exibidor #06

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ANO II – Nº 06, JULHO/2012 WWW. EXIBIDOR. COM. BR ATM Tecnologia à serviço do consumidor Ar condicionado Limpeza e qualidade do ar interior Recursos Humanos Plano de Carreira traz benefícios para exibidores e funcionários TELONAS IMAX, XD e Max Screen propõem novas experiências para o usuário dentro de um conceito completamente diferenciado e peculiar

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Revista Exibidor número 06

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Ano II – nº 06, julho/2012www.exIbIdor.com.br

ATMTecnologia à serviço do consumidor

Ar condicionadoLimpeza e qualidade do ar interior

Recursos HumanosPlano de Carreira traz benefícios para exibidores e funcionários

T e l o n A sIMAX, XD e Max Screen propõem novas experiências para o usuário dentro

de um conceito completamente diferenciado e peculiar

CHEGA EM JULHO NOS CINEMAS.O FILME MAIS ESPERADO ANO

UM FILME DE

EM ASSOCIAÇÃO COME MÚSICA FIGURINO EDIÇÃO

ROTEIRO E

UMA PRODUÇÃO UM FILME DEAPRESENTA

COMCO-

PRODUÇAO˜ PRODUÇAO˜DESENHISTA DE

FOTOGRAFIA

PRODUÇÃO DIREÇÃO

DIRETOR DEEXECUTIVOS

PRODUTORES

BASEADO NOS PERSONAGENS DE “BATMAN”CRIADOS POR

E PUBLICADOPOR

ESCRITOPOR

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27 DE JULHO NOS CINEMASA LENDA TERMINA

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CHEGA EM JULHO NOS CINEMAS.O FILME MAIS ESPERADO ANO

UM FILME DE

EM ASSOCIAÇÃO COME MÚSICA FIGURINO EDIÇÃO

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27 DE JULHO NOS CINEMASA LENDA TERMINA

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4 Exibidor, julho-2012

Expediente

Edição E dirEção

Marcelo J. L. Lima

rEdação Natalí Alencar (MTB 51480)[email protected]

ProjEto Gráfico E dirEção dE artE

Raphael [email protected]

assistEntE dE artE

Fernando [email protected]

rEvisão

Talita [email protected]

comErcial E anúncios

[email protected].: (11) 2099 0308

colaboradorEs

Carla Sobrosa, Fátima Gigliotti, Marcos Bitelli Espaço/Z e Omelete

imPrEssão

Vox Editorawww.voxeditora.com.br

Tiragem de 2000 exemplares

corrEsPondência

Rua Ênio Voss, 78São Paulo (SP) | 02245-070Tel: (11) 2099 [email protected]

A Revista Exibidor é uma publicação trimestral da:

www.tonks.com.br

Os artigos assinados não refletem necessaria-mente a opinião da Revista Exibidor.

Proibida a reprodução parcial ou total do conteúdo sem autorização da Tonks.

EstE ExEmPlar faz PartE do acErvo da cinEmatEca do rio dE janEiro.

nas tElas, o mErcado

É incrível pensar como o tamanho das telas de cinema está profundamente ligado aos ânimos da indústria cinematográfica. Na primeira metade do século passado, os cinemas foram tomando proporções gigantescas com mais de 1.000 lugares e, logo, as telas cresceram na mesma proporção. Chegou o

som, a cor e o, até então, imbatível Cinemascope.

No Brasil, no final do século passado, a indústria exibidora sofria profundamente com a concorrência do vídeo e salas monumentais deram espaço para igrejas. Os cinemas foram se instalando em shoppings centers e as telas iam diminuindo a cada nova e rara inauguração.

Agora, os shoppings centers oferecem o melhor e maior do seu espaço. E telas gigan-tescas começam a brotar ao redor do país. Uma vez que, quanto maior o cinema, maior a tela e quanto maior o público, maior o investimento em telas grandes. E quem acaba ganhando é o consumidor com cinemas cada vez mais completos.

Por isso, a reportagem de capa da 6ª edição da Revista Exibidor apresenta algumas destas tecnologias instaladas no Brasil e a grande influência que os projetores digitais 4K deram para que o processo de aumento dos tamanhos das telas se acelerasse.

Um cinema com tela gigante e uma pipoca quentinha não são os únicos atrativos para o sucesso do relacionamento entre exibidor e cliente. Portanto, apresentamos duas reportagens de cunho seriíssimo. Uma delas é sobre a manutenção do ar condiciona-do. Entenda o tamanho da responsabilidade do exibidor para com a qualidade do ar interior das salas e as melhores formas de mantê-la. Colaboradores também são a bola da vez ao discutirmos plano de carreira. Quais são os objetivos dos funcionários e do exibidor para o sucesso profissional de cada trabalhador que faz da magia do cinema sua fonte de renda.

Em tecnologia, abordaremos as facilidades e vantagens de oferecer pontos de autoaten-dimento para o exibidor e para o usuário final.

Para completar, a revista ouviu alguns exibidores acerca da união das distribuidoras Fox Film e Warner Bros. a fim de entender seus medos e perspectivas em relação ao futuro da exibição.

E aqui completamos mais uma edição da Revista Exibidor. Tenha uma boa leitura e nos vemos em breve.

Um forte abraço,

EdiToRiAl

Marcelo J. l. lima

6 Exibidor, julho-2012

EMPRESAS E inSTiTuiçõES CiTAdAS

AAbrava // 41

ANCINE // 39, 50

Arts Alliance Media // 08

BBrasindoor // 41

CCentauro // 30

Centerplex // 21, 22, 35, 42

Cine 14 Bis // 11

Cineart // 10, 21, 35, 36

Cineart Café // 43

Cinemais // 08

Cinemark // 22, 23, 28, 29, 30, 31, 35, 36

Cinematográfica Araújo // 28, 29, 31

Cinépolis // 08, 28, 31

Cineshow // 43

Cinesystem // 11

Cinevise // 08

Circuito Espaço de Cinema // 29, 31

Climapress // 41, 42

Coldmaq // 42, 43

Conspiração Filmes // 13

Core Tecnologies // 23

DD+ Produções // 13

Diário de Pernambuco // 36

Downtown // 13

FFox // 10, 11

GGDC // 09

GNC Cinemas // 09, 11, 22, 48, 49

HHarman // 09

IIMAX // 08, 26, 28, 31

Itautec // 20, 21, 23

JJBL // 09

KKinoplex // 23, 35, 42

LLíder Treinador // 35

NNielsen // 17

PParamount // 11, 13

RRemarc // 42

Rentrak // 16, 17, 18

SSchalter // 21, 22, 23

SEECESP // 35

SEECINE // 10

TTransisom // 29

UUCI // 28, 31

UNIBES // 35

WWarner Bros. // 10, 11

XXPAND // 09

Queremos saber a sua opinião. Envie seus comentários para:

[email protected].

ESPAço do lEiToR

O conteúdo das revistas é ótimo, ainda mais para nos-sa equipe que está iniciando. Desde as salas Vip até as dicas das bombonières. parabéns pelo conteúdo.

Eduardo Milioli – Criciúma (SC)

Gostaria de parabenizar a edição da Revista Exibidor. O conteúdo e diagramação está de muito bom gosto.

Paula Silveira – los Angeles (CA - EuA)

A Biblioteca Mário de Andrade é a principal biblioteca da cidade de São paulo e a segunda mais importante em nível nacional, com coleções fixas e uma coleção circulante. Dentre as coleções fixas, há uma coleção de Artes. Nessa coleção recebe-mos pesquisas do Brasil e até do exterior. Dentre esses pesquisadores, um procurou essa revista e nós notamos que não temos em nosso acervo e por sugestão da coordenadora da coleção de artes estamos solicitando o envio da revista para nossa biblioteca.

denis dos Santos – Biblioteca Mário de Andrade – São Paulo (SP)

notícias/08Giro pelo mercado

claquete.com/13novidades do cinema

entrevista/16Melanie Schroot, da Rentrak

tecnologia/20ATM facilita o atendimento e traz mais visibilidade

aos exibidores

recursos humanos/34Por que ter um plano de carreira?

SuMáRio

T E l A SG i G A n T E S / 2 6

Conheça as marcas existentes no mercado e veja como elas se diferenciaram

39/artigo panoramaRelação público x cinema – pt. 2

40/manutençãolimpeza dos aparelhos de ar condicionado garantem a qualidade do ar interior

46/agendaPróximos lançamentos

48/trajetória20 anos de GnC

50/artigo legislaçãoCinema agora mais perto de você

8 Exibidor, julho-2012

Cinevise instala TMS

em Montes Claros

A Cinevise instalou mais um sistema TMS (Theater Management System)no complexo de Montes Claros (MG) da exibidora Cinemais em parceria com a Arts Alliance Media (AAM).

A empresa está fornecendo o monito-ramento remoto através do NOC (Ne-twork Operations Center), bem como su-porte e manutenção para todos os atuais e futuros cinemas digitais da rede.

Segundo a Cinevise, as instalações de TMS no Cinemais ilustram o bom mo-mento vivido pela digitalização na Amé-rica Latina, que é também resultado da parceria entre Cinevise e AAM. Como os benefícios de um sistema centralizado de gerenciamento se torna cada vez mais evidente aos exibidores, a adoção de so-luções TMS começam a se firmar.

Marcação de poltrona obrigatóriaUma lei publicada no Diário Oficial em Mato Grosso do Sul no início de junho (Lei nº 4.204/12) determinou que a comercialização de ingressos de cinema deve ser feita com marcação das poltronas.

O autor é o deputado estadual Marcio Fernandes (PT do B) e os exibidores terão o prazo de 60 dias, contados a partir da data de publicação da lei, para se adequarem.

Em entrevistas divulgadas pela imprensa local, o deputado afirmou que a intenção é garantir mais comodidade ao consumidor.

O Estado do Mato Grosso do Sul possui cinco cinemas, 22 salas e quatro exibi-dores operantes.

A Cinépolis inaugurou em junho o seu 17º complexo no Shopping JK Iguatemi em São Paulo (SP).

O complexo é o primeiro 100% digital do país que não conta com salas tradicionais. No total são oito salas, destas, seis salas são VIP, uma em formato IMAX (Leia matéria na página 26) e uma sala exclusiva em 4D.

Além dos efeitos em 3D, essa nova sala 4D tem 246 lugares e um sistema de movi-mentação nas poltronas e liberação de odores, vento, fumaça e luzes de acordo com as cenas do filme. A novidade é pioneira na América do Sul.

novo complexo com sala em 4d©Divulgação

noTíCiAS

9 Exibidor, julho-2012

GDC reafirma compromisso com mercado EuropeuPor ocasião da CineEurope 2012 (18 a 21 de junho, em Barcelona), a GDC aproveitou para reafirmar seu compromisso com o mercado europeu, no esforço de ser líder mundial da indústria provedora de servidor digital, com filiais em todo o mundo.

“A GDC chegou à Europa em 2010. Nossas conquistas nos últimos anos têm demonstrado que o mercado está em busca de soluções alternati-vas qualificadas. Juntamente com minha equipe, vamos continuar a fazer o nosso melhor para satisfazer todas as necessidades de nossos clientes”, disse Pei-Zhi Liou, gerente geral da empresa para os mercados daEuropa, Oriente Médio e África e diretora de vendas na América Latina.

Harman instala sistema de áudio no GnC Praia de BelasA Harman, empresa de sonorização para cinemas, agora está presente através da marca JBL nas novas salas do GNC Cinemas do Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre (RS).

Conhecida pelas soluções em áudio e infotainment, a empresa se estabeleceu no Brasil em 2010 e conta com uma equipe especialmente designada para Installed, área respon-sável pela consultoria, venda de equipamentos e acompanhamento de projetos de áudio para cinemas e integradoras de salas.

“A GNC Cinemas escolheu a JBL tanto pela sua altíssima qualidade e desempenho na reprodução de som dos filmes e quanto pela marca estar nos mais modernos auditórios e cinemas do mundo, como o Mann Grauman’s Chinese Theater da Calçada da Fama de Hollywood; a Academy Motion Picture Arts and Sciences Samuel Goldwyn Thea-ter, também em Hollywood; entre outros”, explica Claudia Cidade, da GNC Cinemas.

