dos Espíritos com os encarnados.

Os fenômenos espíritas por essa época, já tomavam conta de todos os setores da huma-nidade. Naturalmente em muitos lugares, a Doutrina Espírita era discutida como religião ou bruxaria. Para Richet, ainda um enigma a ser observado.

Um dos fatos mais importantes até os dias atuais, notadamente observado pelos abne-gados cientistas em torno do progresso tec-nológico da humanidade foi o aparecimento do avião. Charles Richet, como investigador, intuído pela Espiritualidade Superior, passou

a se interessar pelo assunto. Entre seus estu-dos, ele pensava: havia algo misterioso, para vencer o problema da gravidade? Ele tivera co-nhecimento que desde a antiguidade, o homem sonhava em conquistar os céus. Em manuscri-tos desse passado, ficou ciente que na antiga Grécia, o místico Ícaro (pois havia muita lenda em torno dessa figura) juntamente com Thor, personagem da mitologia dos povos nórdicos, queriam voar para conseguirem a liberdade e a centralização do poder.

Foram muitos os interessados em construir um pássaro dirigível, nome que alguns dos in-ventores davam para o avião ou balão. Sim,

Casa da Família Fox – Hydesville – Estados Unidos – 1848

Paul Portier

Irmãs Fox

Dicionário de Fisiologia

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5Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

porque, Bartolomeu de Gus-mão, brasileiro nascido na Vila de Santos, chegou a mostrar a D. João V, na época, rei de Portugal, que um aparelho mais leve do que o ar, que se-ria um balão, poderia se erguer no ar. Dessa forma algum tem-po depois, um pequeno balão de papel, contendo o ar em seu interior e sendo aquecido por uma tocha acesa, elevou--se do chão, numa altura de uns vinte palmos. E isto foi de-senvolvido dentro do palácio, sob os olhares do rei D. João V. O rei, entusiasmado, man-dou que essa experiência fos-se repetida, só que ao ar livre.

E teve muito sucesso! Com esse fato, o anseio de muitas pessoas em voar, tornou-se um desejo incontrolável. Mas os voos controlados eram proi-bidos, por não serem seguras essas chamadas “engenho-cas”, ditas pelas autoridades competentes. Portanto, só os balões é que podiam voar.

Os projetos sobre uma ae-ronave mais pesada que o ar começaram a surgir, porém no Brasil, essas realizações toma-vam grande vulto por um brasi-leiro chamado Alberto Santos Dumont, que ficou conhecido como o Pai da moderna avia-ção. Sem nenhuma ajuda externa, ele re-alizou o primeiro voo, sob as testemunhas que nada mais eram, do que oficiais do exército, que ficaram admirados pela ou-sadia e capacidade surpreendente desse homem, que, com sua inteligência, trouxe outra melhoria a Humanidade.

Charles Richet mostrava-se entusiasmado pelos estudos em torno da aviação. Com importantes conclusões sobre o assunto, procurou aperfeiçoar-se ao lado dos franceses Vitor Tatin e Louis Breguet. Foram muitas as máquinas voadoras realizadas por eles. Algumas com sucesso e outras com fracassos. Mas Richet não se dava por vencido e, após um ano, em que Santos Dumont voou com o seu 14 Bis, fez-se ir ao ar o primeiro helicóptero da história, que foi batizado com o nome Gyroplane Breguet – Richet n. 1.

Charles Richet visitou o Brasil, e permaneceu um mês no Estado do Amazo-nas. Ele queria observar o voo dos pássaros naquela região, pois ouvira vários comentários dos inves-tigadores que já haviam

passado por esse estado, de que essas aves eram os mo-delos naturais, pelos voos ni-velados de suas asas. E isso deu a Richet a solução para o problema do nível das asas da aeronave. Junto com Lou-is Breguet, de volta à França, continuaram o aperfeiçoa-mento dos aviões, quando um furacão destruiu todas as instalações que abrigavam os motores dos aviões! Eles estudavam com afinco um meio de encontrarem a potên-cia compatível em relação ao peso das aeronaves, quando tudo ruiu... Richet, por algum tempo, afastou-se desses pro-jetos. Porém, após a Primeira Guerra Mundial, com sua de-dicação ao avanço das aero-naves serem mais potentes, ele fundou a Compagnie des Mensengers Aériennes, que, tempos depois, ficou mun-dialmente conhecida por Air France. Afastou-se dessas ati-vidades, mas seu nome cons-ta em uma ilustre galeria pelo grande feito desse homem, que muito contribuiu por esse progresso humano, no campo das aeronaves.

Embora seu modo como fí-sico em querer observar tudo sob o aspecto material, a Es-piritualidade Superior, acom-

panhando toda a trajetória da vida física de Richet, sabia que havia um grande coração que por vezes superava a razão. Isto porque ele se integrava aos que al-mejavam a paz, àqueles que faziam par-te das equipes do Bem. Abnegadamente Richet prestou serviços relevantes à pa-cificação, para que o mundo pudesse ter seus problemas resolvidos, sem guerras, sem violências. Como cientista, profes-sor e escritor, aliava seus compromissos para com seus familiares. Recolheu em seu interior os momentos de sua infân-cia, em elucidativas conversas com seu avô materno, Charles Renouard, onde este lhe confiava os horrores das guer-ras. Por isso, Richet ressaltava aos seus filhos, a importância de uma educação rí-

gida nos princípios morais. Era claro em suas atitudes quando demonstrava sua preocupação com relação ao futuro da Humanidade. Convicto em suas opiniões sobre a paz mundial, ele lembrava constantemente, em suas preleções, as pa-lavras de Mahatma Gandhi: “Não há um caminho para

A Passarola de Bartolomeu GusmãoI – Forma atribuida pela fantasia da época;

II – Forma provável do aparelho.

Bartolomeu de Gusmão e a Corte

Alberto Santos Dumont

Gyroplane Breguet – Richet n. 1

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a paz, a paz é o próprio caminho”. Porém, todos os movimentos pacifistas, foram em vão.

A primeira guerra mundial eclodiu, frus-trando a todos.

Movido por uma força interior, Richet, empreendeu uma grande viagem, em sua marcha a favor de que esse conflito ater-rador para a humanidade fosse o último. Visitou a Itália, a Romênia e a Rússia, onde contava com seus parentes, para incentivar latinos e eslavos, pelo fim das forças armadas.

De volta à França, foi aos quartéis e aos acampamentos dos exércitos, ten-tando fazê-los a acreditar de que o Bem, sendo demonstrado em diálogos úteis às Nações, teria mais proveito, do que ver-se vidas sendo ceifadas e o enlutamento de todos os povos. Mas, ali ele pode constatar os efeitos dos explosivos sobre os combatentes e os benefícios alcança-dos pela zomoterapia, tratamento usado nos soldados viti-mados pela tuberculose (tratamento esse, descoberto pelas investigações de Richet e Jules Héricourt).

Richet transformava suas ideias em manifestos, escreven-do vários artigos e livros em benefício da paz. Foi totalmente contra a ideia de uma guerra entre a França e a Itália, pois ele desconfiava que, por trás de tudo que divulgavam por uma ação mencionada da Liga das Nações, havia pessoas de negócios escusos com interesses nas minas de petróleo que diziam ser o benefício para a Humanidade. Isto era ape-nas, continuava Richet em seus comentários escritos, pura fantasia de filantropia em mencionarem o fato de libertar a Etiópia e matar a fome do povo. Na verdade o que a So-ciedade das Nações pretendia era a França declarar guerra contra a Itália. Por quê? Puro orgulho e o desejo do homem egocentrista, que não sabe respeitar o rumo seguro da na-tureza Humana, que bem direcionada poderia viver em paz.

Sob esses princípios, Richet escreveu os livros: A ideia da arbitragem Internacional é uma quimera?; As guerras e a paz; um estudo sobre a arbitragem internacional; A paz e o ensino pacifista; Fábulas e narrações pacifistas; A paz e a guerra; O passado da guerra e o futuro da paz, Pela Paz; sendo este livro dedicado ao seu avô Charles Renouard.

