exibidor #08

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ANO II – Nº 08, JANEIRO/2013 WWW. EXIBIDOR. COM. BR Entrevista Fernando Meirelles discute a exibição Marketing Promova o cinema assim como o filme Prêmio ED Os grandes destaques de 2012 Guia ajuda com orientações sobre atendimento, projeção, limpeza e acessórios

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Revista Exibidor número 08

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Page 1: Exibidor #08

Ano II – nº 08, jAneIro/2013www.exIbIdor.com.br

EntrevistaFernando Meirelles discute a exibição

MarketingPromova o cinema assim como o filme

Prêmio EDOs grandes destaques de 2012

Guia ajuda com orientações sobre atendimento, projeção, limpeza e acessórios

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08 DE MARÇO NOS CINEMASDISNEY.COM.BR

/WaltDisneyStudiosPara materiais de nossos � lmes acesse: www.disneyexibidor.com.br

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08 DE MARÇO NOS CINEMASDISNEY.COM.BR

/WaltDisneyStudiosPara materiais de nossos � lmes acesse: www.disneyexibidor.com.br

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4 Exibidor, janEiro-2013

Expediente

Edição E dirEçãoMarcelo J. L. Lima

rEdação Natalí Alencar (MTB 51480)[email protected]

Paulo FernandoCibele GandolphoJanaina Pereira

ProjEto Gráfico E dirEção dE artERaphael [email protected]

assistEntE dE artEFernando [email protected]

rEvisãoTalita [email protected]

comErcial E anú[email protected].: (11) 4040 4712

assinaturaswww.exibidor.com.br/assineTel.: (11) 4040 4712de segunda a sexta das 8h30 às 17h30

colaboradorEsAntonio Lima Neto, Igor Kupstas Espaço/Z e Omelete

imPrEssãoVox Editorawww.voxeditora.com.brTiragem de 2000 exemplares

corrEsPondênciaRua Ênio Voss, 78São Paulo (SP) | 02245-070Tel: (11) 4040 [email protected]

A Revista Exibidor é uma publicação trimestral da:

www.tonks.com.br

Os artigos assinados não refletem necessa-riamente a opinião da Revista Exibidor.

Proibida a reprodução parcial ou total do conteúdo sem autorização da Tonks.

EstE ExEmplar faz partE do acErvo da cinEmatEca do rio dE JanEiro.

Crescendo graças a você

E chegamos ao fim de mais um ciclo anual da Revista Exibidor. Agora são 8 edições entregues ao exibidor com muito prazer, obrigado!

Chegar a esta pequena marca é uma grande conquista para toda a equipe Tonks, que desenvolveu esta ideia no final do ano de 2010, se tornou realidade e viu nestes dois últimos anos a revista tomar forma e ser respeitada e tão desejada por exibidores de todo o Brasil a cada três meses.

Novas edições virão, mas não ficaremos nesta receita para sempre. E é por isso que anunciamos oficialmente nesta edição o lançamento do Portal Exibidor (www.exibi-dor.com.br), desenvolvido e criado para dar mais dinamismo a toda à equipe jornalís-tica da revista. Após dois anos nesta área, percebemos o quão doloroso é abrir mão de muitas novidades e informações por motivos de espaço ou até mesmo de tempo.

Também apresentamos nossos mais novos cola boradores do corpo jornalístico da re-vista: Cibele Gandolpho, Janaina Pereira e Paulo Fernando. Estes se juntam à Natalí Alencar, que junto comigo, desenvolvemos a ideia desta revista dois anos atrás.

Posto isso, a edição de número 8 chega a suas mãos começando com uma entrevista exclusiva do diretor brasileiro Fernando Meirelles que comenta suas opiniões e pensa-mentos em relação ao exibidor.

A matéria de capa apresenta 50 dicas para manter a qualidade do seu cinema em dia, principalmente se tratando de atendimento, limpeza, projeção e outros departamentos.

Viajamos pelo mundo mais uma vez e agora chegamos à Itália. Como são os cinemas e os costumes dos italianos quando decidem assistir a um filme?

Analisamos as bombonières brasileiras com os exibidores e procuramos a forma ideal para trabalhar com um mix de produtos suficiente que atenda ao cliente final de forma satisfatória. Por outro lado, o que os exibidores têm feito para promover o seu cinema e não só os filmes que passam ali dentro.

Para completar, ainda temos a cobertura do Prêmio ED 2012. Em sua 5ª edição, o evento ficou marcado por fortes emoções e a surpresa de quatro prêmios serem dirigi-dos a distribuidoras independentes.

Com tantas novidades, só temos a agradecer o apoio dos leitores e o suporte de todos os patrocinadores. Em abril, nos encontramos no Show de Inverno em Campos do Jordão. Porém, desta vez, podemos nos encontrar diariamente no Portal Exibidor.

Um grande abraço,

Editorial

Marcelo J. l. limadIRETOR E EdITOR ChEFE dA REVISTA ExIBIdOR

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6 Exibidor, janEiro-2013

EMprEsas E instituiçõEs Citadas

AAES Eletropaulo // 39ANCINE // 10, 11

BBanco Nacional // 54Barco // 10, 11Benetton // 27BNDES // 10

CCalifornia // 48Centauro // 10Centerplex // 43, 44, 47Christie // 10Cine 14 Bis // 39, 40, 42, 43, 44Cinearte // 54Cinedigm // 10Cinemark // 12, 19, 39, 43, 47, 48Cinépolis // 47, 48Cinespaço // 19, 54Cinesystem // 10, 39, 40, 43, 44Claro // 39

dDC Comics // 15Dim & Canzian // 39Discovery Kids // 39Disney // 12, 15Doremi // 10Dreamworks // 12

eEspaço Itaú de Cinemas // 47, 48, 54

fFischer Friends // 39Four Midia // 39, 40Fox Film // 48

gGDC // 10, 11GNC // 44

iItaú // 54

jJWT Thompson // 39

kKinoplex // 38, 39, 40, 42, 43, 47, 48

mMarvel // 12Mavalério // 43, 44Mediaset // 27Medusa // 27MTV // 15

nNEC // 10

oO2 Filmes // 19Ogilvy // 39

pParamount // 47Paris Filmes // 47, 48

qQuanta Cinema // 10

rRoxy Cinemas // 47, 48

sSantander // 39Sony Pictures // 22, 48

tTELEM // 10, 11The Space Cinema // 27

uUCI // 18Unibanco // 54

vVivo // 39

wWarner Bros. Pictures // 15Warner Village // 27

xXPand // 10

yYoung // 39

Queremos saber a sua opinião. Envie seus comentários para:

[email protected].

Espaço do lEitor

Com muita alegria percebo que grandes exibidores estão valorizando a localização de antigos cinemas de São Paulo e modernizando-os. Uma matéria mostrando estes bons exemplos seria muito interessante, como o cine Marabá (Playarte), o Espaço Itaú Augusta (antigo cine Majestic), entre outros.

Antonio Ricardo Soriano (São Paulo – SP)

Recebemos pelo correio o exemplar da edição de outubro. Achamos a reportagem muito bacana e muito bem feita. Parabéns! Agradecemos e continuamos à disposição.

Patrícia Regina Feix Mello (Kastrup) - Curitiba (PR)

Page 7: Exibidor #08

rua dos gusmões, 123 | são paulo - sp | 01212-000 | fone: 11 3331 8055 | [email protected] | www.centauro-cinema.com.br

Integradora ofi cial

DIGITALIZAÇÃO. AGORA OU NUNCA!

O fi m da distribuição de fi lmes no formato de 35 mm marcado para

o fi nal de 2013 certamente será um marco para a indústria cinematográ-

fi ca brasileira.

De um lado os distribuidores aguardam este momento ansiosos, pois além da

economia gerada com as cópias digitais eles verão seus fi lmes sendo exibidos num

maior número de salas.

Do outro lado, porém, os exibidores sem muita escolha são forçados a migrar para esta nova

tecnologia, mas o desconhecimento técnico ge-neralizado tem difi cultado a tomada de decisão no

tocante à escolha dos equipamentos disponíveis no mercado.

Temos visto muitas salas de cinema equipadas com pro-

jetores demasiadamente grandes, que além de serem mais caros tem seu custo operacional elevado por conta de lâm-

padas xenon mais potentes e da energia elétrica necessária para seu funcionamento.

Em outros casos temos visto projetores demasiadamente pe-quenos, que apesar de terem um custo inicial mais atrativo tor-

nam as projeções escuras (o que ainda piora com a utilização dos sistemas 3D) reduzindo assim as possibilidades de retorno deste

alto investimento por conta da baixa frequência que a má qualidade trás para alguns cinemas.

O que fazer então? Entendendo esta necessidade a equipe da Cen-tauro Cinema vêm realizando um trabalho de conscientização junto aos

exibidores – principalmente os de menor porte – explicando que nem sempre o menor valor de aquisição trará a melhor solução técnica para

cada projeto.

A Centauro Cinema tem sido eleita por muitos como a gestora técnica de suas empresas. Assim podemos explicar tecnicamente nossas propostas co-

merciais e com o devido conhecimento todos passam a entender as soluções e tecnologias disponíveis por nós apresentadas.

Contamos ainda com a melhor equipe técnica da atualidade que suportada pe-los fabricantes vem atendendo às expectativas dos exibidores que aderiram aos

nossos planos de manutenção. Prestamos também serviços de monitoramento remoto (NOC) além de possuirmos bases técnicas localizadas em São Paulo, Rio

de Janeiro e Recife que visam um atendimento avançado de forma mais efi caz às demandas dos cinemas.

Ainda confuso com as siglas IMB, HFR e IMS? Então agende uma visita com a equipe comercial da Centauro Cinema e traga o seu projeto que faremos um estudo técnico con-

siderando as últimas tecnologias disponíveis além de elaboração de proposta comercial sem compromisso.

A Centauro® leva o seu cinema para outra dimensão

Page 8: Exibidor #08
Page 9: Exibidor #08

9 Exibidor, janEiro-2013

suMário

para

Salas de Cinema/30

Notícias/10Giro pelo mercado

Claquete.com/14Novidades do cinema

Entrevista/18Diretor Fernando Meirelles

Artigo Relacionamento/22Uso do Celular no Cinema

Mundo Afora/25Conheça os cinemas da Itália

Artigo RH/37Como ser líder e treinador

Atitudes simples podem melhorar o cotidiano e trazer mais rentabilidade ao negócio

38/MarketingPromover o cinema como negócio significa fidelizar o consumidor

42/AlimentaçãoMix diferenciado e regionalizado é atrativo para o cliente final

46/Prêmio ED 2012Novidades entre os premiados marcaram a 5ª edição do prêmio

50/AgendaPróximos lançamentos

54/TrajetóriaGrupo Espaço. Alternativo, independente e economi-camente viável

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10 Exibidor, janEiro-2013

notíCias

A XPAND 3D participou do Festival de San Sebastian (Espanha) com sua tecnologia 3D em parceira regional com a Kelonik.

Estavam no Festival os astros Dustin Hoffman, Tommy Lee Jones, Ewan McGregor, John Travolta Oliver Stone, Benicio del Toro, Ben Affleck e Catherine Deneuve, todos para receber os prêmios Donostia.

O San Sebastian Film Festival também contou com a estreia mundial de The Art of Flight 3D e a estreia europeia de Storm Surfers 3D. Ambos os filmes foram exibidos no Velódromo, que possui uma tela de 25 x 11 metros e espaço para acomodar 3.500 pessoas. A Kelonik equipou o local com a solução XPAND 3D.

Xpand 3d marca presença no Festival de san sebastian

©Divulgação

©Divulgação

A Cinesystem é a primeira exibidora do País a implantar o “autosserviço” . O piloto do projeto já funciona na unidade do Shopping Hortolândia (foto), mas oficialmente o primeiro cinema do Brasil com este conceito é o de Londrina, inaugurado em no-vembro último.

No sistema, o cliente vai comprar seus ingressos em estações de vendas com monitores touch screen e também se servir sozinho dos produtos oferecidos na bombonière. Com isso, haverá um aumento na variedade de produtos e maior liberdade de escolha.

“A Rede Cinesystem sempre investiu em ideias inovadoras e está constantemente em sintonia com as práticas mais modernas e com as tendências do mercado internacional”, conclui Sâmara Kurihara, gerente de marketing.

Cinesystem inova com conceito autosserviço

Chega ao mercado a Quanta CinemaA Quanta Cinema, que há três anos era uma unidade de negócios da TELEM, agora passa a ter identidade própria.