XPAnd 3d fecha parceria com Cannes até 2015A XPAND 3D foi pela quarta vez parceira exclusiva durante a última edição do Festival de Cannes.

A empresa equipou as salas de exibição do Festival com a tec-nologia de exibição em terceira dimensão. A parceria foi reno-vada até 2015.

“Nossa parceria contínua com o Festival de Cinema de Cannes também demonstra o compromisso do Festival de fornecer a experiência mais realista e imersiva 3D possível e estamos or-gulhosos de mais uma vez trazer essa experiência para o público em Cannes”, comenta a CEO da empresa, Maria Costeira.

©Divulgação

©Divulgação

10 Exibidor, julho-2012

Exibidores comentam união Fox-Warner em

joint operation

Desde 5 de junho, por meio de comuni-cado oficial da presidente de Distribui-ção Internacional da Warner Bros. Pic-tures, Veronika Kwan Vandenberg, e dos copresidentes da Fox International, Paul Hanneman e Tomas Jegeus, está em vigor no Brasil a joint operation Fox-Warner. Integrando as equipes e investimentos das duas empresas, a nova operação tem como Diretora Geral Patricia Kamitsuji, ex-diretora geral da Fox Film.

Como explicou Vendenberg, da Warner Bros. Pictures, em vários países está em funcionamento parcerias com a Fox, e a expectativa no Brasil é “expandi-la para desenvolver os negócios no mercado bra-sileiro em rápido crescimento”. A ope-ração mantém as equipes de marketing separadas, mas unifica áreas executivas como as de direção e departamento de

vendas, o que tem consequências diretas para o mercado de exibição.

Por isso, a Revista Exibidor conversou com executivos do mercado de exibição sobre a fusão e a expectativa do impacto da joint operation nos negócios, lembrando que já houve uma parceria das duas empresas no Brasil nos anos 1990. “Mas o mercado era diferente, as companhias tinham represen-tantes regionais e a relação com os exibi-dores, principalmente os regionais, era mais próxima, pois para quem está fora do eixo Rio-São Paulo, o contato fica restrito a te-lefone e e-mail... e nos anos 1990 todos os distribuidores tinham gerentes de vendas nas grandes capitais como representantes”, pondera Lucio Otoni, gerente geral da Ci-neart e Diretor do SEECINE – Sindicato das Empresas Exibidoras de Minas Gerais, para quem movimentos de fusão, como o

A parceria das distribuidoras visa criar novas oportunidades de entretenimento no mercado brasileiro em ascensão, mas há ainda dúvidas e receios entre os exibidores

Por: fátima GiGliotti

noTíCiAS

11 Exibidor, julho-2012

da Fox e Warner, e também de separação “sempre ocorrem não só em nosso mercado como em outras indústrias”.

Mauri Palos, Cine 14 Bis, reconhece que a situação econômica brasileira atual pode ser considerada estimulante para o de-senvolvimento do país, com o mercado cinematográfico especialmente motivado com a recente fusão, os investidores in-ternacionais, as novas leis de incentivo aos exibidores, a crescente produção nacional, fatos e medidas que comprovam o desen-volvimento do parque exibidor brasileiro.

Para Hormar Jr., diretor comercial da GNC Cinemas, a joint operation está inserida num movimento cíclico do mer-cado. “Há bem pouco tivemos a separa-ção da Sony e da Disney, que há anos estavam juntas no Brasil, e fala-se já há três ou quatro anos na separação entre Universal e Paramount. Processos dessa natureza visam uma maior sinergia entre as empresas, as duas marcas possuem ex-celentes produtos e juntas deverão traba-lhar ainda melhor”.

Embora otimista com a joint operation da Fox-Warner e com expectativa de que as duas empresas investirão mais em seus produtos e no mercado para fortalecer a distribuição, e também aos exibidores, ao disponibilizarem mais cópias e maior pu-blicidade para os filmes, Palos reconhece que toda operação de fusão traz algum receio ao mercado, “pois a concentração de produtos em uma só distribuição pode di-minuir o poder de negociação dos exibido-res. Mas não parece ser esse o caso da fusão

Fox-Warner, e um fato como este devem estimular investimentos das demais distri-buidoras e fortalecer o mercado”.

Tanto Palos como Mauricio Sabbag, gerente de programação da Rede Ci-nesystem, que também atuou com a an-tiga parceria das empresas na década de 1990, concordam que é preciso aguardar as primeiras medidas de ordem prática para avaliar melhor o impacto da opera-ção para o mercado exibidor. Até porque, como observa Hormar Jr., os exibidores podem ter dúvidas “no que diz respeito à condução dos trabalhos no dia-a-dia, nos processos de decisão, mas não penso que teremos grandes modificações no ‘modus operandi’ das empresas”.

E mesmo se houver grandes modifica-ções, Palos acredita num processo con-sensual e democrático que permita ajus-tes de todas as partes envolvidas. Para ele, “talvez as primeiras dúvidas venham com questões práticas sobre com quem os exi-bidores farão as programações e como serão os faturamentos: em nome da War-ner ou da Fox?”.

Em resumo, conclui Otoni, se a operação Fox-Warner acontecer com o objetivo de unir forças para exercer um maior poder de negociação sobre o exibidor, não seria interessante. “Mas se a fusão acontecer com o objetivo de um maior investimen-to nos lançamentos e pesquisas, maior in-tegração com os exibidores, e mais cópias principalmente nos lançamentos médios será muito bem vinda e deve agregar ao mercado como um todo”, afirma.

13 Exibidor, julho-2012

ClAquETE.CoM

Gonzaga - De Pai pra Filho, o novo filho de Breno Silveira, diretor de 2 Filhos de Francisco, divulgou um vídeo com suas primeiras imagens. A prévia mostra um pouco a trajetória do rei do baião, o sanfoneiro Luiz Gonzaga, da adolescência no Nordeste até o reconhecimento nacional.

A trama acompanha a história do sanfoneiro Luiz Gonzaga e seu filho, o cantor e compositor Gonzaguinha, mostrando todas as diferenças que pai e filho tiveram ao longo de suas vidas. Três atores assumem o papel principal, mas o sanfoneiro Nivaldo Expedito de Carvalho, mais conhecido como Chambinho do Acordeon, será Gonza-gão entre os 30 e 50 anos, período no qual a carreira do músico deslanchou. Comple-tam o elenco Julio Andrade no papel de Gonzaguinha e Nanda Costa como a cantora e dançarina Odaléia Guedes dos Santos, sua mãe.

Gonzaga - De Pai pra Filho é produzido pela Conspiração Filmes, Globo Filmes e D+Produções, com distribuição da Downtown Filmes. O filme tem estreia prevista para 26 de outubro. Assista o trailer em: www.claquete.com.

Sai o trailer de “Gonzaga - de Pai pra Filho”

imprensa e fãs conversam com Andrew Garfield e Emma Stone em São Paulo

Cerca de 180 fãs (que já faziam fila desde às 10h no cinema) e mais de 100 jornalistas pude-ram conferir em São Paulo em meados de junho a primeira exibição brasileira do mais novo filme de um dos mais conhecidos heróis da Marvel, O Espetacular Homem-Aranha (The Amazing Spider-Man), distribuído mundialmente pela Sony Pictures.

Após a exibição, aconteceu bate-papo ao vivo via internet na sala de cinema com os protago-nistas Andrew Garfield (Peter Parker/Homem-Aranha) e Emma Stone (Gwen Stacy), que estavam em Nova York. Os atores responderam perguntas de fãs enviadas pelo Facebook e da imprensa presente. Os astros até arriscaram algumas palavras em português.

“labor day”, de Jason Reitman, inicia filmagens A Paramount Pictures anunciou o início das filmagens de Labor Day, do diretor Jason Reitman, estrelado por Kate Wins-let e Josh Brolin.

O filme está sendo rodado nos Estados Unidos, no estado de Massachusetts.

Baseado no romance homônimo de Joyce Maynard, o longa conta a história de Hen-ry Wheeler, um garoto de 13 anos que se esforça para ser o homem da casa e cuidar de sua solitária mãe Adele, enquanto en-frenta todos os problemas da adolescência. Um dia, retornando das compras, ele e sua mãe encontram Frank Chambers, um ho-mem misterioso que os convence a levá-lo para sua casa e que mais tarde se revela um criminoso foragido.

Completam o elenco Tom Lipinski, Alexie Gilmore, Lucas Hedges, Brighid Fleming e James Van Der Beek.

©Divulgação

©Divulgação

©Divulgação

14 Exibidor, julho-2012

ClAquETE.CoM

“Se Beber não Case 3” se passará em Tijuana e las Vegas

O terceiro filme da série Se Beber Não Case! se passará em Ti-juana, no México, e voltará ao cenário do primeiro filme, Las Vegas - como apontavam alguns rumores. As informações são do jornal canadense Toronto Sun.

O elenco formado por Bradley Cooper, Zach Galifianakis, Jus-

Colin Farrell no Brasil para o lançamento de “o Vingador do Futuro”

Colin Farrell veio ao Brasil para promo-ver o remake de O Vingador do Futuro (Total Recall), no qual é protagonista. O ator, que assume o papel que foi de Ar-nold Schwarzenegger (como o agente Douglas Quaid), desembarcou no Rio de Janeiro no dia 11 de julho.

O Vingador do Futuro é um thriller de ação sobre realidade e memória, inspira-do no famoso conto “We Can Remem-ber It For You Wholesale” (1966) de Philip K. Dick.

A estreia do longa está prevista para 17 de agosto de 2012.

Jackie Chan, que recentemente anunciou sua aposentadoria, já tem em vista um novo filme de ação, segundo o Hollywood Re-porter.

Baseada em uma ideia original de Chan, a trama da comédia de

Jackie Chan planeja nova comédia de ação

ação envolve um detetive (Chan) que precisa encontrar um gângster norte-americano que fugiu da sua dívida com o dono de um cassino em Macau. Jay Longinoto escreve o roteiro.

Além de estrelar, Cham também vai produzir o longa ao lado de Esmond Ren e David Gerson. Apesar das locações, que incluem Hong Kong, Macau, Leste Europeu e Chi-na, o filme será rodado em inglês.

tin Bartha e Ed Helms volta a ser dirigido por Todd Phillips. O roteiro será escrito por Craig Mazin, responsável pelos dois primeiros.

Ainda não há mais detalhes sobre a trama. A estreia do filme está marcada para 24 de maio de 2013.

©Divulgação

©Divulgação

16 Exibidor, julho-2012

Informatização das bilheterias aperfeiçoa coleta e envio de dados estatísticos

Por: natalí alEncar

Saber quanto cada filme arreca-dou e o seu posicionamento no mercado é um exercício obriga-tório para os agentes do parque

exibidor, principalmente com um mercado tão grandioso e eclético como o brasileiro.

Uma das empresas responsáveis por co-letar dados de bilheteria é a Rentrak,

cinEma traduzido

Em númEros

©Divulgação

EnTREViSTA

que hoje conta com 16 escritórios que recebem informações de mais de 70 mil cinemas ao redor do mundo. Tornar esse trabalho viável, não é tarefa fácil, mas algo que pode melhorar a velocidade e a qualidade com que as informações são levantadas é a informatização das bi-lheterias. Algo que já tem sido feito por muitos exibidores.

Melanie Schroot //Rentrak

17 Exibidor, julho-2012

Segundo Melanie Schroot, da Rentrak Brazil, a coleta 100% digital proporcio-naria um trabalho mais eficaz. Conhe-ça um pouco mais sobre a Rentrak e o trabalho que desenvolve nesta entrevista concedida pela executiva da empresa à Revista Exibidor.

Revista Exibidor - Explique um pouco

mais sobre o trabalho da Rentrak, o

que faz e a sua importância para o

parque exibidor brasileiro.