Os fenômenos espíritas não estavam esquecidos e nem Richet havia abandonado suas investigações a respeito, ao

qual ele denominava de fenômenos inabituais. Porém, como outras pesquisas se tornavam mais presentes materialmente, este assunto ficou sendo resolvido, muito lentamente. Vol-tando ao passado, quando Richet trabalhava nos hospitais, o fato mais importante e que, por pesquisas científicas nada se provou, foram os pacientes sonambúlicos. Por mais fossem as experiências e medicamentos usa-dos, não conseguira encontrar a causa física. E justamente esse problema é que o levou a estudar os fenômenos espirituais.

Para ajudá-lo nessas investigações, os Es-píritos Superiores intuíram a um outro cientis-ta russo, Aksakof, que era o editor do Psychis-che Studien, muito respeitado por Richet, para que fosse visitá-lo. A chegada de Aksakof fora surpreendente para Richet, que, em reunião com este famoso filósofo e grande conhece-dor da ciência, muito aproveitou de seus con-

ceitos sobre a imortalidade da alma.Aksakof, entre as profundas considerações que fizera a

Richet, deixou claro em sua exposição: “caro Richet, sei da sua preocupação em desvendar o fenômeno sonambúlico, mas há algo além, até mesmo dos mistérios sobre o hipnotismo, são os fe-nômenos espíritas, isto é, o aparecimento de movimentos e fatos, que para a ciência, ain-da é ignorado”. Richet, meio sorrindo, respon-deu: “Pois para apren-der e chegar a conhe-cer esses fenômenos, irei até o fim do mundo, se for necessário”.

Aksakof, apertando--lhe a mão, falou: “Não precisa encontrar o fim do mundo, pois daria muito trabalho e gastos desnecessários. Basta que você siga comigo para Milão. Tenho certeza que você verá coisas extraordinárias”.

EloísaFinal da segunda parte.

Mahatma Gandhi

Alexandre Aksakof

• MAGALHÃES, Samuel Nunes. Charles Rcihet - O Apóstolo da Ciência e o Espiritismo. 2. ed. Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2006.

• MALGRAS, J. Os Pioneiros do Espiritismo. 1. ed. Ed. São Paulo: DPL, 2002.

• SHUTEL, Cairbar. Psicografado por Abel Glaser. Fundamentos da Reforma Íntima. 11. ed. São Paulo: Ed. O Clarin, 2011.

• VALENTE, Cineas Feijó . Doutrina Espírita. 1. ed. Ed. São Paulo: GEEM, 2006.

• Imagens:• http://www.guia.heu.nom.br/images/

EusapiaPalladinoLevitacaoMesa.jpg• http://www.autoresespiritasclassicos.com/Historia/Irmas%20Fox/

Casa%20da%20Fam%C3%ADlia%20Irm%C3%A3s%20Fox.jpg

• http://www.autoresespiritasclassicos.com/Historia/Irmas%20Fox/As%20Irm%C3%A3s%20Fox.jpg

• http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k6355337x/f11.highres• http://www.prof2000.pt/users/mfa/site/Symbiogenesis_files/

Paul20Portier.jpg• http://cvc.instituto-camoes.pt/ciencia/passarola3.gif• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/56/Alberto_

Santos_Dumont_02.jpg• http://www.aviastar.org/foto/breguet_gyro.jpg• http://www.gentedigital.es/upload/fotos/galerias/200811/

gandhi05_grande.jpg• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3f/Alexandr_

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Não Violência - Movimentos SociaisAtualidade

Atualidade

Aplicar a justiça... Para nós, seres tão falíveis, isso se torna muitas vezes contraditório. O considerado “justo” se reveste de uma relatividade e se personifica no interesse in-dividual.

Aplicar a máxima cristã: “Fazer ao próximo o que se dese-ja para si”, seria a fórmula ideal. Ainda não chegamos nesse ápice fraternal – o que não significa impossibilidade de al-cançarmos; estamos a caminho.

Se olharmos para o passado, veremos o quanto o ser hu-mano já se aperfeiçoou moralmente. Sim, apesar de todas as misérias sociais em que ainda nos encontramos!

Em todas as contendas, ainda que legítimas, sempre há os que tentam fazem valer seus interesses pessoais e, ain-da, os que se aproveitam para outros fins, causando tumulto e prejuízos à própria causa. Estes últimos são os que não se preocupam com o fato em si, apenas descarregam a violên-cia e a agressividade que trazem consigo.

Somos Espíritos em evolução, mas em graduações diver-sas.

Atualmente, muito se fala, no meio espírita, sobre a che-gada do “mundo de regeneração”, e neste porvir de um novo ciclo, a Humanidade se agita. Pululam dramas e tragédias ditas outrora não vistas.

Para nós, a transformação do planeta Terra, “mundo de provas e expiações” para “mundo de regeneração” se evi-dencia em algo maravilhoso e sonhado.

Mas, o que vai definir essa mudança, senão a nossa pró-pria mudança moral? São os pensamentos, conduta e atitu-des elevadas. Nossas vibrações é que modificam o ambien-te, portanto, cabe à Humanidade modificar a fluidificação planetária.

Deus concede oportunidade a todas as criaturas para que se redimam e se aperfeiçoem. Se persistirmos no mal, con-siderando o livre-arbítrio pessoal, iremos para mundos infe-riores nos quais nos afinizemos, não como castigo, mas para evoluirmos dentro de nossas condições morais, de acordo com o estágio em que nos encontrarmos.

Passamos por um momento de mobilização social. Será? Segundo Bernardo Toro, escritor, filósofo, educador e autor do livro Mobilização Social:

“A mobilização social é muitas vezes confundida com ma-nifestações públicas, com a presença das pessoas em uma praça, passeata, concentração. Mas isso não caracteriza uma mobilização. A mobilização ocorre quando um grupo de pessoas, uma comunidade ou uma sociedade decide e age com um objetivo comum, buscando, quotidianamente, resul-tados decididos e desejados por todos.

(...)Mobilizar é convocar vontades para atuar na busca de um

propósito comum, sob uma interpretação e um sentido tam-bém compartilhados.”

Infelizmente, ainda estamos no estágio em que o cumpri-mento e o restabelecimento de direitos só se dão por meio de lutas sociais.

O que leva as pessoas a saírem às ruas é o repúdio e a indignação ante a arbitrariedade dos governantes e inaplica-bilidade das leis para que se cumpra a justiça social. Porém, a luta para ser legítima deve ter os requisitos que exigimos dos pleiteados, ou seja, dos governantes, tem que ser ho-nesta, equilibrada e justa, também!

Vimos criaturas barbarizando nas ruas, nos últimos me-ses. Estas, certamente não estavam lá visando obter resul-tados na busca de um propósito comum, desejado por todos.

É lícito ferir pessoas, quebrar patrimônio público (pago por todos nós), prejudicar, invadir, cercear direito de outrem? Não, é vandalismo e da mesma maneira o inverso; a violên-cia é injustificável de ambos os lados. Assim como queremos uma polícia que nos respeite, precisamos aprender a nos respeitar como cidadãos.

À luz do espiritismo poderemos compreender algumas questões tão delicadas como a “violência pela violência” e ter a certeza de que todos seremos pessoas realmente me-lhores, um dia; e que este dia vai depender de nós.

Quando aprendermos a aplicar as leis Divinas na Terra, com certeza estaremos alcançando o tão esperado mundo de regeneração.

“Amar o próximo como a si mesmo; fazer para os outros o que queremos que os outros façam por nós.”

RosangelaImagem: http://ivopaixao.files.wordpress.com/2011/01/pomba-da-paz.jpg

7Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

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Saindo de Atenas, Paulo de Tarso iniciava sua jornada até Corinto, cumprindo a missão de levar a palavra de Jesus para os pobres de espírito, que ansiavam pelo consolo que ele sabia tão bem transmitir, após a visão e o encontro que tivera com Jesus às portas de Damasco. Lembrava-se cons-tantemente desse momento, à época em que ele caminhava em perseguição aos cristãos. As palavras de Jesus ecoavam em seus ouvidos: “Paulo, por que me persegues?” Diante daquela potente visão, tudo mudou na vida de Paulo. Antes, doutor da lei e representante de seu povo nas sinagogas, depois a renúncia a tudo até tornar-se um convertido cristão, valoroso em suas pregações.