A empresa atuará em diversas frentes de negócios, tais como: conversão das salas digitais; sendo a TELEM a VPF Holder cadastrada junto ao BNDES, ANCINE e estúdios; transmissão de conteúdo via satélite; exploração de mídia em tela (publicidade, conteúdo alternativo, etc.); entre outros.

“Nossas negociações de VPF estão bem adiantadas e brevemente espera-mos trazer boas novidades para o mer-cado exibidor”, afirma Luis Ciocler, da Centauro, que é uma das parceiras da Quanta, além da Barco, NEC, Chris-tie, Doremi, GDC, Cinedigm.

A Quanta Cinema também se prepara para atuar no programa “Cinema Per-to de Você”.

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11 Exibidor, janEiro-2013

A partir de janeiro, a Cineart inaugura o Cineart Ponteio Lar Shopping. São quatro salas, sendo uma Premier e com tecnologia 3D. O cinema conta com poltrona reclinável automática em couro, mesa integra-da, menu gourmet com carta de vinhos e lounge VIP.

O complexo é 100% digital. Todas as salas e foyer possuem sistema de higienização do ambiente e do ar aplicado pela SuperSan, que impede a proliferação de Ácaros, Bactérias e Fungos (mofo) causadores de rini-te, asma, bronquite, sinusite e outras reações alérgicas.

A GDC aumentou sua presença no mercado asiático em 60% no ano de 2012, atingin-do o patamar de 23 mil unidades de servidores instaladas.

Atualmente, a participação de mercado é de 81% em Hong Kong, de 90% em Cinga-pura, perto de 60% na China e Taiwan, mais de 50% na Coréia do Sul e 40% no Japão.

“A Ásia é um mercado de crescimento significativo para GDC. Atingir a cota de mer-cado dominante na região é uma grande conquista para a empresa”, disse o fundador e CEO da empresa, Sr. Homem-Nang Chong.

A ANCINE divulgou a Cota de Tela es-tabelecida para 2013 durante reunião re-alizada com alguns agentes do mercado.

Segundo a Agência, houve consenso en-tre os produtores, distribuidores, exibi-dores e cineastas presentes sobre manter o mesmo patamar de 2012. Ou seja, em 2013, dependendo do número de salas de exibição de cada complexo, os cinemas terão que cumprir entre 28 e 63 dias por sala e exibir, pelo menos, entre 3 e 14 fil-mes nacionais diferentes.

Com base nas demandas dos exibi-dores, a ANCINE fez alterações na Instrução Normativa 88. O limite de 1/3 da transferência do total de dias de obrigatoriedade a que estiver sujei-to cada complexo passou para 50%. O texto também deixa mais claro que o que se transfere são os dias de obriga-toriedade, e não os dias de exibição.

A Barco anunciou o lançamento do DP2K-10Sx, projetor de cinema digital compacto e desenvolvido especialmente para cinemas pequenos, cinemas independentes e casas de arte. Por ser de fácil instalação, é uma das opções ideais para diminuir custos operacionais com o padrão DCI.

Segundo a fabricante, o novo DP2K-10Sx inclui: 0.69” DLP Cinema projetor, lentes de cinema High-grade, lâmpada Xenon 2.2 kW, Integrated Media Server com armazena-mento redundante e 3D interno de fábrica (que pode ser opcional).

A solução visa atender pequenos exibidores que não podem dispor de grandes investi-mentos para a projeção digital.

novo Cineart ponteio

GdC aumenta em 60% a instalação de servidores na ásia

Definida Cota de tela para 2013

©Divulgação

©Divulgação

Barco lança novo projetor para telas pequenas

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12 Exibidor, janEiro-2013

notíCias

A Cinemark inaugurou em dezembro, no shopping VillageMall (Av. das Américas, 3700 – Barra da Tijuca/RJ), um complexo formado por quatro salas Prime, inteiramente di-gital, que totalizam 330 lugares. O projeto arquitetônico é assinado por Arthur Casas.

Dentre os diferenciais do cinema, as poltronas elétricas permitem que o espectador de-termine a inclinação desejada da poltrona e do descanso para os pés. Além disso, são revestidas de couro e equipadas com um abajur instalado em seu braço, criando um clima mais acolhedor.

As salas foram equipadas com o sistema de sonorização Bose. Nas salas, os projetores são todos digitais e podem exibir filmes em 2D e 3D.

Cinemark inaugura sala Vip no rio

A MasterImage 3D ampliou seu portfólio de produtos e agora conta com novas soluções, cada uma projetada para tamanhos de tela exclusivos e necessidades diversas dos exibidores. Todas compatíveis com exibição em altas taxas de quadro por segundo. São eles: MI-CLARITY3D SA (Teatros standard), MI-CLARITY3D MX (Mezanino livre, teatros sem cabines de projeção) e MI-CLARI-TY3D RH (teatros com cabines de projeção em espaço limitado).

Para soluções customizadas, aplicáveis a uma variedade de telas e orçamentos para grandes e pequenos exibidores há as soluções de automatização para 2 e 3D: MI-WAVE3D (cinemas com telas menores) e MI-DUAL3D (cinemas com projeção 2 e 3D).

Masterimage 3d amplia portfólio de sistemas 3d digital

O vice-presidente de vendas interna-cionais da Walt Disney Studios, David Kornblum, será premiado em almoço re-alizado na CinemaCon. O 2013 Cinema-Con Passepartout Award será entregue em 15 de abril durante um almoço especial. O prêmio é concedido anualmente a um executivo da indústria cuja dedicação e compromisso com o mercado internacio-nal foi destaque.

David Kornblum trabalha para os Es-túdios Walt Disney Motion Pictures na equipe de distribuição internacional há mais de 23 anos. Em sua função atual, ele supervisiona a distribuição dos estúdios Disney, Marvel, Pixar, Walt Disney Fe-ature Animation e títulos Dreamworks nos seguintes mercados: Japão, Austrá-lia, Rússia, Coréia do Sul, Taiwan, Hong Kong, Cingapura, Malásia, Tailândia, Filipinas, Vietnã, Indonésia, Nova Ze-lândia e Índia.

Executivo da disney receberá premiação na CinemaCon

©Divulgação

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14 Exibidor, janEiro-2013

ClaQuEtE.CoM

divulgada primeira imagem de “Guerra Mundial Z”

James Cameron rodará “Avatar 2” e “3” no final de 2013

O filme Guerra Mundial Z (World War Z) teve sua primeira foto divul-gada. A previsão para lançamento é em junho de 2013.

World War Z, do autor Max Brooks (Guia de Sobrevivência a Zumbis), é o relato de uma guerra contra uma legião de humanos contaminados, que morreram e ressuscitaram na forma de zumbis. A trama acompa-nha o autor desse relato, um oficial das Nações Unidas (Brad Pitt).

Veja o trailer no Claquete.com.

Em entrevista à New Zealand Radio, James Cameron, que está morando na Nova Zelândia enquanto prepara a pré-produção das sequências de Avatar (Avatar), atu-alizou o seu cronograma. A ideia do cineasta é fechar os roteiros até fevereiro e começar a rodar Avatar 2 e 3 si-multaneamente no final de 2013.

Cameron explica que quer ter os textos fechados para não

©Divulgação

©Divulgação

precisar reescrever nada durante a fase de efeitos e monta-gem. “Quero ter esses roteiros prontos, não quero ter que ficar escrevendo depois. Isso aconteceu no primeiro filme, acabei jogando fora um monte de cenas, e não quero que isso aconteça de novo”, diz ele.

Avatar 2 e 3 serão produzidos simultaneamente; a segun-da parte tem previsão de lançamento para 2014 ou 2015.

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15 Exibidor, janEiro-2013

Foi divulgado o novo trailer dublado de O Homem de Aço (Man of Steel), longa dirigido por Zack Snyder. O vídeo mos-tra a dificuldade do menino Clark Kent para manter seus poderes em segredo e as aventuras do herói já crescido e vivido por Henry Cavill.

O filme é produzido por Charles Ro-ven, Emma Thomas, Christopher Nolan e Deborah Snyder. O roteiro foi escri-

Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland), versão de Tim Burton para o clássico de Lewis Carroll, terá continu-ação. Segundo a Variety, a roteirista Lin-da Woolverton retornará para escrever o novo filme.

A fantasia estrelada por Mia Wasiko-wska e Johnny Depp é o maior sucesso da carreira do cineasta e foi o maior filme do Walt Disney Studios em 2010, com mais de US$ 1 bilhão nas bilheterias do mundo todo.

Warner divulga novo trailer dublado de “o Homem de aço”

“alice no país das Maravilhas”, de tim Burton, terá continuação

Comédia nacional “os penetras” já foi vista por 1,5 milhão de pessoas

O filme Os Penetras, de Andrucha Waddington, foi visto por mais de 1,5 milhão de pessoas. Estrelado pelos atores Marcelo Adnet, da MTV, Eduardo Sterblitch, do Pâ-nico, e Mariana Ximenes (novela Guerra dos Sexos), o longa estreou em 30 de novembro, em 316 salas.

A comédia registrou também a maior abertura entre os filmes na-cionais em 2012, com renda de R$ 3,8 milhões e 336 mil espectadores (média de 1.060 espectadores por sala) no primeiro fim de semana de exibição.

O filme conta a história do apaixo-nado Beto (Sterblitch), que chega ao Rio de Janeiro às vésperas do réveillon à procura de Laura. Des-prezado, tenta o suicídio, mas é sal-vo pelo golpista Marco Polo (Ad-net). Em busca de amor, dinheiro e aventura, eles vão participar das festas mais quentes da cidade.

©Divulgação

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to por David S. Goyer, a partir de uma história de Goyer e Nolan, baseado no personagem Superman criado por Jerry Siegel e Joe Shuster e publicado pela DC Comics. Thomas Tull e Lloyd Phillips estão como produtores executivos.

Atualmente em produção, O Homem de Aço tem lançamento previsto para 12 de julho de 2013. Assista o trailer no Claquete.com.

Page 16: Exibidor #08

O cinema nos ensinou a ter cuidado nahora de aceitar o que nos oferecem por aí...

...confie em quem conheceo exibidor além das telas.

[ WEBSITES . HOTSITES . SISTEMAS . WEBMARKETING ]

FACEBOOK.COM/BRTONKS . TWITTER.COM/BRTONKS

w w w . t o n k s . c o m . b r

Page 17: Exibidor #08

O cinema nos ensinou a ter cuidado nahora de aceitar o que nos oferecem por aí...

...confie em quem conheceo exibidor além das telas.

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FACEBOOK.COM/BRTONKS . TWITTER.COM/BRTONKS

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Page 18: Exibidor #08

18 Exibidor, janEiro-2013

Cotas de exibição para as produções nacionais não quebraram cinemas brasileiros, ressalta diretor do aclamado Cidade de Deus

Por: Paulo Fernando

produzir filmes no Brasil não é uma empreitada fácil. Por conta das leis de incen-tivo ao setor e do sucesso dos títulos nacionais nos últimos anos, as demandas relacionadas ao financiamento das obras foram solucionadas.

Entretanto, os profissionais de cinema enfrentam outros gargalos, como o baixo número de salas de exibição num país de dimensões continentais e quase 200 milhões de habitantes.

“A lógica do exibidor não é um segredo para ninguém”, afirma o cineasta Fernando Meirelles, diretor do aclamado Cidade de Deus e outras produções de sucesso inter-nacional, entre as quais O Jardineiro Fiel (The Constant Gardener), que rendeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante para a britânica Rachel Weisz.

Defensor das polêmicas Cotas de Tela para os produtos audiovisuais brasileiros, o mais proeminente diretor e produtor em atuação no país lembra que nenhuma empresa exi-bidora foi à falência em função dessa política. “A competição com o cinema estrangeiro é desleal. Só uma barreira deste tipo pode equilibrar um pouco o jogo”, avalia.

“Um lançamento como o do último episódio da Saga Crepúsculo: Amanhecer Parte 2 (The Twilight Saga: Breaking Dawn - The final), por exemplo, deveria pagar uma taxa por excesso de ocupação do mercado. Sei que a maioria dos exibidores pode não concordar

EntrEVista

©Divulgação

Fernando Meireles

Relação entRe cineastas

e exibidoRes é ‘angustiante’

Page 19: Exibidor #08

19 Exibidor, janEiro-2013

com isso, mas é preciso lembrar que cine-ma é também cultura”, argumenta.

Na entrevista concedida por e-mail à Re-vista Exibidor, Meirelles ainda salienta que o emergente nicho do vídeo sob de-manda abre uma ampla janela de opor-tunidades para os produtores de filmes menores, que, agora, podem disponibili-zar suas obras por um tempo mais longo.

