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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DE FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL DE VILA VELHA COMARCA DA CAPITAL/ES O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, através da 5ª Promotoria de Justiça Cível de Vila Velha, que a presente subscreve, com atribuições judiciais e extrajudiciais nas ações e serviços públicos de saúde e na defesa do patrimônio público, com fundamento na Constituição Federal nos artigos 127 caput e 129, incisos II e III; na Lei da Ação Civil Pública (lei 7.347/85); na Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e na Lei do SUS (Lei Federal 8.080/90); vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência ajuizar a presente AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA em face do MUNICÍPIO DE VILA VELHA, pessoa jurídica de direito público interno, na pessoa de seu representante legal, RODNEY ROCHA MIRANDA, Prefeito Municipal ou Procurador Geral FRANCISCO CARDOSO DE ALMEIDA NETTO, sediado à Av. Santa Leopoldina, n.º 840, Coqueiral de Itaparica, Vila Velha, CEP: 29.102-040, tendo em vista as razões adiante: 1. DA LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO O Ministério Público tomou conhecimento, por meio de relatório do Conselho Regional de Enfermagem, que a Unidade de Saúde de Terra Vermelha apresenta diversas irregularidades. Diante da apuração dos fatos pelo parquet, constatou-se a veracidade das denúncias e a inércia do Município de Vila Velha em adotar as medidas cabíveis, o que acaba por acarretar violação ao direito difuso à saúde.

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Page 1: EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAZENDA … · legitimado para o exercício de prerrogativas estabelecidas na legislação sanitária e na legislação correlata, tanto na

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DE FAZENDA PÚBLICA

MUNICIPAL DE VILA VELHA – COMARCA DA CAPITAL/ES

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, através da 5ª

Promotoria de Justiça Cível de Vila Velha, que a presente subscreve, com

atribuições judiciais e extrajudiciais nas ações e serviços públicos de saúde e na

defesa do patrimônio público, com fundamento na Constituição Federal nos

artigos 127 caput e 129, incisos II e III; na Lei da Ação Civil Pública (lei 7.347/85);

na Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e na Lei do SUS

(Lei Federal 8.080/90); vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência

ajuizar a presente

AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA

TUTELA

em face do MUNICÍPIO DE VILA VELHA, pessoa jurídica de direito público

interno, na pessoa de seu representante legal, RODNEY ROCHA MIRANDA,

Prefeito Municipal ou Procurador Geral FRANCISCO CARDOSO DE ALMEIDA

NETTO, sediado à Av. Santa Leopoldina, n.º 840, Coqueiral de Itaparica, Vila

Velha, CEP: 29.102-040, tendo em vista as razões adiante:

1. DA LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO

O Ministério Público tomou conhecimento, por meio de relatório do Conselho

Regional de Enfermagem, que a Unidade de Saúde de Terra Vermelha

apresenta diversas irregularidades.

Diante da apuração dos fatos pelo parquet, constatou-se a veracidade das

denúncias e a inércia do Município de Vila Velha em adotar as medidas cabíveis,

o que acaba por acarretar violação ao direito difuso à saúde.

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A possibilidade de propositura da presente ação civil pública pelo Ministério

Público encontra-se prevista na Constituição Federal, em seu art. 129, incisos II

e III:

Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

II- zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos

serviços de relevância pública aos direitos assegurados

nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a

sua garantia;

III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a

proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente

e de outros interesses difusos e coletivos;

Cândice Lisbôa Alves esclarece que a saúde é um direito difuso a ser protegido:

“[...] A saúde pública é, em sua essência, direito difuso. Por

alguns momentos poderá ser pleiteada enquanto direito

individual homogêneo, mas a sua discussão, no sentido do

alcance da proteção conferida constitucionalmente pelo art.

196 da Constituição da República é em si de natureza

difusa.1.”

Assim, demonstrada está a legitimidade do Ministério Público para propositura

da presente demanda, considerando que o direito a saúde não está sendo

assegurado da forma apropriada pelo Município de Vila Velha em total

desrespeito ao previsto no artigo 196 da Constituição Federal.

2. DOS FATOS

Conforme dito anteriormente, o Conselho Regional de Enfermagem do Espírito

Santo enviou a esta Promotoria de Justiça relatório em que apontava

irregularidades na Unidade de Saúde de Terra Vermelha, tais como inexistência

de protocolo de acolhimento, equipes da Estratégia de Saúde da Família

incompletas, ausência de médicos e falta de segurança, colocando em risco o

atendimento dos usuários do Sistema Único de Saúde.