Vindos pela mesma via, o casal Áquila e Priscila encontra--se com Paulo de Tarso, que, parando-os, pergunta alegre-mente:

— De onde estão vindo, meus amigos? Áquila, responde ao prazeroso cumprimento:— Estamos vindo da Itália. Não sei se o amigo sabe dos

últimos acontecimentos de Roma, nos quais o sumo sacer-dote da sinagoga, Cláudio, que é a autoridade máxima, orde-nou que todos os judeus convertidos ao Cristianismo fossem açoitados até morrer. Tivemos a felicidade de sermos ajuda-dos pelos familiares e conseguimos fugir.

Paulo, pensativo e querendo ser-lhes útil, falou:— Louvado seja Deus, habito aqui perto, sou tecelão e

tenho uma tenda onde moro, se quiserem, venham habitar comigo, dividiremos a mesma tenda.

Áquila e esposa sorriram felizes e Priscila adiantou-se:— Também somos fabricantes de tendas e tapetes. Er-

gueremos nossa tenda, seremos vizinhos e dividiremos nos-sas despesas.

Após os apertos de mãos, Paulo convida o casal, dizendo:— Sigam comigo para Corinto, somos irmãos em Jesus,

falamos a mesma língua, portanto, sirvamos ao nosso Mes-

tre, cumprindo nosso dever de cristãos em divulgar o Evan-gelho, contido em sua vinda a Terra, como filho de Deus.

Os três caminharam sem perceberem os fluidos vindos do Alto, para que a missão tivesse êxito, apesar das dificulda-des a serem vencidas.

Paulo não desistia, e, em Corinto, conseguiu converter e evangelizar o chefe da sinagoga. Essa notícia abalou profun-damente os doutos, que o expulsaram; Paulo, então, seguiu, levando o convertido consigo.

Não se deixando abater, ele e o casal de judeus que o acompanhava começaram a fazer as pregações numa casa próxima a essa sinagoga. Os desafetos de Paulo, ao toma-rem conhecimento do fato, cercaram a casa impedindo a entrada dos seguidores das palavras de Paulo. Indefeso e com receio de que as pessoas fossem atacadas pelos ma-nifestantes, Paulo estava prestes a retornar a Atenas, quan-do, sentindo seu coração apertar, fez uma prece a Jesus. E Paulo teve mais uma vez a visão, em que Jesus, em se aproximando, olhou-o fixamente e falou:

— Paulo, nada temas e não se cale, porque ninguém lhe erguerá a mão, para te fazer mal algum.

Refeito, levantou-se, pois havia caído de joelhos diante de Jesus e, ainda com os olhos marejados do pranto que absorvia seus pensamentos, chamou Áquila e Priscila para continuarem a servir o Mestre, após contar ao casal as pala-vras do Senhor. E assim permaneceram por dezoito meses em Corinto.

Paulo de Tarso crescia como evangelizador dos povos. Viagens por todos os lugares, onde exaltava Jesus, como o maior pacificador mandado por Deus, para que a Humanida-de pudesse viver em paz, sem preconceitos e em igualdade. Os judeus sentiam-se cada vez mais provocados pelo verbo de Paulo. Resolveram prendê-lo e levá-lo à presença do pro-cônsul de Acaia, acusando-o de traidor, pois ele procurava convencer o povo a adorar a um senhor estranho, incitando-

-os contra a Lei de Deus.O procônsul ouvia a tudo e, antes que Paulo

pudesse se defender, ele falou apressadamente:— Essa é uma questão de palavras, portanto,

recuso-me a essa fútil condenação. Resolvam os senhores mesmos esse assunto de suas leis, que nada têm a ver com a Lei jurídica ou social.

O procônsul mandou que os judeus deixas-sem de imediato o tribunal.

Após esse acontecimento, Paulo, junto com Áquila e Priscila, viajou para a Síria. Incumbiu o casal para dar continuidade às conferências ali realizadas, a respeito de Jesus e a sua passa-gem pela Terra, pois ele seguiria para Cesareia, Jerusalém e Antioquia, atendendo ao chamado de pessoas que tinham interesses de formar co-munidades cristãs. Foi também solicitada sua presença na Gália e na Frígia, regiões onde as perseguições aos cristãos estavam sendo muito dolorosas.

Enquanto isso, Áquila e Priscila, verdadeiros amigos da fé cristã, pelos caminhos mostrados

Pegadas de Paulo de Tarsopegadas de paulo de tarso

Pegadas de Paulo de Tarso

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9Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

por Paulo, seguiam esclarecendo esse aprendizado, por meio dos escritos que Paulo deixara. Assim, seguiram para Éfeso, atendendo a um pedido de Paulo, que não poderia ali estar. Nesse ínterim, vieram a conhecer um judeu cha-mado Apolo, que versava fluentemente sobre as Escrituras Sagradas. Em conversação sobre Jesus, Apolo afirmava que de Jesus, ele apenas ouvira falar do batismo feito por João Batista a Ele. Priscila mostrou a Apolo vários escritos de Paulo sobre o assunto. Apolo interessou-se vivamente pelo conteúdo dessas cartas. Estudou junto a Áquila que o levava a ouvir as pregações. As correspondências entre Paulo de Tarso e Apolo foram muitas, tanto que Apolo tornou-se outro judeu convertido e passou a transmitir esses conhecimentos sobre a vinda de Jesus à Terra, convencendo outros judeus a admitirem que realmente Jesus era o Cristo, filho de Deus.

Voltando a Éfeso, Paulo de Tarso, sentindo a impossibili-dade de continuar pregando na sinagoga, continuou seu tra-

balho cristão, falando durante dois anos na escola de Tirano.Ali vinham pessoas de todos os lugares, que oravam ar-

dentemente com esse apóstolo do Senhor. Muitos se cura-vam de suas enfermidades e outros conseguiam se libertar dos espíritos infelizes, os quais ainda não sabiam orar e per-doar.

Outros, acompanhando as preces e rogativas a Jesus, pelo coração desse apóstolo, traziam lenços, objetos, roupas para serem beneficiados pela fé de seus corações. Paulo sempre os advertia com a frase de Jesus: “A tua fé te curou, vá e não peques mais!”. E assim, Paulo de Tarso seguia com seu trabalho cristão.

ÉrikaBibliografia: MÍNIMUS. Síntese de O Novo Testamento. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB 1960.Imagem: http://1.bp.blogspot.com/-4ZVVAQSPOFM/T1KfWkyzw0I/AAAAAAA-AAdo/MAZWTN9Qa3M/s1600/PAULO+DE+TARSO.JPG

Na época em que Jesus nos falou para sermos perfeitos como Deus, era necessário que assim o fizesse para que nos esforçássemos ao máximo para sermos criaturas melhores. Até hoje continua assim. Temos que almejar uma meta, um ponto de chegada, exigindo o nosso máximo, a fim de que o objetivo seja alcançado. Ainda que não consigamos chegar naquele objetivo traçado, teremos progredido muito e as perspectivas de sucesso futuro serão sempre maiores.

Deus, como o Criador, é o nosso modelo de perfeição e, embora não consigamos alcançá-lo na Sua suprema bondade e sabedoria, ao nEle mirarmos como o modelo para a nossa evolução espiritual, estaremos mais próximos de sua imagem.

E qual é a imagem de Deus, a qual devemos nos espe-lhar? Aquela que Jesus exemplificou ao encarnar entre os homens: O exercício da mais pura CARIDADE. Deus é cari-dade e enviou seu filho amado para exercê-la e ensiná-la na Terra, porque a caridade implica a prática de todas as outras virtudes.

