evolução motor à gasolina_5

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Discentes: Ana Vitória P. Rothebarth Angélica L.B. de Campos Bruna de Rossi Giovanni B. da S. Santos Jocilan Lara Mara R. Garbelini Cuiabá, 2014. EVOLUÇÃO DO MOTOR À GASOLINA

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Evolução cronológico do motor a gasolina.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO ENGENHARIA SANITRIA E AMBIENTAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSOFACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIADEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITRIA E AMBIENTALDiscentes: Ana Vitria P. Rothebarth Anglica L.B. de Campos Bruna de Rossi Giovanni B. da S. Santos Jocilan Lara Mara R. GarbeliniCuiab, 2014.

EVOLUO DO MOTOR GASOLINADESENVOLVIMENTO DO MOTOR EXPLOSO1820 - W. Cecil Construiu os motores de combusto interna acionado pela exploso de um mistura de hidrognio e ar;

1838 - William Barnett - Patenteou a inveno de motor gs que comprimia uma mistura de combustvel;

1860 - Jean Joseph Inventou motor gs com cilindro que possua sistema de ignio com acumulador eltrico;

1862 - Beau de Rochas - Desenvolveu teoricamente um motor de quatro tempos;

1866 - Nikolaus August Otto e Eugen Langen - Construram um bem - sucedido motor gs de quatro tempos;

1876 - Otto e Langen - obtiveram patentes nos EUA dos motores de dois tempos e de quatro tempos.

2MOTOR GASOLINA/4 TEMPOS1833 - Gottlieb Daimler e Wilhelm Maybach Construram um carburador e o associaram a um sistema de ignio;

1885 - Gottlieb Daimler, scio de Otto e Langen, projeta o primeiro motor de quatro tempos a queimar gasolina;

1885 - Karl Benz, tambm desenvolveu um bem- sucedido motor exploso.

Os atuais motores conservam-se basicamente semelhantes a esses.

1886 Karl Benz recebeu a sua patente para um carro alimentado a gasolina.

1889 Daimler construiu uma verso melhorada do seu motor de combusto interna, desta fez com vlvulas em forma de cogumelo e dois cilindros dispostos em V.

1890 Wilhelm Maybach construiu o primeiro motor de quatro cilindros a quatro tempos.

1962 Alphonse Beau de Rochas, um engenheiro civil, patenteou mas nunca construiu um motor a quatro tempos.

CRNICAS DA POCALogo que os primeiros carros a motores de exploso comearam a circular nas estradas, diversos foram apedrejados por serem considerados "inimigos da segurana pblica, ruidosos e fedorentos" e muito perigosos com sua velocidade de 18 km por hora.

MOTOR DE COMBUSTO INTERNASo mquinas trmicas alternativas, destinadas ao suprimento de energia mecnica ou fora motriz de acionamento, podendo ser classificados como de ignio por centelha e ignio por compresso.

Realiza trabalho quando mistura de vapor de gasolina e ar dentro de um cilindro entra em combusto formando gases quentes. Estes expandem-se rapidamente e empurram as partes interiores do motor, levando-as mover-se. MOTOR DE COMBUSTO INTERNA

O Ciclo Otto de Quatro Tempos1 Admisso

2 Compresso

3 Combusto

4 EscapeMotor a gasolina Nicolaus August Otto, inventou em 1876 um motor a gasolina. construiu o primeiro motor de combusto interna a quatro tempos, qual chamou Ciclo de Otto

A ignio feita atravs da vela de ignio (dispositivo colocado na parte superior do cilindro, que produz fascas, as quais provocam a combusto).FUNCIONAMENTO DO MOTORO sistema de alimentao de um veculo tem como funo armazenar o combustvel e transferi-lo para os cilindros do motor nos respectivos tempos de admisso, devidamente misturado com o ar atmosfrico.

TIPOS DE ALIMENTAOCarburador Antiga e fora de uso nos veculos produzidos atualmente.

Injeo Eletrnica Usualmente utilizada, j com diversas evolues.

CARBURADOR

CARBURADORFoi o principal componente do sistema de alimentao, responsvel por administrar a mistura ar-combustvel nas propores necessrias (ALTESE, 2008).

Funo:Dosar a quantidade de combustvel; Dosar a quantidade de ar aspirado; Misturar o combustvel com o ar em proporo exata; Pulverizar a mistura ar/combustvelFUNCIONAMENTO DO CARBURADORA quantidade de mistura Ar/Combustvel dosada pelo fechamento da borboleta, comandada pelo pedal do acelerador quanto mais fundo pisado no acelerador, mais o sistema se abre, proporcionando uma maior quantidade de mistura admitida pelo motor.

