EXERCCIOS DE FIXAO MDULO 01

1. Qual a importncia do abandono da responsabilidade objetiva para o direito penal moderno? R: O abandono da responsabilidade penal objetiva importa na diminuio da importncia do resultado como elemento caracterizador do crime. Em contrapartida, a adoo da responsabilidade subjetiva implica na anlise de dolo e culpa para a imputao de um crime a algum.2. O que era o direito de faida no antigo Direito Germnico? R: O direito de faida nada mais do que o direito de vingana de sangue dos povos germnicos. Esse direito surgia quando o ofendido tinha algum bem jurdico lesionado por outrem (ofensor). A vingana consistia na possibilidade do ofendido ou de algum parente do ofendido punir pessoalmente o agressor, nos moldes do olho por olho, dente por dente. 3. Depois da reforma da parte geral do Cdigo Penal, em 1984, qual teoria foi adotada como fundamento? Explique e aponte algumas de suas caractersticas. R: A reforma de 1984 teve ntida influncia da escola finalista, a qual asseverava que a conduta humana um acontecimento final, ou seja, destinada a um fim (a uma finalidade). Desta forma, tal pensamento deslocou a anlise de dolo e culpa para o mbito da conduta, retirando-a da culpabilidade. 4. Em que consiste o Direito Penal objetivo e o Direito Penal subjetivo? R: O Direito Penal objetivo constitui-se do conjunto de preceitos legais que regulam a atividade soberana estatal de definir crimes e cominar penas. Por sua vez, o Direito Penal subjetivo emerge do bojo do prprio Direito Penal objetivo, constituindo-se em verdadeiras prerrogativas (faculdades) dos sujeitos. De um lado, o Estado o titular do ius puniendi (direito de punir), de outro, o acusado o titular do direito liberdade. 5. Em que ramo do Direito se enquadra o Direito Penal? R: Trata-se de um ramo do Direito Pblico Interno6. Diferencie Direito Penal Especial e Legislao Penal Especial. Se possvel, d exemplos. R: O Direito Penal Especial aquele destinado a determinados grupos de pessoas, por exemplo, aos militares, por meio do Cdigo Penal Militar. A Legislao Penal Especial (ou Extravagante) consiste nos dispositivos legais penais que tratam de determinados assuntos com especificidade e que, geralmente, esto fora do bojo do Cdigo Penal, por exemplo, a Lei de Txicos (Lei n. 11.343/06).7. Faa um paralelo entre o Direito Penal do Inimigo e o Direito Penal do cidado na perspectiva de Gnther Jakobs. R: Para Jakobs, inimigo o indivduo que afronta a estrutura do Estado. a pessoa que revela um modo de vida contrrio s normas jurdicas, no aceitando as regras impostas pelo Direito para a manuteno da coletividade. Agindo assim, demonstra no ser um cidado e, por consequncia, todas as garantias inerentes s pessoas de bem no podem ser a ele aplicadas. Trata-se de um indivduo que abandonou o direito e, por conseguinte, no garante o mnimo de segurana cognitiva do comportamento pessoal e o manifesta por meio de sua conduta. Noutra perspectiva, o jurista alemo assevera que o Direito Penal do cidado aquele permeado por todas as garantias legais e constitucionais, pois o agente no afronta a estrutura do Estado.

8. (PC/RN DELEGADO DE POLCIA 2009) Cabe ao legislador, na sua propcia funo, proteger os mais diferentes tipos de bens jurdicos, cominando as respectivas sanes, de acordo com a importncia para a sociedade. Assim, haver o ilcito administrativo, o civil, o penal etc. Este ltimo o que interessa ao direito penal, justamente por proteger os bens jurdicos mais importantes (vida, liberdade, patrimnio, liberdade sexual, administrao pblica etc.). O direito penal: a) tem natureza fragmentria, ou seja, somente protege os bens jurdicos mais importantes, pois os demais so protegidos pelos outros ramos do direito. b) tem natureza minimalista, pois se ocupa, inclusive, dos bens jurdicos de valor irrisrio. c) tem natureza burguesa, pois se volta, exclusivamente, para a proteo daqueles que gerenciam o poder produtivo e a economia estatal. d) ramo do direito pblico e privado, pois protege bens que pertencem ao Estado, assim como aqueles de propriedade individualizada. e) admite a perquirio estatal por crimes no previstos estritamente em lei, assim como a retroao da lex gravior. 9. (PC/SP DELEGADO DE POLCIA 2011) Assinale a alternativa que contenha o nome de uma elogiada legislao brasileira que, apos debates acalorados, manteve a pena de morte dentre as sanes penais e que foi responsvel pela criao do sistema de dias-multa. a) Cdigo Penal da Repblica (1890). b) Cdigo Criminal do Imprio (1830). c) Consolidao das Leis Penais (1932). d) Ordenaes Filipinas (1603). e) Cdigo Penal (1940)

