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EXCIPIENTES E
INCOMPATIBILIDADESAndrezza Lins
Quando o consumidor retira um
medicamento na farmácia ou drogaria,
dificilmente tem noção do longo caminho
percorrido até se obter o produto final.
A cadeia de fabricação dos
medicamentos quase sempre começa
fora do País, com a importação dos
insumos farmacêuticos, ou seja, as
matérias primas.
Até que sejam expostos nas prateleiras, os
produtos passam por diversas e delicadas
etapas. Qualquer erro é capaz de pôr em
risco todo o trabalho de controle de
qualidade.
Insumo farmacêutico
Ativo Excipiente
Insumo farmacêutico( IFA)
É uma substância química ativa,
fármaco, droga ou matéria-prima
que tenha propriedades
farmacológicas com finalidade
medicamentosa, utilizada para
diagnóstico, alívio ou tratamento,
empregada para modificar ou
explorar sistemas fisiológicos ou
estados patológicos, em benefício
da pessoa na qual se administra.
Ativos
Ex. ATIVOS:
ureia,
vitamina D,
vitamina A,
diacereína,
omeprazol,
carbonato de cácio,
ác. retinóico,
fluconazol, cetoconazol, cetoprofeno, cafeína, etc.
Qualquer substância, diferente do fármaco, que
constitui a formulação na forma farmacêutica e tem
sua segurança avaliada
Excipientes
Constituintes essenciais, que garantem o
desempenho, a segurança do medicamento e
a obtenção do efeito terapêutico, devendo ser,
portanto objetos de importantes considerações
durante a fase de pré - formulação .
Qualidade dos medicamentos depende
também da atividade e do uso correto dos
excipientes !!!
Análise das características das substâncias
Análise da interação dos excipientes com
as substâncias
Conferir peso, volume e consistência ao fármaco;
Melhorar as propriedades organolépticas;
Aumentar ou preservar a estabilidade dos ativos;
Modular a solubilidade e a biodisponibilidade dos
P.A.;
Permitir a administração de doses exatas;
Manter o pH das formulações líquidas;
Promover a liberação controlada de fármacos;
Conferir processabilidade durante a preparação
ou estocagem
Excipientes
Assegurar a estabilidade
Melhorar a eficácia do
princípio ativo
Inércia
Facilitar a
administração dos
princípios ativos
Diante do princípio
ativo
Em relação ao
material de
acondicionamento
Em relação ao
organismo
Funções de um excipiente na forma farmacêutica. Adaptado de ANSEL, 2000.
Farmacologicamente e toxicologicamenteinativo;
Química e fisicamente inerte ao fármaco;
Compatível com os outros excipientes da formulação;
Alta fluidez e compressibilidade ( comprimidos);
Disponibilidade em diversos fornecedores;
Baixo custo e fácil armazenagem.
Desempenho consistente com a forma farmacêutica ao qual se destina.
Primeira categoria: de excipientes aprovados -
compostos originados da indústria alimentícia ou
aqueles farmacêuticos usados a muito tempo
Segunda categoria (intermediário): novos
excipientes obtidos por modificação estrutural de
um excipiente já aprovado
Terceira categoria : estão os compostos nunca
usados no campo farmacêutico e que agora estão
sendo descobertos para fazer parte de novas
formulações de liberação modificada
Excipientes PODEM E DEVEM facilitar o desenvolvimento
farmacotécnico, viabilizando propostas de novas
formulações;
Papel decisivo na concepção da formulação;
Gerando amplo leque de funções para obter propriedades
desejadas para novos produtos acabados
Benefícios terapêuticos
Imprudente seleção dos excipientes pode conduzir a processos de
desenvolvimento farmacotécnico com potenciais problemas;
A seleção dos fornecedores podem também influenciar;
Etapas do estudo de desenvolvimento, custo, processos, escolha de
equipamentos, desempenho (eficácia terapêutica), qualidade e
aceitação dos produtos finais.
São os adjuvantes adicionados em maior proporção
na formulação de comprimidos e cápsulas:
• Conferir volume adequado;
• Propriedade de fluxo;
• Características de compressão.