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Ciente de tais fatos, o Ministério Público requisitou informações à Direção da

Unidade de Saúde que confirmou a inexistência de protocolo de atendimento e

que equipes da Estratégia de Saúde da Família estavam incompletas, conforme

se constata às fls. 15/19 dos autos.

Posteriormente foi realizada nova vistoria pelo Conselho Regional de

Enfermagem, que constatou que persistiam as irregularidades anteriormente

constatadas, conforme relatório de fls. 444/455 dos autos.

Também foi solicitada a realização de vistoria pelo Centro de Apoio Operacional

de Implementação das Políticas de Saúde do Ministério Público das Políticas de

Saúde sendo também constatadas diversas irregularidades, conforme relatório

de fls. 501/509, devendo ser mencionado ausência de vinculação de vários

programas de assistência à saúde, contratação de servidores de forma

temporária; ausência de registro de responsável técnico junto ao Conselho

Regional de Medicina; equipes da Estratégia de Saúde da Família com ausência

de profissionais; ausência de Política de Educação Permanente; equipes da

Estratégia da Saúde da Família atendendo quantitativo populacional acima do

preconizado na Portaria nº 2488/11; falta de medicamentos; ausência de

acolhimento com classificação de risco; ausência de sistema de informação do

Programa de Agentes Comunitários de Saúde; ausência de alvará da vigilância

sanitária e do corpo de bombeiros; espaço físico inadequado; falta de limpeza

de bebedouros e ar condicionados; ausência de rotinas e protocolos, além de

não estar com suas informações atualizadas junto ao Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Saúde – CNES.

Também foi requisitada a realização de inspeção pela Vigilância Sanitária no

local, sendo confirmadas as informações de irregularidades, pois conforme

relatório de fls. 619/678 faltam porta papel, porta sabonete líquido, lixeiras,

contêineres para dispor as sacolas de lixo no abrigo de resíduos, suporte para

caixa de perfuro cortante, necessidade de troca de torneiras e instalação de ar

condicionado na sala de esterilização; falta de EPI’s; existência de mofos e

infiltrações nas paredes, além de ser providenciado manual de boas práticas

farmacêuticas, procedimentos operacionais padrões e plano de gerenciamento

de resíduos sólidos de saúde, além de outros problemas constatados.

Posteriormente foi realizada nova vistoria pela Vigilância Sanitária do município,

onde foram foi constatado que diversas irregularidades não foram sanadas pelo

município, podendo colocar em risco a assistência a inúmeros usuários do

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Sistema Único de Saúde que se dirigem ao local, diariamente, conforme relatório

de fls. 718/767 dos autos.

Portanto, se faz necessário para o atendimento adequado aos pacientes do

Sistema Único de Saúde – SUS que o Município de Vila Velha adote as

providências necessárias para que todas as irregularidades sejam sanadas.

3. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

O direito à saúde é garantido pela Carta Magna, em seu artigo 196:

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Tal direito deve ser garantido de forma universal e igualitária, o que não vem

sendo efetivado na Unidade de Saúde de Terra Vermelha, devido a sua estrutura

inadequada, ausência de alvarás da vigilância sanitária e corpo de bombeiros e

falta de medicamentos, conforme constatado nas vistorias realizadas no local.

O direito à saúde deve ser assegurado no caso concreto, e não apenas estar

previsto na legislação. É dever do Estado garantir o acesso saúde, direito

fundamental, nos termos do artigo 2º da Lei 8080/90:

Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.

Em sendo o acesso à saúde direito fundamental, não há como se admitir o que

vem ocorrendo com a Unidade de Saúde de Terra Vermelha, que não possui

condições de atendimento adequado, considerando a ausência, inclusive, de

medicamentos que deveriam estar a disposição da população.

