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Existe a lgum nome especí f ico para o tr o t ecom carácter social?

Não. Diversos nomes foram criados designando esta mais novaforma de recepção aos calouros, mas não existe um padrão ou regra.O ideal é criar um nome de impacto e que faça parte da realidade desua faculdade. Os nomes que estão no logotipo são apenas sugestões.

Posso fazer pedágio e cervejadano trote com aspecto social?

Sim. A proposta deste trote não é acabar com essas atividades tãoimportantes desta comemoração, mas sim agregar valor a elas ecanalizar toda essa energia para uma ação mais concreta e constru t i v a ,auxiliando inclusive a captação de fundos para toda festa.

Quais as dificuldades enfrentadas por quem querrealizar o trote com cunho social?

A principal dificuldade é conseguir patrocínio para realizar as ações.Amelhor forma de superar essa dificuldade é abusar da criatividadetanto na elaboração da proposta de patrocínio, oferecendo umgrande retorno aos patrocinadores, quanto no planejamento da ação.É muito importante ter várias saídas além da solução ideal, para quea falta de algum recurso não prejudique o projeto.

Como as faculdades vêm desenvolvendo o trote?

Cada Faculdade tem uma característica específica de desenvolversuas atividades, mas é muito importante agregar todas as entidadesrepresentativas da faculdade, ou seja, professores, funcionários,diretoria, centros acadêmicos, etc... e não se esquecer que astradições saudáveis devem ser mantidas. Alguns exemplos estãorelatados no tópico: Exemplos de Sucesso.

Como posso encontrar as entidades maispróximas de minha faculdade?

Pode-se encontrar essas entidades nos seguintes endereços dainternet:

w w w. v o l u n t a r i o s . c o m . b rw w w. r i t s . o rg . b r

w w w. a b o n g . o rg . b rw w w. f i l a n t ro p i a . c o m . b r

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Sumário

Parte 1 - Apresentação do trote

1. Introdução 42. O Conceito deste ritual de passagem 63. Como o trote pode ser uma ação social 74. Histórico do trote 8

Parte 2 - Por que fazer o trote de carátersocial?

5. Vantagens 106. Ganho do aluno 11

6.1. No âmbito profissional 116.2. No âmbito pessoal 11

7. Ganho da sociedade 128. Ganho do Centro Acadêmico 139. Impactos 1410. Exemplos de Sucesso 1511. Conclusão 21

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1. Introdução

Trote é o nome dado à comemoração de entrada emuma faculdade, o qual geralmente ocorre noprimeiro dia de aula e é muito marcante para oscalouros.O trote pode ser visto como um ritual onde osveteranos dão as boas-vindas aos calouros em a rcam essa conquista de forma alegre, desafiadorae inesquecível.

No entanto, atualmente o trote não é uma situaçãobem resolvida para calouros, veteranos, diretoresde faculdades e sociedade. Cada vez mais, háincertezas sobre o desfecho do primeiro dia de aula.

Calouros com medo, direção tentando exercercontrole, veteranos fugindo da fiscalização e asociedade esperando as notícias das atrocidadescometidas.

ingresso em umauniversidade significa,para o jovem, umanova etapa em suavida. Acredito quetoda etapa vencidaexige uma celebração,que, nesse caso,recebe o nome detrote.Este é o rito de passagem para a vidauniversitária".

Maria BernadeteGonçalves de SouzaFundação FEAC

"Acredito que para omundo, o TroteSolidário realizadopela ConsultoriaPUC-Júnior foi umpasso a mais paradefinitivamente repensarmos a novatradição de tratar o‘ b i c h o ’c o md i g n i d a d e " .

Valdir CiminoDiretor Fundador daAssociação Viva e DeixeVi v e r

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trote é um rito depassagem, que devedeixar boas lembrançaspara quem por elepassa. Também é umaboa oportunidade paraos jovens, cheios deenergia e idealismo,experimentarem otrabalho solidário ecomunitário.Ao contrário do trotetradicional que édestrutivo e amargo,o trote da cidadania éconstrutivo eprazeroso, permitindoque se atenda aquelesobjetivos".

