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COORDENADORES: HENRIQUE CORREIA Site: www.henriquecorreia.com.br Twitter: @profcorreia ROGÉRIO SANCHES CUNHA [email protected] 9ª edição revista, ampliada e atualizada 2018 Exame de Ordem OAB Coleção Coleção RE 9 I SAÇO Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 3 03/01/2018 22:38:47

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COORDENADORES:

HENRIQUE CORREIASite: www.henriquecorreia.com.br

Twitter: @profcorreia

ROGÉRIO SANCHES CUNHA [email protected]

9ª ediçãorevista, ampliada e atualizada

2018

Exame de Ordem

OAB

ColeçãoColeção

RE ISAÇO

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 3 03/01/2018 22:38:47

Direito do Trabalho

Henrique Correia

TABELA DE INCIDÊNCIA DE QUESTÕES

Distribuição das questões organizada

por ordem didática de assuntos

Assunto Número

de Questões

Peso

1. Introdução ao direito do trabalho1.1. COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA 1 0,71%

2. SUJEITOS DA RELAÇÃO DE TRABALHO2.1. EMPREGADO 1 0,71%2.2. CTPS – CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL 1 0,71%2.3. EMPREGADO RURAL 1 0,71%2.4. EMPREGADO DOMÉSTICO 5 3,55%2.5. EMPREGADO PÚBLICO 1 0,71%2.6. PROTEÇÃO DO TRABALHO DA MULHER 3 2,13%2.7. APRENDIZ 2 1,42%2.8 EMPREGADOR 2 1,42%3. RELAÇÕES DE TRABALHO QUE NÃO CONFIGURAM VÍNCULO EMPREGATÍCIO 1 0,71%3.1. ESTÁGIO 2 1,42%3.2. COOPERADO 1 0,71%3.3 REPRESENTANTE COMERCIAL 1 0,71%

4. EMPREGADOR – PODERES DO EMPREGADOR4.1. PODER DE ORGANIZAÇÃO E PODER REGULAMENTAR 1 0,71%4.2. PODER DISCIPLINAR 2 1,42%5. TERCEIRIZAÇÃO 3 2,13%5.1. TRABALHO TEMPORÁRIO 1 0,71%6. CONTRATO INDIVIDUAL DO TRABALHO 1 0,71%6.1. EXPERIÊNCIA PRÉVIA 2 1,42%6.2. NULIDADES DO CONTRATO DE TRABALHO 4 2,84%6.3. CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO 3 2,13%6.4. ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO 6,38%6.5. SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO 7

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1053 03/01/2018 22:43:45

7. DURAÇÃO DO TRABALHO 3 2,13%7.1. TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO 1 0,71%7.2. REGIME POR TEMPO PARCIAL 1 0,71%7.3. TRABALHO EXTRAORDINÁRIO (PRORROGAÇÃO DE JORNADA) 2 1,42%8. INTERVALOS 5 3,55%

2 1,42%FÉRIAS 3 2,13%

10. SALÁRIO E REMUNERAÇÃO 710.1. PARCELAS SALARIAIS 1 0,71%10.2. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 5 3,55%10.3. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 1 0,71%10.4. ADICIONAL NOTURNO 1 0,71%10.5. SALÁRIO IN NATURA 3 2,13%10.6. DESCONTOS NO SALÁRIO 3 2,13%10.7. EQUIPARAÇÃO SALARIAL 2 1,42%11. ESTABILIDADE 4 2,84%11.1. ESTABILIDADE DO DIRIGENTE SINDICAL 3 2,13%11.2. ESTABILIDADE DA GESTANTE 1 0,71%11.3. EMPREGADO ACIDENTADO 2 1,42%12. FGTS 6 4,26%

13. SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO13.1. ACIDENTE DO TRABALHO 2 1,42%14. AVISO-PRÉVIO 6 4,26%15. TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO 2 1,42%15.1. TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO – RESILIÇÃO 1 0,71%15.2. TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO – DEMISSÃO 1 0,71%15.3. PLANO DE INCENTIVO À DEMISSÃO VOLUNTÁRIA (PIDV) 1 0,71%15.4. DISPENSA OU DESPEDIDA SEM JUSTA CAUSA 2 1,42%15.5. DISPENSA POR JUSTA CAUSA 1 0,71%15.6. RESCISÃO INDIRETA 1 0,71%15.7. CULPA RECÍPROCA 2 1,42%15.8. DISPENSA DISCRIMINATÓRIA 3 2,13%16. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA 1 0,71%17. DIREITO COLETIVO DO TRABALHO 2 1,42%17.1. NEGOCIAÇÃO COLETIVA 3 2,13%17.2. GREVE 2 1,42%

141 100%

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1054 03/01/2018 22:43:45

Prezado aluno,

Com o advento da Reforma Trabalhista, o material de Direito do Trabalho foi totalmente reformulado.

Nesse sentido, buscamos responder às ques-tões remetendo às novidades trazidas pela Lei nº

-ram totalmente afetadas em razão da nova lei.

-da aprovação na OAB.

Bons estudos.

Henrique Correia

QUESTÕES

1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRA-

BALHO

1.1. COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

Art. 625-A ao 625-H, CLT

01. (FGV – Exame de Ordem 2013.2) Félix trabalhou na empresa Só Patinhas Pet Shop de 03.01.2011 a 15.06.2011, quando recebeu aviso prévio indenizado. Em 10.07.2013 procurou a comissão de conciliação prévia de sua categoria, reclamando contra a ausên-cia de pagamento de algumas horas extras. A sessão foi designada para 20.07.2013, mas a empresa não compareceu. Munido de declaração neste sentido,

postulando as referidas horas extraordinárias. Em de-fesa, a ré arguiu prescrição bienal.

Direito do Trabalho

Henrique Correia

A partir dessa situação, assinale a afirmativa correta.

após dois anos do rompimento do contrato.

B) Não se cogita de prescrição no caso apresentado,

Comissão de Conciliação Prévia, o prazo prescri-cional foi suspenso.

não é computado para a contagem de prescrição, pois foi indenizado, e a apresentação de deman-da na Comissão de Conciliação Prévia não gera qualquer efeito.

D) Não se cogita de prescrição no caso apresentado,

Comissão de Conciliação Prévia, o prazo foi inter-rompido.

|COMENTÁRIOS|.

Nota do autor: A questão aborda o tema da Comissão de Conciliação Prévia. Ademais, apresenta maior grau de complexidade, uma vez que exigia co-

o aviso-prévio e do cômputo do prazo prescricional.

Alternativa correta: “b”. Comentário serve para as demais alternativas, uma vez que versam sobre o mesmo assunto.provocação da Comissão de Conciliação Prévia, reco-meçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F.” (art. 625-G, CLT). Inicialmente, cumpre destacar que o termo inicial do prazo prescri-cional de Félix ocorreu com o término do prazo do avi-so-prévio. Em que pese o aviso tenha sido indenizado, o prazo de 30 dias a que Félix teria direito é computado

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1055 03/01/2018 22:43:46

Henrique Correia1056

-

anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado”.

Com isso, no dia 10.07.2013, Félix ainda tinha o

antes que ocorresse a prescrição bienal. No entanto, a partir dessa data, o prazo prescricional foi suspenso com a convocação da Comissão de Conciliação pré-via. Dessa forma, o prazo apenas recomeçou a fluir a partir da tentativa frustrada de negociação, isto é, em 20.07.2013. Tendo em vista que a reclamação foi proposta na data de 22.07.2013, apenas 2 dias após o reinicio do prazo prescricional, não se verificou a prescrição bienal trabalhista.

2. SUJEITOS DA RELAÇÃO DE TRABALHO

2.1. EMPREGADO

02. (FGV – Exame de Ordem 2014.1) A empresa In-

prestaria consultoria e suporte de serviços técnicos de informática a clientes da empresa. Para tanto, Paulo re-ceberia 20% do valor de cada atendimento, sendo certo que trabalharia em sua própria residência, realizando os contatos e trabalhos por via remota ou telefônica. Pau-lo deveria estar conectado durante o horário comercial de segunda a sexta-feira, sendo exigida sua assinatura

como exclusividade na área de informática.

Sobre o caso sugerido, assinale a afirmativa correta.

A) Paulo é prestador de serviços autônomo, não ten--

B) Paulo é prestador de serviços autônomo, não ten--

to de salário fixo.

C) Paulo é prestador de serviços autônomo, não ten-

Paulo quem efetivamente estaria trabalhando.