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1. Vasco da Silva, um empolgado vereador da cidade de Feliz, props a criao de uma lei penal municipal para punir criminalmente a conduta de quem vier a estacionar veculo em vaga de deficiente. A proposta foi prontamente aceita e aprovada pela cmara municipal e sancionada pelo prefeito local. Pergunta-se: a lei proposta pelo vereador Vasco constitucional ou inconstitucional? Justifique sua resposta. R: Embora seja bem intencionada a criao da norma penal, a lei penal municipal se mostra formalmente inconstitucional, tendo em vista que a Constituio Federal no atribuiu aos municpios qualquer competncia, concorrente ou residual, para legislar sobre matria penal. a inteligncia do artigo 22, inciso I e pargrafo nico, da CF.

2. O Estado de Minas Gerais pode criar lei penal? Em caso positivo, sob quais condies? Em caso positivo, qual o rgo responsvel pela criao da lei penal estadual? R: Em regra no, conforme dispe o artigo 22, inciso I, da CF. No entanto, o pargrafo nico do mesmo dispositivo constitucional ressalva a possibilidade do Estado membro criar lei penal mediante autorizao do Congresso Nacional por meio de Lei Complementar, desde que a matria abordada pela lei penal estadual seja especfica daquele Estado, isto , o objeto de proteo da lei s deve existir em seus limites geogrficos e no nos demais Estados da federao. 3. (OAB/SP 125) A fonte formal direta (ou imediata) no Direito Penal: a) pode ser a lei e a equidade, esta somente no tocante fixao da pena. b) pode ser a lei, os costumes e os princpios gerais do direito. c) pode ser a lei e a analogia in bonan partem. d) somente a lei4. (DPE/MA DEFENSOR PBLICO 2011) No que diz respeito s fontes do direito penal brasileiro, assinale a opo correta: a) O complemento da norma penal em branco considerada em sentido estrito provm da mesma fonte formal, ao passo que o da norma penal em branco considerada em sentido lato provm de fonte formal diversa. b) A analogia, mtodo pelo qual se aplica a lei de algum caso semelhante ao que estiver sendo analisado, classificada como fonte formal mediata do direito penal. c) Na norma penal em branco ao avesso, o preceito secundrio fica a cargo de norma complementar, que, de acordo com o ordenamento jurdico brasileiro, pode ser legal ou infralegal. d) As fontes materiais revelam o direito; as formais so as de onde emanam as normas, que, no ordenamento jurdico brasileiro, referem-se ao Estado. e) As fontes de cognio classificam-se em imediatas representadas pelas leis e mediatas representadas pelos costumes e princpios gerais do direito.

5. (PC/SP DELEGADO DE POLCIA 2011) Com relao s fontes do Direito Penal, correto dizer que as fontes formais so classificadas em: a) materiais e de cognio. DIREITO PENAL I PARTE GERALb) imediata e substancial. c) mediata e de produo. d) mediata e imediata. e) exclusivamente de cognio_____________________________________________________________________________________EXERCCIOS DE FIXAO MDULO 03

