exemplo de monografia - pós-graduação · nacional curricular o ensino de história passou a ser...

48
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE METODOLOGIA DE ENSINO DE HISTÓRIA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DISLÉXICOS POR: VANDER MUNIZ DA SILVA Orientador Profª. Mary Sue Rio de Janeiro 2009

Upload: hoangdiep

Post on 07-Nov-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

METODOLOGIA DE ENSINO DE HISTÓRIA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DISLÉXICOS

POR: VANDER MUNIZ DA SILVA

Orientador

Profª. Mary Sue

Rio de Janeiro

2009

Page 2: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

METODOLOGIA DE ENSINO DE HISTÓRIA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DISLÉXICOS

Apresentação de monografia ao Instituto A

Vez do Mestre – Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para obtenção

do grau de especialista em Especialista em

Educação Inclusiva.

Por: Vander Muniz da Silva

Page 3: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me dado paz e conforto nas horas que mais

precisava, a minha família por ter me ajudado no período em que cursei a pós-

graduação, ao professor Edson Borges por mais uma vez ter me ajudado em

outra monografia assim como a Professora Mary Sue por também está

presente nesse projeto, deixo o meu último agradecimento em especial a

Elaine Lage, minha amada namorada, por ter sido a pessoa responsável pela

mudança em minha vida e por sua dedicação, carinho e entusiasmo ao meu

lado.

Page 4: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

4

DEDICATÓRIA

A minha Amada Namorada.............

Page 5: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

5

RESUMO

Esse trabalho faz uma análise sobre o distúrbio do aprendizado relacionado à

disléxica. Demonstrando as características presentes no aluno disléxico, ao fazer isso

é possível encontrar uma vasta bibliografia relacionada a esse distúrbio, mas nenhuma

das pesquisadas estudava os efeitos da dislexia no ensino de história, por esse motivo

gerou o estimo para pesquisar alguns autores que analisaram o ensino de história no

Brasil e relacionar as dificuldades apresentadas no ensino de historia. O resultado

dessa pesquisa foi o levantamento das dificuldades do disléxico e as possíveis

intervenções, nos quais os professores podem realizar para auxiliar o aluno no

processo de aprendizado.

Page 6: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

6

METODOLOGIA

O procedimento da pesquisa é uma analise bibliográfica da literatura existente

sobre dislexia apresentar seus efeitos no processo de aprendizagem, depois

fazer uma breve reflexão referente ao ensino de história afim de adequá-los

aos alunos disléxicos

Page 7: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 8

CAPITULO I - A DISLEXIA ......................................................................................................... 11

CAPITULO II - ENSINO DE HISTÓRIA NO 6º CICLO DO ENSINO FUNDAMENTAL ............. 23

CAPITULO III - ENSINO DE HISTORIA PARA DISLÉXICO ..................................................... 36

CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 42

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................... 44

WEBGRAFIA ............................................................................................................................... 45

EVENTOS CULTURAIS..............................................................................................................46

INDICE........................................................................................................................................47

FOLHA DE AVALIAÇÃO...........................................................................................................48

Page 8: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

8

INTRODUÇÃO

Nós últimos anos o sistema educacional brasileiro vem sendo inundado

de estudantes com baixo rendimento escolar, aonde milhares de jovens saem

do primeiro segmento do ensino fundamental com déficit na leitura e na escrita,

mas a maior dificuldade apresentada por estes jovens refere-se a sua

capacidade de interpretação de texto. Oriundo a um ensino de baixa qualidade

ou a um distúrbio no aprendizado (dislexia, a disgrafia e a discalculia).

Os professores que recebem esses alunos no sexto ano do

ensino fundamental, muitas das vezes, não estão preparados para lecionar

para um jovem que sofra de algum distúrbio do aprendizado e acabam

rotulando os portadores como preguiçosos ou como incapazes de aprender.

Comprometendo assim o desenvolvimento escolar do aluno. Mas não cabe o

professor diagnosticar esse distúrbio do aprendizado no aluno, cabe a ele fazer

uma observação no rendimento do aluno em sua disciplina e com ajuda do

coordenador pedagógico encaminhar o aluno para uma avaliação com o

profissional especializado, afim de ajudar o aluno no seu processo de

aprendizado.

Os professores de Ciências Humanas como História, Geografia e

de línguas como Português e línguas estrangeiras acabam sendo os primeiros

a observarem essas dificuldades em seus alunos, pois estas disciplinas

necessitam de uma maior utilização da língua e de uma interpretação de

textos. Como esses alunos disléxicos não conseguem acompanhar o ritmo da

turma acabam sendo prejudicados em sua vida escolar. Tendo um diagnóstico

de um distúrbio cabe ao professor adaptar os seus conteúdos para este aluno,

para que o mesmo não acabe sendo prejudicado e abandone os estudos antes

de completá-los.

Page 9: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

9

O sexto ano é um marco na vida escolar do jovem, pois é a série que o

jovem deixa a tutela de um único profissional de educação, na sua maioria das

vezes, e têm o contato com uma diversidade de professores pertinentes as

áreas do ensino básico. Essa mudança de organização das disciplinas acaba

causa no aluno um grande impacto na sua vida escolar e para o portador de

dislexia essa mudança ainda é mais dramática, pois ele não encontra

profissionais especializados ou que conheçam a sua dificuldade que eles

possuem contribuindo assim no processo de evasão escolar.

Esse estudo vem apresentar a dislexia para o professor de

história, pois este necessita que o aluno possa compreender e interpretar os

textos com que eles tenham contato. Quando o profissional se depara com um

aluno disléxico acaba sofrendo um grande impacto, pois mesmo não conhece a

patologia e acaba se frustrando por não conseguir fazer com que o aluno

absorva o conteúdo da disciplina e com isso o professor, por não ter

conhecimento, estigmatiza o aluno disléxico que por esta razão pode sofrer um

grande traumatismo com relação à matéria e, principalmente, contribuindo

ainda mais a para sua baixa auto-estima.

A disciplina História por muitos anos foi lecionada nas escolas

públicas e particulares priorizando o conteúdo histórico, ou seja, uma historia

positivista aonde o fato deveria se analisado somente pelo fato, com a

mudança no paradigma histórico e com a implementação de um Programa

Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado

fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico e com isso refletir

e analisar a realidade em que vive. O Objetivo maior do ensino de história nos

primeiros ciclos do ensino fundamental e desenvolver a consciência histórica

para que esse jovem possa utilizar a história em sua vida diária.Tendo como

este o objetivo do ensino de história é necessário que este possa atingir a

todos os jovens em idade escolar, para que estes se tornem cidadãos

conscientes do seu papel na sociedade e no mundo em que vivem, tornando-

Page 10: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

10

se atores de sua própria história. Por esse motivo esse estudo vem para suprir

uma deficiência no ensino de graduação em história que na sua maioria das

vezes não abordas possíveis problemas com o aprendizado dos alunos.

O primeiro capitulo procura apresentar a Dislexia aos professores com

as informações básicas para que eles possam conhecer esse distúrbio do

aprendizado, o segundo capitulo analisa o ensino de história com as evoluções

ocorridas no final do século XX no Brasil, o terceiro capitulo procura a Inclusão

do disléxico através de métodos adaptados para o professor de história.

Page 11: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

11

CAPITULO I - A DISLEXIA

A dislexia vem sendo estudada desde o século XIX por médicos

europeus que se depararam com alunos possivelmente normais que não

conseguiam aprender a ler. No inicio os médicos a diagnosticaram como uma

Cegueira Verbal1 foi pela primeira vez mencionada nos manuais médicos no

século XVII, por um medico alemão que referia a uma pessoa que teve uma

lesão no celebro e não conseguia mais ler.

Somente no século XIX que o médico inglês Pringle Morgan

diagnosticou as cegueiras verbais congênita, apresentadas por crianças que

não haviam sofrido nenhuma lesão cerebral. No século XX as pesquisas

relacionadas a esse distúrbio da leitura ganharam proporções maiores sendo

possível obter relatos em todo o mundo de pessoas que sofriam dessa

dificuldade.

