expansÃo termino inolÓgica em libras: proposta … · nal de libras da universidade federal de...
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UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL
Realização:
EXPANSÃO TERMINOALGUNS SI
Resumo: A Língua Brasileira sendo considerada genuína e ncomunidade fluente que a utilizisto é, seus sinais são referendmorfológicos, sintáticos, semânem constante transformação e novos. Esse processo se dá aexploradas, sendo legítimo a quNaturais como Biologia, Físicaque possam representar com cpropor alguns sinais-termos pados alimentos. Para isso, foi linguista surdo, um estudantePortuguesa e professor de Quconceitos em pauta. Para elaboe léxico-terminológica, respesignificados de cada uma dessaa inserção dos surdos no mundpara entenderem esses conceitoinformação seja em aulas (esco Palavras-chave: Energias, Exp
Introdução
As línguas, sejam el
1Professor assistente do DepartamCurso de Extensão de Língua BraEstudos Linguísticos de Libras (UFSC e mestre em Linguística pel2Tradutor e Intérprete de LibrasViçosa. Desenvolve projetos em re3Licenciando em Química pela Un
ERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU ESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECINAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDI
I CONALIBRAS-UFU
ISSN 24
INOLÓGICA EM LIBRAS: PROPOSTA PARNS SINAIS-TERMOS REFERENTES À ENER
EIXO: Libras: Linguísti
Charley PEduardo AnMatheus Ro
ileira de Sinais (Libras) é a primeira língua da comunína e natural como outra qualquer. Ela é consolidada a utiliza (surdos e ouvintes). Por ser uma língua, apreseferendados por um significante e significado, além dos semânticos e pragmáticos. Justamente por ocupar esseção e construção, o que pressupõe o desuso de algunse dá a partir do momento em que novas informaçõo a qualquer pessoa o acesso a tais questões. Nas área
Física e Química, constata-se a falta de terminologiascom clareza essas ideias. Nesse sentido, esse trabalhoos para energia química, energia eólica, energia solar
o, foi feita uma pesquisa ação na qual houve váriasante de Química surdo e um tradutor e intérprete
de Química ouvinte, uma vez que todos os envolv elaboração desses sinais, foi priorizada, sobretudo, umrespeitando a modalidade visual-espacial das Lín dessas energias. A realização dessas propostas resulta mundo acadêmico dessas Ciências e das dificuldade
onceitos, além das (im)possibilidades dos intérpretes e (escolas, cursos, universidades), seja em palestras ou e
, Expansão terminológica em Libras
jam elas orais-auditivas ou de sinais, são um sis
partamento de Letras e Artes da Universidade Federal deua Brasileira de Sinais (CELIB-UFV) e pesquisador líder bras (GPEL-Libras). Graduado em Pedagogia pela Unimoica pela UnB. ibras-Língua Portuguesa e Licenciando em Química pela s em relação à educação de surdos na mesma instituição. ela Universidade Federal de Uberlândia.
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SN 2447-4959
PARA CRIAÇÃO DE ENERGIA
guística, Ensino e Aquisição
rley Pereira SOARES, UFV1
Andrade GOMES, UFV2
eus Rocha da COSTA, UFU3
comunidade surda do Brasil, lidada e formada em meio à apresenta signos linguísticos, m dos aspectos fonológicos, r esse estatuto, a mesma está alguns termos e a criação de rmações são encontradas e s áreas inerentes às Ciências
ologias específicas em sinais balho tem como perspectiva
a solar e energia proveniente várias discussões entre um érprete de Libras – Língua nvolvidos compreendem os
do, uma descrição fonológica s Línguas de Sinais e os resulta da inquietação quanto uldades encontradas por eles retes em mediar esse tipo de as ou eventos.
m sistema de convenções
ral de Viçosa, coordenador do líder do Grupo de Pesquisas e Unimontes, Letras-Libras pela
pela Universidade Federal de
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aceitas por um determinado
cognitivas. Quando há o
comunidade, ela se torna
acústicas, gestos, notações v
linguístico (SAUSSURE, 20
Para esse autor, o sig
significante e significado, d
dados materiais, representad
Sinais, e o significado é
(SAUSSURE, 2012).
O presente trabalho
Língua Brasileira de Sinais
Naturais, por meio de um e
relação entre os conceitos de
capaz de potencializar caract
modalidade.
