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Direito Penal X Exame Unificado OAB – FGV
2ª FASE – X EXAME DE ORDEM UNIFICADO - DIREITO PENAL
EXERCÍCIO 02 – PEÇA 1
Programação dos exercícios
Data do pedido pelo professor em aula 08/05/2013
Entrega pelo aluno
(www.lfg.com.br/areadoaluno) 10/05/2013
Correção pelos professores 13/05/2013
Alessandro, de 22 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas
previstas no art. 217-A, § 1º, do Código Penal, por crime praticado contra Geisa, de 20 anos de idade. Na
peça acusatória, a conduta delitiva atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes termos:
"No mês de agosto de 2012, em dia não determinado, Alessandro dirigiu-se à residência de Geisa, ora
vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião, aproveitando-se do fato de
estar a sós com Geisa, o denunciado constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, atestada em
laudo de exame de corpo de delito. Certo é que, embora não se tenha valido de violência real ou de
grave ameaça para constranger a vítima para com ele manter conjunção carnal, o acusado aproveitou-se
do fato de Geisa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar
validamente o seu consentimento, visto que é deficiente mental, incapaz de reger a si mesma."
Nos autos, havia somente a peça inicial acusatória, os depoimentos prestados na fase do inquérito, o
laudo comprovando a ocorrência da relação sexual e a folha de antecedentes penais do acusado.
O juiz da 2.ª Vara Criminal do Estado XX recebeu a denúncia e determinou a citação do réu para se
defender no prazo legal, tendo sido a citação efetivada em 19/11/2012 (segunda-feira). Alessandro
procurou, no mesmo dia, a ajuda de um profissional e outorgou-lhe procuração ad juditia com a
finalidade específica de ver-se defendido na ação penal em apreço.
Disse, então, a seu advogado que não sabia que a vítima era deficiente mental, que já a namorava havia
algum tempo, que sua avó materna, Romilda, e sua mãe, Geralda, que moram com ele, sabiam do
namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas.
Disse, ainda, que nem a vítima nem a família dela quiseram dar ensejo à ação penal, tendo o promotor,
segundo o réu, agido por conta própria. Por fim, Alessandro informou que não havia qualquer prova da
debilidade mental da vítima.
Redija a peça cabível, datando com o último dia do prazo.
Direito Penal X Exame Unificado OAB – FGV
Itens Pontos
1. Estrutura correta (divisão das partes / indicação de local, assinatura) (0,25) 0,25
2. Endereçamento: juiz da 2.ª Vara Criminal do Estado ... (0,25) 0,25
3. Peça: Resposta a Acusação – art. 396 e 396-A, CPP (0,50) 0,50
3. Nulidade por ausência de representação (falta de condição da ação) – art.
225, caput, CP e art. 564, III, alínea a, CPP; (0,75)
0,75
4. Nulidade por ausência de comprovação da debilidade mental da vítima – art.
564, IV, do CPP; (0,75)
0,75
5. Atipicidade do fato – desconhecimento da debilidade mental da vítima – erro
de tipo – art. 20, caput, CP. (0,75)
0,75
6. Pedidos:
- nulidade – art. 564, III, a, CPP; (0,25)
- nulidade – art. 564, IV, CPP (0,25)
- absolvição sumária – art. 397, III, CPP; (0,50)
- intimação das testemunhas; (0,25)
1,25
Data: 29/11/2012 (quinta-feira). (0,25) 0,25
ROL DE TESTEMUNHAS. (0,25) 0,25