“Poucos exibidores fazem suas opções de programação tentando criar um perfil  espe-cífico [de público]”, observa. “Mesmo quando vou ver James Bond, prefiro a sala onde há outros filmes que eu gosto”, acrescenta.

Segundo Meirelles, os filmes que atual-mente fazem sucesso no país são aqueles voltados à nova classe média. “Para quem quer contar histórias com outra pegada, é importante criar projetos que não sejam muito caros, para se viabilizarem com 200 ou 300 mil espectadores”, aconselha.

Revista Exibidor – Como se dão os ne-

gócios entre quem está no início da ca-

deia cinematográfica brasileira e quem

está lá na ponta, exibindo as obras?

Fernando Meirelles – A relação com os exibidores é muito angustiante, pois, nós, produtores, gastamos, em média, dois anos da nossa vida para colocar em pé um projeto e, às vezes, mesmo que ele seja bom, um executivo de uma cadeia de cine-mas pode não gostar muito do gênero ou de alguma coisa do filme e, então, decide que, ao invés de 120 salas, vai dar apenas 30, e não há nada que possamos fazer.

Exibidor – dada sua carreira interna-

cionalmente conhecida, que experiên-

cias interessantes você poderia citar

nessa área?

Meirelles – Minha experiência mais bem-sucedida foi com o Domésticas, lançado com seis cópias no Brasil e distri-

buído por nós mesmos, da O2 Filmes. O filme fez perto de 120 mil espectadores, um dos maiores público por cópia de que tenho notícia, muito acima de Cidade de Deus, que também não foi mal. Aliás, Cidade de Deus teve uma coisa bacana. Ele abriu com 80 salas e, a cada semana, foi ganhando novas cópias, até chegar a umas 210 salas. Foi uma boa surpresa.

Exibidor – O cinema nacional cresceu

nos últimos 10 anos, porém, o desem-

penho do setor voltou a cair em 2012.

A que fatores você atribui esse fato?

Meirelles – Os filmes que fazem grande pú-blico no Brasil são os filmes mais populares, aqueles que agradam a nova classe média. Para quem quer contar histórias com outra pegada, é importante criar projetos que não sejam muito caros, para se viabilizarem com 200 ou 300 mil espectadores. A lógica do exibidor não é um segredo para ninguém, já que o objetivo desse negócio é levar mais gente ao cinema. Poucos exibidores fazem suas opções de programação tentando criar um perfil  específico. Quem conseguiu manter uma identidade, como é o caso das salas do Adhemar de Oliveira, do Espaço do Cinema,  garantiu sua fatia de mercado. Mesmo exibindo blockbusters, ele conquistou clientes fiéis. Eu moro na Granja Vianna e, por exemplo, tenho no meu navegador um botão para checar a programação do Cines-paço Granja Vianna, mas nunca mais olhei a programação do Cinemark do Shopping da Granja, pois já entendi que não é meu perfil. Mesmo quando vou ver James Bond, prefiro a sala onde há outros filmes que eu gosto.

Exibidor – Além dessas dificuldades,

que outros gargalos os produtores e

diretores brasileiros enfrentam?

Meirelles – O financiamento da produção no Brasil está equacionado, o gargalo é mesmo a distribuição. Com a explosão em curso do mercado de vídeo sob demanda,

abre-se uma grande oportunidade para os produtores de filmes menores, que, agora, já podem ter seus filmes em cartaz ou dis-poníveis por uns dois ou três anos.

Exibidor – O que você pensa sobre a

política de Cotas de Tela?

Meirelles – A cota é fundamental para a manutenção de uma cinematografia nacio-nal e já vimos que nenhum exibidor quebrou por causa dela. A competição com o cine-ma estrangeiro, que chega pago e com suas campanhas prontas, é desleal e, portanto, só uma barreira deste tipo pode equilibrar um pouco o jogo. Um grande passo seria taxar a ocupação de tela. Um lançamento como o último episódio da Saga Crepúsculo: Ama-nhecer Parte 2 (The Twilight Saga: Breaking Dawn - The final), por exemplo, deveria pa-gar uma taxa por excesso de ocupação do mercado. Sei que a maioria dos exibidores pode não concordar com isso, mas é preciso lembrar que cinema é não é só um negó-cio, mas é também cultura, e, portanto, diz respeito à alma humana.  Um executivo da exibição que trata seu negócio como se es-tivesse vendendo junta para carburador ou tinta antiferrugem está não só equivocado como também está perdendo uma incrível oportunidade para ser mais feliz. Ele deveria perceber que pode mexer com a sensibilida-de do seu público, que pode contribuir para melhorar o mundo com as suas escolhas, mas reduz tudo a um resultado numa plani-lha. Muita pobreza de espírito, não?

Exibidor – Para finalizar, o que é mais

importante para o sucesso de um fil-

me: a dobradinha entre bom roteiro e

direção com bons atores ou um nú-

mero maior de salas de exibição em

seu lançamento?

Meirelles – Bom roteiro, bons atores e boa direção. Nesta ordem. Um bom lan-çamento não significa, necessariamente, muitas salas.

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DE VOLTA AOS CINEMAS PELA PRIMEIRA VEZ EM 3D

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o seu ingResso é com ou sem celulaR?

Imax, 3D, Digital, som THX, ir ao cine-ma tem cada vez mais opções. E eu digo o seguinte: em breve, ao comprar o ticket, poderemos escolher uma sessão com ou sem o uso de celular liberado.

Desde o começo da proliferação dos ce-lulares, se propõe ao público o seguinte: desligue-o. Ouvir conversas durante o filme já é chato, mas com alguém que nem na sala está não dá. Celular tocando, gente procurando o aparelho na bolsa no meio da sessão... Mas, uma vez que os ce-lulares ficaram tão populares e passaram a ser multitarefa, os torpedos viraram cada vez mais comuns e checar o Face-book e o Twitter a cada meia hora, quase uma obrigação. A situação mudou.

Preste atenção

Interação é extremamente relevante para o público jovem. E isso não é senso co-mum, foi uma das conclusões da pesqui-sa de junho do Sindicato das Empresas Distribuidoras Cinematográficas do Município do Rio de Janeiro sobre os hábitos de ver filmes e ir ao cinema.

Outras conclusões: ir ao cinema aumen-tou de 48% para 54% de 2007 para 2012, mas novas formas de se assistir filmes também proliferaram: Na TV a Cabo subiu de 24% para 44%, na internet saiu de zero para 18%. Entre os adolescentes de 15 a 18 anos, falta paciência para só ver um filme. Eles querem fazer mais coi-

sas ao mesmo tempo. Segundo o IBGE, 67,5% das pessoas deste grupo etário ti-nham celular em 2011. Este foi o grupo em que o uso do celular mais cresceu, 15,7 pontos percentuais em 2 anos.

Na CinemaCon, convenção de cinema de Las Vegas que ocorreu em abril de 2012, Jeff Blake, executivo da Sony, levantou esta preocupação, dizendo que há 20 anos os jovens costumavam ir toda sema-na aos cinemas.  “Acho que cinema não é mais ambiente para os baby boomers”. Ele defendeu os cinemas permitirem que os clientes enviassem SMS nas sessões.

Nem todos concordam. Este ano o Prince Charles, cinema londrino famoso por rea-lizar sessões alternativas e reunir cinéfilos, virou notícia no mundo todo ao oferecer roupas “ninja”, todas pretas, para especta-dores que quisessem um ingresso gratuito e uma missão: no escurinho, se aproximar devagar e dar uma bronca em quem faz barulho e “texta” durante a sessão.

Novos rumos

Particularmente, eu desligo o celular quando vou ao cinema. O que incomoda não é só o barulho, o vibra, mas a luz, que distrai, quebra o clima. Quando percebo que alguém não larga o aparelhinho, re-clamo mesmo. Mas, o cinema por si só também está se reinventando. Em 2011, eu coordenei as redes sociais e fui um dos locutores no show transmitido ao vivo

para mais de 50 salas de cinema no Brasil pela MOBZ, o Red Hot Chili Peppers: I´m with you. Incentivamos o uso do ce-lular e do Twitter.

Literalmente, enquanto a transmissão ocorria, eu falava com os espectadores dentro da sala de cinema. Por meio do Twitter, eles davam feedback sobre a trans-missão, pediam músicas e falavam entre si. Foi histórico e muito divertido. Alguns gerentes de cinemas não entenderam que a situação era mais show de Rock do que filme, ficaram com receio da pirataria (ce-lulares também têm câmeras, lembra?) e exigiram que as pessoas os desligassem.

Se a maneira de usar e curtir o cinema não se adaptarem às redes e mobiles, os cinemas vão perder o público jovem, maior consu-midor de blockbusters, pipoca, refrigerante; alicerces da indústria. No entanto, cinema também tem filmes mais sérios que exi-gem concentração, que te absorvem, e aí o foco na telona faz parte da magia.

Minhas sugestões: espertos dos cinemas que aos poucos segregarem o público, ofertando sessões mais cedo com uso li-berado dos aparelhos e mais tarde com celulares desligados, por exemplo.  Essa é só uma ideia. Fazer pesquisas com os espectadores, ousar e treinar a equipe para entender cada projeção e público de uma forma diferente. Mais e novas ideias surgirão, vamos buscar o melhor para o consumidor, sempre!

Igor Kupstas Janczukowicz | [email protected] formado pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduado em Marketing pelo Mackenzie. Entre 1999 e 2002 trabalhou no site

de cinema e-Pipoca, posteriormente sendo contratado pelo Marketing da Europa Filmes, onde atuou no lançamento de mais de 100 títulos por seis anos. Atualmente é gerente de marketing digital da MOBZ.

Por: igor KuPstas

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Mundo a Fora

Berço de cineastas como Federico Fellini, Visconti e Ettore Scola, e atores como Sophia Loren e Marcello Mastroianni, a Itália é um dos maiores mercados de cinema na Europa. Além de lançar para o mundo atores e dire-tores, o país chama a atenção quando o assunto é a exibição dos filmes. Em

uma viagem pelas principais cidades italianas, a Revista Exibidor descobriu algumas particularidades que só a Itália tem.

Desde os anos 1940, quando o cinema começou a se popularizar na Europa, os italianos têm como hábito aproveitar as quentes noites de verão assistindo filmes ao ar livre. Ao contrário dos americanos, esse tipo de exibição não é feito em drive-ins, os locais onde as pessoas podem assistir aos filmes dentro do carro. Em diversas cidades, os habitantes se reúnem nas praças e até mesmo em castelos para acompanhar os filmes sentados em cadeiras simples, muitas vezes desconfortáveis, mas que permitem o contato com a telona e a natureza ao mesmo tempo. Parece cena de filme, e pode realmente ser vista em Cinema Paradiso (Nuovo Cinema Paradiso), de Giuseppe Tornatore, que ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1990 – e esta tradição é mantida até hoje.

A ideia de levar o cinema para perto do povo é muito forte no País, mesmo nas maiores cidades. Todo ano, de junho a setembro, a capital Roma atrai multidões para a região da Trastevere, situada na margem ocidental do rio Tibre, a sul do Vaticano. O evento que move moradores e turistas é o L´Isola Del Festival de Cinema (Ilha do Festival de Cinema, em tradução livre). Às margens do Tibre são exibidos filmes novos e clássicos, com destaque para as comédias italianas e faroestes. A maioria é dublado em italiano, e o clima é de festa e celebração a sétima arte.

o CinEMa Vai ondE o poVo Está

Cinema ao ar livre, salas antigas e multiplex: conheça as diversas formas de exibição de filmes na Itália

Por: Janaina Pereira

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Mundo a Fora

Em Milão, cidade conhecida pela sema-na de moda e um dos pólos comerciais italianos, o cinema também tem seu es-paço. Durante o verão a cidade oferece quatro locais ao ar livre para exibição de filmes, cada um com uma programação diferente. Um dos mais interessantes é o Castelo Sforzesco, que além de dedicar um espaço aos filmes infantis e anima-ções, ainda recebe o Milano Film Festi-val, em setembro.

No ano passado, um dos filmes mais espe-rados pelos italianos, o premiado Reality (Reality), de Matteo Garrone, premiado no Festival de Cannes, teve sua pré-estreia em Milão em uma sessão ao ar livre do Cas-telo Sforzesco. “Imagine assitir a um filme em um castelo! Foi algo especial e que vou lembrar para sempre”, comentou a turista espanhola Maria Perez, na ocasião.