E o que é a verdadeira caridade? Amar a quem nos odeia, fazer o bem a quem nos faz o mal, orar pelo que nos persegue; pois Deus, nosso Criador, que é a perfeição infinita em todas coisas, permite que o Sol se levante sobre bons e maus e a chuva desça sobre justos e injustos, praticando o amor todos os dias, nas nossas vidas, sem discriminação, sem predileções. Não há esforço algum em fazer o bem apenas a quem é nosso amigo.

Estamos longe de ter a perfeição total, atributo inerente a quem nos criou, mas temos como meta o desenvolvimento da centelha divina existente em cada ser, repetindo, tanto bons e maus, quanto justos e injustos.

Para sermos caridosos, no verdadeiro significado da palavra, temos que lutar contra o egoísmo e o orgulho, que são os condutores de todos os outros erros cometidos. Por exemplo, a abnegação significa um devotamento, uma entrega de si mesmo em favor de uma causa, ou a alguém. Isso vai se tornando possível quando, progressivamente, diminuimos o nosso egoísmo. Ao nos dedicar ao auxílio

desinteressado de algo ou alguém, estaremos praticando a caridade e, na mesma proporção, enfraqueceremos o nosso lado egoístico.

Para que consigamos amar aos que ainda não são nossos amigos, indo além, àqueles que denominamos de inimigos, é preciso usar da caridade. Não iremos abraçá-los e beijá-los, como Deus nos faz todos os dias, em cada detalhe da natureza, mas o faremos nas pequenas escolhas de nosso comportamento, até pelo não fazer ou não falar uma ofensa, o que já seria o início da prática da benevolência.

Como saber se estamos no caminho dessa perfeição? De acordo com a elevação de nossos sentimentos, de nossa capacidade de amar ao próximo, poderemos medir o nosso grau de evolução espiritual.

Não há como ser perfeito sem virtudes e não há como adquiri-las, se não há caridade. Sigamos a conduta do Pai Celestial.

NevesBibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Roque Jacintho. 8. ed. São Paulo: Luz no Lar, 2010.Imagem: http://tribusblog.files.wordpress.com/2013/02/amor.jpg

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. XVII - Sede Perfeitos, item 1. “...Sede vós, pois, perfeitos como perfeito é o vosso Pai que está nos céus. “ (Mateus, capítulo 5, versículos 44 a 48.)”

Kardec em Estudokardec em estudo

Características da Perfeição

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“Mestre redivivo, tra-zias aos seguidores mer-gulhados na sombra a radiosa claridade que fulge além dos portais de cinza...”

Emmanuel com sua eterna sabedoria e amor, inicia o manancial de luz, que compõe o livro Vozes do Grande Além.

Compilando comunica-ções de vários Espíritos, que foram psicografadas pelo nosso Francisco

Cândido Xavier, nos idos de 1955/1956, Arnaldo Rocha for-ma esse rio de orientações para todas as nossas dores e aflições cotidianas.

Alberto Seabra lembra-nos, em um dos títulos, sobre a reflexão mental, para que possamos desenvolver nossa inte-ligência, não só para a vida material, mas, incluí-la em nossa vida eterna.

Emmanuel – ...Servir para merecer... Recorda o nosso de-sequilíbrio nos petitórios, deixando de lado os nossos com-promissos do pretérito.

André Luiz – ...Afinal o que é isso?... Esclarece-nos sobre as dúvidas além-túmulo, da bagagem que temos o dever de cumprir, durante as nossas reencarnações.

Cerinto – numa prece de profundo sentimento, nos faz ver que: ...ainda nos enfeitamos junto à rebeldia do mau ladrão...

Indescritível nossa emoção para esses pequenos aponta-mentos do referido livro!

A leitura desse livro, a nosso ver, não se faz necessária, pois julgamos obrigatória, para aqueles que buscam os ca-minhos da Verdade. Grandiosa gama de Espíritos, em suas várias formas de expressão, ainda rogam ao Mestre Jesus, para que as suas palavras sejam compreendidas por todos nós!

Ao final, em prece, Emmanuel, junto a Jesus, roga: ...Dá--nos o privilégio de lutar e sofrer em Tua causa e ensina-nos a conquistar, pelo suor de cada dia, o dom da fidelidade, com o qual estejamos em comunhão Contigo em todos os momentos de nossa vida...

Podemos, após a leitura do livro, sua reflexão e enten-dimento, garantir que foram as mais proveitosas horas de nossa vida, que por ironia, muita vez, gastamo-las tão pue-rilmente.

Quase como linha de rodapé, ainda somos surpreendidos por Casemiro da Cunha:

Ajuda hoje a alma em sombraQue te procura a sofrer.Amanhã será teu diaDe rogar e receber.

Aos tantos Amigos Espirituais que nos presenteiam com o livro Vozes do Grande Além, os nossos mais profundos agradecimentos, esperando merecê-lo.

Finalmente, Arnaldo Rocha, coloca uma rápida biografia de todos os Espíritos que colaboraram com o livro.

Jesus, agradecemos suas bênçãos.Vano

Livro em Focolivro em foco

Vozes do Grande Além

Francisco Cândido XavierDiversos Espíritos

FEB

canal abertoEste espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.

Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.

Canal Aberto

O Esperanto é muito importante para a Divulgação da Doutrina Espírita, porque uma das propostas da língua da Fraternidade é facilitar a comunicação, o intercâmbio entre os povos, tendo em vista que cada povo tem seu idioma, suas crenças e costumes, enfim, sua cultura.

Sabemos que o Espiritismo foi codificado na França pelas mãos abençoadas de Allan Kardec, seguindo as orientações dos Espíritos Superiores.

É de nosso conhecimento também, que é no Brasil que a Doutrina Espírita encontra força, ou seja, tem um número considerável de adeptos.

Muitos fatores ocasionaram a não divulgação da Mensagem Espírita, entre eles, a problemática da língua falada ou escrita.

Seria proveitoso para todos nós se houvesse um instrumento que possibilitasse o entendimento, onde cada

cidadão do mundo inteiro pudesse se comunicar falando a mesma língua.

Eis que, graças ao labor do Sr. Zamenhof, nós temos o Esperanto, uma língua neutra que contribui por demais na divulgação do Espiritismo, proporcionando a união de pensamentos em Cristo.

Tendo como finalidadeFacilitar a comunicaçãoA Língua da fraternidadeÉ uma boa solução!

Pois, ela é a Esperança,É o traço de União...Diminui as distâncias,Faz vibrar o coração!

Carlo A. Sobrinho – Rio de Janeiro – RJ

Esperanto e Espiritismo

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Fabiano de Cristo,o Peregrino da CaridadeEstas são páginas do coração.Menos que uma biografia, são apontamentos de uma vida inteiramente entregue à vivência da caridade, por alguém que abriu um rasgo de luz entre as trevas da Terra e as estâncias celestiais. Aqui temos alguns traços de nosso Fabiano de Cristo, para servir-nos de guia para a prática da virtude de todas as virtudes: a caridade.Leia-as, como as anotamos: com toda a sua alma generosa!

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Comecemos com uma citação de Madre Teresa de Calcu-tá, sobre o aborto:

“(...) E se nós aceitamos que uma mãe pode matar até mesmo o seu próprio filho, como é que podemos dizer às outras pessoas para não se matarem?”

Quando é que o homem vai se conscientizar que o nasci-turo é um ser vivo? Protegemos as abelhas, as borboletas e os pássaros; preservamos a fauna e a flora que são parte do Universo, da Natureza e da Criação Divina.

E a vida humana?A legalização do aborto é defendida por alguns, sob o ar-

gumento de se tratar de interesse da saúde pública, devido ao crescente número de abortos clandestinos.

Seguindo esse raciocínio, conclui-se que a solução para tratar dos ilícitos é institucionalizá-los!

Se descobrírmos que o filho menor pe-gou dinheiro empres-tado com alguém para fumar, vamos passar a comprar os cigarros para que ele fume? Claro que não.