1. Diferencie Lei penal em branco homognea e norma penal em branco heterognea. D exemplos. R: Lei penal em branco homognea a lei incompleta que necessita ser complementada por um texto legal proveniente da mesma fonte material que a produziu. Exemplo: o artigo 327 do CP complementa o artigo 312 do CP, determinando o alcance das expresses funcionrio pblico. Note-se que ambos possuem a mesma fonte de produo. De outra sorte, a Lei penal em branco heterognea a lei incompleta que precisa ser complementada por um texto legal proveniente de uma fonte material distinta da que a produziu. Exemplo: o artigo 33 da Lei n 11.343/06 no define quais so as drogas consideradas ilcitas no Brasil. Para isso, fica a cargo da ANVISA (rgo ligado ao Poder Executivo) a determinao dessas substncias.2. No que se refere estrutura da norma penal incriminadora, defina preceito primrio e preceito secundrio. Depois, fragmente o artigo 180 do CP de acordo com estes preceitos. R: O preceito primrio a parte do dispositivo legal que se encarrega da descrio da conduta criminosa em abstrato. J o preceito secundrio, a parte que descreve a sano penal aplicvel ao indivduo que vier a praticar a conduta prevista no preceito primrio. * Preceito Primrio: R: Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito prprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-f, a adquira, receba ou oculte: *Preceito Secundrio: R: Pena - recluso, de um a quatro anos, e multa. 3. (OAB/SP 106) Normas penais em branco so: a) normas de contedo incompleto, as quais exigem complementao por outra norma jurdica, a fim de serem aplicadas ao fato concreto. b) normas de contedo abstrato, as quais independem de complementao jurdica de outra norma. c) normas de contedo vago, cujos preceitos devem ser analisados de forma restrita, comintuito de evitar interpretao analgica. d) normas de contedo incerto, pelas quais o juiz deve analis-las de acordo com o critrio de maior benignidade para o ru. _____________________________________________________________________________________EXERCCIOS DE FIXAO MDULO 041. Explique o que o resultado extensivo da interpretao e por que a sua obteno no viola o Princpio da Legalidade. R: D-se quando o intrprete amplia o texto legal, tendo em vista que o legislador disse menos do que deveria. No viola o Princpio da Legalidade, eis que a ampliao desse alcance legislativo est implicitamente contida no texto interpretado. 2. A Analogia pode ser aplicada ao Direito Penal como meio de integrao da norma? Justifique sua resposta e exemplifique, se possvel. R:Em regra, a analogia no pode ser aplicada como meio de integrao da norma, salvo para beneficiar o ru. Exemplos: a aplicao da escusa absolutria prevista no art. 348, 2, do CP (favorecimento pessoal) aos casos de prtica do delito de fuga de pessoa presa (art. 351, caput, do CP), desde que a evaso proceda-se sem ameaa ou violncia e que o autor seja descendente, ascendente, cnjuge ou irmo do evadido. Outro exemplo: artigo 273, 1 B, inciso I, do CP c.c. art. 28 da Lei n. 11.343/11.

3. Diferencie Analogia e Interpretao Analgica apontando as principais caractersticas de cada uma delas. R: A aplicao da analogia se d quando existe lacuna na lei, ou seja, no h previso legal especfica para o caso concreto. Em virtude disso, o intrprete busca a soluo para o seu problema em um texto legal que tutela uma situao semelhante. Lembre-se, a analogia s pode ser aplicada em benefcio do ru. De outra forma, a interpretao analgica pode ser amplamente aplicada pelo intrprete, ainda que em prejuzo do ru, toda vez que a lei apresentar em seu texto uma frmula casustica e outra genrica.

4. (OAB/MG Agosto de 2008) O artigo 171 do Cdigo Penal brasileiro assim define o crime de estelionato: Obter, para si ou para outrem, vantagem ilcita, em prejuzo alheio, induzindo ou mantendo algum em erro, mediante artifcio, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena... A parte final do dispositivo, qual seja, ... ou qualquer outro meio fraudulento, indica a possibilidade de: a) interpretao declarativa. b) interpretao restritiva. c) interpretao extensiva. d) interpretao analgica da norma. 5. Tendo em vista o Direito Penal brasileiro, assinale a alternativa INCORRETA: a) A interpretao literal a primeira fase da exegese. b) Interpretao teleolgica busca somente a anlise sinttica das palavras. c) Interpretao autntica a realizada mediante disposio legislativa contextual ou posterior lei interpretada. d) A interpretao lgica pode considerar, em sua anlise, elementos histricos._____________________________________________________________________________________

EXERCCIOS DE FIXAO MDULO 05 1. Em que consiste o princpio nullum crimen, nulla pena poena sine lege. Justifique fundamente a sua resposta.R: Consiste no corolrio consagrado no artigo 1 do CP, o qual assevera que no h crime sem lei anterior que o defina e no h pena sem prvia cominao legal. Assim, para que uma conduta seja considerada criminosa, necessria a existncia prvia de uma lei penal incriminadora (lei ordinria) elaborada pela Unio (art. 22, I, da CF) atravs do Congresso Nacional.