Neste mesmo (século XX) os estudos sobre a dislexia ganharam uma

dimensão mundial, aonde várias áreas da medicina tentaram explicar os

mecanismos de apropriação da linguagem, mas a neurologia foi à primeira

especialidade médica que categorizou as dificuldades no aprendizado como

distúrbios. Para Orton2 um neurologista americano a dislexia em crianças

deveria se tratadas de maneira diferente daquela apresentada por adultos que

sofreram danos cerebrais, pois a dislexia apresentada pelas crianças era

decorrente de uma falha no desenvolvimento da dominância hemisférica

cerebral.

As pesquisas de Orton3 são questionadas por diversas abordagens que

visam explicar a dislexia de formas diferentes, com o avançar das tecnologias

1 SHAYWITZ, Sally. Entendendo a Dislexia. Porto Alegre: Artmed, 2006 P.25.

2 MASSI, Giselle. A Dislexia em Questão. São Paulo: Plexus Editora, 2007 Pg.31.

3 MASSI, Giselle, 2007, Pg.31.

Page 12: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

12

médicas é possível ter outras linhas de pesquisas que visam explicar a dislexia

como fator genético, oftalmológicos, metabólicas e neurológicas. Todas essas

explicações são de origens organicistas que não conseguiram resultados

conclusivos, somente são suposições que se contradizem entre si4.

Outra abordagem5 sobre a dislexia é conhecida como cognitiva ou

instrumental que se desenvolvera a parti da segunda metade do século XX por

volta dos anos 50, mas somente nos final dos anos 80 que essa abordagem

ganha mais enfoque com o desenvolvimento da ciência sobre uma perspectiva

mais humana. Na prática desvincula as teorias organicista e partem para uma

observação mais voltada para o individuo, consegue perceber que as crianças

disléxicas apresentam outros transtornos envolvendo o seu esquema corporal,

também a sua imagem, percepção auditiva, memória e a estruturação espaço-

temporal.

Nos últimos anos uma nova abordagem para explicar a dislexia vem

sendo estudada, enquanto as duas abordagens anteriores procuram observar a

criança pelo lado das ciências naturais a visão psicoafetiva6 se opõe as duas

dando um enfoque mais humano aos transtornos de aprendizagem. Nessa

visão a criança é observada com enfoque em seus possíveis problemas

emocional.

Todas estas visões tentam explicar a sua maneira, as causas e efeitos

da dislexia, essas múltiplas abordagens deram à dislexia a base para ser

considerada pelos órgãos internacionais de saúde como patologia que

proporcionaram ao disléxico maiores informações sobre sua patologia que

resultaram na sua inclusão como portador de necessidades especiais.

4 4 MASSI, Giselle. A Dislexia em Questão. São Paulo: Plexus Editora, 2007 Pg.34.

5 Idem – P. 34.

6 Idem . P. 37

Page 13: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

13

1.1 – O que é dislexia

No início deste capitulo procuramos estabelecer as origens do estudo

sobre a dislexia, nesse capitulo será apresentada a definição de dislexia e os

processos que ocorrem no cérebro que causa o distúrbio do aprendizado. Para

definir a dislexia há diversos livros que tentam explicar a sua maneira esse

transtorno do aprendizado, nesse tópico há uma reunião desses conceitos.

A dislexia é um distúrbio do aprendizado7, caracterizado,

principalmente, pelo funcionamento diferenciado do cérebro. Esse

funcionamento peculiar gera uma dificuldade especificadamente no

aprendizado da leitura e da escrita. Essa dificuldade pode apresentar diversos

graus de intensidades: leve, moderado e severo. A criança disléxica possuiu

uma limitação no processamento fonológico que acarreta a dificuldade no

processamento das palavras, ou seja, na associação Fonema e Grafema e

uma limitação na memória de curta duração. O déficit fonológico é o principal

problema que leva o atraso do desenvolvimento do disléxico, já que interfere na

relação entre soletração e som que é um importante passo para aquisição da

leitura. A inabilidade apresentada pelos portadores desse distúrbio em

segmentar as palavras em sons revela o grau de intensidade em que a dislexia

se apresenta.

Ainda em mesmo estudo, os autores indicaram que o déficit fonológico

pode ser causado devido a uma falha na percepção da fala no nível do fonema.

Crianças boas leitoras realizam a percepção categorizada de fonemas da fala,

porém, crianças pobres leitoras ou com a dislexia apresentam uma

categorização fraca ou distorcida e apresentam baixo desempenho em testes

7 GERMANO, Giseli Donadon. Eficácia do Programa de remedição fonológica Play on em escolares com Dislexia de desenvolvimento. 163 (Tese de Mestrado em Educação) – Faculdade de Filosofia e Ciências Julio Mesquita, Marília, 2008, P.42.

Page 14: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

14

de categorização e/ ou discriminação de fonemas da fala. As pistas auditivas8,

em especial fonemas que apresentam contrastes de vozeamento (por exemplo,

/p/ e /b/) ou contrastes articulatórios (por exemplo, /b/ e /g/), não são bem

perceptíveis a essas crianças.

Dislexia do desenvolvimento é uma desordem definida como uma

dificuldade de realizar a leitura, mesmo com inteligência, motivação e educação

normais. A prevalência da dislexia é estimada de 5 a 17% da população9,

sendo caracterizada pela dificuldade no processamento da linguagem,

primeiramente no nível de processamento fonológico da fala, como na

consciência fonológica.

“Dislexia é um distúrbio específico do aprendizado de origem neurológica, é caracterizada pela dificuldade com a fluência correta na leitura e dificuldade na habilidade de decodificação e soletração, resultantes de um déficit no componente fonológico da linguagem. Ainda sobre a definição, é importante reconhecer que há indivíduos com dislexia que apresentam déficits cognitivos e acadêmicos em outras áreas, como a atenção, matemática e/ou soletramento e expressão escrita ou ainda a habilidade de usar informações suprasegmentais (rima e prosódia) na generalização da soletração de sons na correspondência de palavras

Os indivíduos com dislexia apresentam dificuldades em diferenciar mudanças rápidas entre consoante e vogal nas sílabas. Foi realizado um programa de intervenção acusticamente modificado, em que a criança deveria identificar as mudanças rápidas de estímulo sonoro e, assim, melhorar as habilidades auditivas de linguagem. Os estudos concluíram que houve melhora na percepção auditiva dos sons e discriminação sonora nas crianças disléxicas, e que há evidência eletrofisiológica de que

8 GERMANO, Giseli Donadon. Eficácia do Programa de remedição fonológica Play on em escolares com Dislexia de desenvolvimento. 163 (Tese de Mestrado em Educação) – Faculdade de Filosofia e Ciências Julio Mesquita, Marília, 2008, P.42.

9 Idem. P. 42.

Page 15: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

15

crianças com transtorno de leitura apresentam uma representação anormal cortical de mudanças sucessivas de sons breves e rápidos no nível de entrada cortical auditiva de representações sonoras” (GERMANO, Giseli Donadon, 2008, P.43).

. A imagem10 abaixo representa atrás de uma ressonância funcional do

cérebro as principais áreas que são ativadas quando uma pessoa lê uma frase

ou apenas imagina.

10 SinproRio. Apostila sobre Dislexia, Março 2009

Page 16: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

16

A dislexia é desconhecida pela maioria dos professores e

principalmente os de história, quando os profissionais de educação utilizarem

os conhecimentos oriundos das ciências médicas em sua formação docente

eles poderão entender ainda mais as particularidades dos seus alunos. No

próximo capitulo iremos estudar como podemos observar os sintomas de

dislexia na sala de aula.

1.2 – Sintomas Típicos de Dislexia na Sala de Aula

No capitulo anterior entendemos o transtorno do aprendizado e as suas

implicações no desenvolvimento cognitivo do jovem no aprendizado da língua.

Nesse capitulo iremos estudar como podemos observar os sintomas típicos da

dislexia na sala de aula. Não cabe o profissional de educação diagnosticar o

portador de dislexia, mas sim conhecer o transtorno e encaminhar o jovem para

os profissionais especializados que são o fonoaudiólogo e o neurologista, para

que ele possa usufruir tratamento diferenciado assegurado em lei no seu

desenvolvimento escolar.

Esse trabalho vai analisa criança de 10 a 13 anos que estão cursando

o sexto ano do ensino fundamental iremos apenas trabalhar com os sintomas

específicos dessa idade, apesar de muitos desses sintomas estarem presentes

na vida de um disléxico é possível que eles ocorram em outras.