Tais relatos comprovam que os serviços de saúde não estão sendo prestados

de forma adequada na Unidade de Saúde. A doutrina enfatiza a necessidade de

efetiva disponibilização ao cidadão de serviços de promoção, proteção e

recuperação da saúde, vejamos:

O direito a saúde não pode consubstanciar em vagas promessas e boas intenções constitucionais, garantido por ações governamentais implantadas e implementadas oportunamente, mas não

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obrigatoriamente. O direito a saúde (artigos 6º a 196) é dever estatal que gera para o indivíduo direito subjetivo público, devendo o Estado colocar à sua disposição serviços que tenham por fim promover, proteger e recuperar a saúde. O principal corolário dos preceitos constitucionais e da LOS, atinentes á saúde como direito, consiste em reconhecer que o cidadão, por força do direito subjetivo à saúde, está legitimado para o exercício de prerrogativas estabelecidas na legislação sanitária e na legislação correlata, tanto na instância administrativa como na instância judicial2.

A Lei Orgânica da Saúde no artigo 7º institui princípios aplicáveis ao

funcionamento do SUS, dos quais se destaca a universalidade, igualdade de

assistência e integralidade de assistência. Neste sentido a doutrina indica:

1) Universalidade de acesso em todos os níveis de assistência O acesso universal é a expressão de que todos têm o mesmo direito de obter as ações e os serviços de que necessitam, independentemente de complexidade, custo e natureza dos serviços envolvidos. [...]

2) Igualdade de assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie Este princípio reitera que não pode existir discriminação no acesso aos serviços de saúde, ou seja, não é aceitável que somente alguns grupos, por motivos relacionados a renda, cor, gênero ou religião, tenham acesso a determinados serviços e outros não. [...]

3) Integralidade da assistência

A integralidade é entendida, nos termos da lei, como um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema3.

Evidente, que tais princípios não estão sendo observados pelo Município de Vila

Velha, pois os pacientes do SUS que necessitam de atendimento na Unidade de

Saúde de Terra Vermelha não estão tendo o atendimento universal, igualitário e

com integralidade de assistência, tendo em vista a estrutura física inadequada,

falta de medicamento e materiais que devem ser utilizados no atendimento

médico, e até ausência de profissionais.

Todas essas irregularidades acabam por oferecer o atendimento deficitário aos

pacientes, e ineficiência no tratamento e prevenção de doenças àqueles que

mais precisam.

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O direito a saúde deve ser garantido independente da classe social do indivíduo.

Neste sentido temos esclarece a doutrina:

Saúde e assistência social são direitos sociais, mas cada qual com uma conformação diferente. Além do mais, o poder público paga aos hospitais filantrópicos pelo serviço prestado ao SUS, tal qual paga aos hospitais privados lucrativos. A saúde é um direito de todo cidadão brasileiro que deve ser efetivado independente da sua condição social4.

Diante da inércia do ente federado em providenciar as medidas necessárias para

sanar as irregularidades constatadas na Unidade de Saúde de Terra Vermelha,

não restou alternativa, senão a propositura da presente ação civil pública visando

que o Município cumpra seu dever constitucional de garantir o direito

fundamental à saúde.

4. DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA

A Lei n. 7.347/1985 dispõe que:

Art. 11. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz determinará o cumprimento da prestação da atividade devida ou a cessação da atividade nociva, sob pena de execução específica, ou de cominação de multa diária, se esta for suficiente ou compatível, independentemente de requerimento do autor.

Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia, em decisão sujeita a agravo.

A doutrina admite a possibilidade de antecipação dos efeitos da tutela em Ação

Civil Pública, vejamos:

Comungando, também, desse posicionamento, José

Marcelo Menezes Vigliar (1999, p. 71), com precisão

cirúrgica, dispara que a liminar da ACP "constitui uma

inequívoca modalidade de antecipação de tutela, com

requisitos diversos daqueles exigidos pelo atual

art.273 do Código de Processo Civil".

Ou seja, a "liminar" é, na verdade, uma antecipação de

tutela específica, prevista em lei, a ser concedida initio

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litis, no limiar do processo, com ou sem justificação prévia,

visando entregar de logo o provimento que só se obteria ao

final, por conta da grande probabilidade do autor ser

considerado vencedor na sentença.

Tem o fito de evitar grave prejuízo ao autor, por conta do

passar do tempo, antecipando-lhe logo o provimento.

Trata-se, pelo fio do raciocínio trilhado, de tutela de

urgência específica, imaginada na LACP, com a nítida

intenção de permitir uma tutela mais segura e firme ao

direito material5.