É.preciso ir direto no ponto e corrigir. Essa é a verdadeira ajuda

A vida em risco não é apenas da gestan-te, precisamos enten-der que há uma outra VIDA sendo gerada. Basta querer enxer-gar, pois é muito mais cômodo fingir que não há prejuízo ao ser ge-rado e pensar de forma egoística na nossa própria vida e em quanto estamos sofrendo.

Outra citação oportuna de Teresa de Calcutá: “Jesus deu a Sua vida por amor a nós. Assim, a mãe que

pensa em abortar, deve ser ajudada a amar, ou seja, a doar--se até que prejudique os seus planos, ou o seu tempo livre, para respeitar a vida do seu filho. O pai desta criança, quem quer que ele seja, deve também doar-se até que doa.”

Mediante isto, será que sabemos mesmo o que é amor?O Estado acha que é mais fácil eliminar o “problema”; as

mães acham que o corpo é delas e que devem decidir, e nossas consciências, o que acharão um dia?

Liberdade e responsabilidade deveriam andar juntas. Não é isso que ensinamos aos filhos (ou não?).

Pois bem, homens e mulheres querem usufruir dos pró-prios corpos livremente, ficar e sair com quem e quantas vezes considerar devido É hora de assumirmos também a responsabilidade por estas nossas escolhas

Nada acontece por acaso em nossas vidas, e, ainda que de uma maneira infeliz, numa gestação devemos lembrar

que há algo além da violência ou da condição econômica precária – há uma vida, enviada por Deus por algum motivo e que pode ser a oportunidade bendita do ajuste, do acerto e do perdão.

Em nossa parca visão material não temos como avaliar os desígnios do Criador. E entendamos, desígnios não são castigos de Deus; são os elementos que necessitamos para o aprendizado e restabelecimento espiritual, tal qual um pai quando aplica todas as vacinas no frágil bebê que não en-tende a dor, mas está se imunizando de doenças futuras.

Recentemente, foi aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação o chamado Estatuto do Nascituro, pendente da aprovação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cida-dania para análise pelo Plenário.

O Projeto propõe que o nascituro concebido a partir de estupro tenha direito à assistência pré-natal e encaminha-mento para adoção, se for o caso. Prevê também que na im-possibilidade econômica da mãe, caso fique com a criança, receba uma pensão do Estado e responsabilidade do pai,

pela pensão, se identi-ficado.

Há muita polêmica em torno do assunto e manifestantes contra e a favor do Projeto. Mas, à parte das dis-cussões políticas, eco-nômicas e partidárias, temos que ressaltar o ponto mais importante e positivo: o reconhe-cimento do direito à vida. O nascituro será considerado um ser humano concebido, mas ainda não nasci-do, de acordo com o texto legal.

E Madre Teresa, es-pírito evoluído de sen-

timentos, àquela época já praticava o que ainda nos debate-mos tanto para entender:

“Nós estamos lutando contra o aborto através da adoção Mandamos a mensagem para as clínicas, para os hospitais e estações policiais: ‘Por favor não destrua a criança, nós fi-caremos com ela.’(...) E nós temos uma enorme procura por parte de casais que não podem ter um filho(...).

(...)que cada criança não seja indesejada, mal amada, mal cuidada, ou morta e jogada fora.(...)

(....)se nos lembrarmos de que Deus nos ama, e que nós podemos amar os outros como Ele nos ama, então a Améri-ca pode tornar-se um sinal de paz para o mundo. Daqui deve sair para o mundo, um sinal de cuidado para o mais fraco dos fracos – a futura criança.(...).

RosaBibliografia: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITOS-HUMANOS/444095-ESTATUTO-DO-NASCITURO-E--APROVADO-PELA-COMISSAO-DE-FINANCAS-E-TRIBUTACAO.html - acesso em 21/10/2013http://www.forumdafamilia.com/pensamentos/madreteresa.htm - acesso em 21/10/2013Imagem: http://1.bp.blogspot.com/_SQ-5YfauLLI/TP4ScXaOUjI/AAAAAAAAB30/JpuTNLiZ8jU/s1600/s500x500.jpg

AbortoAborto

aborto

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13Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Na maioria das orientações, sejam elas espíritas ou de profissionais ligados a área de relacionamento familiar, todo o foco é direcionado para a criança.

Prescrevem-se posicionamentos do que não podemos fa-zer ou do que devemos coibir em nossos filhos, para que cresçam em direção ao Bem.

Mas, e quando já estamos com os filhos “crescidos”, na adolescência ou já no início da fase adulta e “acordamos” para as deficiências de comportamento que eles demons-tram e que nos preocupa, pois, reconhecemos que fomos omissos, ou que deixamos de colo-car limites, orientar quando eram crian-ças etc.?

A Doutrina Espí-rita, por ser conso-ladora, nos orienta: nunca é tarde para iniciarmos uma ta-refa.

Sempre é hora de orientarmos, fa-larmos, abraçarmos a estes filhos “cres-cidos”, mas, princi-palmente, sempre é hora de darmos o exemplo.

Se já estamos na fase da colheita amarga, não desanime-mos! Vejamos o que Jesus nos orienta a fazer e arregace-mos a manga para o trabalho de reeducação moral daqueles a quem Deus nos confiou a guarda.

Primeiro, procuremos nos informar, através da leitura das orientações de nossos amigos espirituais, dentre eles, temos os livros de André Luiz, Emmanuel e, o mais importante, O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Através destas leituras que vão fazer despertar a nossa consciência de quão importante é o compromisso entre nós e aqueles que estão sob a nossa responsabilidade para ree-ducarmos moralmente.

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo XIV, item 9, vemos abordado sob o título “Ingratidão dos Fi-lhos e os Laços de Família”, toda a problemática dos relacio-namentos familiares, explicado sob a ótica espiritual.

Lendo este texto, e refletindo muito sobre o assunto, ve-mos que, mesmo se tivermos “perdido” tempo e acordado

fora da época, poderemos começar o trabalho de reeduca-ção moral, pois, o trabalho se iniciará nesta reencarnação e, se nos dedicarmos com amor, sabedoria e muita disciplina, poderemos continuar este trabalho em próximas reencarna-ções.

Este será um prêmio concedido aos pais que tanto que-rem, e se dedicam arduamente para isso, na “recuperação” de filhos com os mais diversos tipos de dificuldades.

Frisando sempre que a leitura é só mais uma ferramen-ta para adquirirmos o conhecimento e ampliarmos a nossa

visão dos acontecimen-tos.

É preciso que não sejamos materialistas, ou seja, não acreditar-mos que haja somente esta vida, acreditar nas inúmeras oportunida-des que poderemos ter nas futuras reencarna-ções, oportunidades estas oferecidas por Deus para a nossa evo-lução moral.

E a nossa evolução moral só se efetivará se fizermos o bem ao nos-so semelhante, ajudan-do-o também a evoluir.

Novamente queremos transmitir aos pais e familiares res-ponsáveis pela reeducação moral de jovens que oferecem maior resistência a todo tipo de orientação mais sensata: não desistam! Mesmo quando a tarefa parece estar perdida, continuemos a persistir na recuperação destes que nós tanto amamos.

Nas horas mais difíceis, Deus estará mais junto de nosso coração a nos apoiar.

Um dia, em uma reencarnação futura, veremos que, aquele que tanto nos “deu trabalho” conseguiu superar as suas fraquezas morais e, ele próprio, iniciará o trabalho de ajudar a outros. Este será o nosso prêmio.

Agradeçamos sempre a Deus por sempre estar nos incen-tivando a continuar.

WilsonBibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Roque Jacintho. 8. ed. São Paulo: Luz no Lar, 2010.Imagem: http://1.bp.blogspot.com/-sTsP6OcgRUE/T-J2vtWPD9I/AAAAAAAA-CiY/vyeOcvJTpmc/s640/reencarnar.jpg

Filhos crescidos: o que fazer?familia

Família

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O Hospital do Fogo Selvagem de Uberaba – MG, que atende a portadores do Pênfigo (Fogo Selvagem) e também a 150 crianças, precisa de doações para comprar: os remédios Calcort e Psorex pomada (podem ser genéricos); materiais de limpeza (sabão em barra Ypê amarelo para os doentes e sabão em pó para limpeza em geral); fraldas descartáveis tamanho G infantil; Mucilon; lenços umedecidos e álcool gel 70%.