Os professores do segundo seguimento do ensino fundamental ao ter

o contato com as crianças que recém saíram dos primeiro seguimento,

esperam encontrar crianças que conseguem dominar relativamente bem a sua

língua, pois se acredita que o processo de alfabetização se encerra no sexto do

ensino fundamental, mas sabemos como profissionais de educação que o

processo de alfabetização é por toda a vida sempre em constante atualização.

É nesse momento que o professor de depara com uma criança possivelmente

disléxica que não dominar o seu idioma com fluência.

Page 17: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

17

Muitos professores se escondem na sua falta de responsabilidade com

está criança e responsabilizando os professores do primeiro segmento por não

terem cumprido bem o seu papel de alfabetizadores e outros tentam sanar

esse problema aplicando aulas de reforço para os alunos, mas e quando todas

as tentativas acabam e esse profissional se vê em um abismo metodológico,

pois não é capaz de ensinar a sua disciplina ou até mesmo de compreender o

aluno, para isto é necessário que o profissional de educação possuía algum

conhecimento sobre alguns transtornos do aprendizado, para que o mesmo

possa encaminha o jovem para um tratamento diferenciado.

Na sala de aula podemos observar alguns sintomas típicos de uma

criança com um possível transtorno do aprendizado segundo Estil11, mas esses

sintomas podem ser derivados de uma má qualidade de no processo de

alfabetização, espera-se que o aluno no sexto ano do ensino fundamental

esteja dominando a língua, sendo capaz de ler para aprender, tanto a leitura

silenciosa quanto à de voz alta. Mas os alunos com transtorno de

aprendizagem sofrem uma imensa defasagem no processo de aquisição da

leitura se manifestando da deficiência na aquisição dos sons da linguagem e na

habilidade no pensamento e no raciocínio. É muito comum essa criança

apresentarem problemas na memória imediata, ou seja, eles demoram a

aprender e acessar a memória recente. A sua leitura é lenta e silábica ou com

o rendimento abaixo do esperado para sua escolaridade, isso gera um

dificuldade em reconhecimento imediato das palavras, incluído aquelas que

eles têm mais familiaridade. Ocorre também tora nas seqüências de letras,

silabas ou palavras. Acréscimos, omissões e/ou substituições de letras, silabas

ou palavras. Dificuldade em entender o que lê, mas facilidade para

compreender o que ouve. Repetições freqüentes de silabas, palavras ou frases

e o mais comum são as interrupções freqüentes no fluxo de leitura. Essas

11 ESTIL, Clélia Argolo. Dislexia e Leitura: Uma Convivência Possível. In: VALLE, Luiza Elena Leite Ribeiro. SADALLA, Ana Maria Falcão (Organizadoras). Mente e Corpo: Integração Multidisciplinar em Neurologia. Rio de Janeiro, Wak Editora, 2007,P.78.

Page 18: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

18

formas as principais características comuns aos portadores de dislexia

segundo12 Estil.

A seguir temos duas provas de história feita por irmãs gêmeas ambas

cursando a 6º ano do ensino fundamental, com um possível quadro de

dislexia, não tendo o seu diagnostico fechado devido à falta de uma consulta

ao um especialista. Ambas apresentam atrasos na leitura e na escrita. Quando

saíram do primeiro ciclo do ensino fundamental foram prejudicadas por leis que

não visavam o seu desenvolvimento e sim números para o ministério da

educação. Não cabe esse trabalho julgar a “aprovação automática”, mas

demonstrar que esse recurso se não aplicado de forma correta pode causar

gravíssimos problema no desenvolvimento escolar dos alunos. Talvez se estas

meninas fossem reprovadas inúmeras vezes seus familiares procurariam

ajudas especializadas, intervindo precocemente no processo de alfabetização.

12 ESTIL, Clélia Argolo. Dislexia e Leitura: Uma Convivência Possível. In: VALLE, Luiza Elena Leite Ribeiro. SADALLA, Ana Maria Falcão (Organizadoras). Mente e Corpo: Integração Multidisciplinar em Neurologia. Rio de Janeiro, Wak Editora, 2007,P.78.

Page 19: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

19

Page 20: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

20

1.3 – Métodos para Vencer a Dislexia

A dislexia resumidamente é um transtorno do aprendizado que

afeta inúmeros estudantes no mundo inteiro. O disléxico possuiu um atraso na

consciência fonológica13 que consiste na capacidade de segmentar as palavras

em silabas, esta habilidade depende da capacidade de realizar analise e

síntese vocabular. Esse atraso causa no estudante uma baixa fluência de

leitura eu prejudica e seu rendimento escolar colocando abaixo das

expectativas relativas a sua idade. Para vencer esse transtorno diversos

centros especializados no mundo inteiro em transtorno do aprendizado

desenvolveram técnicas para que haja um aumento na sua fluência de leitura.

Para que haja uma vitória sobre a dislexia é necessária uma equipe

multidisciplinar envolvida por completo no desenvolvimento do jovem. Esta

deverá ser formada por profissionais especializados em transtornos do

aprendizado como psicólogos, neuropediatras, fonoaudiólogos e

principalmente, a família. Os profissionais envolvidos no processo de educação

do disléxico devem formar uma equipe preparada e interligada capaz de fazer

intervenções corretas nas dificuldades do aprendizado. Quanto mais

precocemente for diagnosticada a dislexia no jovem as chances do mesmo

obter os resultados melhores no seu processo do aprendizado serão maiores

Como estamos estudando jovens adolescestes iremos focalizar

os nossos estudos nos métodos de ensino e intervenção correspondentes a

essa faixa etária. Grande parte dos métodos desenvolvidos aborda as séries

iniciais, atingindo aquelas crianças que foram diagnosticadas portadoras de

dislexia precocemente.

13 ESTIL, Clélia Argolo. Dislexia e Leitura: Uma Convivência Possível. In: VALLE, Luiza Elena Leite Ribeiro. SADALLA, Ana Maria Falcão (Organizadoras). Mente e Corpo: Integração Multidisciplinar em Neurologia. Rio de Janeiro, Wak Editora, 2007,P.77.

Page 21: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

21

Segundo a professora Sally Shaywitz14 ela define alguns

programas que funcionam para ajudar as crianças disléxicas na faixa etária

supracitada são eles: REACH, Orton-Gillingham, Wilson e LiPS.

O programa REACH fora desenvolvido para alunos da 4ª série e series

superiores, basicamente desenvolvidos para aqueles que não dominam os

mecanismos os mecanismos e as ferramentas necessárias para ma boa

manipulação do idioma. O programa tem como foco uma abordagem

ortográfica empregando o ensino de prefixos, sufixos e radicais apresentando

uma estratégia aplicável na formação de milhares de palavras ao mesmo

tempo explicando a sua origem e o seu significado.

Outros programas desenvolvidos para alunos mais velhos

possuem métodos mais diversificados que concentram a ensinar as crianças a

pronunciar e identificar palavras e como soletrá-las, juntamente com a prática

de leitura. O programa desenvolvido na Orton-Gillingham é altamente

estruturado e sistemático, tentando envolver todos os sentidos no

desenvolvimento de uma consciência fonológica a alunos mais velhos. O

método consiste na contagem através dos dedos dos fonemas que compõem

as palavras.

O programa Wilson se concentra no ensino da consciência

fonética, decodificando a ortografia e em menor grau a compreensão.

Possuindo materiais destinados a um publico mais velho. Esse programa

possui regras básicas que possuem uma característica de trabalhar com a

consciência verbal do aluno e com isso estimular o mesmo a pratica de

exercícios do programa. O método deve ser aplicado por instrutores treinados

para que possa resultar em um melhor aproveitamento do método. O Spell

Read é um programa utilizado em pequenos grupos e tem como método

desenvolver a capacidade da criança em identificar automaticamente os sons

14 SHAYWITZ, Sally. Entendendo a Dislexia. Porto Alegre: Artmed, 2006 P.198 a 200.

Page 22: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

22

de combinações de letras cada vez mais complexas e com isso combinar esse

esforço a leitura e a ortografia das palavras.