Estão presentes no caso narrado, os requisitos para a concessão da liminar, pois

o fumus boni iuris decorre do fato de que as irregularidades constatadas na

Unidade de Saúde de Terra Vermelha acabam por violar o direito fundamental a

saúde dos pacientes que ali são atendidos.

O risco da demora é evidente, acarretando sérios danos à saúde pública, pois

se as adequações não forem adotadas em caráter de urgência poderão ocorrer

inclusive óbitos dos pacientes atendidos na referida unidade, devido ao

atendimento inadequado ou ausência de acesso ao tratamento necessário.

Pelo exposto, presentes os requisitos para antecipação dos efeitos da tutela,

requer o Ministério Público a sua concessão, sob pena de multa diária em caso

de descumprimento, na pessoa do gestor, assegurando assim o devido acesso

aos serviços de saúde pelos usuários da Unidade de Saúde de Terra Vermelha.

Para que não continue ocorrendo violação ao direito à saúde, imprescindível,

portanto, a antecipação dos efeitos da tutela, determinando ao Município que

promova a realização das seguintes adequações na Unidade de Saúde de Terra

Vermelha:

01) que seja providenciado Alvará do Corpo de Bombeiro, no prazo

máximo de 30 (trinta dias);

02) Que seja providenciado Alvará da Vigilância Sanitária, no prazo

máximo de 30 (trinta) dias;

03) Elaborar proposta de participação e avaliação dos serviços de

saúde pelos usuários, visando a melhoria da qualificação da

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assistência e ampliação da participação social do SUS, no prazo

máximo de 30 (trinta dias);.

04) Atualizar o Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde

referente à Unidade de Saúde em relação aos recursos humanos,

serviços prestados e equipamentos disponibilizados, no prazo

máximo de 30 (trinta dias);

05) que sejam criadas duas novas equipes da Estratégia da Saúde

da Família, considerando que, atualmente, as equipes ESF nº 19 e

22, atendem a quantitativo populacional superior ao estabelecido na

Portaria GM/MS nº 2.488/2011, no prazo máximo de 30 (trinta) dias;

06) que seja providenciada a adesão da Unidade de Saúde de Terra

Vermelha, à Rede Cegonha, no prazo máximo de 30 (trinta) dias;

07) que seja promovida a adesão da Unidade de Saúde aos

Programas de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), Núcleos de

Apoio à Saúde da Família (NASF) e Programa Nacional de Melhoria

do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), PECAPS

e Telessaúde, no prazo máximo de 30 (trinta) dias;

08) Que a Unidade de Saúde passe a utilizar o Sistema de Informação

do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (SISPACS), no prazo

máximo de 30 (trinta) dias;

09) Que seja promovida a contratação dos profissionais necessários

para que as equipes da Estratégia da Saúde da Família passem a atuar

com a composição conforme estabelecida na Portaria nº 2488/11 do

Ministério da Saúde, no prazo máximo de 90 (noventa) dias;

10) Que seja implementada a Política de Educação Permanente, como

forma de promover a qualificação dos serviços prestados à população

adstrita, na forma da Portaria nº 2488/11, do Ministério da Saúde, no

prazo máximo de 60 (sessenta dias);

11) Que seja implementado Protocolo de Acolhimento com Classificação

de Risco, se abstendo de adotar, de forma genérica, o que consta nos

Cadernos de Atenção Básica do Ministério da Saúde, no prazo máximo

de 60 (sessenta) dias;

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12) Que sejam disponibilizados na Farmácia da Unidade de Saúde todos

os medicamentos previstos na Relação Municipal de Medicamentos

(REMUME), no prazo máximo de 30 (trinta) dias;

13) Que seja providenciado responsável técnico pelas atividades

médicas do serviço, com termo de responsabilidade Técnica/ato de

nomeação devidamente preenchido e disponível no serviço e Certificado

de Regularidade Técnica (CRT) emitida pelo CRM;

14) que sejam providenciadas telas milimetradas e removíveis nas

janelas/básculas/portas que se comunicam com o meio externo, em

todos os setores, no prazo máximo de 30 (trinta dias);

15) Que seja providenciado Termo de Responsabilidade técnica de

nomeação (RT) do farmacêutico devidamente preenchido e

certificado de regularidade técnica (CRT) emitido pelo CRF;