Melanie - A Rentrak já atuava na coleta de rendas nos EUA e começou a partir de 2007 a atuar em países como Brasil e Rús-sia. Em 2010, a Rentrak Corporation ad-quiriu a divisão EDI da The Nielsen Com-pany que já coletava dados de bilheteria no Brasil desde 2002 a partir da sua central de operações, localizada em Buenos Aires.

Além de ser referência mundial em aferi-ção de rendas, a Rentrak atua em diversas outras janelas como home vídeo, análise de consumo de VOD (Video on Demand) e TV. Semanalmente são divulgados diversos rankings: Top 10 da bilhete-ria mundial e dos EUA, o ranking dos DVD´s mais vendidos e mais alugados e dos VOD com maior índice transacional. Estas informações podem ser acompa-nhadas em nosso twitter ou via site.

Exibidor - Como são levantados os da-

dos e qual é a metodologia utilizada?

Melanie - A Rentrak realiza sua coleta através dos seus 16 escritórios regionais, 24 horas por dia, sete dias da semana. Atualmente, esta coleta é feita junto a mais de 70 mil cinemas em mais de 25 territórios do mundo, dentre eles, Ale-manha, Argentina, Austrália, Áustria, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Coreia

do Sul, Espanha, Estados Unidos, Fran-ça, Holanda, Hong Kong, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Peru, Portugal, Rússia, Taiwan, Reino Unido e Irlanda, Venezuela, entre outros.

No Brasil, a coleta é feita diretamente junto aos cinemas logo após o fecha-mento da bilheteria e a metodologia em-pregada é feita através de diversas plata-formas, desde carregamento de arquivos eletrônicos recebidos, e-mail, fax e con-tatos telefônicos através da nossa central 0800. Trabalhamos em sintonia com os exibidores para cada vez mais tornar a coleta 100% digital, por dois motivos: evitar erro de digitação e proporcionar rapidez na análise dos dados para que o distribuidor possa acompanhar os resul-tados em tempo real.

Exibidor - Há dificuldade para obter

os dados?

Melanie - Atualmente nossa coleta gira entre 95% a 97%, portanto não posso afirmar que existe dificuldade em obter dados no Brasil, apenas um maior grau de complexidade. O Brasil, comparado com outros países da América Latina, possui uma maior capilaridade de pon-tos de coleta. Somando todos os circui-tos com todos os cinemas independentes chegamos a 220 pontos, que informam resultados de 617 cinemas e 2435 salas. O México, por exemplo, que tem o dobro de salas que o Brasil, possui apenas nove circuitos e 74 cinemas independentes, to-talizando 83 pontos.

Nosso maior desafio neste momento é ter acesso às rendas antes das sete horas da manhã. Alguns circuitos e cinemas independentes ainda não tiveram a opor-tunidade de informatizar todos os seus

cinemas, o que atrasa o envio de rendas por algumas horas ou ainda por alguns dias. Apenas poucos exibidores isolados não enviam os dados para a Rentrak.

Exibidor - Existe alguma solução de

sucesso fora do Brasil que poderia ser

aplicada aqui para agilizar a obtenção

das rendas?

Melanie - Tanto no Brasil como no ex-terior existem várias empresas que forne-cem soluções de softwares para bilheteria e bombonière. Estes sistemas podem ser adaptados para o envio de rendas de bilheteria diretamente para o nosso sistema, agilizando a coleta de dados e evitando erros no processo. Entretanto, esses sistemas não estão presentes em 100% dos exibidores, principalmente nos independentes, devido a vários fatores, entre eles, custo.

Exibidor - Quem tem mais interesse

nos dados divulgados pela Rentrak?

Melanie - Os maiores interessados são os exibidores, distribuidores, produtores e agências de mídia em tela.

Exibidor - Quem mais utiliza os dados

são os exibidores, os distribuidores ou

empresas de fora?

Melanie - Até o presente momento a Rentrak fornece acesso ao sistema prio-ritariamente às empresas diretamente ligadas ao segmento audiovisual. Quem mais utiliza o IBOE (Internacional Box Office Essentials) são exibidores e distri-buidores, seja através do acesso pela in-ternet ou celular.

Exibidor - É possível prever o sucesso de

um filme a partir de rendas anteriores?

18 Exibidor, julho-2012

cimento no hábito de frequentar salas de cinema, desencadeada pontualmente pelo blockbuster nacional Tropa de Elite 2 em outubro de 2010, que colocou o Brasil em 4º lugar no ranking mundial de bilheteria. Esse evento se repetirá, prova-velmente, com o sucesso de Os Vinga-dores (The Avengers), que até o momento já colocou o Brasil no quarto país com a melhor performance mundial em dólares. Estes blockbusters criam uma alta margem de ocupação da sala e consequente alto percentual de divulgação de trailers dos próximos lançamentos. Diversos estudos já provaram que a peça que mais conven-ce o expectador decidir entre assistir ou

não um filme é um trailer assistido den-tro de uma sala de cinema.

Exibidor - E em comparação com o

mercado internacional de exibição?

Melanie - Neste primeiro quadrimestre (6 de janeiro até 3 de maio) de 2012 o resulta-do de renda do parque exibidor brasileiro é o maior de toda América Latina. O Brasil fechou os primeiros quatro meses acumu-lando 269 milhões de dólares, enquanto o México fechou o mesmo período com 249 milhões de dólares. Se avaliarmos o resul-tado por público, o resultado é inverso. O Brasil atraiu muito menos expectadores em suas 2435 salas do que o México com suas

Melanie - Prever o sucesso de um filme ainda é um grande desafio para produtores, distribuidores e agentes do mercado audio-visual em geral. O que a Rentrak fornece são relatórios estatísticos online especial-mente desenhados para analisar resultados de filmes já exibidos ajudando a recriar o circuito lançador, a história de uma cópia em todas as semanas de exibição, seja por cidade ou sala de cinema. Estes cenários estatísticos são cada vez mais apreciados pelos profissionais que atuam na área de programação, marketing e vendas tanto na distribuição como na exibição.

Exibidor - Como a Rentrak avalia o

mercado exibidor brasileiro?

Melanie - Quanto aos números obtidos, o mercado experimen-tou um crescimento expressivo a partir de 2009 quando foram contabilizados mais de 111 milhões de espectadores, vol-tando ao patamar já atingido em 2004. Neste ano, este cres-cimento continua dando sinais de vitalidade. Neste primeiro quadrimes-tre tivemos um aumento de 17 milhões de reais em bilheteria e 2,6 milhões em público, comparado com o mesmo perí-odo no ano passado, representando um aumento de 6,5% em renda.

Quanto ao número de salas, não é ne-nhuma novidade que o mercado exibidor brasileiro cresce junto com a abertura de novos shoppings centers no Brasil. O que mudou foi o perfil de shoppings centers e seus espaços demográficos que vem de encontro com o aquecimento da econo-mia e a consequente ascensão da classe C.

Aliado a esta expansão de “multiplexes” em shoppings centers, houve um aque-

mais de 4000 salas. O motivo deste suces-so financeiro é o valor do ticket médio do Brasil que é o segundo mais caro da Amé-rica Latina, logo depois da Venezuela. Mundialmente, o Brasil passou a figurar no ranking dos Top 10 maiores resultados em bilheteria de 2011, superando pela pri-meira vez o México.

Exibidor - Gostaria de deixar algum

recado para os exibidores?

Melanie - O nosso trabalho de coleta de público e renda tem por finalidade exclu-siva ajudar o mercado a trabalhar estatisti-camente os resultados obtidos nos filmes.

Quanto melhor for a nossa coleta, tanto em número, quanto em confiabilidade de dados e em rapidez na di-vulgação, melhor será para o mercado como um todo.

Utilizar um sistema de bi-lheteria informatizado traz muitos benefícios ao exibi-dor. Estes sistemas podem enviar os dados, todos os

dias, diretamente para o nosso sistema, evitando trabalho para o exibidor e au-mentando a confiabilidade dos dados coletados. Estamos à disposição de todos para orientar e ajudar, no que for possí-vel, em formas de tornar a coleta de renda uma sistemática simples que não cause transtornos ao exibidor.

Gostaria de aproveitar para agradecer a parceria e apoio dos exibidores ao longo de todos estes anos e enfatizar que esta-mos a disposição de todos para ajudar no que for possível para tornar a coleta de rendas cada vez mais rápida e fornecer soluções estatísticas que possam ajudar o mercado audiovisual brasileiro a se de-senvolver cada vez mais.

EnTREViSTA

Utilizar um sistema de bilheteria informatizado traz muitos benefícios ao exibidor

Melanie Schroot //Rentrak

rua dos gusmões, 123 | são paulo - sp | 01212-000 | fone: 11 3331 8055 | [email protected] | www.centauro-cinema.com.br

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20 Exibidor, julho-2012

TECnoloGiA

atm da itautEc

©Divulgação

21 Exibidor, julho-2012

ATM diminui filas e aumenta visibilidade e clientela

Por: marcElo j. l. lima

Frequentar um cinema significa en-frentar fila para comprar ingresso, fila para comprar a pipoca e fila para entrar na sala. Esse paradig-

ma já vem sendo modificado e tende a de-saparecer nos próximos anos, tendo em vis-ta que alguns exibidores já instalaram, em seus complexos, postos de ATM (Sigla em inglês de Automated Teller Machine – tam-bém conhecidos como totem, máquinas de autoatendimento ou quiosques).

“O totem de atendimento tenta pelo menos cortar uma destas filas e facilitar ao máximo o cliente a entrar na sala e se divertir”, declara Marcio Eli, diretor da Centerplex Cinemas.

Não que as bilheterias devam ser extin-tas. Afinal, muitos clientes ainda prefe-rem um atendimento humanizado, mas o autoatendimento é mais uma opção que o cliente tem para comprar o seu ingres-so, assim como a internet.

Os totens de autoatendimento facilitam a expansão no caso de um aumento de público em determinado complexo e di-minuem o tempo de compra em cerca de

40%. Enquanto um cliente gasta em mé-dia dois minutos na bilheteria, sem consi-derar a espera nas filas, a compra no totem se conclui em pouco mais de um minuto.

De acordo com a exibidora mineira Ci-neart, um dos grandes benefícios do au-toatendimento é ele permanecer sempre aberto, diferentemente das bilheterias. “Além de aceitarmos cartões de débito e crédito nos terminais, oferecemos mais comodidade aos clientes que não querem comprar na bilheteria. Os mesmos ficam ligados desde a abertura do shopping e desta forma o cliente pode adquirir en-tradas e combos, mesmo antes das bilhe-terias estarem abertas”, argumenta Mari-na Rossi, gerente de marketing.

Os terminais também podem ser instala-dos em locais distantes da bilheteria, mas com grande fluxo de pessoas. “Além de você ter quiosques ao redor da bilheteria, você pode ter um quiosque no meio do shopping, numa região de passagem, onde os clientes podem comprar por impulso”, sugere Flávio Montezuma, diretor de au-tomação comercial da Itautec, empresa fornecedora de máquinas de ATM.

noVA GERAção dE ATEndiMEnTo

Segundo ele, a compra nos equipamentos já é preferência de 60% dos frequentado-res de cinema em algumas regiões do país.

o que é e como funciona

As máquinas utilizadas nos cinemas são terminais financeiros, homologados pelas bandeiras de cartão de crédito, que seguem normas rígidas para garantir segurança ao usuário durante esta transação.

“A sua utilização é bem simples, o cliente toca na tela do terminal para escolher o filme, a sessão, a quantidade de ingressos. A aplicação então apresenta um mapa com a localização das poltronas no cine-ma e ele escolhe onde quer sentar”, ex-plica Paulo Roberto de Oliveira, diretor de serviços e infraestrutura da Schalter, outra empresa de automação fornecedora de totens de atendimento.

Após isso, o terminal inicia a fase de pagamento do ingresso, solicitando ao cliente que passe seu cartão no leitor (pin pad) e digite sua senha. Concretizada a transação, o terminal emite o compro-vante e os ingressos. Em pouco tempo, está concluída a compra.