Existe outro método que se difere totalmente dos programas

citados anteriormente que ensinam as crianças a focalizar a aparência das

palavras e ensinam as crianças a aprenderem os sons específicos de cada

fonema afim de trabalhar com o sentido que cada um expressa. O método

Lindamood Phoneme Sequencing Program15 LiPS desenvolver a capacidade

da criança em aprender as características motoras orais dos sons individuais

da fala, ou seja, ela são capazes de entender como funcionam cada parte do

seus sistema fônico compreendendo assim como o conjunto trabalha para

formar o som produzido durante o processo da fala. Para que essa

compreensão se de uma forma mais fácil para o jovem é utilizado diversas

figuras que representam os fonemas durante o processo de fala. Esse método

foi considerado pelos órgãos americanos de educação como o melhor método

a ser utilizado nas mais diversas faixas etárias, pois e capaz de estimular o

jovem a aprender e com isso a desenvolver a sua consciência fonológica, a

mais importante barreira existente da vida do disléxico.

Esses foram alguns dos programas desenvolvidos para ajudar o

disléxico a compreender a sua dificuldade e com isso superar as adversidades

que a vida colocará em seu caminho. Voltando a ressaltar que o trabalho do

professor se torna uma importante ferramenta para o desenvolvimento do

aluno, mas deve contar com o apoio da família e de uma equipe de

profissionais especializados para ajudar esse aluno a superar esta barreira que

a dislexia impõe sobre o seu ensino.

15 www.lblp.com

Page 23: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

23

CAPITULO II - ENSINO DE HISTÓRIA NO 6º CICLO DO ENSINO FUNDAMENTAL

O ensino de história antes de ser analisado para o ensino fundamental é

necessário entender o que é o ensino de história e sua praticas, somente assim

podemos encontrar os caminhos necessários para entender como o ensino se constrói

no país.

2.1 – Ensino de História

A educação está em crise desde os níveis mais fundamentais até

os níveis superiores. Crise formada por um sistema que não se altera a mais

de duzentos anos, isso acaba tendo reflexo na sala de aula e no ensino de

história. Mas acompanhando tal mudança na sociedade brasileira e tentando

combater a crise que assola o mundo inteiro, o governo brasileiro depois de

tantos questionamentos com relação à educação e apelos dos professores,

lançou os Parâmetros Curriculares Nacionais16 que direcionam de maneira

mais heterogenia os estudos a serem abordados na escola esses tentam

atender a um contexto sócio-político cultural de cada região do país.

Muitos autores não chamam a crise do sistema de ensino de

transformação, que está mudando os papeis dos professores e alunos. Ambos

estão vivendo essa transformação que coloca os conceitos da escola

tradicional (onde os alunos são meros consumidores de materiais e valorizando

a concepção reprodutiva da educação que leva o aluno a uma mecanização

dos dados e informações passadas pelo professor) abaixo e começasse a

valorizar o aluno criador e produtor de saberes nessa escola o professor tem

um papel maior que da escola tradicional porque ele que domina não apenas

os métodos de construção do conhecimento, mas um conjunto de saberes que

possibilita sua socialização e sua reconstrução no processo de ensino e

16 Secretaria de Educação Fundamental. . Brasília : MEC /SEF, 1998.

Page 24: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

24

aprendizagem (FONSECA, Selva Guimarães, 2008). Nessa concepção o

professor de história não é mais aqueles transmite o conteúdo e sim aquele

que estimula o aluno a produzir junto a ele o conhecimento.

O objetivo primordial do ensino de história é compreender os

processos e os sujeitos envolvidos, descobrindo as relações existentes nos

diversos grupos sociais e suas variações ao longo do tempo. Cabe então ao

professor a apresentar e descobrir junto com o aluno essas singularidades

existentes na história da humanidade, sempre fazendo interligações com do

passado longínquo ao presente imediato, tornando possível ao aluno uma

compreensão mais ampla da sua realidade histórica.

O primeiro objetivo se for seguido de forma correta ele dará um sentido

mais amplo ao segundo objetivo do ensino de história que é o de formar

cidadãos plenos, ou seja, aqueles que indivíduos críticos, atuantes, reflexivos e

agentes transformadores da realidade ao qual estão inseridos, somente com o

ensino de história ressaltando as capacidades do individuo a refletir sobre a

sua história e o seu papel dentro da sociedade é capaz de formar esse cidadão

pleno, que não necessita ser de uma classe econômica superior, basta ter os

recursos necessários para que o professor possa lecionar a sua disciplina.

A Historia vista como processo longo está além da descrição factual e

linear dos eventos, ela se torna à disciplina que busca agrupar as mais

diversas singularidades nas ações do homem e com resultado desse processo

ela dá um sentido a esses fatos, demonstrando-os as sua interligações com o

resto dos eventos que fazem parte da vida do homem. Esse exercício da

problematização da vida social é ponto de partida para uma investigação

produtiva e criativa, buscando identificar as relações sócias de grupos locais,

regionais, nacionais e outros povos, podendo analisar com mais detalhes e

clarezas os conflitos e contradições existentes em cada sociedade.

Page 25: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

25

Ao realizar esse processo o professor e o aluno poderão juntos

levantar problemáticas atuais que se interligam a outros momentos históricos.

Esse processo tornará a história uma disciplina além da disciplina, e sim um

veiculo ao qual o aluno embarca para descobrir o seu papel social, segundo

Fonseca17.

“A apropriação de noções, métodos e temas próprios do conhecimento histórico,pelo saber histórico escolar, não significa que se pretende fazer do aluno um pequeno historiador. e nem que ele deve ser capaz de escrever monografias. A intenção é que ele desenvolva a capacidade de observar, de extrair informações e de interpretar algumas características da realidade do seu entorno, de estabelecer algumas relações e confrontações entre informações atuais e históricas, de datar e localizar as suas ações e as de outras pessoas no tempo e no espaço e, em certa medida, poder relativizar questões específicas de sua época” (PCNs – Ensino de História, 1998, Pg 40).

Nessa perspectiva a dimensão da temporalidade é considerada uma

das categorias centrais do conhecimento histórico porque leva o aluno a

perceber as diversas temporalidades no decorrer da História e ter claros a sua

importância nas formas de organização social e seus conflitos. O tempo é um

produto cultural das sociedades logo é necessário relativizar seu significado no

decorrer da história do homem. Por exemplo: o tempo do homem moderno e

diferente do tempo do homem medieval, um é medido pelo badalar dos sinos

da Igreja ou outro pela precisão do relógio. Essa visualização diferenciada do

tempo em cada época da humanidade dará o aluno umas das ferramentas

necessárias para que ele não caia no que Marc Bloch chama de anacronismo18

histórico que é atribuir às sociedades do passado os valores do presente.

17 FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática de Ensino de História. Campinas: SP, 2008, P.89.

18 BLOCH, Marc, Apologia da História ou o Oficio de Historiador. Rio de Janeiro – Zahar, 2001.

Page 26: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

26

Não cabe somente ao professor de história desenvolver em seus

alunos a consciência de seu papel como cidadãos e sim a toda a escola,

primeiramente ela deve se conscientizar do seu papel na vida de cada um dos

seus alunos, somente assim poderá formar cidadãos aptos a lutarem por

melhores condições de vida, para que isso ocorra é necessário que a escola

tenha um projeto educacional que vise a transformação político-social do aluno

por um todo é daí a necessidade de um ensino integrado com outras

disciplinas, para que possa formar a capacidade critica do aluno de refletir

sobre o conteúdo ensinado e até mesmo sobre a sua realidade. Não basta

apenas ensinar os conteúdos considerando o aluno como um depositório de

conhecimento e o ideal é que o mesmo possa trabalhar cognitivamente com

esse conteúdo a fim de ter uma opinião pautada em diversas visões.

“Essa relação professor-aluno implica pensar o conhecimento, sobretudo o conhecimento escolar, como algo em permanente estado de reconstrução. Não mais como dado, um fato cristalizado, verdade absoluta imutável. O conhecimento produzido acumulado, historicamente, é apropriado, reproduzido e transformado pela sociedade de diversas maneiras, em diferentes níveis e contextos sociais. A escola como vimos anteriormente, não reproduz um novo conhecimento. Assim, os novos papeis dos professores e alunos pressupõem um relacionamento ativo e critico com os saberes produzidos em diferentes realidades, o que potencializa o desenvolvimento dos educandos e dos professores”. (Fonseca, Selva Guimarães, 2009).