CARBURADORES ELETRNICOSSurgiram atravs de recursos eletrnicos de controle, onde foram implementados acessrios eletromecnicos e eletropneumticos, passando a ter um melhor controle da marcha-lenta, partida a frio, abertura do segundo estgio, desaceleraes, etc.

INJEO ELETRNICACom a busca mundial em diminuir os nveis de emisso de poluentes, a tecnologia eletrnica passou a figurar como mtodo preciso de anlise e controle, atravs da Injeo Eletrnica por meio de sensores e atuadores e o carburador passou a ser obsoleto.

INJEO ELETRNICA ANALGICASurgiu em 1988 com o objetivo de substituir o carburador, dominou o mercado automotivo a partir de 1991.

Apresentava eficincia do motor devido ao sistema eletrnico controlar a dosagem certa da mistura ar-combustvel. Por no possuir sensor de oxignio, necessrio correo da mistura, nem memria e diagnstico de defeitos, acabou perdendo seu espao para sistemas mais modernos, como a injeo eletrnica digital monoponto (OVERCAR, 2008). INJEO DIGITAL MONOPONTOCriada na dcada de 90 pela Bosch, possui um nico bico injetor de combustvel para todos os cilindros e funcionamento semelhante injeo analgica, porm, com mais recursos:

integrao dos sistemas de ignio e injeo;sistema de auto - diagnstico, (memria);controle e correo de mistura por sensores e interpretadas eletronicamente (OVERCAR, 2008). INJEO DIGITAL MULTIPONTOUm bico para cada cilindro do motor, o que permite um ganho de at 15% em torque e potncia no sistema devido a ocorrncia da mistura na entrada das vlvulas de admisso, percorrendo um caminho menor, evitando assim a sua condensao antes de chegar ao cilindro. SISTEMA DE INJEO

PRINCIPAIS PRODUTOS DA COMBUSTODe acordo com Mendes (2004):

Dixido de carbono (CO2); Monxido de carbono (CO); xidos de nitrognio (NOx);xidos de enxofre ( SOx);Aldedos (R-CHO); Hidrocarbonetos no ou parcialmente oxidados;Material particulado (MP). BRASILA frota de veculos cresceu 119% em dez anos fechando o ano com 64.817 milhes de veculos registrados (DENATRAN, 2010);

A falta de tecnologia nos veculos, o alto nmero de automveis e o uso prolongado de veculos antigos responsvel pela principal poluio atmosfrica no Pas;

Foi o 1 Pas da Amrica latina a adotar uma legislao destinada a reduzir as emisses veiculares visando reduzir o impacto ao meio ambiente.Retirada do chumbo da gasolina A Petrobrs anunciou em dezembro de 1989 um plano para a descontinuao do uso de aditivos a base de chumbo na gasolina, que estaria efetivado at outubro de 1991. A estratgia adotada para descontinuar o uso desses aditivos e evitar a reduo na octanagem da gasolina seria baseada nas seguintes medidas:Otimizao das condies operacionais das unidades de craqueamento cataltico (processo quebra de molculas complexas em molculas simples;Utilizao de catalisadores mais seletivos para melhoria da octanagem da nafta;Retirada de fraes de nafta de destilao direta (de baixa octanagem) do pool de gasolina, atravs da adequao do perfil de petrleo processado;Adio de lcool gasolina;ALGUNS MARCOS DA LEGISLAO BRASILEIRA1976 - Conselho Nacional de Trnsito (CONTRAN) Resoluo n 507 - Estabelece requisitos de controle de emisso de gases do crter de motores veiculares, movido gasolina.

1981 - Lei n 6938 atribui ao CONAMA estabelece normas e padres nacionais de controle da poluio por veculos automotores, art. 8, inciso VI

O CONAMA em 1986 criou os Programas de Controle da Poluio do Ar por Veculos Automotores (PROCONVE) para automveis e (PROMOT) para motocicletas, fixando prazos, limites mximos de emisso e estabelecendo exigncias tecnolgicas para veculos automotores, nacionais e importados

CONAMA 05/89, foi criado o Programa Nacional de Controle de Qualidade do Ar PRONAR com o intuito de promover a orientao e controle da poluio atmosfrica no pas, envolvendo estratgias de cunho normativo, como o estabelecimento de padres nacionais de qualidade do ar e de emisso na fonte, a implementao de uma poltica de preveno de deteriorao da qualidade do ar, a implementao da rede nacional de monitoramento do ar e o desenvolvimento de inventrios de fontes e poluentes atmosfricos prioritrios.