Essa busca pela cria
comunicação e compreensão
e sinalização mais clara e ric
seja em outros ambientes. N
convenção de sinais para as d
Pressupostos linguísticos bá
A Libras é a Língua
língua independente, em m
pelas mãos e percebida pela
mesma forma que nas língua
existem itens lexicais, que r
línguas espontâneas e huma
níveis linguísticos como: fon
2013). É essencial pontuar q
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inado grupo social, que convencionada, permite
á o compartilhamento da língua pelos membr
torna um acontecimento envolvendo aspectos c
ções visuais e significados, que se unindo formam
E, 2012).
r, o signo é constituído por duas faces indissociáv
, de natureza dicotômica, em que o significant
sentado pelos gestos e pelas imagens visuais, no
do é compreendido como o conceito que t
abalho tem o objetivo de apresentar propostas d
inais (Libras) relacionados ao termo Energia no
um estudo terminológico. Para isso, será necessá
de cada um desses termos junto a uma descriç
características de cunho visual-espacial, já que a L
la criação de novos sinais é necessária por fa
ensão dos conceitos pelos surdos, podendo ainda p
a e rica dos intérpretes de Libras – Língua Portugu
tes. Na área das Ciências Naturais, existe uma gra
ra as diversas terminologias, o que justifica a propo
icos básicos para o estudo das Línguas de Sinais
íngua de Sinais usada pela maioria dos surdos br
em modalidade visual-espacial, sendo articulad
a pela visão e não uma simples gesticulação da Lí
línguas orais-auditivas existem palavras, nas Língu
que recebem o nome de sinais. Além disso, assi
humanas existentes, a Libras tem sua estrutura or
o: fonologia, morfologia, sintaxe, semântica e pr
tuar que para se comunicar em Libras não basta ap
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SN 2447-4959
rmite estabelecer relações
embros desse grupo ou
tos como sons, notações
formam o conhecido signo
ssociáveis denominadas de
ificante é entendido como
is, no caso das Línguas de
que tal signo representa
stas de sinais-termos em
ia no âmbito das Ciências
ecessário estabelecer uma
escrição fonológica, sendo
ue a Libras se realiza nessa
or favorecer uma melhor
ainda permitir uma atuação
ortuguesa seja nas escolas,
ma grande lacuna quanto a
proposta deste trabalho.
inais
dos brasileiros. Ela é uma
iculada fundamentalmente
da Língua Portuguesa. Da
Línguas de Sinais também
o, assim como as diversas
tura organizada a partir de
a e pragmática (SOARES,
sta apenas conhecer sinais,
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mas entender a gramática p
essa língua se configura com
ideias e fatos.
Entretanto, para alca
empenho, interesse e dedicaç
a defender que essas línguas
Structure” que elas tamb
possibilidade para novos
encontrado e destacado por e
sinal (menores unidades): c
movimento (M) que aos se
análise na simultaneidade. P
orientação da palma da mão
unidades de significado que
língua (QUADROS, 2006).
Sobre as configuraç
realização dos sinais. Atualm
sua tese de doutorado, confor
Figura 01: Quadro c
Ponto de articulaçã
parte do corpo ou espaço ne
outros) (CASTRO JÚNIOR
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tica para, então, relacioná-los e estruturar as sent
a como um sistema linguístico de transmissão e ex
a alcançar essas importantes constatações e expl
edicação do americano Willian Stokoe, pois ele foi
línguas são naturais e a declarar em seu famoso l
também seriam características da linguagem
ovos estudos nessa área (FRYDRYCH, 2013
o por ele os três principais parâmetros fonológicos
des): configuração da mão (CM), o ponto de a
aos se combinarem, formariam um sinal com em
ade. Posteriormente, outros pesquisadores americ
mão (OP) e as expressões não manuais (ENM) tam
o que aos se associarem com as demais, constit
006).
igurações de mão (CM), sabe-se que são as for
Atualmente, existem 75 CM identificadas por Na
conforme é evidenciado na figura abaixo:
dro com as CM identificadas por Nascimento, (2009,
ulação (PA) é o local onde é realizado o sinal,
aço neutro, tronco, cabeça, mão e subespaços (nari
NIOR, 2011). Movimento (M) é um parâmetro
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as sentenças. Desse modo,
o e expressão de quaisquer
e explanações, precisou-se
ele foi o primeiro linguista
oso livro “Sign language
uagem humana, abrindo
2013). Diante disso, foi
ógicos constituintes de um
de articulação (PA) e o
m embasamento em uma
mericanos identificaram a
M) também como menores
onstituiria um sinal nessa
as formas das mãos para
or Nascimento (2009) em
009, p.177-183).