Segundo a professora Selva Fonseca19, a interdisciplinaridade é uma

ferramenta que o professor de história pode se utilizar para que seus alunos

possam construir o seu conhecimento. É impossível nos dias atuais com

diversas inovações tecnológicas e com o advento de meios mais rápidos de

informações que os professores ainda utilizem apenas seus livros didáticos.

19 FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática de Ensino de História. Campinas: SP, 2008, P104.

Page 27: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

27

Nas escolas já é possível acessar diversas abordagem sobre um determinado

assunto e já fazendo as ligações com outras disciplinas do currículo escolar.

Com essa facilidade o conteúdo se torna cada vez mais elástico, já que é

possível aumentar o grau de complexidade da informação com apenas um

toque, mas se o professor não tiver preparado para essa chuva de informações

eles serão apenas informações, cabe ao professor ser um mediador entre o

conteúdo e o aluno para que o mesmo possa dá um sentindo a essas

informações e com isso melhor aproveitá-las.

“(...) um projeto interdisciplinar de trabalho ou de ensino consegue captar a profundidade das relações conscientes entre as pessoas e entre pessoas e coisas. Nesse sentido, precisa ser um projeto que não se oriente apenas para o produzir, mas que surja espontaneamente, no suceder diário da vida, de um ato de vontade. Nesse sentido, ele nunca poderá ser imposto, mas deverá surgir de uma proposição , de um ato de vontade frente a um projeto que procura conhecer melhor, No projeto interdisciplinar, não se ensina, nem se aprende: vive-se, exerce-se”.(FAZENDA Ivani, 1991. In: Fonseca, 2008).

A Multidisciplinaridade20 é a forma mais tradicional da organização dos

conteúdos na escola, pois ela aborda todos os conhecimentos por disciplina,

individualizando-os de forma independentes e com isso no final formar uma grande

soma de conteúdos que é representado como um todo no seu produto final, o saber. A

interdisciplinaridade pressupõe em uma interligação de todos os conhecimentos e

fazer com o que o todo se sustente através do coletivo, para que isso ocorra é

necessário que as disciplinas trabalhem com temas amplos de abordagem de um

determinado conhecimento para que possa se possível através de todas as disciplinas

explicarem a sua maneira o tema sugerido. Esse processo supera as o conhecimento

interdisciplinar que agora passa a ser chamado de transdiciplinar porque o

conhecimento passar além das fronteiras da disciplina que agora busca um

20 FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática de Ensino de História. Campinas: SP, 2008, P.106.

Page 28: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

28

conhecimento marcadamente critica, onde a valorização de inúmeras verdades

existentes entre as disciplinas.

“No processo de aprendizagem, o professor é o principal responsável pela criação das situações de trocas, de estímulo na construção de relações entre o estudado e o vivido, de integração com outras áreas de conhecimento, de possibilidade de acesso dos alunos a novas informações, de confrontos de opiniões, de apoio ao estudante na recriação de suas explicações e de transformação de suas concepções históricas” (PCNs, 1998. PG40).

Essa nova estrutura da escola, da sala de aula, do professor e do aluno é o

marco de uma Nova Era de estudantes que cada vez mais exigem de nós professores

essa atitude transdiciplinar que os na escola tradicional não seria possível implementar

uma política multidisciplinar.

2.2 – Livro Didático

O livro didático é uma valiosa ferramenta nas mãos dos professores,

quando utilizado de forma adequada é um ótimo instrumento de trabalho e de

sínteses do conhecimento, mas quando é indevidamente aplicado pode se

tornar uma verdadeira armadilha, pois é capaz de reproduzir as ideologias das

classes dominantes e formar apenas reprodutores de conhecimento. Sabemos

que o livro didático é uma produção cultural aonde os valores da sociedade em

que estão sendo produzidos estão presentes, cabe ao professor trabalhar de

forma que esses valores não sejam apenas os das culturas dominantes.

Estudamos no capitulo anterior como o ensino de história evoluiu nas

últimas décadas o que se espera é que o material didático também tenha

evoluído nas mesmas proporções. Não resultará em grandes avanços no

processo educativo do ensino de história se o livro didático ainda possuir

aquela velha concepção tradicionalista do ensino de historia, visando apenas a

reprodução de conteúdo. Cabe ao professor no processo de escolha do livro

didático selecionar o que melhor represente os valores do grupo em que ele

está lecionando e quando possível envolver toda a escola e a comunidade

Page 29: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

29

nesse processo. Envolvendo todos esses agentes será possível tornar o ensino

de história mais igualitário e democrático, fazendo com que o aluno se torne

agente de seu processo de aprendizado.

O que nós presenciamos em nossas escolas é a escolha do livro

didático feito pela direção do colégio, com poucas consultas aos profissionais

de ensino, tratando-se de um colégio publico essa política torna-se mais ainda

segregadora, porque nem sempre os professores têm opção de escolher os

seus livros didáticos, que são distribuídos pelas secretárias de educação dos

seus estados e municípios. Também existe a falta de livros que torna o trabalho

docente ainda mais difícil, já que o professor é obrigado a produzir o seu

próprio material didático.

Para esses profissionais que não possuem a opção de escolha do livro

didático e aqueles que conseguem escolher o seu material didático, ambos os

grupos de profissionais devem usar mais de uma fonte de pesquisa, mesmo

que a comunidade não tenha recursos financeiros esse profissional deve

utilizar outras fontes como: história oral, revistas, quadrinhos, Internet, e outros

meios os quais achem mais adequados para trabalhar com esse determinado

grupo de alunos.

Segundo a professora Margarida Oliveira21 o livro didático não deve ser

a única fonte de informações o professor deve no máximo otimizá-lo como guia

de referencias em sua sala de aula, pois como estudamos no capitulo anterior

o papel do professor de história é de estimular a pesquisa como diversas fontes

de informações estão em uma Era onde a inúmeros meios de pesquisas no

qual o livro didático se enquadra com apenas trinta por cento de todo o material

a ser trabalhado. Segundo a Professora Circe Bitterncourt, quando o livro é

utilizado de maneira errônea, valorizando apenas a reprodução da moral e a

21 OLIVEIRA, Margarida Maria Dias, Livro Didático de História; pesquisa, ensino e novas utilizações deste objeto cultural. Disponível em: www.cchla.ufrn.br/ppgh/docentes/margarida/didaticos.pdf - 05/06/2009.

Page 30: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

30

ordem burguesa22, com conteúdos de umas histórias factuais e destinadas

apenas os grandes nomes onde as classes mais baixas nem sempre são

representadas, isso acaba levando a um processo de empobrecimento do

ensino de história. Isso tem acontecido nas escolas publicas do País, onde por

falta de condições materiais e salariais o professor acaba levando para suas

salas de aula apenas o velho livro didático.

Cabe ao professor atual o trabalho de conciliar o uso do livro didático

com os diversos meios de comunicação presentes em nossa sociedade,

construindo com isso uma visão critica no aluno das informações presentes em

cada meio de comunicação e com posse desse material possa construir um

saber histórico voltado a uma reflexão critica do conteúdo proposto e do

material didático. Para isso é necessário que o professor torne junto com seu

aluno um produtor de conhecimento.

Isto significa que os conteúdos a serem trabalhados com os alunos não se restringem unicamente ao estudo de acontecimentos e conceituações históricas. É preciso ensinar procedimentos e incentivar atitudes nos estudantes que sejam coerentes com os objetivos da História (PCNs – Ensino de História – Pg 45).

Sabemos que o uso exclusivo do livro didático em sala de aula não é a

melhor formar de se ensinar história e que o seu não uso também pode tornar

ainda mais difícil o processo pedagógico, também sabemos que o livro é a

ferramenta que adequar os conteúdos produzidos nos meios acadêmicos para

o saber escolar, ou seja, ele é uma ferramenta importante no que consta a da

organização do conteúdo escolar, por esse motivo a sua não utilização torna a

vida do educador ainda mais difícil, já que o mesmo tem que ser a ferramenta

de transposição do conteúdo acadêmico. O papel do professor nesses tempos

22 BITTENCOURT, Circe. Livros Didáticos entre Textos e Imagens. In. O Saber Histórico na Sala de Aula. São Paulo, Contexto, 1998, P72.

Page 31: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

31

é torna-se mediador entre o uso do livro didático e os materiais paradidáticos

que auxilia o seu processo de pesquisa e produção de conhecimento com seus

alunos. Podemos concluir que o professor deve utilizar sim o livro didático, mas

também utilizar outras fontes de conhecimentos que ajude o aluno a construir o

seu conhecimento critico da sua realidade.