Cláudio L.S.HaddadDiretor – Presidente doIbmec

e fato, a formatradicional de sereceber os novosalunos na universidade,já há muito se tornoudesatualizada esempre, ou quasesempre, inadequada eirracional, gerandosérias conseqüências,amplamentedivulgadas".

Eloísa Maria da SilvaRodrigues e DulcinéiaGolçalves RodriguesTécnicas da Pró-reitoriade Extensão e Cultura daUFPR

Chegamos a um ponto em que asociedade não aceita mais o trote violento e ospróprios calouros estão querendo mudanças.

O que fazer?

• Deixar como está

Não podemos deixar um ritual tão importante comoeste perder seus valores por descaso.

• Acabar com o trote

O trote visto como um rito de passagem éfundamental na formação de valores para aconstrução da auto-estima. Por isso, esta não é amelhor alternativa.

• Reinventar o trote (buscar uma nova forma derealizá-lo)

O trote com caráter social surge como uma dasmuitas alternativas para reinventá-lo. A idéia dessetrote é agregar valor a uma comemoração tãosignificativa e especial. Com isso é possíveldespertar o espírito de cidadania e dar oportunidadeaos futuros dirigentes de nosso país de agirem comocidadãos responsáveis.

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"U ma iniciativa boa,uma coisa que deveriater sempre, pois oTrote da Cidadaniatenta reunir o pessoalque está chegando edesmistificar essacoisa do troteagressivo".

MarlonCalouro de EngenhariaCivil da UFOP

"Esta marca éimportante para aformação do grupoque ‘se pinta parauma nova batalha’,pois longa será a‘guerra’que se inicia,e que todos da tribojuntos participarão,enquanto foremuniversitários".

Sami FoguelAluno formado emEngenharia de AlimentosUnicamp

uando entrei naUnicamp em 1998, ocorte de cabelo eraproibido, então depoisda matrícula chegueiem casa e raspeiminha cabeça".

Marcelo PaulaVeterano de EngenhariaAgrícola Unicamp

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O objetivo deste material é mostrar diversaspropostas efetivas de como podemos concentrar eampliar a energia existente no trote, em um trabalhomuito mais concreto e construtivo, proporcionandouma integração entre veteranos, calouros,comunidade e universidade.

2. O conceito deste ritual de passagem

O homem tem necessidade de um rito para con-sagrar certa passagem da vida.Quando somos adolescentes, as mudanças físicasocorrem de forma gradual e o que realmente marcaa saída da adolescência e o aumento de nossasresponsabilidades é o ingresso na faculdade.A importância deste fato realmente merece umacomemoração. Nesse dia os veteranos reconhecemos calouros como parte de sua " t r i b o " e osre c e p c i o n a m com várias atividades tradicionaismuito esperadas pelos calouros.

Muitas vezes ter o cabelo cortado e a face pintada éum orgulho perante a família e amigos, pelo maisnovo "status" assumido.Quase todos os calouros fazem questão dessacomemoração, afinal o primeiro dia na faculdadegeralmente é uma data única em nossas vidas.O que tem assustado muitos jovens é como podemterminar as "brincadeiras" no primeiro dia de aula.

Quem não se lembra do primeiro dia de aula nafaculdade?

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3. Como o trote pode ser uma ação social

O trote com valores sociais pode ser realizado comas mesmas ações do trote convencional, como op e d á g i o , a cervejada, etc. E incluindo a isso tudouma ação social que pode ser em creches, asilos,hospitais, instituições de caridade, fundações, etc.Podem ser promovidas atividades como: doações desangue, doações de alimentos e roupas, plantação demudas de árvores, limpeza de rios e parques, pinturade creches, etc. Também podem ser re a l i z a d a satividades culturais, palestras e festas de integração.Essas festas podem ser dadas em forma dec e r v e j a d a s logo após as ações sociais, para haveruma confraternização entre calouros e veteranos.Nos pedágios com cunho social podem ser entre g u e saos motoristas panfletos educacionais, camisinhas,mudas de plantas ou de flores, saquinhos de lixo, etc.