2. Qual a consequncia do reconhecimento judicial do princpio da insignificncia no caso concreto? Explique.R: O princpio da insignificncia no est previsto expressamente na lei, pois trata-se de princpio supralegal. Dessa forma, a sua aplicao no obrigatria. Para aqueles que o reconhecem a sua aplicao no caso concreto importar na excluso da tipicidade material ou, ainda, da antijuridicidade. Em qualquer dos dois casos o crime ser afastado. 3. A pessoa que provoca leses corporais em si prpria responde pelo delito descrito no artigo 129 do CP? Indique o princpio que sustenta a sua resposta.R: No, pois para que uma conduta seja considerada criminosa necessrio que um bem jurdico alheio seja danificado ou exposto a perigo de dano, conforme orienta o princpio da alteridade. Nesse caso, o prprio agressor quem suporta o dano.4. (MPDFT Promotor de Justia 2013) Examine os itens seguintes, indicando o CORRETO: a) O princpio da culpabilidade limita-se impossibilidade de declarao de culpa sem o trnsito em julgado de sentena penal condenatria. b) O princpio da legalidade impede a aplicao de lei penal ao fato ocorrido antes do incio de sua vigncia. c) Integram o ncleo do princpio da estrita legalidade os seguintes postulados: reserva legal,proibio de aplicao de pena em hiptese de leses irrelevantes, proibio de analogia in malam partem. d) A aplicao de pena aos inimputveis, dada a sua incapacidade de sensibilizao pela norma penal, viola o princpio da culpabilidade. e) Os princpios da insignificncia penal e da adequao social se identificam, ambos caracterizados pela ausncia de preenchimento formal do tipo penal.

5. (PGM Procurador Municipal Joo Pessoa/PB 2012) Uma lei definiu como crime um fato e estabeleceu no preceito sancionador a pena de no mnimo dois anos de recluso. Essa lei: a) infringiu o princpio do juiz natural. b) infringiu o princpio da legalidade. c) infringiu o princpio da presuno de inocncia. d) infringiu o princpio da culpabilidade. e) no infringiu nenhum princpio do Direito Penal.

6. (Prefeitura de Belo Horizonte/MG Auditor 2012) Um dos princpios basilares do Direito Penal moderno e fundamental no Estado Democrtico de Direito o princpio da legalidade ou da reserva legal, previsto no art. 5, XXXIX, da Constituio da Repblica. Como consequncia da adoo desse princpio, pode-se dizer: a) que, se o legislador deixar de observar o princpio da taxatividade, a lei penal ser considerada inconstitucional. b) que o tipo penal poder ser criado por meio de lei (Congresso Nacional) e medida provisria (Presidncia da Repblica). c) que a lei penal no poder retroagir para regular condutas praticadas antes de sua vigncia. d) que est vedado ao legislador criar tipos penais cujo contedo seja complementado por outras leis ou atos normativos.

7. (PC/SP Delegado de Polcia 2011) A ideia de que o Direito Penal, deve tutelar os valores considerados imprescindveis para a sociedade, e no todos os bens jurdicos, sintetiza o princpio da: a) adequao social. b) culpabilidade. c) fragmentariedade. d) ofensividade. e) proporcionalidade. 8. (UDESC Advogado 2010) Assinale a alternativa correta. a) O princpio da humanidade das penas est consagrado na Constituio Federal. b) O princpio da aplicao da lei mais benfica no utilizado pelo direito penal. c) O princpio da interveno mnima no se confunde com o princpio da ultima ratio. d) Por fora do princpio da insignificncia no so punidos os crimes de menor potencial ofensivo. e) A existncia de crimes funcionais ofende o princpio da igualdade.

9. (SEAD/AP Auditor da Receita Federal 2010) Com relao aos princpios constitucionais de Direito Penal, examine as seguintes afirmativas: I. reza o princpio da reserva legal que no h crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prvia cominao legal. II. de acordo com o princpio da irretroatividade, a lei penal no retroagir, salvo disposio expressa em lei. III. segundo o princpio da pessoalidade, nenhuma pena passar da pessoa do condenado, podendo a obrigao de reparar o dano e a decretao do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, independentemente do limite do valor do patrimnio transferido. Assinale: a) se todas as afirmativas estiverem corretas. b) se somente a afirmativa III estiver correta. c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. d) se somente a afirmativa I estiver correta. e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 10. (PGE/PE Procurador 2009) A respeito dos princpios constitucionais penais, assinale a opo correta. a) Fere o princpio da legalidade, tambm conhecido por princpio da reserva legal, a criao de crimes e penas por meio de medida provisria. b) A lei penal mais favorvel ao ru tem efeito extra-ativo relativo, pois, apesar de ser aplicada a crimes ocorridos antes de sua vigncia, no se aplica a crimes ocorridos durante a sua vigncia caso seja posteriormente revogada. c) A responsabilidade pela indenizao do prejuzo que foi causado pelo condenado ao cometer o crime no pode ser estendida aos seus herdeiros, sem que, com isso, seja violado princpio da personalidade da pena. d) Em razo do princpio da presuno de inocncia, no possvel haver priso antes da sentena condenatria transitada em julgado. e) No Brasil vige, de forma absoluta, o princpio da vedao pena de morte, inexistindo excees.