22 Exibidor, julho-2012

TECnoloGiA

“Pelo terminal de autoatendimento o cliente pode comprar ingressos e com-bos de pipoca e refrigerante, sem taxas extras, de maneira fácil e rápida. Na hora da compra, os clientes também podem escolher o assento que tem preferência”, conta a gerente de marketing da Cine-mark, Maricy Leal.

Num breve plantão realizado pela equipe da Revista Exibidor num shopping da ca-pital paulista, os clientes foram unânimes: utilizam o ATM por ser mais rápido, fácil, prático e principalmente por não ter fila ou uma muito menor do que a bilheteria.

O vendedor Nilber Pereira de Barros Filho, de 24 anos, sempre compra os

ingressos nos terminais de ATM. “Não tenho que pegar fila e esperar o aten-dente resolver. Na máquina já vejo o que tem e escolho”.

Aldo Russo, engenheiro, 47 anos, tam-bém ressaltou os benefícios, mas fez uma ressalva: “Já virou minha opção de com-pra, mas já tive problemas, o touch não funcionava e tive que pegar a fila”.

A estudante Paula Florindo Cunha, de 19 anos, já está acostumada a utilizar o autoatendimento, mas também relatou que as vezes teve que pegar uma fila qua-se equivalente a da bilheteria quando um dos terminais parou de funcionar e ela foi em outra máquina.

Dentre as desvantagens apontadas pelos exibidores que já utilizam o ATM estão falhas no dispositivo touch screen da tela, problemas com reposição da bobina, alto custo cobrado pelas empresas detentoras das bandeiras de cartão de crédito e falta de manutenção rápida por parte das em-presas contratadas e até mesmo das em-presas responsáveis pelo software.

investimento

A Schalter atende atualmente a GNC e a Centerplex. Em termos de nego-ciação comercial, ela fornece os termi-nais através da venda, Leasing, Fina-me ou Locação. Sendo a última opção a mais usada.

modElo dEsEnvolvido PEla schaltEr, instalado na Gnc cinEmas

©Divulgação

23 Exibidor, julho-2012

“O valor de venda dos terminais finan-ceiros variam de acordo com os periféri-cos solicitados, ficando na faixa entre R$ 7.500,00 a R$ 11.000,00, não estando incluso neste valor os custos de softwa-re”, explica Paulo Roberto de Oliveira, da Schalter.

A Itautec tem dois modelos que são os mais indicados para utilização nos cine-mas, o Webway e o Prizikiosk.

“Não é um investimento alto. Diluído na vida útil, você pode fazer a amortização em cinco ou seis anos, o que é geralmente feito. Sai barato porque dura muito tem-po”, indica Flavio Montezuma, da Itau-tec, que também trabalha com leasing para facilitar a aquisição dos produtos.

“Se o exibidor tiver linha de crédito no BNDES, tem facilidades. São produtos produzidos nacionalmente com incenti-vo”, completa o executivo.

Embora não seja o objetivo principal do ATM, a economia com mão de obra e encargos trabalhistas também são pontos positivos para o exibidor.

O Cinemark, por exemplo, conta com 100 totens de autoatendimento da Itautec nos seus quase 60 complexos.

O investimento total foi de cerca de R$ 1,3 milhão.

A rede de cinemas Kinoplex, que também usa a Itautec, investiu R$ 650 mil nestes equipamentos. Foram instalados 60 totens em toda a rede, que conta com mais 200 salas em nove estados brasileiros.

A negociação desses valores com as em-presas dependem muito da quantidade de postos, da localização, se haverá ou não manutenção da empresa contratada e gerenciamento remoto.

instalação e Manutenção

Para a instalação dos terminais, a inte-gradora de soluções Core Technologies, explica que é necessária uma estrutura de rede elétrica certificada e construída com as melhores práticas do mercado.

Além disso, é preciso uma solução de gerenciamento proativo, ou seja, os pro-blemas devem ser identificados antes de acontecerem. Desta forma, é possível minimizar quase a zero os problemas nestes equipamentos.

“Temos vários modelos de ATM no mercado e saber escolher o ideal para atender as características de cada cinema é fundamental para o sucesso do funcio-

namento destes equipamentos”, esclarece Ricardo Germano, da Core.

Ela explica que a manutenção pode ser feita através de uma solução de geren-ciamento que permite identificar os problemas antes deles acontecerem, prevendo a necessidade de substituição de alguma peça do equipamento. Ferra-mentas de gerenciamento remoto tam-bém apontam qualquer tipo de compor-tamento anormal.

A Itautec, por exemplo, tem o AutoMa-nager, um aplicativo que monitora em tempo real o status do quiosque, se está ativo ou inativo e se corre risco de apre-sentar falha por hardware.

O autoatendimento é uma prática que ainda está sendo implantada na cultura do consumidor, mas que com certeza vai ganhar cada vez mais espaço ao conquis-tar aquele cliente que desistiu de ir ao cinema quando lembra as inúmeras filas que vai ter que pegar.

Os bancos foram os primeiros a insta-larem autoatendimento e hoje não há nenhum banco que não ofereça essa facilidade, já virou um item obriga-tório, algo que pode ocorrer também com os cinemas.

Mais uma opção de compra para o cliente;

Maior visibilidade para o cinema, permitindo que o ATM seja instalado em

pontos com maior circulação de pessoas e não somente na bilheteria;

Venda disponível 24 hs, mesmo com a bilheteria fechada;

Pontos Positivos Para o Exibidor

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26 Exibidor, julho-2012

CAPA

As telas gigantes já são realidade de muitos exibidores. Além da IMAX, novas marcas despontam na indústria para proporcionar uma experiência

diferenciada aos usuários

Por: natalí alEncar E marcElo j.l. lima

M u i T o M A i S q u E

T E l o n A S

27 Exibidor, julho-2012

Se as telonas estão cada vez maiores, como podemos chamá-las agora?

Naturalmente, o ambiente do cinema já conquista os clientes pela exi-bição diferenciada de filmes. Afinal, quem trocaria assistir um filme que está em cartaz por um filme na “telinha” de casa? Pois é, a tela, que já é telona, fica cada vez maior.

Com telas surpreendentemente gigantes, os exibidores estão criando um novo nicho de mercado. A ideia desses cinemas é proporcionar uma experiência completamente diferente das salas convencionais. O cliente tem a sensação de que está imerso no universo do filme devido ao formato da tela, isso sem contar com os efeitos 3D, que em telas gigantes tomam proporções ainda maiores.

Para criar essa sensação, a tela preenche praticamente toda a largura e altura da sala. O som mais potente e o posicionamento das poltronas ajuda a criar esse efeito macro que faz com que o cliente se sinta dentro do filme. Até onde o olho dele alcançar, só verá o filme. O espaço, com geometria personalizada, maximiza o campo de visão, e cria a ilusão de que os limites da tela desaparecem.

28 Exibidor, julho-2012

CAPA

Em 2009, foi inaugurada a primeira sala IMAX no Brasil, no Shopping Bourbon (SP) pelo Circuito Espaço de Cinema e seu custo estimado foi de R$ 2,7 milhões. A marca IMAX, abreviação de Image Maximum, é canadense e tem como pa-drão 22 metros de largura e 16,1 metros de altura, podendo ser um pouco meno-res ou até maiores.

Com a tecnologia de projeção digital de resolução 4K, esse grande formato im-pulsionou a criação de marcas próprias por parte dos exibidores como uma alter-nativa de se diferenciarem e criarem con-corrência frente a IMAX. A Cinemark, por exemplo, criou a marca XD (Extreme Digital) e a Cinematográfica Araújo lan-çou a marca Max Screen.

O que antes poderia ser feito apenas por meio de uma única marca, a IMAX, pôde ser copiado e melhorado com a inclusão de outros ingredientes.

Cada uma com suas peculiaridades tem re-presentado a diferenciação das salas de exi-bição e criando novas oportunidades para o mercado como um todo. Mas nem só de telas vive um cinema. De nada adianta ter um cinema hi-tech se o atendimento for precário. É preciso unir o útil ao agradável.

Embora as tecnologias não sejam iguais, IMAX, XD e Max Screen compartilham do mesmo objetivo: telas gigantes que causam impacto e a sensação de que o cliente está dentro do filme.

iMAX

A empresa IMAX foi fundada em 1967 e possui matriz em Nova York e Toron-to. Atualmente, são mais de 300 salas IMAX distribuídas em 40 países. Apro-ximadamente, 60% delas se encontram

nos Estados Unidos. Apenas 40% das salas estão localizadas em shoppings ou centros comerciais. O restante fica dentro de museus e centros científicos.

O mais recente complexo com uma sala em formato IMAX, inaugurado no Brasil, foi o Cinépolis JK Iguatemi (SP) em junho último. A tela gigante com 200 m² e som triamplificado pro-metem uma experiência mais realista e envolvente.

Antes disso, em abril deste ano, foi a vez do Cinespaço The Square Granja Vianna (SP), que possui uma tela de 14 x 21 m (equivalente a um prédio de seis andares). Segundo a assessoria do Circuito Espaço de Cinema, esse novo sistema exibe imagens mais brilhan-tes, som muito mais envolvente com 12 mil watts de potência.

A rede UCI também conta com salas nesse formato. Instalada no Palladium

Shopping Center, em Curitiba (PR), a tela côncava da sala com 300 m², chega a ser até seis vezes maior do que uma tela convencional.

Inaugurada em março último, no Shop-ping Anália Franco, em São Paulo (SP), a outra sala IMAX da UCI teve investi-mento de R$ 5 milhões. São oito canais de som com 24 pistas espalhadas pela sala e com a potência máxima de 12 mil watts. Dois projetores digitais side by side trabalham em sincronia, em um terminal de estação de trabalho exclusivo. A UCI conta ainda com outra sala IMAX no Bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ). Os ingressos custam entre R$ 25 e R$ 37.

Para este ano está prevista, por enquan-to, mais uma inauguração IMAX que será em Porto Alegre (RS) pelo Circui-to Espaço de Cinema. (Veja na página 31 a localização dos Cinemas com a marca IMAX).

sala imax no uci anália franco Em são Paulo (sP)

©Divulgação

29 Exibidor, julho-2012

Xd

De olho nas tendências e impulsionada pela tecnologia digital, a Cinemark trouxe para o Brasil a marca XD, que acrescentou às telas gigantes outros componentes.

“Um absurdo de som, um absurdo de tela, um absurdo de cinema” – É com esse slogan que a Marca XD (Extreme Digital Cinema) se apresenta como uma nova opção tecnológica para o conceito de telas gigantes.

A tecnologia foi lançada pela exibidora nos EUA em março de 2009. O primei-ro complexo a receber a inovação foi o da cidade de Plano, no Texas. Em território nacional o primeiro local a instalar a tec-nologia foi o Shopping União de Osasco. De lá para cá já são 12 salas nesse formato.

De acordo com o diretor técnico da Ci-nemark, Luciano Silva, foi feito todo um desenho de auditório, de especificação de equipamento customizado para esses no-

vos auditórios e a principal preocupação foi se diferenciar de uma sala comercial.

Segundo ele, o cinema digital foi o que impulsionou a criação da marca que abriu tantas fronteiras para a projeção, como o 3D, a principal delas. “Não podemos ficar só na imagem, temos que pensar no som, no bem estar e no conforto dos especta-dores. Primeiro oferecendo uma imagem gigantesca e segundo, um sistema de som customizado para a nossa aplicação. Para se ter uma ideia, nós contamos com mais de 55 mil watts”, conta.

Apenas para parâmetro de comparação, uma sala convencional tem entre 8 e 10 mil watts. “A XD é uma marca que repre-senta um estudo muito grande em tecno-logia e customização para permitir uma experiência diferenciada. Foi unânime a decisão de colocar uma sala super poten-te, eu acho que não tem nada parecido no mercado”, termina Luciano Silva.

Um ingresso de cinema para salas con-vencionais custa entre R$ 13,00 e R$ 21,00. No caso das salas XD pode custar até R$ 27,00.