Estratgia de implantao do PROCONVE para veculos leves (FasesL)

Fonte : MMA

Fonte: Oliveira e Deponte, 2013.Gasolina S50A ANP (Agncia Nacional do Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis) definiu as novas especificaes da gasolina padro para ensaios de homologao e da gasolina comercial brasileiras, com teores mximos de enxofre de 50 mg/kg (ou 50 ppm), comumente denominada gasolina S50.

Ela possui 94% menos de teor de enxofre que a gasolina comum (anterior).A S50 est sendo distribuda desde 1 de janeiro de 2014.

Expectativa de reduo na emisso de poluentes de at 60% de xidos de nitrognio (NOx), em at 45% de monxido de carbono (CO) e em at 55% de hidrocarbonetos (HC).

Fonte: Carvalho et al, 2013

AvanosDe acordo com o 1 Inventrio Nacional de Emisses Atmosfricas por Veculos Automotores Rodovirios:Emisses veiculares de monxido de carbono (CO) foram reduzidas de 5,6 milhes de toneladas em 1991 para 1,5 milhes de toneladas em 2009;

Emisses de hidrocarbonetos no metanos (NMHC), de 900 mil para cerca de 200 mil toneladas;

xidos de nitrognio (NOx) tambm foram observadas, passando de 1,2 milhes de toneladas em 1998 para aproximadamente 900 mil toneladas em 2010.

Fonte : CNTdespoluir.org

Presena de enxofre na gasolina pode causar uma diminuio instantnea da atividade cataltica do conversor e/ou levar a uma degradao da sua eficincia no longo prazo.Fonte : CNTdespoluir.orgCom relao ao efeito instantneo da reduo do teor de enxofre, verificaram-se ganhos importantes na fase L3 e L4 do PROCONVE;

Quanto durabilidade dos sistemas catalticos de veculos a gasolina e flex das fases L3, L4 e L5, identificou-se que fatores trmicos se mostraram preponderantes em relao contaminao por enxofre na desativao dos catalisadores durante o acmulo de 80.000 km. REFERNCIAS BIBLIOGRFICASALTESE. Carburador, injeo e injeo direta: evoluo e diferenas. 2008. Disponvel em: . Acesso em: 05 jul. 2014.

Rogrio N. de Carvalho; Pedro C. Vicentini; Ricardo A. B. de S; Antnio Carlos S. Villela; Srgio W. Botero. "A NOVA GASOLINA S50 E O PROCONVE L6", p.184-193. InXXI Simpsio Internacional de Engenharia Automotiva SIMEA 2013. So Paulo: Blucher, 2014., http://dx.doi.org/10.5151/engpro-simea-PAP32

DENATRAN DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRNSITO. Disponvel em: < http://www.denatran.gov.br/>. Acesso em: 04 jul. 2014.

JNIOR, Jos de Sena pereira. Legislao Brasileira sobre Poluio do ar. Braslia: Cmara dos Deputados, 2007. Disponvel em: Acesso em: 04 set. 2014.

LIMA et al., Motores de Combusto Interna. Faculdade de Engenharia Universidade do Porto. Relatrio Preliminar. PROJETO FEUP.

MENDES, F.E. Avaliao de programas de controle de poluio atmosfrica Por veculos leves no Brasil. 2004. 179f. Tese (Doutorado em Cincias de Planejamento Energtico). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004.

OVERCAR. Injeo eletrnica analgica. 2008a. Disponvel em: . Acesso em: 03 jul. 2014.

Oliveira, D. A; Deponti C. M. Instrumentos de poltica ambiental: uma abordagem poltica de combate poluio do ar no Brasil. GT: 15 Medio Ambiente, Sociedad Y Desarrollo Sustentable. 2013. Disponivel em: . Acesso em: 06 jul 2014.

SOUZA A.A., A evoluo do sistema de injeo de combustvel em motores ciclo Otto: uma anlise crtica desde suas implicaes no meio ambiente regulamentao legal no sistema normativo ptrio. I Congresso Internacional de Direito Ambiental e Ecologia Poltica UFSM.

OBRIGADO!