Caso queira fazer doações em dinheiro, o depósito pode ser feito em nome do LAR DA CARIDADE - CNPJ 25.440.835/0001-93, através dos seguintes bancos:

• Bradesco – agência 0264-0 – c/c 14572-6

• Banco do Brasil – agência 3278-6 – c/c 3724-9Maiores informações: Telefone (34) 3318-2900 – E-mail: [email protected]

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A Doutrina Espírita se apóia em um tripé: religião, ciência e filosofia.

Muito se tem comentado sobre a parte religiosa e filosófi-ca da Doutrina, mas poucos se dão ao esforço de entender e propagar a parte científica, seja em razão de muitos acha-rem que estudar um fato científico relacionando-o com os ensinamentos cristãos, não é função de uma religião, ou até, que as pesquisas científicas afastam as pessoas da religião e, por consequencia, de Deus.

Com este pensamento, deixamos de reparar que Allan Kardec, ao organizar O Livro dos Espíritos, incluiu uma gran-de parte de perguntas de cunho essencialmente científico.

Basta mencionarmos que os quatro primeiros capítulos de

O Livro dos Espíritos são dedicados à parte científica.E Allan Kardec não parou por aí!Ao continuar a estruturar a Codificação Espírita, traz a

público, em 1868, o importante livro A Gênese, no qual es-clarece as ações dos elementos materiais e espirituais, que regem o Universo.

Por ser um livro da Codificação Espírita, não deve deixar de ser estudado nas reuniões públicas, com esclarecimen-tos feitos pelos palestrantes, pois o seu material de estudo é riquíssimo e embasa o entendimento necessário para que o Espírito possa alçar vôos mais altos na compreensão das leis que regem o mundo material em consonância com as leis que regem o Mundo Espiritual.

Talvez por tratar-se de temas ligados aos diversos ramos da Ciência (Física, Química, Biologia, Genética etc.), muitos preferem deixar o estudo de A Gênese para aqueles mais acostumados a estes assuntos científicos. Mas, será que Allan Kardec teria escrito um livro somente para os mais cul-tos e letrados, ou será que a intenção era de nos encaminhar para a procura do entendimento?

Ciência e EspiritismoCiência, Filosofia e Espiritismociencia, filosofia e, espiritismo

Na máxima: “Não procureis o Reino de Deus aqui ou além, porque o Reino de Deus está dentro de ti”, encontramos a es-sência da obra Encontro de Paz.

Composto por 40 mensagens citadas pelos amigos espirituais, este livro vem nos alertar sobre os verdadeiros valores da Vida, considerando-se esta, a Vida, no seu sentido amplo, ou seja, além desta existência presente.

Bastaria que aprendêssemos o contido na introdução, pelo Espírito Emmanuel, para aplicar-mos a Paz.

Na obra Atenção, Emmanuel, atendendo a solicitações, envia páginas de fraternidade e enten-dimento a fim de nos revestirmos contra a violência e o suicídio, a agressividade e a delinquência, temas tão atuais.

Do mesmo modo, através da obra intitulada Dinheiro, tema que causa surpresa, pois para alguns o dinheiro é con-siderado como instrumento de “perdição”, o autor espiritual Emmanuel nos ensina que o bom ou mal uso depende de quem o detém, do uso que nós fazemos.

Encontro de Paz, Atenção e Dinheiro foram psicografados pelo médium Chico Xavier e enviados aos associados do Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”.

Se você, leitor, ainda não é associado e se interessar em receber mensalmente um livro da doutrina, estudo/romance, nos contate.

Boa leitura!Maria

Clube do Livroclube do livro

Encontro de Paz; Atenção; Dinheiro

Francisco Cândido XavierEspíritos Diversos

IDE

Francisco Cândido XavierEmmanuel

IDE

Francisco Cândido XavierEmmanuel

IDE

ACEITAMOS SUA COLABORAÇÃOSua doação é importante para o custeio da postagem do Seareiro e

pode ser feita em nome doNúcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” – CNPJ: 03.880.975/0001-40

Banco Caixa Econômica Federal – Agência 2960 – C/C 744-7 – Op 003Banco Itaú SA Agência – 0257 – C/C 46852-0

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15Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Em tempos passados, ao homem cabia a função de pro-vedor do lar, ou seja, tinha tão somente a obrigação de pro-videnciar para a sua família a moradia, a alimentação e o vestuário.

Mas, como nos ensina a Doutrina Espírita, nós temos o impulso natural para a evolução.

O homem, com o tempo, passou a participar cada vez mais na vida familiar.

Hoje vemos que o homem também se preocupa com a educação dos filhos, e busca ter um relacionamento mais humano e carinhoso com os seus filhos.

Graças a esta grande evolução, cada ano que passa te-mos mais motivos para comemorar o Dia dos Pais, agrade-cendo ao homem que ajudou-nos a reencarnar, protegen-do-nos, dando carinho, suprindo as nossas necessidades físicas ou espirituais.

Recorremos sempre ao exemplo de Jesus.José, pai de Jesus, com muita dificuldade, teve que le-

var Maria, ainda grávida, para o Egito, empreendendo uma viagem cheia de incertezas; mas ele os protegia, com con-fiança no amparo de Deus. Buscou sempre, nas horas mais difíceis da jornada, a prece e a resignação com os desígnios Divinos.

Jesus, ao crescer, procurou aprender o ofício de carpintei-ro com José, que, como costume da época, passou os seus conhecimentos para o Filho Amado.

Como nossa obrigação, mas acima de tudo, pelo reco-nhecimento sincero, por tudo o que devemos de gratidão aos nossos pais, rogamos a Deus que abençoe o coração de cada um, encarnados ou desencarnados e que os pais atuais saibam reeducar moralmente os seus filhos, através do exemplo, pois este é o único caminho para melhorarmos a Humanidade.

VitórioImagem: http://luzecalor.blogspot.com.br/2012/12/o-evangelho-segundo-je-sus-cristo-jose.htmlhttp://lh3.ggpht.com/-8aSwJq_YH4w/TF4FlZfL_nI/AAAAAAAAAZs/z-gbcz-B3UjQ/s909/206%2520Infancia%2520de%2520Jesus%2520Cristo.jpg

Dia dos PaisHomenagem

homenagem

Será que, se nos colocarmos na posição de “estudantes” de um livro, não precisaríamos buscar esclarecimentos em outras fontes para entender o que está sendo explicado?

Basta nos dedicarmos realmente ao estudo, que veremos que A Gênese, que tantos falam ser um livro de difícil leitura, poderá ser facilmente lido e entendido, nos proporcionan-do uma visão mais ampla de nosso planeta, das leis físicas, às quais todos estamos sujeitos e das suas relações com o mundo espiritual.

Kardec, ao iniciar esta rica obra, expõe em seus três pri-meiros capítulos, temas mais do que necessários:

• Capítulo I – Caracteres da Revelação Espírita• Capítulo II – Deus – Existência de Deus• Capítulo III – O Bem e o Mal – Fonte do bem e do malAborda estes temas de uma forma científica, colocando

as ideias com muita lógica e fazendo com que o leitor inte-ressado raciocine com tudo o que é exposto. Somente um pesquisador ao nível de Allan Kardec saberia fortalecer a nossa fé em Deus através de explicações científicas.

A Ciência é uma aliada do homem, não só trazendo o pro-gresso material, através dos resultados práticos de suas pesquisas. Ao avançar a Ciên-cia, a Doutrina Espírita também avança, pois mais poderemos entender como Deus age atra-vés das leis físicas.

A religião deverá acompa-nhar a Ciência, pois Deus per-mite que novas descobertas científicas venham auxiliar o homem em sua jornada evolu-tiva.

Aprimoremos o nosso co-nhecimento, busquemos novas fontes de pesquisas, não deixemos de expandir os nossos horizontes.