2.3 - Ensino para 6º Ano

O ensino de história para sexta serie do ensino fundamental

existe uma peculiaridade que o difere do ensino para outras séries é nele que o

estudante recém saído do ensino infantil se depara com uma historia critica,

voltada à leitura e análise de texto. Como o jovem ainda está no estado de

desenvolvimento da pratica da leitura e da interpretação de textos ele encontra

mais dificuldades no aprendizado de historia. Apesar de muitos avanços terem

ocorrido na educação fundamental poucos são os professores que trabalham

com de Eixos Temático, respeitando assim as propostas dos Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCNs).

O Eixo temático proposto para o ensino de 6º e 7º Anos é a “Historia

das relações das relações sociais, da cultura e Trabalho”. Esse tema deve

direcionar os trabalhos realizados em sala de aula pelos professores de

história, porque dão conta de desenvolver nos alunos a compreensão dos

processos sociais, culturais, político e econômicos que envolvem as diversas

culturas humanas em seu tempo histórico. Ele possibilita ao aluno a

compreender os diversos modos de vidas nas mais variadas culturas humano,

favorecendo assim a percepção dos conflitos sociais existentes em seu meio.

Os eixos temáticos são dívidos em subtemas que relacionam os

estudos a realidade do aluno segundo a sua analise do passado histórico e o

seu presente imediato, esses subtemas dão ao tema principal mais mobilidade

porque abrange uma gama de possibilidade de trabalhos e estudos que visam

Page 32: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

32

estimular o amadurecimento intelectual do aluno, são eles: Sociedade e

Natureza; Sociedade e o Mundo do Trabalho.

O primeiro subtema sugere pesquisas e estudos históricos sobre as relações entre as sociedades e a natureza. Entre muitas possibilidades, podem ser trabalhadas questões pertinentes aos recursos naturais, às matérias-primas e à produção de alimentos, vestimentas, utensílios e ferramentas, aos mitos sobre a origem do mundo e do homem, às relações entre os ciclos naturais e as organizações culturais, às explicações e valores construídos para os elementos da natureza, às representações da natureza na arte, ao tipo de propriedade e uso da terra, aos patrimônios ambientais, às relações entre a natureza e as atividades de lazer (PCNs – Ensino de Historia 1998, pag. 55).

O segundo subtema sugere pesquisas e estudos históricos sobre como as sociedades estruturaram em diferentes épocas suas relações sociais de trabalho, como construíram organizações sociais mais amplas e como cada sociedade organizava a divisão de trabalho entre indivíduos e grupos sociais. Nesse sentido, podem ser pesquisadas, relacionadas, confrontadas e analisadas diferentes formas de trabalho, como o comunitário, o servil, o escravo, o trabalho livre, o trabalho assalariado; a divisão de trabalho no espaço doméstico, no espaço urbano, no rural e na indústria; os tipos de remuneração, as diferenças entre sexos, idades, etnias e formação escolar; e os valores culturais atribuídos ao trabalho manual e criativo (PCNs, 1998 – Ensino de Historia pag. 55).

Tradicionalmente o ensino do 6º anos abrange a História Antiga e

Medieval, não necessariamente o professor dever desenvolver esses temas em

apenas um ano de ensino, poderá ter um período maior para lecionar essas

matérias, mas quando trabalhada com os eixos temáticos e seus subtemas fica

mais fácil a compreensão desses momentos históricos pelos seus alunos.

Page 33: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

33

A história Antiga, segundo professor Funari23, é muito pouco estudada

em sala de aula, para alguns alunos só tem o contato com ela na série

estudada, mas com a evolução das praticas de ensino e principalmente dos

meios de comunicação e entretenimento o interesse pela História Antiga foi

renovado. Antigamente o estudo desse período histórico era marcado por datas

e eventos importantes para humanidades, mas com a mudança trazida pela

Escola do Annales essa concepção de eventos isolados sem ligação com a

realidade foi desmitificada é possível trabalhar História Antiga com os alunos

fazendo ponte com a sua realidade. Ensinar história antiga para jovens de

entre nove a onze anos de idade é uma tarefa muito difícil para o professor,

devido a sua distanciação do tempo atual, mas com ajuda de um material

didático apropriado para essa idade é possível tornar essa tarefa mais fácil e

prazerosa.

Nos últimos anos as pesquisas sobre o mundo antigo evoluíram, foram

impulsionadas pelo advento do uso de novas tecnologias que expandiram o

saber acadêmico para o mundo, possibilitando assim as trocas de informações

e com resultado desse processo foi o aumento no número de profissional mais

as universidades e centros de pesquisas no mundo inteiro. Essa expansão do

saber histórico foi refletida em nossas escolas com a melhora nas

especializações dos professores de história além disso houve uma grande

evolução na produção de material didático voltados para jovens do ensino

fundamental, com muitas ilustrações, gráficos, mapas, desenhos, charges,

filmes e outros vêm despertando o interesse do jovem.

Essa revolução no ensino de história antiga acabou gerando novos

temas para estudo em sala de aula com muito mais apoio e interligação com o

tempo presente. O estudo de história antiga é importante na media em que ele

fundamenta a relação entre a nossa sociedade e a Antiguidade. As suas

23 FUNARI, Pedro Paulo. A Renovação da História Antiga. In. KARNAL, Leandro. História da Sala de Aula. São Paulo, Contexto, 2003, P95.

Page 34: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

34

relações com o mundo sendo ele material o espiritual estão presentes até hoje

em nosso cotidiano, para isso é necessário que o aluno compreenda as

relações sociais existentes na Antiguidade. Os conceitos de liberdade,

democracia, escravidão e diretos são um produto desse tempo assim como os

de Divindades e as suas relações com o homem.

Outra época da história também foi impulsionada por essa onda de

informações e interdisciplinaridade existente no ensino de história. A História

Medieval também é estudada no sexto ano, seu estudo é importante porque é

de onde o homem moderno começou a sua longa caminhada para a evolução

dos ideais de liberdade e democracia universais. O seu desenvolvimento e as

novas interpretações levaram velhos paradigmas preconceituosos a serem

revisto e analisados.

A Idade Media24 até antes era vista como Idade das Trevas aonde se

acreditava que o Homem havia sofrido com as crueldades dos nobres e do

clero e não se havia liberdade e nem evolução, acreditava-se que o homem

não tinha desenvolvidos em mil anos, mas esses aspectos foram revisto e a

Idade Média ganhou uma nova dimensão onde os novos estudiosos do período

jamais voltariam retomar os velhos paradigmas existentes no ensino de

história. Essa modificação revelou ao professor que seus conceitos deveriam

ser mudados e com o estudo mais apurado da Idade Média é possível entender

o seu sistema tão peculiar de governabilidade, tanto o temporal quanto o

espiritual. A mudança está presente em nossos PCNs, que procuram ampliar a

capacidade do aluno de questionar o mundo e as relações sociais existentes

nele.

No início deste capitulo foi apresentado que o ensino do sexto ano é o

mais difícil de ser lecionado devido a sua complexibilidade e ao grau de

conceitos históricos a serem trabalhados em sala de aula. Caso o aluno não

24 MACEDO, Jose Rivair. História Medieval. In. KARNAL, Leandro. História da Sala de Aula. São Paulo, Contexto, 2003, P 109.

Page 35: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

35

possua uma boa compreensão do seu idioma e não consiga acompanhar a sua

turma é necessário que o professor empenhe-se no desenvolvimento de sua

aula para que o aluno possa compreender e, principalmente, interessar-se pelo

estudo de história. No caso do aluno disléxico que por sua patologia tem um

atraso no domínio do idioma esse processo poderá ser mais difícil e não

impossível, mas é necessário que o professor faça algumas adaptações na sua

metodologia de ensino.