Os outros lugares em Milão que recebem o cinema ao ar livre no verão são o Palácio Real, o Conservatório e os quiosques de as-sistência humanitária. No Palácio Real, com 600 lugares, acontecem as principais estreias mundiais. No Conservatório são 500 lugares e uma programação que privilegia os musi-cais. Nos quiosques humanitários os filmes

europeus, especialmente de jovens cineastas, dominam a telona. Em todos os locais exis-tem serviços de legendagem para estrangei-ros, surdos e deficientes visuais.

Na região da Toscana, uma das mais pro-curadas pelos turistas no verão, o cinema é tão atrativo quanto às belas paisagens. Na cidade de Siena, o festival Cinema em Fortezza exibe em parques, nos meses de junho e julho, clássicos mundiais e filmes italianos. Em agosto é feito uma espécie de retrospectiva dos últimos lançamen-tos do cinema, com um filme diferente a cada noite. “Ver um filme sob as estrelas é algo que só a Itália faz por você”, diz o turista alemão Adrian Merkat.

Em qualquer uma das cidades italianas em que o cinema ao ar livre é a atração obri-gatória do verão, há patrocinadores e apoio da Prefeitura. O negócio, à primeira vista, é simples. Escolhe-se um lugar bem loca-lizado e, depois de conseguir a licença da Prefeitura, o ambiente ganha tela, projetor e cadeiras para o público. Vale ressaltar que esse tipo de exibição é paga, e muitas vezes os ingressos custam o mesmo que em uma sala de cinema tradicional. No entanto, a oportunidade de aproveitar o clima e ver

um filme fora de um ambiente fechado é o que atrai os italianos e turistas. No Brasil existem iniciativas parecidas, porém nada que se compare à tradição da Itália.

No escurinho do cinema

Saindo dos parques e castelos e entrando nas salas de cinema, os italianos se mos-tram tradicionais. Assim como os clás-sicos filmes dos anos 1950 e 1960 que colocaram a Itália na rota das grandes produções cinematográficas, as salas de cinema também são clássicas. É bem ver-dade que existem as grandes companhias que levam o cinema moderno para o público que gosta das inovações tecnoló-gicas, mas o povo italiano ainda é muito conservador e mantém intactas algumas salas consideradas verdadeiras relíquias da sétima arte.

O cineasta Nanni Moretti, diretor do con-sagrado O Quarto do Filho (La Stanza del Figlio), premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2001, é um dos maiores incentivadores de que a Itália mantenha em pé suas salas de cinema mais antigas. Moretti comprou e restaurou a sala de cinema Sacher, uma das mais famosas

Milano FilM Festival e Festival ao ar livre de roMa©Divulgação

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de Roma, no fim dos anos 1980, e está no mesmo lugar até hoje, mantendo uma pro-gramação de filmes independentes.

A sala, chamada Nuovo Cinema, virou atra-ção turística e é frequentada por cinéfilos de todo o mundo. Os mais sortudos ainda con-seguem bater um papo com o diretor, que está sempre por lá e não se cansa em atender aos fãs. Curiosamente, ele explica que optou por uma programação de filmes indepen-dentes para alcançar êxito comercial.

“A Itália tem festivais tradicionais de cine-ma que arrastam multidões e conquistam um público cada vez mais jovem. Isso é bom pela renovação da plateia, mas depois, quando os filmes são lançados, as salas co-merciais ficam vazias. Meu objetivo é dar ao público uma opção de cinema diferente dos filmes comerciais, justamente para ele acompanhar aquilo que não costuma ver. Então o cinema independente acaba sen-do uma proposta comercial interessante, do ponto de vista do negócio”, conta.

Apesar do ponto de vista pessimista de Moretti em relação às salas comerciais, os números mostram que a Itália está bem posicionada na relação salas por especta-dor. Hoje o país tem uma sala para cada 15 mil pessoas, enquanto o México tem uma para cada 18 mil, a Argentina uma para cada 35 mil e o Brasil uma sala para

cada 85 mil espectadores. A melhor mé-dia do mundo continua sendo dos EUA, com uma sala para cada sete mil pessoas.

Entre os exibidores operantes no País, um das maiores é o The Space Cinema, fundado em outubro de 2009 pela fusão entre a Warner Village e a Medusa. Na época o objetivo era gerenciar cadeias de cinemas em todo o território italiano. Com o passar do tempo, no entando, a empresa se tornou uma potência.

No começo, The Space Cinema tinha um total de 347 cinemas. Em 2010, o grupo começou um forte investimento no merca-do de multiplex, e o primeiro a ser compra-do foi o Cineplex, em Gênova. No mesmo ano, com a aquisição do Cinecity, uma das mais antigas e importantes cadeias de ci-nema do país, a empresa já aparecia como uma das maiores operadoras de cinema na Itália. O negócio, que na época foi avalia-do em 100 milhões de euros, envolveu a empresa Mediaset (administradora do The Space Cinema), do então primeiro-mi-nistro Silvio Berlusconni, e a empresa de moda Benetton. No ano passado foi inau-gurado o 36º multiplex da rede, com sete salas e capacidade total de 1.300 lugares.

O estilo da The Space Cinema é o mesmo de qualquer grande empresa de cinema: salas espaçosas, poltronas confortáveis, gu-

loseimas nas bombonieres, muitos filmes em 3D e blockbusters que garantam uma boa renda. No entanto, a empresa sempre buscou fazer ações diferenciadas para seus clientes. Em 2011 foi lançado o projeto Leia o filme em 10 cinemas da rede, onde estão disponíveis um aplicativo especial para que pessoas com deficiência auditiva possam ler as legendas do filme em um tablet di-sponível gratuitamente pela Samsung sob o patrocínio do Ministério do Trabalho e Política Social da Itália.

A crise econômica italiana, porém, tem afetado o mercado de cinema e atingiu em cheio os planos da empresa. Com a saída de Berlusconi do poder, a rede The Space Cinema perdeu força e especula-se que grupos de cinema ingleses e america-nos estejam de olho nessa fatia do merca-do italiano. Mas é preciso acreditar num futuro promissor para vencer a crise. Em 2011 foram vendidos 108 milhões de in-gressos na Itália, e a previsão para 2012 é que esse número seja 30% menor.

Desse ponto de vista, a visão de Nanni Moretti talvez esteja certa: às vezes é me-lhor investir nas salas clássicas e exibições tradicionais para a cultura italiana, do que no moderno e tecnológico. Pelo menos por enquanto, na Itália, os campeões de bilheteria vêm de um cinema que vai onde o povo está.

Milano FilM Festival e l’isola del Festival de CineMa, enContros Para aProxiMar o Povo e o CineMa

©Janaina Pereira ©Divulgação

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50 dicas para

Salas de Cinema

O cinema é um universo complexo, mas com simples atitudes é possível cuidar melhor deste patri-mônio. Confira algumas dicas selecionadas pela Revista Exibidor para melhorar o cotidiano dos

exibidores e o relacionamento com o cliente final

Por: natalí alenCar

CCuidar do cinema é cuidar do seu cliente. Quando um exibidor busca melhorar a qua-lidade nos serviços prestados, está, na verdade, cativando e fidelizando o consumidor. Por ve-zes, o exibidor dá mais atenção a determina-dos aspectos, deixando outros de lado.

Organização, atendimento e boa infraestrutu-ra ajudam a compor um ambiente especial e

nem precisa muito esforço, com poucas dicas é possível melho-rar e acrescentar ao negócio cinema um “quê” de especial.

A Revista Exibidor completa oito edições e ao longo desse pe-ríodo percebeu as necessidades do mercado e ao mesmo tempo se tornou porta voz não só dos exibidores, mas dos fornecedores preocupados em contribuir com o mercado. Ao fomentar o di-álogo, o mercado se tornou mais informado e formado e todos saíram ganhando.

Ao entrevistar os profissionais, o espaço das matérias era pou-co para registrar a grandiosidade de tantos assuntos. Por isso, aqui neste guia você terá um compilado das dicas já publicadas e tantas outras que por falta de espaço não foram mencionadas. Além disso, outros profissionais foram consultados e novos te-mas surgiram. Confira:

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caPa

1

Exponha os horários de todo o complexo em forma de fácil visu-alização. Os horários devem ser dispostos em dois formatos: em ordem de sala e em ordem de ho-rários. A melhor solução custo/benefício são os folhetos.

2

Quanto maior a fila, maior a de-sordem em frente às bilheterias. Fique atento a isso e reserve um funcionário para organizar as filas e estar pronto para ajudar qual-quer pessoa que esteja chegando.

3

Cliente não é gado. Chamá-lo de “próximo“ é irritante e pouco edu-cado. Que tal um “Caixa Livre”ou “Senhor(a), é a sua vez“?

4

Promova campanhas para evitar fi-las. Em alguns cinemas da Ásia, o ingresso é mais barato se comprado com até 24 horas de antecedência.

5

Para os lançamentos onde se es-pera grande fluxo de venda de

ingressos, reserve um grupo de guichês exclusivo para este filme. Muitos clientes que gostariam de assistir outro filme – não muito concorrido - teriam acesso rápido e fácil às bilheterias.

6

Prefira trabalhar com guichês de bilheterias abertos – sem vidro. O atendimento se torna mais pesso-al e a conversa cliente/atendente fica mais clara e humanizada.

7

A venda de ingresso numerado evita filas de acesso à sala de exi-bição. Além disso, o número de guichês diminui se as compras de ingresso pela internet aumentam. Resultado: mais espaço no sa-guão para os clientes.

8

Os guichês preferenciais de aten-dimento na bilheteria já funcio-nam bem, então porque não ter guichês assim na bombonière? Evitaria confusões e o atendi-mento ficaria mais respeitoso.

13

Alguns cinemas disponibilizam pequenos “carros” que levam uma determinada quantidade de pipoca e refrigerante até a sala de exibição. Com isso, o cliente pode comprar mais e sem ter que sair da sala.

9

Alguns exibidores já vendem ingresso e os combos na pró-pria bilheteria. Isso agiliza o atendimento.

10

O uso de ATM’s (caixa de autoa-tendimento) já é quase uma obriga-ção por parte do exibidor. Quanto mais ATM’s, mais opção o cliente tem de comprar o seu ingresso.

11

Negocie com o shopping center e espalhe pelos seus corredores os ATM’s. O espaço é ótimo para divulgar os filmes em car-taz já que é uma área com gran-de fluxo de público.

12

Se algum ATM estiver em ma-nutenção, sinalize para o clien-te. Ele vai ficar irritado ao optar pelo ATM e depois ter que en-trar na fila da bilheteria quando descobrir que o mesmo não está funcionando.

Bilheteria

bombonière

14

Se a sala de cinema tiver uma bombonière interna no com-plexo, deixe pelo menos um atendente disponível. Imagine o cliente optar por comprar dentro do complexo e a bombonière es-tiver fechada.

15

Bombonière, em muitos casos, ar-recada mais que a bilheteria. Por-tanto, a quantidade de atendentes e guichês abertos deve ser no mínimo igual à área de bilheteria. No caso dos pontos de autoatendimento, a cada dois ATM’s, aconselha-se um guichê de bombonière aberto.

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16

Em situações que o filme é muito longo, seria interessante um in-tervalo. Assim, os clientes recarre-gam o estoque de pipoca e refri-gerante e o exibidor lucra mais.

17

Oriente os funcionários a sempre entregarem guardanapos na bom-bonière, ainda que o cliente não

peça. Afinal, ele pode esquecer e na hora do filme ter que limpar a mão em outro local, como a poltrona.

18

Negocie sacos de lixo patroci-nados e ofereça aos clientes. A quantidade de lixo jogado entre as poltronas da sala de exibição diminuirá bastante.

19

A saída de emergência e os ex-tintores devem estar sinalizados adequadamente dentro das salas, facilitando a sua localização. Além disso, é uma norma regida por lei municipal ou até mesmo estadual.

20

Já estão em funcionamento no Brasil salas de cinema com dispo-sição variada de poltronas. Numa mesma sala há poltronas com namoradeiras para casais, conven-cionais e poltronas VIP. Ao com-prar o ingresso, o cliente paga um preço diferenciado dependendo da poltrona que escolher.

21

Muitos clientes gostam de chegar com antecedência à sala de exibi-ção. Crie um ambiente próprio

para recepcioná-lo, uma música ambiente é ideal para já ir acos-tumando o cliente a se preparar para assistir o filme. Negociar a divulgação de clipes musicais em primeira mão também pode ser uma alternativa interessante.

22

Outra opção é criar uma “rádio própria” com uma programação exclusiva com música e propa-ganda antes dos trailers e propa-gandas na tela.

