exercícios resolvidos autovalores-ufersa
TRANSCRIPT
Universidade Federal Rural do Semiárido-UFERSADepartamento de Ciências Exatas e NaturaisCurso: Bacharelado em Ciência e Tecnologia e ComputaçãoDisciplina: Álgebra Linear
Aluno(a):
Turno: � Manhã � Tarde � Noite
• Entregar dia 04/11(Turmas manhã e tarde)
• Entregar dia 05/11 (Turma noite)
1. Se T : M2×2 →M2×2, com T
[a bc d
]=
[d ab c
], encontre:
(a) A matriz da transformação na base α =
{[1 00 0
],
[0 −10 0
],
[0 01 0
],
[0 00 −2
]}(b) O polinômio característico.
(c) Os autovalores e autovetores
(d) As multiplicidades algébrica e geométrica de cada autovalor.
Solução:
(a)
T
[1 00 0
]=
[0 10 0
]= 0
[1 00 0
]− 1
[0 −10 0
]+ 0
[0 01 0
]+ 0
[0 00 −2
]T
[0 −10 0
]=
[0 0−1 0
]= 0
[1 00 0
]+ 0
[0 −10 0
]− 1
[0 01 0
]+ 0
[0 00 −2
]T
[0 01 0
]=
[0 00 1
]= 0
[1 00 0
]+ 0
[0 −10 0
]+ 0
[0 01 0
]− 1
2
[0 00 −2
]T
[0 00 −2
]=
[−2 0
0 0
]= −2
[1 00 0
]+ 0
[0 −10 0
]+ 0
[0 01 0
]+ 0
[0 00 −2
]
[T ]αα =
0 0 0 −2−1 0 0 0
0 −1 0 00 0 − 1
2 0
(b) Como o polinômio característico não depende da base escolhida, vamos tomar abase canônica
e encontrar a matriz nesta base.
[T ] =
0 0 0 11 0 0 00 1 0 00 0 1 0
det
∣∣∣∣∣∣∣∣−λ 0 0 1
1 −λ 0 00 1 −λ 00 0 1 −λ
∣∣∣∣∣∣∣∣ = −λ(−1)1+1
∣∣∣∣∣∣−λ 0 0
1 −λ 00 1 −λ
∣∣∣∣∣∣+ 1(−1)2+1
∣∣∣∣∣∣0 0 11 −λ 00 1 −λ
∣∣∣∣∣∣−λ(1) · (−λ3)− 1(1) = 0 ⇒ λ4 − 1 = 0
Polinômio característico: p(λ) = λ4 − 1.
1 1 0 0 0 -1-1 1 1 1 1 0
1 0 1 0
p(λ) = λ4 − 1 = (λ− 1)(λ+ 1)(λ− i)(λ+ i).
(c) Temos apenas dois autovalores reais(−1 e 1) e dois complexos(i e −i), encontraremos apenasos autovetores reais.
• Autovetores associados a λ = −1Voltando a matriz obtida no item a), se v = (x, y, z, w) são as coordenadas deste autovetor,temos
1 0 0 −2−1 1 0 0
0 −1 1 00 0 − 1
2 1
xyzw
=
0000
x− 2w = 0−x+ y = 0⇒ x = y−y + z = 0⇒ y = z− 1
2z + w = 0⇒ z = 2w
Ou seja, v = (x, x, x, x).
v = x
[1 00 0
]+ x
[0 −10 0
]+ x
[0 01 0
]+ x
[0 00 −2
]=
[x xx x
]• Autovetores associados a λ = 1:
−1 0 0 −2−1 −1 0 0
0 −1 −1 00 0 − 1
2 −1
xyzw
=
0000
−x− 2w = 0−x− y = 0⇒ x = −y−y − z = 0⇒ y = −z− 1
2z − w = 0⇒ z = −2w
Ou seja, v = (x,−x, x,−x2 ).
v = x
[1 00 0
]− x
[0 −10 0
]+ x
[0 01 0
]− x
2
[0 00 −2
]=
[x −xx −x2
](d) Tanto a multiplicidade algébrica quanto a geométrica de todos os autovalores é 1.