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EXERCCIOS DE FIXAO MDULO 06

1. Qual a importncia de se determinar o tempo do crime? Cite duas utilidades. R: importante determinar o tempo do crime para aferir qual ser a lei aplicvel ao caso concreto, principalmente quando houver sucesso de normas penais. Podemos tambm ressaltar duas outras utilidades da determinao do tempo do crime, quais sejam, a averiguao da imputabilidade do agente (se o agente era menor na poca da conduta) e a determinao de algumas circunstncias (repouso noturno p. ex.).

2. Qual foi a teoria adotada pelo CP brasileiro para determinar o tempo do crime? Explique. Depois, indique os exemplos em que a teoria em questo no adotada. R: Para determinar o tempo do crime, o Brasil adotou como regra a teoria da atividade, isto , o tempo do crime o da conduta (ao ou omisso). Entretanto, em algumas circunstncias, a teoria da atividade no aplicada, como, por exemplo, para determinar o termo inicial da contagem do prazo prescricional (art. 111, I, do CP); no crime continuado (smula 711 STF); e no crime permanente (smula 711 STF).

3. As leis penais temporrias e/ou excepcionais podem continuar a punir o ru mesmo depois de sua revogao? Explique e exemplifique. R: Sim, haja vista que, se assim no fosse, estas leis no seriam imperativas, j que cairiam em descrdito perante a sociedade. Para tanto, o artigo 3 do CP claro ao asseverar que estas leis continuam a produzir efeitos mesmo depois de sua auto-revogao. Exemplo: proibio de atravessar uma ponte em tempo de guerra (lei excepcional). Terminada a guerra, a lei perder sua vigncia automaticamente. Entretanto, aqueles que desrespeitaram a lei no perodo de guerra continuaro a responder pelo crime mesmo estando em tempo de paz.

4. ALBERTO ROBERTO foi condenado, com sentena transitada em julgado, a cumprir pena de deteno de dois anos, pela prtica de uma conduta delitiva que lei posterior descriminalizou. Poder ele beneficiar-se dessa lei? a) a lei penal no retroage para sentenas transitadas em julgado. b) no se admite analogia em direito penal. c) a lei retroage in bonam partem, para beneficiar o ru e, por isso, Alberto Roberto pode ser beneficiado. d) N.D.A.

5. Considerando os princpios que regulam a aplicao da lei penal no tempo, pode-se afirmar que: a) pela abolitio criminis se fazem desaparecer o delito e todos os seus reflexos penais, permanecendo apenas os civis. b) em regra, nas chamadas leis penais em branco com carter excepcional ou temporrio, revogada ou alterada a norma complementar, desaparecer o crime. c) a lei excepcional ou temporria, embora decorrido o perodo de sua durao ou cessadas as circunstncias que a determinaram, no se aplica ao fato praticado durante a sua vigncia; d) permanecendo na lei nova a definio do crime, mas aumentadas as suas consequncias penais, esta norma ser aplicada ao autor do fato. e) no se aplica a lei nova, mesmo que favorea o agente de outra forma, caso esteja procedendo execuo da sentena, em razo da imutabilidade da coisa julgada.

6. A desferiu o primeiro tiro em que B em 30 de maro de 2000. Em 31 de maro de 2000, A desferiu o segundo e terceiro tiros em B. B falece em 23 de abril de 2000. A foi condenado por homicdio doloso. Para fins de prescrio, qual o incio da contagem do prazo prescricional anterior ao trnsito em julgado da sentena final? a) No dia 30 de maro de 2000. b) No dia 31 de maro de 2000. c) No dia 23 de abril de 2000. d) Pelo princpio da ubiqidade, dia 30 de maro ou 31 de maro de 2000.

7. Marque a alternativa correta: a) A vacatio legis constitui um lapso temporal entre a votao e a efetiva vigncia da lei.

b) A abolitio criminis, em virtude de surgimento de lei nova, apaga os efeitos civis da prtica delituosa do sujeito que foi definitivamente condenado antes dela. c) Em face do princpio da retroatividade da lei mais benigna, a lei posterior mais severa possui ultratividade. d) A novatio legis no constitui fato jurdico extintivo da punibilidade. e) Todas as alternativas acima no esto corretas.