23

Verifique sempre a temperatura da sala. É importante que o cliente se sinta à vontade e não congelando ou ainda morrendo de calor. Se o ar estiver com problemas, feche a sala até que o mesmo seja consertado.

24

As crianças adoram um cinemi-nha, mas a poltrona não foi feita para elas. É importante ter adap-tadores e em fácil localização, com quantidade suficiente para todas as salas onde forem exibi-dos filmes para o público infantil.

25

As poltronas que não estiverem em boas condições de uso, devem ser interditadas e sinalizadas den-tro da sala. O uso de capas brancas com os dizeres “em manutenção“ para cobrir o encosto é uma ótima forma de informar sem denegrir a imagem do cinema.

sala de exibição

26

A tecnologia 3D é um bom atrati-vo para a sala de cinema, mas pode ser um grande estorvo operacional. Afinal, a distribuição dos óculos deve ser controlada. Para agilizar o atendimento, muitos exibido-res entregam os óculos quando o cliente compra o ingresso.

salas 3d

27

É importante deixar claro para o cliente, se possível num cartaz, que os efeitos 3D nem sempre são percebidos igualmente por to-dos. Alguns clientes podem sentir desconfortos e até passar mal.

28

Hoje, já há no mercado opções de óculos 3D para crianças e para

quem já utiliza óculos de grau. Os modelos permitem que todos os clientes assistam aos filmes confor-tavelmente sem terem de ficar arru-mando os óculos durante o filme.

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34 Exibidor, janEiro-2013

caPa

29

Desenvolva uma espécie de ma-nual para o projecionista, um che-ck list para ele seguir passo a passo tudo o que pode eventualmente dar errado antes da exibição do filme. O enquadramento, o som, a iluminação. Muitos clientes reclamam que assistem a um fil-me inteiro com enquadramento errado, qualidade da imagem ou som ruim. Um treinamento ade-quado pode evitar isso. Principal-mente com a transição do 35mm para o digital, é preciso treinar – e muito - os funcionários.

30

Para garantir um melhor desempe-nho no funcionamento dos projeto-

conteúdo e projeção

res digitais é recomendado que cada complexo tenha um jogo de peças para reposição. Os exibidores não estão muito habituados a investir em peças de reposição, pois buscam sempre o menor investimento por sala, porém a prática tem mostrado que o custo da sala parada é muitas vezes superior ao investimento que deveria ser feito nestes kits.

31

Hoje, muitas são as opções para uma sala de cinema: exibição de shows, jogos, etc. Tudo isso exige um comportamento e uma per-cepção diferenciada por parte do projecionista. Num show de rock pode ser que os expectadores quei-

ram assistir de pé, logo a ilumina-ção pode ser um pouco maior, para que o cliente enxergue o ambiente.

32

O mesmo é válido para o uso do celular. Geralmente, seu uso não é aconselhado nas salas de cinema, mas se for um show ou um jogo, o exibidor pode até incentivar o uso desses aparelhos para motivar a in-teração com o público. (Leia o arti-go de Igor Kupstas na página 22)

33

Antes de começar a sessão, organize filas entre 15 a 20 minutos de an-tecedência do início do filme. Para grandes lançamentos, triplique este tempo. Oriente o funcionário a direcionar o cliente corretamente e sem ser “mecânico”. Deseje uma boa sessão e um bom filme.

34

Para cinemas com saguão grande de acesso às salas, crie dois tipos de fila: os pagantes de inteira e os pagantes de meia. Isso facilita o processo de verificação de comprovação do pa-gamento de meia-entrada.

35

Sinalize bem e coerentemente a localização das salas. O ideal é se-guir uma ordem, qualquer que seja ela. É inadmissível, por exemplo, a sala 3 ao lado da 6 sem justificativa.

36

Por mais que as salas tenham nome de patrocínios, deve haver um nú-mero para cada uma delas. Isso ajuda ainda mais a dica anterior.

37

No processo de desenvolvimen-to de arquitetura de um cinema, construa sempre as salas maiores mais próximas da entrada e as

Hall e corredores de acesso

menores mais distantes. Assim, tanto a entrada, a saída e o aces-so à bombonière são facilitados ao público.

38

Utilize bem o espaço do seu ci-nema, exponha os materiais dos distribuidores. Crie no seu clien-te o desejo de voltar ao cinema para assistir o próximo lança-mento. A moda atual são as TV’s de plasma que expõem os mate-riais de forma animada e, em al-guns casos, interativa.

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35 Exibidor, janEiro-2013

E por fim, leia a Revista Exibidor. Não só leia, mas participe, envie suas sugestões, comentários. Aqui é o seu espaço, aproveite-o da melhor maneira.

39

Já entraram em operação no Bra-sil algumas salas de exibição com autosserviço. Ou seja, o cliente compra o que deseja e já se serve, ao estilo do autosserviço das lojas de conveniência das estradas bra-sileiras utilizando uma coman-da eletrônica. É uma opção que existe em outros países e que tem conquistado adeptos no país.

40

A rotatividade dos funcionários é um problema enfrentado por muitos exibidores. Portanto, é necessário investir em treina-

Atendimento

mento e campanhas motivacio-nais. Um funcionário valorizado atende melhor e encanta o clien-te. Formar gerentes capacitados para monitorar a equipe é uma boa estratégia.

41

As salas VIP’s têm um diferencial muito bacana, o cliente conta com o atendimento de um garçom para trazer até a sala o pedido. No entanto, o entra e sai do garçom acaba atrapalhando o filme. Seria interessante sugerir ao cliente que fizesse seu pedido

até o início do filme para não in-comodar outras pessoas.

42

Promova o seu cinema como negócio. Crie uma relação mais íntima com o cliente, faça cam-panhas de fidelidade e se apro-xime dele, independentemente do filme que está sendo exibido. (Veja reportagem na página 38).

43

A cada duas horas, efetue uma re-visão nos banheiros dos cinemas. Desde a limpeza, desinfecção, até a recarga de papéis e sabonetes. Aposte também na ambienta-ção, decore o ambiente e deixe-o aconchegante para o cliente.

44

Em época de grande fluxo – lança-mentos comerciais e férias – con-trate uma pessoa temporária para ficar nos banheiros integralmente.

45

Para evitar problemas trabalhis-tas com a área de colaboradores de limpeza, contrate empresas terceirizadas. Eles entendem de

banheiros e limpeza

limpeza melhor que você, ofere-cem o material e no final, o que parece ser mais caro, tem o mes-mo custo.

46

Durante a limpeza das salas de exibição, utilize a lâmpada de luz negra nas poltronas – aquelas azuis para descobrir dinheiro fal-so. Com elas, é possível encontrar prováveis chicletes deixados por clientes de má fé.

47

Ao limpar os espaços que ante-cedem a sala de exibição, bom-bonère, hall, sinalize com placas para evitar acidentes.

48

É importante que as salas de exibição sejam limpas regularmente entre uma sessão e outra, não há nada mais incômodo do que entrar numa sala e ver pipoca no chão, guardanapos entre as poltronas e copos vazios de refrigerante. Isso sem falar nos insetos que podem ser atraídos por restos de alimentos.

49

A limpeza e manutenção preven-tiva do ar condicionado devem ser feitas periodicamente para evitar odores, mal estar no clien-te e até prejuízos para o próprio exibidor, como aumento na conta de energia elétrica.

50

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37 Exibidor, janEiro-2013

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rECursos HuManos

Vamos iniciar este artigo com uma pergunta, “onde você ad-quiriu todo seu conhecimento e habilidade para execução de

suas tarefas?” Certamente a sua resposta não foi sala de aula. Mas, chegou à con-clusão que foi no dia-a-dia à medida que colocava em prática os conceitos e teorias adquiridos principalmente quando se es-pelhava naquelas pessoas que assumiram um importante papel em sua vida profis-sional – o de mentores, não é mesmo?

Um líder competente necessita de di-versas habilidades como capacidade de estabelecer uma boa comunicação, de tomar decisões rápidas e coerentes, de ser persuasivo, gestor da mudança e motivação, ser empático, enfim, ter de-senvolvido todos estes traços que são indispensáveis ao perfil daquele que quer se destacar no comando de pesso-as. Contudo, nos dias atuais, o líder terá que se preocupar com outro aspecto de

igual importância: a capacidade de ser o “treinador” de sua equipe.

Independente da chegada de novos profissionais, o líder tem que se cons-cientizar de que ele é o “técnico da equipe” e, como tal, deve assumir esta missão. Mas isto não é tarefa fácil de ser exercida. Competências específicas devem ser desenvolvidas para alcançar seus objetivos.

No passado, o conhecimento das técnicas de treinamento ou didática da aprendi-zagem era assunto para professor ou pro-fissional da área de treinamento. Hoje as coisas são diferentes.

Quanto mais domínio das técnicas voltadas para o ensino ou treinamento, mais é possível ter o controle sobre o potencial evolutivo da equipe. Além de conseguir detectar rapidamente quais competências essenciais que de-vem ser desenvolvidas.

Considerando que “competência” é o conjunto de conhecimento, habilidade e atitude e, dentre esses fatores o líder so-mente pode interferir no conhecimento. Uma vez que habilidade está relacionada com a repetição daquilo que foi “apren-dido” e a atitude está relacionada com a personalidade do trabalhador.

Aqui fica claro o quanto a capacidade de treinar a equipe é de fundamental impor-tância para o sucesso da missão do líder, que poderá a qualquer momento corrigir desvios ou melhorar ainda mais o poten-cial de trabalho de seus comandados.

Aproveito aqui para fazer menção a um grande líder, Sr. Bernardo Rocha de Re-sende conhecido pela maioria das pessoas como Bernardinho, técnico da Seleção masculina de Vôlei do Brasil. Ele mantém um time tão bem treinado que pode subs-tituir um ou mais jogadores sem reduzir o desempenho da equipe. Esse é o papel do verdadeiro LÍDER TREINADOR.

Antonio Lima Neto | [email protected]*Psicólogo/UNG (Universidade de Guarulhos) e graduando em MBA Executivo Marketing/INPG. Possui mais de 22 anos de experiência

profissional na área de Recursos Humanos, Treinamento e Desenvolvimento de pessoas em empresas de grande porte e renome no Brasil. Sólida vivência com coordenação e gerenciamento de atividades de desenvolvimento organizacional, programas de trainees e estágios, processos

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EM 2012

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38 Exibidor, janEiro-2013

MarkEtinG

as parcerias com os distribuidores na promoção dos filmes são es-tratégias que funcionam muito bem e devem continuar sendo

feitas com maior empenho e dedicação de ambos os lados. No entanto, promover o ci-nema como negócio para fidelizar o cliente ainda é pouco utilizado pelos exibidores.

Infelizmente, o mercado ainda se preocupa mais com os filmes e acaba se esquecendo do negócio principal que é o próprio cinema.

A promoção da sala de exibição é a soma-tória da premissa básica de marketing, que diz que para se promover um negócio é preciso ter o produto certo, na praça ade-quada, com o preço correto, divulgando-o com promoções efetivas e adequada ao seu

Promover os filmes, ainda que não seja da maneira ideal, é critério básico para os exibidores, mas e a promoção do próprio cinema? Como promovê-lo além da sazonalidade dos filmes?

uM nEGóCio CHaMado “CinEMa”

Por: natalí alenCar

target. É assim que define Patrícia Cotta, gerente de marketing da Kinoplex.

Ela exemplifica dizendo que “o produto certo é o compromisso em ter um cinema confortável, sempre com o que há de mais avançado em tecnologia de projeção e som e um atendimento de excelência capaz de otimizar o tempo de nosso cliente e encan-tá-lo. A praça adequada é distribuir estra-tegicamente os cinemas por todo o Brasil, de maneira a levar cultura e lazer a toda a população, adaptando itens como progra-mação e oferta de produtos de valor agre-gado de acordo com o perfil de cada local”.

O desafio é fazer com que o cliente seja fiel ao seu cinema e é aí que o problema começa. Embora essa seja uma tarefa de

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39 Exibidor, janEiro-2013

comunicação integrada com uma missão em comum entre os diversos departamen-tos da empresa, é o setor de marketing que tem um papel decisivo, afinal é ele quem gerencia essas ações. “A área de marketing tem o papel fundamental dentro da em-presa, ao gerenciar a qualidade dos ser-viços prestados nos cinemas, identificar oportunidades e antecipar tendências”, explica Maricy Leal, gerente de marketing da Cinemark. A executiva comenta que as estratégias incluem: oferecer tecnologia de ponta nas salas, um bom atendimento, promoções sazonais, programas temáticos, além de um programa de fidelidade.