sinal, podendo ser alguma
s (nariz, boca, olho, dentre
metro complexo que pode
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envolver uma vasta rede de
movimentos do pulso, os m
(KLIMA & BELLUGI, 1979
é a disposição da palma da m
para esquerda ou para direita
além das mãos como express
Língua de Sinais e também f
Além desses parâm
constituição dos sinais, nec
linguístico. Pensar nesse fato
esforço muscular, permitindo
quanto a criação de sinais,
comunicabilidade.
Expansão terminológica em
Segundo Abbade, (20
natureza técnico-científica”
ao conjunto vocabular e co
tentando expressar o seu
terminologia da Química ou
pelos especialistas em comp
conjunto de práticas e métod
de uma determinada linguage
dar suporte à análise de fen
incluindo os termos ou nome
(FAULSTICH, 2011).
Sabendo disso, Nas
graduandos, especialmente s
que tange propostas de cr
terminologias em diversas ár
nos estudos de Silveira e
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ede de formas e direções, desde os movimentos
, os movimentos direcionais no espaço até conjun
I, 1979, apud FERREIRA-BRITO, 1995). Orienta
a da mão na realização dos sinais, podendo ser pa
direita. As expressões não-manuais (ENMs) são
xpressões facial, labial, direção do olhar, represent
bém funções gramaticais.
parâmetros, concordamos com Diniz (2010) ao
s, necessitamos considerar um fator fundamenta
se fator revela a importância em articular as mãos
itindo à comunidade surda uma maior e melhor sin
inais, uma vez que ela engloba aspectos que env
ica em Língua de Sinais
de, (2008, p.718) “a terminologia é a ciência que
ica”, podendo ter duas considerações distintas.
e conceitual próprio de alguma ciência e/ou
seu conhecimento de maneira legítima, com
ica ou Física, a terminologia da Medicina, ou a
computação ou em Linguística. A segunda definiç
métodos utilizados na compilação, descrição e apre
nguagem, como também o conjunto de pontos teór
de fenômenos linguísticos concernentes à comuni
nomenclaturas, com base em um vocabulário espe
Nascimento (2009) alerta para a necessidad
ente surdos, sobre os processos terminológicos da
de criações de sinais. Isso porque, ainda é f
rsas áreas do conhecimento, entre eles a Química,
ira e Sousa (2010). Assim, é recomendado um
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SN 2447-4959
entos internos da mão, os
conjuntos no mesmo sinal
rientação da palma (OP),
ser para cima, para baixo,
são as expressões feitas
resentando a entonação em
) ao afirmar que para
mental chamado conforto
mãos e corpo, reduzindo o
sinalização e aceitação
e envolvem fonologia e a
que estuda os termos de
intas. A primeira refere-se
/ou técnica especializada,
como por exemplo a
ou até terminologia usada
definição assinala não só o
e apresentação dos termos
teóricos necessários para
omunicação especializada,
específicos desse campo
ssidade em conscientizar
os da Libras, sobretudo no
é frequente a falta de
ímica, como é evidenciado
o um grupo formado por
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linguistas, principalmente su
e a Libras. Logo, as discus
contribuições para o corpo da
Pensando nas diversas Ene
Não há dúvidas que o
um conceito que perpassa
Química, se tornando um d
(2007), o primeiro cientista a
estudos que desconstruíam
capacidade de realizar algu
substancializada. Essa visã
intimamente à Física.
Essas questões foram
estudam os princípios que co
respeito ao princípio de con
será transformada (RUSSEL
empregada das mais diversas
Nesse sentido, autore
vários tipos de energia com
elétrica, energia eólica, energ
Como o leque de energia e p
pensar em sinais-termos apen
a partir dos alimentos. Para i
4 Proposto pelo médico e químsendo liberado durante a queim5 Proposto pelo químico francprodução de calor e luz que combustão acontece pela realiberando calor e luz e formandnos reagentes. 6 Esse trabalho é entendido cdeterminado espaço.
