examinando o risco de falência de instituições financeiras: o caso brasileiro benjamin miranda...

25
Examinando o Risco de Falência de Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak Benjamin Miranda Tabak e e Roberta Blass Staub Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

Upload: internet

Post on 17-Apr-2015

106 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

Examinando o Risco de Falência de Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: Instituições Financeiras:

O Caso BrasileiroO Caso Brasileiro

Benjamin Miranda Tabak Benjamin Miranda Tabak

e e

Roberta Blass StaubRoberta Blass Staub

Banco Central do Brasil2003

Page 2: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

Estrutura da apresentação

1. Motivação da Pesquisa

2. Revisão da Literatura

3. Metodologia

4. Resultados Empíricos

5. Conclusões

Page 3: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

Estabilidade financeira é primordialmente

importante para bancos centrais e autoridades de

supervisão financeira no mundo devido ao aumento

substancial no número de falências bancárias nos últimos

anos, tanto em países desenvolvidos, quanto

subdesenvolvidos.

Evitar tais eventos é de particular importância.

Seus custos podem ser medidos ao considerar os efeitos de

contágio de eventos do setor bancário na economia dos

países.

1. Motivação

Page 4: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

2. Revisão da literatura2. Revisão da literatura

•Miles and Hall (1988), Burmeister and

McElroy (1988)

•Clare and Thomas (1994)

•Clare (1995)

•Crockett (1997)

•International Monetary Fund (IMF, 1998)

•Frydl (1999)

•Bonomo and Garcia (2001), Hoggarth et al.

(2001)

•Clare and Priestley (2002), Schor et al.

(2002)

Page 5: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

3. Metodologia

A. Modelagem estatística

B. Estimação pelo APT e interpretação da probabilidade

de falência

Page 6: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

O valor esperado do capital de uma firma

pode ser escrito como

1 11

1k

t t t ft j ijj

E S N S N r

• consequentemente, o valor real da firma é

k

ji ti jjf ttt rNSNS

11 1

3.A. Modelagem estatística

Page 7: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

• a expressão abaixo corresponde à variância

condicional (em t-1) do valor do capital no

tempo t. É a variabilidade medida pelo

mercado com base no seu valor esperado

2 2 21 1 1 itt t t t tE S N E S N S N

3.A. Modelagem estatística

Page 8: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

• a medida do risco de falência, calculada

pelo número de desvios padrões que o valor

do capital da empresa representa em t-1

pode ser obtida da expressão

1

22 21

1

itit

t

t

S N

S N

3.A. Modelagem estatística

Page 9: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

Motivação:

se o mercado avalia “corretamente” uma firma,

então aquelas instituições financeiras com maior

risco devem proporcionar maiores retornos,

comparativamente aquelas com menor risco

o risco associado com cada instituição deve

refletir no preço das suas ações

supõe-se que o mercado é capaz de avaliar

instituições financeiras eficientemente

3.B. Arbitrage Pricing Theory Model (APT)

Page 10: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

• com a finalidade de estimar a medida de risco

,

O seguinte sistema não linear foi ajustado

3.B. Estimação pelo APT

it 2

1

i

K

kkik

K

kkikfi IbbRR

11

Page 11: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

4. Resultados Empíricos

A. Base de dados

B. Estimação dos parâmetros

C. Modelo ajustado

D. Vale a pena usar o APT para obter o risco de

falência de instituições financeiras?

E. Resultados

Page 12: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

Variáveis MacroeconômicasProdução industrialInflação (modelos de 1980 até julho de 1994 e previsão um passo a frente até dez 2002)• Taxa de juros real• Risco de crédito• Portfólio de mercado• CBOND• Necessidade de financiamento do setor públicoAmostra: retornos mensais de 4 bancos brasileiros e do sistema bancário de janeiro de 1998 até dezembro de 2002