Max Screen

Seguindo na mesma linha, a Cinemato-gráfica Araújo também decidiu investir nas telas gigantes e criar a sua própria marca, porém novos recursos foram adi-cionados ao conceito.

Em novembro de 2010, foi inaugurada a primeira sala Max Screen Digital no Multiplex Catuaí, em Maringá (PR). Ela é equipada com tela gigante de (17,2 x 10 metros) e o sistema de som IMM Sound System, o primeiro do mundo e do Brasil. São 24 canais e 50 caixas, 13 delas situa-das atrás da tela.

Depois de um ano, mais salas foram inauguradas nesse formato, duas no Vila Verde Shopping em Rio Branco (Acre) e outras três no Shopping de Guadalupe, no Rio de Janeiro (RJ), estas últimas com 270 m² e dois projetores.

Em fevereiro deste ano, com o seu pri-meiro empreendimento no Espírito San-to, a Cinematográfica Araujo inaugurou mais uma sala Max Screen na cidade da Serra. Hoje já são cinco complexos e 10 salas com telas gigantes.

“Tem duas coisas importantes nestas sa-las, a tela proporcionalmente em relação à sala, tem um aspecto de gigantesca, é uma característica. A sala é mais quadra-da, não é comprida, então o telespectador se sente no ambiente do filme”, conta Al-bert Besso, da Transisom, empresa inte-gradora responsável pela implantação das salas Araújo Max Screen.

sala xd da cinEmark

©Divulgação

30 Exibidor, julho-2012

CAPA

Ele completa dizendo que “a arquibancada tem a inclinação necessária para você sentar em qualquer cadeira e ter a visão até o piso. A primeira poltrona está há uma distância suficiente para você enxergar a tela toda”.

O som imersivo proporcionado pela tecno-logia IMM Sound é um dos grandes dife-rencias. “O som, além de ter esses canais, tem canais no teto. Todos esses sistemas para justamente dar a impressão de o som vir de qualquer posição da sala”, explica ele.

A decisão

O custo de uma sala nesse formato, se-gundo empresas integradoras, é alto, mas vale o investimento porque os ingressos são mais caros e você cria um diferencial no seu cinema e na sua marca. Outro be-nefício para os exibidores é o apelo que estas salas têm principalmente com fil-mes de ação.

Para Luciano Silva, da Cinemark, “é gratificante o retorno dessas salas. Nos grandes lançamentos tem mais procura

pela diferenciação. O cliente vem conhe-cer a tecnologia, o auditório e procura assistir um filme que tenha muito a ofe-recer. Uma sala dessas se encaixa muito em filmes de ação, e como a oferta desses filmes tem sido muito satisfatória, não há problemas de falta de título”.

Infelizmente não é aconselhável modifi-car uma sala convencional para o padrão “gigante”, pois o projeto custaria mais do que a construção de uma sala nova. Além disso, o exibidor deve preparar o bolso não só para os gastos com a tela, arquibancada e som, mas também com a infraestrutura para receber toda essa tecnologia. Deve-se se preparar ainda para o tempo que será perdido em fun-ção da reforma.

Segundo a Centauro, empresa integra-dora de soluções para a cinematografia, cada orçamento é único e devem ser analisados muitos pontos, desde o que o exibidor quer colocar na sala, até local, dimensões da tela, projeto da arquiban-cada e etc.

“O investimento numa sala dessas é con-siderável em termos de conforto acústico, não é só o equipamento. Você precisa ga-rantir que toda essa qualidade esteja en-clausurada na sala. A sala fica parada por 60, 70 dias para reforma”, complementa Luciano Silva.

Independente da marca, o que importa é o conceito, é uma forma diferenciada de atrair os clientes para uma experiência ainda melhor do que é o cinema.

“Esse tipo de solução é um formato dife-rente. Quando o cliente entra numa sala dessas, é outro produto, não é um produ-to normal de cinema. Você pode ter uma sala ótima, projeção e som que o cliente fique satisfeito e segundo é você ter uma sala dessas. É um produto diferenciado, é outra impressão”, finaliza Albert Besso.

Muito mais que telas gigantes, elas são verdadeiros espetáculos de som e qualida-de de projeção como atrativos para cativar os consumidores que por algum motivo deixaram de frequentar os cinemas.

Para ter uma sala nesse formato, o exibidor deve ter como foco os seguintes requisitos:

Tela em dimensões muito acima do padrão, que devem preencher quase toda a altura e largura da sala. As convencionais têm 12 x 5 m, as telas gigantes podem chegar ao dobro disso ou mais.

A sala deve ter entre 200 e 300 m².

Sistema de som potente que ajuda a causar um impacto ainda maior no cliente. Mais de 12 mil watts.

Posicionamento das poltronas diferenciado, de modo que todas as cadeiras tenham a visão macro do filme.

ProPorçõEs GiGantEscas

31 Exibidor, julho-2012

TECNoLoGIA EXIBIDoRA CINEMA/SHoPPING CIDADE - UF

Circuito Espaço de Cinema

Espaço Itaú de Cinema (Bourbon Shopping) São Paulo - SP

Cinespaço The Square Granja Vianna Cotia - SP

Cinespaço Bourbon Shopping Wallig * Porto Alegre - RS

UCI

UCI New York City Center Rio de Janeiro - RJ

UCI Anália Franco São Paulo - SP

Palladium Shopping Center Curitiba - PR

Cinépolis JK Iguatemi São Paulo - SP

Cinemark

Shopping União de osasco osasco - SP

Shopping Eldorado São Paulo - SP

Shopping Market Place São Paulo - SP

Shopping Píer 21 Brasília - DF

Shopping Internacional Guarulhos Guarulhos - SP

Shopping Tamboré Barueri - SP

Mooca Plaza Shopping São Paulo - SP

Shopping São Caetano São Caetano do Sul - SP

Shopping Iguatemi Campinas Campinas - SP

Central Plaza Shopping São Paulo - SP

Uberlândia Shopping Uberlândia - MG

Novo Shopping Ribeirão Preto - SP

Cinematográfica Araújo

Multiplex Boulevard Shopping Campos dos Goytacazes - RJ

Multiplex Shopping Mestre Álvaro Serra - ES

Multiplex Catuaí Matingá Maringá - PR

Multiplex Via Verde Rio Branco - AC

Multiplex Jardim Guadalupe Rio de Janeiro - RJ

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34 Exibidor, julho-2012

RECuRSoS HuMAnoS

Para a empresa exibidora, o plano de carreira é garantia de uma equipe de profissionais capacitados e motivados, empenhados no crescimento do negócio. Para os funcionários, a certeza da oportunidade e reconhecimento por seus próprios méritos.

Por fátima GiGliotti

via dE duas mãos

35 Exibidor, julho-2012

quem vê o sucesso da rede Centerplex Cinemas com suas 42 salas em 14 cidades do Brasil, não imagina que

seu fundador, Eli Jorge de Lima, come-çou no ramo aos nove anos de idade, pre-gando cartazes no cinema de sua cidade natal, Bezerros (PE), só para ganhar in-gresso para as matinês de filmes de faro-este no domingo.

De faxineiro a gerente, da Publicida-de à Programação, já em São Paulo ele ocupou cargos variados em exibidoras e distribuidoras, até comprar a sua primei-ra sala de cinema, em Poços de Caldas (MG) em 1981, e se tornar, ele mesmo, um exibidor – eis a brincadeira da ilus-tração desta reportagem –. Atualmen-te, também é presidente do SEECESP (Sindicato das Empresas Exibidoras Ci-nematográficas do Estado de São Paulo).

Sim, os tempos são outros, e além das em-presas exibidoras nacionais, também atuam as grandes redes internacionais. Mas, fibra, dedicação, conhecimento e determinação continuam sendo as qualidades essenciais para um funcionário crescer profissional-mente e conquistar o sucesso desejado.

Para a empresa e o mercado de exibição, profissionais capacitados e motivados são a garantia de crescimento do negócio e da qualificação e evolução do mercado. Uma das ferramentas que proporciona ganhos

para o mercado, o negócio, o exibidor e o funcionário é o plano de carreira.

Como explica Antônio José de Lima Neto, consultor em recursos humanos da empresa Líder Treinador, só há van-tagens ao se criar e manter um plano de carreira. “É um meio de se mostrar uma empresa disciplinada e organizada que sabe trabalhar a política da ‘Meritocra-cia’, dando oportunidade de crescimento para a sua equipe através do reconheci-mento de seus méritos”, afirma Lima Neto, que completa: “com um plano de crescimento claro, a empresa estimula a capacitação e motivação dos funcioná-rios, obtendo dessa forma a tão escassa mão de obra qualificada”.

Há exibidores no mercado brasileiro que possuem plano de carreira personalizado e adequado ao segmento, como no Grupo Kinoplex. A gerente de Marketing Patrí-cia Cotta explica que para desenvolver os talentos da equipe, foi criado na empresa o Programa de Oportunidades Internas (POIS), que tem como objetivo priorizar o desenvolvimento dos colaboradores para que eles ocupem vagas para promover sua ascensão profissional, assim oferecendo oportunidade de crescimento e de carrei-ra. Além do POIS, completa Patrícia, “de-senvolvemos o Plano de Cargos e Salários, cujo objetivo principal é a valorização e retenção de nossos talentos, e está em fase de validação para futura implementação”.

Na Cineart, está em funcionamento um plano de promoção dos funcionários em que oportunidades são oferecidas ao longo do tempo de trabalho na empresa. Para que, por exemplo, uma atendente possa chegar a ser gerente de unidade. “Etapas são cumpridas, o funcionário é avaliado por todos os departamentos e seu desempenho e comprometimento são avaliados sempre”, explica o diretor Lúcio Otoni.

Uma parceria entre a UNIBES (União Brasileiro Israelita do Bem-Estar Social) e a Cinemark integra a estratégia de car-reira da empresa. Além de patrocinar o programa de formação e capacitação pro-fissional de jovens de baixa renda, a rede contrata os jovens aprendizes com o ob-jetivo de oferecer inclusão social e inicia-ção profissional. A parceria abrange aulas práticas e cursos teóricos relacionados ao cinema. Em sete anos de funcionamento, já foram contratados 942 jovens vindos da associação.

“O sucesso na carreira profissional é o sonho de todo profissional que está há algum tempo dando os primeiros passos para conseguir um lugar frente a tanta competitividade do mercado, e este su-cesso não é fruto do acaso e muito menos de um passe de mágica. É necessário que os profissionais tracem suas carreiras para que possam desenvolver competências, se destacar e ter objetivos que sirvam de

i N í C i O 21 4 5 6CARTAZiSTA FAxiNEiRO LANTERNiNhA BiLhETEiRO

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3

36 Exibidor, julho-2012

RECuRSoS HuMAnoS

estímulo para novas conquistas”, expli-ca Lima Neto. Afinal, as chances de as-censão na carreira e de empregabilidade tornam-se uma realidade.

Lima Neto destaca pontos importantes para a criação de um plano de carreira (confira mais na página ao lado), como a necessidade de o gestor sentar com o profissional e realizar um diagnóstico que deixe claro as reais necessidades do fun-cionário. “É aconselhável que as decisões acordadas estejam alinhadas à estrutura, à política salarial e aos cargos que o pro-fissional pode incluir em seu futuro, mas também que o colaborador esteja ciente dos objetivos e das expectativas da orga-nização ao tomar a iniciativa de elaborar, em conjunto com o profissional, o seu plano de carreira”, esclarece.

Como se vê, o plano de carreira é uma via de duas mãos para o crescimento planejado. Mas é preciso planejar com atenção e cui-dado. “Ao traçar as metas do plano de car-reira, tanto a empresa quanto o profissio-nal devem estar cientes de que as decisões tomadas naquele momento necessitam ser realistas. Não adianta pensar que alguém pode pular do primeiro para o décimo de-grau, sem se machucar”, alerta Lima Neto. O aviso é válido para qualquer empresa, ainda mais para o ramo da exibição, que possui um cotidiano muito particular.