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surdos, e pessoas que dominem conceitualmen
discussões e explanações podem ser mais ricas,
rpo da Língua de Sinais.
s Energias no contexto das Ciências Naturais
que o termo Energia além de ser extremamente ab
passa várias áreas do conhecimento como a Bio
um desafio defini-lo de maneira específica. De
ntista a introduzir esse conceito foi Thomas Young
uíam a teoria do flogisto4 e do calórico5. Segun
r algum tipo de trabalho6, não sendo capaz de s
a visão, aceita até hoje pela comunidade cie
foram sendo compreendidas a partir das leis da
que conduzem as transformações de energia. A pri
e conservação, ou seja, a energia não será criada
SSEL, 1994). Assim, a energia não será exatame
iversas maneiras.
autores como Beynon (1990) e Feynman (2004) d
ia como a energia química, energia térmica, ener
, energia cinética, energia mecânica, energia gravit
gia e possibilidades de utilização da mesma é exten
s apenas para energia química, energia eólica, en
Para isso, é importante entender o conceito de cad
e químico alemão George Stahl, era algo que os coqueima e se despontava na forma de luz e calor (BRITO francês Antoine Lavoisier, era uma espécie de elem que faz parte da combustão (BRITO, 2008). Atuala reação entre comburente (oxigênio) e combustírmando água e novos compostos a partir do rearranjo
ido como a transferência de energia de um corpo p
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SN 2447-4959
almente a área em questão
ricas, gerando importantes
ente abstrato e complexo, é
a Biologia, a Física e a
. De acordo com Bucussi
Young em 1807 a partir de
Segundo ele, energia é a
z de ser materializada ou
de científica, está ligada
is da Termodinâmica, que
. A primeira dessas leis diz
criada ou extinguida, mas
atamente consumida, mas
004) destacam que existem
, energia nuclear, energia
gravitacional, entre outras.
é extenso, pretende-se aqui
energia solar e energia
de cada uma delas.
os combustíveis continham, BRITO, 2008). e elemento que explicava a Atualmente, sabe-se que a mbustível (madeira, papel), ranjo dos átomos envolvidos
orpo para outro durante um
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A energia química é
átomos, se manifestando qua
originar um novo composto
energia (RUSSEL,1994). A e
ar por meio de moinhos ou
poluente. A energia solar al
forma de energia limpa obt
relação aos alimentos, a ma
energética (ácido graxo e gl
alimentos relativamente isen
energia para o organismo são
Metodologia
Durante a pesquisa n
um conceito acerca da mesm
“a pesquisa qualitativa é um
consiste em um conjunto de
tentando entender ou interp
uma perspectiva de pesquis
quando o pesquisador també
segundo Tripp (2005) se dá
avaliar. Essas questões se
levando os pesquisadores a in
Em específico, perce
dificuldade em expressar c
modo, se faz pertinente pe
contribuir para maior elucida
A proposta foi pens
linguista surdo, um intérprete
um estudante surdo licenc
participantes possuíam clare
significados que os termos
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ica é baseada na energia das ligações químicas e
do quando ocorrem rupturas dessas ou formação de
mposto. Todas as moléculas possuem um valor
A energia eólica consiste na energia do movime
os ou cata-ventos para gerar energia elétrica de m
lar alude à energia advinda da luz e do calor do
pa obtida a partir de aparelhos tecnológicos com
, a maior fonte de energia é proveniente dos lipíd
o e glicerol), por conterem o conteúdo energético
te isentos de gordura. Contudo, a primeira e mais
mo são os carboidratos (CAVALCANTE; ET ALL
uisa nos valemos da metodologia qualitativa. Por
mesma. Denzin e Lincoln (2005 apud Flick 2010
é uma atividade situada que posiciona o observ
o de práticas interpretativas e materiais que torn
terpretar os fenômenos”. Nesse sentido, o traba
esquisa qualitativa participativa, que de acordo
também é o fomentador do objeto da pesquisa e
se dá em quatro processos base interligados: plane
es se concretizam pelo fato de existir certa inq
res a investigarem esses assuntos.