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4. Histórico do Trote

A primeira vez que se teve notícia de um incidenteocorrido em um trote foi em 1831 e mais de umséculo e meio depois esta tradição ainda estápresente em nossas universidades.O número de incidentes foi crescendo e os limitesentre brincadeiras e violência física e moral foramficando cada vez mais invisíveis. Algumasalternativas de humanização deste ritual foramcriadas, mas com pouca visibilidade e baixaaceitação da comunidade.Sabemos que na década de noventa essasalternativas foram se tornando aos poucos decaráter social. Esta evolução deu um grande saltoem 1998, com o surgimento de diversas campanhascomo: Trote Social, Trote Cidadão, Trote daCidadania, organizadas por universitários visandodifundir esta nova forma de recepção.Com um aspecto social, as campanhas pretendiamquebrar este ciclo de violência. A efetividade destaação é ratificada pela mudança dessas campanhastrês anos após seu surgimento. Agora, muito maisque não praticar violência, essas campanhasestimulam o trabalho voluntário e a implementaçãode projetos sociais universitários.

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6. Ganho do aluno

Por ser um trabalho que envolve muitos conceitos eum grande número de pessoas, listamos abaixo asvantagens de realizar o trote social.

6.1. No âmbito profissional

Os alunos que organizam o trote ganhamexperiências que muitas vezessão fatores de diferenciação epodem contribuir numprocesso de seleção emgrandes empresas.Estes alunos aprendem ouexercitam algumas

características, tais como:

• Trabalho em equipe;• Senso de organização;• Logística (transporte dos alunos para diferentes

l u g a res, em horários predeterminados, almoço,número de camisetas);

• Interação com diferentes públicos (comunidade,e m p resariado, alunos, funcionários da faculdade,etc);

• Documentação (desenvolvimento escrito de umprojeto);

• Captação de recursos (visita a empresas, paranegociação de patrocínios);

• Relacionamento com níveis hierárquicossuperiores (neste caso, a diretoria da faculdade);

6.2. No âmbito pessoal

Depoimento de uma organizadora em 1999.

"Q uando participamosde um trabalho socialpercebemos aimportância quepossuímos comopessoas (sereshumanos). É a vivênciade um momentomágico conquistar aalegria de alguém,fazendo com que estealguém se sinta tãoimportante para simesmo, tornandoquem faz igualmentesatisfeito como pessoa.São vidas diferentesque se encontram e seacrescentam nesteinstante tão especial,fazendo-nos entenderque exercer a cidadaniaé acreditar que umpouco de carinho eatenção faz a grandediferença em nossasvidas".

Maíta Ribeiro BernardesVeterana deAdministração da PUC-Campinas

TroteRito de Passagem

Trote socialRito de passagem +conscientização

RecursosCausa nobre: é mais fácilconseguir parceiros para

patrocinar as açõesdurante o dia

CervejadaCom a possibilidade de captarrecursos, é possível fazer uma

festa ainda maior

IntegraçãoAtividades mais saudáveispromovem uma integraçãoentre calouros e veteranos

ainda maior

ImpactosComo a ação dos alunos é

direta na comunidade,desperta neles uma visão

crítico-social maior

5. Por que fazer o trote de caráter social?

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"É de suma importânciaque atitudes como estasejam cada vez maisconscientizadas,principalmente entreos jovens euniversitários, paracolaborarem com opróximo e exercer seuato de cidadania".