8. No que concerne ao tempo do crime, nosso cdigo penal adotou a teoria: a) do resultado. b) da ubiquidade. c) mista d) da atividade.

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1. certo que se aplica a lei brasileira a bordo de: a) embarcaes particulares brasileiras que estejam em mar territorial estrangeiro. b) embarcaes mercantes brasileiras que estejam em porto estrangeiro. c) aeronaves particulares brasileiras que estejam em espao areo estrangeiro. d) aeronaves mercantes brasileiras que estejam em pouso em aeroporto estrangeiro. e) embarcao estrangeira de propriedade privada que esteja em mar territorial brasileiro.

2. Tendo em vista o disposto no Cdigo Penal ptrio, com relao eficcia da lei penal no espao, CORRETO afirmar: a) no genocdio, se o agente for brasileiro domiciliado no Brasil ficar sujeito lei penal brasileira, ainda que o crime tenha sido cometido no estrangeiro. b) caso um marinheiro ingls, tripulante de um navio de guerra britnico, ao desembarcar no Brasil, ficar sujeito lei do Estado a que pertena a embarcao a embarcao, face ao princpio do pavilho. c) a qualquer crime cometido fora do territrio nacional contra o presidente da Repblica do Brasil, a lei penal aplicvel a brasileira, tendo em vista o princpio da defesa. d) na hiptese de uma leso corporal cometida por um argentino contra um americano em navio de turismo brasileiro, que se encontra a quinze milhas martimas do litoral brasileiro, no ser aplicvel a lei penal brasileira, em razo do princpio da justia universal. e) no caso de delito cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, ressalvados os casos de extraterritorialidade incondicionada, para aplicao da lei penal brasileira necessria somente que no tenha sido perdida ou tenha sido negada a extradio e que tenha havido requisio do Ministrio da Justia. 3. Dispe o Cdigo Penal, em seu artigo 6, que considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao ou omisso, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Trata-se da teoria: a) da ubiquidade. b) do resultado. c) da atividade. d) da territorialidade 4. De acordo com o art. 5do Cdigo Penal aplica-se a lei brasileira, sem prejuzo de convenes, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no territrio nacional A Legislao nacional adotou, para a aplicao da lei penal no espao, o princpio da: a) territorialidade. b) nacionalidade. c) competncia real. d) competncia universal.

5. So princpios que regem a aplicao da lei penal no espao: a) da territorialidade, da defesa, da justia universal, da nacionalidade e da continuidade. b) da territorialidade, da defesa, da representao, da justia universal e da nacionalidade. c) da defesa, da justia universal, da nacionalidade, da representao e da continuidade. d) da territorialidade, de defesa, da justia universal, do espao mnimo e da continuidade. 6. Em relao lei penal no tempo e no espao CORRETO afirmar que: a) a abolitio criminis configura uma situao de lei penal posterior mais benfica, que retira caracterstica de ilcito penal de um fato anteriormente incriminado, atingindo inclusive fatos j definitivamente julgados, fazendo desaparecer os efeitos penais e civis da condenao. b) deve ser responsabilizado criminalmente o cidado que, durante o perodo de vacatio legis, vier a cometer um fato tipificado pela nova lei incriminadora. c) punvel, com base na lei em vigor quando da liberdade da vtima, a conduta do sequestrador, ainda que menos rigorosa a lei vigente poca do inicio da prtica do crime. d) as leis temporrias e excepcionais no so aplicadas quantos aos fatos praticados sob a vigncia, quando tenham deixado de viger. e) o Cdigo Penal adotou como regra, o princpio da nacionalidade ativa e passiva. 7. Quando a aplicao da lei penal no espao, aponte a alternativa INCORRETA. a) O Cdigo Penal adotou como regra, o princpio da territorialidade. b) Na aplicao do princpio da territorialidade jurdico compreende todo o espao em que o Estado exercer a sua soberania. c) Conforme o art. 7. , inciso I, a, do cdigo penal, ficam sujeitos lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes contra a honra do presidente da Repblica Federativa do Brasil. d) A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas.