, percebemos pela nossa vivência e de diversos
sar com clareza ideias relacionadas a várias energ
te pensar em propostas para criação de sinais d
lucidação e compreensão corretamente desses term
i pensada e discutida pelos três autores desse
érprete de Libras – Língua Portuguesa e professor d
licenciando em Química. Essas se firmaram, u
clareza em relação aos conceitos inerentes a ca
termos Energia apresentam. Houve discussões d
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SN 2447-4959
icas estabelecidas entre os
ção de novas ligações para
valor particular para essa
ovimento das correntes de
de modo renovável e não
lor do sol. Também é uma
s como o aquecedor. Em
lipídios, que é a reserva
rgético mais alto que o de
mais importante fonte de
ALL, 2006).
or isso, cabe apresentar
2010, p.16) colocam que
servador no mundo. Ela
tornam o mundo visível,
trabalho se consolida em
ordo com Lima (2014) é
uisa e a pesquisa-ação que
: planejar, agir, descrever e
ta inquietação na prática,
ersos surdos e ouvintes a
nergias existentes. Desse
inais dessa área, podendo
s termos.
desse trabalho, sendo um
essor de Química ouvinte e
ram, uma vez que todos
s a cada um dos diversos
sões dos conceitos sobre
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Energias: química, eólica, s
encaixa nas funções termin
processo de representação e c
Para catalogação e ap
ficha léxico-terminológica,
técnico (FROM, 2005).
Proposta dos sinais-termos
Para expor as propo
Eólica, Energia Solar e Ener
de Lima (2014), por esta ser
Baseando-nos na refe
da ficha léxico-terminológica
1) Indicação da classe grama
2) Conceituação do termo.
3) Imagem dos sinais-termos
4) Detalhamento da quantida
5) Detalhamento sobre as aç
6) Descrição de cada um dos
7) Enumeração das configur
(2009).
8) Informação quanto a dicio
Agora, será exibida a
Ficha Léxico
Termo: Energia Química
Classe gramatical: Substant
Definição: Energia das liga
quando ocorrem rupturas d
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, solar e advinda dos alimentos. A elaboração
terminológicas por permitir uma melhor compre
ção e comunicação de surdos ou ouvintes em Língu
o e apresentação dessas propostas, é adequado o p
gica, por ser fundamental para o desenvolvimento
rmos e suas respectivas descrições
propostas de sinais relativas aos termos Energi
e Energia advinda dos alimentos, usaremos uma a
ta ser uma proposta inicial.
na referida autora, utilizaremos os seguintes critéri
lógica.
gramatical de cada um dos termos.
mo.
termos.
uantidade de mãos utilizada.
e as ações de cada uma mas mãos utilizadas.
um dos parâmetros fonológicos.
nfigurações de mão utilizadas, alicerçadas no qu
a dicionarização do sinal-termo.
bida a fichas com as descrições dos sinais proposto
xico-Terminológica Nú
bstantivo
as ligações químicas estabelecidas entre os átom
uras dessas ou formação de novas ligações par
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oração de novos sinais se
ompreensão, facilitando o
ngua de Sinais.
do o planejamento de uma
imento de um vocabulário
Energia Química, Energia
uma adaptação do modelo
critérios para a elaboração
quadro de Nascimento
opostos:
Número:01
átomos, se manifestando
s para originar um novo
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composto.
Imagem do sinal:
Quantidade de mãos: 02
Parâmetros do sinal (início
CM: 3 - ativa PA:
neutro
do corpo
Parâmetros do sinal (finaliz
CM: 3 - ativa PA:
neutro
do corpo
Dicionarização: Não
Ficha Léxico
Termo: Energia Eólica
Classe gramatical: Substant
Definição: Energia do movi
para gerar energia elétrica de
Imagem do sinal:
Quantidade de mãos: 02
Parâmetros do sinal (mão d
CM: 39 - ativa PA:
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cio do sinal):
espaço
utro à frente
corpo
M: alternado
bidirecional
OP: para baix
finalização do sinal):
espaço
utro à frente
corpo
M: alternado
bidirecional
OP: para baix
xico-Terminológica Nú
bstantivo
movimento das correntes de ar por meio de mo
rica de modo renovável e não poluente.