Nina MazzonVoluntária e coord. darecreação e brinquedotecaTrote da Cidadania doscalouros de ComputaçãoJúnior da UNICAMP

"F oi bom ter relembradoque tenho um papelpara melhorar asociedade, transformara realidade de umpedacinho dela.Foi uma tarde, numpequeno local, poralguns instantes…Mas é muitogratificante saber quefiz a minha parte".

Bruna Brido BurregoCaloura deAdministração deEmpresas da UFPR

"O bservamos que aaceitação desde oinício vem aumentando,e que é cada vez maiora participação e avontade dos alunos deajudar, verificadainclusive pelospróprios pais".

Prof. Carlos da CostaDiretor Acadêmico doIbmec

"V ocê pode até ser ateu,mas respeite a vida".

BelEstudante de Medicina

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7. Ganho da sociedade

A ação direta na sociedade gera um ganho em quatrovertentes:

• Universidade• Instituições• Família• Comunidade

Universidades: Alunos, professores e diretores queentram em contato com uma realidade muitas vezesdesconhecida vêem que podem ser agentesmodificadores desta.

Instituições: As pessoas da instituição beneficiadatêm sua consciência de valorização do patrimôniodespertada, pelo benefício da ação gerada.

Comunidade: A comunidade começa a ter apercepção de que todos têm responsabilidade social ea importância da extensão universitária.

Família: As pessoas tornam-se mais sensíveis e maishumanas.

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8. Ganho do Centro Acadêmico

Arealização de um trote com um apelo social traz aoCentro Acadêmico uma divulgação de seu nome namídia e na faculdade, tendo assim uma maiorcredibilidade de suas ações perante alunos,professores e a sociedade.

Por ser um projeto social, a conquista depatrocinadores e parcerias são feitas com menosdificuldade.Outro ganho do C.A. é o conhecimento que osintegrantes adquirem sobre a universidade, isto é,ficam sabendo quais são as funções de diretores,reitores, coordenadores, etc. Entende, assim ahierarquia da universidade, facilitando a execução defuturos projetos.

"O contato comempresas e instituiçõesde caridade amplioumeus relacionamentos.Dentro da Fundaçãoganhei novos aliados;as aulas iniciaram numclima deconfraternização".

Maria Lúcia da SilvaCoordenadora daComissão do Trote FEA2000Presidente do DiretórioAcadêmico deAdministração daFundação EducacionalAraçatuba

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9. Impactos

Atualmente no Brasil, educação não é suficiente enem atinge de forma realmente satisfatória nossapopulação, o que nos traz uma série de c o n s e q ü ê n c i a s,tais como violência, má administração política e gov-ernamental e o que é mais grave: grande parte dapopulação sem senso crítico algum.O trote com caráter social desperta o senso crítico,sendo esse o primeiro passo para uma conscientizaçãonacional.Em uma pesquisa realizada através de entrevistaspor telefone, em bibliotecas, artigos de jornais erevistas, pela internet e em livros, com 115 faculdadesbrasileiras das regiões Norte, Nordeste, Centro - O e s t e ,Sul, Sudeste e Grande São Paulo, pode-se verificarque a maioria das faculdades brasileiras realizout rotes sociais em 2000 e apenas em 4 % das faculdadespesquisadas houve prática de trotes violentos.Notou-se que em muitas faculdades o trote foiproibido, sendo aceito apenas o trote do tipo social.Desta forma, identificou-se que a tendência é aadoção deste tipo de trote e que, cada vez mais, ostrotes violentos estão sendo extintos. Isso ocorredevido à conscientização por parte dos universitáriose da comunidade que percebe que o trote pode teruma participação social.

"E u acho que todos osuniversitários deveriamparticipar, pois a vidanos oferece muito maisoportunidades que agente imagina,principalmente quandovamos trabalhar com oser humano. Isso émuito útil a nósmesmos, ao nossocrescimento, e queacima de tudo,dediquemos nossotempo asolidariedade aopróximo necessitado".