16) Que seja providenciada balcão sem grade, sem vidro, com

cadeiras em bom estado de conservação e suficientes para o

atendimento à pessoa com deficiência, na recepção, no prazo

máximo de 30 (trinta dias);

17) que a sala de nebulização seja devidamente climatizada, com

renovação de ar, bem como providenciado torneiras com fechamento

que dispense o uso das mãos, no prazo máximo de 30 (trinta) dias

18) Que sejam providenciado na sala de medicação/observação pia

com bancada e dispensador de sabão líquido e porta papel toalha, no

prazo máximo de 30 (trinta dias);

19) Que seja providenciado na sala de preparo caixa para descarte

de perfuro cortante em suporte adequado e lixeira com tampa e

acionamento por pedal, no prazo máximo de 30 (trinta dias);

20) Em relação a sala de coleta de material: a) Que seja providenciada

maca ou cadeira reclinável; b) que seja providenciada caixa para

descarte de perfuro cortante em suporte adequado, no prazo máximo

de 30 (trinta dias);

21) que seja providenciada a criação de sala de acolhimento e de

almoxarifado para a farmácia, no prazo máximo de 60 (sessenta dias);

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22) Em relação a sala de expurgo que seja providenciado: a) lavatório

para higienização das mãos com dispensadores de sabão líquido e papel

toalha; b) que seja providenciada dispensador com sabonete líquido; c)

limpeza dos artigos automatizada; c) cálice graduado (dosador) para o

preparo e diluição de produtos químicos; d) lupa articulada de mesa com

lente de aumento no mínimo de quatro vezes; e) almotolia identificada

com tipo de solução, concentração, data de envase e validade e nome

do responsável, no prazo máximo de 30 (trinta dias);

23) Em relação a sala de esterilização que seja providenciado: a) na

rotulagem das embalagens a serem esterilizadas que conste o nome do

artigo, data da esterilização, validade e nome do profissional; b) almotolia

identificada com tipo de solução, concentração, data de envase, validade

e nome do responsável; c) a temperatura ambiente e a umidade do

arsenal (guarda de material esterilizado) seja monitorado por meio de

termohigrômetro, no prazo máximo de 30 (trinta dias);

24) em relação ao banheiro para funcionários: a) que seja providenciado

sanitário adaptado para uso de portadores de necessidades especiais

(deficientes físicos), conforme a ABNT 9050; b) lixeira com tampa

acionada por pedal e identificada para resíduo comum, dotada de saco

preto/azul, no prazo máximo de 30 (trinta dias);

25) que seja providenciada sabão líquido para os sanitários dos

usuários, no prazo máximo de 30 (trinta dias);

26) que seja providenciado sabão líquido para a área de serviço, no

prazo máximo de 30 (trinta dias);

27) que seja providenciado container no abrigo temporário de

resíduos, para a disposição destes, no prazo máximo de 30 (trinta

dias);

28) que seja providenciado para os consultórios de odontologia: a)

máscara com filtro para vapores; b) avental impermeável para

lavagem dos instrumentais; c) barreira física impermeável, trocadas

a cada paciente, nos equipamentos e periféricos durante a

realização de procedimentos clínicos, no prazo máximo de 30 (trinta

dias);

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29) Em relação a farmácia que seja providenciado o seguinte: a) que

seja providenciada a atualização do manual de boas práticas e os

procedimentos operacionais padrões (POP’s); b) termohigômetro em

quantidades suficientes para o controle de temperatura e umidade

do ambiente; b) capacitação periódica dos funcionários e registro, no

prazo máximo de 30 (trinta dias);

30) Providenciar rotinas e protocolos de assistência médica, dos

procedimentos de enfermagem, de assistência odontológica, dos

serviços de higienização e lavanderia e Plano de Manutenção

Preventiva e Corretiva da Unidade de Saúde, no prazo máximo de

30 (trinta dias);

31) Que seja providenciado Plano de Gerenciamento de Resíduos

em Saúde – PGRSS, no prazo máximo de 30 (trinta dias);

32) que a unidade de saúde seja estruturada para prestar o primeiro

atendimento/estabilização de urgências que ocorram nas suas

proximidades ou em sua área de abrangência e/ou seja para ela

encaminhada, até a viabilização da transferência para Unidade de

Saúde de maior porte, quando necessário, em atendimento à Portaria

GM/MS nº 2.048/2002 e GM/MS nº 2.488/2011, no prazo máximo de

60 (sessenta) dias;