mão direita):
espaço M: tremido OP: para
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a baixo ENM:
movimento
labial
a baixo ENM:
movimento
labial
Número:02
de moinhos ou cata-ventos
ara o ENM:
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Realização:
neutro
do corpo
Parâmetros do sinal (mão e
CM: 26- passiva PA:
neutro
do corpo
Dicionarização: Não
Ficha Léxico-
Termo: Energia Solar
Classe gramatical: Substant
Definição: A energia solar
forma de energia limpa obtid
Imagem do sinal:
Quantidade de mãos: 02
Parâmetros do sinal (início
CM: 54 - ativa PA: esp
neutro
frente
corpo
Parâmetros do sinal (finaliz
CM:3- passiva PA: esp
neutro
frente
corpo
Parâmetros do sinal (mão e
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utro a frente
corpo
lado esquerdo
mão esquerda):
espaço
utro a frente
corpo
M: estático OP: para
lado direito
-Terminológica Núm
bstantivo
solar alude à energia advinda da luz e do calor do
a obtida a partir de aparelhos tecnológicos como o a
cio do sinal – mão direita):
espaço
o a
e do
M: estático OP: para frente
finalização do sinal – mão direita):
espaço
o a
e do
M: estático OP: para frente
mão esquerda)
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SN 2447-4959
uerdo movimento
labial
ara o
ENM:
movimento
labial
Número:03
lor do sol. Também é uma
mo o aquecedor.
frente ENM:
frente ENM: lábios
protuberantes
(bico)
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Realização:
CM: 52 -
passiva
PA: esp
neutro
frente
corpo
Dicionarização: Não
Ficha Léxico
Termo: Energia proveniente
Classe gramatical: Substant
Definição: A maior fonte d
energética (ácido graxo e gl
alimentos relativamente isen
energia para o organismo são
Imagem do sinal:
Quantidade de mãos: 02
Parâmetros do sinal (início
CM: 8 - ativa PA:
neutro
do corpo
Parâmetros do sinal (finaliz
CM: 54 - ativa PA:
neutro
do corpo
Dicionarização: Não
Sinalizações Finais
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espaço
o a
e do
M: estático OP: para baixo
xico-Terminológica Nú
niente dos alimentos
bstantivo
onte de energia dos alimentos é devido aos lipíd
o e glicerol), por conterem o conteúdo energético
te isentos de gordura. Contudo, a primeira e mais
mo são os carboidratos.
cio do sinal):
espaço
utro a frente
corpo
M: retilíneo
vertical para
cima
OP: para cima
finalização do sinal):
espaço
utro a frente
corpo
M: retilíneo
vertical para
cima
OP: para cima
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baixo ENM: lábios
protuberantes
(bico)
Número:04
s lipídios, sendo a reserva
rgético mais alto que o de
mais importante fonte de
a cima ENM: lábios
semi-abertos
soprando
a cima ENM: lábios
semi-abertos
soprando
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Realização:
Em suma, entendemo
para discussões, estudos, pes
em Libras relacionados a áre
a grande maioria das pessoa
que não conseguem entende
maioria dos intérpretes de
sinalizar tais termos.
Contudo, é preciso re
apresentados, uma vez que a
indicar como uma proposta
estudos e pesquisas em léxic
haja alguma instituição onde
todo Brasil, para um grupo
linguística da Libras e das in
e, posteriormente, sistematiz
Referências Bibliográficas
ABBADE, C. M. S. Filologi
C. (Org). Múltiplas perspec
BEYNON, J. Some myths su
BRITO, A. S. Flogisto, caló
63, 2008.
BUCUSSI, A. A. Introduçã
CASTRO JÚNIOR, G. Var
léxico. Dissertação de mestra
CAVALCANTE, A. A. M.
PEREIRA, C. A. S.; FRANC
crianças atendidas em servi
Revista de Nutrição, v.19, n
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ndemos que é importante a mobilização da socieda
os, pesquisas quanto a possibilidade de criação de
s a área ainda pouco exploradas como as Ciências N
pessoas, especificamente os surdos, possuem aver
ntender de maneira clara os conceitos relacionados
es de Libras – Língua Portuguesa também se
ciso ressaltar que não temos pretensão em impor o
que a comunidade surda é quem irá legitimar o u
posta inicial na qual vamos continuar nos dedica
léxico-terminologia. Ainda, destacamos o interes
o onde possa ser encaminhado os tantos sinais pro
upo formado por surdos e ouvintes estudioso
das inúmeras áreas do conhecimento para uma av
matização dos mesmos.
ficas
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ociedade (surda e ouvinte)
ção de novos sinais-termos
ncias Naturais. Geralmente
aversão a essa ciência já
nados a ela. Além disso, a
m sentem dificuldade em
mpor os sinais-termos aqui
ar o uso desses. Queremos
dedicando para posteriores
interesse e desejo para que
ais propostos e criados por
diosos e especialistas em
a avaliação mais precisa
ÃES, J. S.; TRAVAGLIA,
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