2. Ache os autovalores e autovetores correspondentes das matrizes:
(a)
2 0 1 00 2 0 112 0 3 00 −1 0 0
(b)
1 3 −30 4 0−3 3 1
Solução:
(a) 2 0 1 00 2 0 112 0 3 00 −1 0 0
∣∣∣∣∣∣∣∣
2− λ 0 1 00 2− λ 0 112 0 3− λ 00 −1 0 −λ
∣∣∣∣∣∣∣∣ = (2−λ)(−1)1+1
∣∣∣∣∣∣2− λ 0 1
0 3− λ 0−1 0 −λ
∣∣∣∣∣∣+(1)(−1)1+3
∣∣∣∣∣∣0 2− λ 1
12 0 00 −1 −λ
∣∣∣∣∣∣Daí, encontramos o polinômio característico:
p(λ) = (λ2 − 2λ+ 1)(λ2 − 5λ− 6)
Os autovalores são 1,−1, 1 e 6.
• Autovetores associados a 1:Se v = (x, y, z, t) é o autovetor, temos
1 0 1 00 1 0 112 0 2 00 −1 0 −1
xyzt
=
0000
⇒
x+ z = 0 ⇒ x = −z = 0y + t = 012x+ 2z = 0 ⇒ z = 0−y − t = 0 ⇒ y = −t
v = (0,−t, 0, t)• Autovetores associados a −1:
3 0 1 00 3 0 112 0 4 00 −1 0 1
xyzt
=
0000
⇒
3x+ z = 03y + t = 012x+ 4z = 0 ⇒ z = −3x−y + t = 0 ⇒ y = t
v = (x, 0,−3x, 0)
• Autovetores associados a 6:−4 0 1 00 −4 0 112 0 −3 00 −1 0 −6
xyzt
=
0000
⇒
−4x+ z = 0−4y + t = 012x− 3z = 0 ⇒ z = 3x−y − 6t = 0 ⇒ y = −6t
v = (x, 0, 3x, 0)
(b) 1 3 −30 4 0−3 3 1
⇒ det
∣∣∣∣∣∣1− λ 3 −3
0 4− λ 0−3 3 1− λ
∣∣∣∣∣∣(1− λ)(4− λ)(1− λ)− 9(4− λ) = (4− 5λ+ λ2) · (1− λ)− 9(4− λ) = 0
= 4− 9λ+ 6λ2 − λ3 − 36 + 9λ
= λ3 − 6λ2 + 32 = 0
Polinômio característico: p(λ) = λ3 − 6λ2 + 32.-2 1 -6 0 32
1 -8 16 0
λ3 − 6λ2 + 32 = (λ+ 2)(λ2 − 8λ+ 16) = (λ+ 2)(λ− 4)
Autovalores: -2 e 4.
• Autovetores associados a 4: −3 3 −30 0 0−3 3 −3
xyz
=
000
⇒ y = x+ z
(x, x+ z, z) = x(1, 1, 0) + z(0, 1, 1)
v = [(1, 1, 0), (0, 1, 1)]
• Autovetores associados a -2: 3 3 −30 6 0−3 3 3
xyz
=
000
⇒{x = zy = 0
(x, 0, x) = x(1, 0, 1).
3. Se T : P3 → P3 é dada por T (ax3 + bx2 + cx + d) = dx3 − cx2 + 2bx − 3a, encontre o polinômiocaracterístico da transformação sabendo que α = {x3 − 1, x2 + 3x, 2x− 1, 4} é uma base de P3.
Solução:T (x3 − 1) = (−1)x3 − (0)x2 + 2(0)x− 3(1) = −x3 − 3
T (x2 + 3x) = (0)x3 − (3)x2 + 2(1)x− 3(0) = −3x2 + 2x
T (2x− 1) = (−1)x3 − (2)x2 + 2(0)x− 3(0) = −x3 − 2x2
T (4) = 4x3
•
−x3 − 3 = a(x3 − 1) + b(x2 + 3x) + c(2x− 1) + d(4)
= ax3 + bx2 + x(3b+ 2c) + 4d− a− ca = −1b = 0c = 0d = −1
•−3x2 − 2x = a(x3 − 1) + b(x2 + 3x) + c(2x− 1) + d(4)
a = 0b = −3c = 7
2d = 7
8
•−x3 − 2x2 = a(x3 − 1) + b(x2 + 3x) + c(2x− 1) + d(4)
a = −1b = −2c = 3d = 1
2
•43 = a(x3 − 1) + b(x2 + 3x) + c(2x− 1) + d(4)
a = 4b = 0c = 0d = 1
[T ]αα =
−1 0 −1 4
0 −3 −2 00 7/2 3 0−1 7/8 1/2 1
∣∣∣∣∣∣∣∣−1− λ 0 −1 4
0 −3− λ −2 00 7/2 3− λ 0−1 7/8 1/2 1− λ
∣∣∣∣∣∣∣∣ = 0
Daí obtemos:p(λ) = λ4 + 5λ2 + 6
Utilizando a base canônica do P3, {x3, x2, x, 1}, vemos que resulta no mesmo polinômio ca-racterístico, como já era esperado.