D) Paulo é empregado da empresa, pois presentes todos os requisitos caracterizadores da relação de emprego.

|COMENTÁRIOS|.

Nota do autor: A questão aborda o tema dos requisitos para configuração da relação de emprego. Questão muito interessante, uma vez que exigia o conhecimento de cada requisito aplicado a um caso concreto. Ademais, lembre-se que não há na CLT exi-gência de que o empregado preste serviços com ex-

empregador. Há possibilidade de vários contratos de trabalho, com empresas diversas, simultaneamente.

Alternativa correta: “d”. Comentário serve pa-ra as demais alternativas, uma vez que versam sobre o mesmo assunto.

eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.” (art. 3º, caput, CLT). Note-se que estão presentes os requisitos necessários para a con-figuração da relação de emprego de Paulo com a em-

1) Pessoalidade: o empregado Paulo não pode se fazer substituir por um terceiro;

2) Não eventualidade: o trabalho é realizado de

meramente ocasional;

3) Onerosidade: Em que pese Paulo não venha a re-ceber salário fixo, a CLT permite o recebimento de comissão como salário. Trata-se do empregado comissionista puro. Nesse sentido, dispõe o art. 457, § 1º, CLT, com redação dada pela Reforma

o Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comis-sões pagas pelo empregador.”

4) Subordinação: Verifica-se também o preenchi-mento desse requisito na medida em que está

-lemáticos e informatizados. Nesse sentido, a CLT

-

III da CLT, que também foi inserido pela Reforma Trabalhista.

2.2. CTPS – CARTEIRA DE TRABALHO E

PREVIDÊNCIA SOCIAL

03. (FGV – Exame de Ordem 2016.3) O restaurante Prato Cheio Ltda. resolveu contratar Gustavo para atuar como garçom. Gustavo receberá, como contra-

-

relação à carteira profissional de Gustavo, de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta.

A) O empregador deverá anotar a CTPS em 24 horas,

mesmo porque elas variam a cada mês.

B) A CTPS do empregado deverá ser anotada em 48 horas e nela deverá ser anotado o salário e a esti-

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1056 03/01/2018 22:43:47

Direito do Trabalho Questões 1057

C) O empregador tem 30 dias para anotar a carteira profissional e, na hipótese, deve anotar apenas a parte fixa da remuneração.

D) A CTPS, na ausência de prazo legal, deve ser ano-

|COMENTÁRIOS|.

Nota do autor: A questão aborda o tema da Carteira de Trabalho e Previdência Social. Não há

pois o contrato de trabalho poderá ser celebrado, in-clusive, de forma verbal. Há, entretanto, exigência de um documento obrigatório do empregado, chamado de Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS. Esse documento é utilizado para identificação do em-pregado, servindo como meio de prova na área traba-lhista e previdenciária.

Alternativa correta: “b”. Comentário responde to-das as alternativas. -cia Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admi-tir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecâ-nico ou eletrônico, conforme instruções a serem ex-

-

se estabeleceu referida obrigatoriedade ao emprega-dor, nos termos do art. 457, §6º, III da CLT:

Art. 457 da CLT (com redação dada pela Lei nº 13.419/2017) - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.

(...)

§ 6o As empresas que cobrarem a gorjeta de que trata o § 3o deverão: (...) III - anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no contracheque de seus empregados o sa-lário contratual fixo e o percentual percebi-do a título de gorjeta.

2.3. EMPREGADO RURAL

Nota do autor: A Reforma Trabalhista alterou, em especial, artigos da CLT. Nesse sentido, não hou-

aplicação da CLT a referidas leis é subsidiária. No ca-

portanto.

04. (FGV – Exame de Ordem 2016.1) Pedro é em-

de segunda a sexta-feira, das 21 às 5h, com intervalo de uma hora para refeição.

Considerando o caso retratado, assinale a afirma-tiva correta.

A) A hora noturna de Pedro será computada como tendo 60 minutos.

B) A hora noturna rural é reduzida, sendo de 52 mi-nutos e 30 segundos.

C) A hora noturna de Pedro será acrescida de 20%.

D) Não há previsão de redução de hora noturna nem de adicional noturno para o rural.

|COMENTÁRIOS|.

Nota do autor: A questão aborda os temas do empregado rural e trabalho noturno. Lembre-se de que o ponto essencial para identificar o trabalhador rural é prestar serviços ao empregador rural, que, de

-plore a atividade agroeconômica. Assim sendo, mes-

pecuária, o empregado será rural.

Alternativa correta: “a”. Comentário serve para as demais alternativas, uma vez que versam sobre o mes-mo assunto. O horário noturno será de acordo com a atividade desenvolvida: a) na pecuária inicia-se às 20

-da será das 21 horas às 5 horas. A hora noturna rural, ao contrário do trabalhador urbano, não é reduzida,

hora diurna.

2.4. EMPREGADO DOMÉSTICO

Lei Complementar nº 150/2015

Art. 7º, parágrafo único, CF/88 (EC/72-2013)

Nota do autor: a Reforma Trabalhista alterou, em especial, artigos da CLT. Nesse sentido, não hou-

a aplicação da CLT a referidas leis é subsidiária. No

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Henrique Correia1058

observadas as peculiaridades do trabalho doméstico, aplica-se a CLT, portanto.

05. (FGV - Exame de Ordem 2017.1) Suely trabalha na casa de Rogério como cuidadora de seu pai, pes-soa de idade avançada e enferma, comparecendo de segunda a sexta-feira, das 8:00 às 17:00 h, com inter-valo de uma hora para refeição.

De acordo com o caso narrado e a legislação de regência, assinale a afirmativa correta.

A) O controle escrito não é necessário, porque me-nos de 10 empregados trabalham na residência de Rogério.

B) A lei de regência prevê que as partes podem -

nada normal, assinalando apenas a eventual hora extra.

de controle deve ser acertado entre as partes en-volvidas no momento da contratação.

D) Rogério deve, por força de Lei, manter controle -

gada doméstica.

|COMENTÁRIOS|.

Nota do autor: A questão versa sobre o tema empregada doméstica e necessidade de controle de horários desta. É indispensável o conhecimento das principais diferenças entre direitos dos trabalhadores regidos pela CLT e os domésticos.

Alternativa correta: “d”. Comentário serve para as demais alternativas, uma vez que versam sobre o mesmo assunto.

Em primeiro lugar, para que pudesse responder à questão, o aluno precisava identificar se tratar de relação de emprego doméstico. Para que esta se con-figure, devem estar presentes, além dos requisitos comuns à relação de emprego (continuidade, one-rosidade, pessoalidade, subordinação) os seguintes requisitos:

Prestação de serviço para pessoa ou família. É vedado que o trabalhador doméstico preste

associações ou cooperativas.

Prestação de serviços em âmbito residencial. As atividades desenvolvidas pelos trabalhadores domésticos são prestadas, em regra, na residên-cia de quem os contrata.

Finalidade não lucrativa. É vedado que o do--

Trabalho realizado por período superior a 2

dias por semana: A antiga lei dos domésticos

-de prevista na CLT. Assim sendo, havia grande

-terizasse a continuidade na relação de emprego

-dência do TST, a exigência de prestação de ser-

3 vezes ou 4 dias por semana, para configurar o

1º, caput, da recém promulgada LC nº 150/2015 estabelece que será configurado o trabalho do-

2 dias:

Art. 1º: Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por se-

mana, aplica-se o disposto nesta Lei. (grifos acrescidos)

Em razão do cumprimento desses requisitos, é obrigação do empregador o controle dos horários de

LC nº 150/2015:

Art. 12 da LC nº 150/2015:  É obrigatório o registro do horário de trabalho do empre-gado doméstico por qualquer meio manual, mecânico ou eletrônico, desde que idôneo.

Diferentemente dos domésticos, a CLT prevê a obrigação de controle do horário de trabalho apenas para as empresas com mais de 10 empregados nos termos do art. 74, § 2º, da CLT.

06. (FGV – Exame de Ordem 2016.2 – Prova reapli-

cada Salvador-BA) Denise é empregada doméstica e labora em sistema de escala de 12 horas seguidas por 36 horas ininterruptas de descanso na residência da sua empregadora. Em relação ao caso concreto, e de acor-do com a Lei de Regência, assinale a afirmativa correta.

A) O sistema de 12x36 horas para o doméstico de-pende da assinatura de acordo coletivo ou da convenção coletiva de trabalho.