8. No que tange aplicao da lei penal brasileira, considere: I. crime cometido no estrangeiro contra a administrao pblica, por quem est a seu servio; II. crime de genocdio quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; III. crime cometido no estrangeiro por brasileiro, que no punvel no pas em que foi praticado. Dentre os crimes acima, ficam sujeitos lei brasileira os indicados apenas em a) I. b) II. c) I e II. d) I e III. e) II e III. 9. Sobre a aplicao da lei penal, a alternativa que faz referncia INCORRETA : a) considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao ou omisso ainda que outro tenha sido lugar do resultado. b) ficam sujeito lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro. Os crimes contra a vida ou a liberdade do presidente da repblica. c) a pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas ou nela computada, quando idnticas. d) para efeitos penais, consideram-se como extenso do territrio nacional as embarcaes e aeronaves e as embarcaes brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que estejam respectivamente, no espao areo correspondente ou em alto-mar 10. Assinale a resposta INCORRETA: a) Pelo principio da territorialidade, considera-se como extenso do territrio nacional as aeronaves e embarcaes de natureza pblica ou a servio do governo brasileiro e as embarcaes e aeronaves mercantes de bandeira brasileira, onde quer que se encontrem. b) Pelo princpio da extraterritorialidade, sujeita-se lei brasileira, embora cometido em outro pas, o crime de genocdio, quando o agente for brasileiro ou seja aqui domiciliado. c) Pelo princpio da extraterritorialidade, aplica-se a lei brasileira aos crimes de tortura quando, embora cometidos no estrangeiro, seja a vtima brasileiro ou encontre-se o agente em local sob jurisdio brasileira. d) A lei posterior, que de qualquer forma favorece o agente, aplica-se retroativamente, ainda que haja sentena condenatria transitada em julgado.

11. Considere os seguintes enunciados, indicando se os mesmos so verdadeiros ou falsos (valor: 0,5 ponto): I A lei brasileira pode ser aplicada em todos os crimes praticados contra o Presidente da Repblica em qualquer lugar do mundo. Tal possibilidade baseada na aplicao do princpio da Soberania do Estado. II Aplica-se a lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, aos crimes contra a administrao pblica praticados por qualquer pessoa. III Pelo princpio da extraterritorialidade, sujeita-se lei brasileira, embora cometido em outro pas, o crime de genocdio, quando o agente for brasileiro ou seja aqui domiciliado. Indique a alternativa que corresponde ao enunciado da questo: a) I. F; II. F; III. V. b) I. V; II. V; III. F. c) I. F; II. V; III. V. d) I. V; II. F; III. F. e) I. F; II. F; III. F. 12. Francs cometeu crime de estupro contra uma mulher alem no territrio alemo, onde foi condenado a cumprir pena de 10 anos de recluso. Antes de iniciar o cumprimento da pena, o Francs fugiu para o Brasil. Pergunta-se: a lei penal brasileira ser aplicada ao caso? O governo alemo poder exigir que a pena de 10 anos de recluso, determinada pelo Poder Judicirio alemo, seja aplicada pelo governo brasileiro? Explique cada uma das indagaes. R: No, a lei penal brasileira no ser aplicada ao caso, tendo em vista que o enunciado no se enquadra no princpio da territorialidade (art. 5 do CP), nem nos ditames do artigo 7 do CP. Assim, o Brasil no possui jurisdio sobre o caso, logo, a lei brasileira no incidir. De outra parte, o governo alemo no pode exigir que a pena de recluso seja cumprida no Brasil, porquanto o Cdigo Penal s admite a eficcia da sentena penal estrangeira em duas circunstncias, quais sejam: aplicao de medida de segurana ou em caso de reparao civil do dano.

13. Quais so os efeitos que a sentena penal estrangeira pode produzir no Brasil? Explique cada um deles e, se possvel, d exemplos. R: No Brasil, em regra, a sentena penal estrangeira pode produzir apenas dois efeitos: aplicao de medida de segurana ou em caso de reparao civil do dano (art. 9 do CP). A medida de segurana a sano penal aplicada aos inimputveis maiores de 18 anos (loucos). Tal sano pode ser aplicada no Brasil, ainda que determinada por uma sentena de outro pas, desde que haja tratado ou requisio do Ministro da Justia. J a reparao civil do dano deve ser requerida pela vtima (interessada). Exemplo 1: um louco paraguaio obrigado a cumprir medida de segurana no Paraguai em virtude da prtica de roubo. Antes de ser recolhido ao manicmio, o louco foge para o Brasil. Havendo tratado entre Brasil e Paraguai ou mediante requisio do Ministro da Justia, o louco poder cumprir medida de segurana no Brasil. Exemplo 2: Chileno que furta a carteira de Boliviano dentro do territrio francs. Na Frana, o Chileno foi condenado a 2 anos de priso, bem como a reparar o dano. Algum tempo depois, vindo trabalhar no Brasil, o boliviano encontra, no centro So Paulo, o chileno que havia lhe subtrado a carteira. Cumpridas as exigncias legais (trnsito em julgado da sentena, traduo, autenticao e homologao da sentena penal estrangeira), o boliviano poder reivindicar no Brasil a reparao do dano, na forma determinada pela justia francesa. Note-se que a pena de 2 anos no poder ser cumprida no Brasil.