Para promover o Cinema não é preciso muito, basta usar a criatividade e criar pla-nos, estratégias e metas. Tudo é muito fácil na teoria, mas como funciona na prática?

A agência de ativação Four Midia orienta que o exibidor procure parcerias com em-presas e lojas do entorno para promover descontos aos seus clientes, e também criar um cartão fidelidade, em que os clientes poderão trocar os pontos acumulados por ingressos ou produtos, como pipoca, refri-gerante, etc. “Devem investir em ações de ativação, como dispensers personalizados que podem ser instalados nos banhei-ros dos bares de faculdades, restaurantes,

ações em vallets”, diz Meyer Nigri, diretor executivo da empresa que atende clientes como as Agências Fischer Friends, Ogilvy, Young, JWT Thompson, Dim & Canzian, Discovery Kids, e os clientes Claro, San-tander, Vivo e AES Eletropaulo.

Um dos focos estratégicos do marketing é investir na área promocional, desen-volvendo ações diferentes de bilheteria e bombonière. “Além das promoções, a Rede Cinesystem investe em atendi-mento ao cliente através do programa de fidelização Clube da Pipoca e dedicação exclusiva de um setor do marketing para relacionamento através das redes sociais”,

investir em ações para cativar o cliente, independentemente do filme, pode ser feito por grandes, médios e pequenos exibidores. Conheça alguns exemplos:

ações que deRam ceRto

Crie a sua receita

Nem sempre a receita de sucesso de determinado exibidor pode ser usada por todos, pois existem muitas variáveis que interferem. Os ingredientes são os mesmos, porém a forma como cada exibidor vai manipulá-los é que vai cons-truir o seu perfil e a sua diferenciação no mercado.

“Uma ação de marketing que nos orgulha muito, por sermos o

maior exibidor 100% brasileiro, é a promoção ‘Orgulho de ser bra-

sileiro’, que tem como objetivo principal apoiar o cinema nacional.

Todos os clientes que assistirem a um filme brasileiro em nossas

salas até dezembro concorrem a prêmios, incluindo uma viagem

a dois, com tudo pago, para um destino turístico de nosso país.

Essa ação não é focada apenas em um filme, mas sim em todos

os filmes produzidos pelo nosso cinema brasileiro”.

“Nosso projeto de maior sucesso no que diz respeito a fidelização de clientes é o “Clu-

be da Pipoca”, que possui aproximadamente 90 mil membros. Trata-se de um progra-

ma que cria um vínculo importante com o cliente. Os resultados e o sucesso da ação

nos estimulam a continuar buscando a inovação no atendimento e, principalmente, a

usar ainda mais a internet, em especial as redes sociais, para fazer essa aproximação

com quem tem preferência pela Rede”.

Patrícia Cotta - Kinoplex

“Dentre as várias promoções, des-

tacam-se: a Mostra 14 Bis de Au-

diovisual, que viabiliza a produção

de filmes regionais e sua exibição

no Cine 14 Bis”.

Mauri Palos – Cine 14 Bis

“Tivemos várias atividades bem sucedidas que se repetem ao longo dos anos. O Projeta

Brasil, em comemoração ao cinema brasileiro, já está na sua 13ª edição. O Festival Inter-

nacional de Cinema Infantil chegou na 10ª edição. A sessão Cinematerna, que começou

em poucos cinemas e hoje está em mais de 25 complexos, é outro exemplo. Também

podemos citar as promoções de snackbar com brindes temáticos, que eram realizadas

apenas nos meses de alta temporada, e atualmente acontecem durante todo o ano”.

Maricy Leal – Cinemark

Sâmara Kurihara Cinesystem

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40 Exibidor, janEiro-2013

MarkEtinG

conta a gerente de Marketing da Rede Cinesystem Cinemas, ` Kurihara.

O Cine 14 Bis adotou como política de tra-balho o reconhecimento de espaço multiuso. Ao avaliar o mercado regional, a estratégia foi fixar a marca Cine 14 Bis e apresentá-la como espaço cultural regional. “Foram reali-zados cursos, mostras de cinema, exposições de artes e eventos musicais, além da exibi-ção de filmes. Assim, possibilitou que toda região conhecesse o Cine 14 Bis. Depois a estratégia foi promover o espaço com centro de convenções, reuniões e formaturas. Com isso, foi possível que boa parcela das cidades mineiras de Guaxupé, São Sebastião do Pa-raíso e região conhecessem o Cine 14 Bis, mesmo que ainda não tivessem visto filmes ali”, conta Mauri Palos.

Criar oportunidades e possibilidades para todos os públicos pode ser uma boa alternativa, como exemplifica Patrícia, da Kinoplex: “O preço certo é desenhado de acordo com o perfil sócio econômico de cada cinema, e criando sempre pro-moções de preço que permitam o acesso ao cinema a todos os perfis. Hoje temos ingressos que chegam a R$ 3, o que per-mite o acesso a todas as classes sociais. E promoções efetivas são aquelas desenha-das de acordo com as necessidades iden-tificadas através de um relacionamento próximo com os clientes e adaptadas a

necessidade de cada cinema, de acordo com o perfil de seu público”.

O comércio local também pode ser fruto de ótimas parcerias. Lojistas, restaurantes e até colégios podem ser opções. Oferecer des-contos, brindes e bônus aumentam a frequ-ência dos clientes e conquistam novos adep-tos ao cinema. Maricy Leal completa: “Além dos distribuidores, contamos também com parceiros de outros segmentos com poder de comunicação massivo para ajudar na di-vulgação das nossas salas, mantendo assim os complexos da rede sempre em evidência, independente do filme em cartaz”.

Há ainda opções um pouco mais ousadas. Para a Agência Four Midia, os exibidores devem ser inovadores. “Como os cinemas

normalmente tem um bom espaço interno, eu criaria ações para entreter a família. Que tal pedalar as bicicletas para gerar energia limpa e, por exemplo, carregar os celulares”, sugere o diretor executivo Meyer Nigri.

Para criar uma relação mais próxima com cliente e fazer com que ele seja mais fiel ao seu cinema, as campanhas de fidelida-de são muito utilizadas.

No caso do Cine 14 Bis, há o programa “sócio”, que dá ao cliente uma carteirinha e um valor mensal para utilizar em ses-sões. Há ainda o programa de “vales-in-gressos”, no qual as empresas adquirem vales-ingressos em valores promocionais para distribuir aos funcionários.

CaMPanhas ProMoCionais realizadas Pela CinesysteM

como pRomoveR seu cinema

Por meio da utilização de cartões de fidelidade com brindes, prêmios e bônus

pela utilização.

Programas de desconto estimulando a frequência, como por exemplo, a cada

cinco idas ao cinema, a sex-ta é por conta do exibidor.

Valorização dos mate-riais de cinema: além da

quantidade, a qualidade do material exposto, por meio de peças mais elaboradas e interativas. A experiência tem que começar desde o

hall do cinema.

Buscar realizar eventos diferenciados no cinema

para atrair um público que eventualmente não seja fre-quentador e possa perceber o cinema de forma diferen-

ciada, conhecer a estrutura e os serviços, etc.

©Divulgação

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42 Exibidor, janEiro-2013

aliMEntação

Que a pipoca é o ícone das salas de cinema do mundo todo ninguém duvida. Mauri Palos, diretor do Cine 14 Bis, empresa com cinemas em Guaxupé e São Sebastião do Paraíso (MG), destaca que a relação do espectador com a

pipoca está intimamente ligada ao glamour do cinema. “A paixão pela pipoca é tão grande que o mercado já está preparado para tanta de-manda, com as pipoqueiras modernas que atendem ao alto consumo. A logística dos balcões das bombonières é voltada para as vendas de pipocas e refrigerantes e as poltronas são confeccionadas com porta--copos, na expectativa de incentivar o consumo do cliente”, afirma.

No entanto, uma forte tendência tem ganhado espaço nos últimos anos com a modernização dos complexos. Com salas mais tecnoló-gicas, a experiência de ver um filme na telona se tornou mais pra-zerosa depois que o exibidor começou a se preocupar em oferecer serviços agregados e mix variados de produtos nas bombonières.

Balas, chocolates, pastilhas, churros com doce de leite, pipoca doce e pipocas com azeite e com pimenta são alguns dos atrativos que permeiam hoje as tradicionais salas de cinemas das grandes cida-

Muito além da pipocaPor: Cibele gandolPho

des. A regionalização também conta, onde o cardápio acompanha o gosto local. Mate, algodão doce, pão de queijo, cachorro quente, quentão, chocolate quente e até Guaraná Jesus são alguns dos pro-dutos que podem ser encontrados em cinemas de cidades do Brasil.

Para Patricia Cotta, gerente de marketing do Kinoplex, a gama de opções já se expandiu do básico pipoca com refrigerante faz tempo. “Oferecemos pipoca salgada produzida na hora, pipoca doce indus-trializada, refrigerantes, amendoins, balas, chicletes e chocolates para a maioria das cidades porque realizamos grandes negociações com fornecedores que atendem todo o Brasil. Mas, também ava-liamos o gosto regional e criamos alguns toques locais em nossa bombonière. Em São Paulo, por exemplo, dispomos de saches de pimenta para os clientes e, nas salas Platinum, há um cardápio so-fisticado que inclui pipoca com azeite e sal saborizados, que não é uma regionalização, mas sim uma particularidade”, afirma.

Já no Rio de Janeiro, Patricia comenta que o chá mate é um item que faz muito sucesso nas salas do Kinoplex, especialmente na Zona Sul. “Por se tratar de um item muito comum na praia, o

Mix diferenciado é alternativa para fugir do cardápio tradicional de combos e atender a clientes de várias regiões do Brasil

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público também busca o mate nos cinemas próximos ao mar. Sempre acompanhamos as solicitações de nossos clientes e atende-mos às demandas por meio de canais de re-lacionamento e pesquisa. Outra ferramenta que utilizamos é a análise dos resultados de vendas para que possamos mapear as pre-ferências regionais, fazendo as adaptações necessárias”, conta a diretora.

A Mavalério, que fornece milho para os cinemas, tem um cardápio amplo para os exibidores que querem diversificar. “Temos mistura para fritura sabor manteiga, sal mi-cronizado amarelo, pipoca sabor caramelo em sachê, pipoca caramelada em pote e al-godão doce sabores tutti frutti e uva”, afir-ma Alexandre Petroni, gestor de negócios da empresa. “Notamos que, na região Sul, a pipoca sabor caramelo tem uma venda muito alta. Em algumas cidades, chega a se igualar à venda com a pipoca salgada.”

O importante é tentar, pois ainda que algu-mas alternativas não sejam bem sucedidas, abrem espaço para outras que podem ser muito melhores. É sempre válido inovar.

Durante um período, o Cine 14 Bis incre-mentou ao cardápio, a pedido dos clientes, café, salgados e pão de queijo. No entanto, a ideia não prosperou devido à baixa procura e forma de atendimento que estes produtos exigem. “O público chega ao cinema, geral-mente, quase na hora do início da sessão. A aglomeração de pessoas e o pouco tempo para atendimento obrigam que a bombo-nière ofereça produtos de entrega rápida e prática, como pipocas e refrigerantes. Por-tanto, se o exibidor quer oferecer essa di-versidade, ele precisa ter uma estrutura bem maior. Mas, uma vez por ano, o Cine 14 Bis realiza uma pesquisa entre os clientes. Os dados são orientadores de decisões sobre as preferências”, destaca Palos.

No lugar da regionalização, o Cine 14 Bis aderiu à sazonalidade para se diferenciar. No inverno, em algumas sessões noturnas é oferecido aos clientes quentão (bebida típica das festas juninas a base de água ardente e gengibre quente) em canecas. “Mas, respeitamos os limites do produto, que tem que ser feito na hora e em pouca quantidade, por se tratar de bebida alcoó-lica. O chocolate quente, na mesma época, também, é sucesso nas sessões.”

Na rede Cinesystem, além da tradicional pipoca e do refrigerante, outro produto bas-tante vendido pela rede em várias cidades é o algodão doce. “Sempre estamos atentos às novas tendências”, destaca Sâmara Kurihara da Cinesystem. O único produto vendido regionalmente pela rede é o Guaraná Jesus, em São Luís do Maranhão. “Lá, o refrige-rante é muito consumido e compensa ofere-cermos a bebida na bombonière.”

Já a exibidora Centerplex está traba-lhando para que algumas cidades em regiões específicas possam oferecer ao cliente algum produto diferenciado e da região. “É uma tendência. Testamos a aceitação de produtos colocando-os por um tempo em algumas praças. Se o retorno for positivo, eles são inseridos como um produto fixo na bombonière”, conta Marcio Eli Leão de Lima, diretor executivo do Centerplex.