Se Deus assim permitiu, trilhemos por este caminho. Ele nos dará o amparo necessário.

Adolpho

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Gentil galinha, cheia de instintos ma-ternais, encontrou um ovo de regular ta-manho e espalmou as suas asas sobre ele, aquecendo-o carinhosamente. De quando em quando, beijava-o, enterne-cida. Se saía a buscar alimento, voltava apressada, para que não lhe faltasse ca-lor vitalizante. E pensava, garbosa:

— Será meu pintainho! Será meu filho!Em formosa manhã de céu claro, no-

tou que o filhotinho nascia, robusto.Criou-o com todos os cuidados.Um dia, porém, viu-o fugir pelas águas

de um lago, sobre as quais deslizava.Chamou-o, como louca:— Volte! Volte! — e não houve respos-

ta. Ele era um pato arisco e fujão.A galinha voltou muito triste ao velho

poleiro, e pensava: Choquei um ovo de quem não me pertencia à família.

Encontrou outro ovo... e chocou-o. Ou-tra ave nasceu.

Tratou-o com mil cuidados... e notou que não era pintinho. Era um corvo.

Um dia, o corvinho voou, juntando-se a outros.

A galinha sofreu muitíssimo.Embora resolvida a viver só, foi surpre-

endida, certo dia, por outro ovo. Chocou--o.

Dentro em pouco, o filhote surgia. A galinha afagou-o, feliz.

Quando o filho estava crescido, ela, estranhando os hábitos dele, pensava:

— Ora, ele persegue ratos na sombra!Durante o dia era desastrado, ele pa-

recia cego, trombava nas outras galinhas.À noite, seus olhos brilhavam. Era uma

corujinha, que acabou fugindo da mãe.A mãe chorou amargamente.Encontrando outro ovo, buscou-o am-

pará-lo. E findos trinta dias, veio à luz cor-pulento filhote.

A galinha ajudou-o como pôde. O filho, porém, cresceu demais.

Ele passou a mirá-la, de alto a baixo. Chegava a maltratá-la, dizendo:

— Não me aborreça!Era um pavãozinho orgulhoso.A carinhosa ave, dessa vez, desesperou

em definitivo. Saiu do galinheiro gritando e dispunha-se a cair nas águas de rio próxi-mo, em sinal de protesto contra o destino, quando grande galinha mais velha a abor-dou, curiosa a indagar dos motivos de sua dor. A pobre respondeu, historiando o pró-prio caso.

A irmã experiente estampou no olhar lin-da expressão de entendimento e conside-rou, cacarejando:

— Que é isto, amiga? Não se desespere. A obra do mundo é de Deus, nosso Pai. Há ovos de toda espécie, no mundo, inclusive os nossos. Continue chocando e ajudando, em nome do Poder Criador, Mas não se prenda aos resultados do serviço que per-tencem a Ele e não a nós.

A galinha sofredora aceitou o argumento, resignou-se e voltou, mais calma, ao gran-de parque avícola a que se filiava.

A galinha mais velha continuou:— Não podemos obrigar os outros a se-

rem iguais a nós, mas é possível auxiliar a todos, de acordo com nossas possibilida-des. Entendeu?

* * *O caminho humano estende-se, repleto

de dramas iguais a este. Temos filhos, ir-mãos e parentes diversos que de modo al-gum se afinam com as nossas tendências e sentimentos.

Trazem consigo inibições e particulari-dades de outras vidas que não podemos eliminar de pronto. Estimaríamos que nos dessem compreensão e carinho, mas per-manecem imantados a outras pessoas e situações, com as quais assumiram inadiá-veis compromissos. De outras vezes, respi-ram noutros climas evolutivos.

Não nos aflijamos, porém.A cada criatura pertence a claridade ou

a sombra, a alegria ou a tristeza do degrau em que se colocou.

Amemos sem o egoísmo da posse e sem qualquer propósito de recompensa, con-vencidos de que Deus fará o resto.

Adaptação JoãoBibliografia: NEIO LUCIO. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. A Vida Fala – I. Adaptação de Roque Jacintho. 14. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006.Imagem: http://peloscaminhosdaevangelizacao.blogspot.com.br/2012/10/a-galinha-afetuosa.html

Contoscontos

A Galinha Afetuosa

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17Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Cantinho do Verso em Prosacantinho do verso em prosa

RogativaSenhor, sobre este Lar, erguido às dores,Traze a consolação de Tua graça...Que esta casa de amor se abra a quem passa,Por bendito refúgio aos sofredores!

Que a Tua luz aqui brilhe sem jaçaNa palavra dos gênios benfeitores,Que neste ninho em paz, tecido em flores,Toda sombra da Terra se desfaça.

Concede às nossas almas, neste abrigo,O auxílio excelso de Teu braço amigo,No caminho do bem, amplo e fecundo!

Que sirvamos contigo, lado a lado,No Brasil do Evangelho restaurado,Onde traçaste o Coração do Mundo.

Pedro D’Alcântara

Há piedade no coração do poeta, que transparece neste poema, quando roga ao Senhor para que brilhe na palavra dos Espíritos Benfeitores.

Desejando que a paz em flores faça dissolver toda a som-bra da Terra – há uma grande demonstração da sua fé em Deus, pois quando existe a paz, toda a sombra da Terra se desfaz.

E nesta prece rimada, roga por todos nós, sabendo que o braço amigo nos levará ao caminho do bem, para que pos-samos servi-lo lado a lado. Quando a amizade encontra os corações, elos de amor se refazem.

E termina o poema, sabendo que o amor é a tônica de Deus, e quando amamos o próximo, ficamos mais dispostos a servi-los, é onde caminhamos lado a lado com Deus. E é só servindo a alguém, que traçamos nossos corações, nos caminhos deste mundo.

LaudicéiaBibliografia: Cartas do Coração. Psicografia de Francisco Cândido XavierImagem: http://api.ning.com/files/-mJ0OmWy*0MJr3JsnghVbFOaDbG*5XwcAMjDrkY51xU9CgiyjqT8ifAR9idanqZTXgIggRm6DjXt7rOnxUUURDyo0j8YDO-VA/BRASILCORANGIF.jpg

Receba mensalmente obras selecionadas de conformidade com os ensinamentos espíritas!

Informe-se através:[email protected] ou [email protected] – www.espiritismoeluz.org.br (11) 2758-6345 – Rua dos Marimbás, 220 – Vila Guacuri – São Paulo – SP – Brasil - CEP 04475-240

Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”

Fique sócio(a) do Clube do Livro e receba mensalmente um livro espírita. Seu valor varia de R$ 20,00 a R$ 22,00, preço inferior ao de livrarias, centros e bancas. O livro é criteriosamente escolhido, sendo sempre uma obra fiel aos ensinamentos espírita-cristãos, à codificação de Kardec e ao nosso Mestre Jesus.

Não há taxa de inscrição e você pode se desligar do Clube a qualquer momento e sem custo, mediante comunicado ao Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”, com 30 dias de antecedência. Não há despesa nenhuma de envio pelo correio, e o boleto pode ser pago em qualquer banco ou casa lotérica até o vencimento. O livro é enviado em torno do dia 22 de cada mês e o pagamento do boleto é no dia 20 do mês seguinte.

Caso se interesse em se associar e/ou queira presentear alguém todo mês com uma obra, são necessários o preenchimento de todos os campos do formulário que poderá ser obtido no site www.espiritismoeluz.org.br e o envio para o nosso e-mail ou endereço abaixo. Você pode ainda preenchê-lo diretamente em nosso site.

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O Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”, nos meses de junho, julho e agosto, foi cenário de muitas atividades, que trouxeram muita alegria e mobilização de vários voluntários. Dentre muitas atividades realizadas, destacamos:

Chá FraTErNO Em julhOEnvolvidos em um clima de confraternização em que

todos os que compareceram puderam ter algumas ho-ras de agradável conversa, saboreando chás de vários sabores, chocolate quente e deliciosos quitutes, realiza-mos mais este encontro de amigos. Além de tudo, hou-ve um animado sorteio de livros e objetos de artesanato entre os presentes.