[T ] =
0 0 0 10 0 −1 00 2 0 0−3 0 0 0
∣∣∣∣∣∣∣∣−λ 0 0 1
0 −λ −1 00 2 −λ 0−3 0 0 −λ
∣∣∣∣∣∣∣∣ = 0
Daí obtemos:p(λ) = λ4 + 5λ2 + 6
4. Enuncie e prove o Teorema do Núcleo e da Imagem.Solução: Tem feito no livro.
5. Seja λ autovalor da transformação linear T . Se v é autovetor associado a λ, mostre que w1 = πv ew2 = π
√37v são autovetores de T , associados ao autovalor λ.
Solução: Seja T uma transformação linear e λ é um autovalor dessa transformação. Como v é umautovetor associado a λ, temos que
T (v) = λv.
Considere agora o vetor w = kv, k ∈ R, ou seja, w é múltiplo do vetor v. Quando aplicamos atransformação em w, temos:
T (w) = T (kv) = kT (v) = k(λv) = λ(kv) = λw.
Daí, vemos que w também é autovetor associado a λ. Sendo k = π ou k = π√
37, obtemos:
T (πv) = πT (v) = π(λv) = λ(πv)
T (π√
37v) = π√
37T (v) = π√
37(λv) = λ(π√
37v)
6. Mostre que se um operador linear T : V → V admite λ = 0 como autovalor, então T não éinversível.
Solução: Ser inversível é ser injetora e sobrejetora, simultaneamente. Se mostrarmos que a trans-formação não é injetora(ou não é sobrejetora) ela não será inversível. Assim, se λ = 0 é autovalor,se T (u) = T (v) ⇒ T (u − v) = 0 = 0(u − v), ou seja, u − v é autovetor associado a 0. Por issou− v 6= 0, ou seja, ker(T ) 6= 0, e T não é injetiva.
7. Encontre T : R2 → R2 linear sabendo que v1 = (y,−y) e v2 = (0, y) são autovetores de T associadosaos autovalores λ1 = 1 e λ2 = 3, respectivamente.
Solução: Temos:
• (1,−1) é um autovetor associado a λ = 1;
• (0, 1) é um autovetor associado a λ = 3.
T (1,−1) = 1(1,−1) = (1,−1) T (0, 1) = 3(0, 1) = (0, 3)
(x, y) = a(1,−1) + b(0, 1) = (a,−a) + (0, b) = (a,−a+ b){x = ay = −a+ b ⇒ y = −x+ b ⇒ b = x+ y
(x, y) = x(1,−1) + (x+ y)(0, 1)
T (x, y) = xT (1,−1) + (x+ y)T (0, 1)
= xT (1,−1) + (x+ y)(0, 3)
= (x,−x) + (0, 3x+ 3y)
= (x, 2x+ 3y),
ou seja,T (x, y) = (x, 2x+ 3y).
8. (a) Determine as matrizes das rotações em R2 que admitem autovalores e autovetores.
(b) Determine os autovalores e os autovetores destas rotações.
Solução:
(a) A matriz de rotação é dada abaixo. [cos θ − sin θsin θ cos θ
]Para obtermos os autovalores, devemos encontrar o determinante abaixo:∣∣∣∣ cos θ − λ − sin θ
sin θ cos θ − λ
∣∣∣∣ =
(cos θ − λ)2 + sin2 θ = λ2 − 2λ cos θ + 1 = 0
Assim, polinômio característico é p(λ) = λ2 − 2λ cos θ + 1. Para encontrarmos os autovaloresprecisamos que p(λ) = 0. Como queremos autovalores reais, precisamos que ∆ ≥ 0, assim
∆ = (−2 cos θ)2 − 4(1)(1) = 4 cos2 θ − 4⇒ θ = 180o ou θ = 360o
, substitua na matriz acima e obtenha as matrizes das rotações. Observe que os autovaloressão −1 e 1. Descubra você os autovetores(tenter ver geometricamente).
9. Se T : V → V é linear com λ um seu autovalor, mostre que o autoespaço Vλ = {u ∈ V |Tu = λu}é subespaço vetorial de V .
Solução:
• Sejam u, v ∈ Vλ, ou seja, Tu = λu e Tv = λv então:
T (u+ v) = Tu+ Tv
= λu+ λv
= λ(u+ v)
• Seja u ∈ Vλ e k ∈ R, então:
T (ku) = kTu
= k(λu)
= λ(ku).
Logo, Vλ é subespaço vetorial de V .