14. Em 1997, Joaquim Manoel Pinto, portugus, matou o ento presidente da Repblica Federativa do Brasil em solo portugus. Naquele pas (Portugal), foi processado e condenado a cumprir pena de 10 anos de recluso. Cumprida integralmente a reprimenda, em 2009, Joaquim resolveu desfrutar das festividades carnavalescas de Salvador (Brasil), adquirindo um pacote de viagens e um Abad do evento. Desavisado, chegando ao Brasil, Joaquim foi preso e condenado a cumprir 19 anos de recluso. Pergunta-se: o fato de Joaquim ter cumprido integralmente a pena em Portugal pode afastar a aplicao da lei brasileira? Se no for afastada, quanto tempo de recluso Joaquim ter de cumprir? Explique. R: No, o cumprimento integral da pena imposta pela Justia Portuguesa no tem o condo de impedir a aplicao da lei penal brasileira, haja vista que, neste caso (leso vida do Presidente da Repblica), a extraterritorialidade se d de forma incondicionada, ou seja, no depende das condies estabelecidas no 2, do artigo 7 do CP. Assim, a condenao brasileira vlida, porm, ter de ser deduzida pelo prazo que o criminoso permaneceu preso em Portugal. Frise-se, a sano aplicada em Portugal tem a mesma natureza daquela determinada pela Justia brasileira artigo 8 do CP (recluso: priso)._____________________________________________________________________________________EXERCCIOS DE FIXAO MDULO 08

1. Aponte a localizao do crime na teoria geral do Direito. R: Na teoria geral do Direito, o crime se enquadra dentro dos fatos jurdicos em sentido amplo (lato sensu). E, no interior dos fatos jurdicos em sentido amplo, situa-se entre os atos jurdicos ilcitos.

2. De acordo com o conceito analtico de crime, sob o prisma da teoria bipartida (ou bipartite), possvel afirmar que o doente mental pratica crime? Justifique sua resposta. R: Segundo a teoria bipartida os doentes mentais praticam crime, pois a culpabilidade no elemento do crime, mas sim pressuposto de aplicao da pena. Assim, se inimputabilidade causa de afastamento da culpabilidade, o agente ficar isento de pena, embora tenha praticado o crime (art. 26 do CP).3. (PC/AL Delegado de Polcia 2012 - Adaptada) Apesar de, no campo ftico, ser possvel ocorrer a tentativa de contraveno penal, esta, quando se desenvolve na forma tentada, no penalmente alcanvel. Tal afirmao procede? Explique. R: A informao procede, tendo em vista que a Lei de Contravenes Penais descarta a possibilidade de punio da tentativa de contraveno.

4. (PGM/Joo Pessoa Procurador Municipal - 2012) Considere as seguintes penas: I. Recluso. II. Deteno. III. Priso Simples. IV. Multa. Para os ilcitos contravencionais esto previstas em lei SOMENTE as penas indicadas em: a) II e IV. b) I e IV. c) II, III e IV. d) III e IV. e) I e II. _____________________________________________________________________________________EXERCCIOS DE FIXAO MDULO 09

1. Rosalvo adestrador de macacos e ensinou Simo, um de seus primatas, a subtrair carteiras dos turistas que passavam por sua rua na cidade do Rio de Janeiro. Romildo, um turista cearense, teve sua carteira subtrada por Simo, o qual a entregou para Rosalvo que se apropriou dela e do dinheiro nela contido. Pergunta-se: de acordo com o mdulo que trata dos objetos e sujeitos do crime, indique o crime e seus objetos material e jurdico, bem como o enquadramento de Rosalvo, Simo e Romildo: Crime: furto (art. 155 do CP).

Objeto jurdico: o patrimnio.

Objeto material: a carteira. Rosalvo: autor do crime (sujeito ativo).Simo: instrumento do crime.Romildo: sujeito passivo particular (ou eventual).2. Uma empresa de alimentos vendia produtos com o prazo de validade vencido aos consumidores. Pergunta-se: tal empresa tem capacidade penal ativa para responder pelos crimes relativos s relaes de consumo? R: No, tendo em vista que a pessoa jurdica s pode ser processada e sofrer as consequncias do processo penal se este versar sobre crime ambiental, o que no se verifica no caso em tela.