Influência internacional

Desde o surgimento do cinema na França, em 1895, as salas de exibição se dissemina-ram pelo mundo e passaram por inúmeras modificações e modernizações. No quesito

O Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, que possui salas da rede Cinemark em par-ceria com o Bradesco, oferece desde 2008 uma nova forma de vivenciar o ambiente da tela. No snack bar, o cliente pode escolher, por meio de tablets, petiscos e vinhos que são entregues diretamente nas poltronas de cada sala, antes do início da sessão. O cardápio é bem robusto e conta com quitu-tes compostos por ingredientes brasileiros com um toque internacional, como o canu-dinho de pato e o brigadeiro de colher feito com capim santo, além de receitas como roll de bacalhau, palmito pupunha ao azei-te, macarron de goiabada e queijo, sandu-íche de frango com mostarda, bolinho de castanhas do pará e chocolate, ciabatta de filé mignon, sorvetes e prosecco.

caRdápios gouRmet

No Kinoplex Platinum de São Paulo, a bombonière capricha na pipoca, que leva azeite de pimenta, cardamomo e sal vir-gem temperado com especiarias. Ainda no cardápio, o cliente encontra opções sofisticadas e bebidas como chás aroma-tizados e vinhos.

No Rio de Janeiro, a tendência também se confirma. No UCI do Shopping New York City Center há uma bombonière que também aposta em pipoca com azeites aromatizados e espumantes. Outras op-ções são bolinho de feijoada com molho suave de pimenta, cheesecake à moda de Nova York com calda de pimenta e sanduíche de parma com queijo de cabra e batatas prussianas.

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44 Exibidor, janEiro-2013

aliMEntação

A Revista Exibidor testou alguns atendi-

mentos em São Paulo e constatou que a mé-

dia de atendimento é de 10 minutos, poden-

do chegar a 20 minutos se houver muita fila.

Na última sessão (22h) de um cinema da

Zona Norte de São Paulo (SP), a bombo-

nière possui dois lados de atendimento.

Como não havia nenhuma fila, a opção

escolhida foi o lado interno. A atendente

disse que os caixas estavam fechados e

era preciso dar a volta no balcão, para que

o pedido fosse feito nos caixas externos,

que também estavam vazios. A boa vonta-

de aqui não contou. A distância era de ape-

nas dois metros, no máximo, e seria mais

simples para a atendente fazer o pedido do

que o cliente dar a volta toda. Conclusão:

o espectador desistiu do pedido pela má

vontade da funcionária.

Em outro cinema da cidade sem fila alguma,

o pedido de uma pipoca grande e um suco

gastronomia, apesar de os exibidores ten-tarem adequar o gosto nacional aos seus produtos, sempre há uma influência do mercado estrangeiro nas salas nacionais.

Para Petroni, da Mavalério, atualmente, com a entrada de grandes redes internacionais no Brasil, existe a tendência estrangeira que deve influenciar a médio prazo o mercado nacional, fazendo com que as redes de cine-mas nacionais acompanhem as internacio-nais. Para ele, existe uma preocupação em escolher uma linha de produtos que agrade aos brasileiros e ao mesmo tempo copie o modelo estrangeiro a fim de oferecer mais produtos, tais como nachos, cachorro-quen-te e sorvetes. “Essas redes também se adap-tam aos brasileiros, incorporando produtos como pão de queijo e sucos nacionais. Um bom exemplo é o algodão doce em pote já pronto para o consumo que a Mavalério lançou. Este produto é muito comum nos

qualidade no atendimento

levou 4 minutos e 55 segundos para ser

atendido. Em uma sala da Vila Mariana, o

atendimento foi pior, 7 minutos na fila e mais

5 minutos para ser atendido, muito tempo

para entregar apenas um refrigerante.

Em São Caetano, depois de 35 minutos

para comprar um ingresso, a ida à bombo-

nière compensou. Mesmo com uma fila ra-

zoável, foram gastos 5 minutos para chegar

ao caixa e mais 1:30 minuto para conseguir

comprar dois combos de pipoca salgada

com refrigerante e uma pipoca doce. A

atendente foi muito simpática e atenciosa.

A pior experiência foi em uma sessão do

filme A Saga Crepúsculo: Amanhecer 2

(The Twilight Saga: Breaking Dawn Part 2)

na semana de estreia do filme em um cine-

ma da região da Avenida Paulista. Foram

gastos 30 minutos na fila e mais 10 minu-

tos para o pedido de um combo de pipoca

e refrigerante chegar. A justificativa é que a

pipoca havia acabado e precisava ser pro-

duzida mais. No entanto, as pipocas são

feitas na hora. Além disso, a atendente não

prestou atenção na solicitação: manteiga

no meio e em cima da pipoca. A distân-

cia de tempo entre o pedido e a ação de ir

buscar a pipoca foi de 30 segundos e mes-

mo assim ela esqueceu.

Ao ser questionada, a funcionária não se

interessou em oferecer outro saco de pi-

pocas com a solicitação correta e ainda

estava com um humor péssimo. Já a fila

para recarregar pacotes de pipoca era

pequena, com apenas um atendente, e

os clientes levavam cerca de 5 minutos

para receber o produto.

Fica a dica para os exibidores: não adian-

ta as salas serem ótimas, os produtos se-

rem de boa qualidade, se o estresse ge-

rado faz muita gente desistir de comprar

uma simples pipoca.

Estados Unidos, no México, no Canadá e em outros países”, ressalta.

“Temos que ressaltar que as empresas multinacionais oferecem melhores con-dições e apoios. Então por que não ade-quar essa influência ao mercado local? O trabalho se torna mais fácil, principal-mente com as distribuidoras de bebidas”, afirma Palos, do Cine 14 Bis.

Lima, do Centerplex, diz que a rede tenta se diferenciar para criar variações contra a concorrência. “Mas, cada cine-ma responde de maneira diferente com cada produto específico. Tem cidades que aceitam um tipo de chocolate e outras que nem vendemos porque não é bem visto pelo cliente”, conta.

Sâmara, da Cinesystem, por sua vez, afirma que a equipe constantemente visita cine-mas e feiras no exterior para trazer sempre

o que há de mais novo para seus clientes. A Mavalério também faz pesquisas nacionais em cinemas e em outros mercados para lançar produtos inovadores e que tenham grande apelo para o consumidor, a fim de direcionar melhor suas vendas.

No entanto, há quem vá na contramão das tendências internacionais para garantir a qualidade e consegue soluções que nem sempre dão certo para a maioria dos exi-bidores. O GNC (Grupo Nacional de Ci-nemas), por exemplo, deixou de vender os refrigerantes de máquina porque a qualida-de da água estava interferindo no sabor da bebida. A rede passou a utilizar refrigerante em lata ou garrafa.

Não importa o tamanho do cardápio. O fato é que a gastronomia diversificada, junto com a tradicional pipoca, definitivamente caiu no gosto dos brasileiros e continua fazendo a ida ao cinema uma experiência única.

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46 Exibidor, janEiro-2013

prêMio Ed

As homenagens tiveram um tom especial e a emoção tomou conta de todos. Histórias marcantes e profissionais imbatíveis

ParCeria, alegria e união FizeraM do PrêMio ed Mais

uMa edição MarCante

Por: natalí alenCar

2012

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47 Exibidor, janEiro-2013

na abertura da 5ª Edição do Prêmio ED, reali-zado em 13 de dezembro, os números revela-ram que foi um ano de recordes. O Brasil ul-trapassou os números de 2011 e trouxe novo

ânimo e fôlego. No total foram inauguradas 178 novas salas de cinema e os 141 milhões de expectadores regis-trados em 2011, já havia sido ultrapassado antes mesmo do término do ano.

Ao som de Seu Jorge, com a música “Meu Parceiro” e imagens dos principais filmes lançados neste ano, o mercado celebrou o que passou, reviveu bons momentos e previu novas conquistas.

Em mais um discurso bem humorado, o presidente do SEECESP (Sindicato das Empresas Exibidoras Cine-matográficas do Estado de São Paulo) e da Centerplex Cinemas, Eli Jorge Lins de Lima, agradeceu a presença de todos e desejou um 2013 ainda melhor: “Que tenha-mos bons filmes, principalmente nacionais para nos aju-dar a cumprir as metas”. Ele não imaginava que uma das grandes emoções de sua vida ainda estava por vir.

Quando os ganhadores começaram a ser anunciados, uma enorme festa já havia se formado. Mais do que ser premiado e lembrado, os executivos celebravam as vitó-rias dos colegas. Assim, os ganhadores iam se revelando, os colegas aplaudiam e a equipe vibrava.

O primeiro prêmio anunciado foi o Destaque Equipe de Programação concedido ao Espaço Itaú de Cinema. To-ninho Campos, da Roxy Cinemas, foi o Destaque Pro-fissional de Programação e Patrícia Cotta, da Kinoplex, o Destaque Profissional de Marketing. Em seguida, Ci-nemark e Cinépolis receberam dois prêmios cada. (Veja a lista detalhada no final da reportagem).

Antes de anunciar os destaques da Distribuição, foi a vez de prestar homenagens especiais às figuras ilus-tres do mercado.

O produtor Augusto Casé (E aí Comeu, Cilada.com) recebeu de Márcio Fracarolli, da Paris Filmes, o Desta-que Profissional Cinema Nacional. “O cinema precisa de

parceiros. Para se ter um bom produto é preciso pensar em todos os exibidores e acreditar no filme como um pro-duto para entreter, fazendo o público rir e se emocionar. O que a gente não inventa, não existe”, discursou Casé.

O Troféu Francisco Campos foi entregue a Adalberto Macedo. “Sinto-me honrado em receber este prêmio que tem o nome de uma figura exponencial. Creio que dediquei minha vida à exibição e sempre me considerei um apaixonado pelo cinema”, disse.

Aristides Cruz, da Paramount, recebeu o Troféu Ale-xandre Adamiu e duas surpresas: um vídeo especial feito por sua equipe de trabalho e a presença da esposa, que o abraçou carinhosamente.

E quando todos achavam que as grandes emoções já ha-viam terminado, eis que a tradicional apresentadora do Evento, Renata Boldrini, anunciou uma Homenagem Especial, concedida a Eli Jorge Lins de Lima. Com uma carreira toda dedicada ao mercado cinematográfico, não poderia ser diferente.

Seu Eli, como assim é carinhosamente lembrado pelo mercado, foi aplaudido de pé por todos. Ele agradeceu a homenagem e discursou sobre a importância do mer-cado se reunir e celebrar. “A emoção sempre toma conta quando estou aqui. O Prêmio ED não é meu, é de todos, e a cada ano o evento está melhor. Quero agradecer a todos pelo carinho. Quem está nesse mercado precisa amar o que faz. Nunca me esquecerei deste dia”, encer-rou emocionado.

Na categoria Distribuição, a grande surpresa deste ano foi a Paris Filmes, vencedora em três categorias. Pela pri-meira vez em 5 edições do Prêmio ED, uma distribuidora independente recebe o Prêmio de Destaque de Distri-buidora do Ano, que somou aos prêmios de Profissional de Programação ( Jorge Assumpção) e Equipe de Vendas.

No encerramento, um cardápio cuidadosamente pre-parado fechou a tarde, deixando saudades. Mas, em abril tem mais, o Show de Inverno será realizado de 25 a 27 de abril.