Page 36: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

36

CAPITULO III - ENSINO DE HISTORIA PARA DISLÉXICO

3.1 – Inclusão Através da Educação Especial

Durante muito tempo o jovem especial foi tratado de forma

preconceituosa excluindo do convivo com os ditos “normais”, a constituição de

1988 veio em uma época em que o Brasil ansiava por um país mais

democrático e igualitário, onde toda a forma de discriminação e segregação

fosse banida da sociedade brasileira, pelo menos em Lei. Na constituição de

88, os portadores de deficiência são contemplados com atendimento

educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, o que

remete, outros ganhos, a sua integração à vida comunitária e a sua

socialização, já que no passado era comum o isolamento desses indivíduos da

sociedade. Assim a constituição de 1988 torna-se um marco importante para o

ensino para portadores de necessidade especiais e posteriormente é

atualizada as Leis de Diretrizes e Bases (LDB) regulamentando o ensino para

pessoas portadoras de necessidade especial preferencialmente na rede regular

de ensino em seu artigo 58.

Art. 58: Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. (LDB – Art. 58 - 1996)

Entende-se por educação especial a modalidade de educação

destinada para aqueles alunos que necessitam de um atendimento

diferenciado, atendendo as necessidades individuais de cada aluno. Esse

atendimento deve ser feito não apenas por professores especializados, mas

sim por uma equipe multidisciplinar especialista nessa modalidade de

educação. Para isso na LDB no seu artigo 59 define as responsabilidades dos

Page 37: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

37

sistemas de ensino, que viabilizam uma melhor adaptação do portador de

necessidade especial ao sistema regular de ensino.

Art. 59º. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:

I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas necessidades;

II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;

III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;

IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bemcomo para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;

V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. (LDB – Art. 58 - 1996).

A Inclusão Escolar é a modalidade da educação que se propõem

ampliar a acesso ao ensino normal dos portadores de necessidade especiais,

mas não é apenas inserir o aluno em uma sala de aula comum, mas propiciar a

ele condições necessárias para que ele possa, participar, descobrir e aprender

igual ao outro aluno dito normal. Para isso é necessário que haja um

profissional especializando viabilizando essa integração e inclusão. Não basta

apenas colocar o aluno em sala de aula sem que haja um respeito a sua

Page 38: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

38

particularidade e singularidade, sempre desenvolvendo no jovem a auto-

estima, mostrando assim que ele é igual aos outros alunos, e com isso mostrar

que ninguém é igual cada um tem as suas dificuldades. O maior desafio para o

educador inclusivo e fazer com que o aluno possa ter uma autonomia na sua

vida diária e para isso ocorra é necessário não só o conhecimento aprendido

na escola, mas sim um trabalho feito por profissionais que possam ensinar

esse jovem a se tornar cada vez mais autônomo.

O programa de educação inclusiva tem como objetivo tornar a educação acessível para todo cidadão e, com isso, atender às exigências de sociedade que vem combatendo preconceitos e a discriminação. A inclusão consiste em ampla ação sobretudo em países onde há diferenças muito grandes, pois propõe uma educação de qualidade para todos.(OLIVEIRA, Ana Lucia Carvalho, 2008 P. 43).

Para a educação inclusiva ter resultados positivos é necessário que a

escola se prepare para receber esses alunos especiais, e não só o professor,

mas todo o corpo docente do colégio, para que essa adaptação seja de forma

suave e tranqüila evitando assim que esse jovem seja excluído dos demais

alunos. Para isso também é necessário que a família participe dessa

integração e não deixe a cargo do colégio todo o processo de educação, ela é

a maior ferramenta que o professor pode utilizar para a inclusão deste jovem.

A educação inclusiva é a tarefa mais difícil para ser executada quando

a sociedade, a escola, a família e o aluno não têm como objetivo a inclusão é

necessário que todos os envolvidos neste processo estejam em comum acordo

para que esse processo se torne cada vez mais fácil e solido. Esse é o

caminho para uma sociedade mais igualitária e justa.

“Para que o disléxico possa receber uma instrução escolar que o habilite a superar ou minimizar suas dificuldades de aprendizado, torna-se necessária a capacitação do educador que deverá dá apoio e supervisão ao trabalho de reeducação da linguagem que um professor treinado irá desenvolver junto a esse aluno em sala de aula, de forma individual ou para

Page 39: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

39

pequenos grupos de estudantes que precisem do reforço de uma instrução neuropedagógica assistida”. (LUCZINSKI, Monica, 2009, PG 98).

A inclusão do aluno disléxico para muitos especialista é uma tarefa difícil

devido ao seu diagnostico tardio quando é fechado precocemente torna-se possível

criar toda uma rede de auxilio ao estudante disléxico, em relação ao ensino de historia

quanto mais cedo o professor de história tiver o conhecimento do distúrbio deste

jovem será possível, junto com outros professores desenvolver um trabalho afim de

viabilizar o progresso do jovem diminuindo assim as sua limitações, colaborando com

a professora Monica.

3.2 – Adaptação do Conteúdo para o Aluno Disléxico

Os capítulos anteriores analisaram a importância da educação inclusiva

no desenvolvimento do aluno com necessidades especial, e dentro desse

grupo estão àqueles alunos com distúrbios do aprendizado, esse trabalho se

propôs a estuda a disléxica e suas conseqüências no processo de ensino e

aprendizado do aluno disléxico. Este capítulo irá estudar algumas adaptações

que podem se feitas no processo de ensino de história para o estudante

disléxico.

Cabe nos recapitular que os estudantes disléxicos sofrem de um atraso

no processo de aprendizado da língua e isso tem como conseqüência a sua

dificuldade no domínio da leitura e da escrita. Para o professor de história será

difícil lecionar para um aluno sem que haja uma equipe multidisciplinar que o

auxilie na prática docente, ela deve ser formada por profissionais

especializados como visto no segundo capitulo desse trabalho, mas com uma

simples ajuda do professor de língua portuguesa esse trabalho irar progredir de

forma a desenvolver a capacidade de fluência na leitura e na escrita.

O professor de língua portuguesa segundo a professora Monica

(LUCZINSKI, Monica, 2009, PG 104) tem um papel importante nesse processo

de adequação dos conteúdos, já que caberá a ele desenvolver a consciência

Page 40: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

40

fonológica do jovem disléxico, através de métodos que estimulem a

reeducação da linguagem construída dentro dos padrões fonológicos e

lingüísticos, tendo níveis progressivos de dificuldades. Esse processo

preferencialmente deve ser aplicado por um os mais professores

especializados em alfabetização de alunos disléxicos, caso não haja esse

profissional caberá ao professor de língua portuguesa.

O professor de história usufruirá dos avanços conquistados pelo

professor de língua portuguesa que junto com ele irá desenvolver uma

metodologia de ensino que possa incluir o programa reeducação lingüística ao

conteúdo de história. Para o desenvolvimento do aluno da capacidade de

leitura e com isso o seu interesse pelo estudo de história é necessário que o

professor de historia e o de língua portuguesa esteja trabalhando em equipe a

fim de ajudar o aluno a superar essa dificuldade e com isso incluí-lo aos

demais estudantes. O professor de história deve seguir alguns passos para

inclusão do aluno disléxico.

O primeiro passo é reconhecer a dificuldade existente no aluno disléxico,

entendendo com isso os processos pelos quais o aluno desenvolve a sua

capacidade de leitura e escrita. O segundo passo é o reconhecimento que o

seu trabalho não poder ser solitário e sim deve ser multidisciplinar com outros

professores tais como: médicos, fonoaudiólogos, terapeutas, psicopedagogo e

professores especializados. O terceiro passo é a adequação do seu conteúdo

as dificuldades que ele apresenta, isto é procurar de toda forma não usar

apenas em suas aulas fontes didáticas que priorizem o texto, o professor deve

utilizar de todos os meios visuais e auditivos para que suas aulas possam

melhor ser aproveitadas por estes alunos, o uso de gravadores deverá ser

estimulado para que o aluno em sua residência possa repassar as lições e com

isso reforça o conteúdo aprendido. O quarto e último passo dependem da

colaboração da família desse jovem, antes de um determinado conteúdo seja

trabalho em sala de aula o professor deverá disponibilizar um material para que

a família possa fazer uma leitura prévia com o aluno antes da aula, isso

Page 41: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

41

facilitará o entendimento do mesmo quando estiver em sala de aula, o aluno

com esse processo dominará algumas palavras chaves que iram ser

trabalhadas pelo professor em sala de aula e com isso os conceitos que estão

presentes em cada uma delas.