E mesmo com planos e metas, o exibi-dor enfrenta dificuldades. “Temos uma rotatividade inerente ao nosso negócio, uma vez que somos uma empresa de entretenimento, nossos colaboradores estão na operação dos nossos cinemas em sábados, domingos e feriados e essa não é uma tarefa fácil”, afirma Patrícia Cotta. Na empresa, o índice gira em torno de 6%, e para suprir a demanda de novos profissionais, “estamos sem-pre divulgando nossas oportunidades e buscando valorizar nosso time, promo-vendo sempre oportunidades de cresci-mento profissional e programas motiva-cionais”, acrescenta.

Na Cinemark a rotatividade é considerá-vel. “No entanto, investimos no desenvol-vimento profissional, oferecendo cons-tantemente treinamentos aos jovens”, diz Maricy Leal, gerente de marketing.

Na Cineart, Otoni afirma que o índice de rotatividade dos funcionários é pequeno, uma vez que são cumpridas as exigên-cias e obrigações da CLT e do sindicato. Além disso, “oferecemos benefícios como treinamentos, palestras educacionais, campanhas de incentivo, eventos que prezam a convivência e o bom relaciona-mento entre as equipes e unidades, entre outras ações”, relata.

São exibidoras que estão no caminho certo. Programas de integração em que seja compartilhada a história da orga-nização e a estrutura organizacional, devem fazer parte do plano de carreira, segundo Lima Neto. “A apresentação de profissionais que tiveram ascensão den-tro da empresa, inclusive com vídeos de depoimento e a informação da política da empresa de valorizar a ‘prata da casa’ e priorizar oportunidades de promoção são formas eficientes de estimular os funcio-nários”, conclui.

Na complexa operação das empresas da área de exibição no mercado nacional é fundamental que empresa e colabora-dores tenham objetivos comuns, con-cretizados no plano de carreira. Afinal, como diz Patrícia, “somos uma empresa de serviços, e como tal, acreditamos que pessoas são nosso maior valor”.

Com a autoridade de mais de 50 anos de considerável experiência na área de cine-ma e de exibição, Eli Jorge de Lima reve-la talvez o principal segredo do profissio-nal bem-sucedido no mercado exibidor. Em entrevista ao Diário de Pernambuco, quando da inauguração de um complexo em Caruaru (PE) em 2011, “sempre tive paixão pelo cinema, faço muita amizade e sempre dei lucro em todas as empresas em que trabalhei”.

8 9 1 0 1 1 1 2 1 5137GEREnTE dE

VEndASGEREnTE dE

CinEMA

Você agora é um distribuidor. o seu relacionamento com o mercado,

provou que você pode mais. Está na hora de ter sua própria empresa.

Avance seis casas.

Você está provando competência e comprometimento. Avance seis casas.

37 Exibidor, julho-2012

Potencial

Antes de o gestor sentar com o funcionário, pode ser interessante que separadamente e com antece-dência cada um faça uma listagem dos potenciais do profissional. Isso evitará que um influencie o ou-tro em algum fator determinante do processo.

Pontos Positivos

Uma avaliação dos pontos positivos do colabora-dor e pontos de atenção sobre suas competências é de grande valia neste momento, ou seja, uma avaliação 360º graus, os pontos a serem melho-rados podem ser transformados em metas e ob-jetivos onde gestor e colaborador juntos possam traçar um plano de desenvolvimento.

Cronograma

O estabelecimento de um cronograma de datas, certamente dará um norte ao profissional e ao ges-tor que o acompanhará no processo.

Avaliação

No decorrer do plano de carreira é interessante que o gestor mantenha um diálogo franco, pontual e sistemático com o profissional. Isso permitirá que sejam feitas adaptações ao processo, caso exista o risco das metas não serem alcançadas nas da-tas que foram definidas inicialmente. Nesse ponto é indispensável que o gestor esteja preparado para conduzir o processo de feedback.

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19EXECuTiVo

Você abriu seu cinema. Parabéns! Ande cinco casas.

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REToMAdA

CRiSE no MERCAdo

As vezes é preciso retroceder para con-tinuar. Continue. Pule duas casas.

Volte uma casa.

Sua trajetória está longe de terminar. Já provou que é apaixonado pelo que faz. Agora você tem passe livre e pode andar quantas casas quiser.

dicas Para Elaborar o Plano dE carrEira

DISNEY DISNEY

02 DE NOVEMBRO NOS CINEMASTAMBÉM EM ESPETACULAR

©2012 Disney/Pixar 12 de Outubro nos cinemas

Mergulhe nessa aventura pela primeira vez em

39 Exibidor, julho-2012

Cinema e Público 2

A sessão de cinema, assim como outros tipos de serviço, é um produto perecível. O ingres-so que não foi vendido para a

sessão das 14h de uma terça-feira não será oferecido novamente. Sendo assim, torna-se necessário rentabilizar ao máxi-mo aquela sessão, e você pode fazer isto de diversas formas. Pode seguir exemplos bem-sucedidos realizados em outras pra-ças ou por seus concorrentes. Pode reali-zar pesquisas para conhecer melhor seu espectador regular, ou entender por que aquele morador ou frequentador do sho-pping não vai ao seu cinema com maior frequência. Finalmente, pode buscar par-ceiros entre demais empresários e insti-tuições da cidade ou do bairro em que atua e propor atividades em conjunto.

Um dos exemplos bem-sucedidos re-alizados por diversos cinemas do país é a exibição de filmes em horários especiais, para grupos ou em sessões fechadas. Normalmente é utilizado o período da manhã, que não abriga as sessões usuais. É muito comum que estas sessões sejam oferecidas às esco-las. Aniversários de crianças e eventos de empresas também podem ter como mote principal a exibição de um filme pela manhã em seu cinema. Outros exemplos são sessões voltadas para mães irem com filhos muito pequenos,

ou sessões da meia-noite, com a parti-cipação de djs.

Se seu cinema tem projetor digital, inde-pendente da tecnologia, uma boa inicia-tiva, além de conhecer o que os distribui-dores têm a oferecer, é perguntar o que seu público deseja: Ver um show? Ver um jogo de futebol? Ele pode ter o interesse, mas terá a disponibilidade para ir naque-le horário? Se você detectar um tipo de “conteúdo” audiovisual que ainda não é oferecido, pode sugerir a um distribuidor ou, quem sabe, negociar diretamente com os produtores. Que tal uma sessão apenas com vídeos realizados pelo seu público? Um evento que inclua a exibição de fil-mes realizados pelos aspirantes a cineasta de sua cidade pode ocupar uma tarde de pouco movimento e ainda ser visto como uma bela iniciativa pelos seus clientes.

O pesquisador Charles Acland lembra que a sala de cinema é um espaço co-munitário, com vários usos além da vi-sualização de um filme. Numa época de tantas telas, a sala ainda é o local para se socializar. É o lugar para encontrar ami-gos, levar pais ou filhos, namorar, relaxar, ficar informado. Por que não pensar em estratégias para levar públicos específi-cos, com interesses em comum, para o cinema? Seu cinema é perto de escolas ou de locais de trabalho? Se as aulas ter-minam ao meio dia, não seria interessan-

te ter sessões às 13h ao invés de 14h30? Você pode criar algum estímulo especial para os adolescentes irem em grupo? E os clientes da terceira idade? Você pode melhorar a experiência deles? Que tal, de vez em quando, vender um pacote completo? Associar-se com outros em-presários e oferecer uma tarde com cine-ma, chás e biscoitos, ao invés de pipoca, e quem sabe incluir o transporte? Se o filme que você está exibindo é o mesmo que o seu concorrente, o cliente pode op-tar pelo seu cinema ao lembrar como foi bem tratado da última vez.

Finalmente, uma forma de tentar ma-ximizar as suas sessões normais, com os filmes que já programou para exibir nas próximas semanas, é criar ou aumentar a expectativa de seu público, pois isto é o que vai garantir sua sala cheia. Você pode fazer isso perguntando ao seu cliente se ele sabe quais são os futuros lançamentos, se tem outras informações sobre eles, e se deseja vê-los. Se ele não conhece, você pode solicitar ao distribuidor mais mate-rial ou pode descobrir se é melhor distri-buir os trailers de outra forma.

Enfim, há várias estratégias que você pode experimentar para tentar manter e aumentar o seu público. Tudo começa por tentar entendê-lo, pensar em suas motivações e interesses. Isto fica para a próxima edição.

Carla Sobrosa | [email protected] em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual, coordenadora de acompanhamento dos mercados de cinema e vídeo

doméstico da ANCINE, mestre em Comunicação pela UFF-RJ e professora. Sua dissertação de mestrado teve como tema o consumo de cinema no Brasil após a entrada dos multiplexes estrangeiros, na década de 90.

O artigo é uma dissertação pessoal e não representa a opinião da ANCINE.

Por: carla sobrosa

PAnoRAMA

40 Exibidor, julho-2012

MAnuTEnção

41 Exibidor, julho-2012

Limpeza e manutenção preventiva do ar condicionado evita a proliferação de fungos e bactérias e garante vida útil prevista nos aparelhos

Por: natalí alEncar

QualidadE do ar intErior

os cinemas são ambientes fe-chados e por isso necessitam do ar condicionado para ga-rantir uma temperatura con-

fortável aos clientes. Esses equipamentos se não forem devidamente limpos e esti-verem em constante manutenção, prejudi-cam a qualidade do ar interior.

Regulamentada por lei, a limpeza desses aparelhos é essencial, pois evita a acentu-ação de doenças respiratórias, alergias e desconforto para os usuários. Além disso, é vantagem para o exibidor ter os equi-pamentos sempre em bom estado, pois quando a manutenção e a limpeza dei-xam de ser feitas, a vida útil do ar condi-cionado pode reduzir em até 60%. Outro fator ruim para o exibidor é o aumento na conta de energia.

Segundo a Brasindoor – Sociedade Bra-sileira de Meio Ambiente e Qualidade do Ar de Interiores - as periodicidades de limpeza e análise da qualidade do ar inte-rior estão estabelecidas na RE 09/2003 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilân-

cia Sanitária) e as rotinas de manutenção e outras obrigações devem seguir o PMOC (Plano de Manutenção, Operação e Con-trole) estabelecido pela Portaria 3523/98 do Ministério da Saúde, para instalações de ar condicionado com capacidade acima de 60.000 BTU/h ou 5 TR.

Mais do que um dever regido pelas leis e portarias, a limpeza e manutenção dos equipamentos são sinônimos de ambien-te saudável e preocupação com o cliente.

“Estas práticas melhoram a qualidade de vida em ambientes confinados e de alta densidade ocupacional, preservando o ambiente de partículas de odor, de umi-dade, de fungos e bactérias”, completa o vice-presidente da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicio-nado, Ventilação e Aquecimento), Wadi Tadeu Neaime, que também é gerente da Climapress, empresa de instalação e ma-nutenção de ar condicionado.

De acordo com o presidente da Brasin-door, Amadeu Paulo de Campos Jorge, a

42 Exibidor, julho-2012

MAnuTEnção

falta das ações ligadas à limpeza e ma-nutenção irão contribuir negativamente para a qualidade do ar interior, aumen-tando a concentração dos poluentes quí-micos e microbiológicos e das variáveis físicas como temperatura, umidade e po-eira em suspensão.

Como e quando fazer?

Periodicamente, aconselha-se uma ava-liação geral por empresas especializadas em limpeza e manutenção para atestar a qualidade do ar e dos equipamentos, lim-peza externa e pequenos reparos quando for oportuno.

“Uma vez implantado, o sistema de ar condicionado requer adoção de um plano de manutenção sistemático visando vali-dar o desempenho do projeto e assegu-rar a vida útil prevista na fabricação dos componentes”, afirma o gerente da Cli-mapress, Wadi Tadeu Neaime.