B) É vedada a adoção do sistema 12x36 horas para

o horário adotado.

em razão da proteção, não se admite o sistema de escala para o doméstico.

horas para o doméstico, desde que feito por acor-do escrito individual.

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1058 03/01/2018 22:43:47

Tendo em vista a edição da MP nº 808/2017, alguns pontos da Reforma Trabalhista foram alterados.

Em razão disso, remetemos à leitura do caderno que acompanha este livro. Lá foram feitos comentários detalhados sobre a MP nº 808/2017.

DICAS

1. DOS PRINCÍPIOS E FONTES DO DIREITO

DO TRABALHO

1.1. PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

-cos, que desempenham funções essenciais para a interpretação e aplicação das normas trabalhis-tas. Não há consenso sobre quantos são os prin-

autor para outro, mas podemos destacar os mais citados pela doutrina:

Princípio da norma mais favorável: entre duas

se a mais favorável em relação ao trabalhador. A aplicação de uma norma leva à renúncia da outra. A Reforma Trabalhista, entretanto, passou a pre-ver a prevalência do negociado sobre o legislado. Dessa forma, havendo conflito entre acordo cole-tivo e convenção coletiva, aquele deverá prevale-cer (Art. 620 da CLT).

Ainda, os instrumentos coletivos são superiores à lei nos casos do art. 611-A da CLT1. Note-se, por-tanto, que ainda que a lei venha a ser mais favo-rável, a Reforma Trabalhista permite a aplicação do instrumento coletivo em seu detrimento. Esse dispositivo causará impactos significativos ao Direito do Trabalho. Para mais informações, con-fira o tópico de negociação coletiva.

Princípio da condição mais benéfica: -pio assegura ao empregado as vantagens conquis-tadas durante o contrato de trabalho, conforme previsto no art. 468 da CLT. Diante disso, essas con-quistas não poderão ser alteradas para pior.

Princípio da primazia da realidade: a realidade se sobrepõe às disposições contratuais escri-tas. Deve-se, portanto, verificar se o conteúdo do documento coincide com os fatos. Exemplo:

1 Ver caderno que acompanha este livro. Lá foram feitos comentários detalhados sobre a MP nº 808/2017, que alterou diversos dispositivos da Reforma Trabalhista.

recibo assinado em branco no ato da contrata-

prova de pagamento das verbas trabalhistas.

Princípio da imperatividade das normas traba-

lhistas: No Direito do Trabalho prevalecem as regras

restrição da autonomia das partes em modificar as cláusulas contratuais previstas no contrato de traba-

mitigado, pois há valorização do negociado sobre o legislado, especialmente nas hipóteses previstas no art. 611-A da CLT2. Além disso, a Lei nº 13.467/2017 amplia as hipóteses de acordo individual entre empregado e empregador, o que também relativiza

Princípio da inalterabilidade contratual lesiva:

lesiva ao empregado, mesmo se houver consen-timento deste (artigo 468, caput, da CLT). Assim, conforme previsto no art. 2º da CLT, os riscos do empreendimento são suportados exclusiva-mente pelo empregador, não sendo permitido a

Lei nº 13.467/2017 cria o trabalho intermitente, nova modalidade de contrato de trabalho que

de prestação de serviços e de inatividade. Nesse caso, o trabalhador somente prestará os serviços quando convocado por seu empregador. Dessa forma, os riscos do empreendimento passam a ser suportados inclusive pelo trabalhador, pois o empregado não trabalhará e, portanto, não rece-berá seu salário nos momentos de dificuldade financeira e econômica da empresa. Para mais informações, confira os comentários ao trabalho

Princípio da continuidade da relação de

emprego: Em regra, o contrato de trabalho é

há prazo previamente fixado para seu fim. Aliás,

firmados para prazos de longa duração, pois, enquanto o empregado estiver trabalhando, haverá fonte de sustento, garantindo sua digni-

provar a ruptura do contrato de trabalho é do

2 Ver caderno que acompanha este livro. Lá foram feitos comentários detalhados sobre a MP nº 808/2017, que alterou diversos dispositivos da Reforma Trabalhista.

Direito do Trabalho

Henrique Correia

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1150 03/01/2018 22:44:03

Direito do Trabalho Dicas 1151

empregador, isto é, em regra presume-se que o empregado não deu causa ao término do con-trato de trabalho (Súmula nº 212 do TST).

figura do trabalhador intermitente (Art. 452-A da CLT). Para mais informações, confira os comentários

Princípio da irrenunciabilidade ou indisponi-

bilidade dos direitos trabalhistas: na vigência do contrato de trabalho, os direitos trabalhistas são, em regra, irrenunciáveis, porque há pre-sença da subordinação do empregado perante o empregador. Assim sendo, mesmo que o ato

ser declarado nulo, pois o empregado não pode renunciar aos direitos e vantagens assegurados

-

a) Princípio da irredutibilidade salarial. Veda-se a redução (diminuição) dos salários dos trabalhadores, exceto por convenção ou acordo coletivo (artigo 7º, inciso VI, da Consti-tuição Federal). Portanto, para que essa redu-

participação do sindicato dos trabalhadores.

Com a Lei nº 13.467/2017, caso venha a ser pactuada cláusula que reduza o salário do empregado, deverá haver garantia de que

prazo de vigência do instrumento coletivo,

pela Reforma Trabalhista:

Art. 611-A, § 3º da CLT: Se for pactu-ada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados con-tra dispensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento coletivo.

b) Princípio da intangibilidade salarial. Vedam-se descontos no salário, exceto nos casos pre-

protege o trabalhador contra seus próprios cre-dores, pois o salário é, em regra, impenhorável.

-balho:

3

IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Prevalência do negociado sobre o legislado: Com a Reforma Trabalhista, verificou-se a valorização dos instrumentos coletivos, pois em diversas hipóteses previstas no art. 611-A da CLT3 prevalecerão sobre a legislação. Além disso, a nova lei também prevê que o acordo coletivo prevalece sobre a convenção coletiva.Princípio da irredutibilidade salarial: com a Reforma Trabalhista, os salários poderão ser reduzidos por ins-trumento coletivo, desde que haja garantia contra a dis-pensa imotivada no prazo em que vigorar o instrumento.

3 Ver caderno que acompanha este livro. Lá foram feitos comentários detalhados sobre a MP nº 808/2017, que alterou diversos dispositivos da Reforma Trabalhista.

1.2. FONTES

Fontes materiais: são fatores ou acontecimentos -

ram o legislador (deputados e senadores) na elabo-ração das leis. Esses movimentos influenciam dire-tamente o surgimento ou a modificação das leis.

Fontes formais: são a exteriorização das normas

observância obrigatória pela sociedade. Todos devem cumpri-las, pois são imperativas. Exem-plo: convenção, acordo coletivo e leis.

1. Fontes formais

autônomas: são discutidas e confeccionadas pelas partes diretamente interessadas pela norma.

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1151 03/01/2018 22:44:04

Henrique Correia1152

Há, portanto, a vontade expressa das partes em criar essas normas. Exemplo: uma determinada negociação coletiva entre sindicato e empresa resulta em um acordo coletivo. 2. Fontes formais

heterônomas: nas fontes heterônomas não há

fontes possuem origem estatal (Legislativo, Execu-tivo ou Judiciário).

Hierarquia entre as fontes do Direito do Tra-

balho. Nos demais ramos do direito (D. Consti-

hierarquia das fontes formais (CF prevalece sobre as leis; leis são superiores aos decretos etc.). No

norma mais favorável, aplica-se a fonte mais favo-rável aos trabalhadores. Com a Reforma Traba-lhista, há valorização do negociado sobre o legis-lado, prevalecendo o disposto nos instrumentos coletivos de trabalho sobre a legislação nas hipó-teses previstas no art. 611-A da CLT4.

Conflito entre as fontes. Ocorre, com frequên-cia, o conflito entre fontes formais do direito e a resposta dependerá da teoria adotada:

– A teoria do conglobamento defende a aplicação de apenas uma fonte em sua tota-lidade. Assim sendo, o intérprete deverá ana-

5.

– A teoria da acumulação, por sua vez, é no sentido de que o intérprete deverá aplicar todas as fontes no caso concreto, utilizando-se ao mesmo tempo dos artigos e cláusulas que são favoráveis ao trabalhador, desprezando os dispositivos desfavoráveis. A aplicação dessa teoria onera o empregador e fragmenta o sis-

– A teoria do Conglobamento mitigado, por fim, estabelece a aplicação de normas que

--

rerá atomisticamente tal como prevê a teoria da acumulação ou sobre todo o instrumento coletivo como a teoria do conglobamento. A verificação da norma mais favorável ocorre

4 Ver caderno que acompanha este livro. Lá foram feitos comentários detalhados sobre a MP nº 808/2017, que alterou diversos dispositivos da Reforma Trabalhista.