Esses passos não são uma regra rígida, pode ser manipulado com

incrementos e exclusão, o que não pode ser modificado é o interesse do

professor em incluir o aluno disléxico a classe normal e muito menos alimentar

a sua baixa estima que é a responsável pelo seu fracasso escolar. Cabe a nós

professores de história demonstrar e desenvolver o interesse do aluno com

isso cumprindo o seu papel na sociedade brasileira.

Page 42: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

42

CONCLUSÃO

Este trabalho teve o objetivo de estudar as conseqüências da

dislexia no processo de aprendizagem. Como muitos professores de história

em seu curso de graduação não possuem uma matéria especifica capaz de

capacitá-los a lidar com possíveis patologias que possam ser apresentada

pelos futuros alunos resultando assim em um déficit em sua graduação que

torna ainda mais difícil a prática docente.

A motivação desse trabalho foi encontrar possíveis métodos que

possam ajudar o professor de história a trabalhar com uma patologia bastante

comum em nossas salas de aula, que muitas das vezes passam

desapercebidas pelo corpo docente, no qual se inclui o professor. A dislexia é

um transtorno do aprendizado silencioso que se esconde atrás de tabus,

preconceitos e irresponsabilidades presentes na sociedade. Cabe ao professor

a tarefa difícil de lidar com todos esses “preconceitos” e superá-los para o bem

da educação do aluno.

Os capítulos presentes nesse trabalho mostram que existem maneiras

de reconhecer essas dificuldades e entende-las, mas não cabe o professor

diagnosticar e sim encaminhar para os profissionais especializados afim de

auxiliar o aluno a superar esse déficit em sua alfabetização. O professor de

história sabe que não pode trabalhar sozinho deve contar com ajuda de outros

professores, principalmente, o de português para auxiliar em sua prática

pedagógica. Somente com um trabalho multidisciplinar esse jovem poderá

conseguir mais sucesso em sua vida escolar, transpassando barreiras que a

dislexia coloca em sua vida. Só assim o professor de história poderá fazer do

seu aluno um construtor de sua própria história, capaz de entender os

conceitos de cidadania e do seu papel político que é o único meio de mudar a

sua realidade.

Page 43: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

43

Esta pesquisa possuiu material capaz desmistificar e apresentar aos

professores a dislexia, com as peculiaridades existentes em cada aluno

disléxico. Ao entender a dinâmica do processo de aprendizagem do disléxico

ele poderá auxiliá-lo a transpor as barreiras existentes em sua vida escolar.

Mesmo que o trabalho seja direcionado a uma disciplina conseqüentemente

estimula um novo olhar dos professores sobre os alunos que apresentam

dificuldades escolares, como resultado desse amadurecimento melhora o

relacionamento entre professor ó aluno ó sociedade.

Podemos concluir que há uma deficiência no processo de ensino,

devido à falta de capacitação dos professores em relação aos alunos especiais,

principalmente, os de história que tem um papel fundamental de despertar a

consciência sócio-histórica desde as primeiras séries do ensino, caso esse

processo não ocorra de maneira efetiva tornará o ensino de história sem

objetivo. Por esse motivo é importante investir em um ensino de qualidade

desde as primeiras séries do ensino para que o aluno obtenha êxito em sua

vida acadêmica.

Page 44: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

44

BIBLIOGRAFIA

BITTENCOURT, Circe. Livros Didáticos entre Textos e Imagens. In. O Saber Histórico na Sala de Aula. São Paulo, Contexto, 1998.

BLOCH, Marc, Apologia da História ou o Oficio de Historiador. Rio de Janeiro – Zahar, 2001

CARNEIRO, Moaci Alvez. LDB Fácil. Petrópolis: Vozes, 2007.

DEMO, Pedro. A Nova LDB: Ranços e Avanços. São Paulo: Papirus, 2006.

ESTIL, Clélia Argolo. Dislexia e Leitura: Uma Convivência Possível. In: VALLE, Luiza Elena Leite Ribeiro. SADALLA, Ana Maria Falcão (Organizadoras). Mente e Corpo: Integração Multidisciplinar em Neurologia. Rio de Janeiro, Wak Editora, 2007.

FARELL, Michael. A Dislexia e outras dificuldades de aprendizagem especificas. Porto Alegre: Artmed, 2008.

FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática de Ensino de História. Campinas: SP, 2008.

FUNARI, Pedro Paulo. A Renovação da História Antiga. In. KARNAL, Leandro. História da Sala de Aula. São Paulo, Contexto, 2003.

LUCZINSKI, Monica. Dislexia e Inclusão. In: Gomes, Marcio. Construindo as Trilhas para a Inclusão. Própolis: Vozes, 2009.

MACEDO, Jose Rivair. História Medieval. In. KARNAL, Leandro. História da Sala de Aula. São Paulo, Contexto, 2003.

MASSI, Giselle. A Dislexia em Questão. São Paulo: Plexus Editora, 2007.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino de História 5º à 8 Ano. Brasília : MEC /SEF, 1998.

SHAYWITZ, Sally. Entendendo a Dislexia. Porto Alegre: Artmed, 2006.

Page 45: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

45

WEBGRAFIA

GERMANO, Giseli Donadon. Eficácia do Programa de remedição fonológica Play on em escolares com Dislexia de desenvolvimento. 163 (Tese de Mestrado em Educação) – Faculdade de Filosofia e Ciências Julio Mesquita, Marília, 2008. Disponivel em: << www.scielo.br/pdf/pfono/v20n4/a06v20n4.pdf >> - 20/04/2009

OLIVEIRA, Margarida Maria Dias, Livro Didático de História; pesquisa, ensino e novas utilizações deste objeto cultural. Disponível em: www.cchla.ufrn.br/ppgh/docentes/margarida/didaticos.pdf - 05/06/2009.

OLIVERIA, Ana Lucia Carvalho dos Santos. Inclusão: Direito de Todos Revisa Eletrônica Inclusão Social, Brasília 2007 – Disponível em: <<http://revista.ibict.br/inclusao/index.php/inclusao>> 25/04/2009.

SILVA, Geraldina Maria e OLIVEIRA, Marlene Macário de. A Pratica didático-pedagógica da história da Geografia Escolar: uma mediação curricular possível para a construção da cidadania. Revista Saeculun. Ed. 15º, Paraíba, 2006. Disponivel em: <<http://www.cchla.ufpb.br/saeculum>> 07/06/2009.

Page 46: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

46

EVENTOS CULTURAIS

SINPRORIO – Transtornos da Aprendizagem numa dimensão neurobiológica e sócio-

afetiva. Professora Responsável: Cibele de Oliveira e Cristina Espanha. Março de

2009.

Page 47: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

47

INDÍCE

FOLHA DE ROSTOLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL2

AGRADECIMENTOS .................................................................................................................... 3

DEDICATÓRIA .............................................................................................................................. 4

RESUMO ....................................................................................................................................... 5

METODOLOGIA............................................................................................................................ 6

INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 8

CAPITULO I - A DISLEXIA ......................................................................................................... 11

1.2 – Sintomas Típicos de Dislexia na Sala de Aula ............................................................... 16

1.3 – Métodos para Vencer a Dislexia..................................................................................... 20

CAPITULO II - ENSINO DE HISTÓRIA NO 6º CICLO DO ENSINO FUNDAMENTAL ............. 23

2.1 – Ensino de História .......................................................................................................... 23

2.2 – Livro Didático .................................................................................................................. 28

2.3 - Ensino para 6ª Ano.......................................................................................................... 31

CAPITULO III - ENSINO DE HISTORIA PARA DISLÉXICO ..................................................... 36

3.1 – Inclusão Através da Educação Especial ........................................................................ 36

3.2 – Adaptação do Conteúdo para o Aluno Disléxico ............................................................ 39

CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 42

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................... 44

WEBGRAFIA ............................................................................................................................... 45

EVENTOS CULTURAIS.............................................................................................................46

INDÍCE ......................................................................................................................................... 47

FOLHA DE AVALIAÇÂO...........................................................................................................48

Page 48: Exemplo de Monografia - Pós-Graduação · Nacional Curricular o ensino de história passou a ser mais problematizado fazendo com que o aluno possa interagir com o fato histórico

48

FOLHA DE AVALIAÇÃO

METODOLOGIA DE ENSINO DE HISTÓRIA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DISLÉXICOS

Vander Muniz da Silva

BANCA EXAMINADORA

....................................................................

Mary Sue

Professora Orientadora