33) que seja disponibilizado transporte sanitário em tempo integral na

UBSF e/ou conforme a programação da agenda de trabalho das 06

(seis) Equipes de ESF para que seja possível viabilizar as suas

demandas de promoção, prevenção e tratamento de saúde, conforme

preconiza a Portaria nº 2488/2011, no prazo máximo de 60 (sessenta)

dias;

34) Providenciar que a Unidade de Saúde conte com a presença de

profissional médico durante todo o período de funcionamento, no

prazo máximo de 30 (trinta dias);

36) que seja providenciado o devido registro da demanda reprimida

referente a consultas/exames de especialidades e cirurgias eletivas,

ainda que o Estado ou município não disponham de prestador de

serviço, no prazo máximo de 30 (trinta) dias;

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37) Caso as providências acima requeridas que importem em criação

ou ampliação de espaços, oferta de novos serviços, e adesão ou

criação de programas de saúde não possam ser viabilizadas pelo

município, em decorrência de insuficiência de espaço físico, que seja

determinado ao requerido a inclusão em proposta orçamentária do

município de recursos financeiros para construção ou aquisição de

imóvel para funcionamento da unidade de saúde de Terra Vermelha,

que possa atender a todas as exigências legais e ofertar todos os

serviços e programas necessários à população de Vila Velha.

5. DOS PEDIDOS:

a) A concessão da tutela antecipada, nos termos acima pleiteados, inaudita

altera pars.

b) A confirmação da tutela antecipada na sentença, com a condenação definitiva

do Município de Vila Velha à obrigação de fazer consistente em sanar as

irregularidades constatadas na Unidade de Saúde de Terra Vermelha, mediante

a adoção das seguintes providências:

01) que seja providenciado Alvará do Corpo de Bombeiro, no prazo

máximo de 30 (trinta dias);

02) Que seja providenciado Alvará da Vigilância Sanitária, no prazo

máximo de 30 (trinta) dias;

03) Elaborar proposta de participação e avaliação dos serviços de

saúde pelos usuários, visando a melhoria da qualificação da

assistência e ampliação da participação social do SUS, no prazo

máximo de 30 (trinta dias);.

04) Atualizar o Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde

referente à Unidade de Saúde em relação aos recursos humanos,

serviços prestados e equipamentos disponibilizados, no prazo

máximo de 30 (trinta dias);

05) que sejam criadas duas novas equipes da Estratégia da Saúde

da Família, considerando que, atualmente, as equipes ESF nº 19 e

22, atendem a quantitativo populacional superior ao estabelecido na

Portaria GM/MS nº 2.488/2011, no prazo máximo de 30 (trinta) dias;

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06) que seja providenciada a adesão da Unidade de Saúde de Terra

Vermelha, à Rede Cegonha, no prazo máximo de 30 (trinta) dias;

07) que seja promovida a adesão da Unidade de Saúde aos

Programas de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), Núcleos de

Apoio à Saúde da Família (NASF) e Programa Nacional de Melhoria

do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), PECAPS

e Telessaúde, no prazo máximo de 30 (trinta) dias;

08) Que a Unidade de Saúde passe a utilizar o Sistema de Informação

do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (SISPACS), no

prazo máximo de 30 (trinta) dias;

09) Que seja promovida a contratação dos profissionais necessários

para que as equipes da Estratégia da Saúde da Família passem a

atuar com a composição conforme estabelecida na Portaria nº

2488/11 do Ministério da Saúde, no prazo máximo de 90 (noventa)

dias;

10) Que seja implementada a Política de Educação Permanente,

como forma de promover a qualificação dos serviços prestados à

população adstrita, na forma da Portaria nº 2488/11, do Ministério da

Saúde, no prazo máximo de 60 (sessenta dias);

11) Que seja implementado Protocolo de Acolhimento com

Classificação de Risco, se abstendo de adotar o que consta, de forma

genérica, nos Cadernos de Atenção Básica do Ministério da Saúde,

no prazo máximo de 60 (sessenta) dias;

12) Que sejam disponibilizados na Farmácia da Unidade de Saúde

todos os medicamentos previstos na Relação Municipal de

Medicamentos (REMUME), no prazo máximo de 30 (trinta) dias;