César Teixeira deCarvalhoCoordenador do GrupoTrote da Cidadania daUniversidade Federal deOuro Preto (UFOP)

Trote nas Regiões Brasileiras

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4%

42%

54%Tradicional (sem violência)SocialViolento 15

10. Exemplos de sucesso

Universidade Federal de Ouro Preto(UFOP)

No dia 26 de fevereiro de 2000, cerca de 200 calourosparticiparam da programação que iniciou-se às 8 horasda manhã com um passeio ecológico no ParqueEstadual do Itacolomi. Na entrada do parque acomissão distribuiu camisetas com a logomarca"Trote da Cidadania e UFOP 2000" e os nomes dospatrocinadores que destinaram recursos para oprojeto.Após este passeio, os calouros visitaram a Fundaçãode Arte de Ouro Preto e receberam informaçõessobre os cursos oferecidos. O almoço foi grátis noCafé e Cia e à tarde os estudantes visitaram osMuseus da Escola de Minas, assistiram vídeos,participaram de dinâmica de grupo planejada pelaequipe do Museu da Inconfidência e estiveramtambém no Museudo Oratório.A partir das 18horas foi servido ojantar oferecidopela UFOP paratodos os calouros,veteranos eprofessores.O ingresso para ojantar era umquilo de alimentonão perecível quefoi entreguepelos c a l o u ros a

"A iniciativa é boa.Deve continuar e acada ano envolver nãosó os universitários,como também acomunidade toda.Eu achei muitoimportante estarpraticando asolidariedade e amarao meu próximo.Senti-me cidadã deverdade".

Fabíola BuzimCaloura de Artes Cênicasda UFOP

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Instituições de Assistência Social de Ouro Preto.Encerrando as atividadesdo dia do Trote daCidadania aconteceu umshow no Teatro de Arenado Campus Morro doCruzeiro, com apresentações deestudantes, professores emúsicos da cidade.No dia 20 de março houve aentrega de 50 quilos dealimento à Pastoral daCriança do Bairro SantaCruz, a mais carente dacidade, que atende cerca de

150 crianças da faixa etária de 7 a 15 anos.A UFOP participougratuitamente da montagemde algumas oficinasexistentes, como a deCulinária com omonitoramento dos alunos deNutrição; no Laboratório deInformática os alunos docurso de Computação fizeramtreinamento dos monitores eo Departamento de EducaçãoFísica desenvolveu atividadesesportivas.No dia 21 de março foram entregues outros 50quilos de alimentos para o Grupo Assistencial Autade Souza, que atende 153 crianças de 7 a 14 anos.

UFOP-DCE - fone: (031) 3559-1208

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Universidade Federal de Santa Catarina(UFSC)

Os membros do centro acadêmico de Administraçãoda UFSC realizaram no dia 21 de março e 3 de abrilde 2000 o Trote Cidadão. Participaram mais de 200estudantes do período diurno dos cursos deAdministração, Ciências Contábeis, Economia eServiço Social e mais de 30 professores, chefes dedepartamento, presidentes de colegiados e donos deempresas privadas.Pela manhã e pela tarde, as entidades visitadasforam: Creche do Mocotó, Casa da Criança, Centrode Integração Saco dos Limões, Creche do Pantanale NDI. No período da noite houve o plantio deárvores por toda UFSC. Em ambos os turnos, aconteceu umaconfraternização no Bar do Pida, entre todos osintegrantes do Trote Cidadão. Através de parceriasforam confeccionadas faixas, camisetas e adesivos afim de arrecadar dinheiro para compra de brinquedospara as crianças e demais materiais que foramutilizados durante o trote.