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48 Exibidor, janEiro-2013

prêMio Ed

Destaque Cinema Inaugurado em Capital: Cinépolis JK Iguatemi (São Paulo-SP)

Destaque Cinema Inaugurado no Interior: Cinemark Park Shopping (São Caetano-SP)

Destaque Profissional de Programação: Toninho Campos (Roxy Cinemas)

Destaque Equipe de Programação: Espaço Itaú de Cinema

Destaque Profissional de Marketing: Patrícia Cotta (Kinoplex)

Destaque Equipe de Marketing: Cinemark

Destaque Grupo Exibidor: Cinépolis

Categoria Exibição:

Categoria Distribuição:

Destaque Campanha de Lançamento em até 199 salas: Intocáveis (California)

Destaque Campanha de Lançamento em 200 ou mais salas: A Era do Gelo 4 (Fox Film)

Destaque Profissional de Programação: Jorge Assumpção (Paris Filmes)

Destaque Equipe de Vendas: Paris Filmes

Destaque Profissional de Marketing: Rodolfo Junior (Sony Pictures)

Destaque Equipe de Marketing: Fox Film

Destaque Equipe de Distribuição: Paris Filmes

destaques 2012:

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49 Exibidor, janEiro-2013

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50 Exibidor, janEiro-2013

filmE dirEção ElEnco distribuidora

aGEnda dE lançaMEntos

Um Gladiador em Apuros(Not Born to Be Gladiators)

Iginio Straffi Vozes de: Julianne Hough. PlayArte

Caça aos Gângsteres(Gangster Squad)

Ruben FleischerSean Penn, Josh Brolin, Ryan Gosling, Nick Nolte, Robert Patrick, Emma Stone

Warner

Dentro da Casa(Dans la Maison)

François OzonFabrice Luchini, Kristin Scott Thomas, Emmanuelle Seigner

California

O Lado Bom da Vida(Silver Linings Playbook)

David O. Russell Bradley Cooper, Jennifer Lawrence e Robert De Niro Paris

Os Miseráveis(Les Misérables)

Tom Hooper

Amanda Seyfried, Sacha Baron Cohen, Anne Hathaway, Hugh Jackman, Russell Crowe, Helena Bonham Carter, Eddie Redmayne, Samantha Barks, Aaron Tveit, George Blagden, Colm Wilkinson, Bertie Carvel

Universal

Meu Namorado é Um Zumbi(Warm Bodies)

Jonathan LevineTeresa Palmer, Analeigh Tipton, John Malkovich, Nicholas Hoult, Dave Franco, Rob Corddry, Cory Hardrict, Ayisha Issa, Justin Bradley

Paris

Monstros S.A.(Monsters, Inc.)

Lee Unkrich, Pete Doctor, David Silverman

Vozes de: Billy Crystal, John Goodman, Steve Buscemi, James Coburn, Jennifer Tilly, Bonnie Hunt, Mary Gibbs

Disney

Tainá 3 - A Origem Rosane Svartman Guilherme Berenguer, Nuno Leal Maia, Gracindo Jr. Sony

O Voo(Flight)

Robert ZemeckisDenzel Washington, James Badge Dale, Don Cheadle, John Goodman, Kelly Reilly, Bruce Greenwood, Melissa Leo, Nadine Velazquez, Tamara Tunie, Garcelle Beauvais

Paramount

Hitchcock(Hitchcock)

Sacha GervasiScarlett Johansson, Jessica Biel, Anthony Hopkins, Michael Stuhlbarg, Helen Mirren, Toni Collette, Ralph Macchio, Danny Huston

Fox

Dezesseis Luas(Beautiful Creatures)

Richard LaGravenese

Emma Thompson, Viola Davis, Emmy Rossum, J.D. Evermore, Jeremy Irons, Alden Ehrenreich, Alice Englert, Kyle Gallner, Lance E. Nichols, Rachel Brosnahan, Thomas Mann, Tiffany Boone

Paris

Anna Karenina(Anna Karenina)

Joe WrightKeira Knightley, Jude Law, Michelle Dockery, Kelly Macdonald, Matthew Macfadyen, Aaron Johnson, Emily Watson, Olivia Williams, Holliday Grainger

Paramount

As Sessões(The Sessions)

Ben Lewin John Hawkes, Helen Hunt, William H. Macy Fox

Guilt Trip(Ainda Sem Título em Português)

Anne Fletcher Seth Rogen, Barbra Streisand Paramount

Cirque Du Soleil – Worlds Away(Ainda Sem Título em Português)

Andrew AdamsonMatt Gillanders, Jason Berrent, Dallas Berrent, Lutz Halbhubner

Paramount

Duro de Matar: Um Bom Dia para Morrer(A Good Day to Die Hard)

John MooreBruce Willis, Mary Elizabeth, Jai Courtney, Cole Hauser, Yuliya Snigir, Megalyn Echikunwoke, Amaury Nolasco, Anne Vyalitsyna, Sebastian Koch

Fox

Colegas(Colegas)

Marcelo Galvão

Lima Duarte, Ariel Goldenberg, Rita Pokk, Breno Viola, Leonardo Miggiorin, Marco Luque, Juliana Didone, Christiano Cochrane, Daniele Valente, Otavio Mesquita, Germano Pereira, Nill Marcondes

Europa

Dois Dias em Nova York (Two Days in New York)

Julie Delpy Chris Rock, Kate Burton e Julie Delpy California

18/01/2013

01/02/2012

08/02/2013

13/02/2013

15/02/2012

22/02/2013

01/03/2013

08/03/2013

Page 51: Exibidor #08

51 Exibidor, janEiro-2013

filmE dirEção ElEnco distribuidora

* as datas de lançaMento estão suJeitas à alteração

Carrie, a Estranha(Carrie)

Kimberly PeirceChloë Grace Moretz, Julianne Moore, Judy Greer, Portia Doubleday, Gabriella Wilde, Alex Russell, Michelle Nolden, Max Topplin, Cynthia Preston, Connor Price

Sony

Uma História de Amor e Fúria Luiz BolognesiSelton Mello, Camila Pitanga, Rodrigo Santoro, Bemvindo Sequeira, Sérgio Moreno e Marcos Cesana

Europa

Jack - O Matador de Gigantes(Jack - The Giant Slayer)

Bryan SingerNicholas Hoult, Eleanor Tomlinson, Ian McShane, Bill Nighy, Ewan McGregor

Warner

Segredos da Paixão(There Be Dragons: Secrets of Passion)

Roland JofféCharlie Cox, Wes Bentley, Dougray Scott, Rodrigo Santoro, Geraldine Chaplin, Derek Jacobi, Ana Torrent

Europa

G.I. Joe: Retaliação(G.I. Joe 2: Retaliation)

Jon M. ChuChanning Tatum, Bruce Willis, Dwayne Johnson, Adrianne Palicki, Ray Stevenson, Ray Park, Elodie Yung, Walton Goggins, Byung-hun Lee, Joseph Mazzello

Paramount

Uma História de Amor e Lutas Luiz Bolognesi Europa

A Bela que Dorme (Dormant Beauty)

Marco Bellocchio Isabelle Huppert, Alba Rohrwacher e Toni Servillo California

Oblivion(Ainda Sem Título em Português)

Joseph KosinskiTom Cruise, Morgan Freeman, Olga Kurylenko, Andrea Riseborough, Nikolaj Coster-Waldau , Melissa Leo

Universal

42(42)

Brian HelgelandHarrison Ford, Alan Tudyk, Christopher Meloni, Kelley Jakle, John C. McGinley, Lucas Black, Hamish Linklater, Jud Tylor, Brett Cullen

Warner

A Morte do Demônio (Evil Dead)

Federico AlvarezJane Levy, Shiloh Fernandez, Jessica Lucas, Elizabeth Blackmore.

Sony

Eu e Você(Io e Te)

Bernardo Bertolucci Tea Falco, Jacopo Olmo Antinori e Sonia Bergamasco California

Homem de Ferro 3(Iron Man 3)

Shane BlackRobert Downey Jr., Guy Pearce, Jon Favreau, Gwyneth Paltrow, Paul Bettany, Ben Kingsley, Rebecca Hall, Don Cheadle, William Sadler, James Badge Dale

Disney

Segredos de Sangue(Stoker)

Chan-wook Park Mia Wasikowska, Nicole Kidman, Matthew Goode Fox

Vendo ou Alugo Betse de Paula

Marcos Palmeira, Marieta Severo, Hugo Carvana, Nathalia Timberg, Silvia Buarque, André Mattos, Daisy Lucidi, Carmen Verônica, Ilka Soares, Pedro Monteiro, Maria Assunção, Nicola Lama, Beatriz Morgana, Juan Paiva, Anali Prestes, Antonio Pitanga

Europa

Reino Escondido(Epic)

Chris WedgeVozes de: Josh Hutcherson, Amanda Seyfried, Colin Farrell, Christoph Waltz, Jason Sudeikis, Blake Anderson, Aziz Ansari, Beyoncé Knowles, Steven Tyler, Judah Friedlander

Fox

Velozes e Furiosos 6(Fast and Furious 6)

Justin LinJason Statham, Vin Diesel, Dwayne Johnson, Paul Walker, Michelle Rodriguez, Jordana Brewster, Thom Barry

Universal

Faroeste Caboclo Rene SampaioFabrício Boliveira, Felipe Abib, Antônio Calloni, César TroncosoÍsis Valverde, Marcos Paulo

Europa

Se Beber, Não Case - Parte 3(The Hangover Part III)

Dan GoldbergBradley Cooper, Ed Helms, Zack Galifianakis, Justin Bartha, Ken Jeong

Warner

15/03/2013

22/03/2013

29/03/2013

05/04/2013

12/04/2013

19/04/2013

26/04/2013

03/05/2013

10/05/2013

17/05/2013

24/05/2013

30/05/2013

31/05/2013

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54 Exibidor, janEiro-2013

traJEtória

ao perceber um nicho diferen-ciado, Adhemar de Oliveira de-cidiu investir em salas de cine-ma voltadas à exibição de filmes

independentes e nacionais. Assim, surgiu a primeira sala do Grupo Espaço, inaugu-rada em outubro de 1993, hoje chamada de Espaço Itaú Augusta. Na época, o pro-jeto recebeu apoio do Banco Nacional e depois do Unibanco, que posteriormente foi integrado ao Banco Itaú, em 2008.

Sua atividade de programação teve início no Cineclube Bexiga, em São Paulo, e no Cineclube Macunaíma, no Rio de Janeiro. Em 1985, com vários sócios, criou o Cine-clube Estação Botafogo, onde desenvol-veu vários projetos de exibição alternativa.

O Grupo Espaço é formado pelo Espaço Itaú de Cinemas, Cinearte e Cinespaço. Ao todo são 21 complexos e 115 salas. O obje-tivo do grupo é privilegiar filmes nacionais e independentes como forma de incentivo à democratização da cultura no país. Grandes mostras, pré-estreias de filmes, retrospecti-vas e homenagens a cinematografias e dire-tores, fazem parte do dia a dia do circuito.

Em 2001, foi inaugurado o primeiro com-plexo do Grupo dentro de um shopping, o

Frei Caneca, em São Paulo (SP). Na oca-sião, Adhemar apresentou ao mercado o conceito Arteplex, que mescla o conceito “multiplex” à diversidade dos filmes de arte, sendo este o principal atributo da empresa.

O Grupo Espaço foi o primeiro a trazer a experiência IMAX para o Brasil em 2009 no Shopping Bourbon Pompéia (São Paulo - SP). A segunda sala do Grupo nesse formato recebeu o público em abril de 2012 no Cinespaço Granja Vianna (Cotia - SP). É também da empresa, a primeira sala com som THX do Rio de Janeiro. Brasília ganhou o primeiro cine-ma do Espaço Itaú, com oito salas, in-cluindo duas salas 3D, no final de 2011.

É do Grupo Espaço projetos educativos como Clube do Professor, que exibe há oito anos filmes gratuitos para professo-res e Escola no Cinema, que já atendeu dois milhões de alunos em 15 anos.

A empresa completa 20 anos e, por isso, iniciou em outubro deste ano alguns even-tos comemorativos. Além disso, os cinemas do Espaço Itaú estão passando por refor-ma. Em março de 2012 foi a vez do Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca (São Paulo) e da unidade localizada no Shopping Crys-

tal (Curitiba). Em agosto último, foram entregues as salas localizadas no Bourbon Shopping Country (Porto Alegre) e Bour-bon Shopping (São Paulo).

Na sequência o Espaço Itaú de Cinema da Rua Augusta foi o sexto cinema do grupo a ser reinaugurado, após reforma. As uni-dades Glauber Rocha (Salvador) e Bota-fogo (Rio de Janeiro) também mudarão de layout entre dezembro/12 e janeiro/13.

“Modernizamos, mas sem perder a tradi-ção e qualidade, principais características do Espaço Itaú de Cinema. Acreditamos na cultura e na educação como alicerces de transformação social, o que nos faz, cada vez mais, promover e investir em projetos como este”, diz Fernando Chacon, diretor executivo de marketing do Banco Itaú, patrocinador de boa parte dos cinemas.

“A característica do grupo é de inovar. Se você tem cinema de arte e cinema de block-buster, nós inovamos fazendo uma mistura dos dois. Se o cinema fosse uma cozinha, nós seríamos o cozinheiro. Nossa principal conquista foi provar que você tem filmes que não são vistos porque não são apresentados”, comenta Adhemar de Oliveira.

AlternAtivo independente do circuito comerciAl

esPaço itaú augusta©Divulgação

Page 55: Exibidor #08

Destaque o Calendário de lançamentos e cole no sue monitor (conforme a imagem).

Tenha sempre à vista as datas das próximas produções cinematográfi cas.

APOIO:

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Calendário Exibidor

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