13) Que seja providenciado responsável técnico pelas atividades

médicas do serviço, com termo de responsabilidade Técnica/ato de

nomeação devidamente preenchido e disponível no serviço e

Certificado de Regularidade Técnica (CRT) emitida pelo CRM;

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14) que sejam providenciadas telas milimetradas e removíveis nas

janelas/básculas/portas que se comunicam com o meio externo, em

todos os setores, no prazo máximo de 30 (trinta dias);

15) Que seja providenciado Termo de Responsabilidade técnica de

nomeação (RT) do farmacêutico devidamente preenchido e certificado

de regularidade técnica (CRT) emitido pelo CRF;

16) Que seja providenciada balcão sem grade, sem vidro, com

cadeiras em bom estado de conservação e suficientes para o

atendimento à pessoa com deficiência, na recepção, no prazo máximo

de 30 (trinta dias);

17) que a sala de nebulização seja devidamente climatizada, com

renovação de ar, bem como providenciado torneiras com fechamento

que dispense o uso das mãos, no prazo máximo de 30 (trinta) dias

18) Que sejam providenciado na sala de medicação/observação pia

com bancada e dispensador de sabão líquido e porta papel toalha, no

prazo máximo de 30 (trinta dias);

19) Que seja providenciado na sala de preparo caixa para descarte de

perfuro cortante em suporte adequado e lixeira com tampa e

acionamento por pedal, no prazo máximo de 30 (trinta dias);

20) Em relação a sala de coleta de material: a) Que seja providenciada

maca ou cadeira reclinável; b) que seja providenciada caixa para

descarte de perfuro cortante em suporte adequado, no prazo máximo

de 30 (trinta dias);

21) que seja providenciada a criação de sala de acolhimento e de

almoxarifado para a farmácia, no prazo máximo de 60 (sessenta dias);

22) Em relação a sala de expurgo que seja providenciado: a) lavatório

para higienização das mãos com dispensadores de sabão líquido e

papel toalha; b) que seja providenciada dispensador com sabonete

líquido; c) limpeza dos artigos automatizada; c) cálice graduado

(dosador) para o preparo e diluição de produtos químicos; d) lupa

articulada de mesa com lente de aumento no mínimo de quatro vezes;

e) almotolia identificada com tipo de solução, concentração, data de

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envase e validade e nome do responsável, no prazo máximo de 30

(trinta dias);

23) Em relação a sala de esterilização que seja providenciado: a) na

rotulagem das embalagens a serem esterilizadas que conste o nome

do artigo, data da esterilização, validade e nome do profissional; b)

almotolia identificada com tipo de solução, concentração, data de

envase, validade e nome do responsável; c) a temperatura ambiente

e a umidade do arsenal (guarda de material esterilizado) seja

monitorado por meio de termohigrômetro, no prazo máximo de 30

(trinta dias);

24) em relação ao banheiro para funcionários: a) que seja

providenciado sanitário adaptado para uso de portadores de

necessidades especiais (deficientes físicos), conforme a ABNT 9050;

b) lixeira com tampa acionada por pedal e identificada para resíduo

comum, dotada de saco preto/azul, no prazo máximo de 30 (trinta

dias);

25) que seja providenciada sabão líquido para os sanitários dos

usuários, no prazo máximo de 30 (trinta dias);

26) que seja providenciado sabão líquido para a área de serviço, no

prazo máximo de 30 (trinta dias);

27) que seja providenciado container no abrigo temporário de

resíduos, para a disposição destes, no prazo máximo de 30 (trinta

dias);

28) que seja providenciado para os consultórios de odontologia: a)

máscara com filtro para vapores; b) avental impermeável para

lavagem dos instrumentais; c) barreira física impermeável, trocadas a

cada paciente, nos equipamentos e periféricos durante a realização

de procedimentos clínicos, no prazo máximo de 30 (trinta dias);

29) Em relação a farmácia que seja providenciado o seguinte: a) que

seja providenciada a atualização do manual de boas práticas e os

procedimentos operacionais padrões (POP’s); b) termohigômetro em

quantidades suficientes para o controle de temperatura e umidade do

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ambiente; b) capacitação periódica dos funcionários e registro, no

prazo máximo de 30 (trinta dias);