Ele completa dizendo que além da lim-peza e troca dos filtros de ar, devem ser realizados sistematicamente serviços

O exibidor precisa ficar atento quanto à fiscalização da qualidade do ar interior dentro dos cinemas. Ela pode ocorrer pela administração do shopping center, que pode solicitar as documentações e rotinas de manutenção ao cinema através de informativo protocolado.

Por ocasião da fiscalização da Vigilância Sanitária, Contru ou Bombeiro, este protocolo também deve ser apresentado. De posse deste documento os fiscais irão até o cinema auditar toda docu-mentação listada no informativo. Caso não as tenham, o cinema será notificado a apresentar, num determinado prazo, às correções das inconformidades apontadas pelos fiscais.

Outra forma de fiscalização é por denúncia anônima dos usuários, que levarão os órgãos com-petentes a investigar os documentos obrigatórios relacionados ao PMOC (Plano de manutenção, operação e controle dos sistemas de ar condicionado).

para lubrificação dos pontos de atrito, limpeza de trocadores de calor, estan-queidade do sistema de fluidos, aferição dos componentes de operação e de segu-rança, culminando com o monitoramen-to da qualidade do ar.

“Fazemos mensalmente as manutenções dos equipamentos e sua limpeza. Isto ajuda a manter a vida útil do equipamen-to por longo tempo. Trabalhamos com uma empresa terceirizada e adotamos esse procedimento para evitar que nos-sos clientes passem por qualquer despra-zer” exemplifica o diretor da Centerplex, Marcio Eli.

A empresa responsável por esses serviços na Centerplex é a Remarc, que a cada seis meses realiza uma limpeza química. “Nós utilizamos um produto químico para ti-rar a crosta de sujeira, desmontamos a máquina, lubrificamos o motor, verifica-mos a parte elétrica, algum terminal que pode estar recozido, etc”, comenta Kauê Tomazini, da empresa de reforma e ma-nutenção de ar condicionado Remarc.

Semestralmente, o exibidor deve docu-mentar uma análise microbiológica que vai atestar a qualidade do ar. Esta deve ser arquivada para posterior apresen-tação em caso de fiscalização (Leia no quadro abaixo).

O grupo Kinoplex também faz sua lição de casa. “Fazemos limpeza mensal para aparelhos e anual para dutos. Ela é feita de acordo com o PMOC por uma em-presa terceirizada. Além da manutenção preventiva do ar, fazemos limpeza de du-tos e análise de qualidade do ar no in-terior das salas/cinemas semestralmente conforme legislação”, afirma a gerente de marketing, Patrícia Cotta.

Os dutos podem ser limpos uma vez por ano ou quando for identificada a neces-sidade. No caso desses itens, mesmo que a análise microbiológica aponte uma boa qualidade do ar, os especialistas na área aconselham que o exibidor faça uma inspeção. Segundo informações da Col-dmaq, especialista em serviços de inspe-ção, limpeza e manutenção de dutos, até

fiscalização

43 Exibidor, julho-2012

ProblEmas dEcorrEntEs da falta dE limPEza E manutEnção

animais mortos, como roedores e pombas já foram encontrados em dutos que nun-ca foram limpos ou que ficaram por um período muito longo sem manutenção.

Antes da limpeza, o exibidor pode con-tratar um serviço de inspeção, que depen-dendo das condições de infraestrutura e tamanho do cinema pode ficar entre R$ 300,00 e R$ 400,00, segundo informou a Coldmaq. Com base nessa inspeção, ha-vendo a necessidade de limpeza dos du-tos, 100 metros de dutos lineares podem custar até R$1800,00.

“Essa limpeza é feita através de escova-ção mecânica, por meio de um equipa-mento com um cabo de 20 ou 30 metros. Abrimos a tubulação, inserimos o cabo e vamos escovando a tubulação. Tem um coletor, como se fosse um aspirador, ele

fica no começo do duto. A escova vai passando e o aspirador vai puxando a sujeira”, explica Claudinei Moraes, res-ponsável pelo setor técnico da Coldmaq.

Para os pequenos e médios exibidores, a regra é a mesma e a limpeza e manuten-ção devem ser feitas periodicamente.

“A limpeza dos modelos split é feita quinzenalmente por um responsável de cada cinema. Nos modelos dutados é feito por empresas especializadas a cada seis meses”, afirma Silvio Gutierris, da Cineart Café.

Apesar de ser um pequeno exibidor, Ci-cero Celes, da Cineshow, também de-monstra preocupação com a qualidade do ar interior e explica como tem feito em suas salas de exibição. “Nossos cine-mas são equipados com ar condicionado

do tipo split, por isso não temos dutos de ar condicionado. Fazemos limpeza e ma-nutenção mensalmente nos filtros junto à evaporadora para tirar a gordura/poeira e esterilizar o filtro e lavamos o conden-sador para desobstruir a tubulação. Além disso, é feito a medição do gás e, se neces-sário, é completado”, conta o empresário.

Alguns exibidores ainda reclamam do custo desses serviços, mas é preciso di-luir esse investimento pelo aumento de público e frequência proporcional ao conforto que o cinema passa a oferecer quando os aparelhos de ar condicionado estão em boas condições.

Fique atento, não é apenas uma questão de fiscalização ou vigilância sanitária, mas sim da saúde e confiabilidade dos usuários que frequentam o cinema.

Odores no ambiente

Ar pesado

Temperatura e umidade desagradáveis

Acentuação de doenças respiratórias e alergias

Dor de cabeça e mal estar

Proliferação de fungos e bactérias

Aumento na conta de energia elétrica

Diminuição da vida útil prevista no ar condicionado

46 Exibidor, julho-2012

O Vingador do Futuro (Total Recall)

Len WisemanColin Farrell, Kate Beckinsale, Bryan Cranston, Jessica Biel, Bill Nighy, Ethan Hawke, John Cho, Steve Byers, Bokeem Woodbine, Will Yun Lee

Sony

Rock of Ages: o Filme (Rock of Ages)

Adam ShankmanTom Cruise, Bryan Cranston, Julianne Hough, Malin Akerman, Alec Baldwin, Catherine Zeta-Jones, Paul Giamatti, Russell Brand, Will Forte

Warner

o Ditador (The Dictator)

Larry CharlesSacha Baron Cohen, Megan Fox, Anna Faris, John C. Reilly, Ben Kingsley, B.J. Novak, Kevin Corrigan, J.B. Smoove, Aasif Mandvi

Paramount

Ted (Ainda Sem Título em Português)

Seth MacFarlaneMila Kunis, Mark Wahlberg, Seth MacFarlane, Laura Vandervoort, Giovanni Ribisi, Patrick Warburton, Joel McHale, Jessica Stroup, Melissa ordway

Universal

o Legado Bourne (The Bourne Legacy)

Tony GilroyEdward Norton, Jeremy Renner, Rachel Weisz, oscar Isaac, Joan Allen, Scott Glenn, Corey Stoll, Albert Finney

Universal

I Hate You, Dad (Ainda Sem Título em Português)

– Sony

Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros (Abraham Lincoln: Vampire Hunter)

Timur Bekmambetov

Benjamin Walker, Mary Elizabeth Winstead, Dominic Cooper, Alan Tudyk, Rufus Sewell, Jimmi Simpson, Joseph Mawle, Anthony Mackie, Marton Csokas, Robin McLeavy

Fox

Este é o Meu Garoto (That´s My Boy)

Sean AndersAdam Sandler, Andy Samberg, Leighton Meester, Vanilla Ice, James Caan, Milo Ventimiglia, Blake Clark, Meagen Fay, Tony orlando, Will Forte

Sony

ParaNorman (Ainda Sem Título em Português)

Chris Butler, Sam Fell

Vozes de: Anna Kendrick, Leslie Mann, Casey Affleck, John Goodman, Christopher Mintz-Plasse, Jodelle Ferland, Kodi Smit-McPhee, Bernard Hill, Jeff Garlin, Tempestt Bledsoe

Universal

A Fuga (Blackbird)

Stefan Ruzowitzky olivia Wilde, Eric Bana, Charlie Hunnam, Kate Mara PlayArte

o Segredo das Fadas (Tinker Bell)

Ryan RoweVozes de: Mae Whitman, Lucy Hale, Anjelica Huston, Lucy Liu

Disney

Poder Paranormal (Red Lights)

Rodrigo CortésRobert De Niro, Sigourney Weaver, Cillian Murphy, Elizabeth olsen, Toby Jones, Joely Richardson, Craig Roberts, Burn Gorman, Karen David, Jan Cornet

California

Totalmente Inocentes Rodrigo BittencourtFábio Porchat, Kiko Mascarenhas, Mariana Rios, Fábio Assunção, Ingrid Guimarães, Viviane Pasmanter, Leandro Firmino, Fabio Lago, Álamo Facó

Paris

Vizinhos Imediatos de 3º Grau (The Watch)

Akiva SchafferBen Stiller, Jonah Hill, Vince Vaughn, Richard Ayoade, Billy Crudup, Doug Jones, Jorma Taccone, Rosemarie DeWitt, Will Forte

Fox

Gambit (Ainda Sem Título em Português)

Michael HoffmanCameron Diaz, Colin Firth, Alan Rickman, Stanley Tucci, Cloris Leachman, Erica LaRose, Tom Courtenay, Togo Igawa, Anna Skellern

Paris

Resident Evil 5: Retribuição (Resident Evil: Retribution)

Paul W.S AndersonMilla Jovovich, Sienna Guillory, Michelle Rodriguez, Kevin Durand, Jason Isaacs, Bingbing Li, Johann Urb, oded Fehr, Shawn Roberts

Sony

Filme Direção elenco DistribuiDora

17/08/2012

24/08/2012

31/08/2012

07/09/2012

14/09/2012

AGEndA dE lAnçAMEnToS

47 Exibidor, julho-2012

A Estranha Vida de Timothy Green (The Odd Life of Timothy Green)

Peter Hedges Jennifer Gardner, Joel Edgerton, Cameron `CJ´ Adams Disney

Cinco Anos de Noivado (The Five-Year Engagement)

Nicholas StollerEmily Blunt, Jason Segel, Kevin Hart, Alison Brie, Rhys Ifans, Chris Pratt, Chris Parnell, Mindy Kaling

Universal

Looper Rian JohnsonBruce Willis, Joseph Gordon-Levitt, Emily Blunt, Paul Dano, Johnny Yong Bosch

Paris

os Candidatos (The Campaign)

Jay RoachWill Ferrell, Zack Galifianakis, Dylan McDermott, Brian Cox, Jaso Sudekis, John Lithgow

Warner

os Três Patetas (The Three Stooges)

Bobby Farrelly, Peter Farrelly

Chris Diamantopoulos, Sean Hayes, Sofía Vergara, Will Sasso, Jane Lynch, Jenni Farley

Fox

Perigo por Encomenda (Premium Rush)

David Koepp Joseph Gordon-Levitt, Michael Shannon Sony

Busca Implacável 2 (Taken 2)

olivier MegatonLiam Neeson, Maggie Grace, Famke Janssen, Luke Grimes

Fox

Casais Inteligentes Enriquecem JuntosCaio Gullane, Fabiano Gullane

– Paris

Hotel Transilvânia (Hotel Transylvania)

Genndy TartakovskyVozes de: Adam Sandler, Selena Gomez, Steve Buscemi, Andy Samberg, Fran Drescher, Kevin James, David Spade, David Koechner, Molly Shannon

Sony

Somos tão JovensAntonio Carlos Fontoura

Thiago Mendonça, Sandra Corveloni, Marcos Breda, Laila Zaid

Imagem

Anna Karenina(Ainda Sem Título em Português)

Joe WrightKeira Knightley, Michelle Dockery, Kelly Macdonald, Jude Law, Matthew Macfadyen, Aaron Johnson, Emily Watson, olivia Williams, Holliday Grainger

Paramount

Caça aos Gângsteres (Gangster Squad)

Ruben FleischerSean Penn, Josh Brolin, Ryan Gosling, Nick Nolte, Robert Patrick, Emma Stone

Warner

Procurando Nemo em 3D (Finding Nemo in 3D)