-quada à operacionalização do critério hierárquico nor-mativo preponderante no Direito do Trabalho. A seu favor tem a virtude de não incorporar as apontadas distorções da teoria da acumulação, além de ser a única teoria a har-

-lhista com a essencial noção de sistema inerente à ideia de

Curso do Direito do Trabalho. 7. ed. São Paulo: LTr, 2008. p. 183.

-nado assunto6. Contudo, essa teoria também

Martins7, a análise de instituto por instituto também deve ser considerada como teoria da acumulação, uma vez que o conglobamento

se aferir o que é mais favorável. Para o autor, a

pois ao mesmo tempo em que se confere uma condição, negocia-se outra menos benéfica. Se selecionarmos instituto por instituto, ora da convecção coletiva, ora do acordo coletivo,

negociado pelos entes sindicais. Esta teoria é aplicada aos trabalhadores contratados no Brasil para a prestação de serviços no exterior,

Para a semana antes da prova, segue o quadri-nho de resumo sobre as fontes de Direito do Tra-balho:

1.3. INTEGRAÇÃO

Integração: Diante da complexidade da socie-dade contemporânea e de suas constantes mudanças, o legislador não possui condições de prever todos os acontecimentos sociais e editar

a ocorrer na sociedade. A fim de evitar que o con-flito fique sem solução, surge a importante tarefa

criando-se a ideia de completude do ordena-mento. Portanto, integrar significa completar as lacunas deixadas pelo legislador.

Tipos de integração: De acordo com o art. 8º da CLT, na ausência de legislação ou disposição contratual, a Justiça do Trabalho e as autoridades administrativas poderão se valer de técnicas de integração. Se houver um caso ainda não pre-

6 CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 8. ed. São

7 MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários à CLTPaulo: Atlas, 2015. p. 713-714.

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1152 03/01/2018 22:44:05

Direito do Trabalho Dicas 1153

a função do magistrado é pacificar os conflitos,

caso. São técnicas de integração:

a) Analogia: ocorre quando uma lei seme-lhante é utilizada para regular o caso em que

b) Equidade:

aplicada com bom senso, com razoabilidade. Nesse caso, permite-se a criação de norma

--

são legal a respeito8;

c) Princípios gerais de Direito: exercem importante função integrativa, pois coexis-

eventual lacuna.

d) Costumes: compreendem a prática reiterada de uma conduta em dada região ou empresa, por exemplo, o costume em determinada ati-

de dispositivo legal a respeito de determi-nado assunto e desde que não contrarie a Constituição Federal ou outra legislação, per-mite-se a utilização dos costumes para suprir a lacuna da lei trabalhista.

e) Direito comparado: refere-se ao confronto das leis de diversos Estados em diversos momentos históricos para estabelecer dife-

Se verificada determinada lacuna no ordena--

lise de outros ordenamentos quando for pos-

de determinado conflito.

f) Jurisprudência: é a decisão reiterada no mesmo sentido sobre a mesma matéria.

-siderada como fonte de integração. Há duas correntes sobre o tema:

defende que não, pois as decisões reitera-das dos Tribunais não têm força normativa;

2) A segunda corrente é no sentido de que, com base no do artigo 8º da CLT, há pos-sibilidade de utilização como norma.

-lizam-se das súmulas e OJs do TST como forma de suprir as diversas lacunas deixa-das pela CLT.

8 GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito do Traba-lho. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013. p. 71.

Reforma Trabalhista: A Reforma Trabalhista modificou o art. 8º da CLT e trouxe impactos no âmbito da integração do Direito do Trabalho:

IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Direito comum como fonte subsidiária. A Reforma Trabalhista remove a exigência de compatibilidade

-cação do direito comum como fonte subsidiária.Antes da Reforma Trabalhista: A redação do art. 8º, parágrafo único, da CLT previa o direito comum como fonte subsidiária do Direito do Trabalho,

Restrição à jurisprudência consolidada do TST e

dos TRTs. A Lei nº 13.467/17 (Reforma Trabalhista) acrescentou o § 2º ao art. 8º da CLT, estabelecendo

editadas pelo TST e pelos TRTs não podem restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações

Antes da Reforma Trabalhista:

dispositivo que limitava a possibilidade de criação

dos TRTs.Controle dos instrumentos coletivos de traba-

lho. Foi ainda acrescentado o § 3º ao art. 8º da CLT, o qual estabelece uma limitação no controle do Poder Judiciário dos instrumentos coletivos de tra-balho. De acordo com o dispositivo, no exame da convenção coletiva ou do acordo coletivo, a Justiça do Trabalho deve analisar exclusivamente a confor-

--

Antes da Reforma Trabalhista:

nenhuma restrição quanto à análise dos instrumen-tos coletivos de trabalho – acordo coletivo e con-venção coletiva – pelo Poder Judiciário.

1.4. FLEXIBILIZAÇÃO

Flexibilização: redução da rigidez das leis tra-

ênfase ao negociado em detrimento do legislado. Na flexibilização permanecem as normas bási-cas de proteção ao trabalhador, mas permite-se maior amplitude dos acordos e convenções para adaptação das cláusulas contratuais às realidades econômicas da empresa e às realidades regionais. Foi o que ocorreu com a Reforma Trabalhista, pois foram criadas normas que preveem a valorização do negociado sobre o legislado (art. 611-A, CLT) .

comentários detalhados sobre a MP nº 808/2017, que alterou diversos dispositivos da Reforma Trabalhista.

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1153 03/01/2018 22:44:05

Henrique Correia1154

Desregulamentação: ocorre quando há ausên-cia total da legislação protetiva, isto é, substitui-ção do legislado pelo negociado. Nesse caso, não haveria a intervenção do Estado na elaboração das leis, deixando para as partes a elaboração das condições de trabalho.

Lay off: Diante de retrações no mercado e crises econômicas, é comum que empresas reduzam o número de empregados para viabilizar a conti-nuação da atividade produtiva. Nesse sentido, para evitar a ocorrência de demissões em massa de empregados e permitir maior qualificação profissional dos empregados, é necessário ado-tar medidas que garantam a manutenção dos contratos de trabalho mesmo em momentos de crise. Uma dessas hipóteses é o denominado lay off, que se refere ao afastamento temporário do empregado mediante recebimento de licença remunerada.

Nesse sentido, o art. 476-A da CLT estabelece hipótese de suspensão do contrato de trabalho

-gado participe de curso de qualificação profis-sional, na qual não será devido o pagamento de salários.

Programa Seguro-Emprego (PSE). Em novem-

prevendo nova hipótese de lay off como resposta ao aumento no número de desempregos diante de crise econômica. Nesse sentido, criou-se o Programa de Proteção ao Emprego – PPE. Cabe destacar que, recentemente (26/06/2017), foi promulgada a Lei nº 13.456/2017, que modificou e prorrogou por mais dois anos a vigência do pro-grama, denominando-o agora Programa Seguro-Emprego (PSE).

De acordo com essa regulamentação, permite-

de seus empregados em até 30% com a corres-pondente diminuição do salário. O valor pago pelo empregador após a redução não pode ser

coletivo com o sindicato profissional. A redução pode ter duração de até 6 meses, prorrogáveis até o limite de 24 meses. O candidato deverá estar atento a essa nova legislação!

2. DIREITOS CONSTITUCIONAIS DOS TRA-

BALHADORES

Os direitos constitucionais dos trabalhadores estão previstos especialmente nos arts. 7º a 11 da

prévia desses artigos antes de sua prova para o TST.

Além disso, o candidato deve estar atento ao pre-visto no arts. 5º, I a VI, VIII a XVIII, XX, XXIII, XXIX, 6º, 37,

Optamos por incluir a transcrição dos artigos para facilitar os estudos:

Constituição Federal

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e

do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I – homens e mulheres são iguais em direitos e obriga-ções, nos termos desta Constituição;

II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

III – ninguém será submetido a tortura nem a trata-mento desumano ou degradante;

IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

VI – é inviolável a liberdade de consciência e de

religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

(...)

VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de

salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alter-nativa, fixada em lei;

-

de censura ou licença;

X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a inde-nização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

nela podendo penetrar sem consentimento do mora-dor, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determi-

XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comuni-cações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem

para fins de investigação criminal ou instrução proces-sual penal;

profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1154 03/01/2018 22:44:05

Direito do Trabalho Dicas 1155

XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao

XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independente-mente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

-tos, vedada a de caráter paramilitar;

XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

(...)

XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

(...)

XXIII – a propriedade atenderá a sua função social;

(...)

XXIX – a lei assegurará aos autores de inventos indus-triais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desen-

(...)

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a ali-mentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à mater-nidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

I – relação de emprego protegida contra despedida -

plementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;

II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

III – fundo de garantia do tempo de serviço;

unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais

educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte

preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vin-culação para qualquer fim;

V – piso salarial proporcional à extensão e à complexi-dade do trabalho;

VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

para os que percebem remuneração variável;

VIII – décimo terceiro salário com base na remunera-ção integral ou no valor da aposentadoria;

IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

X – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;

XI – participação nos lucros, ou resultados, desvincu-lada da remuneração, e, excepcionalmente, participa-ção na gestão da empresa, conforme definido em lei;

trabalhador de baixa renda nos termos da lei;

XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada

mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

em turnos ininterruptos de revezamento, salvo nego-ciação coletiva;

XV – repouso semanal remunerado, preferencial-mente aos domingos;

XVI – remuneração do serviço extraordinário superior,

XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;

do salário, com a duração de cento e vinte dias;

XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

XX – proteção do mercado de trabalho da mulher,

XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço,

XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

XXIV – aposentadoria;

XXV – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;

XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

XXVII – proteção em face da automação, na forma da lei;

XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1155 03/01/2018 22:44:05

Henrique Correia1268

XVII – normas de saúde, higiene e segurança do traba-lho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho;

XVIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas;

XIX – aposentadoria;

XX – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador;

XXI – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;

XXII – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador com defi-ciência;

XXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insa-lubre a menores de dezoito anos e de qualquer traba-lho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;

XXIV – medidas de proteção legal de crianças e adoles-centes;

-

XXVI – liberdade de associação profissional ou sindical do trabalhador, inclusive o direito de não sofrer, sem sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou des-conto salarial estabelecidos em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho;

XXVII – direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender;

XXVIII – definição legal sobre os serviços ou atividades essenciais e disposições legais sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade em caso de greve;

XXIX – tributos e outros créditos de terceiros;

Parágrafo único. Regras sobre duração do trabalho e intervalos não são consideradas como normas de saúde, higiene e segurança do trabalho para os fins do disposto neste artigo.

Art. 614. (...)

§ 3º Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho superior a dois anos, sendo vedada a ultratividade.

Art. 620. As condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho.

Art. 634. (...)

§ 2º Os valores das multas administrativas expressos em

Referencial (TR), divulgada pelo Banco Central do Brasil,

> Lei nº 6.019/1974 (Terceirização)

Art. 4º-A. Considera-se prestação de serviços a tercei-ros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade

-vel com a sua execução.

Art. 4º-C. São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4º-A desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem exe-cutados nas dependências da tomadora, as mesmas con-dições:

I – relativas a:

a) alimentação garantida aos empregados da contra-tante, quando oferecida em refeitórios;

b) direito de utilizar os serviços de transporte;

c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado;

d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir.

II – sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segu-rança no trabalho e de instalações adequadas à presta-ção do serviço.

§  1º Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada

da contratante, além de outros direitos não previstos neste artigo.

§  2º Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em número igual ou superior a 20% (vinte por cento) dos empregados da contratante, esta poderá disponibilizar aos empregados da contra-tada os serviços de alimentação e atendimento ambula-torial em outros locais apropriados e com igual padrão de atendimento, com vistas a manter o pleno funciona-mento dos serviços existentes.

Art. 5º-A.

celebra contrato com empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal.

Art. 5º-C. Não pode figurar como contratada, nos termos

sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou

-ridos titulares ou sócios forem aposentados.

Art. 5º-D. O empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da demissão do empregado.

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1268 03/01/2018 22:44:27

Direito do Trabalho Dicas 1269

> Lei nº 8.036/1990 (FGTS)

Art. 20. (...)

I-A – extinção do contrato de trabalho prevista no art. 484-A da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), apro-

> Revogação de artigos (Lei nº 13.467/2017)

Art. 5º Revogam-se:

I – os seguintes dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º

a) § 3º do art. 58;

c) art. 84;

d) art. 86;

e) art. 130-A;

f ) § 2º do art. 134;

g) § 3º do art. 143;

h) parágrafo único do art. 372;

i) art. 384;

k) art. 601;

l) art. 604.

SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRU-

DENCIAIS DO TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHO

1. REGULAMENTO DE EMPRESA (NORMA

REGULAMENTAR)

Súmula nº 51 do TST111. Norma regulamentar.

Vantagens e opção pelo novo regulamento. Art.

468 da CLT.

I – As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alte-rem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento.

II – Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem

Súmula nº 202 do TST112. Gratificação por tempo

de serviço. Compensação.

Existindo, ao mesmo tempo, gratificação por tempo de serviço outorgada pelo empregador e outra da mesma natureza prevista em acordo coletivo, convenção cole-

111 Esta súmula será impactada pelo art. 611-A, VI da CLT acres-centado pela Reforma Trabalhista – Lei nº 13.467/2017.

112 Esta súmula será impactada pelo art. 611-A, VI da CLT acres-centado pela Reforma Trabalhista – Lei nº 13.467/2017.

tiva ou sentença normativa, o empregado tem direito

Súmula nº 77 do TST. Punição.

Nula é a punição de empregado se não precedida de inquérito ou sindicância internos a que se obrigou a empresa por norma regulamentar.

Súmula nº 186 do TST. Licença-prêmio. Conver-

são em pecúnia. Regulamento da empresa.

A licença-prêmio, na vigência do contrato de trabalho, não pode ser convertida em pecúnia, salvo se expres-samente admitida a conversão no regulamento da empresa.

OJ nº 56 da SDI – I do TST. Nossa Caixa-Nosso

Banco (Caixa Econômica do Estado de São Paulo).

Regulamento. Gratificação especial e/ou anuênios.

Direito reconhecido apenas àqueles empregados que -

mente à Caixa.

1.1. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTA-

DORIA

Súmula nº 288 do TST. Complementação dos

proventos da aposentadoria

I - A complementação dos proventos de aposenta-

previdência privada fechada, é regida pelas normas em vigor na data de admissão do empregado, ressal-vadas as alterações que forem mais benéficas (art. 468 da CLT);

II - Na hipótese de coexistência de dois regulamentos de

empregador ou por entidade de previdência privada, a

de renúncia às regras do outro;

III - Após a entrada em vigor das Leis Complementares -

ção dos proventos de aposentadoria pelas normas vigen-tes na data da implementação dos requisitos para obten-

-ticipante que anteriormente implementara os requisitos

que até então não preenchera tais requisitos.

IV - O entendimento da primeira parte do item III aplica-se aos processos em curso no Tribunal Superior do Traba-

decisão de mérito por suas Turmas e Seções.

Súmula nº 87 do TST. Previdência privada

-tuição previdenciária privada, criada pela empresa, van-

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1269 03/01/2018 22:44:27

Henrique Correia1270

Súmula nº 92 do TST. Aposentadoria

O direito à complementação de aposentadoria, criado pela empresa, com requisitos próprios, não se altera

oficial.

Súmula nº 97 do TST. Aposentadoria. Comple-

mentação

da empresa, expressamente dependente de regulamen-tação, as condições desta devem ser observadas como parte integrante da norma.

OJ nº 276 da SDI – I do TST. Ação declaratória.

Complementação de aposentadoria

complementação de aposentadoria, se ainda não atendi-

por via regulamentar, ou por acordo coletivo.

Súmula nº 72 do TST. Aposentadoria

-mentar da empresa não está condicionado ao disposto

OJ nº 224 da SDI – I do TST. Complementa-

ção de aposentadoria. Reajuste. Lei nº 9.069, de

29.06.1995.

I – A partir da vigência da Medida Provisória nº 542, de

-doria passou a ser anual e não semestral, aplicando-se o

rebus sic stantibus diante da nova ordem eco-nômica.

-mentação de aposentadoria – de semestral para anual –,

Súmula nº 313 do TST. Complementação de apo-

sentadoria. Proporcionalidade. Banespa

A complementação de aposentadoria, prevista no art. 106, e seus parágrafos, do regulamento de pessoal edi-

tenham 30 (trinta) ou mais anos de serviços prestados exclusivamente ao banco.