C.A. de Administração - fone: (048) 331-9092

Pontifícia Universidade de São Paulo(PUC-SP)

Durante os dois primeiros dias de aula (21 e 22 defevereiro) foi realizado o "Trote Solidário". O projetosaiu da iniciativa de 5 alunos integrantes do ProjetoAPAT da Consultoria PUC-Júnior da Faculdade deEconomia, Administração, Ciências Contábeis eAtuariais. Envolveram por volta de 400 alunos entreveteranos, calouros, professores da FEAPUC-SP,pedagogas e educadoras das instituições e por

"O trote cidadão foiuma iniciativa muitoboa dos alunos do CSE.A integração com oscalouros foi feita deuma forma diferente,fazendo com que osnovos alunos do cursopudessem se divertir eao mesmo tempotrazer alegria para ascrianças dacomunidade".

Adriana KuchlerBolsista do projetoUniversidade Aberta daUFSC

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volta de 550 crianças carentes das creches e centrosde juventude. No dia 21 de fevereiro a recepção decalouros foi feita com uma gincana de integraçãoentre veteranos e calouros. Depois, foi realizadauma palestra sobre a importância de se respeitar anatureza, meio ambiente e ecologia. Logo após,os estudantes foram para cinco pontos de pedágioespalhados pela cidade. Foram entregues a cerca de6000 motoristas panfletos explicativos sobre o tro t e ,s o b re cidadania, ecologia, orientações em caso deenchentes, informativos sobre DST e saúde,preservativos e panfletos sobre a Associação Viva eDeixe Viver, a Creche Santíssimo Sacramento emudas de árvore fornecidas pela SOSMata Atlântica.Após o almoço houve atividades em4 instituições. Nestas entidades oscalouros e veteranos, juntamentecom as crianças, promoverambrincadeiras, gincanas, concursode danças, montagens de maquetes,teatros, etc.Com a iniciativa e liderança do Movimento VidaNatural, um outro grupo foi ao Parque da ÁguaBranca, onde foram plantadas diversas mudasdoadas pela SOS Mata Atlântica.Às 5 horas da tarde foi realizado um churrasco,houve show de maracatu e capoeira.No dia 22 de fevere i ro foram realizadas as mesmasatividades do dia anterior exceto as atividades noParque da Água Branca e outras palestras.Por fim, foi feita uma festa de encerramento naMicro Cervejaria Continental.

Consultoria Puc-Júnior - fone: (011) 3670-8186/3670-8565

"E ssa proposta de‘trote solidário’ noslevou a acreditar numanova visão de troteuniversitário, quepropõe a quebra doparadigma debrincadeirasinadequadas. É umaforma inovadora detrote, que abre novoshorizontes sociais tantopara os universitárioscomo para as criançase adolescentesmoradores da periferiade São Paulo, superandoos espaços físicos esociais que osdistanciam".

Suely de MattosCoordenadora Pedagógicada Casa do Zezinho

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Universidade Federal da Paraíba (UFPB)Os integrantes do DCE da universidadeorganizaram o Trote da Cidadania com atividadesem todos os 7 campi, concentrando-as em CampinaGrande e João Pessoa. Ocorreu de 24 a 28 de abril de2000 e teve um total de mais de 9000 alunosenvolvidos.Em João Pessoa foi montado o circo da cidadania noestacionamento da biblioteca central, onde fizeramapresentações aos calouros dos professores,veteranos e diretores dos centros e foi feito umreflorestamento do campus.Em Campina Grande fizeram uma abertura compresença de todos os segmentos da universidadecampinense, discutiram a universidade e suaimportância na formação do indivíduo, a semana deprodução discente dos alunos de engenharia,doações de sangue, reflorestamento do campus,distribuição de preservativos, passeata da prevençãocontra AIDS, pedágio da cidadania ondedistribuíram cartilhas de prevenção contra doençassexualmente transmissíveis, fizeram um karaokêpara arrecadação de livros que foram doados aosestudantes carentes do município.