30) Providenciar rotinas e protocolos de assistência médica, dos

procedimentos de enfermagem, de assistência odontológica, dos

serviços de higienização e lavanderia e Plano de Manutenção

Preventiva e Corretiva da Unidade de Saúde, no prazo máximo de 30

(trinta dias);

31) Que seja providenciado Plano de Gerenciamento de Resíduos em

Saúde – PGRSS, no prazo máximo de 30 (trinta dias);

32) que a unidade de saúde seja estruturada para prestar o primeiro

atendimento/estabilização de urgências que ocorram nas suas

proximidades ou em sua área de abrangência e/ou seja para ela

encaminhada, até a viabilização da transferência para Unidade de

Saúde de maior porte, quando necessário, em atendimento à Portaria

GM/MS nº 2.048/2002 e GM/MS nº 2.488/2011, no prazo máximo de

60 (sessenta) dias;

33) que seja disponibilizado transporte sanitário em tempo integral na

UBSF e/ou conforme a programação da agenda de trabalho das 06

(seis) Equipes de ESF para que seja possível viabilizar as suas

demandas de promoção, prevenção e tratamento de saúde, conforme

preconiza a Portaria nº 2488/2011, no prazo máximo de 60 (sessenta)

dias;

34) Providenciar que a Unidade de Saúde conte com a presença de

profissional médico durante todo o período de funcionamento, no

prazo máximo de 30 (trinta dias);

36) que seja providenciado o devido registro da demanda reprimida

referente a consultas/exames de especialidades e cirurgias eletivas,

ainda que o Estado ou município não disponham de prestador de

serviço, no prazo máximo de 30 (trinta) dias;

37) Caso as providências acima requeridas que importem em criação

ou ampliação de espaços, oferta de novos serviços, e adesão ou

criação de programas de saúde não possam ser viabilizadas pelo

município, em decorrência de insuficiência de espaço físico, que seja

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determinado ao requerido a inclusão em proposta orçamentária do

município de recursos financeiros para construção ou aquisição de

imóvel para funcionamento da unidade de saúde de Terra Vermelha,

que possa atender a todas as exigências legais e ofertar todos os

serviços e programas necessários à população de Vila Velha.

c) visando assegurar o resultado prático de eventual liminar concedida, a

intimação da Secretária de Saúde do município, determinando-se o cumprimento

da medida no prazo determinado pelo Juízo;

d) a fixação de multa diária no valor a ser arbitrado por Vossa Excelência pelo

descumprimento da determinação judicial, a ser suportada pelo gestor, quer de

natureza antecipatória, quer de natureza definitiva;

d) A citação do Município de Vila Velha, na pessoa do prefeito ou do Procurador

Geral do município para que fique ciente dos termos da presente ação,

contestando-a, se assim por bem houver, prosseguindo-se no feito até final

decisão, quando a ação deverá ser julgada procedente, tornando definitivo o

provimento antecipatório pleiteado no item “a”.

A produção de todas as provas em direito admitidas, sem exceção.

Dá-se à causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Termos em que,

Pede deferimento.

Vila Velha, 24 de novembro de 2015.

1 ALVES, Cândice Lisbôa. Saúde: direito fundamental difuso . Revista Jus Navigandi, Teresina, ano

18, n. 3595, 5 maio 2013. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/24337>. Acesso em: 27 maio 2015.

2 CARVALHO, Guido Ivan de. SANTOS, Lenir. Sistema Único de Saúde: comentários à Lei Orgânica

de Saúde (Leis nº 8080/90 e 8142/90). 3ed. – Campinas, SP: Editora UNICAMP, 2002, p. 39.

3 GIOVANELLA, Lígia. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil. 2 ed. rev. e amp./organizado por Lígia

Giovanella, Sarah Escoral, Lenaura de Vasconcelos Costa Lobato e. al. – Rio de Janeiro: Editora

FIOCRUZ, 2012, p.367.

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4 CARVALHO, Guido Ivan de. SANTOS, Lenir. Sistema Único de Saúde: comentários à Lei Orgânica

de Saúde (Leis nº 8080/90 e 8142/90). 3ed. – Campinas, SP: Editora UNICAMP, 2002, p. 39

5 NUNES, Marcelo Lima. Tutelas de urgência em sede de ação civil pública. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 14, n. 2099, 31 mar. 2009. Disponível : <http://jus.com.br/artigos/12512>. Acesso em: 1 jul. 2015.