Súmula nº 332 do TST. Complementação de apo-

sentadoria. Petrobras. Manual de

pessoal. Norma programática

As normas relativas à complementação de aposenta-doria, inseridas no Manual de Pessoal da Petrobras, têm caráter meramente programático, delas não resultando direito à referida complementação.

OJ nº 18 da SDI – I do TST. Complementação de

aposentadoria. Banco do Brasil

I – O valor das horas extras integra a remuneração do empregado para o cálculo da complementação de apo-sentadoria, desde que sobre ele incida a contribuição à Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – PREVI, observado o respectivo regulamento no tocante à integração;

II – Os adicionais AP e ADI não integram o cálculo para a apuração do teto da complementação de aposentadoria;

III – No cálculo da complementação de aposentadoria deve-se observar a média trienal;

IV – A complementação de aposentadoria proporcional aos anos de serviço prestados exclusivamente ao Banco do Brasil somente se verifica a partir da Circular Funci nº

assegura a complementação de aposentadoria integral, porque não aprovado pelo órgão competente ao qual a instituição se subordina.

2. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA

LEI

OJ nº 362 da SDI – I do TST. Contrato nulo. Efeitos.

FGTS. Medida provisória 2.164-41, de 24.08.2001, e

art. 19-A da Lei nº 8.036, de 11.05.1990. Irretroati-

vidade

--

tratos declarados nulos celebrados antes da vigência da Medida Provisória nº 2.164-41, de 24.08.2001.

Súmula nº 307 do TST. Juros. Irretroatividade do

Decreto-lei nº 2.322, de 26.02.1987

-var a legislação então vigente.

3. PROGRAMA DE INCENTIVO À DEMIS-

SÃO VOLUNTÁRIA

OJ nº 270 da SDI – I do TST113. Programa de

incentivo à demissão voluntária. Transação extra-

judicial. Parcelas oriundas do extinto contrato de

trabalho. Efeitos

-trato de trabalho ante a adesão do empregado a plano de demissão voluntária implica quitação exclusivamente das parcelas e valores constantes do recibo.

113 pelo art. 477-B da CLT acrescentado pela Reforma Trabalhista – Lei nº 13.467/2017.

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1270 03/01/2018 22:44:27

Direito do Trabalho Dicas 1271

OJ nº 356 da SDI – I do TST114. Programa de

incentivo à demissão voluntária (PDV). Créditos

trabalhistas reconhecidos em juízo. Compensação.

Impossibilidade

Os créditos tipicamente trabalhistas reconhecidos em -

zação paga em decorrência de adesão do trabalhador a Programa de Incentivo à Demissão Voluntária (PDV).

OJ nº 207 da SDI – I do TST. Programa de incen-

tivo à demissão voluntária. Indenização. Imposto

de renda. Não-incidência

A indenização paga em virtude de adesão a programa de -

dência do imposto de renda.

4. EMPREGADO

4.1. DIRETOR ELEITO

Súmula nº 269 do TST. Diretor eleito. Cômputo

do período como tempo de serviço

O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se com-

-

emprego.

4.2 EMPREGADO BANCÁRIO

Súmula nº 287 do TST. Jornada de trabalho.

Gerente bancário

de agência é regida pelo art. 224, § 2º, da CLT. Quanto ao -

cio de encargo de gestão, aplicando-se-lhe o art. 62 da CLT.

Súmula nº 102 do TST. Bancário. Cargo de con-

fiança

confiança a que se refere o art. 224, § 2º, da CLT, depen-dente da prova das reais atribuições do empregado, é

embargos.

II – O bancário que exerce a função a que se refere o § 2º do art. 224 da CLT e recebe gratificação não inferior a um

extraordinárias excedentes de seis.

III – Ao bancário exercente de cargo de confiança pre-

114 pelo art. 477-B da CLT acrescentado pela Reforma Trabalhista – Lei nº 13.467/2017.

pagamento a menor da gratificação de 1/3.

extraordinárias as trabalhadas além da oitava.

V – O advogado empregado de banco, pelo simples exer-

enquadrando, portanto, na hipótese do § 2º do art. 224 da CLT.

VI – O caixa bancário, ainda que caixa executivo, não exerce cargo de confiança. Se perceber gratificação igual ou superior a um terço do salário do posto efetivo, essa remunera apenas a maior responsabilidade do cargo e não as duas horas extraordinárias além da sexta.

VII – O bancário exercente de função de confiança, que percebe a gratificação não inferior ao terço legal, ainda que norma coletiva contemple percentual superior, não tem direito às sétima e oitava horas como extras, mas tão somente às diferenças de gratificação de função, se postuladas.

Súmula nº 109 do TST. Gratificação de função

O bancário não enquadrado no § 2º do art. 224 da CLT, que receba gratificação de função, não pode ter o salário relativo a horas extraordinárias compensado com o valor daquela vantagem.

Súmula nº 199 do TST. Bancário. Pré-contrata-

ção de horas extras

I – A contratação do serviço suplementar, quando da admis--

-quenta por cento), as quais não configuram pré-contrata-ção, se pactuadas após a admissão do bancário.

II – Em se tratando de horas extras pré-contratadas,

no prazo de cinco anos, a partir da data em que foram suprimidas.

Súmula nº 124 do TST115. Bancário. Salário-hora.

Divisor

I - o divisor aplicável para o cálculo das horas extras do bancário será:

horas prevista no caput do art. 224 da CLT;

oito horas, nos termos do § 2º do art. 224 da CLT.

II – Ressalvam-se da aplicação do item anterior as deci-

-

115TST acerca do Incidente de Recursos de Revista Repetiti-

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1271 03/01/2018 22:44:27

Henrique Correia1306

14.7. NEGOCIAÇÃO COLETIVA

OJ nº 2 da SDC do TST – Acordo homologado.

Extensão a partes não subscreventes. Inviabilidade.

É inviável aplicar condições constantes de acordo homo-

às partes que não o subscreveram, exceto se observado o procedimento previsto no art. 868 e seguintes, da CLT.

OJ nº 5 da SDC do TST. Dissídio coletivo. Pessoa

jurídica de direito público. Possibilidade jurídica.

Cláusula de natureza social.

-

para apreciação de cláusulas de natureza social. Inteli-gência da Convenção nº 151 da Organização Interna-cional do Trabalho, ratificada pelo Decreto Legislativo nº 206/2010.

OJ nº 8 da SDC do TST – Dissídio coletivo. Pauta

reivindicatória não registrada em ata. Causa de

extinção.

A ata da assembleia de trabalhadores que legitima a atu-ação da entidade sindical respectiva em favor de seus interesses deve registrar, obrigatoriamente, a pauta rei-vindicatória, produto da vontade expressa da categoria.

OJ nº 18 da SDC do TST – Descontos autorizados

no salário pelo trabalhador. Limitação máxima de

70% do salário base.

Os descontos efetuados com base em cláusula de acordo firmado entre as partes não podem ser superiores a 70% do salário base percebido pelo empregado, pois deve-se

-dor.

OJ nº 20 da SDC do TST – Empregados sindica-

lizados. Admissão preferencial. Condição violadora

do art. 8º, V, da CF88.

normativo que estabelece a preferência, na contratação de mão de obra, do trabalhador sindicalizado sobre os demais.

OJ nº 23 da SDC do TST – Legitimidade “ad cau-

sam”. Sindicato representativo de segmento profis-

sional ou patronal. Impossibilidade.

A representação sindical abrange toda a categoria, não comportando separação fundada na maior ou menor dimensão de cada ramo ou empresa.

OJ nº 25 da SDC do TST – Salário normativo. Con-

trato de experiência. Limitação. Tempo de serviço.

Possibilidade.

CF/88) a previsão de salário normativo tendo em vista o fator tempo de serviço.

OJ nº 26 da SDC do TST – Salário normativo.

Menor empregado. Art. 7º, XXX, da CF/88. Violação.

Os empregados menores não podem ser discriminados

categoria.

OJ nº 30 da SDC do TST – Estabilidade da ges-

tante. Renúncia ou transação de direitos constitu-

cionais. Impossibilidade.

-nidade foi erigida à hierarquia constitucional, pois reti-rou do âmbito do direito potestativo do empregador a possibilidade de despedir arbitrariamente a empregada

torna-se nula de pleno direito a cláusula que estabelece a possibilidade de renúncia ou transação, pela gestante, das garantias referentes à manutenção do emprego e salário.