VISITa aO CaTaVENTOEm um sábado muito agradável, as crianças que fre-

quentam as aulas de Reconstrução Educativa, foram até ao Projeto Catavento, no Palácio das Indústrias, em São Paulo – SP, onde puderam aprender muito sobre

os vários ramos da ciência, divertindo-se. Após o passeio, a excursão foi até um shopping da cidade, aonde tomaram um lanche em meio a muita alegria; para encerrar o dia, foram ao cinema assistir ao desenho “Meu Malvado Favorito – 2”. Todo o passeio foi acompanhado de moni-tores, voluntários do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” e transcorreu com muita tranquilidade e alegria para todos.

COmEmOraçãO dO dIa dOS PaISNo dia 02 de agosto, o grupo de teatro formado pelos trabalhado-

res voluntários do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” realizaram uma apresentação em homenagem aos pais. O texto foi composto de histórias sobre o relacionamento entre pais e filhos, seus entendimentos e desentendimentos, intercalados por frases de Chico Xavier.

Graças ao empenho dos trabalhadores voluntários que se desdo-bram para que todas as atividades possam ser realizadas, pretende-mos continuar com todas estas atividades para unir a todos em um clima de confraternização. Se você quer ser um voluntário em alguma atividade, venha e participe!

“Vinde, abençoados de meu Pai, tomai posse do reino preparado para vós desde a criação do mundo. Por que tive fome e me destes de

comer, tive sede e me destes de beber, fui peregrino e me acolhestes, estive nu e me vestistes, enfermo e me visitastes, estava preso e viestes ver-me”. E responderão os justos: “Senhor, quando foi que te vimos com fome e te alimentamos, com sede e te demos de beber ? Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos ? Quando foi que te vimos en-fermo ou na cadeia e te fomos visitar ? “ E o Rei dirá : “Em verdade vos digo, todas as vezes que fizestes a um destes meus irmãos menores, a mim o fizeste” - Mateus 25,34-46

A equipe do Seareiro

Aconteceuaconteceu

Atividades: Junho, Julho e Agosto

Era uma casa abençoada,Não tinha teto, não tinha nada.

Pedimos sua ajuda para continuarmos construindo a sede do nosso Núcleo de Estudos. Precisamos de qualquer tipo de colaboração, desde materiais de construção a apoio �nanceiro.O óbolo da viúva é sempre bem-vindo!

O terreno onde está sendo construída a nossa casa �ca na rua dos Marimbás, 220 - Vila Guacuri - São Paulo - SP.

Ninguém podia entrar nela não, porque precisamos da sua colaboração!

Sua doação pode ser feita em nome do Núcleo de Estudos Espiritas “Amor e Esperança”CNPJ: 03.880.975/0001-40 - Banco Itaú S.A. - Agência 0257 - C/C 46.852-0

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19Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Tema Livretema livre

Desculpemos, infinitamente.Tudo na vida se reveste de importância fundamental

no aprimoramento comum.Dura é a pedra e áspera se nos afigura a longa

extensão de areia, entretanto, fazem o leito das águas para que o rio não se perca.

Obscura é a noite, mas, sem ela, as criaturas desconheceriam as estrelas.

Desditosa e feia é a lagarta, contudo, é a tecelã dos fios de seda nobre que honra os ideais da beleza terrestre.

Asfixiante é a dor, mas, sem o sofrimento, jamais seríamos advertidos pela verdade.

Sempre que a mágoa ou a ofensa nos bater à porta, desculpemo-las tantas vezes quantas se fizerem necessárias.

É pelo esquecimento de nossos erros que o Senhor se impõe sobre nós, porque só a bondade torna a vida realmente grande e em condições de ser divinamente vitoriosa, sentida com sinceridade e vivida em gloriosa plenitude.

Meimei

Desculpemos* * *

Desculpar..Quantas vezes erramos e precisamos nos desculpar com as

pessoas? Quantas vezes o recebimento do perdão se fez neces-sário para nós?! Não, não contemos, perderemos as contas!

Mas saibamos que, da mesma forma que nos reconfortamos e temos a paz de volta, mediante o perdão de nossas ofensas, nos-sos irmãos necessitam ser desculpados, perdoados. Falamos do perdão do coração, aquele que não se importa com o orgulho e a vaidade, que perdoa por amor a Deus, por amor ao próximo.

Assim, procuremos desculpar os que nos trazem amargor, ofen-sas... Somos assim, necessitamos uns dos outros para a árdua jornada de nossa reforma íntima.

Jesus nos ensinou: Perdoar setenta vezes sete. Por isso, perdo-emos e desculpemos sempre que necessário.

Como disse Meimei:“Sempre que a mágoa ou a ofensa nos bater à porta, desculpe-

mo-las tantas vezes quantas se fizerem necessárias”.Um coração verdadeiramente cristão sente-se feliz ao desculpar

e caminha para sentir-se sempre mais feliz por não ofender!Que Jesus nos ilumine e que Deus nos abençoe!

CristianeBibliografia: MEIMEI. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Cartas do coração. Ed. Lake..

Muitos já se questionaram sobre o porquê mudar a letra da canção de roda “atirei o pau no gato”. Antigamente as crianças a cantavam sem malícia!

Achávamos que era inocente brincadeira de roda e não tí-nhamos intenção de machucar um animalzinho.

Se formos analisar, nos tempos idos da infância de nossos pais, era comum as crianças, mais das vezes os meninos, se divertirem praticando perversidades com os animais, e isso, de certa maneira, era até considerado normal, levando-se à conta de mera molecagem própria da idade.

Quantos já utilizaram do antigo brinquedinho infantil, o esti-lingue, para apedrejar pássaros indefesos, apenas pelo prazer de vê-los sucumbir?

Pois é, estávamos nesse estágio evolutivo.Certamente que hoje não admitiríamos entoar, como se fos-

se natural, algo do tipo “atirei o pau na Ana, mas a Ana não morreu, a mamãe admirou-se do berro que ela deu”.

Soar-nos-ia perverso, mas, em outros tempos, será que isso também não foi tão comum como o “atirar o pau no gato” da nossa época de infância?

O duelo já vigorou de forma aceitável e impositiva na socie-dade, mesmo custando a vida do duelista –“Você tem que lavar a sua honra!”.

Hoje, sem perceber, ainda que com o andar suave da evo-lução humana, já não estamos nos permitindo ensinar aos pe-quenos, cantigas que considerávamos ingênuas e, com este grau de consciência moral, vamos modificando os nossos há-bitos, até o dia em que expurgaremos de forma completa o mal que existe em nós.

Nesse dia, estaremos praticando o mandamento Divino “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

Araújo

Repúdio ao “Pau no Gato”Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas

2ª e 6ª, às 14h303ª, às 15 horas

Domingo, às 10 horas

O passe se inicia 30 min. antes das reuniões

Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”

DIA LIVROS ESTUDADOS

2ªO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Céu e o Inferno – Allan Kardec; Missionários da Luz – André Luiz*

3ªO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Consolador – Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan Kardec

4ªO problema do ser, do destino e da dor – Léon Denis; O Livro dos Espíritos - Allan Kardec; Religião dos Espíritos – Emmanuel*

5ªO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Seara dos Médiuns – Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan Kardec

6ªO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; Missionários da Luz – André Luiz*; Vida Futura – Roque Jacintho

Domingo O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro de mensagens de Emmanuel*

*Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier

Já estamos oferecendo os cursos de: Alfabetização de Adultos, Artesanato, Culinária, Informática Básica, Reforço Escolar e Teatro.

Artesanato: Sábado, das 14 às 17 horasAtendimento às Gestantes: nas reuniões de 2ª e 6ªEvangelização Infantil: ocorre em conjunto com as reuniõesTerapia de apoio espiritual aos dependentes químicos e doentes em geral: 6ª, às 19h30Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h45

6ª, às 14h45Treino Mediúnico: 5ª, às 20 horas

Rua dos Marimbás, 220Vila Guacuri – São Paulo – SP – Tel.: (11) 2758-6345

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