UFPB-DCE - fone: (083) 310-1251

Trote organizado pela FENEAD NE VIO trote organizado pelos membros da FENEAD deSalvador foi realizado durante uma semana,a última do mês de agosto, onde foram arrecadados alimentos, roupas, notas fiscais, brinquedos, livros eroupas de personalidades famosas. No primeiro diade gincana, os integrantes fizeram uma Cerimôniade Abertura de todos os projetos da FENEAD (Trote,Grêmio e Geração) onde o prefeito de Salvador foiprestigiá-los.

"Aqui na Paraíba tinhauma cultura de receberos calouros de formaagressiva. Conseguimos mudaressa recepção, juntamosa sociedade com osuniversitários.Nós fomos o únicoestado nordestino quefez o Trote daCidadania com aintegração dos campi.Nós desejamosconstruir uma imagemdiferente dosuniversitários".

Marisa Carla NacimentoTesoureira do DCE eorganizadora do Trote daCidadania da Paraíba

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Coordenação GeralLuís Norberto Pascoal

Marcelo Resende Scharra de Oliveira Paula

Pesquisa e DesenvolvimentoMila Shirai Vieira

ColaboradoresFernando Gomes de Moraes

Marcio Teruo OnoderaTânia Rios

AgradecimentosA todas as pessoas que deram seus depoimentos, a toda a

Equipe da Fundação Educar DPaschoale a Equipe da Consultoria PUC-Júniorque ajudou na pesquisa deste manual.

Participaram 16 faculdades sendo que cada sala decalouros formava uma equipe da gincana. Cada um dositens solicitados por ela tinha um valor.No último dia da gincana o pessoal da organização sedividiu e passou em todas as faculdades para contar asarrecadações e verificar as pontuações. Nesse mesmo dia,à noite, houve a festa do “Pagodão do Trote Cidadão”onde foram todos os participantes. Neste local foramdivulgados os resultados das equipes vencedoras, queforam 3. As equipes receberam uma placa honrosa e umarodada de Chopp. Nesta festa foram mais de 2.000pessoas e o convite era a camisa do Evento. No outro diaas doações foram distribuídas. As entidades beneficiadasforam: GAPA - Grupo de Apoio a Prevenção da AIDS;NASPEC - Núcleo de Apoio a Pessoas com Câncer, Lardas Crianças Carentes e algumas comunidades que aVisão Mundial ajuda na Bahia.Houve uma grande cobertura na mídia:Jornal ATarde, Correio da Bahia, TV Bandeirantes,TV Bahia e TVRecord.Durante uma semana, o Trote Cidadão foi muitorequisitado pelos jornalistas.

FENEAD NE VI - fone: (071) 235-6373e-mail: [email protected]

"E uma experiênciamuito gratificante eengrandecedora conseguir com que osuniversitários tenhamresponsabilidadesocial, que saibam oque é terceiro setor eque dêem um pontapéinicial em relação àação de projetos sociais".

Roberta Alves de OliveiraCoordenadora do TroteCidadão da FENEAD NE VI

ingresso numa uni-versidade é tempode mudança, em

que deverão serabsorvidos novos con-ceitos relativos aosdeveres de cadacidadão. Ser cidadão é,sobretudo ser humano,solidário e justo com ascausas sociais”.

Sônia Loyola (Acessoriade Comunidade da UFPR)Trote da Cidadania, reali-zado pelo CEAD-UFPR

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11. Conclusão

Com a realização do trote social e de outras atividades sociais, alunos,professores e comunidade em geral começam a ter consciência de seusdeveres como cidadãos e a agir como tal, em vez de simplesmenteexigirem os seus direitos.Os alunos universitários são uma grande força transformadora de todasociedade, capazes de enfrentar paradigmas e gritar em nome dasociedade. Não há força que resista a jovens decididos e nunca umanação precisou tanto dessa energia. Ações que estimulam o pro t a g o n i s m ouniversitário, como o trote social, pela visibilidade e impacto gerado,aproximam a universidade de sua comunidade, dando uma grandeesperança de reação, uma vez que unimos população à comunidadeacadêmica universitária, governo, comunidade geral e empresas.

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