OJ nº 31 da SDC do TST – Estabilidade do aciden-

tado. Acordo homologado. Prevalência. Impossibi-

lidade. Violação do art. 118 da lei nº 8.213/91.

vigente, quando ele é menos benéfico do que a própria lei, porquanto o caráter imperativo dessa última res-tringe o campo de atuação da vontade das partes.

15.8. GREVE

OJ nº 10 da SDC do TST. Greve abusiva não gera

efeitos.

movimento grevista o estabelecimento de quaisquer

os riscos inerentes à utilização do instrumento de pres-são máximo.

OJ nº 11 da SDC do TST. Greve. Imprescindibi-

lidade de tentativa direta e pacífica da solução do

conflito. Etapa negocial prévia.

tentado, direta e pacificamente, solucionar o conflito que

OJ nº 38 da SDC do TST. Greve. Serviços essen-

ciais. Garantia das necessidades inadiáveis da

população usuária. Fator determinante da qualifi-

cação jurídica do movimento.

É abusiva a greve que se realiza em setores que a lei define como sendo essenciais à comunidade, se não é assegurado o atendimento básico das necessidades inadiáveis dos usuários do serviço, na forma prevista na

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1306 03/01/2018 22:44:32

Direito do Trabalho Dicas 1307

SÚMULAS E OJS DO TST QUE SERÃO IM-

PACTADAS PELA REFORMA TRABALHISTA

EM DIREITO DO TRABALHO172173174175176177

Súmulas e OJs do TST

que serão impactadas

pela Reforma Traba-

lhista

Artigo da Reforma

Trabalhista

(Fundamento)

Súmula nº 6 do TST Art. 461 da CLTSúmula nº 51 do TST Art. 611-A, VI, da CLT172

Súmula nº 85 do TSTArt. 58, § 2º, da CLT

Súmula nº 101 do TST Art. 457, § 1º e 2º, da CLTSúmula nº 114 do TST Art. 11-A, da CLTSúmula nº 115 do TST Art. 457, § 1º, da CLTSúmula nº 127 do TST Art. 461, § 2º, da CLT

Art. 8º, § 2º, da CLTSúmula nº 153 do TST Art. 11-A, § 2º, da CLTSúmula nº 202 do TST Art. 611-A, VI, da CLT173

Súmula nº 203 do TST Art. 457, § 1º, da CLTSúmula nº 226 do TST Art. 457, § 1º, da CLTSúmula nº 241 do TST Art. 457, § 2º, da CLTSúmula nº 253 do TST Art. 457, § 1º, da CLTSúmula nº 268 do TST Art. 11, § 3º, da CLTSúmula nº 277 do TST Art. 614, § 3º, da CLT

Art. 11, § 2º, da CLTSúmula nº 318 do TST Art. 457, § 1º e 2º, da CLT174

Súmula nº 320 do TST Art. 58, § 2º, da CLTSúmula nº 330 do TST Art. 477 e 507-B, da CLT

Súmula nº 331 do TSTArt. 4º-A, 4º-C, 5º-A, 5º-C e

Súmula nº 338 do TST Art. 611-A, X, da CLT175

Súmula nº 354 do TST Art. 611-A, IX, da CLT176

Súmula nº 366 do TST Art. 4º, § 2º, da CLTSúmula nº 372 do TST Art. 468, § 2ºSúmula nº 428 do TST Art. 611-A, VIII, da CLT177

172 Ver caderno que acompanha este livro. Lá foram feitos comentários detalhados sobre a MP nº 808/2017, que alterou diversos dispositivos da Reforma Trabalhista.

173 Ver caderno que acompanha este livro. Lá foram feitos comentários detalhados sobre a MP nº 808/2017, que alterou diversos dispositivos da Reforma Trabalhista.

174 Ver caderno que acompanha este livro. Lá foram feitos comentários detalhados sobre a MP nº 808/2017, que alterou diversos dispositivos da Reforma Trabalhista.

175 Ver caderno que acompanha este livro. Lá foram feitos comentários detalhados sobre a MP nº 808/2017, que alterou diversos dispositivos da Reforma Trabalhista.

176 Ver caderno que acompanha este livro. Lá foram feitos comentários detalhados sobre a MP nº 808/2017, que alterou diversos dispositivos da Reforma Trabalhista.

177 Ver caderno que acompanha este livro. Lá foram feitos comentários detalhados sobre a MP nº 808/2017, que alterou diversos dispositivos da Reforma Trabalhista.

Art. 8º, § 2º, da CLT

Súmula nº 432 do TST583, 587 e 602 da CLT

Súmula nº 437 do TSTArt. 71, § 4º e 611-A, III, ambos da CLT

Súmula nº 440 do TST Art. 8º, § 2º, da CLTSúmula nº 444 do TST 178

OJ nº 14 da SDI-I do TST Art. 477, § 6º, da CLTOJ nº 235 da SD-I do TST Art. 611-A, IX, da CLTOJ nº 261 da SD-I do TST Art. 448-A, da CLTOJ nº 270 da SDI-I do TST Art. 477-B da CLTOJ nº 322 da SDI-I do TST Art. 614, § 3º, da CLTOJ nº 355 da SDI-I do TST Art. 71, § 4º, da CLTOJ nº 356 da SDI-I do TST Art. 477-B da CLT

OJ nº 383 da SDI-I do TSTArt. 4º-C, § 1º, Lei nº

OJ nº 388 da SDI-I do TST 180

Art. 11, § 3º, da CLTOJ nº 411 da SDI-I do TST Art. 448-A da CLTOJ nº 418 da SDI-I do TST Art. 461, § 3º, da CLT

INFORMATIVOS DO TST

1. REGULAMENTO INTERNO178179180

CEF. Norma interna. CI/SUPES/GERET 293/2006.

Validade. Opção pela jornada de oito horas.

Ingresso em juízo. Retorno automático à jornada de

seis horas. Orientação Jurisprudencial Transitória

nº 70 da SBDI-I.

expedida pela Caixa Econômica Federal (CEF), que deter-

-moniza com o reconhecimento da nulidade da opção

Transitória nº 70 da SBDI-I, não havendo falar, portanto, em ofensa ao direito constitucional de acesso ao poder

Com esse entendimento, a SBDI-I, em sua composição plena, conheceu dos embargos interpostos pela CEF,

prevalecente da Presidência, deu-lhes provimento para -

ção trabalhista. Vencidos o Desembargador Convocado

178 Ver caderno que acompanha este livro. Lá foram feitos comentários detalhados sobre a MP nº 808/2017, que alterou diversos dispositivos da Reforma Trabalhista.

Ver caderno que acompanha este livro. Lá foram feitos comentários detalhados sobre a MP nº 808/2017, que alterou diversos dispositivos da Reforma Trabalhista.

180 Ver caderno que acompanha este livro. Lá foram feitos comentários detalhados sobre a MP nº 808/2017, que alterou diversos dispositivos da Reforma Trabalhista.

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1307 03/01/2018 22:44:32

Henrique Correia1308

Sebastião Geraldo de Oliveira, relator, e os Ministros Lelio Bentes Corrêa, Horácio Raymundo de Senna Pires, Rosa Maria Weber, Augusto César Leite de Carvalho, José

TST-E-ED-RR-13300-70.2007.5.15.0089, SBDI-I, rel. Des. Convo-cado Sebastião Geraldo de Oliveira, red. p/ acórdão Min. Brito Pereira, 18.4.2013 (Informativo nº 43)

1.1.REQUISITOS PARA DISPENSA PREVIS-

TO EM REGULAMENTO INTERNO

Sociedade de economia mista. Privatização.

Demissão por justa causa. Necessidade de motiva-

ção do ato demissional. Previsão em norma interna.

Descumprimento. Nulidade da despedida. Reinte-

gração. Art. 182 do CC.