Andrew Stanton, Lee Unkrich

Vozes de: Erica Beck, Albert Brooks, Willem Dafoe, Ellen DeGeneres, Brad Garrett, Alexander Gould, Barry Humphries, Allison Janney, Richard Kind

Disney

Savages (Ainda Sem Título em Português)

oliver StoneTaylor Kitsch, Benicio Del Toro, Blake Lively, Salma Hayek, John Travolta, Uma Thurman, Aaron Johnson, Demián Bichir, Trevor Donovan

Universal

Atividade Paranormal 4 (Paranormal Activity 4)

Henry Joost, Ariel Schulman

Katie Featherston Paramount

Alex Cross (Ainda Sem Título em Português)

Rob CohenRachel Nichols, Tyler Perry, Giancarlo Esposito, Jean Reno, Edward Burns, John C. McGinley, Matthew Fox, Cicely Tyson, Chad Lindberg, Carmen Ejogo, Stephanie Jacobsen

PlayArte

Here Comes the Boom (Ainda Sem Título em Português)

Frank Coraci Salma Hayek, Kevin James, Henry Winkler Sony

The Possession (Ainda Sem Título em Português)

ole Bornedal Jeffrey Dean Morgan, Madison Davenport, Natasha Calis Paris

Gonzaga: De Pai pra Filho Breno Silveira

Ana Roberta Gualda, Claudio Jaborandy, Cyria Coentro, Giancarlo di Tomazzio, Julio Andrade; Land Vieira; Luciano Quirino; Nanda Costa; Nivaldo Expedito de Carvalho (Chambinho)

Downtown

Filme Direção elenco DistribuiDora

21/09/2012

28/09/2012

05/10/2012

11/10/2012

12/10/2012

19/10/2012

26/10/2012

* As dAtAs de lAnçAmento estão sujeitAs à AlterAção

48 Exibidor, julho-2012

TRAJETóRiA

o que para muitos seria moti-vo para discórdia, é a receita de sucesso do GNC. A sigla que significa Grupo Nacio-

nal de Cinema tem em sua composição três famílias unidas por um único motivo, a paixão pelo cinema. Hoje quatro sócios remanescentes desse processo represen-tam a terceira geração de empreendedo-res no negócio: Lucia Cuervo (diretora de marketing), Hormar Castello Jr. (di-retor comercial), Eduardo Difini Leite (diretor administrativo) e Ricardo Difini Leite (diretor de operações).

O complexo no Shopping Praia de Be-las (Porto Alegre – RS) é o marco dessa união. Fundado em 1991 ele foi o primei-ro cinema da cidade inaugurado dentro de um shopping center. Na ocasião, como

Por: natalí alEncar

a negociação era um processo altamente custoso, as tradicionais famílias de exibi-dores Cunha Silva, Sirângelo Castello e Difini Leite decidiram se unir para iniciar essa nova empreitada. Aos poucos, a ex-periência de cada família na fundação de cinemas históricos como o Cinema Impe-rial, Guarany e Carlos Gomes ia cedendo espaço para uma nova geração, a GNC.

Para se diferenciar da concorrência e conquistar o cliente, a empresa trouxe para dentro do shopping o charme dos cinemas de ruas e buscou, nos mínimos detalhes, demonstrar que o seu principal objetivo era atender bem o seu cliente. Usou da criatividade em fases difíceis e até trouxe a exibição do Oscar para den-tro do cinema num tempo em que não se falava das múltiplas possibilidades de

entretenimento que o cinema poderia oferecer, algo muito difundido hoje.

Um mini-palco foi construído na pri-meira versão do complexo de Praia de Belas para ceder espaço aos mais diversos e inusitados eventos: desfiles de modas, palestras e até uma luta de esgrimistas para o lançamento de A Máscara do Zorro (The Mask of Zor-ro), em 1998. Em outra ocasião, em 2001, quando o longa Pearl Harbor foi lançado, uma cópia de um jornal da 2ª Guerra Mundial foi distribuído para os clientes. Pré-estreias com a presença de atores e projetos com escolas também marcaram a trajetória da GNC.

“Sabemos que cada vez mais os detalhes fazem a diferença e são perceptíveis aos

GNC, 20 ANOS COM ExpERiêNCiA DE 70

comPlExo Praia dE bElas, rEinauGurado rEcEntEmEntE©Divulgação

49 Exibidor, julho-2012

clientes. Por esta razão damos muita im-portância para o projeto arquitetônico e a ambientação”, enfatiza Hormar.

As bombonières também receberam uma nova conotação. A pipoca e as máquinas foram importadas e o cliente passou a ter contato com um cinema de qualidade numa época em que ainda não estavam no país as grandes empresas exibidoras estrangeiras.

Os funcionários, com treinamento ade-quado, passaram a ser recepcionistas dos cinemas e não mais meros porteiros. No-vas formas de pagamento eletrônico co-meçaram a ser aceitas e com isso o GNC foi tomando corpo e forma e conquistou uma legião de consumidores ávidos por bom tratamento e qualidade. A inclina-ção das poltronas espaçadas por degraus já era um prenúncio de que a empresa es-taria na vanguarda de muitas tendências.

Ao longo dessas duas décadas, a empresa procurou estar cada vez mais próxima da comunidade local, entendendo o cliente e principalmente levando o cinema a todos os locais. Além de dar uma conotação es-pecial para cada cinema, de acordo com a cultura regional, a empresa contribuiu com a instalação de um Cinema dentro do Cen-tro de Educação Ambiental da Vila Pinto, em Porto Alegre, permitindo assim que muitas crianças carentes tivessem seu pri-meiro contato com a exibição de um filme.

“O nosso papel não é só vender o in-gresso - apesar de isso ser um negócio - também temos que enxergar onde nós moramos, onde atuamos e ficar mais próximos das comunidades locais”, ex-plica Lucia.

Na região Sul, segundo Eduardo Di-fini Leite, a empresa foi a primeira a informatizar as bilheterias e implantar som digital.

A cada ano, um pedaço do Sul ganhava um cinema com a identidade GNC. Com forte atuação nos mercados do Rio Gran-de do Sul e Santa Catarina, a empresa conta hoje com 44 salas espalhadas pelas seguintes cidades: Balneário Camboriú (SC), Blumenau(SC), Caxias do Sul (RS), Joinville (SC) e Porto Alegre (RS).

Em 2004, a empresa foi agraciada com o Prêmio Amauta, entregue em Buenos Aires. O programa de fidelidade Movie-club foi considerado o 2º melhor progra-ma de relacionamento e fidelização da América Latina.

“O Movieclub foi inovador porque não é só um programa de fidelidade, com pontuação e resgate de prêmios, nós aprendemos e conhecemos nosso clien-te através dele. Faixa etária, os filmes que eles gostam, nível cultural, social, educacional e isso é muito importante”, diz Lucia.

Em 2009 recebeu o Prêmio ED pela inauguração do complexo GNC Iguate-mi em Porto Alegre.

Ao invés de abrir novas salas, a GNC apostou na constante modernização dos seus cinemas. Em média, pelo menos um complexo por ano passa por uma grande reforma. O GNC Moinhos e o Praia de Belas foram os últimos reinaugurados. “Todos esses cinemas que foram refor-mulados você olha e já vê que é GNC. Pela marca, pelo ambiente, você percebe que eles mantém a mesma identidade”, explica Ricardo Difini Leite.

É também da GNC a primeira sala VIP na região sul inaugurada em Blumenau em maio de 2011 com poltronas recliná-veis, descanso para os pés, mesas de apoio e um Pub/Bar.

A previsão é que até 2014 sejam inaugu-rados mais três complexos em três cida-des diferentes, o que pode representar um acréscimo de 60 salas.

Ao resumir em uma palavra toda a história da empresa, os sócios são unanimes: “Paixão”.

“Em nossas bilheterias vendemos ingres-sos, mas na verdade nossos clientes estão comprando outra coisa: divertimento, emoção, entretenimento e cultura”, resume Lucia Cuervo.

Gnc Praia dE bElas

©Divulgação

50 Exibidor, julho-2012

Cinema agora mais perto de você

Comentamos anteriormente que a Lei nº 12.599/2012, instituiu o “Programa Ci-nema Perto de Você” e criou

o “Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exi-bição Cinematográfica - RECINE”, que suspende a cobrança dos tributos fede-rais sobre investimentos na construção e modernização de salas de exibição no país. A referida Lei foi finalmente regu-lamentada pelo Decreto nº 7.729, de 28 de maio de 2012.

Com a publicação do Decreto, a ANCI-NE teve a possibilidade de iniciar a regu-lamentação pela Agência. O processo de regulamentação se iniciou com a consulta pública da proposta do regulamento auto-rizado pelo Decreto. Segundo explicita a ANCINE, “o RECINE, assim como re-gimes tributários semelhantes, estabelece uma suspensão da exigência dos tributos federais incidentes sobre insumos utiliza-dos em obras ou atividades determinadas. O objetivo é estimular o investimento dos agentes econômicos em setores e empre-endimentos de destacado e manifesto in-teresse coletivo. Posteriormente, a suspen-são da exigência tributária transforma-se em isenção ou em cobrança dos tributos devidos, conforme a ação finalística seja ou não efetivamente realizada”.

Nos termos da legislação vigente, a ha-bilitação ao RECINE ocorre em duas fases: credenciamento do projeto de investimento pela ANCINE e habilita-ção do beneficiário pela Receita Federal. A minuta de Instrução Normativa em Consulta Pública trata da primeira eta-pa, determinando procedimentos para a apresentação, análise e credenciamento de projetos com vistas à habilitação ao RECINE. A minuta estabelece cin-co categorias de projetos passíveis de credenciamento: implantação de novos complexos; ampliação dos complexos em operação; modernização, reforma ou atu-alização tecnológica das salas; compra de equipamentos audiovisuais; e compra de materiais e equipamentos para unidades itinerantes de cinema.

A ANCINE esclarece que: “Para se candidatarem como beneficiários do RECINE, os agentes devem ser pesso-as jurídicas [PJ], não necessariamente de direito privado ou, dentre essas, socieda-des. Em princípio, qualquer PJ que exer-ça atividade de implantação ou operação de complexos cinematográficos pode ser beneficiário do RECINE. Isso envolve, além dos exibidores, os incorporadores imobiliários, construtores de shopping centers ou centros culturais, prefeituras e governos estaduais, especialmente nas ações do Projeto Cinema da Cidade. Po-

derão participar também as locadoras de equipamentos para salas de cinema. Essa possibilidade é particularmente impor-tante para o processo de digitalização da projeção de cinema, quando operada com o envolvimento de uma terceira parte, em geral denominada integrador. Além dis-so, exige-se também uma situação de re-gularidade fiscal e para com a ANCINE, com destaque para o cumprimento da obrigação de cota de tela anual”.

A proposta de Instrução Normativa disciplina também algumas obrigações acessórias dos beneficiários para com a ANCINE, como relatório final de exe-cução e a informação ao público sobre o benefício fiscal dado ao projeto.

Importante notar que pelo Decreto 7.729, a prioridade para a exibição de fil-mes nacionais ficou restrita às hipóteses de utilização das linhas de crédito e in-vestimento do Fundo Setorial do Audio-visual - FSA para o Programa Cinema Perto de Você, não atingindo as hipóte-ses de utilização da redução dos tributos para atualização da digitalização do par-que exibidor. Com a publicação da nova Instrução Normativa pela ANCINE, encerrado mais esse processo de consulta pública o cinema poderá começar a ficar “mais perto de você”.

Marcos Alberto Sant Anna Bitelli | [email protected] em Direito pela PUC-SP, Coordenador do Curso Comunicação e Direito do Instituto Internacional de Ciências Sociais, Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito do COGEAE-PUC, Escola Superior da Advocacia da OAB-SP, especialista em Direito do Entreteni-

mento, Autor de vários livros, consultor jurídico do Sindicato das Empresas Exibidoras do Estado de São Paulo, sócio de Bitelli Advogados.

Por: marcos albErto sant anna bitElli

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