4.A. Base de Dados

Page 13: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

4.B. Estimação dos Parâmetros

Sensibilidade dos Fatores - Banco I

Taxa de juros reais

Portfolio de mercado

Banco I -2.239 0.737 0.381 0.089 -5.880 8.260 <.0001 <.0001

Page 14: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

4.B. Estimação dos Parâmetros

Sensibilidade dos Fatores - Banco II

Taxa de juros reais

Portfolio de mercado

Bank II -2.705 1.029 0.466 0.088 -5.800 11.680 <.0001 <.0001

Page 15: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

4.B. Estimação dos Parâmetros

Sensibilidade dos Fatores - Banco III

Taxa de juros reais

Portfolio de mercado

Bank III -1.909 0.766 0.336 0.057 -5.680 13.480 <.0001 <.0001

Page 16: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

4.B. Estimação dos Parâmetros

Sensibilidade dos Fatores - Banco IV

Taxa de juros reais

Portfolio de mercado

Banco IV -2.382 0.912 0.385 0.057 -6.180 15.880 <.0001 <.0001

Page 17: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

4.B. Estimação dos Parâmetros

Sensibilidade dos Fatores - Sistema Bancário

Taxa de juros reais

Portfolio de mercado

Sistema Bancário -1.977 0.588 0.306 0.043 -6.470 13.850 <.0001 <.0001

Page 18: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

4.B. Estimação dos Parâmetros

Variáveis macroeconômicas significantes:

taxa de juros reais

portfólio de mercado

Page 19: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

4.B. Estimação dos Parâmetros

Fatores do Prêmio de Risco - Bancos Brasileiros

Parâmetros Estimativa Erro Padrão Estatística t Prob > | t |

Taxa de juros reais 6.624 1.460 4.54 <.0001

Portfolio de mercado 16.849 4.980 3.38 0.0010

Fatores do Prêmio de Risco - Sistema Bancário

Parâmetros Estimativa Stand. Error Estatística t Prob > | t |

Taxa de juros reais 6.403 1.439 4.45 <.0001

Portfolio de mercado 19.007 6.264 3.03 0.003

Page 20: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

4.C. Modelo Ajustado

Bancos Brasileiros

8

10

12

14

16

18

20

jan/98 jun/98 nov/98 abr/99 set/99 fev/00 jul/00 dez/00 mai/01 out/01 mar/02 ago/02

Banco I Banco II Banco III Banco IV

Page 21: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

4.C. Modelo Ajustado

Sistema Bancário

21

22

23

24

25

26

jan/98 jun/98 nov/98 abr/99 set/99 fev/00 jul/00 dez/00 mai/01 out/01 mar/02 ago/02

Page 22: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

4.D. É informativo ajustar o modelo APT para obter

uma medida da probabilidade de falência dos bancos?

autoridades devem considerar não

apenas o valor absoluto da medida de risco,

mas também as oscilações repentinas que

podem acontecer

Page 23: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

• ago 98 – o padrão das medidas de risco estimadas

para os bancos brasileiros estão de acordo com a crise

russa

• ago 98 – preocupações relativas à sustentação do

câmbio e reservas internacionais

• jan 99 – falência de dois bancos depois da

desvalorização do real devido à exposição cambial

• dez 2001 – crise argentina não foi identificada,

contágio diminui

4.E. Resultados

Page 24: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

• abr 2002 –SPB: deveria reduzir o risco, aumento no

risco devido às eleições

• é importante notar que, embora tenhamos

aumentos na medida de risco devido a crises,

internas e externas, o risco é baixo. Válido para os

bancos individualmente e para o sistema bancário

4.E. Resultados

Page 25: Examinando o Risco de Falência de Instituições Financeiras: O Caso Brasileiro Benjamin Miranda Tabak e Roberta Blass Staub Banco Central do Brasil 2003

• avalia o risco de instituições financeiras de

forma não usual: sob a perspectiva do preço de

mercado

• é importante notar que, embora tenhamos

aumentos na medida de risco devido a crises,

internas e externas, o risco é baixo. Válido para os

bancos individualmente e para o sistema bancário

• este resultado é similar ao obtido por Clare

(1995) e Miles and Hall (1988).

5. Conclusões