A inobservância da norma interna do Banestado, socie-dade de economia mista sucedida pelo Itaú Unibanco S.A., que previa a instauração de procedimento adminis-trativo para apuração de falta grave antes da efetivação

de dispensa ocorrido antes do processo de privatização, assegurando ao trabalhador, por conseguinte, a reinte-gração no emprego, com base no disposto no art. 182 do

-dimento, a SBDI-I, por maioria, conheceu dos embargos,

provimento. Vencidos os Ministros Aloysio Corrêa da Veiga, relator, Ives Gandra Martins Filho, Brito Pereira e Maria Cristina Peduzzi, que davam parcial provimento

aplicada, convertê-la em demissão imotivada e determi-nar o pagamento das diferenças relativas às verbas res-cisórias devidas. TST-E-ED-RR-22900-83.2006.5.09.0068, SBDI-I, rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga, red. p/ acórdão Min. João Oreste Dalazen, 6.12.2012 (Informativo 33)

1.2. DESCUMPRIMENTO DE NORMA IN-

TERNA

Progressão salarial anual. Ausência de avalia-

ções de desempenho. Descumprimento de norma

interna. Art. 129 do CC. Diferenças salariais devi-

das.

Diante da omissão do empregador em proceder à ava-liação de desempenho estabelecida como requisito à progressão salarial anual prevista em norma interna da empresa, considera-se implementada a referida con-

reclamado em atender critérios por ele mesmo estabe-

expectativa do empregado de obter aumento salarial previsto em regulamento da empresa, sob pena de se caracterizar condição suspensiva que submete a efi-

o que é vedado pelo art. 122 do CC. Com esse enten-dimento, a SBDI-I, por unanimidade, conheceu dos

de diferenças salariais decorrente da progressão salarial anual por desempenho obstada pelo recorrido. TST-E-E-D-RR-25500-23.2005.5.05.0004, SBDI-I, rel. Min. Augusto César Leite de Carvalho, 12.4.2012. (Informativo nº 5)

Promoção por antiguidade. Resolução da

empresa que fixa em zero o percentual de emprega-

dos passíveis de promoção. Equivalência à inobser-

vância do regulamento interno. Prescrição parcial.

Orientação Jurisprudencial nº 404 da SBDI-I.

A resolução da empresa que fixa em zero o percentual -

dade, assegurada em regulamento interno, não implica alteração do pactuado e a consequente prescrição total

-cial, nos termos da Orientação Jurisprudencial nº 404 da SBDI-I. Comesse entendimento, a SBDI-I, por maioria, vencidos os Ministros Ives Gandra Martins Filho e Brito Pereira, deu provimento ao agravo e, ainda por maioria,

logo o recurso de embargos para dele conhecer, por contrariedade à Orientação Jurisprudencial nº 404 da SBDI-I, e dar-lhe provimento para, reformando o acórdão embargado, determinar o retorno dos autos à Turma de

revista, afastada a prescrição total da pretensão às pro-moções. TST-Ag-E-RR-36740-87.2007.5.04.0611, SBDI-I, rel. Min. Ives Gandra da Silva Martins Filho, red. p/ acórdão Min. Augusto César Leite de Carvalho, 7.2.2013 (Informativo nº 35)

1.3. REGULAMENTO INTERNO – PROGRES-

SÃO HORIZONTAL POR MERECIMENTO

ECT. Plano de Cargos e Salários. Progressão hori-

zontal por merecimento. Deliberação da diretoria.

Requisito essencial. Não caracterização de condi-

ção puramente potestativa.

A deliberação da diretoria a que se refere o Plano de Car-gos e Salários da Empresa de Correios e Telégrafos – ECT constitui requisito essencial à concessão de progressão horizontal por merecimento, na medida em que esta

excelência profissional do empregado, os quais somente podem ser avaliados pela empregadora, não cabendo

simplesmente potestativa, pois dependente não apenas da vontade da empregadora, mas também de fatores

-gressão (desempenho funcional e existência de recursos financeiros), distinguindo-se, portanto, da promoção

entendimento, a SBDI-I, em sua composição plena, por maioria, vencido o Ministro Lelio Bentes Corrêa, conhe-

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1308 03/01/2018 22:44:32

Direito do Trabalho Dicas 1309

-dencial. No mérito, ainda por maioria, a Subseção negou provimento ao recurso, vencidos os Ministros Aloysio Corrêa da Veiga, relator, Lelio Bentes Corrêa, Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, Augusto César Leite de

Arantes, que entendiam caracterizada a condição pura-mente potestativa, e, como tal, inválida, nos termos do art. 122 do CC, uma vez que, ao vincular a progressão por merecimento à deliberação da diretoria, estabeleceu-se

empresa, privando os trabalhadores da obtenção da referida promoção. TST-E-RR-51-16.2011.5.24.0007, SBDI-I, rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga, red. p/ acórdão Min. Renato de Lacerda Paiva, 8.11.2012 (Informativo nº 29)

1.4. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTA-

DORIA

CEF. Complementação de aposentadoria. CTVA.

Integração. Natureza salarial.

A parcela denominada Complemento Temporário Vari-

compatibilizar a gratificação de confiança com os valo-

devendo, por consequência, compor o salário de contri-buição, para fins de recolhimento à FUNCEF, e refletir no cálculo da complementação de aposentadoria. Com esse entendimento, a SBDI-I, por unanimidade, conheceu dos

-dencial e, no mérito, negou-lhes provimento. Na espécie, consignou-se, ainda, que o próprio regulamento da FUN-CEF prevê a inclusão das funções de confiança no salário de contribuição. TST-E-ED-RR-16200-36.2008.5.04.0141, SBDI-I, rel. Min. Brito Pereira, 23.8.2012. (Informativo nº 19)

Comissão de Conciliação Prévia. Termo de qui-

tação. Eficácia liberatória. Diferenças em comple-

mentação de aposentadoria. Não abrangência.

A eficácia liberatória geral do termo de quitação refe-rente a acordo firmado perante a Comissão de Conci-liação Prévia (art. 625-E, parágrafo único, da CLT) possui abrangência limitada às verbas trabalhistas propria-mente ditas, não alcançando eventuais diferenças de complementação de aposentadoria. Com esse enten-dimento, a SBDI-I, por unanimidade, conheceu dos

deu-lhes parcial provimento para, afastada a quitação do termo de conciliação quanto aos reflexos das horas extras e do desvio de função sobre a complementação de aposentadoria, determinar o retorno dos autos à Vara

como entender de direito. Ressaltou-se, no caso, que a complementação de aposentadoria, embora decorrente do contrato de trabalho, não possui natureza trabalhista. Ademais, não se pode estender os efeitos da transação

firmada na CCP a entidade de previdência privada, por -

dico. TST-E-RR-141300-03.2009.5.03.0138, SBDI-I, rel. Min. Renato de Lacerda Paiva, 6.12.2012 (Informativo nº 33)

Previdência privada. Complementação de apo-

sentadoria. Reajuste salarial reconhecido judicial-

mente. Contribuição para a fonte de custeio. Inde-

vida. Ausência de previsão contratual.

Não cabe imputar ao empregado aposentado a contri-buição para a fonte de custeio de diferenças de com-

com o pessoal em atividade foi assegurada no contrato, sem a respectiva previsão de contribuição do assistido

-cionamento, a SBDI-I, à unanimidade, conheceu dos

deu-lhes provimento para afastar da condenação o recolhimento da cota previdenciária dos reclamantes. TST-ARR-217400-15.2008.5.07.0011, SBDII, rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga, 14.2.2013 (Informativo nº 36)

2. BANCÁRIO

Caixa bancário. Intervalo do digitador. Inde-

vido.

O caixa bancário não tem direito ao intervalo do digitador previsto no art. 72 da CLT, na NR 17 e nas normas coletivas da categoria, porquanto não desenvolve atividade pre-ponderantemente de digitação. Com esses fundamen-tos, a SBDI-I, por unanimidade, conheceu do recurso de

por maioria, deu-lhe provimento para, reformando a decisão embargada, restabelecer o acórdão do Regional que indeferiu o pagamento dos 10 minutos de intervalo para cada 50 minutos trabalhados. Vencidos os Minis-tros Cláudio Mascarenhas Brandão, Augusto César Leite de Carvalho, José Roberto Freire Pimenta e Hugo Car-

(Informativo nº 152 do TST).

Dano moral. Não configuração. Empregado de

instituição bancária. Quebra de sigilo bancário.

Procedimento indistinto adotado para todos os cor-

rentistas de instituição financeira. Determinação

do Banco Central.

Não configura dano moral a quebra do sigilo bancário

do Banco Central para, em procedimento geral ado-tado indistintamente em relação a todos os correntis-tas da instituição financeira, e não só aos empregados,

existência de movimentação extraordinária, emissão de cheques sem fundos e evitar lavagem de dinheiro. Com esse entendimento, a SBDI-I, por unanimidade,

Revisaco -OAB -Correia-Cunha-9ed.indb 1309 03/01/2018 22:44:32