Ex: Amido pré gelatinizado, celulose microcristalina, Carbonato de
cálcio; Lactose; Kaolin; manitol; Sorbitol; amido.
Lactose
Contra indicada: intolerância a lactose
Reage com os aminoácidos,
anfetaminas ( manzindol, anfepramona,
femproporex, aminofilina, fluoxetina,
sertralina, imipramina, amitriptilina,
clomipramina, nortriptilina,
hidroxitriptofano)
Celulose microcristalina
Diluente: 20- 90%
Agentes usados nas formulações de
comprimidos e cápsulas para melhorar
as propriedades de fluxo das misturas
de pó.
Reduz a fricção interparticular
Ex. sílica coloidal ou dióxido de silício
coloidal ( Aerosil 200), talco
Aerosil
Higroscopia
Dessecante e anti- aderente 0,1 a 1,0%
Recipientes bem fechados
São agentes capazes de prevenir a aderência dos
pós e granulados nas punções e matrizes
Facilitar o escoamento dos mesmos no alimentador e facilitar o
enchimento de cápsulas. Otimizar o processo produtivo.
São utilizados para reduzir a fricção durante o processo de
compressão de comprimidos, evitando a adesão do pó na
punção da máquina de comprimidos.
No preparo de cápsulas reduzem a adesão entre os pós e as
partes metálicas da encapsuladora.
•Exemplo: estearato de magnésio, estearato de cálcio, ácido esteárico, talco, óleo vegetal hidrogenado (ex. LubritabÒ).
Ex:alginato de sódio, celulose microcristalina, croscarmelose
sódica (Ac-Di-SolÒ), glicolato sódico de amido (ExplotabÒ),
crospovidona (Kollidon CLÒ).
São empregados nas formas farmacêuticas
sólidas para promover a desintegração em
partículas menores, mais facilmente dispersáveis
ou dissolúveis.
Empregados para revestir comprimidos, grânulos,
cápsulas ou pellets com o propósito de proteger o
fármaco
• decomposição pelo oxigênio atmosférico e
umidade
• mascarar sabor ou odor desagradável
• evitar a degradação no suco gástrico
• obter a liberação do fármaco em meio entérico,
promovendo liberação retardada do fármaco
A película empregada no revestimento é
composta, basicamente, por um derivado
polimérico que pode ser de origem natural
(ceras, shellacs, gelatina), derivados da celulose
(metil ou etilcelulose, acetoftalato de celulose,
hidroxipropilmetilcelulose, acetato de celulose),
copolímeros de ésteres acrílico e metacrílico
(EudragitÒ tipos L100, RS 30D, RS PM, S100, dentre
outros); álcool polivinílico (PVA), acetato de
polivinil, dentre outros.
Agentes formadores de matrizes para
liberação controlada
Substâncias de natureza polimérica
empregadas com a finalidade de se obter
liberação prolongada e/ou controlada do
fármaco que se encontra disperso,
uniformemente, na matriz.
Exemplos: HPMC, CMC-Na, goma xantana,
CarbopolÒ, diversos tipos de EudragitÒ,
ágar-ágar, derivados polióxidoetilênicos
(PEO's), dentre outros.
Trata-se de uma substância que se
adsorve nas superfícies ou interfaces
para reduzir a tensão superficial ou
interfacial.
São utilizados na formulação de
fármacos pouco solúveis e podem
exercer um papel muito importante na
biodisponibilidade.
Ex: Cloreto de benzalcônio; Nonoxinol
10; Octoxinol 9; Polissprbato 80; Lauril
sulfato de sódio; Monopalmitato de
sorbitano
São substância usadas para provocar a adesão das partículas do pó nos
grânulos destinados a Compressão.
Ex: Carboximetilcelulose sódica; Polivinilpirrolidona ou Povidona; Etilcelulose;
Gelatina; Metilcelulose; Glicose líquida, hidroxipropilmetilcelulose
a coesão entre os pós, grânulos e comprimidos
apresentem resistência mecânica
Desejada dureza e dissolução
Usados para conferir cor às preparações.
Resumo
Atenolol 50 mg
PVP K30 (povidona)
Estearato de magnésio
Aerosil
Talco
Lauril sulfato de sódio
Croscarmelose Sódica